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Livro Terceiro:
Leis Morais
Questões 825 à 872
832 – Há homens que tratam seus escravos com humanidade; que não
lhes deixam faltar nada e pensam que a liberdade os exporia a
privações maiores; que dizeis deles?
Digo que estes compreendem melhor seus interesses. Eles têm também
grande cuidado com seus bois e seus cavalos, a fim de tirar deles maior
proveito no mercado. Não são tão culpados como aqueles que os
maltratam, mas dispõem deles como de uma mercadoria, privando-os
do direito de serem independentes.
Liberdade
de
pensar
833 – Há no homem alguma coisa
que escapa a todo constrangimento
e pela qual ele desfruta de uma
liberdade absoluta?
É no pensamento que o homem goza
de uma liberdade sem limites,
porque não conhece entraves. Pode-
se deter-lhe o voo, mas não aniquilá-
lo.
834 – O homem é
responsável pelo seu
pensamento?
Ele é responsável diante de
Deus. Só Deus, podendo
conhecê-lo, o condena ou o
absolve segundo a sua
justiça.
Liberdade de consciência
835 – A liberdade de consciência
é uma consequência da
liberdade de pensamento?
A consciência é um pensamento
íntimo que pertence ao homem,
como todos os outros
pensamentos.
836 – O homem tem direito de
entravar a liberdade de consciência?
Não mais que à liberdade de pensar,
porque só a Deus pertence o direito
de julgar a consciência. Se o homem
regula, por suas leis, as relações de
homem para homem, Deus, por suas
leis da Natureza, regula as relações
do homem com Deus.
837 – Qual é o resultado
dos entraves postos à
liberdade de consciência?
Constranger os homens a
agirem de modo contrário
ao que pensam, torná-los
hipócritas. A liberdade de
consciência é um dos
caracteres da verdadeira
civilização e do progresso.
838 – Toda crença é respeitável, mesmo que seja
notoriamente falsa?
Toda crença é respeitável, quando é sincera e conduz à
prática do bem. As crenças repreensíveis são as que
conduzem ao mal.
839 – É repreensível
escandalizar na sua
crença aquele que não
pensa como nós?
É faltar com a caridade e
golpear a liberdade de
pensar.
840 – É insultar a liberdade de consciência opor entraves às
crenças capazes de perturbar a sociedade?
Podem-se reprimir os atos, mas a crença íntima é inacessível.
Allan Kardec:
Reprimir os atos exteriores de uma crença, quando esses atos
trazem algum prejuízo a outrem, não é insultar a liberdade de
consciência, porque essa repressão deixa à crença sua inteira
liberdade.
841 – Deve-se, em respeito à liberdade de consciência,
deixar se propagarem doutrinas perniciosas, ou se
pode, sem insultar a essa liberdade, procurar trazer de
novo ao caminho da verdade aqueles que se perderam
por falsos princípios?
Certamente se pode e, mesmo, se deve. Mas ensinar, a
exemplo de Jesus, pela suavidade e a persuasão e não
pela força, o que seria pior que a crença daquele a quem
se quer convencer. Se há alguma coisa que seja
permitido se impor, é o bem e a fraternidade. Mas não
cremos que o meio de os fazer admitir seja o de agir com
violência: a convicção não se impõe.
842 – Todas as doutrinas tendo a pretensão de ser a única
expressão da verdade, por que sinais se pode reconhecer
aquela que tem o direito de se colocar como tal?
Referências:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução
de Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE,
2009. Pág. 259 à 272.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Tradução De Salvador Gentile.
365ª Ed. Araras – SP: Ide, 2009.
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as
Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de
Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE,
2008.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns.
Tradução De Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras –
SP: Ide, 2008.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Tradução de
Salvador Gentile. Araras – SP: IDE, 2008.
XAVIER, Chico. Nosso Lar. 64ª ed. Brasília: FEB,
2021. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. Missionários da Luz. 45ª ed.
Rio de Janeiro: FEB, 2021. Pelo Espírito André
Luiz.
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