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Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanismo

Rua Barão do Rio Branco, 217 - Centro


São Francisco do Sul, Santa Catarina
(47) 3471-2207

MEMORIAL DESCRITIVO
DADOS GERAIS DA OBRA

OBRA: Recuperação da Ponte Branca, na Av. Dr. Nereu Ramos.

LOCAL: Avenida Doutor Nereu Ramos, Rocio Grande, São Francisco do Sul - SC.

SERVIÇO: Execução de galerias de concreto, contenção, enrocamento de pedras e


pavimentação.

EQUIPE TÉCNICA

Eng. Civil Dayane Luiza D'Aroz CREA-SC 120685-4

Eng. Civil Mariana Detzel M. da Costa CREA-SC 197996-1

Eng. Civil Larissa Loschner M. Galina CREA-SC 198817-4

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Este memorial tem o objetivo de apresentar e estabelecer, de forma sucinta, os


requisitos mínimos para a execução dos serviços de Recuperação da Ponte Branca,
na Avenida Doutor Nereu Ramos, por meio da execução de galerias de concreto,
contenções, enrocamento de pedras e pavimentação asfáltica, localizado no bairro
Rocio Grande, na cidade de São Francisco do Sul – SC.

O investimento é de extrema importância para reestabelecer a circulação da


via, que se encontra interditada após os eventos climáticos ocorridos no início de
2024, que acarretaram danos graves à estrutura da ponte.

ESCOPO DA OBRA

Deverão ser executados os seguintes serviços:

– Demolição das estruturas existentes;

– Locação de obra;

– Escavação para assentamento das aduelas pré-fabricadas;


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– Enrocamento de pedra;

– Estrutura de contenção;

– Pavimentação asfáltica;

- Sinalização viária.

PROJETOS

O projeto arquitetônico e os projetos complementares da obra fazem parte dos


documentos, junto com o Memorial Descritivo, Orçamento e Cronograma.

As execuções dos serviços de construção obedecerão rigorosamente ao


projeto e materiais especificados. Detalhes construtivos e esclarecimentos adicionais
deverão ser solicitados à FISCALIZAÇÃO. Nenhuma modificação poderá ser feita no
projeto sem consentimento por escrito, da FISCALIZAÇÃO e do autor do projeto.

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

– Álbum de Projetos Tipo de Drenagem - DNIT, 2018

– ASTM C444/95 - Standard Specification for Perforated Concrete Pipe

– ASTM C498/95 - Standard Specification for Perforated Clay Drain Tile

– DNIT ES 026/04 - Drenagem - Caixas coletoras

– DNIT ES 015/06 - Drenagem - Drenos subterrâneos

– DNIT ES 030/04 - Drenagem - Dispositivos de drenagem pluvial urbana

– DNIT ES 016/06 - Drenagem - Dreno sub-superficial

– DNIT ES 017/06 - Drenagem - Dreno sub-horizontal

– DNIT ES 103/09 - Proteção do corpo estradal - Estruturas de arrimo com


gabião

– DNER EM 374/97 - Fios e barras de aço para concreto armado

– DNIT EM 093/16 - Tubo dreno corrugado de polietileno de alta densidade -


PEAD para drenagem rodoviária
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– Manual de Drenagem de Rodovias - DNIT, 2006

– NBR15980/11 - Perfis laminados de aço para uso estrutural - Dimensões e


tolerâncias

– NBR 6118/14 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento

– NBR 6120/80 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações

– NBR ISO 6892/13 - Materiais metálicos - Ensaio de tração. Parte 1 e 2

– NBR ISO 7438/16 - Materiais Metálicos - Ensaio de Dobramento

– NBR 8890/18 - Tubo de concreto, de seção circular, para águas pluviais e


esgotos sanitários - Requisitos e métodos de ensaio

– NBR 7200/98 - Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas


inorgânicas

– NBR NM 26/09 - Agregados - Amostragem

– NBR NM 248/03 - Agregados - Determinação da composição granulométrica

– NBR 7218/10 - Agregados - Determinação do teor de argila em torrões e


materiais friáveis – NBR NM 46/03 - Agregados - Determinação do material fino que
passa através da peneira 75 micrômetros, por lavagem

– NBR 7477/82 - Determinação do coeficiente de conformação superficial de


barras e fios de aço destinados a armaduras de concreto armado

– NBR 7480/07 - Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto


armado

– NBR 8964/13 - Arame de aço de baixo teor de carbono, zincado, para gabiões

– NBR 10514/88 - Redes de aço com malha hexagonal de dupla torção, para
confecção de gabiões

– NBR 12266/92 - Projeto e execução de valas para assentamento de


tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana - Procedimentos
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– NBR 15396/18 - Aduelas (galerias celulares) de concreto armado pré-


moldadas - Requisitos e métodos de ensaios

– NBR NM 07/00 - Perfil extrudado à base de cloreto de polivinila (PVC) para


juntas de estruturas de concreto

CAPACIDADE TÉCNICA PROFISSIONAL

Comprovação do licitante de possuir em seu corpo técnico, na data de abertura


das propostas, profissional(is) de nível superior detentor(es) de atestado(s) de
responsabilidade técnica, mediante apresentação de Certidão(ões) de Acervo Técnico
expedida pelo Conselho Regional competente, nos termos da legislação aplicável, que
comprove(m) ter o(s) profissional(is) executado para órgão ou entidade da
administração pública direta ou indireta, federal, estadual, municipal ou do Distrito
Federal, ou ainda, para empresa privada, que não o próprio licitante (CNPJ diferente),
serviço(s) relativo(s) ao objeto desta licitação, conforme item de relevância abaixo:

– Execução de galeria / aduela de drenagem: 18 metros.

- Execução de contenção em gabião colchão: 135,9 metros quadrados.

- Execução de enrocamento de pedra de mão espalhada: 173,4 metros cúbicos.

PLANO DE EXECUÇÃO DA OBRA

1. SERVIÇOS INICIAIS

1.1 PLACA DE OBRA

Deverá constar na obra, placa contendo identificação dos responsáveis


técnicos pela obra e outros dados que a legislação fiscal exigir e CREA, CAU, CFT/SC.
A placa de obra deverá ser confeccionada em aço galvanizado, nas dimensões
3,00 m x 2,00 m, que deverá seguir o padrão a ser disponibilizado pela Prefeitura. A
localização da placa deverá ser definida juntamente com a fiscalização.

1.2 CANTEIRO DE OBRA


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A obra deverá ser protegida por tapumes com altura de 2,00 m, erguidos com
material que garanta estabilidade, durabilidade e vedação.
Os tapumes devem ser colocados conforme esquema projetado, de forma a
isolar a área a construir, permitindo a segurança.
A empresa deverá dispor de caçambas, alocadas em local específico, definido
pela Fiscalização, para despejo dos entulhos de obra durante a execução. O ambiente
de trabalho deverá ser mantido limpo e organizado a cada final de expediente.
A locação de container foi considerada para apoio do canteiro, armazenar
ferramentas e materiais e servir como escritório para a equipe de administração local.

1.3 SINALIZAÇÃO DE OBRA E DESVIOS

A contratada deverá fornecer placas de sinalização, com película refletiva,


indicando a interdição da via e os desvios existentes. A confecção dessas placas deve
ser feita em acordo com a Fiscalização e com o Departamento Municipal de Trânsito.
As placas deverão ser posicionadas antes do início das obras.

2. DEMOLIÇÕES

Toda estrutura da ponte existente deverá ser demolida, inclusive as paredes de


pedra laterais até atingir a largura necessária de escavação. Os entulhos provenientes
das demolições deverão ser encaminhados para locais apropriados, sob
responsabilidade da Empresa Contratada, a qual deverá apresentar documentos
comprobatório do destino correto dos resíduos.
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3. LOCAÇÃO DA OBRA

Deverá ser efetuada de acordo com os elementos especificados no projeto,


implantando-se piquetes espaçados de 5 m, nivelados de forma a permitir a
determinação dos volumes de escavação. Os elementos de projeto (estaca do eixo,
esconsidade, comprimento e cotas) podem sofrer pequenos ajustamentos de campo.
A declividade longitudinal da obra deve ser contínua e seguir os dados do projeto;
Caso exista deslocamento do eixo do talvegue natural, executar o
preenchimento da vala com pedra de mão ou rachão para proporcionar o fluxo das
águas de infiltração ou remanescentes da calha natural;
Durante a execução das galerias celulares de concreto deverão ser tomadas
precauções de preservação das condições ambientais, como a remoção do material
excedente proveniente de escavação ou sobras, que deve ser retirado das
proximidades dos dispositivos e depositado em botafora, em local aprovado pelo
FISCAL, de forma a não provocar entupimento e não ser conduzido para os cursos
d’água.

4. ESCAVAÇÃO

Os serviços de escavação necessários à execução da obra podem ser


executados manual ou mecanicamente, devendo ser prevista largura adicional de 50
cm para cada lado do corpo. Devem ser observados os seguintes aspectos:
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 A escavação deve ser executada de forma a garantir a segurança dos operários


envolvidos;
 O preparo do local da obra dar-se-á mediante abertura de valas, em
conformidade com as dimensões indicadas no projeto, ou a critério da
FISCALIZAÇÃO, no tocante a taludes de escavação, espaço máximo para
trabalho junto à parede da estrutura, com aproveitamento ou não do material
escavado etc.;
 O curso d’água deve ser desviado quando necessário, mediante autorização
da FISCALIZAÇÃO;
 Onde houver necessidade de aterros para se atingir a cota de execução do
lastro, estes devem ser executados com material de boa qualidade e
compactados em camadas de, no máximo, 15 cm;
 Materiais considerados inadequados, tais como argilas orgânicas, areias fofas,
argilas muito plásticas e solos micáceos devem ser removidos, na largura e
profundidade indicados no projeto, e transportados para fora da área de
execução. Caso não seja possível a remoção ou não tenha sido indicada no
projeto, deverá ser feito, a critério da FISCALIZAÇÃO, o adensamento do solo
com alvenaria de pedra jogada. Sobre essa camada, após sua estabilização
natural, será executada uma camada de alvenaria de pedra arrumada e uma
camada de concreto no traço 1:3:6. A dimensão e forma desta camada de
fundação serão estabelecidos no projeto;
 Após a execução da camada de concreto 1:3:6, será construída a estrutura e,
quando for o caso, as alas de entrada e saída, tomando-se todas as precauções
necessárias e seguindo as normas estabelecidas nas especificações
correspondentes;
 Os talvegues remanescentes e eventuais minas d’água localizados na área
comprometida pelos offsets deverão ser convenientemente drenados, devendo
as águas serem encaminhadas para o canal em execução, conforme indicação
do projeto ou a critério da FISCALIZAÇÃO;
 Da mesma forma deverão ser preenchidos com solo ou drenadas as bacias
porventura formadas pela implantação de uma via, principalmente em trechos
de talvegue;
 Enrocamento/Lastro de concreto de regularização;
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 Laje inferior, calçadas e vigas inferiores;


 Paredes verticais e alas;
 Laje e vigas superiores.

5. EXECUÇÃO DAS GALERIAS PRÉ-FABRICADAS (ADUELAS)

Esta especificação se aplica a construção de galeria de concreto pré-fabricadas


(aduelas), destinadas à passagem de água sob as vias, em travessias de talvegues
ou à condução das águas pluviais, córregos, cursos d’água, pontes sobre córregos
em talvegues ao longo de vias ou sob elas. O serviço deverá ser executado de acordo
com as dimensões e detalhes do projeto.
Aduelas são galerias celulares de concreto armado de formato quadrado,
retangulares ou ovóides, fechadas, ou em formato de L, V, ou U para galerias de céu
aberto.
As aduelas são peças que suportam cargas pesadas, em alturas de aterros
elevados e cargas móveis de veículos por terem secções extremamente variáveis,
possibilitam também sua colocação onde não se pode modificar a altura da rede.
As aduelas terão cálculo estrutural para cada situação de obra e deverão
atender a NBR 15396, devendo ser fornecido pelo calculista o memorial de cálculo
das peças.

Fabricação

A fabricação das aduelas deverá atender a NBR 15396, e aos critérios:


 Na composição do concreto para fabricação das aduelas devem ser utilizados
materiais de acordo com a agressividade do meio, onde serão instaladas as
aduelas. O concreto deve ser conduzido por controle tecnológico da qualidade,
conforme NBR 12654;
 A dosagem do concreto deve seguir a NBR 12655. A relação água/cimento de
ser de no máximo 0,5 e o consumo mínimo de cimento deve ser de 250 kg/m³
de concreto. Será tirado corpo de prova para controle tecnológico.
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Dimensões e tolerâncias
 As medidas das peças serão dadas em largura, altura e profundidade;
 As paredes terão espessura mínima de 15 cm, com tolerância de 10 mm para
mais e 5 mm para menos;
 Cobertura mínima de armadura de 30 mm em qualquer ponto da peça;
 Quando necessário, poderão ser fabricadas peças especiais, conforme o
projeto, devendo sempre ter um profissional habilitado para que seja feito o
cálculo estrutural das peças;
 Encaixe: A aduela tem encaixe macho e fêmea. Os encaixes devem ser
fabricados com regularidade, sendo o valor mínimo do encaixe de 0,07 m, com
uma armação de suporte. A folga de encaixe não pode ser maior do que 0,2
mm da espessura da parede;
 Não serão aceitos acertos finais nas peças feitos com argamassa.

Manuseio e transporte das aduelas

 As aduelas só serão manuseadas quando as peças estiverem secas e curadas


e com alcance de resistência de 12 MPa;
 As aduelas de concreto, analogamente aos tubos, serão transportadas de
forma que fique garantida a imobilidade transversal e longitudinal de carga;
 A manipulação e apoio das aduelas devem ser feitas com cabos de aço com
içamento em furos já pré-determinados na fabricação. Quando se utilizam
cabos de aços para amarração, as aduelas devem estar convenientemente
protegidas em suas bordas, para evitar danos em suas paredes, superior,
inferior e lateral que possam afetar negativamente sua durabilidade e
funcionamento;
 Deverão ser descarregadas próximo ao local de aplicação, de forma que
possam ser transladas com facilidade para onde serão instaladas;
 As aduelas deverão, preferencialmente, ser estocadas na posição vertical,
desde que existam na obra condições de segurança para isto;
 Durante a sua permanência na obra, antes da aplicação, as aduelas deverão
estar protegidas de ações ou elementos que possam danificá-las;
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 Deve-se também evitar que as aduelas fiquem expostas por longos períodos,
sujeito as intempéries que possam causar secagem excessiva do concreto.

Execução

Berço para o assentamento das aduelas


O terreno onde as aduelas serão assentadas deverá possuir resistência mínima
de 1 kg/cm², devendo ser nivelado e compactado. Deverá ser colocada uma camada
de brita 2 e 3 (com 10 cm) e uma camada de concreto com resistência mínima de 15
Mpa com espessura de 30 cm.

Acabamento do assentamento das aduelas


Observar a correta ligação entre as peças nos encaixes macho e fêmea. Para
acabamento interno, poderá ser colocada uma camada de argamassa entre as peças,
na parte interna das aduelas.

Reaterro sobre as aduelas


O reaterro sobre as aduelas deverá ser feito sem causar impacto direto sobre
as peças. Não deverão ser utilizadas máquinas que possam causar impacto, devendo
ser utilizado macaco hidráulico até a altura de 1 m de cobertura. Após esta altura de
aterro o restante poderá ser executado com máquinas

5.1 ALA DE GALERIA CELULAR

Ala de galeria celular é o dispositivo a ser executado na entrada e/ou saída das
galerias, com o objetivo de conduzir o fluxo no sentido de escoamento, evitando o
processo erosivo a montante e a jusante. As alas de galerias aqui padronizadas
aplicam-se a todas as canalizações, com altura e largura de mesmas dimensões,
construídas pela PBH.
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5.2 MATERIAL DRENANTE

O geotêxtil deve ser instalado convenientemente contra o fundo e paredes da


trincheira drenante para prevenir solicitações exageradas quando da colocação do
material de enchimento e também para evitar a presença de “cavidades" entre o solo
e o geotêxtil, causando a movimentação indesejada do solo a drenar. O geotêxtil deve
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ser aplicado, quando previsto, fixado nas paredes e nas superfícies adjacentes às
valas com grampos de ferro de 5 mm, dobrados em “U”.
A união do geotêxtil para o fechamento do filtro e emenda de duas mantas
poderá ser feita por recobrimento de 0,30 m (aceita-se até 0,20 m). Colocação do
material de enchimento (material drenante): o sentido de lançamento do material de
enchimento deverá ser tal que impeça o levantamento e deslocamento do geotêxtil
nos locais de recobrimento.
Após o enchimento da vala e fechamento superior do geotêxtil na superfície,
sobrepondo a manta nas emendas longitudinais com pelo menos 20 cm, com costura,
ou de 50 cm, sem costura, deverá ser imediatamente executado o selo superior para
impedir a entrada de partículas na vala drenante devido às águas de enxurrada.
A circulação de equipamentos da obra sobre a vala drenante antes de sua
conclusão (selo) deve ser proibida.
O geotêxtil fornecido deve ter suas características atestadas por certificado
expedido pelo FABRICANTE.
Recomendações complementares dos catálogos e folhetos dos
FABRICANTES dos geotêxteis devem ser consideradas para obter o melhor
desempenho possível dos mesmos.
Os materiais drenantes se constituem de produtos naturais ou resultantes de
britagem, classificados como rocha sã, areias, pedregulhos naturais ou seixos rolados,
isentos de impurezas e de torrões de argila.
Todo material utilizado deve satisfazer aos requisitos impostos pelas normas
vigentes da ABNT.
Em locais onde não se disponha de agregado natural que apresente resistência
à abrasão ou esmagamento satisfatória ou por razões especiais, podem ser
empregados agregados sintéticos, argila expandida, ou agregado reciclado da SLU,
desde que atendam aos requisitos de granulometria e permeabilidade indicadas no
projeto.
 As faixas usadas de graduação aberta exigem um afastamento relativamente
pequeno entre os tamanhos máximos e mínimos, por exemplo:
 11/4" a 3/4", 3/8" a 1/8", etc., de modo a manter a permeabilidade elevada;
 Material drenante: será determinado pelo tipo do dreno especificado em
projeto;
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 A granulometria do material drenante deve ser verificada e projetada, segundo


critérios de dimensionamento, para atender às seguintes condições:
– Material drenante não pode ser colmatado pelo material envolvente;
– A permeabilidade deve ser satisfatória;
– Os fragmentos do material drenante devem ser compatíveis com os orifícios
ou ranhuras dos tubos, de modo a não escoarem para o interior dos mesmos.
O material deverá ser lançado sobre a manta geotêxtil já aplicada e será
adensado e compactado de acordo com a especificação. Em casos específicos
poderão ser utilizados equipamentos para compactação, como placa vibratória ou
vibrador. A metodologia de utilização será especificada para cada tipo de dreno
específico do projeto.

6. ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO

6.1 MURO DE FLEXÃO

Execução da escavação do nicho


A primeira etapa da obra consiste em executar a escavação do terreno, para a
remoção do muro existente e do material de aterro, permitindo assim a construção da
nova estrutura.
Como primeira atividade da obra é necessário realizar um sistema de drenagem
provisório na crista da escavação ou ainda promover o desvio das águas pluviais do
terreno para a face de escavação. A metodologia de execução do desvio ficará a
critério do executor, de modo que é fundamental a execução do mesmo.
É obrigatório que a escavação seja realizada em nichos, sendo obrigatório que
a conclusão deum nicho seja realizada antes do início das atividades do nicho
seguinte. Este procedimento visa reduzir o desconfinamento do muro, e favorece a
segurança da obra em geral.
Cada nicho terá um comprimento máximo de 5,00 metros, que corresponde a
dimensão do painel projetado.
A escavação deve ser executada inicialmente com inclinação de 45º. No
cenário ideal a escavação deve seguir sempre esta declividade, de modo que para o
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encaixe do muro, caso seja necessário é possível elevar a declividade para no máximo
50~55º.
As obras devem ser iniciar pelo nicho 01, que fica na porção de menor elevação
do muro, que novamente tem por objetivo minimizar riscos.
Recomenda-se que a tenha seu planejamento para ser executada na estação
seca, situação mais favorável.
Em dias de precipitação, ficam vetadas as escavações, de modo que é
recomendado que a previsão de tempo seja uma das variáveis controladas em obra,
utilizando os dados de previsão de precipitações para o planejamento.
As escavações devem ser protegidas, revestidas, com lona durante pausas nas
atividades, ao término do expediente e aos finais de semana.
Nos nichos não escavados recomenda-se o uso de escoramento de madeira
provisório, um sistema de contraventamento. São previstos caibros de seção circular,
com pelo menos 15 cm de diâmetros, instalados na posição intermediária da cota do
muro. Estas estruturas devem ser espaçadas em no máximo 50 cm entre si, e serão
utilizadas apenas na fase de obra.

Execução do muro
Sobre o terreno escavado deverá ser lançada a camada de brita de
assentamento prevista, e sobre esta camada o muro deverá ser executado. A
estrutura deve seguir o projeto indicado.
A locação final do muro deve ser ajustada em campo, para melhor
compatibilizar a solução ao local da obra.
Inicia-se pela instalação das formas e armaduras no local, seguido pela
conferência de montagem e medidas.
Com a estrutura aprovada, são posicionados os elementos de drenagem do
muro, tubos de pvc para permitir a instalação dos drenos barbacãs. Finalizada a
montagem do muro é é possível concretar, utilizando concreto de fck = 30MPa.
É necessário utilizar cimentos de alta resistência inicial, para aumentar a
velocidade de execução da obra, prevendo o uso de materiais como o CP-V que tem
potencial de aos 3 dias oferecer fck >24 Mpa, valor mínimo indicado pela NBR 5733.
Após o período de cura mínimo de 3 dias, prevendo uso do cimento de alta
resistência inicial, é possível passar para a etapa seguinte.
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Por se tratar de um muro de concreto, é possível considerar o uso de peças de


concreto pré-fabricadas, ou seja, é possível considerar a execução dos painéis de
concreto fora da obra, e transportar os mesmos até o local. Esta opção visa dar
celeridade a execução da obra.
Caso seja optado pelo uso de peças pré-fabricas, devem ser realizadas as
verificações necessárias: peso máximo da peça deve ser compatível com
equipamento de içamento e transporte, dimensionar sistemas de gancho para
içamento e garantir que a armadura esteja adequada.

Execução do reaterro
Finalizadas as atividades de construção da estrutura de concreto, é possível
iniciar o reaterro de tardoz. O reaterro pode ser realizado utilizando o solo local desde
que este atenda as especificações técnicas apresentadas.
Antes de iniciar o lançamento de solo sobre o muro é necessário realizar a
instalação da manta geotêxtil no tardoz do muro, prevendo o revestimento total do
mesmo. Com o geotêxtil posicionado é possível indicar o lançamento do reaterro.
É necessário lançar camadas de no máximo 0,30 metros de material, e
executar a compactação da mesma, prevendo o uso de equipamentos manuais para
evitar danos estruturais a peça de concreto.
A não compactação do aterro pode gerar recalques, e comprometer o
calçamento novo a ser executado.

6.2 GABIÃO COLCHÃO

Abrir o colchão sobre a superfície plana e rígida tirando as eventuais


irregularidades. Esticar o colchão até obter o seu comprimento nominal. Posicionar os
diafragmas corretamente (os que porventura vierem a abrir), levantar as paredes e
proceder as costuras das paredes frontais e diafragmas às laterais, corretamente
conforme indicado pelo FABRICANTE.
Instrui-se estaquear a base com pontaletes de madeira roliça de diâmetro
básico de 11 a 15 cm, nas situações: em curvas de margens côncavas nos rios ou
córregos e nos pontos em que foram identificadas situações de erosão e carreamento
de material na linha d’água.
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Cravar as estacas no topo do talude e unir os colchões vazios, costurando-os


ao longo das bordas de contato.
Colocar um tirante vertical a cada m² para unir a tampa ao fundo.
Executar arrumação manual das pedras nas caixas, pela parte inferior,
observando o seu intertravamento em todo o volume. Não proceder o enchimento com
descarga direta de carregadeiras após a arrumação da face externa do maciço.
A tela da base, a tampa e os diafragmas são ligados ao longo das arestas por
fio de diâmetro maior que aquele utilizado para a malha, de modo a reforçar a estrutura
e facilitar a operação de enchimento. Colocar a tampa superior, costurando-a às
bordas superiores das paredes, ao diafragma e aos tirantes.
Para gabiões do tipo colchão de malha galvanizada e plastificada, o fio utilizado
na costura da malha também deve ser plastificado.

7. ENROCAMENTO DE PEDRA

Este serviço será executado nas margens do rio, nas proximidades das linhas
de galeria, garantindo a segurança das residências próximas (locais indicados em
projeto).
O enrocamento de pedra de mão jogada destina-se a:
 Proteção de aterros contra os efeitos erosivos ou solapamentos causados
pelas águas provenientes de cursos d’água próximos, em época de enchentes;
 Substituição dos materiais de fundação de galerias celulares ou canais abertos
de concreto, substituídos estes por não apresentarem as condições
necessárias para suporte da estrutura;
 Adensamento dos materiais de fundação, com a finalidade de propiciar as
condições exigidas para suporte de galerias celulares, canais abertos de
concreto ou outro tipo de estrutura.

O lançamento poderá ser manual ou por basculamento de carroceria de


caminhões de transporte diretamente no local. No caso de proteção de aterros, o
lançamento será feito da sua borda quando já estiver com altura máxima de 2 m.
Os blocos que se deslocarem para fora da área prevista deverão ser colocados
manualmente em local próprio.
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A pedra utilizada nos enrocamentos deve ser dura, proveniente de rocha sã,
com diâmetro entre 10 e 30 cm, não se admite o uso de material em estado de
decomposição ou proveniente de capa de pedreira.
Para o material, serão feitas as seguintes verificações:

 Verificação do tipo de rocha, granulação e distribuição dos constituintes


minerais;
 Verificação da forma e da presença de materiais de desintegração;
 Verificação das dimensões mínimas e máximas.

O controle deve ser feito inclusive nas pedreiras e jazidas de origem dos
materiais, os quais devem ser previamente aprovados pela fiscalização.

8. PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA

8.1 REGULARIZAÇÃO DO REATERRO

Os serviços de regularização do subleito serão executados em todo o


segmento, sendo o material escarificado até a profundidade de 0,20 metros em
relação ao greide final de terraplanagem. Neste item estão incluídas todas as
operações necessárias à sua completa execução tendo sido orçados em metros
quadrados e os quantitativos correspondentes encontram-se no quadro resumo dos
serviços de pavimentação. Para a correta execução dos serviços de terraplanagem
deverão ser utilizados equipamentos compatíveis com a complexidade e importância
que esta etapa apresenta, como tratores de esteiras, carregadeiras, escavadeiras
hidráulicas, rolo vibratório, rolo de pneus, grade de discos, motoniveladora, caminhão
pipa e demais equipamentos necessários a correta execução das tarefas.
Antes de iniciar o trabalho de pavimentação com material betuminoso, a
fiscalização da prefeitura deverá ser solicitada para que, juntamente com uma equipe
de topografia verifique se as cotas de greide conforme projeto foram cumpridas.
Somente após esta etapa a pavimentação poderá ser iniciada.
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8.2 SUB-BASE EM RACHÃO (e = 30 cm)

Em toda extensão da intervenção, no trecho reaterrado, deverá ser executada


uma camada de rachão com 30 cm de espessura cuja função é suportar e distribuir
para as camadas inferiores parte dos esforços oriundos do tráfego e também para
proteger o subleito e a aduela.
Todos os materiais usados deverão ser adequados para essa função, deverão
seguir os padrões de qualidade exigidos pelas normas da ABNT e deverão ser isentos
de argilas ou matéria orgânica de qualquer natureza.
A sub-base deverá ser executada obedecendo às especificações a seguir:
 A primeira parte do processo de construção da sub-base consiste em lançar
uma camada de bloqueio de 4cm de espessura sem compactação para evitar
o cravamento do agregado graúdo no subleito;
 A seguir deverá ser lançado o agregado graúdo e efetuada a compactação com
rolo de chapa vibratória;
 Na sequência deverá ser feito o espalhamento do agregado de travamento com
espessura de 2 cm cujo objetivo é preencher os vazios para evitar que os
materiais da próxima camada lançada penetrem na camada de sub-base;
 A última etapa consiste na compactação que deverá ser feita mediante um
mínimo de 13 passadas do rolo vibratório com energia de compactação
máxima.
Ao término do serviço a fiscalização municipal deverá ser requisitada para
efetuar as devidas medições de espessura, bem como verificação da qualidade dos
materiais.
O transporte do material para construção da sub-base deverá ser feito desde a
jazida até o ponto de espalhamento por meio de caminhão basculante. A
responsabilidade pelas questões legais de transporte, inclusive sobre a
regulamentação ambiental da extração são de responsabilidade da empresa
executora da obra.
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8.3 BASE EM BRITA GRADUADA SIMPLES (e = 15 cm)

A base do pavimento deverá ser executada sobre a sub-base (camada


detalhada no item 4.3.2) e consiste em uma camada de brita graduada com espessura
de 15 cm cuja função é resistir às solicitações impostas pelo tráfego e transferir essas
tensões para as camadas inferiores. Para que cumpra sua função, a base deverá ter
ISC (índice de suporte Califórnia) conforme dimensionamento de projeto.
A compactação da base de brita graduada deverá ser efetuada com a utilização
de rolo vibratório de chapa lisa e rolo de pneus até atingir a máxima compactação. O
controle de qualidade de compactação, deflexão, umidade, granulometria e espessura
deverá ser feito pela empresa executora da obra através de sua equipe de topografia
e laboratório. Ao término da execução desta camada o fiscal da obra deverá ser
solicitado para verificar sua espessura e qualidade de materiais empregados.
O transporte do material para construção da base em brita deverá ser feito
desde a jazida até o ponto de espalhamento por meio de caminhão basculante. A
responsabilidade pelas questões legais de transporte, inclusive sobre a
regulamentação ambiental da extração são de responsabilidade da empresa
executora da obra.

8.4 IMPRIMAÇÃO

Ao final do processo de terraplanagem tem início as etapas de pavimentação


com material betuminoso, sendo a imprimação a primeira etapa. O objetivo da
imprimação é o de aumentar a coesão da superfície da camada pela penetração do
material asfáltico empregado, conferir impermeabilidade a camada e promover
condições de aderência entre a base e a camada asfáltica a ser sobreposta. A
imprimação deverá ser feita com asfalto diluído CM30, aplicada a uma taxa de 1,2
kg/m² e sua aplicação deverá ser feita mediante o uso de um caminhão espargidor
com barra de distribuição acionada por motor a uma pressão constante. Essa etapa
só poderá ser feita após a limpeza da pista que consiste na varredura da mesma por
meio de uma vassoura mecânica de acordo com a especificação DEINFRA-SC-ES-P-
04/2015.
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8.5 PINTURA DE LIGAÇÃO

A pintura de ligação consiste na aplicação de um material cuja função é


promover aderência entre a nova camada asfáltica e a superfície anterior (seja a base
imrpimada ou o asfalto existente) e também ajudar na impermeabilização.
O material a ser utilizado para a pintura de ligação é derivado do petróleo,
conhecido como emulsão asfáltica de ruptura rápida (RR-2C) e a sua taxa de
aplicação deverá estar no intervalo de 0.6 kg/m² até 1,0 kg/m². A pintura de ligação
será executada após a base estar perfeitamente limpa e seca, utilizando-se um o
caminhão espargidor para o desenvolvimento da atividade.
O material betuminoso deverá ser aplicado de maneira uniforme, sempre
através de barras de aspersão e sob pressão. Antes do início da distribuição do
material deve-se verificar se todos os bicos da barra de distribuição estão abertos. A
aplicação poderá ser executada manualmente utilizando-se a caneta sob pressão
acoplada ao caminhão espargidor.
A área a ser pintada deve estar seca ou ligeiramente umedecida. Este serviço
é vedado caso a superfície estiver molhada ou quando a temperatura do ar for inferior
a 10°C ou ainda em condições atmosféricas desfavoráveis.
A área que apresentar taxas abaixo da mínima especificada deverá receber
uma segunda aplicação de forma a completar a quantidade recomendada.
Não se deve permitir o trânsito sobre a superfície pintada.

8.6 PAVIMENTAÇÃO EM CBUQ (e = 6 cm)

Após executada a pintura de ligação, deverá ser executada a camada asfáltica.


Esta, será em concreto betuminoso usinado a quente (C.B.U.Q.) que consiste em uma
mistura asfáltica executada em usina apropriada, composta de agregados minerais e
cimento asfáltico de petróleo, espalhada e comprimida a quente.
A camada projetada tem espessura de 6 cm e será aplicada ao longo de toda
a extensão da pista de rolamento, na área de intervenção. O cimento asfáltico a ser
empregado é o CAP-20, especificado na EB-78 da ABNT.
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A distribuição do C.A.U.Q. será efetuada por acabadora automotriz, capaz de


espalhar e conformar a mistura dentro dos alinhamentos, cotas e abaulamento
requeridos pelo projeto.
A compressão da mistura asfáltica será efetuada por rolo pneumático e rolo
compressor de tambor metálico. As demais especificações seguem as normas do
manual de pavimentação do DNIT.
Os agregados e o asfalto serão misturados em usina gravimétrica ou Drumm-
Mixter. O espalhamento na pista deverá ser feito com vibro-acabadora de esteiras que
devem possuir mesa vibratória com sistema de aquecimento. A compactação será
feita com rolo de pneus autopropelidos de pressão variável de capacidade mínima de
20 toneladas, com rolo de chapa tendem de 2 tambores, peso mínimo de 6 toneladas
ou preferencialmente com rolo de chapa de 2 tambores vibratórios. A rolagem deverá
iniciar imediatamente após o espalhamento da massa.
A camada de revestimento asfáltico não poderá ser executada em dias
chuvosos, com temperaturas abaixo de 10º C, temperatura de lançamento da massa
asfáltica inferior a 110º C. A empresa responsável pela execução da obra deverá
apresentar o projeto da mistura asfáltica e especificar a metodologia e normas
técnicas adotadas na elaboração da mesma.
Para efetuar o pagamento a fiscalização exigirá da empresa executora da obra
o acompanhamento da extração dos corpos de prova, que deverão ser feitos com
sondas rotativas e o laudo de controle tecnológico do asfalto.
O transporte do CBUQ desde a usina até o local de aplicação na deverá ser
feito em caminhões basculantes enlonados para manter a temperatura da massa
asfáltica. A responsabilidade pelas questões legais de transporte, inclusive sobre a
regulamentação ambiental da usina são de responsabilidade da empresa executora
da obra.

8.6 FRESAGEM

A Manutenção corretiva da via com fresagem prevê todas as atividades


necessárias para recuperação de camada de revestimento asfáltico existente muito
deteriorado, incluindo, conforme descrito à seguir, os serviços de fresagem do
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pavimento asfáltico existente, imprimação, pintura de ligação e revestimento asfáltico


em CAUQ – faixa “C”.
Fresagem do pavimento asfáltico existente: Será realizada a remoção de
camada asfáltica existente na espessura de 5,0 cm, através de fresagem com
equipamento apropriado. O material resultante desta fresagem, a ser reutilizado em
serviços de manutenção viária, será transportado e depositado na Secretaria de Obras
do Município, localizada à Rua Dom Fernando Trejo y Sanabria, 257- São José do
Acaraí, São Francisco do Sul – SC.

8.6.1 Fresagem do Pavimento Asfáltico Existente

Generalidades

A fresagem a frio consiste na operação em que é realizado o corte ou


desbaste de uma ou mais camada(s) do pavimento asfáltico, por processo mecânico
a frio. Deverá ser seguida a sistemática de execução indicada na norma DNIT
159/2011 – ES.
De uma maneira geral deverá ser observado os seguintes aspectos:
a) O serviço de fresagem deve ser iniciado somente após a prévia marcação
das áreas a serem fresadas e observadas as profundidades de corte
determinadas.
b) O local em que se estiver executando os serviços deve estar
devidamente sinalizado;
c) A pista fresada só deve ser liberada ao tráfego se não oferecer perigoaos
usuários, isto é, a via deve estar livre de materiais soltos ou de
problemas decorrentes da fresagem, tais como degraus, ocorrência de
buracos e descolamento de placas.

Equipamentos:

Os equipamentos para execução dos serviços de fresagem devem ser osmais


adequados para a realização do serviço.
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a) Máquina fresadora, com as seguintes características:


- Sistema autopropulsionado, que permita a execução da fresagem, de
modo uniforme, da(s) camada(s) do pavimento, na espessura de corte oudesbaste
determinada;
- Dispositivo que permita graduar corretamente a profundidade de corte,
fornecendo uma superfície uniforme;
- Capacidade de nivelamento automático e precisão de corte que permitam
o controle da conformação da inclinação transversal;
- Cilindro fresador, do tipo específico para a fresagem, construído em aço
especial, para girar em alta rotação, onde são fixados os dentes de corte;
- Dentes de corte do cilindro fresador, constituídos por corpo forjado em aço,
com ponta de material mais duro, cambiáveis, facilmente extraídos emontados por
procedimentos simples e práticos.
- Dispositivo tipo esteira, que permita a elevação do material fresado do
pavimento para a caçamba do caminhão simultaneamente com a execução da
fresagem; - dispositivo que permita a aspersão de água, para controlar a emissãode
poeira na operação de fresagem.
a. Vassoura mecânica autopropulsionada e que disponha de caixa para
recebimento do material, para promover a limpeza da superfície fresada;
b. Caminhão (ões) basculante(s), provido (s) de lona;
c. Caminhão tanque, para abastecimento do depósito de água da
fresadora.

Execução:

A fresagem deve ser realizada seguindo o seguinte roteiro:


a)As áreas a serem fresadas devem ser delimitadas com eventuais ajustes,
definidos no campo.

b) A fresagem do revestimento, na espessura determinada, deve ser iniciada


na borda mais baixa da faixa de tráfego, com a velocidade de corte e avanço
regulados a fim de produzir granulometrias adequadas.
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c) No decorrer da fresagem deve ser observado o jateamento contínuo deágua,


para resfriamento dos dentes da fresadora e controle da emissão de poeira.

d) Durante a operação de fresagem, o material fresado deve ser elevado pelo


dispositivo tipo esteira, que faz parte da fresadora, para a caçamba do
caminhão e, transportado e depositado na Secretaria de Obras do Município,
localizada à Rua Dom Fernando Trejo y Sanabria, 257, bairro São José do
Acaraí, São Francisco do Sul, SC, para ser reutilizado em serviços de
manutenção viária.

e) Os locais que sofreram intervenção da fresagem devem ser limpos, antes da


recomposição com novo revestimento asfáltico.

Controle de Qualidade:

A qualidade dos serviços deverá ser comprovada através de ensaios e/ou


testes exigidos pelas normas técnicas oficiais. Por se tratarem de verificações
rotineiras do processo executivo, as mesmas correrão por conta da empresa
contratada para realização do serviço e não serão objeto de medição específica.

Controle da execução

Deve ser verificado o seguinte:


- Textura rugosa e uniforme da superfície fresada (a receber a capa);
- Ausência de desníveis entre uma passada e outra do equipamento;
- Desempeno da superfície (controle da declividade transversal da via).
A superfície fresada não deve apresentar falhas no corte decorrentes de
defeitos no(s) dente(s) e depressões.

Controle Geométrico:

O controle geométrico deve ser realizado por meio das seguintes medidas:
- profundidade de corte verificada nas bordas com auxílio de uma régua ou
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de uma trena rígida; no centro, por levantamento topográfico; nas faixas exclusivas,
através de uma linha ou de uma régua;
- a espessura de fresagem é determinada pela média aritmética de, no
mínimo, 3 (três) medidas para cada 100 m² fresados.

Condições de conformidade e não-conformidade:

Os serviços executados em cada área tratada, considerando-se as


profundidades de corte, devem atender às seguintes condições:
- Para espessuras de corte superiores a 5 cm a média aritmética da
espessura obtida deve situar-se no intervalo de ±5%, em relação à espessura
prevista;
- Para espessuras de corte inferiores a 5 cm, a média aritmética da
espessura obtida deve situar-se no intervalo de ± 10%, em relação à espessura
prevista;
- A declividade transversal, em pontos isolados, pode diferir em até 20% da
inclinação determinada, não se admitindo depressões que propiciem oacúmulo de
água.
A fresagem só deve ser considerada conforme se atender às exigências
desta especificação; caso contrário deve ser considerada não conforme.
Qualquer exigência não cumprida ou detalhe incorreto deve ser corrigido.
Qualquer serviço, então corrigido, só deve ser aceito se as correções executadas o
colocarem em conformidade com o disposto nesta especificação; caso contrário o
serviço deve ser considerado não-conforme.

9. SINALIZAÇÃO VIÁRIA

9.1 EIXO DA PISTA

A demarcação do eixo das pistas será em linhas duplas contínuas, conforme


indicado em projeto na cor amarela com 0,10 m de largura, espaçamento entre faixas
de 0,10 m, e deverá ser pintada com tinta retrorrefletiva a base de resina acrílica com
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microesferas de vidro conforme locação e detalhes no projeto de sinalização viária.


As linhas simples contínuas terão largura de 0,15 m.
A espessura úmida deverá ser de 0,6 mm, a ser atingida numa única aplicação.
Deverão ser incorporados 250 g de microesferas de vidro, tipo Drop-on, para cada m²
aplicado. Na aplicação dos materiais o desvio máximo das bordas em 10,00 m deverá
ser de 0,01 m para as marcas retas. Na espessura das marcas, admitir-se-á uma
tolerância de mais ou menos 5%.
No eixo da pista serão instaladas tachinhas birefletivas com as especificações
e detalhes indicados em projeto, além das normas da ABNT específicas. Serão
instaladas a cada 3,5 metros conforme indicado e deverão ter as faces refletivas
voltadas para o sentido longitudinal da pista e deverão ser firmemente chumbados na
pista conforme orientações de DNIT.

9.2 DELIMITAÇÃO DA CICLOFAIXA

As faixas de bordo da ciclovia têm a função de delimitar a ciclovia da pista de


trânsito de veículos, deverão ter largura de 0,20 metros e ser pintadas na cor amarela.
A espessura úmida deverá ser de 0,6 mm, a ser atingida numa única aplicação.
Deverão ser incorporados 250 g de microesferas de vidro, tipo Drop-on, para cada m²
aplicado. Na aplicação dos materiais o desvio máximo das bordas em 10,00 m deverá
ser de 0,01 m para as marcas retas. Na espessura das marcas, admitir-se-á uma
tolerância de mais ou menos 5%. Os referidos materiais depois de aplicados deverão
ser protegidos durante seu tempo de secagem, de modo a garantir uma
retrorefletância inicial mínima de 150 mcd/lux.m² para o amarelo e 200 mcd/lux.m²
para o branco, medido com ângulo de incidência de 86,5º e ângulo de observância de
1,5º.
As faixas de contraste da ciclovia deverão ser pintadas em ambas as
extremidades da ciclovia, junto ao meio fio no passeio e junto a faixa de bordo e tem
a função de delimitar a ciclovia da pista de trânsito de veículos juntamente com a faixa
de bordo. Deverão ter largura de 0,10 metros e ser pintadas nos locais indicados em
projeto na cor vermelha. A espessura úmida deverá ser de 0,6 mm, a ser atingida
numa única aplicação. Deverão ser incorporados 250 g de microesferas de vidro, tipo
Drop-on, para cada m² aplicado. Na aplicação dos materiais o desvio máximo das
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bordas em 10,00 m deverá ser de 0,01 m para as marcas retas. Na espessura das
marcas, admitir-se-á uma tolerância de mais ou menos 5%. Os referidos materiais
depois de aplicados deverão ser protegidos durante seu tempo de secagem, de modo
a garantir uma retrorefletância inicial mínima de 150 mcd/lux.m² para o amarelo e 200
mcd/lux.m² para o branco, medido com ângulo de incidência de 86,5º e ângulo de
observância de 1,5º.
Sobre as faixas de bordo da ciclovia, na delimitação da ciclovia com a pista de
rolamente serão instalados tachões birefletivas com as especificações e detalhes
indicados em projeto, além das normas da ABNT específicas. Serão instaladas a cada
2,00 metros conforme indicado e deverão ter as faces refletivas voltadas para o
sentido longitudinal da pista e deverão ser firmemente chumbados na pista conforme
orientações de DNIT.

10. OBRAS COMPLEMENTARES

10.1 EXECUÇÃO DE PASSEIOS

O primeiro passo para execução do pavimento intertravado é preparar


corretamente a camada de subleito, que pode ser formada tanto por solo natural
quanto por solo de empréstimo. A espessura deverá ser suficiente para preencher o
espaço até uma cota de 20 cm abaixo do meio fio.
Este solo não pode inchar com a absorção de água, deve apresentar caimento
de água de 2% ou mais (conforme as especificações do projeto) e precisa estar
corretamente nivelado. Nesta etapa também serão realizados todos os confinamentos
e travamentos necessários, como meio fios, bocas de lobo, covas e canteiros para
árvores existentes e a plantar, além das tampas das concessionárias de água fria,
esgoto, telefonia e drenagem.
O segundo passo é a preparação da base, que costuma ser de bica corrida. Ao
espalhar a bica, é importante manter o mínimo possível de espaços vazios, pois isso
irá interferir no próximo passo. Em outras palavras, a camada de base precisa ser bem
compactada. Essa camada deverá ter espessura de 10 cm.
O terceiro passo é depositar a areia de assentamento sobre a base preparada.
Essa areia se parece muito com aquela utilizada no preparo de concreto.
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A areia de assentamento precisa ser limpa e seca, e deve ser espalhada em


uma camada de espessura média e heterogênea em toda a área que será
pavimentada. A espessura ideal fica entre 3 cm e 4 cm.
Depois de realizar o assentamento de todos os blocos, chegamos ao último
passo: a compactação. Ela é realizada em duas fases, e o equipamento utilizado são
placas vibratórias.
É importante ressaltar que, neste processo, o operário deve mover as placas
vibratórias com passadas de 20 cm ou mais. Além disso, é preciso parar a 1.5m de
distância da frente de serviço, no mínimo.
Depois de realizar a primeira compactação, ou compactação inicial, é preciso
substituir os blocos danificados no processo. Também é feita a selagem das juntas,
espalhando areia fina (similar à areia de argamassa) sobre o pavimento e varrendo o
excesso.
Então, realiza-se a compactação final, e o assentamento do pavimento
intertravado está concluído.

Deverão ser assentados paver podotáteis no eixo das calçadas, de forma


longitudinal, bem como transversalmente na delimitação da área do novo passeio,
dividindo este da calçada existente no restante da rua.
10.2 MEIO-FIO PRÉ FABRICADO

Foram concebidos como elemento separador entre pista e passeio. Para o


projeto em questão está sendo previsto um espelho de 10 cm. Caso haja alguma
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necessidade adicional, em decorrência de compatibilização com lindeiros, esta altura


poderá ser ajustada, desde que esteja em consonância com a fiscalização. As
dimensões são as constantes da Figura a seguir.

10.3 DRENAGEM PLUVIAL

Nos locais indicados em projeto, deverão ser implantadas bocas de lobo a fim
de evitar o acúmulo de água sobre a pista. As novas bocas de lobo não serão
interligadas em rede de drenagem existente, mas terão deságue direto para o rio por
meio de uma tubulação de 30 cm passando por baixo do passeio.

10.4 MUROS LATERAIS

Nas laterais do passeio, serão executados muros de alvenaria com altura de


1,10 m que servirão como guarda-corpo. Estes muros deverão ser rebocados e
pintados, e deverão contar com pilaretes de concreto a cada 4 m para reforço.

11. ADMINISTRAÇÃO LOCAL

Durante a execução das obras, a empresa vencedora da licitação e


responsável pela obra, deverá manter como responsável técnico um Engenheiro Civil
com registro no CREA ou Arquiteto devidamente registrado no CAU, com experiência
profissional comprovada em obras de construção civil. Esse profissional deverá
acompanhar a obra em todas as suas etapas, orientando, fiscalizando e ordenando
os trabalhos. O responsável deverá permanecer na obra por 4 horas semanais, que
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poderão ser particionadas em quantas vezes a empresa ou o profissional acharem


necessário.
Ainda, deverá manter como encarregado um profissional com capacidade e
conhecimento em obras de construção civil para, em conjunto e sob a direção do
Engenheiro Civil ou Arquiteto, coordenar os trabalhos dos demais trabalhadores
envolvidos nas obras de pavimentação e OAE. Esse profissional deverá acompanhar
a obra em todas as suas etapas, orientando, fiscalizando e ordenando os trabalhos e
deverá permanecer na obra em tempo integral.

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