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SINAGOGA

Ahavá
SINAGOGA
Ahavá
SINAGOGA
Ahavá
Memorial

Este projeto trata-se de uma Sinagoga localizada na Região Administrativa do Jardim Botânico. O projeto foi solicitado
pela Confederação Israelita do Brasil e tem como público alvo não só a comunidade judaica, mas também pessoas
interessadas em conhecer melhor o judaísmo e sua história. A arquitetura da Sinagoga, além de trazer a modernidade
com elementos desconstrutivistas, mantém a tradicionalidade com o atendimento de um programa de necessidades
padrão das sinagogas existentes, e a sacralidade pela abstração da Estrela de Davi em sua forma, simbologia que para
os judeus significa a união entre o céu e a terra, o espiritual e o físico. Ademais, a fachada e a cobertura trazem a
integração com a paisagem local, a qual conta com jardins desenvolvidos a partir de um projeto paisagístico.
Finalmente, para o equilíbrio, praticidade e sobriedade do conjunto final, foi escolhido o concreto armado como
material. Todas as características arquitetônicas da Sinagoga visam, principalmente, atender aos judeus para a
realização de seus encontros, eventos, consagrações e recepções de maneira funcional, estética e confortável.

Universidade de Brasília- Projeto de Arquitetura de Grandes Vãos - PA4


Alunas: Clara Malta 211052735; Letícia Aguiar 211052806; Milena Palhares 190122358; Renata Baliza 211052889
Professor(a): Gustavo de Luna Sales
Sumário

Contexto histórico.........................................................................................................................................................6
Crenças e rituais.............................................................................................................................................................7
Comunidades Judaicas................................................................................................................................................13
Função social...................................................................................................................................................................14
Projetos de referência..................................................................................................................................................15
Entorno..............................................................................................................................................................................18
Lote e orientação...........................................................................................................................................................21
Lei de Uso e Ocupação do Solo.................................................................................................................................22
Parâmetros de Ocupação do solo............................................................................................................................23
Orçamento.......................................................................................................................................................................24
Programa de necessidades........................................................................................................................................25
Estudo de Fluxos............................................................................................................................................................27
Método de Construção.................................................................................................................................................28
Cobertura..........................................................................................................................................................................29
Normas...............................................................................................................................................................................30
Conceito.............................................................................................................................................................................32
Estrutura............................................................................................................................................................................34
Corte....................................................................................................................................................................................35
Área Externa.....................................................................................................................................................................36

Referências........................................................................................................................................................................37
Contexto Histórico

Fundado por Abraão por volta do ano 2000 a.C., o judaísmo é a


mais antiga das religiões monoteístas do mundo. Conforme a
tradição judaica, a prática religiosa teve início quando Deus
ordenou a Abraão que liderasse Seu povo em busca da terra
prometida. Inicialmente, eles se estabeleceram em Canaã, que é o
território atual da Palestina, onde permaneceram até que a fome
os forçou a migrar para o Egito. Lá, os judeus foram submetidos à
escravidão por muitos anos até que, no século XII a.C., o profeta
Moisés os conduziu de volta à terra prometida.

Ao retornar a Canaã, os judeus desenvolveram o judaísmo como


uma religião estruturada. Durante os reinados de Saul, Davi e
Salomão, a religião ganhou força. No entanto, outros grupos no
Oriente Médio aumentaram seu poder e ocuparam o território
judaico. Com o enfraquecimento da comunidade judaica, os
judeus se dividiram em grupos e alguns foram exilados,
dispersando-se por várias nações.

O retorno dos judeus ao Oriente Médio ocorreu em 1948, após o


Holocausto, que ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial e
resultou na morte de aproximadamente 6 milhões de judeus.
Nesse período, o Estado de Israel foi estabelecido, compartilhando Milhões de judeus foram resgatados com vida dos campos de
o território com a Palestina. concentração após a derrota dos nazistas, em 1945.
Fonte: https://www.historiadomundo.com.br/idade-
contemporanea/holocausto.htm

6
Crenças e Rituais

Os adeptos do judaísmo adoram um único Deus,


conhecido como Javé ou Jeová. Para esta fé, Deus é uma
entidade onipresente, onipotente e onisciente,
responsável pela criação e influência sobre todo o
universo. A comunicação divina com o povo judaico
ocorre por meio de profetas. O símbolo sagrado desta
religião é o Menorá, um candelabro de sete braços. Seu
livro sagrado é a Torá, que se fundamenta em três pilares
de fé, representados por palavras em hebraico:

1. Teshuvá - que significa arrependimento e retorno às


origens quando ocorre um erro;
2. Tefilá - que se refere à prece e à conexão com Deus;
3. Tsedacá - que representa a caridade no sentido de
justiça.

O judaísmo possui diversas tradições e abordagens na


interpretação das leis religiosas. As correntes dentro dessa
religião incluem o Judaísmo Ortodoxo, Judaísmo Menorá. Torá.
Conservador, Judaísmo Reformista, Judaísmo
Reconstrucionista e Judaísmo Humanista, cada uma
com suas próprias perspectivas e práticas.

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Crenças e Rituais

Seus cultos e rituais são realizados em sinagogas por


sacerdotes chamados rabinos. Os templos judaicos
possuem uma arca na qual são guardados os pergaminhos
sagrados da Torá. Segundo a tradição religiosa, a arca
representa a ligação entre Deus e os judeus.

A tradição judaica segue alguns rituais sagrados, dentre


eles:
Rabinos. Fonte: Comshalom

Brit Milá: circuncisão de todo menino judeu aos oito dias


de vida. De acordo com a fé judaica, o ritual segue os
preceitos ordenados pela Torá;
Bar Mitzvah: primeira leitura da Torá feita pelos meninos
judeus aos 13 anos. Esse ritual representa a iniciação na vida
adulta para os meninos;
Bat Mitzvah: primeira leitura da Torá feita pelas meninas
judias, realizada aos 12 anos, significa a marcação da
maturidade religiosa das meninas dentro do judaísmo.

Arca. Fonte: A arquitetura nas sinagogas: Exemplos relevantes e sua transformação no tempo.

8
Crenças e Rituais
Shabat
O Shabat, ou Sábado Judaico, é um dos rituais mais reverenciados e
fundamentais dentro da tradição judaica. Ele representa um dia de
descanso e devoção que começa com o pôr do sol de sexta-feira e se
estende até o anoitecer de sábado. Profundamente enraizado na história e
nas escrituras judaicas, o Shabat é uma oportunidade para a comunidade
judaica se conectar com Deus, com sua herança espiritual e uns com os
outros.

Na noite de sexta-feira, o ritual do acendimento das velas é um momento


solene, onde as mulheres da família recitam bênçãos especiais enquanto
acendem as velas de Shabat, simbolizando a entrada no descanso sagrado.
A refeição festiva que se segue, chamada de "Seudá Shabat", é um
momento de união familiar, onde a bênção é feita sobre o pão trançado
conhecido como challah.

Nas sinagogas, os serviços religiosos do Shabat são realizados na noite de


sexta-feira e na manhã de sábado. Eles incluem a recitação de salmos,
cânticos e a leitura da Torá, com a oração do Shemá proclamando a unidade
de Deus sendo um destaque.
Além das práticas religiosas, o Shabat é um dia de descanso, onde os judeus
são instruídos a cessar o trabalho e as atividades seculares. Essa
abstinência do trabalho serve como um lembrete para desacelerar e se
concentrar na espiritualidade e na conexão com Deus.

9
Crenças e Rituais
Bar Mitzvá
O Bar Mitzvá é uma cerimônia profundamente significativa no judaísmo
que celebra a passagem da infância para a maioridade religiosa de um
menino judeu. O termo "Bar Mitzvá" tem sua raiz no aramaico e significa
"filho do mandamento". Geralmente, essa cerimônia ocorre aos 13 anos,
marcando o momento em que o jovem se torna responsável por cumprir
os mandamentos da Torá.

Durante esse período, o jovem aprofunda seu conhecimento sobre a


Torá, a lei judaica (Halachá) e o significado das mitzvot (mandamentos).

A cerimônia em si acontece geralmente em uma sinagoga, no Shabat Bar Mitzvá


(Sábado Judaico) ou em outro dia específico. O destaque da cerimônia é
quando o jovem Bar Mitzvá é chamado à Torá para realizar uma leitura
especial, conhecida como "alíá", seguida de uma bênção.

Após a cerimônia religiosa, é comum realizar uma festa para comemorar


o Bar Mitzvá. A festa pode variar em tamanho e estilo, mas geralmente
inclui música, dança e comida. Em algumas tradições, é feito um bolo
decorado com símbolos judaicos. É um momento de celebração e
alegria, compartilhado com familiares e amigos, que reconhecem o
compromisso do jovem com sua fé e sua comunidade. Dessa forma, no
projeto será abordado um espaço para a celebração da cerimônia
Bat Mitzvá

10
Crenças e Rituais
Símbolos

ESTRELA DE DAVI
A Estrela de Davi, também conhecida como Escudo de Davi ou
Magen David, é o símbolo mais reconhecível do judaísmo. Ela
consiste em dois triângulos entrelaçados, formando uma estrela
de seis pontas. A Estrela de Davi é frequentemente associada ao
Rei Davi, um importante rei bíblico de Israel, e tornou-se um
símbolo do povo judeu como um todo.

MENORÁ
A Menorá é um candelabro de sete braços que era usado no
Templo de Jerusalém e agora é um símbolo importante do
judaísmo. Ela simboliza a luz, a sabedoria e a presença de Deus na
vida do povo judeu. A Menorá também é um símbolo nacional de
Israel e aparece no brasão de armas de Israel.

CÁLICE E PÃO ÁZIMO


Esses são símbolos usados durante a celebração do Pessach
(Páscoa Judaica), uma das festas mais importantes do judaísmo. O
cálice representa o vinho da libertação e o pão ázimo representa o
pão sem fermento, lembrando a fuga dos judeus do Egito.

11
Crenças e Rituais
Símbolos
ESTRELA DE DAVI COM MENORÁ
Este é um símbolo que combina a Estrela de Davi e a Menorá e é
frequentemente associado a Israel e ao judaísmo como um todo.

TEFILIN
Os tefilin são pequenas caixas de couro contendo trechos da Torá, que são
amarradas ao braço e à testa durante a oração matinal. Eles são um símbolo
da devoção religiosa e do compromisso com a observância das mitzvot (os
mandamentos religiosos).

MEZUZÁ
A mezuzá é uma pequena caixa que contém um pergaminho com
passagens da Torá e é afixada na entrada de muitas casas judaicas. Ela serve
como um lembrete da presença de Deus e da importância da fé judaica no
lar.

CHAI
A palavra "Chai" significa "vida" em hebraico, e é frequentemente
representada por duas letras hebraicas, "Chet" (‫ )ח‬e "Yud" (‫)י‬. Este símbolo é
usado para celebrar a vida e a saúde, e é frequentemente encontrado em
joias e objetos decorativos judaicos.

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Comunidades Judaicas
Judeus Ortodoxos Judeus Reconstrucionistas
A tradição ortodoxa remonta à época do Segundo Fundado pelo rabino Mordecai Kaplan no
Templo em Jerusalém e foi preservada com grande início do século XX, este movimento
rigor ao longo dos séculos. Durante a Diáspora Judaica, enfatiza a dimensão cultural e étnica do
as comunidades ortodoxas continuaram a observar a judaísmo. Kaplan viu o judaísmo como uma
Torá e as leis religiosas. Os ortodoxos mantêm uma "civilização" em constante evolução e
observância rigorosa da lei judaica (Halachá) e seguem adaptável às mudanças sociais.
os rituais tradicionais. A comunidade é frequentemente
subdividida em grupos, como Haredim (ultraortodoxos)
Rabino Mordecai Kaplan
e Modernos Ortodoxos, com diferentes graus de
interação com a sociedade secular. Judeus Humanistas
Judeus Conservadores Esta forma de judaísmo se concentra nas tradições culturais e éticas, sem
enfatizar uma crença em Deus. Para os judaístas humanistas, a ênfase está na
O judaísmo conservador surgiu nos Estados Unidos no
ética, na cultura e na herança judaicas, independentemente de considerações
final do século XIX como um movimento de
teológicas.
compromisso entre o judaísmo ortodoxo e o reformista.
Seu objetivo era preservar tradições judaicas, mas com
adaptações à vida moderna. Os conservadores valorizam Judaísmo Chassídico
a tradição e a Torá, mas permitem interpretações
flexíveis das leis. Eles têm sinagogas que realizam Originário do século XVIII, o chassidismo é um movimento místico dentro do
serviços em hebraico e em línguas locais, e as mulheres judaísmo que enfatiza a devoção emocional a Deus e o estudo da Torá. Possui
podem desempenhar papéis mais ativos nas várias ramificações, cada uma liderada por um rebe (líder espiritual) específico.
cerimônias.

Judaísmo Karaita
Judeus Reformistas Os karaitas seguem apenas as escrituras hebraicas (Tanakh) e rejeitam a
autoridade da tradição rabínica, como o Talmude. Eles interpretam as Escrituras
Este movimento surgiu no século XIX, buscando
de maneira literal e não aceitam a autoridade adicional de leis e tradições
modernizar e liberalizar as práticas judaicas para torná-
rabínicas.
las mais relevantes para a vida contemporânea. Muitos
rituais e práticas foram adaptados ou abandonados para
refletir uma abordagem mais progressista. Destaca-se,
portanto neste movimento a tolerância, a autonomia
individual, a flexibilidade nos modos comportamentais
(como vestimentas) e uma maior igualdade de gênero.

13
Função Social

O judaísmo é uma religião que tem uma série de ensinamentos e valores que
desempenham um papel importante em sua função social. No entanto, é importante notar
que o judaísmo é uma tradição religiosa diversificada, com diferentes correntes e
interpretações, e nem todos os judeus podem concordar completamente sobre qual é a
função social do judaísmo. No entanto, existem alguns princípios e valores fundamentais
que são comuns a muitas correntes judaicas e que podem ser vistos como parte de sua
função social:

Ética e Moralidade: O judaísmo enfatiza a importância da ética e da moralidade na vida


cotidiana. Muitos dos ensinamentos judaicos, incluindo os Dez Mandamentos, fornecem
orientações sobre como as pessoas devem se comportar em relação aos outros. Isso
inclui princípios como a justiça, a compaixão e a responsabilidade social.

Tikkun Olam: Este é um conceito central no judaísmo que se traduz como "reparar o
mundo". Os judeus são incentivados a trabalhar para tornar o mundo um lugar melhor
através de ações caridosas, serviço comunitário e justiça social.

Estudo e Educação: O judaísmo valoriza muito o estudo e a aprendizagem. A busca


pelo conhecimento e pela compreensão é vista como uma maneira de melhorar a
sociedade e a si mesmo. Isso inclui o estudo da Torá (os ensinamentos religiosos
judaicos) e outros textos sagrados.

Comunidade e Solidariedade: A comunidade desempenha um papel central na vida


judaica. A solidariedade e o apoio mútuo entre os membros da comunidade são
enfatizados. Isso se reflete em práticas como a caridade (tzedaká) e a ajuda aos
necessitados.

Preservação da Tradição: O judaísmo também tem a função social de preservar a


tradição e a cultura judaicas ao longo das gerações. Isso inclui a celebração de festivais
judaicos, a observância do Shabat (sábado) e a transmissão de conhecimento e tradição
de uma geração para a próxima.

Engajamento Cívico: Muitos judeus se envolvem ativamente na vida cívica e política de


suas comunidades e países. Isso reflete a crença de que os judeus têm uma FOTO DE XINHUA LI RUI, GETTY
responsabilidade em contribuir para o bem-estar da sociedade em que vivem.

14
Projeto de Referência
Sinagoga Ulm, Alemanha
A Sinagoga de Ulm reflete a rica
tradição judaica e a resiliência em
se renovar após adversidades. Seu
design sóbrio e elegante ressoa
com uma sensação de respeito e
reflexão, enquanto sua arquitetura
e configuração acentuam sua
sacralidade e função como um
espaço de adoração e comunidade.

KSG Architekten
Ficha técnica

Local: LEIPHEIM, ALEMANHA


Arquitetos: KSG Architekten;
Ano: 2012;
Dimensões: 24 metros de largura,
16 de profundidade e 17 de altura;

Fotografias:Christian Richters Fotografias:Christian Richters

15
Projeto de Referência
New Synagogue Dresden
A Nova Sinagoga de Dresden é uma
combinação de tradição e
modernidade, tanto em design
quanto em significado. Ela é um
testemunho da capacidade de uma
comunidade de se reconstruir e olhar
para o futuro com esperança e
determinação.

Ficha técnica

Local: DRESDEN, ALEMANHA


Arquitetos: Wandel Hoefer Lorch +
Fotos: Norbert Miguletz
Fonte: archdaily.
Hirsch;
Ano: 1997;
Dimensões: O volume complexo e
curvilíneo baseia-se num
deslocamento simples e gradual de
41 camadas ortogonais, formadas
por elementos de 120x60x60 cm.

Fonte: archdaily.

16

Fotos: Norbert Miguletz


Projeto de Referência
Sinagoga e Centro Comunitário C.I.S., Chile
Sinagoga e Centro Comunitário C.I.S., projetado por JBA, Gabriel Bendersky e Richard von Moltke, situa-se em
um terreno de 6038,7 m², enriquecido por nogueiras e castanheiras antigas e com vistas espetaculares das
montanhas dos Andes. O primeiro edifício de culto é situado sobre um espelho d'água de 50x50 metros,
incluindo uma sinagoga principal para 800 pessoas e uma menor para uso diário.O segundo edifício, o "edifício
da cultura", de 111 metros de largura, abriga funções comunitárias como biblioteca, cafeteria e salas de aula. Uma
praça coberta neste edifício homenageia as doze tribos de Israel com pilares metálicos.

Ficha técnica
Local: SANTIAGO, CHILE;
Arquitetos: Gabriel Bendersky , JBA,
Richard von Moltke;
Área: 10218 m²;

Fonte: archdaily.

Interior da Sinagoga Principal Fonte: archdaily. Planta baixa do terreo: Fonte: archdaily.

17
Entorno

O Jardim Botânico de Brasília, foi


fundado em 1985, Com sua vasta
coleção de plantas e belas paisagens
naturais, o Jardim Botânico
acrescentou uma dimensão única ao
entorno dos Jardins Mangueiral,
proporcionando aos moradores um
espaço para apreciar a natureza e
desfrutar de atividades ao ar livre.
Jardim
Botânico

0 2,5 5 km

Jardim Mangueiral

18
Entorno

Condomínio
Jardins dos
Jacarandá

Real Papelaria
UBS n. 1 Jardins
O terreno está localizado nos Jardins Mangueiral, Mangueiral

oferecendo uma combinação única de conforto e


conveniência para seus moradores. Na área
Colégio Digital
circundante, podemos observar uma Uniasselvi

infraestrutura desenvolvida, com destaque para


um prédio comercial na frente do terreno.

Além disso é possível encontrar uma grande


quantidade de estabelecimentos comerciais,
incluindo supermercados, farmácias, restaurantes
e pequenos comércios locais. Lote

19
Entorno
Mobilidade

Há disponibilidade de paradas de
ônibus nas proximidades do lote.
DF-463

DF-4
63 As principais vias de acesso são:
EPCT e a Avenida das Palmeiras
DF-4
63
EPCT

A v. d
as P
a im e
ir a s

A v. d
as P
a im e
ir a s
EPCT

Lote Principais vias de acesso Paradas de onibus


Lote

20
Lote e orientação
Informações sobre o lote

Endereço: SHMA Avenida


Mangueiral, Praça de Atividades 1
Paróquia São João Paulo II, Lote 2,
Brasília - DF, 71687-252

Área de projeto: 2365,38m²

LUOS: Trata-se de um lote


classificado como Inst- Mangueiral,
com lotes do entorno de uso,
principalmente, institucional,
residencial e comercial.

Templo Arca Sagrada

Sinagogas tendem a ter a Arca Sagrada (local onde são guardados os rolos da
Torá), voltada para sudoeste, isto é, em direção a Jerusalém. Com isso, este
projeto segue o mesmo padrão das demais sinagogas e por isso, foi
executada a implantação no lote dessa maneira.

21
Lei de Uso e Ocupação do Solo
Atividades Permitidas
Segundo a Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS), o lote está categorizado como UOS Inst, isto é, possui caráter
institucional e pode exercer atividades de organizações religiosas (Grupo 94.91-0), conforme consta no Decreto nº43.374,
de 31/05/2022. Portanto, o lote é adequado para a implantação da Sinagoga do Jardim Botânico.

Fonte: LC1007_2022_Anexo-II-–-Mapa-23A_Jardim-Botanico.

22
Parâmetros de Ocupação do Solo
Padrões Construtivos
Para que a construção seja
realizada de maneira regular,
deve-se acatar os parâmetros
estabelecidos pela LUOS.
Nesse caso, o lote submete-se
à UOS Inst-Mangueiral (19),
conforme apresentado no
quadro ao lado.

Área: entre 2000m² e 5000m²


CFA B: 0,70
CFA N: 0,70
TX OCUP: 70%
TX PERM: 25%
ALTURA MÁX: 15,5m
AFR: 4m
AFU: 10m
AF LAT: 4m
Marquise: Proibida
Cota de Soleira: Ponto médio
da edificação
Subsolo: Permitido tipo 2
Fonte: LC1007_2022_Anexo-III-–-Quadro-23A_Jardim-Botanico.

23
Orçamento
De acordo com o Briefing do cliente, o terreno a ser
usado para a construção será doado pelo Governo do
Distrito Federal, logo o orçamento disponibilizado será
voltado para a obra, cujo o valor é de R$ 2.500.000,00.

Com isso, ao consultar os Custos Unitários Básicos de Conclusão


Construção (NBR 12.721:2006 - CUB 2006 - Julho/2023), O máximo valor da área a ser construída apresentado é
oferecidos pelo Sindicato da Indústria da Construção de aproximadamente 1010m². Tendo em vista o desejo do
Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), pode-se cliente e futuras propostas, o espaço deve ter um templo
levantar a área construída aproximada, que é realizável que acomode 200 pessoas, e além disso, a imaginável
com o valor apresentado pelo cliente. realização de um centro comunitário, afim de manter a
proposta de atendimento social como em outras
Dessa forma, fez-se o levantamento da seguinte sinagogas. 1010 m²
forma:
Logo:
1.Identificação do padrão: O projeto de uso
institucional pode ser categorizado, por aproximação
de atividades, como “Comercial de Andares Livres de Templo

Alto Padrão”, assim considera-se os valores de “CAL-8”, 371,81m²


Total
indicados no quadro ao lado. 934,91m²

2.Cálculo: Portanto, seguindo as orientações e dados


Área Comunitária
do CUB/m², foi calculado:
563,1m²

Orçamento Área a ser 2.500.000,00


= 1010 m²
Preço/m² construída 2.475,60

24
Programa de Necessidades
Térreo
Templo 178,88m²;
BWC Masculino (Templo e Salão) 22,68m²;
BWC Feminino (Templo) 22,68m²;
Recepção 95,5m²;
Cozinha 18m²;
Depósito 3,24m²;
Salão de assembleia 114,24m².

Planta Baixa/ Layout


Área Total 517,17m²
Esc. 1:125

25
Programa de Necessidades
Primeiro pavimento
Galeria da mulheres 119,6m²;
BWC Masculino 7,28m²;
BWC Feminino (Galeria e Hall) 22m²;
Sala de Convivência 11,43m²;
Escritório coletivo 18m²;
Sala de aula 21,6m²;
Sala de oração 20,63m²;
Biblioteca 31,16m²;
Varanda 21,75².

Planta Baixa/ Layout


Área Total 417,74m²
Esc. 1:125

26
Estudo de Fluxos

Depósito

BWCs
Cozinha

Salão de assembleia BWCs Galeria das mulheres

Estacionamento Jardim

Recepção Elevadores/Escadas Administrativo Escritório

Templo Sala de aula

Comunitário Sala de oração


BWCs

Biblioteca

27
Método de Construção
Concreto

É o método construtivo mais adotado no


Brasil para obras residenciais. Funciona
como um “esqueleto” formado a partir da
combinação de pilares, lajes e vigas. As
paredes servem apenas como fechamento
e separação de ambientes. Todo o peso é
absorvido pelo sistema pilares, lajes e
vigas, e por isto pode-se dizer que as
paredes não possuem função estrutural.
Um ponto forte é que não há restrição
quanto às medidas do projeto, o que
permite maior liberdade criativa, não há
limites para futuras reformas, e podem ser
especificadas esquadrias fora do tamanho
padrão.

National Holocaust Monument / Studio Libeskind Foto: Nathalie Priem

28
Cobertura
Casca de Concreto

As cascas são estruturas muito utilizadas para coberturas de grandes


vãos sem apoios intermediários. Em termos estruturais, são eficientes por
resistirem muito bem a esforços de compressão, podendo, em pontos
específicos de sua superfície, principalmente próximos aos apoios,
absorverem pequenos momentos de flexão.

As cascas conseguem resistir a grandes cargas de compressão


distribuídas uniformemente sobre sua superfície, no entanto, devido à Igrejinha, Oscar Niemeyer
sua pouca espessura, tem pouca resistência à tração e não devem
receber cargas concentradas. A carga distribuída superficialmente é
representada pelo peso próprio da estrutura, dos materiais de
revestimento e da pressão do vento.

Catedral Militar Rainha da Paz, Oscar Niemayer Catedral Cristo Rei (BH), Oscar Niemayer Hipódromo de la Zarzuela / Carlos Arniches + Martín Domínguez +
Eduardo Torroja

29
Normas
As normas NBR 9050 e NBR 9077 têm um papel
fundamental na concepção e construção de qualquer
tipo de edificação, incluindo templos religiosos como
uma sinagoga. Essas normas não apenas refletem um
compromisso com a inclusão e a segurança, mas
também podem influenciar significativamente o
projeto arquitetônico.

1. Acesso Universal: A NBR 9050 estabelece critérios


para garantir o acesso universal de todas as pessoas,
independentemente de suas habilidades físicas. Isso
significa que o projeto da sinagoga deve incluir
rampas de acesso adequadas, corrimãos, elevadores,
portas largas o suficiente para cadeiras de rodas,
entre outras medidas que permitam que pessoas
com deficiência ou mobilidade reduzida entrem e
circulem livremente no espaço.
2. Espaços Internos Acessíveis: O interior da sinagoga
deve ser projetado com espaços que tenham áreas
para cadeiras de rodas, bancos ou assentos
acessíveis, além de banheiros adaptados.

30
Normas
3. Sinalização Tátil e Visual: A NBR 9050 também
aborda sinalização acessível, sendo importante
em um local religioso onde as pessoas precisam
encontrar salas específicas, como a sala de oração,
o banheiro, a área de estudo, etc. Sinalizações a
táteis e visuais, como placas em Braille e
sinalizações luminosas, podem ser necessárias.
4. Iluminação de Emergência: A NBR 9077 exige
sistemas de iluminação de emergência em
edificações para garantir que, em caso de queda
de energia ou outras situações de emergência, as
pessoas possam evacuar de maneira segura. b
5.Espaços de Estacionamento: A norma também
aborda requisitos para vagas de estacionamento
acessíveis, com sinalização apropriada e
proximidade adequada à entrada da sinagoga. Vagas de
estacionamento

Dessa formas as duas Rampas externas de acesso,


sianlizadas acima, respeitam a porcentagem de
inclinação explicitada na norma. Além de possurem os
corrimões necesários.

a) - h = 0,82 C =16,4 m --> I = 5%


b) - h = 0,47 C= 9,40 m --> I = 5
%
C- comprimento
h - altura do desnível
I - Inclinação
31
Conceito
Estudo da Forma

Estrela de Davi Ligação entre o povo judeu com o divino: Representa a


Divino presença do divino no cotidiano;
Simbolo de Orgulho e Resistência.
Representa: História, Tradição e valores
Moderno
Humano, povo Judeu Formado por dois triangulos

Cobertura

Tradição, Sobriedade, Sacralidade e Arquitetura moderna

32
Conceito
Estudo da Forma - 3D

33
Estrutura
Concreto Armado

Cobertura:
Casca de Concreto

Vigas e Pilares de
Concreto Armado

Laje nervurada

Paredes de Bloco
de Concreto

Cortina de Vidro

34
Corte
Caixa D’água

Corte AA
ESC 1: 200
Segundo pavimento

A
Planta Baixa- Térreo
ESC 1: 500
Corte BB
ESC 1: 200

35
Área Externa

36
Referências

1. Projeto "Complexo do Templo" - James Gorst Architects


Arquivo Digital: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/1002601/complexo-do-templo-james-gorst-
architects?ad_medium=galler. Acesso em: [03/09/2023].
2. Sistemas Construtivos Pré-Fabricados
Mapa da Obra. Disponível em: https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/pre-fabricado/. Acesso em: [11/09/2023].
3. Projeto "BMW Welt" - Coop Himmelb(l)au
Galeria da Arquitetura. Disponível em: https://m.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/coop-himmelblau_/bmw-welt/4495.
Acesso em: [12/09/2023].
4. Sinagoga e Centro Comunitário Cis JBA - Gabriel Bendersky e Richard von Moltke
Arquivo Digital: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/626186/sinagoga-e-centro-comunitario-cis-jba-
mais-gabriel-bendersky-mais-richard-von-moltke?ad_source=search&ad_medium=projects_tab. Acesso em: [13/09/2023].
5. Flashback: Nova Sinagoga de Dresden - Wandel Hoefer Lorch + Hirsch
Arquivo Digital: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com/318277/flashback-new-synagogue-dresden-wandel-
hoefer-lorch-hirsch?ad_source=search&ad_medium=projects_tab. Acesso em: [13/09/2023].
6. Sinagoga Ulm - Kister Scheithauer Gross Architects and Urban Planners
Arquivo Digital: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-90018/sinagoga-ulm-slash-kister-scheithauer-
gross-architects-and-urban-planners. Acesso em: [13/09/2023].
7. Flashback: Nova Sinagoga de Dresden - Wandel Hoefer Lorch + Hirsch
Arquivo Digital: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com/318277/flashback-new-synagogue-dresden-wandel-
hoefer-lorch-hirsch. Acesso em: [13/09/2023].

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