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Dados catalográficos
Prado, Chris
1ª Edição
Warg - Natureza Indomável
São Paulo, 2019
1. Literatura Brasileira. 2. Romance.
3. Fantasia sobrenatural. 4. Literatura
erótica.
https://linktr.ee/ChrisPradoAutora
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Notas da Autora
Prólogo
Parte 1
1 A tempestade
2 -Memórias
3-A cabana
4 Indentidade
5- Lobos
6- Despedida
7- É Natal
8- Berlim
9- Londres
10- Lykans
11- Magia Antiga
12- Sob controle
13- Vício
14- Roma
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39- Decisões
40- Natureza selvagem
41- Sabor de chocolate
42- Laços de família
43- Olhos, espelhos da alma
44- Sequestrada
45- Contra o tempo
46- Confiança
47- Tensão e lágrimas
48- Recomeços
49- Reconciliação
50- Além do véu
Epílogo
Agradecimentos
Em breve
Leia também
Sobre a autora
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cara-a-cara.
Ele havia aprendido, em mais de duzentos
anos de convivência com humanos, que seria
considerado uma abominação caso sua existência
fosse descoberta; como acontecera há muito tempo,
quando sua espécie praticamente havia sido
exterminada.
Não era só o seu tamanho na forma de
animal, muito superior aos lobos comuns, que
assustava as pessoas. O fato de poder se
transformar e se misturar a elas é que as deixavam
horrorizadas. Os humanos não aceitavam o
sobrenatural, nunca toleraram Wargs como ele,
assim como nunca toleraram os magos, as bruxas,
os vampiros e os Lykans.
Todos esses seres viviam escondidos agora,
ou pelo menos tomavam o cuidado de não se
exporem, camuflando-se e ocultando suas
“anormalidades”. Com o tempo, suas existências
haviam se transformado apenas em mitos, lendas e
contos urbanos; e eles preferiam continuar assim.
Após milhares de anos de coexistência,
tinham aprendido que os humanos eram
naturalmente intolerantes, e haviam cansado de
lutar. Muitas mortes e extermínios ocorreram até
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fitar o documento.
— Que dia é hoje? Em que ano nós
estamos? — perguntou ao olhar para sua data de
nascimento.
— 1995. Hoje é 4 de janeiro — respondeu
Axel, enquanto tirava a torta do forno.
— Vou fazer 16... daqui a quatro dias... —
murmurou Liz, largando o documento e sentindo o
vazio tomar conta de si novamente. Seria o pior
aniversário de sua vida, não tinha dúvidas...
Olhou mais uma vez para o conjunto de
malas, ali poderia ter mais respostas. O vazio foi,
então, sendo preenchido por um medo irracional.
Suas mãos começaram a tremer e lágrimas
brotaram de seus olhos, seu coração parecia estar
sendo esmagado. Eram os seus pais que estavam no
carro? Olhou para Axel. O rapaz estava sério e a
observava.
— Você... você pegou os documentos
deles? Quero dizer, do casal que você disse que
estava comigo? — Sua voz estava trêmula.
Axel suspirou e pegou dois passaportes que
estavam atrás dele, colocando-os na frente da
garota. Liz tremia, tentou abri-los, mas não
conseguiu, suas lágrimas cegavam-na.
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chão.
— Aff!!! Precisa chegar assim tão
silenciosamente?! Quase me mata de susto! —
exclamou ela.
— O almoço está pronto — anunciou o
Warg, virando-se para subir.
— Posso mesmo? Ficar com ele? —
perguntou Liz. — Não era da sua mãe?
— Não.
— De quem era?
— Não sei — respondeu já no topo das
escadas.
Liz guardou a caixa e foi atrás dele.
Alcançou-o na cozinha.
— Como não sabe? — indagou curiosa.
Axel percebeu que teria que mentir. Ele
havia recebido aquelas joias como pagamento de
hospedagem décadas atrás, havia coisas antigas ali;
portanto, precisava ser razoável na explicação.
— Meu avô tinha negócios e às vezes era
pago com joias — respondeu.
— Então... você vai me dar mesmo ele? —
Liz ainda tinha o semblante surpreso.
Axel apenas assentiu. Não se importava
com aquele colar, nem com nenhuma daquelas
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entre soluços.
Ele deu de ombros, então Liz fechou os
olhos e pediu. Felicidade! Era o que ela mais
desejava, não importava como ou onde ou com
quem. Ela não se lembrava de ninguém de sua vida
antes do acidente, não sabia se tinha amigos,
irmãos ou parentes próximos, portanto só desejou
ser feliz; queria que aquela tristeza fosse embora,
que sua vida se resolvesse logo e que pudesse viver
como uma garota normal. Então assoprou,
apagando a vela.
Devorou o bolo como se fosse o último que
comeria na vida. Estava divino! Era difícil de
acreditar que aquele rapaz cozinhasse tão bem,
enquanto ela não conseguia fazer nem um ovo frito.
Depois daquela manhã conturbada, seu
humor mudou da água para o vinho. Talvez fosse
seu pedido de aniversário se realizando ou talvez
fosse só sua predisposição em correr atrás de seu
próprio desejo que a animava, mas sentia-se melhor
e passou a ver seu anfitrião sob um olhar diferente.
Acreditava que agora conseguia entendê-lo um
pouco mais e, em sua visão, Axel era apenas um
cara solitário que não estava acostumado a dividir
seu espaço com outras pessoas, nem gostava de
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abatida.
Ainda era cedo e Axel, pensando em uma
forma de distrair a garota, decidiu levá-la para dar
uma volta pela região. Não estavam longe do
Mosteiro de Putna, e apesar de não ser religioso,
considerou que seria um bom lugar para ela
conhecer. Liz ficou boquiaberta com o que viu, um
lugar cheio de história, belíssimo, silencioso e
calmo; as paredes pintadas com afrescos eram
magníficas e, durante algumas horas, pelo menos,
ela se sentiu em paz.
Sua ansiedade voltou somente após o
almoço, quando Axel anunciou que a levaria ao
aeroporto. Em parte estava feliz por ele
acompanhá-la, em parte estava triste por ter que
deixá-lo. Por mais estranho que poderia parecer,
havia se afeiçoado a ele, mesmo com toda sua
rabugice, e embora não soubesse muito sobre sua
vida, sentia que conhecia-o mais do que ele gostaria
que conhecesse.
O rapaz lhe trazia uma sensação de
segurança, não só por ter salvado sua vida, mas por
tudo o que ele tinha feito. Ela sabia que não tinha
sido fácil para Axel e que talvez ele até ficasse
aliviado por ela ir embora, mas também sabia que,
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é zero.
O Warg abriu a boca para dizer algo, mas
desistiu, lembrou-se de que precisava mexer a
carne. Ainda meio chocado com a aparição
repentina da moça, pegou uma colher de madeira e
se aproximou da jovem, que abriu espaço para ele
trabalhar.
— Isso aqui não mudou nadinha! —
exclamou ela olhando ao redor. — Nem você, ao
que parece...
— Liz... — disse ele. — Por que está aqui?
— perguntou novamente, ansioso e perturbado com
a presença de sua antiga hóspede.
Liz sentou-se na cadeira, colocando os
cotovelos sobre a mesa, enquanto analisava o rapaz
que a salvara anos atrás de morrer congelada.
Assim como as coisas na cabana, ele também não
havia mudado em nada, exceto pelo cabelo que
estava um pouco mais curto. Os anos pareciam não
ter passado para ele. Continuava belo e exótico, do
jeito que ela se lembrava. Sorriu, um sentimento de
felicidade brotou dentro de si.
— Estou fazendo um intercâmbio na
Alemanha — respondeu ela. — Cheguei há três
meses e agora entramos em recesso de Natal, volto
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floresta lhe servia por meses, isso aqui era luxo até
demais! Então seu sorriso se desmanchou,
lembrando-se de que precisava dizer “adeus”, e
aquele seria um “adeus” definitivo.
Caminhou até próximo do rapaz e o
encarou.
— Axel... Eu realmente sinto muito se lhe
causei algum problema ou constrangimento... Eu
não sei exatamente o que pensa de mim, mas...
quero que saiba que eu gosto muito de você e que
jamais irei te esquecer... — Ela suspirou, dando
uma pausa. — Obrigada... por ter me salvado e
cuidado de mim quando eu precisei, e por ter me
aturado quando eu lhe forcei minha presença. —
Liz sorriu, era um sorriso triste.
Se ainda tivesse dezesseis anos, penduraria-
se novamente em seu pescoço para abraçá-lo antes
de ir embora, mas agora sentia-se amarrada, não
queria criar outra situação constrangedora em seus
últimos momentos juntos. Então, apenas estendeu a
mão. Axel não moveu um músculo e Liz abaixou o
braço, envergonhada.
— Adeus, Axel — disse com a voz presa na
garganta. Seus olhos ficaram marejados, mas ela
segurou as lágrimas, não iria chorar na frente dele.
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aqui comigo?
Axel suspirou e se aproximou mais de Liz,
levantando seu queixo e olhando-a nos olhos, em
seguida abaixou seu rosto ao lado do dela. Seus
lábios roçaram a orelha da garota, fazendo-a se
arrepiar inteira, então falou:
— O fato de eu sorrir para alguém não
significa que eu esteja feliz ou que goste da
pessoa... Não leve isso para o lado pessoal. —
Afastou-se e continuou sério: — Amanhã, como
você deve ter escutado, terei uma reunião. Não se
preocupe, contratei um motorista para levar você a
alguns lugares. De manhã, irá visitar a Torre de
Londres, onde estão as joias da coroa, e à tarde ele
te levará ao parque de Greenwich. — Então virou-
se e, sem esperar resposta, voltou ao quarto,
fechando a porta.
Liz permaneceu em pé no mesmo lugar por
alguns segundos, meio que entorpecida, tentando
assimilar as palavras do rapaz. Então aquele sorriso
era só fingimento? Um alívio deu lugar à tensão de
momentos antes, junto com uma ponta de
frustração por ele não poder acompanhá-la no dia
seguinte. Um novo arrepio percorreu seu corpo ao
se recordar da proximidade com que ele havia dito
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aquilo.
Balançou a cabeça e respirou fundo.
Esqueça, Liz! disse para si própria. Ele não é para o
seu bico! Axel já tinha deixado bem claro que não
queria nada com ela naquele dia na cabana. Não
iria se iludir quanto a isso! Precisava enterrar seus
sentimentos, antes que isso lhe causasse algum
constrangimento, como quase acontecera. Ciúme...
foi mesmo isso que sentira?
Axel encostou-se igualmente aliviado na
porta do quarto após fechá-la atrás de si. Aquela
garota na sala lhe dava nos nervos... Ela não
chegava a irritá-lo como antes, porém às vezes
ainda se sentia desconfortável ao lado dela. Era
verdade que não se sentia confortável ao lado de
ninguém, no entanto, a agitação que ela lhe causava
tinha outra natureza. Era como se ele não
conseguisse controlar apropriadamente seus
instintos quando ela estava muito perto.
Não foram poucas as vezes que ele teve
vontade de encostar seu nariz na pele da garota e
inspirar o seu cheiro ou até mesmo sentir o seu
gosto. Agora mesmo, ficara tentado em passar a
língua pelo pescoço dela, e por pouco não o fez...
estava ficando louco! Precisava manter distância da
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acompanhá-la.
— Não seja tão rabugento, Axel! Não é tão
ruim assim! — disse sorrindo.
O lugar estava cheio. À meia luz e ao som
de uma música eletrônica extremamente alta para
os ouvidos sensíveis do rapaz, inúmeras pessoas
mexiam seus corpos na pista de dança iluminada
por canhões coloridos. Ele torceu o nariz.
— Esse lugar fede! — exclamou com o
cenho franzido.
Cigarro, perfume, álcool, drogas, suor e
sexo, os odores se misturavam no ar pesado,
ferindo o olfato apurado do Warg. Ele queria correr
dali. Por um breve momento, arrependeu-se de ter
insistido em acompanhá-la, talvez tivesse sido
melhor tê-la deixado ali e vindo buscá-la depois,
mas agora era tarde. Além disso, definitivamente
não ficaria tranquilo se a deixasse vir sozinha.
Aguentaria um pouco a tortura e depois daria um
jeito de irem embora.
Liz pegou-o pela mão e puxou-o até o bar.
Ela tentou ser atendida pelo atarefado bartender,
porém sua baixa estatura não ajudava e ele não a
percebia entre as pessoas que se aglomerava no
balcão.
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fazendo-a rir.
— O que foi? — perguntou ela, já um
pouco alta por causa da bebida. — Nunca viu não?
Uma arqueada de sobrancelha foi a resposta
dele, em seguida bebeu o resto da água de sua
garrafa e a colocou sobre um balcão.
Liz riu de novo e resolveu se soltar, queria
dançar, queria se divertir e queria mostrar a Axel
que aquilo não era tão ruim assim. Pegou, então,
nas mãos do rapaz e tentou fazê-lo se movimentar.
Em vão, claro. O Warg não se mexia e a olhava
aborrecido, odiava dançar!
A garota não se importou. Um pouco mais
desinibida por conta da bebida, levantava o braço
dele e girava a si mesma, de um lado para outro.
Sorrindo e se balançando, ela se aproximava e se
afastava de Axel ao ritmo da música, olhando-o
com divertimento.
— Axel! Por favor... tente se divertir, só um
pouquinho... Por mim? — pediu Liz com olhos
suplicantes.
Axel não disse nada, mas ponderou. Será
que se fizesse o que ela estava lhe pedindo, depois
conseguiria tirá-la dali? Bufou, e então,
desajeitadamente, começou a mexer o corpo,
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los.
Naquele momento, ele soube exatamente o
que queria: ela. O desejo começava a se sobrepor à
razão e Axel deixou-se levar. Firmou as mãos na
cintura de Liz e a puxou mais para si. A garota
arqueou as sobrancelhas surpresa, mas sorriu. A
bebida a havia deixado mais espontânea, porém
com o pensamento meio nublado, por isso ela
considerou que o rapaz apenas teria resolvido entrar
na brincadeira.
Seu coração, no entanto, batia mais rápido.
Aquela proximidade com Axel mexia com todas as
suas fibras. A cada dia que passava ao lado dele,
sentia-se mais atraída pelo rapaz e ao mesmo tempo
mais desiludida, não acreditava que Axel pudesse
olhar para ela como mulher, mas desta vez ele
parecia estar no jogo, pelo menos não a estava
afastando e isso a fazia se sentir a garota mais
sortuda do mundo.
Do outro lado do salão, uma jovem de
cabelos ruivos não tirava os olhos do casal, era a
mulher que Axel havia identificado como Lykan.
— Karl — chamou ela, dirigindo-se a um
rapaz ruivo também. — Olhe aqueles dois ali —
disse apontando para Liz e Axel.
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murchou ali mesmo. Por que ele tinha que ser tão
bipolar? Suspirou e sentou-se ao lado dele.
— Eu desmaiei? — perguntou, tentando
puxar assunto.
— Sim.
— E você me deu banho?
— Dei. — Axel virou uma página do livro.
— Axel?! — exclamou ela num rompante
de irritação. — Quer olhar para mim enquanto
conversamos, pelo menos!
Ele a fitou e Liz se frustrou um pouco mais.
Apesar da pouca convivência, ela havia aprendido a
decifrar, em parte, o significado dos olhares do
rapaz, mas desta vez seus olhos estavam frios,
insondáveis. Bufou, estava cansada de tentar
prender-lhe a atenção. Acomodou-se mais perto do
rapaz e encostou a cabeça em seu ombro, estava
precisando de um aconchego, pelo menos...
Felizmente ele não a afastava mais, isso já era uma
avanço.
De súbito, imagens do que aconteceu assim
que saíram da boate voltaram-lhe à mente.
— O que aconteceu hoje, Axel? —
perguntou. Sua memória não era clara e ainda não
sabia se tinha sonhado com aquilo, ou não.
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— Nada.
— Como nada? Eu não desmaiei por nada.
— Ela desencostou-se dele e o encarou.
— Do que você se lembra? — devolveu ele
a pergunta.
— Que fomos seguidos e depois atacados
por um... lobo? Ou seria um monstro? — Ela
franziu o cenho. — Axel, aquilo aconteceu mesmo
ou estou imaginando coisas?
— Não precisa se preocupar com isso, está
segura agora. É melhor você ir descansar...
Liz ergueu as sobrancelhas, desconfiada.
— Não, não mesmo! — disse veemente. —
Não me trate como idiota! Eu quero saber a
verdade, eu não imaginei, não é? Fomos mesmo
atacados por um animal?
Axel desviou os olhos. Não queria falar a
verdade, ela não precisava saber dessas coisas.
Seria muito melhor que Liz continuasse achando
que havia sonhado ou algo parecido. O problema
era que ele não era bom com mentiras, certamente
ela desconfiaria e não o deixaria mais em paz.
— Axel?! — chamou ela. — Não me
ignore! O que era aquilo?
— Era um Lykan, uma espécie de lobo... —
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mais velho.
— Se ele é como nós — continuou Eloy,
com uma ruga na testa — Cheira como um lobo ou
algo parecido, assume a forma humana, mas não é
um Lykan... Confesso que não sei...
— Descubra! — disse Frank, se levantando.
— Nay, vá com Eloy até a boate, o sujeito deve ter
pagado a conta com cartão. Vejam se conseguem a
identidade dele, depois veremos o que ele é! Karl,
você vai contatar a família de Frederic e chamá-los
aqui. Ao menos um enterro descente devemos dar
ao pobre rapaz... Ah! E diga para aquele outro, o
loiro aguado, que não é para ele abrir o bico sobre
isso! Entendeu?
Karl concordou cabisbaixo e os três jovens
Lykans saíram da sala. Nay seguiu com Eloy para o
carro.
— Meu irmão não devia ser o alfa, Eloy! —
disse a ruiva, abrindo a porta do veículo e entrando
no banco do passageiro. — É um mimado,
irresponsável!
— E quem você acha que deveria ser,
então? Você, Nay? — perguntou o rapaz com um
sorriso torto.
— E por que não? — questionou ela com
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sorriso forçado.
— Ah, sim... Então está a passeio?
— É... Sim... no momento estou de férias.
— E veio sozinha?
— Não... Vim com meu... amigo — hesitou
ela, sem saber se dizia “amigo” ou “namorado”. De
qualquer forma, achou importante frisar que não
estava sozinha. — Ele teve um compromisso, por
isso não está aqui agora.
— Entendo... — continuou o homem. — E
ele é brasileiro também?
— Não, ele é daqui da Europa.
— Da Itália?
— Não, não... Da Noruega, mas..., na
verdade, é cidadão romeno agora.
— Hum... interessante! E então...? Você
está gostando de Roma? Quando volta para o
Brasil?
— Estou gostando sim. Volto em outubro,
talvez. Não sei... preciso terminar meu intercâmbio
primeiro...
— Ah, você faz intercâmbio! Isso é bom.
Onde? Na Romênia?
Liz já estava se sentindo mal com as
perguntas do estranho, mas não sabia como evitá-
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las.
— Não... em Berlim, na Humboldt-
Universität...
— Certo... Veja! — Ele apontou o dedo à
frente. — Ali está o Panteão. Boa sorte em seus
estudos, srta...
— Liz... Lizandra...
— Lizandra... Belo nome! Me chamo Steve,
muito prazer — disse o senhor estendendo-lhe a
mão esquelética e gelada.
Liz cumprimentou-o e ele sorriu
estranhamente, em seguida o homem se virou e
logo sumiu em uma esquina. Ela achou aquele
senhor meio bizarro, mas pelo menos a tinha
guiado corretamente. Inspirou fundo, relaxando os
ombros. Estava tensa e nem havia percebido.
Preferia que Axel estivesse ali... Enfim... pelo
menos agora poderia continuar seu passeio
sossegada.
Durante o resto da manhã, Liz caminhou
por vários lugares. Além do Panteão, foi até o
Fórum de Trajano e visitou outras lindas praças. Na
hora do almoço, voltou para o hotel e encontrou
Axel já a esperando. Entusiasmada, contou sobre
seu passeio da manhã e sobre o desconhecido que a
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havia ajudado.
O Warg não gostou nada. Achou estranho o
homem querer acompanhá-la, em vez de apenas
indicar o caminho, e fazer-lhe tantas perguntas.
Uma garota jovem e bonita como Liz, certamente
chamava a atenção andando sozinha em lugares
turísticos. Felizmente nada aconteceu. Decidiu que
não a deixaria mais sair desacompanhada; se não
pudesse estar com ela, contrataria um guia, de
preferência mulher.
— É sério? Uma mulher? Não esperava que
você fosse ciumento assim — disse Liz rindo,
enquanto iam a pé para um restaurante próximo do
hotel.
Axel nada disse, apenas fechou a cara.
— E quando as férias acabarem? —
continuou ela zombeteira. — Espero que não queira
me impedir de falar com meus amigos do
intercâmbio.
Ele a olhou sério.
— Tem amigos lá? — perguntou. —
Homens?
Liz sorriu.
— Tenho mais amigas, mas converso com
um ou outro rapaz, sim! — respondeu, observando
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chão.
— Infecção... — respondeu. — Além de ter
perdido muito sangue e ter sofrido uma concussão
cerebral, Liz está com febre desde que chegou e os
médicos não conseguem controlá-la.
— Mas há uma chance, não há? A medicina
está muito avançada hoje em dia...
O Warg estreitou levemente os olhos.
Apesar de, no fundo, ele carregar um fio de
esperança, preferia não pensar naquilo, não queria
se iludir.
— Escute... Por que não vai descansar? Eu
fico aqui — falou o administrador.
— Não...
— Você tem se alimentado?
— Não...
Gerald deixou os ombros caírem.
— Vou buscar alguma coisa para você
comer... Já venho — disse ele voltando pelo
corredor por onde viera.
Alguns minutos depois uma médica se
aproximou, seu semblante era sério.
— Sr. Andersen?
Ele a olhou.
— Vamos adiantar o horário da sua visita
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— ela disse.
— Algum motivo para isso? — Seu coração
falhou uma batida.
A médica olhou-o consternada.
— O quadro clínico da Srta. Lizandra se
agravou, a sepse está avançada e algumas horas
atrás seus rins começaram a falhar... Nós já fizemos
os procedimentos de diálise, mas...
— Eu entendi... — respondeu Axel
levantando-se. Ele já havia lido bastante a respeito
para saber que a septicemia podia provocar a
falência múltipla dos órgãos.
Arrasado, entrou na pequena ala onde Liz se
encontrava. Ele já esperava por uma notícia
daquelas, mas continuava sendo um choque. E a
visão da garota ali deitada, cheia de fios e sondas,
entubada e com um enorme curativo na área do
pescoço, despertava-lhe emoções até então
desconhecidas para ele.
Medo, tristeza, desespero, impotência...
Se ele não tivesse ido para Londres, se
tivesse chegado uma hora antes, se ele soubesse
que os Lykans estavam atrás dela... Sua mente era
um emaranhado de “se’s” e o gosto amargo da
culpa e do arrependimento não saiam de sua boca.
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— Nayara Schneider.
A recepcionista fez uma ligação,
anunciando-a. Assim que desligou, pediu para ela
subir. Nay estremeceu, não queria ficar à sós com
ele.
— Será que ele não poderia me atender aqui
embaixo? — solicitou ela.
A moça a olhou com cara de cansaço e fez
uma nova ligação. Desta vez, após um “sim,
senhor”, ela lhe pediu para aguardar no bar do
hotel, pois logo Axel desceria.
Nay se dirigiu para onde a funcionária do
hotel havia indicado, um bar conjugado ao saguão,
e se sentou em uma mesinha. Seu coração batia
descompassado. Teria sido uma boa ideia ir até lá
sem dizer nada a ninguém? Seu pai certamente
desaprovaria... Felizmente, ali era um lugar seguro.
O Warg não se atreveria machucá-la em público. O
rapaz do bar veio atendê-la e ela pediu um café.
Tinha um nó em seu estômago, não conseguiria
comer nada, nem que quisesse.
Dez minutos mais tarde, o temido rapaz de
cabelos brancos apareceu, sentando-se à sua frente.
Ele não disse nada. Apenas a observou com olhos
frios e impassíveis. Nay engoliu em seco, todos os
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o de sua vingança.
— Levante-se garota! — ordenou Axel,
irritado. — Não me confunda com um Lykan! Não
sou seu líder, não se rebaixe assim, não preciso
disso! — Diante da imobilidade de Nay, pegou-a
pelo braço e a levantou, fazendo-a encará-lo.
Para seu constrangimento, Axel notou que
estavam chamando a atenção das pessoas que
estavam por ali. Embora não houvesse quase
ninguém no bar àquela hora, uma vez que a maioria
dos hóspedes tomava seu café no restaurante,
alguns dos que estavam, observavam curiosos a
cena.
— Sente-se! — disse ele em voz baixa, após
conduzi-la para uma mesa mais ao canto e se sentar
também.
Chamou o atendente do bar e pediu dois
chás, precisavam acalmar os ânimos. Olhou para a
moça ruiva e refletiu por um momento.
Provavelmente Eloy era o cara desconhecido cujo
odor ele havia notado, tanto no aeroporto, quanto
no apartamento. Fazia sentido o que ela dissera.
Realmente tinha ocorrido uma luta entre dois
Lykans na casa de Liz. Agora estava explicado, mas
ainda haviam algumas coisas a serem esclarecidas.
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chão.
— O seu irmão é o alfa! E sim, se for
preciso, nós iremos nos sacrificar por ele. Porque
somos uma família, algo que você parece não
compreender — vociferou o patriarca. — Agora
suma daqui! Não quero ver a sua cara de novo até
resolvermos isso! Está proibida de sair de casa!
Nay levantou-se do chão de cabeça baixa.
Lágrimas rolavam pelo seu rosto, mas ela não
queria que ninguém as visse, principalmente Eloy.
Saiu da sala rapidamente e foi direto para o seu
quarto, trancou-se e se pôs a chorar copiosamente.
Por que era tratada desse jeito? Por que não a
levavam a sério? Estava tão errada assim?
Lembrava-se de ter sentido culpa na frente
do Warg, por também se considerar um pouco
responsável pela morte da humana... No entanto,
ele próprio a tinha perdoado, e ela não havia pedido
por aquilo, apenas pedira por Eloy. Agora, seu pai e
seu irmão, talvez até seu noivo, a consideravam
uma traidora. Mas por quê? Pensando
racionalmente, não era certo! Por que ela tinha que
responder pelos atos de seu irmão? Por que todo o
bando deveria sofrer as consequências dos erros de
apenas um indivíduo? Só porque ele era o alfa? Por
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errado, entendeu?
— Sim, senhor — concordou o rapaz.
Frank saiu da sala seguido por Karl, que,
exibindo um sorriso sarcástico, completou antes de
passar pela porta:
— Diga à minha irmãzinha que ela está
fodida. Vou cuidar pessoalmente para que ela volte
para os EUA e que não retorne nunca mais à
Inglaterra.
Eloy franziu o cenho. Nay não merecia
aquilo, ela só tinha tentado ajudar... Suspirou.
Queria vê-la, sabia que ela estava precisando dele,
mas não podia ainda. Precisava recrutar os Lykans,
conforme Frank pedira. Se falhasse, estariam todos
fodidos...
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boa garota...
O Warg observou-o por um momento, o
rapaz parecia sincero em sua preocupação com a
moça.
— Sabe... É comovente ver como vocês
dois se protegem — disse ele. — Ela chegou a me
pedir de joelhos para que te poupasse... E eu
concordei. Pena que você não valorizou o gesto
dela...
— Não tive escolha... — retrucou Eloy. —
É obrigação minha obedecer ao meu líder. Não
posso ir contra as decisões dele, mesmo que isso
me coloque em risco.
— Ainda assim, você o enfrentou em
Berlim — lembrou o Warg.
— Não estou me referindo a Karl —
explicou o Lykan com a voz carregada de raiva
reprimida. — Ele é o alfa, mas quem manda mesmo
é o pai, Frank; a quem devo minha vida e minha
fidelidade.
— Certo! Então, em nome dessa sua
fidelidade, transforme-se e me enfrente. Vamos ver
do que é capaz — disse Axel com um meio sorriso,
enquanto recolhia sua espada e a fazia retornar à
forma de colar.
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o golpe fatal.
Neste momento, Eloy voltou para sua forma
humana e Axel estacou.
— Por favor... — disse o Lykan com a voz
fraca e coberto de machucados. —Poupe Nay... —
pediu o Lykan, antes que o próprio Axel voltasse à
sua forma humana e lhe desferisse um soco no
rosto, fazendo-o apagar.
Axel se levantou e olhou em volta, o lugar
estava uma bagunça. Sangue, corpos e pedaços de
corpos espalhados por todo o chão... Aquilo havia
sido totalmente desnecessário, mas não teve opção.
Pegou o rapaz desacordado nos ombros e
levou-o para o carro. Também estava machucado e
coberto de sangue, mas agora que havia começado,
iria até o fim. Colocou Eloy no banco de trás,
amarrando suas pernas e braços com uma corda que
tinha no porta-malas. Entrou, então, no veículo e
seguiu para a mansão dos Schneider. Aquilo
acabaria naquela noite.
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tirá-las.
— Karl! — berrou Frank, pegando-o por
trás e travando seus braços, obrigando-o a largar a
garota. — O que pensa que está fazendo?
Nay caiu no chão sentindo dificuldade para
respirar. Sua visão havia escurecido e por pouco
não tinha desmaiado, ou morrido... Escutou seu pai
gritando com Karl, mas não conseguia entender as
palavras. Quando finalmente recuperou o
raciocínio, ouviu Frank dizer:
— Vocês deviam ter vergonha! Como
podem se atacar assim? Se a mãe de vocês estivesse
aqui, ela ficaria chocada! Sorte a dela, ter ido viajar
há alguns dias para a França e não ter que passar
por este desgosto. — Sua voz ecoava pela casa, de
tão alta.
O patriarca pegou Nay pelo braço,
levantando-a com estupidez.
— Você não consegue mesmo ficar com
essa boca fechada, não é? — ralhou ele, enquanto a
sacudia. — Tem que provocar, afrontar, desafiar...
Já estou no meu limite com você. Por que não pode
ser como as outras garotas Lykans? Tenho inveja
do Thomas, ele sim tem uma filha que é uma graça.
Não sei onde eu errei com você! Acho que foi ao te
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mesquinho...
A revolta crescia cada vez mais dentro de
Nay, fazendo-a esmurrar a cama. Estava com ódio
naquele momento, ódio de todos, de seu pai, de seu
irmão, de sua mãe, que nunca ficava do lado dela,
estava com ódio de ser uma Lykan, de ser uma
mulher, de ser filha de Frank. Agarrou, então, o
travesseiro e enfiou a cara nele, dando um grito de
raiva.
Irritada e abalada, respirou fundo tentando
se acalmar, pois ainda tinha que ligar para Eloy,
precisava saber dele. Jogou o travesseiro para o
lado e pegou o celular para fazer a ligação. Quando
tudo aquilo passasse, tentaria convencê-lo a sair da
Inglaterra com ela. Não importava para onde iriam,
só queria se afastar daquela família insuportável. A
ligação completou, mas o rapaz não atendeu. A
Lykan tentou várias vezes e as chamadas só caiam
na caixa postal. Aquilo era desesperador. A
angústia e a preocupação atingiram um pico que ela
nunca sentira antes. As lágrimas voltaram a rolar
quentes por seu rosto. Foi, então, até a janela e
ficou olhando para fora, na esperança de vê-lo
chegar são e salvo.
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mãos.
— Não adianta! Armas não funcionam
contra ele! — exclamou Karl visivelmente
transtornado.
— Não é possível, ele não pode ser imortal!
A espécie dele quase foi extinta por humanos. Tem
que haver um modo! — replicou o pai.
— Se existe um modo, com certeza não dá
para pesquisar isso agora! — bufou Karl, no
momento em que a porta da biblioteca recebia um
forte impacto.
Felizmente, para os Lykans, a porta era de
madeira maciça e não cedeu. Imediatamente, pai e
filho arrastaram a pesada mesa de mogno do centro
da sala para frente da porta, dificultando ainda mais
sua abertura. Outras duas batidas foram ouvidas e,
em seguida, seguiu-se um silêncio perturbador.
— Será que ele foi atrás de Nay? —
perguntou Karl.
— Se foi, não podemos fazer nada... —
respondeu Frank secamente.
Mal havia terminado a frase e a vidraça
atrás de ambos se estilhaçou. Axel entrara em sua
forma de lobo pela janela, surpreendendo-os. Frank
virou a arma em sua direção, mas antes que
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perguntou.
O Warg ergueu os olhos da revista. Por que
ele se lembraria dela? Dezenas de Vampyrs
passavam no Real Wolf todos os anos. Os vampiros
costumavam ser previsíveis, organizados, tinham
normas rígidas e normalmente frequentavam os
mesmos lugares, e o seu hotel era um destes
lugares. Então era comum vê-los por ali. Estreitou
os olhos e se concentrou mais no odor dela.
A vampira exalava um cheiro de sabonete,
mas além disso...
— Hum... você é a mulher do pub —
respondeu ele, lembrando-se.
Ela sorriu.
— Ah, finalmente! Sim, sou Ivana, caso não
se lembre do meu nome, mas pode me chamar de
Ivy. E você?
— Eu o quê?
A vampira ergueu levemente a sobrancelha.
Lembrava-se de que o cara tinha um péssimo
humor, mas ele era mesmo assim tão antissocial?
Parecia que mal conseguia estabelecer uma
conversa normal...
— Muito bem, vamos começar de novo. —
Ela inclinou-se para frente e estendeu-lhe a mão. —
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de cruzeiro.
Encontrou com Gerald no horário marcado
e, para a sua agonia, o velho não sossegou enquanto
ele não contou tudo o que tinha acontecido na casa
de Ellen na noite passada.
O administrador ria tanto que saíam até
lágrimas de seus olhos.
— Isso não tem graça, Gerald.
— É claro que tem. Estou só aqui
imaginando a sua cara — continuou rindo.
— Espero que isso não seja um problema lá
no escritório.
— É claro que não. Ellen não vai mais
trabalhar nesta semana, dei uma folga a ela; e
depois você vai para a Romênia. Quando voltar já
estará tudo esquecido.
— Assim espero...
Ao voltar para o hotel, Axel passou na
recepção para saber sobre o quarto da vampira.
— Já arrumaram uma suíte para a Srta.
Constantin? — perguntou.
— Ah, sim senhor, mas ainda não
conseguimos avisá-la. Ela saiu e ainda não
retornou.
O Warg subiu para o quarto mais aliviado.
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encarando-o.
Axel desviou os olhos e suspirou.
— Eles mataram alguém importante para
mim, está satisfeita? — falou baixo.
Ivana olhou-o espantada e sentiu uma
pontada de culpa no peito ao ver como dizer aquilo
o tinha afetado. Não esperava por algo assim,
achava que tinha sido apenas uma briga entre alfas.
— Sinto muito — falou. — Era alguém da
família?
— Não, uma amiga... — Ele franziu as
sobrancelhas. — Mais do que uma amiga, na
verdade.
— Ela era como você? Uma Warg?
— Não, era uma humana...
Ivana surpreendeu-se. Uma humana? Era
difícil ver seres sobrenaturais como eles se
relacionarem com humanos, mas acontecia de vez
em quando. Continuou observando-o enquanto ele
voltava para o closet e pegava mais algumas coisas.
Axel, visivelmente mal-humorado, terminou
de arrumar a mala e, sem dizer mais nada, saiu da
suíte.
A vampira suspirou e se sentou na cama.
Axel era uma cara complicado, ao mesmo tempo
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bater.
Ivana o olhou com estranheza. A suíte era
dele, não dela...
— E o que quer então na minha suíte? —
perguntou ela com um sorriso zombeteiro.
— Pegar o meu passaporte e mais algumas
roupas — disse ele indo para o quarto e evitando
olhar para ela.
A vampira riu e o seguiu.
— Você é divertido, Axel, é meio sério,
mas é divertido.
Ele deu uma olhada de lado para a moça e
abriu uma gaveta para pegar seus documentos. Ela
não tinha vergonha de ficar vestida assim na frente
de um desconhecido? Pelo visto, não...
Pegou mais algumas roupas para levar na
viagem e, ao se voltar, viu Ivana parada na frente
da janela, olhando para a rua. A claridade que vinha
de fora atravessava suas roupas, delineando ainda
mais a silhueta de seu corpo curvilíneo. E a
calcinha que ela usava... agora que ele havia
reparado, era quase um fio dental.
Ele bem que tentou ignorar aquela visão,
mas o seu corpo desta vez não o obedeceu. Uma
ereção começou a tomar forma dentro de suas
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— Axel! — chamou.
Ele parou e suspirou, virando-se para ela
com uma expressão carrancuda.
— Você tem um táxi te esperando? Posso ir
como você? — perguntou Ivana aflita. — Por
favor, estou um pouco atrasada.
— Por acaso seu voo é antes do meu? —
Axel ergueu uma sobrancelha.
— Sim, é. Meia hora antes.
— Estou te esperando lá fora — disse
entediado e continuou andando.
A vampira terminou de acertar sua conta no
hotel e apressou-se para a saída. Encontrou Axel
dentro do táxi já, aguardando-a.
O motorista ajudou-a com as malas e ela
entrou no carro.
— Obrigada — disse mais aliviada.
Contudo, não obteve nenhuma resposta do rapaz ao
seu lado, que apenas desviou o olhar para o jornal
em suas mãos.
Ao chegarem no aeroporto, a vampira quase
teve um surto, a fila para o check-in estava enorme
e provavelmente em uma hora eles já começariam o
embarque do seu voo.
— Calma, vai dar tempo — disse Axel
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lado.
— Depois do que viu... Não tem nem um
pouco de medo de mim? — perguntou Axel.
Ivana encarou-o por alguns segundo e
balançou a cabeça em negativa.
— Confesso que fiquei chocada com o que
eu vi, e naquela época fiquei com medo, sim, mas
agora não vejo razão para ter medo de você. Não te
fiz nada, e você não parece ser nenhum maluco
psicopata que sai por aí matando sem motivos...
Não sei se concordo com o que você fez com os
Lykans, mas também não sei direito pelo que
passou para guardar tanta raiva. E como você
mesmo disse, não é da minha conta.
Axel nada disse e voltou a olhar o jornal.
Após meia hora de fila e mais quinze
minutos no raio X, finalmente chegaram na área de
embarque. Ivana, mais aliviada por ter dado tempo,
largou-se na poltrona de espera. Olhou, então, para
o rapaz sentado ao seu lado e sorriu, ele era mesmo
bonito e diferente com aquele cabelo platinado
desalinhado. Desceu um pouco os olhos e, através
da camisa preta semiaberta, vislumbrou o colar que
ele levava no pescoço, já tinha visto objetos como
aquele.
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disse ele.
— Eu vou dar uma saída, quero ir até a vila
— explicou ela. Olhou em volta e logo viu o carro
que seu primo havia alugado. — Ah! É aquele ali!
Não se preocupe, eu mesma pego — disse se
encaminhando para o veículo.
Entrou no carro e suspirou. Até agora, tudo
certo! Então, uma batida no vidro a assustou, olhou
para o lado e viu Luca. Merda! De onde aquele
moleque havia surgido? Engoliu em seco e abriu o
vidro.
— Está indo embora? — perguntou o garoto
com olhos tristes.
— Luca, eu...
— Tudo bem, não vou falar nada para
ninguém... Pode ir! Se alguém perguntar, eu digo
que você foi passear na vila — disse ele com um
meio sorriso.
— Obrigada... — Ivana sorriu. — Gostei
muito de te conhecer, Luca!
— Eu também gostei de te conhecer, espero
que dê tudo certo para você. Já sabe para onde vai?
— Sinceramente, não... Não posso sair da
Romênia sem meu passaporte... Não sei o que vou
fazer... Vou me esconder, pensar, dar um tempo,
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perguntou.
— A cerca de 7 ou 8 horas — disse Rob. —
Ela está de carro.
— Muito bem, preciso do nome dela
completo, da bandeira do cartão de crédito e da
placa do carro — solicitou César. — Vou verificar
se ela passou o cartão em algum estabelecimento
comercial ou posto de gasolina e emitir um alerta
para o carro. Fora isso, não temos mais o que fazer,
a não ser esperar. Não dá para sair por aí
procurando-a aleatoriamente.
Robert passou os dados que o capitão havia
solicitado e foi para seu quarto tentar ligar para
Ivana pela centésima vez, mas não conseguiu
completar a ligação. Ela havia desligado o celular.
Não tinha dúvidas que sua prima estava
profundamente chateada com ele.
Sentiu isso no olhar que ela havia lhe
dirigido no dia anterior, um olhar decepcionado,
frustrado e acusatório. Ela culpava-o também por
aquilo, e ele sentia-se culpado. Mas o que ele
poderia fazer? Ir contra seu tio, sua família, seus
costumes? Sentia-se um covarde em não apoiá-la,
contudo, ao mesmo tempo, entendia a tradição. Ele
próprio se casaria em alguns anos, um casamento
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embaraçada.
Axel aproximou-se da mesa.
— Por que está aqui? — Sua voz era seca.
No fundo, ele temia a resposta dela. Aquela mulher
o perturbava, e ele se sentia incomodado com
aquilo.
Ivana suspirou e o encarou.
— Preciso de ajuda...
— Ajuda? Minha ajuda, por acaso? — O
Warg arqueou uma das sobrancelhas, desconfiado.
A vampira tomou um gole de café.
— Sim. Eu... não tenho mais a quem
recorrer.
Axel estreitou levemente os olhos. O rumo
daquela conversa não estava lhe agradando. Ela
continuou:
— Você é o único quem eu conheço por
aqui e...
— Não, Ivana. Na verdade, você não me
conhece, não se engane — interrompeu ele,
sentando-se à frente da garota. — Trocamos apenas
algumas palavras há alguns dias.
— Não foram só “algumas” palavras!
Dividimos a mesma suíte, o mesmo táxi... —
retrucou ela de cenho franzido. — Eu não tenho
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gostoso!
— Hum... — murmurou ele, servindo-se. —
Coma primeiro, antes de elogiar — disse ele sério.
— Por que nunca sorri, Axel? — indagou
Ivana; realmente, aquilo era algo que ela queria
saber.
Uma discreta ruga surgiu entre as
sobrancelhas do rapaz. Ele sorria, sim, quando
estava feliz. Liz fazia ele sorrir, mas ela não estava
mais ali, e ele não tinha mais motivos para isso.
Felicidade era, provavelmente, uma palavra riscada
de seu dicionário.
— O que aconteceu com você? —
perguntou ele, mudando de assunto.
— Eu fugi — disse ela abocanhando uma
batata.
Axel arqueou as sobrancelhas. Aquela era
uma resposta que ele não esperava.
— E fugiu por quê? De quem? — indagou.
— Do meu pai! Ele queria me obrigar a
ficar noiva de um sujeito asqueroso...
Axel olhou-a intrigado.
— E você não podia simplesmente recusar?
Voltar para sua casa?
Ivana suspirou.
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do rapaz.
— Depois que escutei o meu tio falar sobre
punição daquela forma, prefiro ficar aqui para o
caso de Ivana voltar. Farei o que for possível para
que ele não a machuque — explicou-se Robert.
César estreitou os olhos.
— E, por acaso, você acha que ela não
merece punição? — perguntou ele com sarcasmo
na voz.
— Não, ela não merece! Não estamos mais
no século XIX, César. Isso precisa acabar...
O capitão bufou.
— Americanos... — disse com desdém. —
Vocês não respeitam as tradições... Se fôssemos
depender de vocês para sobreviver, estaríamos
acabados em menos de um século! — exclamou,
virando-se e saindo.
Vinte minutos depois, Rob observava o
carro de César partir do castelo.
— Está pronto? — perguntou ele a Luca. —
Pegou o que precisava?
— Sim — respondeu, animado, o garoto de
boné e óculos escuros. Então mostrou o passaporte
de Ivana e sorriu. — Podemos ir, minha mãe nos
emprestou o carro — disse ele, balançando a chave
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na outra mão.
— Você disse o que para sua mãe? —
espantou-se Robert.
— Que você gostaria de conhecer algumas
cidades e lugares turísticos da Romênia antes de ir
embora, e que iríamos aproveitar para perguntar
por Ivana nestes locais. — Luca sorriu de forma
astuta.
— Certo..., mas temos que voltar antes da
festa de aniversário do seu pai no final de semana,
ou seremos motivo de outra crise familiar —
explicou Rob sem muito entusiasmo. Olhou no
relógio. — Se sairmos agora, chegaremos em Putna
lá pelas 18 h, ainda vai estar claro. Isso é bom,
teremos uma chance de conseguir alguma
informação.
Como previsto, os dois vampiros chegaram
à pequena cidade às 18h15 e procuraram
imediatamente algum comércio aberto.
Perguntaram por Ivana no mercadinho, na farmácia
e para algumas senhoras que passeavam na rua com
seus cães. Ninguém a tinha visto. Será que ela teria
ido para outro lugar? Quem sabe um hotel ou uma
pousada...
Passaram em frente ao café e quase não o
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saber ela.
— Porque sou seu primo-irmão e eu já te
disse, Ivana... Eu te amo, nunca vou querer seu mal,
me desculpe por não ter te defendido antes. Eu não
sabia o que fazer...
Ivana suspirou e se aproximou do primo,
abraçando-o.
— Eu tive medo, Rob... Medo de ter
perdido você... — disse, enquanto uma lágrima
escorria pelo seu rosto. — O tio Stefan... ele?
— Ele também quer que vá para casa... —
falou Rob abraçando-a. — Aliás, seu ex-futuro
noivo desistiu do casamento. Seu pai ficou furioso
e está atrás de você. Não deve voltar, Ivana, senão
ele disse que irá puni-la por humilhá-lo.
— Se depender de mim, nunca mais ponho
os pés naquele castelo novamente... — Ela olhou
para a cabana, pensativa. — Muito bem... venham.
Axel é um pouco mal-humorado, mas não creio que
fará objeções de vocês entrarem um pouco.
Os dois a acompanharam até o interior da
cabana.
— Hummm... nossa, o cheiro está
maravilhoso! — exclamou Luca ao sentir o aroma
do jantar sendo preparado. Estava com fome, já que
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irônica.
— Hum... pode ser, apesar de achar que
outro tipo de distração seria mais interessante... —
falou Gerald com malícia na voz. — Enfim, te vejo
mais tarde, vou dar uma volta no Central Park.
Algumas horas depois, ambos se
acomodavam em suas poltronas no teatro. Axel já
havia comprado os ingressos com antecedência, por
isso ficaram em um ótimo lugar, bem de frente para
o palco.
Axel sempre cultivou o hábito de assistir
peças de teatro e musicais pela Europa; depois dos
livros, esse era seu passatempo preferido. Achava
interessante o modo como os atores conseguiam
encarnar personagens tão diferentes e gostava de
assistir às suas performances. Por isso, estava
curioso para ver como era um dos espetáculos da
famosa Broadway.
Após algum tempo de apresentação, um
leve odor conhecido lhe chamou a atenção. Com
tantas pessoas à sua volta, demorou algum tempo
para descobrir de onde vinha aquele cheiro, logo
viu que era do palco e passou a tentar identificá-lo
entre os atores; uma tarefa difícil, pois eles não
paravam de se movimentar em cena. Por fim,
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prédios.
A alguns quilômetros dali, no laboratório do
hospital, Ivana se encontrava sentada atrás de sua
mesa olhando pensativamente para o papel que
havia trazido de casa quando escutou uma leve
batida na porta.
— Ei prima! Como está? Foi tudo bem
ontem no show? — perguntou Robert em tom
descontraído.
— Ah, sim... claro! — respondeu ela com
um sorriso. — E Beka, como está? Já estou com
saudades daquela loirinha rechonchuda.
— Ela também está com saudades de você.
Por que não vem nos visitar? Já cansei de te chamar
para jantar... — Ele suspirou.
— Você sabe o porquê. — Ivana encarou-o,
erguendo uma sobrancelha.
— Ah, Ivy... Dê um desconto para Lívia...
Ela já mudou bastante com você.
— Ela só finge que me atura quando está na
sua frente, Rob. É só você sair de perto que ela
começa a fazer caras e bocas tortas.
O vampiro riu.
— Ainda assim, Beka não tem culpa. Venha
almoçar no sábado em casa, e isso não é um
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pedido.
— Ahhh, okay! — disse Ivana revirando os
olhos e jogando a cabeça para trás.
— O que é isso aí na sua mesa? —
perguntou Rob, notando o papel com vários nomes
e telefones.
— É uma lista de hotéis... — explicou
Ivana. — Os melhores daqui de Manhattan.
— Para quê? — indagou ele curioso.
— Hum... — Ivana não tinha certeza se
deveria dizer a verdade ao seu primo ou não. Ele a
chamaria de louca, provavelmente. — Quero ver se
encontro uma pessoa... — disse.
— Oooh! Quem? — Robert sorriu
maliciosamente.
A vampira coçou a cabeça e devolveu um
sorriso meio torto.
— Axel... — falou ela meio baixo.
— Quem?! — repetiu ele, sem ter certeza
de que tinha escutado direito.
— Axel...
O rapaz abriu a boca por um instante, sem
emitir qualquer palavra.
— O Axel que eu estou pensando? —
perguntou ele, recobrando-se do espanto. — O cara
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Axel?
Gerald olhou para o rapaz sentado à sua
frente e sorriu.
— É sim, quem está falando? — perguntou
com voz suave.
— Ivana...
— Ah! Ivana... — Gerald fitou Axel com
um olhar divertido, enquanto este gesticulava
indicando que não queria que ele dissesse que
estava ali. — Só um segundo, vou passar a ligação
— disse sorrindo maliciosamente para o rapaz.
Axel pegou o telefone das mãos do CEO
fuzilando-o com o olhar.
— Oi, sou eu... — falou com voz neutra.
— Ah... oi! — respondeu Ivana, um pouco
nervosa. O tom do rapaz não indicava que seria
uma conversa animada, mas em se tratando de
Axel, era de se esperar... — Tudo bem?
— Sim, tudo — continuou ele no mesmo
tom.
— Hum... Te vi ontem no show... — Ivana
estava começando a se sentir embaraçada.
— Sim, eu percebi...
A vampira respirou fundo, aquilo não estava
dando certo... Que cara mais irritante! Custava ser
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está fechado.
— Hum... — Axel a ouvia com atenção,
mas não estava muito crente. — E por que acha que
eu vou gostar desse lugar? Posso até já tê-lo visto
esses dias e não gostado...
— Não creio que tenha visto ... Pelo que eu
sei, o prédio não está em nenhum escritório
imobiliário. Meu tio fez uma oferta por ele um ano
atrás, queria abrir uma maternidade lá, mas Lola
não aceitou. Disse que queria preservar o sonho do
pai e que só venderia para quem quisesse manter o
lugar como um hotel.
— Fica aqui em Manhattan? — perguntou o
Warg, demonstrando um leve interesse.
— Sim, a poucas quadras do teatro onde
você foi ver o espetáculo. — A vampira serviu-se
de um pouco mais de vinho.
— Certo... E como posso entrar em contato
com essa moça?
Ivana sorriu, animada com a possibilidade
de ajudar Axel e feliz em estar ali, jantando e
conversando com ele. Já não se sentia tão ansiosa, o
vinho estava ajudando, com certeza. E se
conseguisse falar com a amiga, quem sabe poderia
vê-lo de novo antes de ele ir embora...
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excitação.
Assim que a vampira relaxou, ele a pegou
no colo e a levou para o quarto. Não sabia
exatamente onde era, mas seus instintos o guiaram.
Colocou-a na cama e deitou-se também, deslizando
seu corpo por cima do dela e beijando-a com ardor.
Ivana se abriu para Axel e ele a penetrou com
suavidade, sentindo a carne macia e úmida lhe
envolver o membro. Céus, como aquilo era bom...
Sua vontade era de estocá-la fundo e forte, mas
estava se segurando para não ser rude, não queria
machucá-la.
A vampira percebeu que o Warg estava
sendo cuidadoso e falou-lhe ao ouvido:
— Pode vir que eu aguento... — Ela deu-lhe
uma leve mordiscada na orelha. — Vamos, Axel,
sei que tem um lado selvagem aí dentro.
Aquelas palavras foram como jogar
gasolina no fogo. Axel a prendeu entre seus braços
e começou a se movimentar com vigor. Ivana
fechou os olhos extasiada. Sentia-o todo dentro
dela e as estocadas firmes e profundas provocavam-
lhe ondas de prazer que a faziam gritar e gemer. A
cama balançava tanto que parecia que iria
desmontar. E se por acaso aquilo acontecesse,
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uma humana.
Aquela lembrança foi como um soco no
estômago. Não podia compará-las, não era certo.
Liz havia sido sua luz, seu conforto e sua maior
perda. Ela jamais sairia de seu coração e jamais
outra pessoa poderia preenchê-lo como ela.
Axel abriu os olhos tentando espantar as
lembranças. Também não era justo para com Ivana
que ele ficasse pensando em outra mulher enquanto
estava com ela. Era estranho aquilo, mas
independentemente do que ainda sentia a respeito
de Liz, ele percebeu que sentia falta daquele tipo de
contato; de sexo, de calor e de carinho...
Talvez devesse seguir mais os conselhos de
Gerald. O danado tinha um pouco mais do que ¼
de sua idade, mas parecia ter mais maturidade e
experiência do que ele, e estava com a razão
quando disse que ele ainda se interessava por sexo.
“Desde que seja com a pessoa certa...”, foram as
palavras do CEO.
O Warg inclinou a cabeça e observou a
vampira novamente. Ela dormia, aquilo devia ser
efeito do vinho. Então ele suspirou e a abraçou,
aproveitaria aquele momento de aconchego, sentia
que precisava daquilo...
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dores.
Axel a abraçou mais aliviado e começou a
passar os dedos levemente em suas costas. Seu
coração ainda batia acelerado. Ele não tinha nada
de especial com aquela garota, mas não suportava a
ideia de que ele pudesse ser a razão de outra morte
inocente. Mulheres! Não tinha mais dúvidas de que
ele era uma presença perigosa para elas...
Gerald que o desculpasse, mas não podia
mais se deixar levar por aquele tipo de relação.
Mesmo sendo sem compromisso, estava claro que
as espécies de seres vivos não foram feitas para se
misturarem. Ele era um Warg, não era um humano,
não era um vampiro, nem um Lykan. Não podia se
relacionar com nenhum deles... aquilo nunca daria
certo.
Ivana começou a relaxar em seus braços.
Aos poucos, as dores foram diminuindo e ela
passou a respirar melhor. A vampira, apesar de
acordada, estava quieta, o medo de morrer a tinha
abalado.
Ela havia feito uma besteira, sabia disso.
Não tinha desenvolvido a vacina para a quantidade
de toxinas contida no sangue do Warg, mas apenas
para a saliva que, no caso de uma mordida ou de
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isso.
Retirou-se de dentro da vampira e a fez se
deitar ao seu lado. A água ainda estava morna e ele
começou a lavá-la, pegando a bucha e passando-a
de forma suave pelo belo corpo da moça. A pele
dela era macia, alva e cheirosa, uma delícia. Deixou
a bucha de lado para lavá-la em sua intimidade,
fazendo-a sorrir e soltar um gemido baixo. Axel a
beijou e, com um olhar satisfeito, levantou-se,
pegando as toalhas. Ajudou-a a sair da banheira e a
enxugou, beijando seu corpo no processo.
Ivana sorriu. Então era esse o outro lado de
Axel? Realmente, aquilo era surpreendente e
encantador, nunca imaginaria haver alguém tão
atencioso e fogoso por baixo daquela capa de frieza
e mau humor. Pena que logo ele voltaria para a
Europa...
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brincadeira.
Ivana sorriu. O rapaz estava bem à vontade
naquela manhã, conversando quase como um cara
normal.
— Você tem ido à sua cabana? — quis
saber.
— Vou, todo final de ano..., mas não tenho
ficado muito por lá. Não como antes...
— Por quê? — perguntou a vampira,
bebendo um pouco de suco.
Uma sombra passou pelo olhar do Warg.
— Não tenho mais vontade. — Ele fez uma
pausa. — Antes eu gostava de me isolar, agora o
isolamento me incomoda...
— Antes...? — Ela o olhou como quem
espera que a frase seja terminada.
Axel a estudou com uma expressão séria e
pensativa. Ivana sabia que estava entrando em
terreno arriscado, mas queria conhecer um pouco
mais sobre ele.
— Antes de Liz... — disse ele, baixando o
olhar para sua caneca de café.
— A garota humana? — ela perguntou com
cuidado, sem querer parecer intrometida.
Ele concordou.
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perguntou a vampira.
— Não vai dar... Meu voo para o Toronto
no Canadá sai às 18 h — respondeu ele sentindo-se
levemente frustrado. Estava quase cancelando o
voo, mas não podia fazer isso, já havia marcado um
café da manhã com investidores no dia seguinte.
— Ah... Okay... — disse Ivana,
decepcionada. — Tudo bem... Pode me prometer
apenas que irá me ligar quando voltar para cá, para
Nova Iorque? — Ela sorriu.
Axel assentiu. Sim, ele ligaria.
— Outra coisa... — continuou ela,
estreitando os olhos. — Se você fechar negócio
com minha amiga, a respeito desse prédio aqui, vou
querer uma comissão.
— Comissão? — Axel indagou. — Hum...
quer uma porcentagem?
— Não quero dinheiro... — Ela riu. —
Quero uns dias de férias em seu Resort no Canadá,
estou precisando. Há anos que não passeio em lugar
nenhum.
— Combinado — respondeu ele. — Se
fecharmos negócio, eu mesmo venho te buscar.
Ivana sentiu um friozinho gostoso invadir
seu estômago. Aquilo seria maravilhoso! Sorriu,
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respondeu Lívia.
— Vou até lá — disse a visitante se
encaminhando para os fundos da imensa e luxuosa
casa. Era impressionante como a esposa de Rob
gostava de esbanjar dinheiro, uma típica socialite.
Encontrou a pequena prima brincando com
alguns peixinhos coloridos no laguinho artificial do
jardim que, além de belo e repleto de flores dos
mais variados tipos, ficava protegido do Sol. A
babá estava ao lado, apenas observando-a. A
garotinha tinha um pouco mais de um ano de idade
e era linda. Loirinha de olhos verdes, como o pai,
Rebeka era um doce de criança.
Assim que a menina a viu, abriu um largo
sorriso e se levantou, estendendo-lhe os braços para
ser pega no colo.
— Minha boneca linda! Que saudades! —
exclamou Ivana pegando-a e girando com ela em
seus braços.
Beka gargalhou e a vampira entregou-lhe o
presentinho. A menina rasgou o embrulho animada
e seu sorriso se abriu ainda mais quando viu o
pequeno unicórnio de pelúcia de olhos grandes e
expressivos.
Rob contemplava-as da porta que dava para
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justificou.
O pediatra a olhou com desconfiança,
estava achando Ivana um pouco abatida.
— Ivy, tem se alimentado direito? Tem
tomado o seu sangue? — perguntou.
— Sim, tenho... — respondeu ela, sentando-
se em um pequeno sofá, onde costumava relaxar
quando estava estressada.
— Não me parece bem...
— Só estou cansada, acho que tenho
trabalhado demais... — Ela desviou o olhar para
baixo.
Rob franziu as sobrancelhas.
— Ivy... eu te conheço, o que está
acontecendo? Algum problema aqui no laboratório?
— Não... Não é nada, não se preocupe... —
respondeu a vampira, subitamente sentindo-se
nauseada. — Por que usa esse perfume, Rob? É
enjoativo...
O médico ergueu uma sobrancelha.
— É o meu perfume de sempre... —
afirmou. — Você nunca reclamou dele.
Ivana fez uma careta e se levantou
abruptamente, correndo para o banheiro. Rob a
seguiu preocupado e se espantou ao ver a prima
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vomitando no vaso.
— Ivy... — disse, aproximando-se e
afastando os cabelos da prima do rosto.
A vampira deixou o vaso com uma
expressão exausta e sentou-se no chão, apoiada nos
braços de Robert, estava suando frio. O médico
pegou alguns papéis para ajudá-la a se limpar e
então notou que a prima estava mais quente que o
normal.
— Você está com febre... — comentou ele
mais espantado ainda, vampiros não tinham febre.
Ajudou-a, então, a se levantar e levou-a de
volta para a sala, fazendo-a se sentar novamente no
sofá.
— Não minta para mim, Ivy, por favor... —
pediu ele, sentando-se ao lado dela. — O que está
acontecendo?
A vampira ficou em silêncio por alguns
segundos. Não queria dizer a ele, pois ela mesma
ainda não tinha as respostas, mas sabia que Rob
não desistiria enquanto não soubesse o que a estava
deixando doente.
— Ainda tenho toxinas no meu sangue... —
ela disse.
— Que toxinas? — Ele franziu o cenho.
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Ivana riu.
— Isso é um segredo nosso... — Ela
estudou-o com um olhar divertido. — É uma
daquelas regras que pretendem assegurar nossa
sobrevivência, mas se prometer não espalhar isso
por aí, eu conto.
Ele assentiu.
— Não é muito fácil, mas podemos
diferenciar os Lykans pelo cheiro do sangue fresco.
Se houver um corte na pele fica mais fácil. O
sangue dos humanos tem algo que nos atrai como
formigas no açúcar, o que não acontece com os
Lykans.
— E como podem ser médicos? —
perguntou espantado. — Vocês vivem cercados de
sangue.
— Ah... muito treino e autocontrole. — Ela
gargalhou.
O garçom chegou com os pratos e os serviu.
Ficaram por algum tempo em silêncio, apenas se
entreolhando, e somente quando ele foi embora,
Axel comentou:
— Aquele vampiro que foi atrás de você na
minha cabana. Ele ficou meio confuso depois que
me mordeu, mas aparentemente não reconheceu o
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levantando-se.
Na verdade, não fazia nem 24 horas que ela
havia tomado a dose anterior, não era para estar
febril ainda, mas considerando o intenso contato
dela com Axel durante aquele meio tempo, seria
normal a quantidade de toxinas aumentar em seu
sangue. Ivana pegou o antídoto na mala e tomou
um pouco. Não havia por que se preocupar... Então,
subitamente, lembrou-se de outra coisa.
— Nossa! Não avisei o Rob que viajaria e
esqueci completamente de ativar o celular para usar
no exterior! — exclamou. — Seu celular funciona,
Axel? Pode me emprestar?
O Warg arqueou uma sobrancelha,
enquanto pegava o aparelho no criado-mudo e
entregava para ela.
— Você sempre dá satisfações para o seu
primo? De onde está ou do que vai fazer? —
indagou ele com o semblante um pouco fechado.
Ivana sorriu.
— Não, mas tenho certeza de que ele tentou
falar comigo. Ele sempre me liga de fim de semana
quando não vou trabalhar e pode ter ficado
preocupado.
Axel colocou as mãos atrás da cabeça,
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que ela tinha para lhe dizer, podia esperar até o dia
seguinte. No momento ele só queria tê-la entre seus
braços, só queria estar dentro dela.
Sua recente irritação, ante a confirmação do
antigo caso dela com o primo, parecia impeli-lo
ainda mais ao sexo. Encostou-a, então, bruscamente
na parede do box e levantou suas pernas, fazendo a
vampira enlaçá-lo pelo quadril e recebê-lo dentro
dela de uma só vez, bruto, feroz, arrancando-lhe
suspiros, gritos e gemidos de prazer. Transaram no
chuveiro e depois na cama. Insaciáveis e
incansáveis. A atração que os unia era intensa e
carregada de desejo, volúpia, erotismo; o sexo era
vigoroso, febril, vivo; e os sentimentos... esses,
nenhum dos dois saberia definir.
A madrugada já ia alta quando finalmente
dormiram, abraçados um ao outro, cansados e
esquecidos de qualquer problema fora daquele
quarto.
Na manhã seguinte, Axel levou Ivana para
conhecer o Resort. A vampira ficou impressionada.
Tinha de tudo ali, desde quadras de tênis até lojas e
um ringue de patinação no gelo. Ela quis patinar,
mas Axel preferiu ficar apenas observando. A única
lâmina com a qual ele tinha familiaridade e
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alguém?
Axel sorriu meio de lado.
— Isso seria impossível... Não posso ter
filhos com humanas, elas morreriam antes de dar à
luz. Não conheço outras Wargs, nem sei se existem,
e as Lykans... essas não costumam procriar com
quem não é do bando delas. — Ele a olhou. — E
não creio que eu possa engravidar uma vampira...
— Nada é impossível — respondeu Ivana
corando, mas sentindo-se confiante. — E, então? O
que faria se soubesse que teria um filho.
Axel encarou-a por alguns segundos e
lembrou-se de Liz. A jovem humana havia sido a
única pessoa com quem já cogitara, um dia, levar
uma vida a dois e, ainda assim, não permitiria
nunca que ela tivesse um filho, não arriscaria a vida
de alguém só para perpetuar sua espécie.
— Pediria para ela tirar — disse por fim.
Aquelas palavras fizeram o coração de
Ivana congelar. “Tirar”, aquilo a feriu como uma
lâmina em seu peito. Ficou estática, sem reação.
— Axel... — murmurou.
— Não quero filhos, Ivana... Esse mundo
não serve mais para seres como eu.
A vampira abriu a boca para contestar, mas
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sumir.
A vampira engoliu em seco. Era exatamente
aquilo que ela pretendia fazer, sumir...
— Não se preocupe, darei notícias... —
mentiu.
Horas mais tarde, finalmente chegaram em
Nova Iorque. Axel a levou para jantar e depois a
acompanhou até o apartamento. Diferente dos
outros dias, Ivana não arrancou as roupas
sedutoramente, ou atacou-o como uma predadora
sexual. Após o banho, ela vestiu uma fina camisola
e deitou-se na cama, encaixada na curva de seu
braço, alisando seu peito e acariciando-o com os
dedos. Estava pensativa e não olhava diretamente
para ele.
Axel alisou carinhosamente os cabelos da
moça em seus braços e em seguida deslizou os
dedos pelo contorno de seu rosto, parando em seu
queixo e erguendo-o, fazendo-a olhar para ele.
— O que foi, Ivy? Algum problema? —
perguntou.
Ela sorriu.
— Não... — mentiu.
Ivana sentia-se triste e arrasada por dentro,
mas precisava tomar cuidado para não demonstrar.
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problema dele...
Entretanto, a vida não era tão simples assim
para quem estava gerindo uma criança híbrida em
seu ventre. Quando entrou no quinto mês, percebeu
que as doses de antídoto que estava tomando não
estavam surtindo o efeito esperado. Apresentou
febre e voltou a ter enjoos. Analisou, então, o seu
sangue no microscópio e viu que as hemácias não
estavam normais, sua cor, mais escurecida,
indicava a presença de toxinas em excesso em seu
sangue.
Preocupou-se, pois precisaria aumentar a
dose do antídoto. Ela sabia que isso era algo que
poderia acontecer, era um risco esperado, porém
seu estoque de antídoto não era alto. Ivana tinha
trazido o suficiente para dez meses, mas só se
ficasse dentro daquela dose que tomava antes. Se a
aumentasse, precisaria recalcular o quanto duraria.
Conforme as semanas foram passando, a
vampira precisou aumentar mais e mais as doses de
antídoto e também a ingestão de sangue, pois
aquilo lhe fortalecia, e uma caixinha por semana já
não lhe bastava mais. Para a sua angústia, ao chegar
na 36ª semana de gestação, chegou à conclusão de
que o antídoto duraria mais 10 dias apenas e o
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— respondeu ele.
— E você? — O pediatra apontou com o
bisturi para o ferimento.
— Levei um tiro, mas isso não é nada —
falou, olhando para o próprio ombro.
— Um tiro? — berrou Ivana da mesa
cirúrgica — Axel? Você está bem? — perguntou
ela quase histérica.
— Estou, Ivy — disse o Warg se
aproximando da vampira. — Não se preocupe, isso
vai sarar logo.
— Assim que eu terminar aqui, eu vejo isso
— disse Sophia. — E o vampiro? Está morto
mesmo?
— Ele está sem a cabeça, então penso que
sim — respondeu Axel, sem se alterar.
Sophia parou por um momento o que estava
fazendo para olhá-lo. Dirigiu-se, então, à outra
enfermeira que permanecia ali e pediu para que ela
fosse até o local onde o vampiro morto estava e não
deixasse que ninguém entrasse na sala.
— Você arrancou a cabeça dele com as
mãos? — perguntou ela, espantada.
— Não, tenho uma espada — disse ele
levantando um pouco o colar do pescoço.
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dele.
— Eu sei, Axel — disse ela com suavidade.
— Não precisa se explicar, eu entendo... —
Grossas lágrimas rolavam pelo seu rosto. — Eu
aceito... — respondeu sorrindo e selando o
compromisso com um beijo.
Trocaram ali, ainda ajoelhados, um abraço
único, intenso, emocionado, e então Axel colocou o
anel em seu dedo. Aquela noite foi uma das mais
intensas noites de amor que fizeram, não só
fisicamente, mas emocionalmente.
Axel a levou para o quarto nos braços e
retirou sua roupa delicadamente, peça por peça,
olhos nos olhos. Colocou-a na cama e cobriu-a de
beijos quentes e molhados.
Ivana fechou os olhos. Ela amava aquele
lobo, amava estar com ele, se entregar a ele, amava
a forma como ele lhe beijava e lhe dava carinho e
prazer. Amava-o de todo o coração.
Axel, embriagado pelo cheiro e pelo gosto
da pele da vampira, desceu pelo seu ventre,
trilhando o caminho de beijos até chegar à sua
intimidade. Sentiu ela se contorcer ao tocá-la com a
língua e seu membro pulsou de tesão. Era uma
delícia excitá-la, prová-la, acariciá-la com a boca.
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todos.
Ao chegarem na espaçosa sala, palco de sua
última discussão com a filha, Grigore desta vez não
se sentou atrás de sua grande mesa, permaneceu em
pé com Mirela ao seu lado, enquanto os demais se
acomodavam nos sofás e cadeiras, ali previamente
dispostos. Ao perceber que a atenção de todos
estava voltada para si, o vampiro iniciou sua fala.
— Para começar, eu gostaria de agradecer a
você, Ivana, e ao Sr. Andersen, por terem aceitado
o meu convite. Imagino que não tenha sido fácil
para vocês tomarem essa decisão. — Olhou
diretamente para a filha. — Sei o quanto me odeia e
odeia este lugar, e por isso estou muito grato que
tenha me dado a chance de me desculpar por tudo o
que fiz.
O vampiro respirou fundo, fazendo uma
pausa.
— Estou aqui hoje, perante todos vocês,
para reconhecer os meus erros. Tardiamente, eu sei,
mas peço que me ouça, Ivana, e espero que possa
me perdoar...
Ele ergueu a cabeça, olhando para o teto,
tentando buscar as palavras dentro de si e voltou a
fitar a filha.
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sorriso.
Diante do silêncio do rapaz e de seu olhar
descrente e espantado, Liz continuou:
— Escute, eu até sinto falta da sua rabugice,
senhor mal-humorado, mas agora eu preciso que
converse comigo... — Então seu semblante ficou
mais sério. — Não temos muito tempo.
Sem acreditar em seus olhos, Axel se
aproximou um pouco mais e levou sua mão até o
rosto da garota; e para o seu assombro, conseguiu
tocá-lo. Era alguma brincadeira aquilo?
A dúvida e a esperança assaltaram seu
coração ao mesmo tempo, e ele sentiu-o disparar
dentro do peito.
— Liz..., é você mesma?
— Sei que parece impossível, mas sou eu
mesma. — Ela o olhou com divertimento. — Senti
a sua falta, Axel...
O Warg sentiu uma dor aguda lhe cortar o
peito quando percebeu que aquilo não era uma
ilusão e que Liz estava mesmo à sua frente. Em um
rompante, todas as suas emoções reprimidas vieram
à tona. Arrependimento, culpa e dor voltaram a
pesar sobre o seu coração com a intensidade de
quando ela havia partido, e então ele não se
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queimava.
— Eu sei... eu compreendo perfeitamente.
Não acho que você tenha agido errado. Para falar a
verdade, eu também não saberia dizer se naquela
época eu aceitaria o que você é. Talvez sim, talvez
não, não sei... Aqui, desse lado do véu, é diferente,
é mais fácil compreender e admitir o mundo
sobrenatural..., mas aí..., eu posso entender por que
você escondeu isso de mim.
Axel desviou os olhos com uma expressão
de dor.
— Mas a sua morte...
— Axel, preste atenção — disse ela em um
tom suave, porém firme. — Foi apenas o meu
corpo material que morreu. Minha alma continua
viva em outra dimensão; um lugar lindo, cheio de
paz e tranquilidade. Não quero que se preocupe
comigo, estou bem e também quero que você fique
bem. Portanto, senhor ranzinza, eu quero que pare
de se culpar pela minha morte. Você não tinha
como saber que os Lykans iriam me atacar... — Liz
colocou a mão no rosto de Axel, fazendo-lhe um
carinho delicado. — Por favor, não quero mais que
sofra por causa disso, entendeu? Me doeu ver você
carregar por tantos anos esse peso, essa dor...
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seus olhos.
— Não sei como te dizer isso, Liz. Eu não
sei se você ainda me ama, mas eu sei que ainda te
amo e... eu também amo Ivana. É complicado, eu
não entendo... e não sei como lidar com isso
agora... — confessou de olhos baixos.
— Olhe para mim, Axel — pediu ela. — Eu
amo você e sempre irei amar; assim como sei que
você sempre irá me amar e amará Ivana. Pode
parecer confuso, mas entenda... O amor não tem
limites..., ele é infinito e existe de muitas formas.
— Ela sorriu. — Não é porque você ama uma
pessoa que irá deixar de amar outra. Podemos amar
inúmeras pessoas, de diferentes formas, em
diferentes tempos, e todas elas sempre caberão em
nosso coração. Amar é querer bem, é desejar o
bem. O amor não é egoísta, não é invejoso e não
desaparece com o tempo.
Axel não segurava mais as lágrimas e Liz
enxugou suavemente algumas delas com os dedos.
— Por favor, não se angustie com isso... —
continuou ela. — Aproveite esse amor que está
vivenciando agora e que é tão lindo e tão intenso.
Não pense que isso vai fazer você se esquecer de
mim ou eu de você. O amor verdadeiro não pode
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orelha.
— Que cor é? É de princesa? — quis saber
ela.
— Ah, sim... É um lindo vestido, você vai
ser a princesa mais bonita da festa! — respondeu a
avó, enquanto pegava na mão da garota e seguia
com ela para o ateliê.
Ivana sorriu, confiava em Mirela e, apesar
de não ser íntima do pai, também não acreditava
mais que ele pudesse fazer algum mal a eles.
Grigore havia mudado muito nos últimos anos,
tentando ser mais participativo, mesmo que por
Skype, e mais agradável; e agora Ivana ficava feliz
que a filha pudesse ter um contato maior com a
família e com aquele lugar, um contato que ela
havia sido privada de ter.
Grigore chegou cerca de uma hora depois e
cumprimentou-os com educação e, até mesmo, uma
certa animação. Ivana ainda achava estranho ficar
cara a cara com o seu pai, mesmo tendo falado com
ele pelo telefone várias vezes nos últimos anos. Ela
reconhecia que ele fazia um esforço para se
aproximar, mas por mais que tentasse deixar o
passado no passado, ela continuava um pouco
arredia em relação a ele. No fundo, ainda era difícil
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Olá leitor/a.
Primeiramente gostaria de agradecer a você por
ter acompanhado e concluído a leitura desta obra.
Espero muito que tenha gostado e que possamos
nos encontrar novamente em outras aventuras.
Quero agradecer também a todas as pessoas
que me apoiaram nessa jornada, em especial ao
meu marido Erik Baccin, que amo tanto e que é o
meu leitor beta, meu suporte, meu companheiro e
meu maior incentivador. Sem ele, eu não
conseguiria ter chegado até aqui.
Agradeço à querida Gisa R. Costa, uma autora
fantástica que tanto me ajudou com sua energia
positiva, suas palavras incentivadoras e suas dicas
maravilhosas. Uma pessoa incrível, com um
coração de ouro e a quem eu desejo todo o sucesso
do mundo.
Agradeço a todos os meus queridos leitores do
Wattpad que acompanharam esta história desde o
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para satisfazermos nossos desejos?
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