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Origem e Formação dos Solos

Definição de Solo para a Engenharia Civil


Intemperismo

Profa: Anna Karina C. Delgado

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O que é Solo para a Engenharia? Quais suas principais características?

 O conceito da palavra solo é diferente dependendo da área de conhecimento.


ABNT (NBR 6502)  “Material proveniente da decomposição das rochas pela ação de agentes físicos
ou químicos, podendo ou não ter matéria orgânica”

 Classificados em relação ao tamanho dos grãos


Textura Nome TAMANHO DOS GRAOS (mm)
maior que menor que
pedregulhos 2,0 60,0
Solos grossos
areias 0,06 2,0
siltes 0,002 0,06
Solos finos
argilas 0,002

Composição:
• partículas ou grãos minerais (sistema particulado)
• poros, interstícios ou ‘vazios’
• sistema trifásico: grãos (fase sólida) + água (fase líquida) + ar (fase gasosa)
• solo saturado, solo seco, solo não saturado

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Em profundidade, apresenta seções aproximadamente paralelas, denominadas horizontes ou camadas

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INTEMPERISMO conjunto de processos que ocorrem na superfície terrestre que ocasionam decomposição
dos minerais das rochas pela ação de agentes atmosféricos, físicos, químicos e biológicos.

Físico
proveniente da ação mecânica Químico
desagregadora de transporte da relacionado com os vários processos
água, do vento e da variação de químicos que alteram, solubilizam e
temperatura. Muitas vezes ocorre depositam os minerais de rocha,
a ação conjunta de vários agentes. transformando-a em solo.

Fragmentação e Decomposição dos


Desagregação das rochas minerais das rochas

Ausência de H2O Presença de H2O

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Intemperismo Físico

- Abre caminho para o Intemperismo Químico

 Variações de Temperatura (dias e noites, inverno e verão) e Pressões elevadas → causam expansão e contração
→ fragmentação dos minerais (rachaduras nas rochas e penetração de umidade)
 Coeficiente de Dilatação Térmica dos minerais são diferentes → causa um deslocamento relativo entre
cristais o que rompe a coesão dos grãos (variações no volume da rocha)
 Mudança cíclica de Umidade → expansão e contração
 Congelamento de água nas fissuras das rochas → aumento de volume e da rede de fraturas que
fragmentam a rocha.
 Cristalização de sais dissolvidos na água → com o passar do tempo o crescimento da estrutura
microscópica causa expansão das fissuras e fragmentação das rochas.

Crescimento de raízes nas fissuras

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Intemperismo Químico
► Alteração na composição química dos materiais. Atua sobre os constituintes primários das
rochas, modificando a composição química e mineralógica delas e, produzindo materiais de
constituição e arranjo entre os minerais constituintes destas completamente diversos.

 Agente Principal: água (rica em O2 reage com CO2 da atmosfera → caráter ácido) no solo (respiração das
raízes e oxidação da matéria orgânica aumenta CO2) diminui mais o pH
 Ambiente da superfície da terra difere do local de formação dos minerais → quando afloram os minerais
entram em desequilíbrio e transformam-se em outros minerais
 Decomposição incompleta da matéria orgânica → produz vários tipos de ácidos orgânicos tornando a água de
percolação ácida.

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Mecanismo de Formação dos Solos
Fatores de formação do solo que nele atuaram e ainda atuam:
- Material de origem / Tipo de Rocha (Resistência ao intemperismo),
- Clima (Temperatura e Chuvas),
- Vegetação (Matéria Orgânica),
- Topografia / Relevo (Infiltração e Drenagem da água);
- Tempo (Exposição aos agentes intempéricos).

 Mesmo clima → tende a formar o mesmo tipo de solo ainda que as rochas sejam diferentes.

Climas mais quentes e


úmidos: predomínio
do INTEMPERISMO
QUÍMICO

Climas mais secos e


frios: predomínio do
INTEMPERISMO
FÍSICO

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Tipos de Solos
 Solos Residuais: permanecem no local de formação

 Solos Transportados ou Sedimentares: retirados do local de formação por agente transportador


Coluvionais: transportados pela gravidade
Aluvionais: transportados pela água
Eólicos: transportados pelo vento

 Solos Superficiais: resultantes da ação de agentes naturais → Podem ser Solos Residuais e/ou Transportados

 Solos Orgânicos: qdo mistura-se ao solo de origem mineral, matéria de origem orgânica. Há casos onde
praticamente não há partículas minerais, como os solos turfosos.

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Morfologia do Solo
• O perfil do solo pode variar de um local para outro, devido aos fatores de
formação dos solos.

• Três horizontes principais:

Horizonte A – Superficial, acumula matéria orgânica e lixivia material


para o horizonte inferior
Horizonte B – Intermediário, com pouca matéria orgânica originada do
horizonte A, acúmulo de material lixiviado
Horizonte C – corresponde a rocha alterada, mantém a estrutura da rocha
original, alguns minerais ainda não sofreram intemperismo (saprólito),
nenhuma matéria orgânica.

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Perfil do Solo Residual

Aterro

Horiz.A: Solo Superficial Orgânico.

Horiz.B: Solo Residual Maduro.

Horiz.C: Solo Residual Jovem.

Rocha alterada

Horiz.A: Camada com matéria orgânica.


Horiz.B: Camada superficial, constituída
por minerais secundários ou transportados.
Horiz.C: Camada que ainda guarda
características herdadas da rocha de
origem.

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Solos Residuais

Para que ocorram é necessário que a velocidade de decomposição da rocha


> a velocidade de remoção do solo por agentes externos.

 Velocidade de decomposição → função de vários fatores → entre os


quais : a temperatura, o regime de chuvas e a vegetação.

 Ação das intempéries  cima para baixo, as camadas superiores são,


via de regra, mais trabalhadas que as inferiores.

 As condições existentes nas regiões tropicais são favoráveis a


degradações mais rápidas da rocha, predominância de solos residuais
(centro sul do Brasil, por ex).

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Solos Sedimentares ou Transportados

 Aqueles que foram levados ao seu local atual por algum agente de transporte e lá depositados.
 Característica Principal  função do Agente de Transporte
 Cada agente de transporte seleciona os grãos que transporta com maior ou menor facilidade,
além disto, durante o transporte, as partículas de solo se desgastam e/ou quebram  um tipo
diferente de solo para cada tipo de transporte.
 Há quatro principais agentes transportadores:
- a gravidade, que forma o solo coluvionar;
- a água, que forma o solo aluvionar; Solos Lacustres e Solos Pluviais
- o vento, que forma o solo eólico;
- as geleiras, que formam o solo glacial. depositados em
condições submersas
em lagos e bacias

Solos Marinhos
depositados em
condições submersas
nos mares ou
oceanos

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Solos Aluvionares (transporte pela água)
O transporte pela água é semelhante ao transporte realizado pelo vento, com algumas diferenças.

a) Viscosidade - por ser mais viscosa a água tem uma capacidade de transporte maior, transportando
grãos de tamanhos diversos.

b) Velocidade e Direção - suas variações de velocidade tem em geral um ciclo anual e as mudanças de
direção estão condicionadas ao próprio processo de desmonte e desgaste do relevo.

c) Dimensão das Partículas - os solos aluvionares fluviais são grossos, pois as partículas mais finas
mantém-se sempre em suspensão e só se sedimentam quando existe um processo químico que as flocule
(isto é o que acontece no mar ou em alguns lagos).

d) Eliminação da Coesão - presença de água em abundância diminui este efeito coesivo.

colóides
fluxo

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Solos Aluvionares
Solos Pluviais (águas das chuvas)
Solos Fluviais
É o solo que as águas das chuvas levam ao escoar de
 Composição mais grossa no terreno do fundo dos pontos mais elevados no relevo aos vales.
rios; pois a matéria mais fina fica em suspensão. Composto por solos transportados e matéria orgânica.

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Arrecifes
Solos Aluvionares

Solos Marinhos

 Os sedimentos marinhos são produzidos em ambientes de praia


e manguezal. Em regiões tropicais, ao longo das praias, a
deposição é essencialmente, de areias limpas, finas a médias,
quartzonas. Nos manguezais, as marés transportam apenas os
sedimentos muito finos e argilosos, que se depositam
incorporando matéria orgânica, dando origem às argilas
orgânicas marinhas.

Praias

Manguezais

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Solos Coluvionares

 São depósitos de materiais inconsolidados, normalmente encontrados recobrindo encostas íngremes,


formados principalmente pela gravidade.

 Se formados em depósitos formados por misturas de solo e blocos de rocha pequenos (15-20 cm),
sendo normalmente encontrados recobrindo encostas de serras, como a Serra do Mar.

 Compostos predominantemente por materiais bastante homogêneos, com granulometria mais fina, tais
como areias argilosas e argilas arenosas. Sua espessura é bastante variável, de apenas 0,5m até 15-20m.

 Características importantes → baixa Resistência ao Cisalhamento (podendo apresentar movimentos lentos como
o rastejo (creep) e sendo, freqüentemente, aqueles que geram grande parte dos escorregamentos das encostas)
Estrutura Porosa,
Baixos valores de SPT (1 a 6 golpes),
Colapso de estruturas (qdo submetidos a saturação e ao carregamento).

NT antigo

NT atual

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Solos Coluvionares

Tálus
 Tálus são depósitos formados pela ação da água e, principalmente, da gravidade, compostos predominantemente por blocos de
rocha de variados tamanhos, em geral, arredondados, envolvidos ou não por matriz areno-silto-argilosa, freqüentemente
saturada.

 Estes depósitos podem ter variadas dimensões, ocorrendo de forma localizada, com morfologia própria e, ocupando os sopés
das encostas de relevos acidentados como serras, escarpas, etc.

 São depósitos quase sempre problemáticos e de difícil contenção quando instáveis.

 Depósitos de tálus mais antigos, apresentam quase sempre a matriz laterizada, sendo, nestes casos, depósitos mais
consolidados, sem nível d’água e mais estáveis.

Ex: Sul da Bahia → solos formados pela deposição de


colúvios em áreas mais baixas,  altos teores de
umidade e propícios a lavoura cacaueira. Solos
coluvionares (tálus) também na Cidade Baixa
(Salvador) ao pé da encosta paralela a falha geológica
que atravessa a Baia de Todos os Santos.

OBS: a gravidade não forma o


solo, ela já estava formado, sendo
apenas transportado

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Solos Coluvionares

Solos Glaciais
 De pequena importância / ocorrência no Brasil  solos formados pelas geleiras, ao se deslocarem pela
ação da gravidade (comuns nas regiões temperadas).
 Formação → A corrente de gelo que escorre de pontos elevados (gelo é formado nas zonas mais baixas),
leva consigo partículas de solo e rocha, as quais, por sua vez, aumentam o desgaste do terreno. Os detritos
são depositados nas áreas de degelo.
Uma ampla gama de tamanho de partículas e transportada, levando assim a formação de solos bastante
heterogêneos que possuem desde grandes blocos de rocha ate materiais de granulometria fina.

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Solos Eólicos
 Ocorrem junto à costa, principalmente nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul.
 Constituídos por areia fina quartzona, bem arredondada, ocorrendo na forma de franjas de dunas,
margeando a costa ou, quando os ventos são mais intensos, na forma de campos de dunas.

 Características :
- Atrito constante entre as partículas  os grãos geralmente possuem forma arredondada.
- Grãos maiores e mais pesados não podem ser transportados. Ação do transporte do vento se restringe ao
caso das areias finas ou silte.
- Solos finos (argilas)  grãos unidos pela coesão, forma torrões dificilmente levados pelo vento.
- Areias e siltes saturados (falsa coesão)  limite para a atuação dos ventos.

 A força dos ventos pode transportar partículas de solo por centenas km de distância. A deposição deste
material pode acarretar graves problemas de soterramento dos prédios e na fertilidade do solo.

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Solos Orgânicos

 Formados pela impregnação de sedimentos orgânicos preexistentes, em geral misturados a restos de


vegetais e animais.
 Podem ser identificados pela cor escura e por possuir forte cheiro característico.
 Tem granulometria fina, pois os solos grossos tem uma permeabilidade que permite a "lavagem" dos grãos,
eximindo-os da matéria impregnada.
Turfas  solos que incorporam florestas soterradas em estado avançado de decomposição. Tem estrutura
fibrilar composta de restos de fibras vegetais e não se aplica Mecânica dos Solos.

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