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GOIÂNIA,
2022
As dez qualidades do Perito Contábil
GOIÂNIA,
2022
Sumário
Introdução ................................................................................................................... 4
Desenvolvimento ......................................................................................................... 5
Conclusão ................................................................................................................. 14
1. Competência
Deve o perito do juízo oferecer as respostas aos quesitos formulados pelo juiz,
quando houver, e pelas partes, sempre buscando ser isento do entendimento da
aplicabilidade das normas legais, por estarem essas ligadas ao mérito, matéria de
direito, sendo exclusivamente de decisão do juízo. Deve, então, o perito, o expert,
abster-se de falar sobre as questões pertinentes à interpretação das leis.
2. Diligência
Definidos os meios que serão utilizados para a obtenção da prova pericial, o perito-
contador nomeado ou contratado formulará o Termo de Diligência que terá como
destino a parte ou terceiros, conforme orientações consubstanciadas nos itens 49 e
50 da NBC TP 01: 49. O termo de diligência deve ser redigido pelo perito, ser
apresentado diretamente à parte, ao seu procurador, ou ao terceiro, por qualquer meio
escrito que se possa documentar a sua entrega, contendo minuciosamente o rol dos
documentos, livros, coisas, ou outros dados de que se necessite para a elaboração
do laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil.
a) identificação do diligenciado;
3. Discrição
O perito e o assistente técnico devem cumprir os prazos estabelecidos no
processo ou contrato e zelar por suas prerrogativas profissionais, nos limites de suas
funções, fazendo-se respeitar e agindo sempre com seriedade e discrição.
4. Honestidade
5. Imparcialidade
(c) ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus cônjuges, de
parentes desses em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau ou entidades
das quais esses façam parte de seu quadro societário ou de direção;
(d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges;
(g) houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de alguma das partes.
O perito pode ainda declarar-se suspeito por motivo íntimo, sem necessidade
de declarar suas razões. O perito pode escusar-se, ou ser recusado por impedimento;
ao aceitar a escusa, o juiz nomeará novo perito. Deve o perito se declarar impedido
quando não puder exercer suas atividades com imparcialidade e sem qualquer
interferência de terceiros, ao ser nomeado, contratado ou escolhido para o encargo, a
função, nas seguintes condições:
8. tiver interesse, direto ou indireto, mediato ou imediato, por si, por seu cônjuge ou
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou em linha colateral, até o terceiro grau
no resultado da prova pericial;
6. Independência
7. Justiça
Dever de lealdade é decorrente da função social exercida pelo perito, pois, como
auxiliar da justiça que é, espera-se que ofereça análises e opiniões técnicas no
interesse exclusivo da justiça, sendo sincero, leal, ou nas palavras de Moacyr
Amaral Santos, "insta ao perito espelhar-se no juiz e lembrar-se de que sua missão
a deste se avizinha e como o juiz precisa comportar-se: reto, imparcial, sereno,
verdadeiro"
Esse dever, pela nova redação dada ao art. 422, foi assim tratado:
Sendo assim, o perito é prometido servir à justiça com diligência, sem dolo, ou
má-fé, sob as penas da lei.
8. Paciência
Morais e França (2000) afirmam que o perito deve ser persistente, saber criar
oportunidades que possibilitem a execução de um bom trabalho no tempo
determinado pelo Juiz e que satisfaça a atividade pericial de ambas as partes.
Em que pese essa carga psicológica, deve ser persistente e saber criar
oportunidades para que, no tempo determinado pela Justiça, cumpra seu dever.
Ferreira (1986) define a paciência como uma qualidade ou virtude que consiste
em suportar as dores, incômodos, infortúnios, etc., sem queixas e com resignação.
Na perícia, por se tratar de assuntos em litígios, o perito muitas vezes, enfrenta
situações em que as partes não têm interesses em contribuir para o andamento dos
trabalhos, ocasião em que a tolerância deve sobrepor à má vontade encontrada.
9. Perspicácia
Para isso precisa estar inteirado e ser conhecedor do assunto em pauta, não
se firmando em suposições. Deve sim buscar, de forma concisa, a verdade dos fatos.
É necessário que o perito organize as tarefas a fim de não deixar de atender os pontos
relevantes, dessa forma não perde tempo com assuntos insignificantes.Segundo a
NBC- TP-01, aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade, o perito deve ser um
profundo conhecedor, por suas qualidades e experiências, da matéria periciada, deve
ter um olhar cuidadoso, crítico, minucioso e interrogativo, para retirar das questões
contábeis, em análise, a veracidade total.
Por essas características expostas, pode-se esperar que um perito seja dotado
de agudeza de espírito ou sutileza em suas ações, que busque, com esperteza e
sagacidade, as informações necessárias às conclusões de suas opiniões.
10. Respeito
Inicialmente, conforme o Dicio, a palavra respeito, é derivada do latim respectu,
é conceituada como um “sentimento positivo que leva alguém a tratar outra pessoa
com grande atenção, consideração ou reverência”. Está relacionada também a
maneira de se portar sobre um assunto.
Conforme Lisboa (1997) o profissional perito contador deve seguir todos os
requisitos inerentes a carreira do profissional contábil, este autor cita alguns princípios
éticos aplicáveis a profissão, em específico ele traz o entendimento sobre o código de
ética em respeito à:
SÁ, Antônio Lopes de. Perícia contábil. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2011.
LIMA, Alex Oliveira Rodrigues de. “Normas Técnicas de perícia contábil – Termo
Diligência”. NF Online.
SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002. História
geral e das doutrinas da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1997.