05 - The Torid Affair

Veslor Mates
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Veslor Mates
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Veslor Mates
Índice
Capítulo um
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Veslor Mates
The Torid Affair
Veslor Mates - Livro Cinco
Por Laurann Dohner
Veslor Mates
Sinopse
Quando os distúrbios estouram no planeta Torid, a

tripulação do Defcon Red tem a tarefa de reprimir a violência e
cuidar dos feridos. Até mesmo a especialista em pesquisa de
alienígenas Jessa Brick é pressionada a
trabalhar. Provavelmente mais confortável em seu laboratório, a
médica está chocada com a óbvia desigualdade em Torid. Ela
promete ajudar todos os cidadãos, ricos ou pobres, mesmo que
isso vá contra os desejos do governador da colônia... e signifique
trabalhar em estreita colaboração com um certo alienígena mal-
humorado.
O médico Veslor, Maith, há muito se incomoda com a

espinhosa Dra. Brick e suas repetidas tentativas de estudar sua
raça como ratos de laboratório. Mas trabalhar juntos em Torid
mostra a ele um lado diferente de Jessa. Quanto mais próximos
eles se tornam, mais sua admiração e atração crescem...
especialmente quando ele recebe ordens para manter Jessa
segura. Isso significa que eles devem ficar juntos a cada minuto
durante a missão.
À medida que o perigo se aproxima, não é apenas o dever

que leva Maith a proteger Jessa. Os instintos primitivos do Veslor
são impossíveis de negar.
Veslor Mates
Lista da Série Veslor Mates
O incidente do viajante Gorison

Missão: anjo da guarda
A Experiência de Reprodução
Missão: Planeta Biter
The Torid Affair
Veslor Mates
The Torid Affair por Laurann Dohner

Copyright © setembro de 2021
Editor: Kelli Collins

Arte da capa: Dar Albert
e-book ISBN: 978-1-950597-18-5
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. A reprodução ou

distribuição não autorizada desta obra protegida por direitos autorais é
ilegal, exceto no caso de breves citações em resenhas e artigos.
A violação criminal de direitos autorais é investigada pelo FBI e é

punível com até 5 anos de prisão federal e multa de US $ 250.000.
Todos os personagens e eventos deste livro são fictícios. Qualquer

semelhança com pessoas reais vivas ou mortas é mera coincidência.
Veslor Mates
Capítulo um
“D ra. Brick, traga sua bunda aqui! "
Jessa cerrou os dentes e fantasiou dar um soco em Carlton George

e sua boca grande. Ignorando-o, ela sorriu para seu jovem paciente
deitado em uma maca, apesar de sua raiva, e terminou de enfaixar os
pontos que colocara em seu ombro.
"Ei! Está me ouvindo, Dra. Brick? Traga sua bunda aqui! ”
Ela continuou a ignorar o homem gritando em algum lugar atrás
dela. “Mantenha-o seco por dois dias. Os pontos se dissolvem por conta
própria. Não tire as bandagens até então. Eles são posse militar da
Frota. Isso significa que são revestidos com um gel especial que induz
uma cura rápida. ” Ela piscou para o menino de dez anos. "Só o melhor
para você, garoto."
Ela enfiou a mão no kit médico e tirou duas barras nutritivas com
sabor de chocolate, colocando-as sobre o cobertor que cobria seu
paciente. Havia muito mais que ela gostaria de poder fazer. Não a mataria
perder alguns petiscos deliciosos, especialmente quando o menino estava
tão magro e parecia meio faminto. Seu estoque escondido estava quase
esgotado de dá-los a pacientes necessitados.
A criança os agarrou e enfiou a comida no bolso da calça
esfarrapada. "Obrigado."
“Não diga aos guardas que eu dei a você algo para comer. Eles
provavelmente vão roubá-los. ” Ela lançou um olhar furioso para os
idiotas vestidos de preto que controlavam as portas que davam para o
salão de baile da mansão do governador. Foi convertido em um hospital
de emergência. Eles estavam lá para garantir que nenhum dos pacientes
entrasse sorrateiramente no resto do enorme edifício.
“Maldição, Dra. Brick. Você é surda?"
Ela fechou seu kit médico e o agarrou, levantou-se e se virou para
Carlton George, que estava se aproximando. Ela colocou seu corpo entre
ele e a criança. "Não. Estou ocupada. Tenho trabalho a fazer aqui. Você
não tem? ”
Ele olhou para ela, seu rosto ficando vermelho. Ela ativou
mentalmente seu olho artificial para examiná-lo, apenas para assustá-lo,
sabendo que a cor azul normal começaria a brilhar forte.
Ele começou a dar um passo para trás, mas se conteve. “Pare com
isso agora! Faz você parecer toda errada. ”
Ela fingiu inocência, completamente ciente de que um olho
brilhante tendia a incomodar as pessoas. “Você está insultando uma
pessoa modificada por ter um implante ocular artificial? Não é minha
Veslor Mates
culpa que a equipe médica teve que me dar uma íris azul em vez de
marrom para combinar com a cor com que nasci. Existem leis sobre como
tratar pessoas modificadas. Você está quebrando uma? "
“Não estou fazendo nada isso”, ele balbuciou, antes de mudar de
assunto. "Você deveria estar tratando nossos cidadãos."
Havia poucas pessoas que ela realmente detestava. O assistente
pessoal do governador conquistou um lugar no topo desta curta lista. Ela
o odiara no minuto em que se conheceram. Ele era rude, um idiota total
e tinha a compaixão de uma pedra.
"O menino que acabei de tratar é um de seus cidadãos."
Seu rosto ficou ainda mais vermelho de raiva. "Não. Ele não é."
Ela tentou manter seu tom educado. “Ele mora em Torid. Isso o
torna um cidadão. A Frota está aqui para ajudar a todos. Isso inclui...
você sabe... todos . ”
“Nós concordamos em discordar. Um de nossos cidadãos leais foi
trazido. Vá tratá-lo agora mesmo. Ele é um bom amigo do governador. ”
Era a segunda vez que Defcon Red recebera ordens de visitar Torid
em um curto espaço de tempo. O planeta colônia havia sido estabelecido
dez anos antes. Alguém havia enviado um relatório sobre os problemas
na única cidade que os colonos fundaram, mas quando chegaram pela
primeira vez, tudo parecia bem.
Agora, a Frota recebera ordens de retornar após o início de uma
guerra civil. Havia rumores de corrupção que iam direto ao topo, desde o
governador Rodney Boyd, que dirigia tudo, até os fornecedores de coisas
como comida, roupas e moradia. Claro, Boyd negou. O governador havia
jurado que era um grupo de rebeldes que se infiltrou no planeta para
realizar atos de terrorismo.
Também houve relatos sobre moradores negligenciados de Torid
sendo mortos. Depois que a Defcon Red voltou, os civis alegaram que a
violência contra eles estava sendo ordenada pelo governador. Eles
juraram que estavam apenas revidando em legítima defesa. Foi uma
bagunça.
A Frota assumiu a jurisdição para montar uma investigação
completa. Até descobrirem com certeza quem era o culpado, eles
enviaram equipes médicas para tratar dos feridos. Corpos blindados na
forma de equipes de força-tarefa foram colocados nas ruas para acabar
com a violência. Comida, água e roupas também estavam sendo
distribuídas para os necessitados.
Só não perto da mansão do governador. Ele se recusou a permitir
que eles montassem centros de distribuição de suprimentos para Frotas
em um raio de um quilômetro de sua casa. Tinha sido um inferno obter
permissão para usar parte de sua enorme mansão como um hospital
temporário para a Frota. A Frota basicamente o forçou a concordar, já
que a Terra era dona do prédio e pagou para que fosse
construído. Infelizmente, foi para lá que Jessa foi designada.
Veslor Mates
Depois de passar três dias no planeta, Jessa acreditava totalmente

nos pobres civis. Ela não estava acreditando nas besteiras do
governador. Basicamente, qualquer pessoa em boa posição no governo
da cidade parecia ter condições de vida decentes. Todos os outros - o que
parecia ser uma porcentagem alarmante dos habitantes - estavam
ferrados. Eles estavam morrendo de fome.
Em sua opinião, o governador e todos os seus cidadãos “leais” eram
um bando de valentões gananciosos e sem coração. Pessoas de fora não
entrariam para causar problemas. Todos os pacientes que ela tratou
obviamente viviam em tempo integral em Torid. Uma quantidade infeliz
deles pareciam ser crianças submetidas a várias formas de violência.
"Ouviu? Pare de me olhar assim ”, Carlton George disparou. "Faça
o que lhe mandam ou providenciarei que seja demitida!"
Jessa teve que lutar contra o desejo de usar seu kit médico para
ataca-lo fisicamente. Ele realmente a irritava com suas ameaças de
merda. Ela não conteve a boca, no entanto. “Você não pode me
despedir ou me dizer o que fazer. Você vê esse uniforme azul escuro que
estou usando? Esses patches? Eles deveriam ter sido uma pista, mas
você parece um idiota. Portanto, anote, se necessário: Eu trabalho para
a Frota. Não para você. Agora saia da minha frente e pare de gritar
ordens. No momento, estou tratando os pacientes na ordem em que eles
entram. Vou falar com o seu cara quando for a vez dele. ”
Ele ficou boquiaberto, seu rosto ficando ainda mais vermelho. Ele
cerrou os punhos quando seus olhos se arregalaram.
“Você deveria controlar esse seu temperamento. Sua pressão
arterial está subindo para níveis perigosos. Isso pode causar um derrame
ou ataque cardíaco. Isso seria uma pena. ” Jessa sabia que estava sendo
uma vadia, mas ele merecia. Ele estava gritando com ela desde que ela
chegara. “Você sabe... já que seus cidadãos leais têm batido o inferno
fora de todos, e portanto há muitos pacientes à sua frente, caso precise
de tratamento. ”
“Vou mandar prendê-la se não mudar de atitude agora e fizer o que
eu digo”, ele fervia.
Jessa usou a mão livre para dar um tapinha no patch em seu braço
direito, perto do ombro. "Frota. Deus, como você conseguiu seu
emprego? Você sabe alguma coisa? Eu supero você e seu chefe, uma vez
que a United Earth assumiu a jurisdição até que essa bagunça seja
resolvida. A Frota está no comando. Tente me prender e seu traseiro terá
um transporte gratuito direto para as celas de detenção da Defcon
Red. Seu chefe também não ficará feliz, porque provavelmente o levarão
com você, já que você é o braço direito dele. Os investigadores podem
decidir se ele sabia de antemão quais exigências idiotas você estaria
fazendo. ”
"Sua boceta de merda", ele cuspiu.
Veslor Mates
Jessa deu a ele um sorriso de lábios apertados. “Essa

é uma boceta superior a você. Não se esqueça de que sou superior a
você. Fico feliz por termos estabelecido limites claros entre nós - você não
me diz o que fazer e eu não gosto de você. Agora saia da minha frente. ”
Ele girou nos calcanhares e saiu apressado. Foi quando ela
percebeu que alguém estava um pouco atrás dela, à direita.
Ela virou a cabeça, olhando para Matt. Ou talvez seu nome fosse
Mark. Ele era um dos médicos da equipe tática, a julgar por seus
diferentes uniformes e patches. Havia mais de setenta membros da Frota
trabalhando com ela dentro do enorme salão de baile da mansão, e eles
realmente não tinham tempo para conversar. Os médicos da equipe
tática não trabalhavam no Baia Médica em Defcon Red. Nem ela.
Ele estudou seu rosto. "Eu pensei que ele fosse te bater."
"Você queria um assento na primeira fila para isso?"
Ele balançou sua cabeça. "Eu ia intervir."
Seu humor se suavizou. “Eu aprecio isso, mas eu posso cuidar de
mim mesma. Eu realmente odeio aquele cara. ”
“Todos nós odiamos. Percebi que ele é pior com as mulheres do que
com nós, homens. Ele provavelmente tem medo de que o arrastemos e o
nocauteemos se ele falar assim conosco. Eu iria."
“A única razão pela qual não o derrubei com minha maleta é porque
gosto desta aqui. Não é a padrão da Frota. Foi um presente da minha
irmã quando me formei na faculdade de medicina. ”
Seu olhar percorreu seu cabelo. “Eu gosto das listras azuis.”
"Obrigada. Acho que fica bem em contraste com meu preto
natural. Os médicos me deram uma escolha de cores para cobrir as
partes carecas na minha cabeça, onde o cabelo real não voltaria a crescer
depois do acidente. Eu escolhi azul para combinar com meu olho
artificial. Achei que poderia muito bem exibi-lo, já que é obvio que é
modificado. ”
Um sorriso irrompeu no rosto do cara. “Eu sou Michael. Já ouvi
falar da famosa Jessa Brick. ”
"Famosa?"
“Você é a Especialista em Pesquisa Alienígena designada
para Defcon Red . Eu não invejo você, fazendo exames físicos nos
Veslors. Eu gosto desses caras, mas com certeza não gostaria de pedir-
lhes para virar a cabeça e tossir. ”
Ela deu uma risadinha. "Eles têm seu próprio médico para fazer
isso."
Ele se inclinou um pouco mais perto. “Você é muito mais jovem do
que eu imaginava. Ouvi dizer que você tem vinte e seis anos? O único
outro ARS que conheci estava na casa dos setenta. Você deve ser
superinteligente. ”
Veslor Mates
“Tive alguns estudos iniciais e me formei em medicina pouco antes

do meu aniversário de dezessete anos. Os instrutores usaram os quatorze
meses antes de eu ter idade suficiente para ser embarcada em meu
primeiro navio da Frota para me treinar para ser uma ARS ”
Seus olhos se arregalaram.
“Órfã aos oito anos e agregada à Frota.” Ela esperava que ele lhe
desse um olhar de nojo e parasse de falar com ela. Ela não era boa com
as pessoas, especialmente com homens tão bonitos quanto ele, então era
melhor se ela terminasse isso rápido. Ele a evitaria depois que ela
soltasse essa informação.
Era um fato bem conhecido que “agregada à Frota” significava que
ela não tinha se juntado voluntariamente à Frota. Os órfãos tendiam a se
inscrever para o serviço, já que a Frota geralmente era sua única
oportunidade de emprego. Ela foi obrigada a desistir de dezessete anos
de sua vida para servir. Havia um estigma associado a pessoas como
ela. Como se estar sem outras opções significasse que ela não merecia o
mesmo respeito que aqueles que se juntaram por outros motivos.
Ele a surpreendeu ainda agindo de forma agradável. “Uau, é
impressionante que você tenha aprendido tudo tão jovem. Embora
lamento que você tenha perdido sua família. ”
"Obrigada, Michael." Se ele podia ser educado, ela também
podia. “Devemos voltar ao trabalho.”
"Sim." Ele olhou ao redor antes de olhar para ela novamente. “Quer
jantar comigo? Eu realmente gostaria de saber mais sobre sua
escolaridade ARS e o que você faz. É fascinante."
Ela olhou para ele, atordoada. Ele queria falar mais com
ela? "Claro", ela deixou escapar.
Ele sorriu, mostrando alguns dentes espetacularmente
brancos. "Excelente. Isso me dará algo pelo qual ansiar. Tente não irritar
ninguém... mas se o fizer, grite por mim. Vou chutar a bunda
deles. Tenho certeza de que você poderia fazer isso sozinha, mas isso
poderia atrasar nosso jantar. Estou realmente ansioso para nos
encontrarmos para conversar mais tarde. ” Ele deu a ela um aceno de
cabeça e outro sorriso antes de ir embora para tratar um paciente.
Jessa o observou ir. Ele tinha cabelo loiro curto, um corpo
musculoso e parecia legal. A maior parte da equipe da Defcon Red
a evitava, então o conceito de fazer um amigo era emocionante.
Ela se forçou a virar as costas e ir para o próximo paciente. Era um
homem mais velho vestindo um uniforme de guarda da mansão. Suas
mãos estavam uma bagunça. Ela abriu seu kit médico e as examinou,
lendo vários ossos quebrados sob sua pele inchada e dividida.
"Você deu uma baita surra em alguém."
Ele fez uma careta para Jessa. "Caí."
Veslor Mates
Ela revirou os olhos e guardou o scanner. Ele estava

mentindo. Essas lesões eram claramente dele usando seus punhos para
socar algo repetidamente. Ou alguém. Era tentador fazê-lo realocar seus
ossos sem administrar analgésicos em primeiro lugar, mas não era ela a
sem coração ali. Ela o injetou na lateral do pescoço com uma pequena
dosagem antes de levantar a mão enluvada, fazendo um sinal.
Um ordenado correu em sua direção, um homem com quem ela
falava regularmente. Pete representava todos os atendentes na Defcon
Red quando eles realizavam reuniões de departamento.
“Ossos quebrados em ambas as mãos. Leve-o para ver o Dr.
Jenson, por favor. ”
Pete arqueou ambas as sobrancelhas em surpresa. Marcus Jenson
só havia sido enviado à superfície para ajudar a reabastecer seus kits de
medicamentos quando eles ficaram sem suprimentos. A chefe de
gabinete na Baia Médica, Cynthia Kane, não confiava mais no médico
para tratar os pacientes. Jenson ganhou a reputação de alguém que
mentia e manipulava situações tentando aumentar seu status. Ele
também intimidou alguns sob seus cuidados. A única razão pela qual
não foi demitido foi porque ainda havia tempo a cumprir em seu contrato
com a Frota.
Jessa olhou para o ordenado. “Estamos atolados, Pete. Este é
um paciente especial. Você notou o uniforme dele? Ele merece ser visto
pelo Dr. Jenson. Diga a ele que estou ordenando que trate este homem,
se necessário. Todas as mãos no convés."
Pete sorriu, parecendo entender que o paciente estava prestes a
receber cuidados de merda de um idiota mal-humorado. "Imediatamente,
Dra. Brick." Ele ativou a maca que segurava o guarda para se mover e a
conduziu para o fundo da sala.
Ela trocou as luvas e foi para a próxima maca. Nenhuma culpa veio
à tona, embora esta situação fosse um lembrete para ser grata por ela só
ser obrigada a realizar as tarefas médicas padrão quando a Frota
precisava de todos os corpos capazes em serviço. Ela sentia falta de seu
laboratório silencioso.
“Olá”, disse ela à jovem adolescente ao se aproximar. "O que está
acontecendo?"
"Meu estômago dói muito."
Jessa ativou seu olho artificial enquanto pegava um scanner
portátil. Ela ficou alarmada antes mesmo de conseguir passar o
dispositivo para a jovem. A paciente estava com uma febre leve, mas a
área da barriga irradiava um calor ainda mais forte. O scanner confirmou
o que ela já tinha visto em seu exame ocular, revelando sangramento
interno e contusões massivas.
"Quem fez isto com você?"
A garota desviou o olhar, o medo em seu rosto.
Veslor Mates
Jessa jogou a mão no ar, emitindo alguns sinais. Então ela

destrancou as pernas da maca, conduzindo-a rapidamente em direção a
outra grande sala que eles prepararam para cirurgias de emergência.
O Dr. Arye correu para encontrá-la nas portas duplas abertas. "O
que nós temos?"
"Sangramento interno. Ela foi espancada até o inferno sob suas
roupas, ”Jessa sussurrou. “Não posso dizer exatamente de onde vem o
sangramento, já que alguns órgãos estão apresentando danos no
exame. Ela precisa de um mais aprofundado. ”
As enfermeiras correram para transferir a paciente para um leito
médico dentro de uma das tendas cirúrgicas internas esterilizadas que
montaram na sala secundária. Os leitos especializados tinham a
capacidade de executar varreduras e ferramentas avançadas para
realizar cirurgias complexas.
O Dr. Arye praguejou baixinho. "Quantos anos ela
tem? Quatorze? Provavelmente foi a milícia da cidade que a feriu. Você
quer me auxiliar na cirurgia dela? ”
Jessa balançou a cabeça. "Não. Estou muito enferrujada. Eu não
tive que abrir um humano em alguns anos. Se eles trouxerem o
governador ou seu assistente pessoal, me chame. Eu poderia usar um
pouco de prática com alguém em quem eu não me importaria de cometer
erros. ”
Dr. Arye deu risada antes de correr para se preparar para a
cirurgia.
Jessa voltou para pegar sua maleta e fez um desvio para a seção
de triagem perto das portas da frente, que era administrada por médicos
que não pertenciam à Frota. Ela olhou para os dois civis, antes de
encontrar o terceiro sentado em uma cadeira com uma bebida na mão.
"Yord, um momento, por favor?" Ela se recusou a chamá-lo de
"médico". Ele não merecia o título.
Ele fez uma careta para ela, mas se levantou. "O que?"
Jessa sacudiu a cabeça para um canto desocupado. Ele hesitou.
“Agora,” ela ordenou.
Ele relutantemente a seguiu. Ela enfrentou o homem muito mais
velho e mais uma vez queria bater em alguém com seu kit médico. “Você
quer me explicar como deixou passar uma garota com hemorragia
interna? Cabelo castanho escuro, cerca de quatorze anos, vestindo
roupas surradas. Toca algum sino? Você sabe - aquela para a qual você
deveria ter chamado um cirurgião imediatamente, em vez de fazê-la
esperar em uma maca? Aquela."
“Seus ferimentos não eram imediatamente fatais. Tivemos muitos
civis leais feridos que precisavam primeiro de tratamento. Ela tinha
tempo para esperar. ”
Veslor Mates
Jessa agarrou a alça da sua maleta com mais força, desejando que
fosse a garganta dele. Por um lado, ela tinha que dar crédito a ele por não
fingir que não se lembrava da garota. Por outro lado, ele basicamente
admitiu que era um idiota com essa explicação. Ela respirou fundo para
se acalmar, tentando controlar seu temperamento.
“Terminamos aqui. Em vez de nos assediar, você deveria estar
fazendo seu trabalho. ” Ele sorriu para ela e começou a se afastar.
Jessa se moveu e entrou no caminho dele, deixando seu kit médico
cair no chão com um baque alto. “Eu não terminei. Você está dispensado
do dever de triagem. Vá encontrar o Dr. Jenson e ajude-o a distribuir
suprimentos médicos para reabastecer os kits. ”
O fanfarrão a olhou com raiva. "Você não pode me designar
novamente."
"Eu acabei de fazê-lo. Estou tomando seu lugar na
portaria. Vejo pacientes, não as roupas que estão vestindo. Eu te
mandaria para casa, mas precisamos de cada par de mãos que pudermos
conseguir. Mesmo as incompetentes. ”
“Você não pode falar assim comigo! O governador me colocou no
comando. Sou o chefe de gabinete do nosso hospital principal ”, gritou.
“Bem, isso é lamentável para as pessoas neste planeta, se você for
o seu melhor. A Frota assumiu a jurisdição. Isso significa que você recebe
ordens dos membros da Frota. Fui clara?"
“Algum problema?”
Jessa ficou tensa com a voz masculina. “Bem quando eu pensei
que meu dia não poderia ficar pior,” ela murmurou, virando-se
lentamente para encarar Maith, seu nêmesis... e médico Veslor. O
homem não gostava dela. Era mútuo.
Tinha sido seu dever como ARS aprender tudo sobre o
agrupamento de Veslors que tinha sido designado para Defcon Red . Eles
eram alienígenas, e isso significava que ficariam sob seus cuidados se
precisassem de tratamento médico. Em vez disso, eles a evitavam na
maior parte do tempo, recusando-se categoricamente a permitir que ela
fizesse qualquer exame médico. Apesar disso, ela se dava muito bem com
a maioria deles, exceto com o médico. Ele parecia levar para o lado
pessoal que ela sequer tentou se tornar sua médica.
“Sim, há,” o doutor fanfarrão vociferou. “Controle o seu pessoal.”
Maith ergueu o olhar dela e estreitou os olhos em Yord. “Ela é
humana, não Veslor. Você está tendo problemas com sua visão? ”
Jessa quase sorriu. Essa foi uma grande resposta
espertinha. Maith olhou para ela novamente.
“Ela está tentando me designar novamente. Ela não pode fazer isso,
”Yord gaguejou.
Veslor Mates
Maith arqueou uma das sobrancelhas para ela enquanto o médico

falava.
“Yord,” Jessa apontou o polegar em direção ao idiota, “decidiu fazer
uma jovem com hemorragia interna esperar para ser atendida. Já que ela
não é uma de suas cidadãs leais prioritárias, a vida dela importa menos
para ele. Eu disse a ele que estou assumindo a triagem. Quero alguém
na porta que não deixe ninguém morrer só porque é pobre. ”
A raiva distorceu as feições de Maith. "Uma jovem mulher
morreu?" Sua voz se aprofundou em um grunhido.
“Eu a peguei antes que isso acontecesse. Ela está com uma equipe
cirúrgica agora, ”Jessa informou ao furioso Veslor.
"A garota poderia esperar."
Jessa se virou para o médico. “É o que você diz, Yord. E se eu não
tivesse chegado a ela por mais uma hora? Você poderia tê-la matado. Ela
é uma criança. Uma que alguém deu uma surra. Onde está sua
compaixão? Você fez um juramento quando se tornou médico. Lembra-
se disso? Você deveria tê-la enviado imediatamente a um cirurgião. ”
O idiota zombou. "Você está exagerando sua autoridade."
Um grande corpo pressionou contra as costas de Jessa. Ela ficou
tensa ao sentir Maith a tocando.
“Não, ela não está,” ele rosnou. “A Frota está aqui para cuidar
dessa situação. Eles têm autoridade total para fazer o que for preciso
para negociar a paz em seu planeta. Se ela diz que você não está apto
para lidar com essa tarefa, então você é parte do problema - e eu gosto
de bater nos problemas. ”
Yord empalideceu e deu um passo para trás, parecendo
aterrorizado.
Jessa sorriu então. “Como eu disse, Yord, vá encontrar Jenson
para ajudá-lo. Se você quiser registrar uma reclamação contra mim,
envie uma mensagem diretamente para o comandante Howard Bills
na Defcon Red . Ele é o responsável pela Frota de batalha em órbita. Meu
nome é Jessa Brick. Se escreve como soa. Boa sorte com isso, depois de
enviar uma resposta. Você terá sorte se mantiver sua licença
médica. Para sua informação, é aprovado pela United Earth através da
Frota, uma vez que esta é uma colônia de propriedade da Terra. ” Ela fez
uma pausa para causar efeito. “O que significa que a licença pode ser
retirada se a Frota relatar suas ações ao conselho médico - e seu
governador não pode fazer absolutamente nada a respeito. É melhor você
definir suas prioridades. Pacientes primeiro, beijar a bunda do
governador depois. "
Yord saiu furioso, afastando-se das portas da frente.
Jessa controlou suas feições e se virou, encontrando o olhar de
Maith.
"Vejo que você é rude com todo mundo, não só comigo."
Veslor Mates
Jessa cruzou os braços sobre o peito. “Você chama isso de ser

rude. Eu vejo isso como merda. Eu tenho que puxar pela hierarquia para
impedir esses idiotas de deixarem as pessoas morrerem. ”
O alto Veslor inclinou a cabeça um pouco, seus olhos se
estreitando. “Estamos aqui para ajudar a aliviar as tensões. Não adicione
a isso. Recebemos ordens de sermos educados. ”
Ela baixou os braços. “A Frota não deveria ter me enviado se eles
queriam um diplomata. Isso não está em meu conjunto de
habilidades. Eu nem deveria fazer parte desta missão. Foi uma surpresa
quando recebi ordens para deixar meu laboratório e vir para este
planeta. Estou cansada, ficando muito chateada com a forma como
algumas dessas pobres pessoas estão sendo tratadas, e posso ver por que
este lugar explodiu em violência. Você está vendo a mesma merda que
eu, Maith. O governo aqui é corrupto e seus capangas estão abusando de
seu poder. ”
Ele suspirou. "Vocês humanos não têm um ditado sobre as
maneiras ao lado da cama?"
“Não sou uma médica comum, como você bem sabe. Sou educada
com os alienígenas. ”
Ele arqueou uma sobrancelha novamente, olhando para ela com
descrença.
“A maioria dos alienígenas. Você é a exceção, porque tende a me
irritar. Quão difícil teria sido me permitir executar algumas varreduras
básicas quando seu agrupamento mudou para Defcon Red ? A Frota me
deu todo tipo de sofrimento porque querem informações médicas sobre
vocês, mas você agiu como se eu fosse o inimigo por ousar pedir. É
meu trabalho aprender tudo sobre os alienígenas - especialmente aqueles
que vivem conosco. ”
“Não gostamos que outras raças saibam muito sobre nós.”
“E se você ficar gravemente ferido? Sou eu quem tentará salvar sua
vida. ”
“Não teremos essa discussão.”
Era por isso que Jessa queria estrangulá-lo na maioria das
vezes. Ele era teimoso e irritante. Ela decidiu mudar de assunto, já que
Maith nunca veria a razão. “O que você está fazendo aqui, afinal? Achei
que seu agrupamento fora enviado para onde a linha de combate mais
pesada ainda está ocorrendo. ”
Em vez de responder, ele examinou a sala cuidadosamente antes
de se aproximar.
Ela enrijeceu quando ele invadiu seu espaço pessoal novamente -
então engasgou quando Maith de repente envolveu um braço em volta de
sua cintura, dobrando-a para o lado até que ela perdesse o equilíbrio. A
outra mão dele subiu para embalar sua cabeça. Ele se inclinou, até que
seus lábios quase roçaram os dela.
Veslor Mates
O louco Veslor estava prestes a beijá-la! Ela estava chocada demais

para reagir.
“Não lute e fique quieta,” ele murmurou. “Eu preciso que você
confie em mim. É urgente."
Ela estendeu a mão, agarrando seu uniforme. Se ele a soltasse, ela
cairia de costas no chão. Ele tinha toda a atenção dela, no entanto.
“Uma vez você disse que tem a capacidade de detectar sinais de
vigilância com seu olho falso. Você prometeu que sua Frota não veria
nada quando Darla desse à luz aos filhotes. Você também mencionou que
examina constantemente seu laboratório para o caso de alguém colocar
vigilância lá sem o seu conhecimento. Isso era verdade? "
“Olho artificial. E sim."
“Os humanos que comandam este planeta estão mentindo para o
Comandante Bills. Precisamos descobrir a verdade. Clark mencionou a
Roth que há um porão sob este prédio, e os humanos podem manter
registros lá. Preciso da sua ajuda para localizar e me esgueirar até o
porão esta noite, sem que sejamos pegos. ”
Ela odiava notar que as íris estreitas de seus olhos verdes eram
fascinantes e atraentes. A cor e os padrões dentro de suas íris eram
vívidos e bonitos, lembrando-a de esmeraldas líquidas com algumas
nuances de prata escura misturadas. Eles também contrastavam muito
bem com sua pele escura e cabelo preto. Até mesmo suas orelhas
pontudas lisonjeavam suas belas feições alienígenas. O fato de que ele a
segurava facilmente, seu grande corpo quente e firme contra o dela,
também foi notado. Ele cheirava bem também.
"Está bem. Eu adoraria ajudar a remover esses idiotas do poder,
”ela finalmente disse um pouco sem fôlego.
“Será difícil, mas Roth sugeriu que fingíssemos ser um casal
copulando em busca de privacidade, para explicar por que estamos
deixando a área onde fomos designados.” Ele baixou o olhar para a boca
dela brevemente, antes de olhar em seus olhos novamente. “Como se
algum dia nós fossemos gostar um do outro o suficiente para copular,”
ele bufou.
Dizer que eles não se davam bem era ser leviano. “Certo,” ela
murmurou.
De repente, ele endireitou os dois e a colocou firmemente de pé
antes de deixá-la ir. “Diga a qualquer pessoa que tenha visto esta
conversa que nós estávamos emaranhando línguas e somos um casal
copulando.”
Jessa tinha certeza de que isso significava que ela deveria dizer que
eles se beijaram e eram amantes. “Sua namorada não vai se
importar? Mesmo que este seja um relacionamento fingido? "
Ele fez uma careta. "Eu não tenho mulher."
"Hum, você sai muito com a irmã de Darla."
Veslor Mates
Ele fez outro som bufando. “Becky é família. Ela é como uma irmã.
”
Isso a surpreendeu, embora Jessa visse sinceridade em seus
olhos. "Está bem. Serei seu amante falsa. Mas só porque eu realmente
quero derrubar esses idiotas. ”
Ele se virou e marchou em direção ao corredor que levava à área
onde eles tinham quartos de dormir e acesso aos banheiros.
Ela respirou fundo, lembrou-se de pegar seu kit médico quase
esquecido e marchou para a área de triagem perto das portas da frente.
“Sob a autoridade da Frota, estou no comando aqui agora”,
informou ela aos outros dois médicos civis leais. "Sejam justos. Isso é
uma ordem. Parem de olhar para as roupas que essas pessoas estão
vestindo e concentrem-se apenas nos ferimentos. Do contrário, podem ir
distribuir remédios e curativos com Yord. ”
Os dois pareceram zangados, mas não disseram nada. Ela não se
importava se eles estavam infelizes.
O Comandante Bills ficaria chateado quando soubesse que ela
havia puxado a patente? Provavelmente. Ela ainda não sentia
arrependimento. Ele não era aquele no terreno lidando com idiotas que
podiam matar pessoas porque não se importavam com os pobres. Isso a
irritou o suficiente para enfrentar as consequências... se houvesse
alguma. Puxar a patente era legal. Isso é tudo o que importa. A Frota
anulou a autoridade de todos no planeta enquanto estivessem lidando
com a situação.
Ela pegou a primeira pessoa ferida que tropeçou na porta e ajudou-
a a chegar a uma maca, pegando seu scanner.
Seus pensamentos se voltaram para Maith enquanto
trabalhava. Ele era como água para o fogo dela, sempre apagando-a. Mas
ela trabalharia com o Veslor se isso significasse ajudar os civis
empobrecidos em Torid a conseguir uma vida melhor. Esse era um
sacrifício que ela estava muito disposta a fazer.
Mesmo que Maith a irritasse profundamente e a fizesse querer
atirar nas bolas dele com uma arma de choque na maior parte do tempo.
Veslor Mates
Capítulo dois
M ichael encontrou Jessa assim que ela saiu do turno. O loiro

alto sorriu. “Você está pronta para vir à minha tenda? Isso nos dará
privacidade. Ninguém poderá nos ver. ” Ele correu o olhar pelo corpo
dela, parando em seus seios. "Vou te dar uma massagem, junto com
aquele jantar."
Jessa olhou para ele, de repente desconfiada do por que ele tinha
sido tão bom com ela antes. "Você quer dizer sexo?"
Ele piscou. "Esse era o meu plano."
Claro. Ele não estava interessado no trabalho dela ou em se tornar
seu amigo. Apenas entrar em suas calças. "Passo. Eu não faço conexões
casuais. Vá encontrar alguém interessado nisso. ” Ela o contornou.
"Ei, não seja assim."
Ela o ignorou, indo em direção à parte de trás do edifício. Havia
uma grande sala de convenções na mansão que fora montada para os
membros da Frota dormirem, onde ela havia designado um catre. Seus
pés doíam, suas costas doíam por carregar o kit médico pesado e ela
mataria para poder dormir. Não ia acontecer tão cedo, no entanto. Ela
precisava se encontrar com Maith.
Entrando na sala, ela encontrou sua acomodação designada e
deslizou seu kit médico por baixo, em seguida, puxou sua mochila e
rapidamente a abriu.
Ela olhou ao redor. Devia haver oitenta catres, embora ela tenha
visto algumas tendas ao longo da parede dos fundos. Todos marcados
com logotipos de equipes táticas. Uma delas seria a de Michael. Ela
revirou os olhos. Achei que eles poderiam trazer equipamento
extra. Maith provavelmente também tinha uma barraca particular.
Ela se abaixou e arrancou os sapatos e as meias, antes de tirar o
uniforme. Havia um banheiro para se trocar, para ter privacidade, mas
era uma longa caminhada. Apenas cerca de vinte pessoas estavam
atualmente na sala e a maioria delas dormindo. Ela não se importava se
eles a vissem só de sutiã cinza liso e calcinha combinando. Todos eram
membros da Frota.
Ela enfiou a mão na bolsa e tirou um macacão preto. Ele também
servia como roupa de relaxar e de dormir. Era também pertencente à
Frota. Todas as roupas que ela embalou tinham que ser, já que ela estava
em uma missão, incluindo seu sutiã e calcinha estilo shorts de menino.
Ela calçou meias novas, depois os sapatos, antes de guardar o
uniforme sujo em uma sacola de lavanderia. A mochila tinha um
compartimento especial para isso. Em seguida, ela empurrou a mochila
Veslor Mates
de volta para baixo de sua cama e se dirigiu para o ponto de

encontro. Com sorte, Maith não a faria esperar muito.
Ela chegou em um corredor cheio de escritórios para repórteres que
o governador mantinha na equipe. Nenhum deles estava trabalhando no
prédio. Uma figura alta e familiar foi a primeira coisa que ela
avistou. Maith empurrou a parede onde ele estava encostado e a encarou.
"Eu esperava você três minutos atrás, quando você terminou seu
turno."
"Eu estava me trocando." Ela acenou com a mão pelo corpo. “Meu
uniforme médico cheirava mal e eu queria ficar mais confortável se estou
fazendo o papel de espião.” Ela manteve a voz suave.
Ele fez um som estrondoso baixo.
Ela não tinha certeza se isso era um acordo, um protesto ou apenas
Maith sendo mal-humorado. Realmente não importa. “Qual é o plano
exatamente?”
Ele estendeu a mão. Ela olhou fixamente para ele antes de olhar
para o rosto dele.
"Pegue minha mão. Somos um casal copulando. ”
"Certo." Jessa estendeu a mão e apertou sua mão grande. O calor
corporal irradiando dele era intenso. "Então, vamos dar um passeio
romântico?"
“Até chegarmos a um ponto de acesso ao porão. Drak invadiu seu
computador mainframe e me enviou os esquemas da mansão. Há um
ponto de acesso não muito longe daqui. Eles têm o porão rotulado como
um bunker de emergência. É quase tão grande quanto o prédio acima do
solo. ”
"Uau." Essa informação a surpreendeu. “Todo membro da Frota
sabe que a United Earth constrói bunkers de emergência nos planetas
que coloniza, mas eles deveriam estar localizados apenas em centros
comunitários. Eles são construídos para os residentes usarem em caso
de um ataque alienígena ou um evento planetário catastrófico, para
manter as pessoas vivas e seguras até que a ajuda possa chegar. ”
“É suspeito. Clark Yenna disse que olhou para outras construções
da colônia e nenhuma tinha um bunker embaixo de uma residência. Ele
também falou com o comandante Bills. Ambos concordaram que é um
local estranho para um bunker. ”
Jessa silenciosamente concordou que algo estava errado sobre
isso. “A Terra tende a evitar a colocação de bunkers sob prédios do
governo e hospitais, já que seriam os primeiros alvos durante um
ataque. As colônias são planejadas com pelo menos quatro centros
comunitários em cada cidade. Eles geralmente os constroem próximos a
parques ou outros espaços abertos. Eles funcionam também como locais
de recreação e locais de pouso, se evacuações forem necessárias. Os
Veslor Mates
residentes são supostamente atribuídos a um determinado local para ir

se precisarem de um abrigo de emergência por qualquer motivo. ”
Eles caminharam de mãos dadas, encontrando-se apenas com um
dos guardas da mansão. Ele abriu a boca, mas fechou-a prontamente
quando seu olhar se fixou em Maith. Jessa não culpou o guarda por ter
medo de dizer qualquer coisa para o imponente Veslor, mesmo que fosse
um médico. Em média, os machos de sua raça tinham cerca de dois
metros e meio de altura e corpos musculosos. Maith parecia que poderia
chutar traseiros sem sequer suar.
Eles passaram pelo guarda e se abaixaram por uma porta logo
depois que saíram de sua vista, que os levou a um corredor longo e
escuro. Jessa parou, fazendo com que Maith parasse de andar. Ela
mentalmente mudou o modo de seu olho artificial, examinando cada
centímetro do espaço do chão ao teto.
De repente, ela se virou e colocou seu corpo na frente de Maith,
estendendo a mão para deslizar os dedos ao redor da nuca dele. Ele era
alto o suficiente para que ela ficasse na ponta dos pés para colocar a boca
em sua orelha. Também significava engessar o corpo dela contra o dele.
"Câmera", ela sussurrou. “No final do corredor perto do teto. Está
escondida dentro da ventilação. ”
Ele se inclinou e fingiu beijá-la, mantendo os lábios a um fio de
cabelo dos dela. “Precisamos alcançar uma das portas lá embaixo.”
“Dê as costas para a câmera, pressionando-me contra a
parede. Esconda meu rosto enquanto trabalho. Meu olho artificial vai
acender para o que eu preciso fazer. ”
Ele a girou conforme solicitado, prendendo Jessa na parede. Ele
pressionou a boca em sua testa, escondendo seu rosto da câmera. “Você
pode desativá-la?”
Seu hálito quente fez cócegas em sua carne. "Eu posso
tentar. Aposto que a tecnologia aqui está um pouco desatualizada. Não é
como Defcon Red , onde fazemos atualizações anuais. Os militares
sempre obtêm a melhor tecnologia. ” Ela disfarçadamente cobriu o olho
artificial com a mão, sabendo que estava prestes a brilhar mais forte do
que o normal com o uso de energia quando ela começou a se concentrar
no sinal que vinha da câmera. “A desvantagem é que, se eu desligar a
câmera”, sussurrou ela, “alguém pode vir investigar o motivo, se estiver
assistindo às transmissões ao vivo”.
“Eu não sabia que você podia desativar câmeras.” Ele acariciou seu
pescoço com seus lábios quentes. “Isso não é algo que um olho artificial
deveria ser capaz de fazer, a menos que você tenha uma óptica de laser
oculta. No entanto, você não está atingindo a câmera com o olho. Você
precisaria de uma linha de visão direta para isso. ”
“É mais do que apenas meu olho que foi melhorado,” ela admitiu,
tentando ignorar Maith falando contra sua pele, sua respiração fazendo-
a hiperconsciente dele. “Eu tenho um implante adicional atrás do meu
Veslor Mates
olho. Eu tinha apenas oito anos quando me machuquei, então,

felizmente, a parte danificada do meu cérebro se adaptou bem ao
hardware adicional. As crianças se ajustam a implantes assim mais
rápido e nossos corpos são mais flexíveis às mudanças físicas. ”
Ela se arrependeu de compartilhar tais informações pessoais
instantaneamente, quando o corpo de Maith ficou tenso contra o
dela. Devia ser a ansiedade fazendo com que ela compartilhasse
demais. E pura exaustão. O fato de que ele estava pressionado contra ela,
seus lábios aveludados acariciando sua pele, definitivamente não
era. Pelo menos é o que ela disse a si mesma.
Ela também raciocinou que não tinha sido talhada para ser uma
espiã ou para trabalhar as longas horas fisicamente extenuantes que
vinha dedicando. Maith a estava obrigando a se esgueirar pela mansão e
ela estava com medo de ser pega. Seu toque não a deixava nervosa. Nem
um pouco.
"Quem machucou você?" Ele parecia zangado.
Seu tom a surpreendeu por uma fração de segundo antes que ela
se lembrasse que era uma característica comum dos Veslor serem
protetores. “Não foi assim. Houve uma explosão no andar acima de
nossos aposentos quando eu era criança e morava em Marte. Isso fez com
que a maior parte da área desabasse. Eu sobrevivi, mas demorou para
que as equipes de resgate nos retirassem de nosso quarto. Tive a sorte de
sobreviver. ”
"Nós?"
“Minha irmã e eu dividíamos um quarto. Aconteceu no meio da
noite enquanto dormíamos. Ela também sobreviveu, mas uma viga de
suporte caiu sobre seus pés e os esmagou. As equipes de resgate tiveram
que amputá-los para tirá-la de lá. ”
Um rosnado baixo veio dele.
Ela decidiu contar a ele o resto, já que ela já havia falado
demais. “Nossos pais não sobreviveram. Eles foram mortos
instantaneamente no quarto ao lado do nosso. Sabíamos porque nenhum
deles gritou conosco durante os dois dias em que estivemos presas. ”
Maith ergueu subitamente a cabeça e ela olhou para ele com o olho
descoberto. Estava escuro no corredor... mas ela tinha certeza de que era
pena em suas feições sombrias.
"Dois dias?"
"Sim. Sinta-se mal por minha irmã. Não por mim. Continuei
perdendo a consciência por causa do meu ferimento na cabeça. Ela
estava com muita dor, mas não o suficiente para nocauteá-la. ”
Ele estendeu a mão e gentilmente segurou sua bochecha.
“Não fique todo sentimental comigo, Veslor. Não temos tempo para
isso. Tive que queimar a câmera e desativá-la completamente. Estava
programada, então não pude desligá-la temporariamente. Eu causei uma
Veslor Mates
oscilação de energia no relé de sinal que fritou os fios. Alguém pode vir
para consertar isso em breve. ”
"Como é possível que você possa fazer isso?"
“Foi o resultado de alguns experimentos feitos comigo. Vamos
apenas dizer que posso hackear certas coisas de curtas distâncias e às
vezes fazer com que elas se sobrecarreguem. ”
Maith acariciou sua outra bochecha com a sua. "Quem fez
experimentos em você?"
“Essa é uma história para outra hora.” Como nunca, ela
acrescentou silenciosamente. “A câmera está desligada. Vamos fazer
isso."
Maith a soltou e deu um passo para trás, movendo-se rapidamente
pelo corredor. Ela baixou a mão que cobria o olho artificial, agora que
não estava mais brilhando intensamente, e o seguiu.
Ele alcançou uma porta marcada com apenas para pessoal
autorizado e puxou um minúsculo dispositivo achatado de seu bolso,
colocando-o sobre o teclado de acesso.
Jessa poderia adivinhar o que era. “Um dispositivo de
hacking? Agradável. É uma das ferramentas táticas de sua equipe? Achei
que vocês explodiam coisas ou derrubassem tudo em seu caminho. "
Maith bufou. “Depende do trabalho.”
O painel piscou em verde e a porta se abriu. Maith retirou o
dispositivo para colocá-lo no bolso novamente e abriu caminho para
dentro. Ela o seguiu, fechando a porta atrás deles. Uma escada estreita
esperava, levando para baixo na escuridão total. Maith parou no topo.
"Me siga. Sou quase melhor do que uma lanterna, a menos que
você queira que fiquemos totalmente às escuras. Você pode ver?" Jessa
deu um passo para o lado dele e ativou seu olho para brilhar novamente.
"Sim. Há alguma câmera aqui? ”
Ela já estava examinando, tendo passado pelo topo da
escada. "Não. Existem sensores embora, no terceiro e sexto degrau
abaixo. ”
"Não consigo ver nenhum."
"Eu posso. Há fiação sob os degraus que estão ativos. Para mim,
parece uma teia rosa desbotada. Evite esses degraus. Me siga."
Maith agarrou seu braço. "Eu vou primeiro."
“Não podemos ver nada do caminho até a base da escada, pois ela
faz uma curva e desaparece de vista. Posso localizar os sensores; você
não pode. Vou liderar e avisar se houver mais. ”
Ele rosnou baixo.
Ela interpretou isso como um acordo e desceu, evitando o terceiro
e o sexto degrau. A escada tinha um patamar antes da curva e ela
Veslor Mates
parou. “Nenhum dos degraus abaixo tem sensores, mas não toque em
nenhuma das grades. Ambas estão conectadas. ”
"Inteligente."
“Sim,” ela concordou. “Se alguém suspeitasse que qualquer um dos
degraus acionaria um alarme, eles poderiam evitar colocar peso sobre
eles usando as grades para se manterem de pé. Então,
opa! Ainda dispararia um alarme.” Ela desceu as escadas o resto do
caminho e parou na parte inferior, examinando a pequena área escura
como breu. “Duas portas. Sem câmeras ou sensores de atividade aqui. ”
"É a da esquerda."
Ela caminhou até lá, mas parou, procurando cuidadosamente cada
centímetro da porta e maçaneta.
Maith roçou contra o lado dela. "E agora?"
"Apenas checando. Tudo limpo."
"Pare de iluminar."
Ela mudou o modo de seu olho artificial.
"Eu vou liderar agora."
Ela saiu do caminho de Maith. “Você ainda precisa que eu procure
câmeras e sensores.”
Com um aceno de cabeça, ele tentou a porta. Não estava
trancada. Uma sala vazia foi revelada do outro lado. Jessa escaneou
visualmente e procurou quaisquer frequências sendo
transmitidas. "Nada."
Ele se aproximou de outra porta, mas olhou para ela antes de tocá-
la.
“Está limpa também.”
Ele a abriu com cuidado e fez uma pausa. Ela deslizou ao redor
dele e olhou para um amplo corredor. Não havia portas, exceto uma no
final, que era grande e de metal.
“Essa deve ser a entrada para o bunker”, ela deduziu enquanto se
aproximavam da porta. "Tão estranho. Tínhamos bunkers em
Marte. Todos eles são claramente marcados para ajudar as pessoas a
encontrá-los em uma emergência. Eu não vi nenhum sinal para indicar
que esse está aqui. A porta e as paredes de cada lado estão bloqueando
completamente minhas varreduras. Estou lendo como uma massa
densa. Provavelmente metal sólido. ”
"Em oposição a quê?"
“Posso examinar as outras paredes o suficiente para ver vigas de
suporte e até mesmo assinaturas de calor, indicando fiação elétrica
ativa. Não nessas."
Maith olhou para ela. “Como médico, posso ver como isso seria
uma vantagem poder fazer a varredura de assinaturas de calor em
Veslor Mates
detritos. Sua Frota a envia em missões de resgate se edifícios desabarem?

”
“ARS. Não uma médica. Significa que sou uma médica humana
com treinamento extra para aprender biologia alienígena. Mas não. Eles
não me enviam para esse tipo de missão. ”
"Por que não? Você seria uma grande vantagem. ”
Ela suspirou, sem querer responder. Mas fez isso de qualquer
maneira, porque ela entendeu por que ele perguntou. “Um, não está
listado como uma das minhas habilidades em meu arquivo padrão. As
pessoas presumem que meu implante é apenas para me ajudar a
ver. Dois, eu nunca estaria emocionalmente ou mentalmente liberada
para esse tipo de trabalho por causa do meu passado. ”
Ela ergueu a mão para impedi-lo de falar. “Eu me ofereci para
ajudar nas missões de busca. A equipe médica encarregada do meu bem-
estar recusou, afirmando que poderia me traumatizar por me lembrar da
explosão e do que eu sofri, presa sob todos aqueles escombros quando
criança. Tive pesadelos durante anos e tive aversão a estar em lugares
escuros e apertados no subsolo. Sou valiosa demais como ARS para que
a Frota me arrisque a ter um colapso mental caso a terapia não tenha
resolvido totalmente meus problemas. Eu não concordo, mas não é
minha decisão. ”
Ela largou a mão e mudou de assunto. “Há um painel de acesso na
parede que provavelmente opera a fechadura, mas não é como qualquer
um que eu já tenha visto.”
"É uma trava de segurança Deki."
A imagem de um alienígena cinza brilhou na memória de
Jessa. Eles eram uma raça de cerca de um metro de altura, com cabeças
e olhos grandes, e eram conhecidos por serem reclusos. Eles também
eram gênios em tecnologia. Ela aprendeu sobre sua raça em seus estudos
comuns, mas nunca conheceu um. Eles se recusaram a ter qualquer
coisa a ver com a Terra e a Frota.
“Como diabos alguém neste planeta comprou tecnologia
deles? Eles não vendem para humanos. Fomos considerados indignos de
confiança. ”
Maith rosnou, ignorando sua pergunta. "Não podemos passar por
esta fechadura."
“Seu dispositivo de hacking não funciona?”
Ele balançou a cabeça, inclinando-se para estudar a estranha
fechadura que fechava a porta sólida. “Meu dispositivo de hacking
precisa de acesso direto a um sistema de alguma forma. Você pode fazer
alguma coisa? ”
"Não. Eu te disse. Está se mostrando uma massa sólida para
mim. Não consigo ver nada a mais que você. ” Ela se concentrou na
Veslor Mates
fechadura, tentando senti-la com o implante. “Não há nenhum sinal com

o qual eu possa tentar fazer uma conexão remota.”
Ele girou. “Precisamos voltar. Eu não tenho um explosivo comigo.
”
Sua boca se abriu, mas ela a fechou rapidamente. “Você acha que
isso funcionaria? Certamente chamaria atenção por estarmos aqui
embaixo. Você provavelmente teria que usar muitos explosivos para fazer
um buraco em todo esse metal. ”
Maith se virou e agarrou a mão dela, correndo para tirá-los de lá.
“Tenha cuidado,” ela o lembrou quando eles alcançaram as
escadas. “Não toque nos trilhos e lembre-se dos degraus conectadas após
a curva.”
Maith rosnou. "Eu sei."
Ele estava definitivamente com um péssimo humor de
repente. Esse era o Veslor que ela conhecia e chamava de "bunda
rabugenta".
Jessa rapidamente o seguiu até que eles alcançaram o topo da
escada. Ele abriu a porta lentamente, olhando ao redor antes de sair. Ela
o seguiu, fechando suavemente a porta atrás dela.
Maith parou no meio do corredor e girou, surpreendendo-a quando
de repente ele agarrou seus braços. A respiração foi arrancada de seus
pulmões quando ele a derrubou no chão. De repente, ela tinha centenas
de quilos de macho Veslor esparramado em cima dela.
Ela respirou fundo antes de sua boca cobrir a dela.
Jessa estava chocada demais para reagir quando ele agarrou a
perna dela e a puxou para abraçar seu lado. Ele se mexeu até que seus
quadris se acomodaram entre suas pernas abertas. Ele não a beijou,
realmente. Apenas pressionou seus lábios carnudos sobre os dela.
Ela estendeu a mão para agarrar a camisa do uniforme, tentando
empurrá-lo para longe dela. Não foi possível. Ele era muito grande e
pesado. O espaço estava escuro - mas de repente luzes brilhantes
brilharam ao redor deles. Seus olhos se arregalaram quando pés com
botas correram pelo corredor.
"Aqui!" algum cara berrou.
Outra porta foi aberta perto deles, com força suficiente para bater
com força na parede. Maith afastou a boca da dela e virou a cabeça, um
grunhido saindo de sua garganta. As luzes o cegaram e ele fechou os
olhos.
Maith ergueu uma das mãos. "O que significa isso?"
“Dra. Jessa Brick, você deve vir conosco, ”um homem exigiu.
“Estamos fora do turno,” Maith rosnou. “É ilegal buscar
privacidade para copular?”
Veslor Mates
“Precisamos da médica agora”, exigiu o guarda. "O governador quer

falar com ela."
Maith saiu cuidadosamente de cima dela, ajudando Jessa a se
levantar enquanto ele o fazia. Ela também notou como ele mantinha seu
grande corpo entre ela e os guardas armados da mansão.
Jessa teve um mau pressentimento ao espiar Maith. “É sobre eu
discutir com Carlton George mais cedo? Eu não recebo ordens dele. Eu
pertenço à Frota. ”
“Não sei do que se trata. O governador ordenou que trouxéssemos
você ao gabinete dele ”, o homem gritou. "Agora mova-se!"
Ela não tinha vontade de ficar com o idiota. "Eu não-"
“Nós vamos”, disse Maith, interrompendo Jessa.
Ela o fulminou com o olhar, irritada quando ele não a deixou
explicar que o governador Rodney Boyd não tinha o direito de mandá-la
para seu escritório.
"Somente ela." O mesmo guarda da mansão falava tudo.
"Minha mulher não vai a lugar nenhum sem mim." Maith rosnou as
palavras. “Parem de apontar suas armas. Se você quiser que ela veja seu
governador, eu vou com ela. ”
“Não temos tempo para isso.” Carlton George apareceu,
empurrando um dos guardas para o lado. "Rodney quer falar com aquela
vadia agora mesmo !"
Maith agarrou a mão de Jessa e puxou-a para mais perto. “Você
não fala sobre minha mulher dessa maneira. Nós obedeceremos, mas
saiba que os outros médicos estão cientes de que você foi o humano que
ameaçou minha mulher. Você será responsabilizado pela Frota se algo
acontecer com ela. Você também não vai levá-la a lugar nenhum sem
mim. Minha equipe de médicos irá relatar o nosso desaparecimento para
a Frota se não retornarmos à minha tenda dentro de metade de uma de
suas horas. ”
O assistente do governador zombou.
Maith soltou um grunhido rude. “Você ameaçou minha mulher na
frente de muitos membros da Frota, Carlton George. Você acreditou que
eles não compartilhariam isso comigo? Ela é minha mulher. Veslors são
muito possessivos - e protetores. ”
"Maldição", Carlton xingou. "Você sabe o que? Esqueça. Rodney
pode falar diretamente com seus superiores. ” O assistente saiu furioso,
deixando ela e Maith com alguns guardas de aparência confusa.
“Abaixem suas armas,” Maith exigiu. “Todos os guardas serão
presos e interrogados pela Frota se algum dano nos ocorrer. Já relatamos
vários problemas com a segurança do governador para a Defcon Red . ”
Veslor Mates
Os guardas baixaram as armas. Um deles, o homem que parecia

estar no comando, olhou feio para Maith. "Esta área está fora dos limites
para vocês."
“Iremos para a minha tenda.” Maith agarrou a mão de Jessa com
força o suficiente para quase machucar e a conduziu passando pelos
guardas.
Parte dela temia que eles levassem um tiro pelas costas. Não era
como se ela tivesse conhecido alguém que trabalhasse para o governador
ou seu assistente e que parecesse decente. Mas eles continuaram seu
caminho ilesos, permanecendo em silêncio e passando por mais alguns
guardas armados até chegarem à grande sala onde a Frota dormia.
Jessa tentou soltar sua mão quando eles estavam perto de sua
cama, mas Maith se recusou a soltá-la. Ele rosnou baixo, dando-lhe um
forte puxão enquanto continuava passando por sua cama. Ele parou em
uma tenda montada em um canto distante, a última em uma pequena
fileira. Finalmente, ele soltou a mão dela, se curvou e abriu a aba.
“Para dentro,” ele sibilou.
Jessa cruzou os braços sobre o peito. "Não."
"Eles tentaram te levar." Ele manteve a voz baixa enquanto olhava
ao redor. "Você vai ficar comigo por enquanto."
Era tentador discutir, mas Jessa não era idiota. Ela tinha visto
aquelas armas que os guardas apontaram para eles. O governador os
havia enviado para leva-la a ele. Isso, ou Carlton mentiu. De qualquer
maneira, ela teria sido levada à força se Maith não estivesse lá para
protegê-la. Então não havia como dizer o que teria acontecido. Ela
apostaria que não teria sido nada bom.
"Agradeço por ter salvo meu traseiro."
Ele bufou. "Dentro."
Ela suspirou, resignada e curvou-se para passar pela abertura. O
teto da tenda era muito mais alto, então ela conseguiu se endireitar. O
interior era dominado por uma cama muito maior ao longo da parede
posterior. Tinha quase o dobro da largura da dela e era mais comprida.
"Faz sentido."
Maith gentilmente a empurrou mais para dentro de sua tenda
quando ele entrou e, em seguida, selou a aba. Ele se endireitou, mas o
topo de sua cabeça roçou o teto de tecido. "O que você disse?"
Ela baixou a voz. “Parece que vocês, rapazes da equipe tática,
recebem todas as vantagens extras.”
“Nós as merecemos.”
Ela realmente não podia negar isso. Trabalhar em um laboratório
na maior parte do tempo, fazer pesquisas, vencer na luta contra insetos
alienígenas monstruosos e arriscar suas vidas quando os humanos eram
burros o suficiente para tentar se estabelecer em um planeta
Veslor Mates
hostil. Aconteceu mais vezes do que deveria. Ela estava muito ciente
dessa realidade, já que tudo o que era estranho era trazido à sua atenção
antes de qualquer missão. Isso a ajudava a se preparar se algo desse
errado do ponto de vista médico... como os soldados sendo expostos a um
vírus alienígena ou toxina. Seria ela quem os trataria.
“Você deveria notificar seus amigos médicos de que estamos de
volta e informá-los sobre o que aconteceu?”
"Eles não sabem o que acabamos de tentar."
Ela ficou impressionada, e também um pouco surpresa. "Você
mentiu."
"Eu blefei."
“Não achei que Veslors tolerassem desonestidade. ”
“Nós aprendemos rapidamente com vocês, humanos. É uma forma
de evitar o confronto. ” Ele ergueu o pulso, abrindo o que parecia ser um
teclado de holograma e batendo algo nele.
"É justo." Ela decidiu mudar de assunto. “Eu percebi que você tem
duas pulseiras em vez de uma. Aquela não é da Frota, é? ”
Ele terminou tudo o que estava fazendo e torceu o braço para
mostrar a ela. Jessa estudou as bandas. Uma era propriedade da Frota,
semelhante à dela, apenas um pouco mais grossa com mais alguns
botões. Era de cor prata com um selo da Frota embutido na superfície. A
outra era de metal escuro, quase combinando com sua pele. Foi adornado
com símbolos de prata, provavelmente a língua Veslor.
“Um que sua Frota me deu. A outra é do meu grupo, ”Maith
informou a ela.
"Vocês têm sua própria maneira de se comunicar em particular?"
"Sim. Só funciona para o nosso grupo. ”
“Assim, você pode enviar e receber mensagens para o seu
grupo. Isso é legal."
“Também podemos falar e ouvir o nosso agrupamento. Eu ativei
para eles ouvirem quando formos confrontados. Meu agrupamento podia
ouvir tudo o que era dito. Eles teriam enviado ajuda se tivéssemos sido
levados. ”
Ela olhou para a pulseira alienígena. "Eles ainda estão ouvindo?"
"Não. Encerrei a transmissão de áudio e enviei a eles uma
atualização sobre a fechadura. ”
“Por que não usar apenas a pulseira da Frota?”
“Não gostamos de ter nossas conversas privadas monitoradas por
sua Frota.”
Assentindo, ela mudou de assunto novamente. “Vocês, rapazes da
equipe tática, ganham uma barraca para privacidade e camas
Veslor Mates
maiores.” Ela olhou ao redor, franzindo a testa. “Duas sacolas de roupas

em vez de uma, além de seu kit médico. Deve ser bom. ”
"Você pode me ver dormindo em uma de suas camas humanas?"
Ele fez um bom ponto. Os Veslors eram geralmente pelo menos
uma cabeça mais altos do que um humano médio e carregavam cerca de
45 quilos a mais de músculos em seus corpos. Sua altura e peso seriam
demais para um catre padrão. Ele nem seria capaz de deitar de costas e
ter o colchão apoiando seus braços com aquele peito largo. Eles ficariam
pendurados nas laterais.
“Isso explica para vocês, mas a maioria dos médicos da equipe
tática humana caberia em uma cama padrão. Eles têm tendas. Eles
também compraram camas maiores? ”
Maith fez uma careta para ela. “Estou muito cansado para
discutir. Não saia da minha vista. ”
"Eu não vou dormir aqui com você."
Ele bufou. “Você vai . Eu também não gosto de estar tão perto de
você, mas não vou permitir que seja prejudicada. Você fez inimigos com
sua voz alta e palavras rudes. Eu vou ficar com você. Isso inclui pausas
para ir ao banheiro. ”
Ela suspirou. "Tudo bem, mas não vou tomar banho ou fazer xixi
com você me olhando."
Suas feições se contorceram em algo semelhante ao horror. "Eu
não quero ver você nua."
"Limpe esse olhar do seu rosto", ela fervia, sentindo-se altamente
insultada. "Eu não sou feia."
Maith se virou. “Não é a sua aparência que me ofende. É a sua
personalidade rude. ”
Ela deu uma cambalhota em suas costas, mesmo concordando
silenciosamente. Sua aparência era muito quente. Era sua atitude mal-
humorada que a afastava.
“Você fica com a cama. Vou dormir no chão. ”
Parte de Jessa sabia que isso era injusto, mas ela não protestou. Na
verdade, foi gentil da parte dele fazer a oferta. "Obrigada."
“Não se deite na minha cama ainda. Vou pegar um saco de dormir
para você usar. Eu não quero que o meu cheire como você. "
Ele se virou para a aba, abriu-a mais uma vez e a deixou sozinha
em sua tenda.
“Bem quando eu acho que você não é um idiota total,” ela
murmurou. Ela baixou o queixo até o peito e inalou. Ela não cheirava
mal. Então, novamente, ela provavelmente poderia tomar um banho. Ela
estava cansada demais para se preocupar antes de ter ido dormir pelo
Veslor Mates
menos seis horas antes. Seu próximo turno começaria em menos de oito
horas.
A preocupação a consumia enquanto esperava por Maith. Carlton
George, e possivelmente até o próprio governador, estava contra ela. Isso
era algo que ela precisava ter cuidado, mesmo que isso significasse deixar
Maith acompanhá-la. O médico Veslor pode ser rude e irritante, mas
também pode assustar os humanos.
Maith voltou carregando seu saco de dormir, bolsa de roupa
pessoal e seu kit médico. Ele colocou seu kit ao lado do dele, empurrou
sua roupa de cama para ela e jogou sua bolsa perto dos dois. Ela segurou
a roupa de cama enquanto ele puxava o saco de dormir do catre para
deixá-lo cair perto da saída da tenda.
Jessa se desvencilhou dele, indo até a cama e jogando o saco de
dormir no chão. Era muito menor que o colchão. Ela olhou por cima do
ombro para Maith.
Ele havia tirado as botas e estava se despindo.
Ela congelou. "Você não dorme nu, não é?"
"Não com você aqui."
Isso a fez se sentir melhor. Ela alisou o saco de dormir com as
mãos. "Tenho certeza que não vou atacar você."
“Eu ainda não quero você tentado. Vocês, humanos, sempre
sexualizam a pele nua. ”
Talvez ela o atacasse, afinal. Literalmente, com os punhos.
Ela tirou os sapatos e subiu no saco de dormir, sem ousar olhar
para Maith enquanto ele se acomodava no chão atrás dela. Ela não queria
saber quanto de sua roupa ele havia removido. Mas ela ainda não podia
deixar seu último comentário ir. Ele realmente a irritou. "Como
desejar. Talvez você não fosse um idiota mal-humorado se mulheres
humanas te atacassem. "
Ele bufou. "Durma. Nossos próximos turnos começam cedo.
” Então a tenda ficou escura quando ele apagou a lâmpada.
Veslor Mates
Capítulo três
J essa desviou o olhar, principalmente contando os ladrilhos da

parede. Ela não podia acreditar que Maith a arrastou para um pequeno
banheiro privativo para tomar banho. Ele foi primeiro, ordenando que ela
começasse a se preparar para seu turno de trabalho. Até parece. Ela não
conseguira nem escovar os dentes ainda, já que havia um grande espelho
sobre a pia - refletindo a porta de vidro transparente do box atrás dele.
Ela poderia limpar os dentes, mas também teria que ver o grande
Veslor esfregando seu corpo nu. Grande passe.
“Depressa,” ela gritou. "Eu preciso de um banho também."
Ele rosnou em resposta.
“Você não é uma pessoa matinal. Ou uma pessoa noturna. Apenas
um traseiro rabugento quando você está acordado, ”ela murmurou.
“Eu posso ouvir você,” ele retumbou da cabine.
“Eu queria dizer isso em voz alta. Mas para ser justa, os humanos
não seriam capazes de ouvir o que eu disse com o som da água. ”
"Eu não sou humano."
Ela fechou os olhos, ainda sentindo raiva por ter sido enviada para
Torid. A atribuição planetária tinha que ser vingança.
Foi tudo culpa de Cynthia Kane. A chefe de gabinete do Baia
Médica em Defcon Red teria sido responsável por reunir a lista de todos
os enviados para a superfície. A mulher odiava Jessa. Como se fosse
culpa de Jessa ter recebido um laboratório particular. Kane havia se
queixado repetidamente em reuniões com o comandante Bills de que o
espaço deveria ter sido alocado para a Baia Médica. Ele não concordou,
sendo um homem inteligente.
Defcon Red precisava de um ARS. Eles viajavam para o espaço
profundo com frequência, como qualquer outro navio de batalha
designado para proteger e defender estações espaciais e colônias
baseadas na Terra nas seções externas de rotas de menor movimento. As
interações alienígenas aconteciam com mais frequência e a maioria das
colônias não existia há muito tempo. Isso significava ter um especialista
que pudesse lidar com qualquer doença alienígena ou problemas médicos
que alguns membros da tripulação pudessem sofrer com os planetas ou
animais selvagens que encontrassem.
Não era como se Jessa tivesse que escolher onde seria designada
ou soubesse como seriam suas condições de trabalho. Seu post anterior
tinha sido sobre Floating Fortress por mais de dois anos. O comandante
daquele navio de batalha forçou Jessa a trabalhar na Baia Médica,
embora os outros médicos não tivessem permitido que ela tratasse de
Veslor Mates
pacientes humanos. Ela praticamente teve que implorar ao chefe de

gabinete para permitir o uso do equipamento nas poucas vezes que suas
habilidades foram necessárias.
Isso era ridículo. O Dr. Kevin Barts não queria que ela fizesse
nenhum teste sem outra pessoa observando cada movimento
dela. Mesmo assim, ele não confiava nela, checando imediatamente seus
resultados. Ele a ignorou toda vez que ela o lembrava de que havia obtido
seu diploma de medicina antes de iniciar estudos em alienígenas. Isso a
tornava mais qualificada do que ele, no que dizia respeito à educação.
Independentemente disso, o Dr. Barts a tratou como se ela não
tivesse nenhum negócio em sua Baia Médica. Ela literalmente se sentou
em um posto de enfermagem a cada turno, lendo qualquer nova
informação alienígena em seu bloco de dados. Foi muito chato, e ela ficou
extremamente feliz quando recebeu uma nova missão.
Trabalhar no Defcon Red foi o melhor trabalho que ela já teve. O
comandante Bills lhe dera um laboratório particular cheio de
equipamentos de primeira linha. Ninguém lhe olhava constantemente
por cima do ombro. Cynthia Kane estava encarregada da Baia Médica,
mas não Jessa ou seu laboratório.
A equipe médica designada para a Baia Médica tendia a evitá-la
sempre que possível. Ela só tinha que lidar com eles nas reuniões
semanais com o comandante Bills.
Ela não era nem mesmo designada a horários fixos, desde que
fizesse turnos de dez horas, pelo menos quatro dias por semana, e
comparecesse às reuniões obrigatórias. Suas principais funções eram
estudar qualquer coisa relevante para suas viagens e fazer relatórios de
possíveis perigos antes que chegassem a um local ou enviassem equipes
em missões.
E obter informações sobre os Veslors quando eles foram designados
para a nave.
Não que o agrupamento alienígena tornasse isso fácil. Todos os
quatro homens se recusaram a deixá-la fazer qualquer teste para obter
uma melhor compreensão médica de sua raça.
"Você está dormindo em pé?"
A voz de Maith de repente tirou Jessa de suas reflexões. "Estou
acordada. Só estou esperando você terminar seu banho para que eu
tenha uma chance. Por favor, deixe-me um pouco de água quente. Eu
também gostaria de ter tempo para comer antes de precisar dispensar o
médico que cuidou da portaria durante a noite. ”
Ele rosnou levemente. "Eu não confio em você quando está quieta."
“Só estou pensando no que estaria fazendo se não estivesse presa
neste planeta. Eu não deveria estar aqui. Recebi o pedido vinte minutos
antes de o ônibus espacial decolar. ”
Veslor Mates
Jessa estava perto de finalizar uma droga paralisante que

funcionaria nos Elth. A ideia de os militares serem capazes de derrubá-
los em segundos era muito atraente para ela. Isso é o que ela tem
trabalhado em seu laboratório recentemente. Ela odiava os alienígenas
do mal desde que eles a sequestraram e assassinaram alguns de seus
companheiros de transporte.
Quem diria que uma pequena viagem turística a um planeta de
poeira a faria ser sequestrada e forçada a se tornar parte de um
experimento de criação? Graças a Deus eles foram resgatados.
Em seguida, havia seu projeto secundário. Esse demoraria um
pouco mais.
Ela havia obtido amostras dois meses antes e estava estudando
como a saliva dos Ke'ter funcionava. O produto químico orgânico que eles
produziam revelou-se muito complicado.
Ela também deveria estar ajudando a nova companheira humana
de Roth, que estava lidando com enjôos matinais. Ela esperava convencer
Vera a fornecer amostras de sangue e exames detalhados de um feto
Veslor em desenvolvimento, o que era fascinante.
Ela não iria compartilhar essa pesquisa com a Frota. Jessa
respeitava os Veslors por exigirem sua privacidade... embora ela estivesse
seriamente curiosa. Era uma de suas melhores e piores
características. Porém, ela era a ARS, responsável pelos companheiros
humanos de Veslors e qualquer prole que eles pudessem ter. Era
importante que ela aprendesse tudo o que pudesse para ajudar a cuidar
da saúde deles enquanto permanecessem a bordo do Defcon Red.
A água foi cortada atrás dela e Maith saiu do chuveiro. Jessa
manteve os olhos fechados, ouvindo o som do farfalhar do material. "Eu
estou com fome. Se apresse."
Ele rosnou.
“Eu espero que você não me espie enquanto eu estiver nua. Eu não
quero tentá-lo. ” Ela sorriu, sabendo que ele odiaria suas palavras da
noite anterior fossem jogadas de volta para ele.
Ele bufou. "Estou coberto."
Jessa abrindo os olhos - e a visão dele quase a fez engasgar. Maith
tinha apenas enrolado uma toalha em volta da cintura.
Ela não pôde deixar de escanear rapidamente sua pele escura e
músculos protuberantes. Veslors e humanos tinham muito em comum
em termos de formato corporal. As principais diferenças incluíam uma
fina camada de pelo aveludado sobre a pele, orelhas pontudas, olhos de
aparência felina e presas.
Mas às vezes eram ainda mais diferentes, já que os Veslors podiam
se transformar em animais mortais. Eles eram shifters da vida real.
Ela forçou seu olhar para longe dele e contornou seu grande
corpo. “Fique de costas para mim e evite a pia. Entendeu? Vou ficar de
Veslor Mates
costas para você também, enquanto você termina de se vestir com seu
uniforme. "
"Bom plano. Não desejo ver você nua, mulher. "
"Excelente. Finalmente concordamos em algo. Quão raro. ”
Ela começou a se despir. Não era como se Maith fosse uma
ameaça. Ela ficaria preocupada se ele fosse qualquer outro cara aleatório
com quem ela estava trancada no banheiro, mas ele deixou bem claro
que não estava atraído por ela. O rabo mal-humorado também era um
Veslor; ele teria mais probabilidade de criar asas milagrosamente e voar
- uma característica física que eles não possuíam quando transformados
- antes de agredir sexualmente uma mulher. A raça alienígena parecia
honrada demais.
Nua, Jessa entrou no chuveiro antes de ligar a água. Estava quente
e era maravilhoso. "Você conversou com o seu grupo esta manhã?"
"Eu não saí do seu lado."
"Mas você tem aquele dispositivo de comunicação de pulso
sofisticado."
“Enviei outra atualização ao meu agrupamento.”
Jessa ficou tentada a olhar para ele, mas resistiu quando começou
a lavar o cabelo. “Qual é o plano agora?”
“Permanecemos juntos o tempo todo. Roth está preocupado com
sua segurança. Ele sabe como você fez inimigos com sua boca. ”
Não era como se ela tivesse sido uma vadia sem motivo. Ela fez isso
para salvar vidas. Ela girou, olhando para ele através do vidro. Ele vestiu
as calças e as botas, mas permaneceu sem camisa, de costas para
ela. "Eu te disse-"
Ele a cortou. “Discutiremos isso mais tarde. Agora não é uma boa
hora. ”
“Verificamos a existência de câmeras e dispositivos de escuta
quando entramos aqui. Está limpo."
"É, mas isso não significa que alguém não possa estar do lado de
fora tentando ouvir."
“Dane-se,” ela sibilou, virando-se. Ele estava certo. Ela baixou a
voz para um sussurro. Nenhum humano poderia ouvir isso sobre a
água. "Você ainda pode me ouvir?"
"Sim."
"Você realmente vai bombardear a porta do bunker?"
"Vamos discutir isso mais tarde."
Veslor irritante. Ela terminou o banho com rapidez e desligou a
água, pegando uma toalha dobrada de uma prateleira alta construída na
parede de azulejos do box. Uma vez que ela tinha suas partes de senhora
Veslor Mates
cobertos, ela empurrou o vidro. "Você pode usar a pia enquanto eu me

visto."
Ela se moveu para o canto onde suas bolsas estavam guardadas,
suas roupas já esperando no topo de sua bolsa. Um olhar para Maith
garantiu que ele tinha ido até a pia. Se ele virasse a cabeça para o lado,
ele a veria, mas ela confiava nele para manter seu olhar desviado.
Ela largou a toalha e vestiu a roupa de baixo cinza e rapidamente
vestiu um uniforme. O abastecimento da Frota tinha levado seus seis
uniformes médicos padrão no último minuto, antes que ela voasse para
a superfície de Torid. Eles eram um pouco grandes demais. Ela
normalmente não usava uniforme, mas era necessário que ela
correspondesse a todos os outros médicos da Frota designados para a
missão. Isso tornava as coisas menos confusas para os civis.
Maith saiu da pia para vestir a camisa do uniforme enquanto
escovava os dentes, quase pingando pasta de dente na blusa. Agora ela
entendia por que Maith havia esperado antes de vestir a camisa. Ela
terminou e caminhou até o Veslor, que esperava na porta, segurando
ambas as bolsas.
Ela guardou sua nécessaire de banho em um bolso lateral e olhou
para ele. "O que agora?" ela sussurrou.
"Fique perto de mim. Meu agrupamento virá assim que eles
puderem, ”ele murmurou. "Drak vai me trazer o que precisamos para
contornar essa fechadura."
Ela abriu a boca para dizer a ele que bombardear uma porta não
era uma grande ideia, que uma explosão seria ouvida em outros andares
da mansão, quando Maith de repente cobriu sua boca com a mão livre,
virando a cabeça em direção à porta.
Alguém bateu com força segundos depois. “Pare de monopolizar o
único banheiro privativo!” Ela não reconheceu a alta voz masculina.
Maith a soltou, se virou e destrancou a porta. Ele saiu e ela o
seguiu. Quatro médicos da equipe tática masculina esperavam do lado
de fora. Um deles era Michael. Jessa notou seus lábios pressionados
firmemente juntos quando ele a viu, antes de mover seu olhar para Maith.
"Você não nos encontrou para o café da manhã, então viemos
procurá-lo."
“Você nunca se atrasa para as refeições,” um médico ruivo
riu. “Então, novamente, transar é mais importante. Bom para você, cara.
"
Jessa sentiu o calor invadir suas bochechas. Era evidente que
todos os quatro homens presumiram que ela e Maith haviam feito sexo
no banheiro.
Um médico de cabelo preto olhou entre Jessa e Michael. "Ah
Merda! Ela é aquela com quem você tentou transar ontem, não foi? A
mutante. ” Ele colocou um braço em volta de Michael e deu um tapinha
Veslor Mates
em seu ombro. "Eu acho que você vai ter que perguntar a Maith aqui se
ela tem alguma outra modificação, já que você estava se perguntando se
eles deram a ela uma buceta melhorada."
Ela abriu a boca, pronta para mandá-los para o inferno, mas Maith
não lhe deu chance. Ele largou as bolsas e rosnou, investindo contra o
médico de cabelo preto. Ele parou a distância de um fôlego.
"Você ousa xingar a mulher e desrespeitá-la?"
Todos os quatro homens recuaram.
“Peça desculpas, Nathan,” Maith rosnou.
"Desculpa!" todos os homens desabafaram instantaneamente.
Maith deu um passo para trás, seu corpo tenso relaxando
ligeiramente. "Vocês têm muito a aprender. Vou me lembrar disso
durante nossa próxima sessão de treinamento. ”
Os homens empalideceram visivelmente.
Maith deu as costas aos médicos e ela encontrou seu olhar por uma
fração de segundo enquanto ele se abaixava para pegar suas bolsas. Ele
parecia furioso.
Ele girou, rosnando novamente para os médicos. “Temos trabalho
a fazer. Movam-se."
Os homens correram para fora do corredor sem dizer uma palavra.
Maith olhou para ela. "Fique perto, Jessa."
Ela silenciosamente o seguiu de volta para sua tenda. O fato de que
ele a defendeu contra os outros médicos, apesar de fazerem parte de sua
equipe nesta missão, a impressionou. A maioria dos caras não teria feito
isso, especialmente quando ela não era a pessoa favorita de Maith.
Ele pode ser um idiota rabugento, mas ela percebeu que ele não
era de todo mau.
Ainda assim, todo o episódio foi um pouco humilhante. Não era a
primeira vez que as pessoas zombavam dela por causa de suas diferenças
ou faziam comentários grosseiros. Ela geralmente os repreendia, ia
embora e tentava evitá-los no futuro. Fazer um grande alarde tendia a
revelar que seus sentimentos foram feridos. Não valia a pena dar esse
poder aos valentões.
Seus olhos azuis e mechas de cabelo não ajudavam. Metade da
culpa era dela, porém, por querer que seu cabelo combinasse com o
implante. Sua equipe médica havia escolhido especificamente essa cor de
olho por um motivo, algo sobre o azul ajudando o scanner embutido
dentro do implante a funcionar melhor.
Maith a conduziu para dentro da tenda e largou as bolsas, então
ele se virou, ainda carrancudo. “Eu vou falar com os machos. Eles
deveriam saber melhor do que ser rudes com as mulheres. Vocês,
humanos, podem ser muito desrespeitosos. ”
Veslor Mates
Ela encolheu os ombros. "Obrigado por me defender."

Ele inalou profundamente e franziu a testa. “Você sofre esses tipos
de insultos verbais com frequência? Os humanos são sempre rudemente
inquisitivos sobre quaisquer outras partes do seu corpo que podem ter
sido reparadas? "
"Não." Essa era a verdade. Majoritariamente. Mas só porque ela
tentava evitar as pessoas, permanecendo em seu laboratório ou cabine
sempre que possível. “Quando isso acontece, presumo que sejam idiotas
que gostam de ser implicantes. ”
Ele a estudou em silêncio por um momento. “Precisamos comer”,
ele disse finalmente.
Ela saiu da barraca primeiro com sua maleta, sabendo que ele
permaneceu em seus calcanhares. Havia uma cozinha montada ao lado
do quarto de dormir, onde faziam as refeições. Um membro da Frota
distribuiu burritos quentes para o café da manhã e xícaras de café.
Jessa pegou um de cada. "Obrigada."
O funcionário do serviço de alimentação da Frota deu a Maith
quatro burritos e uma garrafa d'água sem que ele pedisse. Eles saíram
para o corredor para comer rapidamente. Nenhum deles disse nada até
jogar o lixo em uma lixeira.
"Você estará de novo fazendo a gestão nas portas principais?"
Jessa acenou com a cabeça. "Sim. Eu não confio nos médicos
Torid. Essa menina sobreviveu ontem, mas ela poderia ter morrido se não
a tivesse verificado quando o fiz. Eu pus uma médica da Frota fazendo a
triagem de portas na noite passada. "
Ele deu um aceno de cabeça. “Fique dentro do meu campo de
visão. Vou tratar os pacientes perto das portas de entrada. ”
"Você realmente planeja cuidar de mim?"
"Sim."
Ela mordeu o lábio, relutantemente grata. "Obrigada."
Jessa ignorou os olhares dos dois médicos civis nas portas
principais. Avery Port, uma médica da Baia Médica a bordo do Defcon
Red, deu-lhe um sorriso cansado. Ela tinha sido a substituição de Jessa
na triagem.
“Tivemos uma noite agitada, Jessa. Houve um aumento da
violência por volta das duas da manhã. Temos mais quarenta e dois
pacientes. A maioria foi tratada e liberada. Três em estado crítico. Um
morreu. ”
Jessa ficou grata pela atualização e pela Dra. Port usando seu
primeiro nome. Implicava camaradagem, o que ela apreciava. “Lamento
ouvir isso, Avery. Você parece exausta. Obrigado por abrir a porta. "
Veslor Mates
Avery olhou para os outros dois médicos com uma careta. “Você
estava certa em me encontrar antes de sair do turno na noite passada. Eu
estarei apagada por dez horas, mas quando voltar, você quer que eu
assuma aqui de novo? "
“Vou fazer quatorze anos. Adoraria que você assumisse então.
" Jessa colocou as mãos enluvadas.
"Estarei aqui." Avery ergueu seu kit médico e foi embora. A médica
da Frota lançou um olhar furioso para os dois médicos civis. "Boa ideia
nos colocar na triagem."
Em outras palavras, os dois idiotas queriam
priorizar os cidadãos leais sobre os pobres. "Descanse um pouco. Você
merece."
Todo o pessoal da Frota estava sobrecarregado de fazer longos
turnos. Jessa realmente esperava que eles resolvessem tudo em Torid
logo e ela pudesse retomar suas funções normais.
As portas da frente se abriram e dois homens mal vestidos
entraram com um terceiro entre eles.
Ela agarrou uma das macas ao longo da parede e correu em direção
a eles, ajudando-os a colocar o paciente na cama móvel. Uma rápida
varredura mostrou que ele sofreu três ferimentos de faca. Um atingiu o
rim. Ela ergueu a mão enluvada, sinalizando para um ordenado
próximo. O paciente precisaria de cirurgia.
*****
Maith administrou analgésicos ao humano e reajustou o ombro

deslocado do homem. Seu olhar continuou indo para Jessa perto das
portas duplas que levavam para a improvisada Baia Médica. Ela tirou as
luvas ensanguentadas e colocou outras novas, dizendo algo aos médicos
civis sentados nas cadeiras.
Ela parecia brava. Ele poderia adivinhar por quê. Nenhum dos
médicos fez um movimento para ajudar Jessa a estabilizar outro homem
mal vestido que tinha entrado com um ferimento de bala.
Ele passou para o próximo paciente que uma das enfermeiras
apontou. A fêmea adulta parecia assustada quando ele se aproximou. Ele
fingiu não notar quando retirou o scanner portátil para passar pela
cabeça ensanguentada no alto da linha do cabelo. "Como você se
machucou?"
“Eu gostaria de outro médico,” a mulher desabafou.
Ele suspirou, lendo os resultados. Seu ferimento era superficial e o
sangramento quase parou. “Você pode estar esperando por uma hora ou
mais. É sua escolha se você deseja fazer isso, ou você pode permitir que
Veslor Mates
eu cuide de você. Eu sou um médico qualificado trabalhando para sua

Frota. ”
"Vou esperar."
Ele silenciou um rosnado e olhou para uma enfermeira, que o
encaminhou para outro paciente. Era um pequeno filhote humano. Ele
sorriu e ajoelhou-se ao lado da maca. “Eu sou um Veslor. Meu nome é
Maith. Como você se chama? ” Ele observou os ferimentos visíveis no
rosto do filhote e notou como ele embalava o braço esquerdo contra o
peito. "Como você se machucou?"
"Toby." O filhote falou baixinho. “Eu pulei de uma janela e bati no
chão. Meu braço está doendo muito. ”
Maith correu seu scanner e encontrou duas fraturas menores. Os
danos ao rosto do filhote foram abrasões leves. Ele prendeu o scanner no
cinto e removeu um injetor do kit médico, aplicando um analgésico leve
e diminuindo a dosagem. "Isso vai fazer você se sentir melhor." Ele
rapidamente administrou e começou a limpar os cortes. "Por que você
pulou de uma janela?"
“A polícia colocou fogo na minha casa. Era a única saída. Eu não
queria queimar. ”
A raiva tomou conta de Maith. "Você sabe por que eles fizeram
isso?"
O filhote parecia triste e sua voz tremia enquanto falava. “Meu pai
pagou o aluguel atrasado. Eles geralmente não colocam fogo nas coisas,
apenas vêm para pegar as coisas se estivermos atrasados no
pagamento. Talvez eles tenham ficado bravos porque todas as coisas boas
se foram. ”
"Coisas boas?"
“Eles levaram o reprodutor de entretenimento, alguns de nossos
móveis e todos os nossos suprimentos de comida da última vez. Papai
não podia se dar ao luxo de substituir nada disso. ”
Sua raiva enferveceu. "A polícia aqui faz isso com frequência?"
Lágrimas encheram os olhos do filhote quando ele assentiu. “Meu
pai não saberá onde estou quando voltar do trabalho. Tudo foi
queimado. Eu teria ficado, mas meu braço doía muito. Elsa me
acompanhou até aqui e está esperando do lado de fora. Ela estava com
muito medo de entrar comigo. " Seu olhar se voltou para os guardas da
mansão, revelando seu medo deles.
“Eu vou fazer você se sentir melhor, então eu vou escoltá-lo de volta
para a mulher. Ninguém vai te machucar. ” Ele enfiou a mão dentro de
seu kit médico e liberou o compartimento oculto no interior, removendo
um pequeno injetor. Ele o pressionou contra o braço ferido do filhote e
forçou um sorriso. “Seu braço está bem. Tudo vai se sentir melhor em
minutos. ” As fraturas cicatrizariam rápido, graças ao medicamento
Veslor. Ele não deveria usar, mas o filhote já havia sofrido muito.
Veslor Mates
O filhote olhou para baixo. "Elsa achou que poderia estar

quebrado."
“Às vezes, quando você cai com força, os nervos ficam atordoados
ao acreditar que a lesão é pior.” Maith estava ficando bom em contar
mentiras, vivendo com humanos. Ele apagou a varredura das fraturas do
filhote do scanner, colocando tudo de volta em seu kit. “Venha comigo,
Toby. Eu vou te levar para esta mulher. "
O filhote sorriu. “Já parece melhor.” Ele moveu o braço.
Maith guiou o filhote em direção às portas e encontrou o olhar de
Jessa quando eles passaram. "Eu volto já."
Suas sobrancelhas se ergueram, mas ela assentiu. Ele
acompanhou o filhote para fora e atravessou a rua. Uma jovem fêmea
esperava lá, quase abraçando uma árvore para se esconder. Ele duvidava
que ela ainda fosse adulta. Ela parecia temerosa.
Maith virou seu kit médico o suficiente para ela ter uma boa visão
dele. Ele esperava que ela pudesse identificar o que as marcas de Frota
estampadas nele significavam. Ele presumiu que ela o fez, já que não saiu
correndo quando ele se aproximou com o filhote.
Ele parou a cerca de dois metros dela. "Você está ferida?"
Ela balançou a cabeça. "O braço dele está quebrado?"
"Não." Maith sorriu para o filhote, enfiou a mão no bolso da frente
e retirou um pequeno disco redondo. Ele ofereceu ao menino, ativando-
o. “Mantenha isso com você. Alguns homens como eu virão até você em
breve. Isso é um rastreador. Eles vão proteger vocês dois e levá-los a
algum lugar seguro dos enfrentamentos. "
"Quem é você?" A fêmea saiu de trás da árvore.
“Eu sou um médico Veslor. Meu nome é Maith. Meu agrupamento,
homens como eu, serão os que virão. Você pode confiar neles. Eles vão
providenciar comida e abrigo para vocês e, como eu disse, os levarão para
um local seguro, longe das brigas, até que isso acabe. Todas as mulheres
e crianças devem ser protegidas de perigos. É a nossa crença central. ”
O filhote agarrou o rastreador contra seu pequeno peito. "E quanto
ao meu pai?"
“Eles ajudarão você a encontrá-lo e a levá-lo para um local seguro
também. Você pode confiar em Veslors e na Frota. Estamos aqui para
ajudá-lo, Toby. Devo voltar para dentro agora. ” Ele olhou para a mulher.
Ela acenou com a cabeça e se aproximou, segurando a mão do
filhote. "Obrigada." Eles fugiram rapidamente.
Maith suspirou e voltou para a mansão. Jessa deu a ele um olhar
questionador quando ele entrou. Ele olhou para os médicos civis antes
de encontrar o olhar dela novamente. "Eu queria ter certeza de que o
filhote estava seguro."
Sua expressão se suavizou.
Veslor Mates
Ele a deixou para ir tratar outro humano. Sua braçadeira vibrou e

ele bateu, estendendo a mão para ajustar o fone de ouvido.
“O que nós vamos buscar? Você ativou um rastreador. ”
“Um filhote macho chamado Toby, com uma fêmea quase
adulta. As autoridades policiais incendiaram sua casa com ele
dentro. Ele teve que pular de uma janela para escapar da morte. Eles
precisam de um local seguro. ”
Roth rosnou. "Estou nisso. Houve mais problemas com homens
indo atrás de Jessa? "
"Não." Ele olhou para ela. Ela estava tratando de um homem idoso
que havia entrado. “Estou cuidando dela. Algum progresso em como
entrar naquele bunker? ”
"Não. Enviei uma mensagem aos nossos contatos para ver se eles
sabem uma maneira de contornar um bloqueio Deki. Estou esperando
uma resposta. ”
“Nós realmente precisamos entrar naquele bunker para descobrir
se há algo que possamos usar contra o homem que controla este planeta.”
“Podemos não precisar fazer isso. A situação piorou no centro da
cidade e os humanos com autoridade não estão cobrindo seus
rastros. Clark acredita que eles estão em pânico, já que ficou claro que
não iremos embora até que haja paz. Estamos coletando muitas
evidências de suas ações. O comandante Bills está furioso. Ele está
pronto para enviar equipes para levar seu líder sob custódia. ”
Essa era uma excelente notícia. "Bom." Maith olhou para os
guardas da mansão. "Eles provavelmente vão lutar para proteger aquele
homem."
"Vou notificá-lo antes que aconteça." Roth fez uma pausa. “Você
pode ter que iniciar um protocolo de abrigo no local para proteger a Frota
de não combate lá se enviarmos equipes para pegar o líder.”
"Entendido. Apenas me avise. ”
"Irei. Roth, desligo. "
A comunicação terminou e Maith voltou a tratar o próximo
paciente. Ele esperaria por uma pausa para refeição para compartilhar o
que descobrira com Jessa. Ele precisaria da ajuda dela para proteger
todos os membros da Frota trabalhando com eles, então eles não seriam
feridos se as equipes táticas precisassem invadir a mansão.
Veslor Mates
Capítulo quatro
“E u realmente espero que eles venham prender o governador

e todos os seus capangas,” Jessa sussurrou. "Alguma dica de quanto
tempo até isso acontecer?"
Maith balançou a cabeça enquanto comia seu terceiro sanduíche,
levantando o pulso para mostrar a ela as pulseiras.
"Você receberá um aviso?"
Ele assentiu.
"Os guardas da mansão provavelmente tentarão usar alguns de nós
como reféns." Ela não acreditou por um segundo que algum deles tinha
uma bússola moral funcional. "O que você quer que eu faça?"
"Você está intimamente ligada a alguém da Frota médica?"
Jessa encontrou seu olhar. "Não realmente. Conheço alguns deles
das reuniões semanais. Mas isso importa? Somos todos da Frota. ”
“Vou falar com os outros médicos da equipe tática. Eles podem
circular e sussurrar avisos para que todos estejam preparados para se
retirarem para a área de dormir. Podemos facilmente defender essa parte
do edifício. ”
“E os pacientes?”
"Você conhece o protocolo da Frota para abrigos em vigor."
Jessa conhecia - mas isso não significa que ela concordava. Se a
agitação acontecesse enquanto eles estivessem em uma missão, todo o
pessoal não combatente da Frota deveria recuar para o abrigo seguro
mais próximo deles, trancar-se juntos e defender a posição até que os
reforços chegassem. “Não podemos abandonar os pacientes, Maith. Os
idiotas dos guardas podem matar alguns deles. "
“Existem muitos pontos de acesso para defender nessa parte do
edifício. É melhor usar a área de dormir. Existem apenas duas maneiras
de entrar ou sair. ”
Isso era verdade. “Bem, eu vou pegar uma maca com uma criança
se tivermos que nos abrigar. Espero que alguns dos outros médicos e
enfermeiras façam o mesmo. ”
“Não é protocolo.”
Jessa fez uma careta para ele. "Eu não me importo."
Ele sustentou o olhar dela por um instante, então acenou com a
cabeça. “Apenas filhotes. O protocolo existe por uma razão. Não
concordo, mas meu grupo jurou seguir as regras da Frota quando
mudamos para Defcon Red para ajudar seu povo . ”
Veslor Mates
“Eu sei o porquê é uma regra. Os civis podem se voltar contra

nós. Já aconteceu no passado. Mas eu me recuso a deixar crianças na
linha de fogo se a merda bater no ventilador. ”
Maith concordou com a cabeça. "Eu concordo."
"Foi legal da sua parte conduzir aquele garoto pelos guardas
externos."
Ele olhou ao redor antes de olhar para ela. “Eu dei ao filhote um
rastreador.”
"Por que?"
“As autoridades policiais incendiaram sua casa enquanto ele ainda
estava lá dentro. Essa foi a causa de seus ferimentos. Ele teve que pular
de uma janela para escapar da morte. Havia uma mulher quase adulta
com muito medo para entrar com ele. Eu acredito que ela pode ser sua
irmã. Eles tinham a mesma cor de cabelo e olhos. Enviei meu grupo para
levá-los a um dos campos temporários que as equipes táticas
montaram. Eles estarão protegidos lá. ”
Jessa não pôde deixar de sorrir. "Você é um grande fofo, não é?"
Ele fechou a cara. “Os filhotes devem estar sempre seguros.”
"Eu concordo. Toda esta missão foi tão confusa. Às vezes me
esqueço de como as pessoas horríveis podem se tratar. Todos esses
colonos vieram aqui com grandes sonhos para um futuro melhor. Em vez
disso, eles conseguiram um governo corrupto que provavelmente tornou
as coisas piores do que de onde quer que tenham vindo. Ainda estou para
ver alguém das partes mais pobres desta cidade com sapatos ou roupas
decentes, ou inferno, sequer apresentando um peso saudável. Isso me faz
pensar quanto tempo essa merda vem acontecendo até que a Frota foi
informada... ou como tudo isso foi desapercebido na primeira vez que
fomos chamados aqui. "
Maith a observou em silêncio.
“A Frota provavelmente enviou uma única equipe de delegação para
verificar as coisas e o maldito governo mentiu e forçou todos
os cidadãos desleais a se esconderem. Eu me sinto tão mal por eles. ”
"Você também é mole, Jessa."
Ela balançou a cabeça. "Na verdade, não. Eu apenas me identifico
com aqueles que recebem o lado pegajoso da merda. ”
"Não entendo o significado do que você disse."
Ela evitou seu olhar, concentrando-se em embrulhar seu lixo. “É
uma gíria da Terra, ou seja, neste caso, os pobres foram prejudicados
pelo sistema encarregado de protegê-los. Merda, pegajosa; eles
receberam o lado ruim. ”
"Por que você se identifica com isso?"
Veslor Mates
Ela se levantou, descartando seu lixo antes de encontrar seu olhar

novamente. “Sou uma órfã criada pela Frota. Eu fui destituído de direitos
humanos básicos no segundo em que fui colocada no sistema. ” Ela
encolheu os ombros. “As escolhas foram feitas por mim sem minha
permissão ou opinião.”
Ele se levantou e se aproximou dela. "Explique."
Foi a vez dela olhar ao redor. Eles estavam no corredor perto da
cozinha do bufê. Outro pessoal da Frota estava mais adiante no corredor
ou circulando na entrada da área de dormir, em seu intervalo.
Ela olhou para Maith novamente e baixou a voz. “Você pode me dar
sua palavra Veslor para nunca repetir o que eu disser? Seu voto final? "
"Você a tem."
Ela viu sinceridade em seus impressionantes olhos verdes. “Eu
recebo um breve telefonema ocasional da minha irmã, mas tenho sorte
se falar com ela duas vezes por ano. Comunicações apenas de voz que
sempre são mantidas por menos de três minutos. Eu daria tudo para
poder abraçar Anabel, ou mesmo apenas ver seu rosto novamente. Mas
a Frota nos mantém separadas. Eu me ressinto muito deles às vezes, mas
nunca poderia dizer isso em voz alta.”
“Estou confiando a você esta confissão, Maith. Eles me
empurrariam numa terapia forçada para trabalhar meus ressentimentos
se eles suspeitassem que eu estou sequer um pouco chateada. Isso seria
um inferno, e eles me removeriam da Defcon Red . Eu acabaria em algum
local secreto até que eles me considerassem mentalmente estável
novamente. Não é aceitável quando alguém como eu mostra raiva
deles. Devo beijar seus pés e ser grata. Mas o ponto principal - minha
irmã e eu não estaremos juntas novamente fisicamente até que ambas
tenhamos trabalhado o quanto ordena em nossos contratos. "
"Por que você concordou com isso?"
Ela se aproximou e olhou para ele. “Nós não concordamos. Nossas
carreiras foram escolhidas para nós e nos disseram quantos anos de
serviço devíamos cumprir. Os órfãos não têm escolha, Maith. A Frota nos
acolhe, nos educa, nos alimenta e abriga e, em casos como eu e minha
irmã, realiza modificações médicas que a maioria das pessoas nunca
poderia se dar ao luxo para tornar-se inteiros novamente. As únicas
pessoas a quem podemos reclamar são os líderes da United
Earth. Eles comandam tudo, então já estão cientes do que acontece.”
“Eu realmente não odeio a Frota. Eles fazem coisas incríveis e
mantêm a paz. Eles estão aqui para proteger as pessoas que realmente
precisam de ajuda. Sou grata por tudo que eles fizeram por mim e por
minha irmã. Anabel pode andar e eu posso ver com os dois olhos, graças
a eles pagando por todas as nossas necessidades médicas. Mas às vezes
odeio o custo do que eles nos deram. É um preço muito alto a
pagar. Muito alto."
Veslor Mates
“Não ver sua irmã,” ele rosnou. "Mas por que mantê-las
separadas?"
Jessa olhou ao redor mais uma vez, certificando-se de que ninguém
estava perto o suficiente para ouvi-los. Quando ela teve certeza de que
era o caso, ela encontrou seu olhar novamente e baixou a voz ainda
mais. “Ela me deu dicas. Acho que fizeram dela uma espiã. ”
Maith parecia confuso.
“Agente secreta da Frota. Isso significa que ela finge que não é
rápida para pegar criminosos. Se alguém descobrir para quem ela
realmente trabalha, isso pode significar sua morte. É por isso que nos
mantêm separadas. Ela não pode arriscar ser ligada a mim porque sou
visivelmente veloz. ”
Uma lágrima encheu seus olhos, mas ela piscou de volta,
apontando para seu kit médico. “Ela mandou isso para mim, já que ela
não poderia vir para a minha formatura na faculdade de
medicina. Também há um arquivo de merda sobre ela, porque qualquer
pessoa que verificar meu histórico pode descobrir que tenho uma irmã
que nasceu em Marte, se pesquisarem a fundo o suficiente. É tudo
mentira sobre uma falsa empresa para a qual ela trabalha em algum
planeta remoto e hostil que ninguém visita, e uma foto que nem mesmo
é dela. Inferno, eles criaram fotos falsas minhas com a mesma
pessoa. Tenho que mantê-las em minha cabana e mentir quando
questionada sobre Anabel. A única imagem real que tenho dela é uma
imagem escondida que ela me enviou para que eu pudesse ver como ela
ficou quando adulta. A Frota iria se borrar se soubessem que eu a
tenho. Não a vejo em carne e osso desde que tinha dez anos, quando nos
separaram. Ela tinha doze anos. Às vezes, minha memória dela fica um
pouco confusa. ”
Maith a chocou estendendo a mão e puxando-a contra seu
peito. Ela ficou tensa quando ele passou os braços em volta dela, mas
relaxou em segundos. Ele cheirava bem, era tão quente, e seu abraço era
realmente reconfortante. Também a fez chorar novamente.
"Isso deve ser difícil", ele murmurou.
"Isto é. Sei que posso ser uma vadia às vezes, mas preciso ser dura
para permanecer sã até que minha irmã e eu possamos finalmente ser
uma família novamente. Prometi a Anabel que ficaria bem sem ela... mas
às vezes não consigo.”
Ele a segurou com mais força e apoiou o queixo no topo de sua
cabeça.
Jessa se assustou um pouco quando seu peito começou a vibrar
levemente e um ronronar baixo veio do grande Veslor. Sorrindo, ela se
aconchegou mais perto de seu corpo firme. Era bom ser abraçada.
“Arrumem um quarto,” um homem riu enquanto passava.
A vibração e o ronronar vindos de Maith pararam, transformando-
se em um rosnado ameaçador.
Veslor Mates
Jessa se lembrou de onde eles estavam. Ela se afastou e ele a

soltou. Ela estendeu a mão e enxugou a bochecha molhada, mas manteve
o queixo contraído. Só ser capaz de chorar com um olho tornava as raras
vezes em que o fazia mais fáceis de esconder. “Obrigada, Maith. Pelo
abraço e por me ouvir. ” Ela fungou e se recompôs. “Devemos voltar ao
trabalho.” Ela percebeu que vários membros da Frota estavam olhando
para eles abertamente, parecendo atordoados.
“Somos um casal copulando”, disse Maith em voz alta. “Esta é
minha mulher. Você tem algum problema com isso?"
Alguns deles rapidamente balançaram a cabeça e saíram
correndo. Os restantes pareciam com muito medo de se mover. Isso fez
Jessa rir.
Maith franziu a testa quando ele encontrou seu olhar. "Por que você
está rindo?"
“Eu gosto da maneira como você pode ser doce, mas assustador
como o inferno ao mesmo tempo. Essa é uma habilidade que posso
admirar. ”
Ele resmungou antes de pegar sua maleta. "O intervalo acabou."
Ela recuperou seu kit também. "Sim, acabou. Vou espalhar a
notícia para se prepararem para um possível protocolo de abrigo. ”
"Sutilmente", Maith lembrou. “Não queremos dar nenhum aviso.”
Ela acenou com a cabeça. Jessa não queria que o governador ou
seu povo tentassem fugir. Não que eles pudessem ir muito longe se o
fizessem. Qualquer ônibus particular saindo da superfície seria fácil para
o Defcon Red desativar. Mesmo se alguém conseguisse evitar a captura,
seria rotulado como criminoso. Seria apenas uma questão de tempo
antes que eles fossem presos em alguma estação espacial ou em outro
mundo colônia.
A parte mais importante era que os idiotas não seriam mais
capazes de tornar as condições em Torid horríveis.
Jessa se separou de Maith e retomou seu lugar de pé dentro do
salão de baile da mansão. Os dois médicos civis olharam para ela de suas
cadeiras confortáveis contra a parede interna. Ela os ignorou. Nenhum
dos dois ajudaria, a menos que um cidadão leal viesse para
tratamento. Ela não assumiu a triagem para aqueles pacientes.
Um dos corredores veio até ela e abriu seu kit médico, fez um
inventário e recarregou seus suprimentos com as mochilas que todos
carregavam. Ele deu um sorriso antes de correr para o próximo médico.
“Eles nem conseguem estocar seus próprios kits”, bufou um dos
médicos civis. "Patético."
Jessa olhou para ele. “A palavra que você procura é
eficiente. Estamos sobrecarregados por cuidar das pessoas que vivem
em seu planeta. Dessa forma, não precisamos parar de tratar os
pacientes a cada poucas horas para fazermos isso nós mesmos. Você
Veslor Mates
deve procurar a definição de eficiente, já que você obviamente não tem

noção. Ah, e leia seu juramento médico enquanto está nisso. Aquele que
você assinou quando se formou e prometeu cuidar de todas as pessoas
feridas da melhor maneira possível. ”
Um grupo de cinco entrou, todos mostrando sinais de terem sido
severamente espancados. Suas roupas desalinhadas indicavam que ela
não receberia ajuda dos outros dois médicos. Mas Maith de repente
estava lá com seu scanner, ajudando-a a avaliar os feridos. Ela gostou
disso. Os dois rapidamente separaram os homens, enviando-os para
diferentes seções da sala para serem tratados. Um teve que ser levado às
pressas para a cirurgia.
"Obrigada pela ajuda." Jessa sorriu para Maith enquanto os
auxiliares levavam o último paciente.
Ele não viu sua reação, muito ocupado rosnando para os médicos
civis. Ele prendeu o scanner no cinto e cerrou os punhos, dando um
passo ameaçador na direção deles. “Vocês precisam sentir dor para
lembrarem por que os pacientes precisam de tratamento?”
Jessa percebeu o quão irritado o grande Veslor havia ficado e
rapidamente saltou entre ele e os dois idiotas encolhidos em seus
assentos. “Eles não valem a pena. Todos nós temos anotado os nomes
dos médicos aqui e planejamos relatá-los ao conselho médico da United
Earth na primeira oportunidade. Daqui a um mês, eles terão sorte se
tiverem permissão para limpar o chão em uma clínica de saúde. Pessoas
que perdem suas licenças médicas geralmente são proibidas de trabalhar
em qualquer trabalho minimamente relacionado à saúde ”.
Um dos médicos atrás dela engasgou. Ela girou, olhando para o
homem. “Não fique surpreso. Todos nós fizemos o mesmo juramento -
aquele que vocês dois quebraram enquanto estavam de serviço. Fizeram
isso descaradamente na frente de todos os membros da Frota aqui. Todos
podem ver vocês, idiotas, sentados em suas bundas enquanto os pobres
chegam, sem fazer nada para ajudá-los. ”
O médico de trinta e poucos anos que engasgou levantou-
se. “Veremos isso!” Ele saiu furioso.
O mais velho ficou, mas parecia preocupado. Jessa não o
culpou. Ela enfrentou Maith novamente. “Não vale a pena,” ela
reiterou. “Não seja acusado de agressão a um civil. Eu consigo conter
meu temperamento. Você precisa fazer o mesmo."
"Certo." Ele respirou fundo algumas vezes e pareceu se acalmar
antes de continuar a tratar os pacientes que esperavam nas
macas. Muitas se tornaram leitos de exames, pois não podiam separar os
pacientes em quartos individuais.
Ela trocou as luvas por novas e cruzou os braços, esperando a
próxima pessoa entrar na mansão para tratamento.
"Sua gente não vai se safar com isso."
Veslor Mates
Jessa se virou para olhar para o médico civil ainda sentado. Seu
nome era Wayne Ham, de acordo com seu distintivo. “Nossa gente? Só
porque você se mudou para esta colônia não significa que está imune às
leis da UE ou à Frota. A United Earth possui o Torid. Não me importo
como seus chefes agem; UE é a maior voz de autoridade. ”
Ele olhou ao redor antes de encontrar seu olhar. “Você não entende
como funciona em Torid.”
"O que? Você se muda para cá e de repente esqueceu a diferença
entre certo e errado? ”
Ele baixou a voz. “Vá contra eles e você será considerado
desleal. Tenho mulher e três filhos pequenos. Eu a conheci enquanto
trabalhava em uma estação espacial, que não é lugar para criar
filhos. Foi-nos prometido uma boa vida aqui. Ar fresco, habitações de
tamanho generoso e nenhuma preocupação com a eclosão de
tumultos. Agora estamos presos, uma vez que todos os pedidos de saída
são negados. Minha família também vai pagar, se eu não concordar com
o que o governador deseja ”.
Ela deixou suas palavras fervilharem em sua cabeça. “Vou te dizer
uma coisa, Ham. Eu defenderei você para manter sua licença médica se
estiver disposto a testemunhar para os investigadores da Frota sobre o
que realmente está acontecendo aqui. Isso significa dar a eles a
verdade. Você tem alguma coisa sobre esses idiotas que seja suculenta o
suficiente para fazer o governador ser preso? ”
"Sim, mas eles vão matar minha família."
Jessa viu medo real em seus olhos. Na verdade, isso a fez se sentir
mal por ele. “Dê-me seus nomes e localizações. Vou colocá-los sob
custódia da Frota. Ninguém aqui será capaz de alcançá-
los. Combinado?"
Ele olhou ao redor antes de se abaixar para pegar um bloco de
dados de seu kit médico. O dispositivo era do tipo de baixa qualidade que
os médicos costumavam dar às enfermeiras anotações detalhadas sobre
o atendimento ao paciente. Ele bateu algo nele e o colocou na cadeira ao
lado dele. Jessa se aproximou e o agarrou, colocando-o no bolso quando
sentiu que ninguém estava prestando atenção.
“Vou contar tudo à Frota se você deixar minha família em
segurança. Eu tenho tanta sujeira que vai enterrar muita gente. ”
"Como o quê? Dê-me um exemplo, algo que faria com que fossem
presos. ”
Ele hesitou. “O governador ordenou que não tratássemos pacientes
que não fossem leais. Não podemos desperdiçar remédio com eles. Ele
disse que eles drenam nossa sociedade - e posso provar isso porque
mantive todas as comunicações de Boyd. Tive de dispensar centenas de
pacientes no hospital. Dois médicos que eu conhecia estavam ignorando
as ordens e tratando-os de qualquer maneira. Ambos foram presos e
mortos.”
Veslor Mates
“Eu sei que ele também está vendendo suprimentos médicos para
alienígenas. Eu os vi pegando suprimentos em nossa doca de
carregamento no hospital. Eu até fiz uma filmagem. Sempre carrego uma
cópia comigo. ”
"Você tem o seu negócio." Jessa se virou, localizou Maith e
caminhou até ele enquanto ele terminava de tratar um paciente. Ela
gesticulou para que ele se aproximasse para que não fossem ouvidos.
Quando ele a alcançou, ela estendeu a mão e correu os dedos por
seu uniforme, esperando que qualquer pessoa que estivesse assistindo
pensasse que ela estava flertando. Ela baixou a voz para falar. “Não
olhe... mas o médico civil ainda na triagem vai nos dar a sujeira de que
precisamos sobre o governador se colocarmos sua família em
segurança. Ele disse que seriam mortos de outra forma. ”
Ela deslizou o bloco de dados de seu bolso para o dele. “Aqui estão
seus nomes e localizações. Ele diz que tem provas de
transgressões. Estamos falando de coisas que vão derrubar esses idiotas
para sempre. Você pode enviar seu agrupamento para recolher sua
esposa e três filhos? Seu nome é Wayne Ham. Também devemos tentar
tirá-lo daqui depois que sua família estiver segura. Eu quero que ele seja
levado a um investigador o mais rápido possível no Defcon Red . Você
pode fazer isso acontecer? ”
Maith assentiu com a cabeça, seu olhar fixo no dela.
Jessa sorriu para ele, segurou seu rosto e soprou um beijo para
ele. Ela também pode se divertir um pouco com isso, fingindo que são um
casal. "Senti sua falta", disse ela mais alto, antes de piscar e voltar para
a porta da frente.
"Não fique tão assustado", ela murmurou para Ham. Ela olhou
para a porta de forma que suas costas estivessem voltadas para o
quarto. “A Frota colocará sua família em segurança e então virá buscá-
lo. Você pode até voar para Defcon Red no mesmo ônibus. É melhor você
ser honesto com os investigadores e dizer a eles o que você me disse. ”
"Obrigado", ele sussurrou.
“Agora olhe para mim como se eu fosse o inimigo,” ela murmurou,
se virando. Ela percebeu que uma das enfermeiras civis que trabalhava
em campo estava olhando para eles.
Jessa lançou um olhar feio para Ham e ergueu a voz. "Pare de me
insultar, idiota."
Ele cruzou os braços e olhou como ordenado. Ela escondeu um
sorriso ao enfrentar as portas da frente. Isso deve afastar qualquer
suspeita da enfermeira que os viu conversando.
*******
Veslor Mates
Maith terminou de repassar a informação para Roth. Seu líder de

agrupamento enviaria uma equipe tática para resgatar a família humana
e outra para pegar o médico. Ele tinha falado em Veslor para evitar que
alguém entendesse o que foi dito. Os humanos não tinham um tradutor
com sua língua. Eles nunca compartilharam essa informação com a
Terra.
Jessa se virou para olhá-lo em um ponto, um olhar questionador
em seu rosto. Ele sorriu para ela e deu um leve aceno de cabeça. Ela
sorriu de volta antes de retomar seu dever na entrada quando mais
humanos feridos entraram.
Dez minutos depois, quatro membros táticos da equipe seis
entraram. O líder, Joshua, olhou para Maith. Ele apontou para o médico
sentado perto de Jessa. O homem acenou de volta e foi em direção ao
médico.
Jessa fez uma careta. “ Finalmente . Este idiota tem me ameaçado,
”ela disse em voz alta. "Prenda a bunda dele!"
O médico humano pareceu assustado quando Joshua o
algemou. Os lábios de Jessa se moveram, mas suas palavras foram muito
baixas para que Maith pudesse ouvir. O médico humano começou a
lutar.
"Você não pode fazer isso comigo!" o homem gritou.
"Tchau", Jessa gritou, dando-lhe um aceno. “Nunca ameace a
Frota.”
A equipe conduziu o médico para longe sem incidentes e mais
pacientes vieram para ocupar Jessa. Ele esperava que o humano
realmente tivesse provas de erros e que seria o suficiente para cessar a
luta se o líder do planeta fosse preso.
Maith ficou tenso quando três guardas da mansão correram em
direção a Jessa cerca de dez minutos depois. Ele largou seu kit médico e
disparou para frente, rosnando. Ele a alcançou antes deles, colocando
seu corpo na frente do dela. Nenhum dos homens apontou suas armas
para eles.
O guarda líder ofegou um pouco, sem fôlego. “O governador foi
esfaqueado. Você é a chefe de gabinete da Frota, correto? Precisamos de
sua ajuda, Dra. Brick. ”
Jessa abriu a boca, mas o guarda falou novamente antes que ela
pudesse dizer qualquer coisa.
“Um de seus secretários de confiança o esfaqueou. Não sabemos
quais cidadãos permanecem leais. É ruim. Ele pode morrer. Nós
precisamos da sua ajuda."
“Nós iremos,” Maith decidiu.
Jessa pressionou contra suas costas. “Não sei se é uma boa ideia.”
Veslor Mates
“Não sabemos em quem mais confiar. Boyd está morrendo! ” um

dos outros guardas sibilou, parecendo em pânico.
“Nós iremos,” Maith repetiu, abaixando-se e agarrando o kit médico
de Jessa.
"Nós queremos apenas ela." O terceiro guarda parecia ansioso
enquanto examinava Maith da cabeça aos pés. “Você é um
alienígena. Não sabemos se você é confiável. ”
“Ele é rápido,” Jessa retrucou. “E um médico de campo
incrível. Você quer que eu trate Boyd? Então Maith vem comigo. ”
“Não temos tempo para isso.” O primeiro guarda se afastou. “Você
pode trazer o alienígena. O governador está sangrando. ”
Maith apertou a mão de Jessa e seguiu o guarda. Os outros dois
seguiram atrás deles.
Jessa pressionou contra seu lado. “Eu não gosto disso,” ela
sussurrou. "Por que eles me querem?"
"Possível armadilha", ele sussurrou de volta. "Vamos descobrir."
Jessa tropeçou, mas Maith soltou sua mão e passou o braço em
volta de sua cintura para mantê-la em movimento constante. Ele já havia
ativado seu link para seu agrupamento. A voz de Roth soou em seu
ouvido.
"O que é? Temos o homem e sua família no transporte. ”
"Quem você disse que esfaqueou seu governador?" Maith queria
dar dicas a ele sem deixar que os humanos soubessem que ele falava com
alguém em seus comunicadores. "Quão grave é a lesão, se você precisa
que a Dra. Brick e eu tratemos dele?"
“Ele foi apunhalado no estômago,” um dos guardas atrás deles
respondeu. "É mau. Nós o levamos para um lugar seguro, pois não temos
certeza de quem mais poderia tentar atacar. ”
“Albert se voltou contra o governador”, acrescentou o guarda à sua
frente.
Jessa falou antes que Maith pudesse. "Quem é Albert?"
“Secretário pessoal de Rodney,” um dos guardas respondeu. “Ele o
esfaqueou e depois fugiu. Ele também pode estar ferido. Tony atirou nele,
mas não temos certeza se Albert foi atingido ou não. ”
Os humanos em Torid estavam se virando uns contra os
outros. Isso não surpreendia Maith.
O guarda líder os levou para o mesmo corredor que eles tinham
estado na noite anterior, indo em direção ao porão subterrâneo que eles
tentaram invadir.
"Estamos indo para o subsolo?" Ele queria que Roth soubesse sua
localização exata na mansão.
Veslor Mates
"Sim. Estamos indo para o bunker. É o único lugar seguro para

Rodney estar agora. A equipe está se transformando em um bando de
traidores de merda. " O guarda humano cuspiu as palavras.
Eles alcançaram a escada e desceram. Nenhum alarme
disparou. Maith olhou para Jessa. Ela agarrou-se ao corrimão do
segundo lance de escadas e balançou levemente a cabeça. Os sensores
devem ter sido desligados.
A porta que normalmente fechava o bunker estava aberta e outro
guarda esperava lá, arma em punho. Ele o abaixou rapidamente e saiu
do caminho. "Depressa, ele está morrendo!"
Maith notou sangue nas escadas, sentiu o cheiro, e o cheiro era
mais forte aqui. Um humano definitivamente foi ferido. Essa parte não
era mentira. Eles entraram em um corredor estreito assim que passaram
pela porta do bunker. Ele se alargou para revelar uma sala a cerca de
três metros. Ele se preparou para uma luta.
Nenhum ataque ocorreu.
A sala era grande, com várias mesas compridas e dezenas de caixas
empilhadas do chão ao teto ao longo de uma parede inteira. Em uma das
mesas estava o governador Rodney Boyd. Uma fêmea humana de pé ao
lado dele claramente rasgou sua camisa, revelando uma barriga inchada
e cabeluda e muita pele pálida. O sangue cobriu grande parte dele,
acumulando na superfície ao seu lado. Gotas estavam caindo no chão.
“Merda,” Jessa murmurou. Ela se afastou de seu lado e correu para
frente, empurrando a fêmea para fora do caminho. “Scanner!”
Maith notou seu brilho artificial nos olhos azuis, brilhando
levemente. Ele contornou a mesa e colocou o kit médico na beirada,
abrindo-o e pegando o scanner portátil. "Vejo uma única facada no
abdômen do governador." Ele disse as palavras para Roth.
“Entendido” Roth murmurou baixinho em seu ouvido. "Estamos
preparando uma equipe para você."
Levou apenas alguns segundos para ele colocar as luvas e passar
para o outro lado do homem ferido. Ele passou a falar Veslor. Jessa uma
vez os chocou ao falar a língua deles. Ele não sabia a extensão de seu
conhecimento, no entanto. "Quanto Veslor você aprendeu, Jessa?"
Ela pegou algo de seu kit, injetando espuma na ferida. “Suficiente,”
ela respondeu em Veslor. “Aprendiz rápido. Por que?"
Ele a observou trabalhar. “Uma equipe está chegando.”
“Fale normalmente”, gritou um dos guardas, aproximando-se e
erguendo a arma.
Jessa lavou o ferimento, usando outra ferramenta em seu kit que
ele não conseguiu identificar. O arrependimento veio por ele não ter seu
próprio kit. Não havia muito que ele pudesse fazer com as ferramentas
fornecidas pela Frota. Seus suprimentos médicos eram desconhecidos.
Veslor Mates
“Ele é um Veslor, e é isso que estamos falando. Inglês não é sua

primeira língua. Quando estamos trabalhando juntos, é mais fácil para
mim falar a língua dele. Preciso da ajuda dele ”, explicou Jessa no idioma
padrão da Terra. “Você quer que esse cara viva? Cai fora e nos deixe
trabalhar. Ele está em estado crítico. ” Jessa voltou para Veslor. “Eu não
confio neles. Estou sedando-o para fazer a lesão parecer mais
séria. Precisamos sair daqui o mais rápido possível. ”
A pronúncia Veslor dela não era das melhores, mas ele ainda estava
impressionado. Maith planejava questioná-la sobre como ela havia se
tornado tão boa em entender e falar a língua dele.
Ele se inclinou para frente, estudando o ferimento e usando seu
próprio scanner ainda preso ao cinto para verificar o homem. Jessa selou
todos os sangramentos e nenhum órgão principal parecia danificado. O
homem viveria.
Veslor Mates
Capítulo Cinco
J essa odiava o homem inconsciente esparramado na mesa de

frente a ela, mas isso não significava que ela iria permitir que ele
morresse. Felizmente, o exame médico revelou que seu ferimento não era
fatal, mas havia sangrado muito. O governador Rodney Boyd pode não
merecer ajuda, mas ela ainda lhe daria. Ela era médica. Foi bom sedá-lo,
no entanto. A última coisa que ela precisava era que ele acordasse e
começasse a repreendê-la.
“Precisamos levá-lo ao andar de cima para um cirurgião assim que
o tivermos estabilizado”, ela mentiu para os guardas.
A porta do bunker bateu com força suficiente para assustá-la e
Jessa se virou, vendo que mais dois guardas e Carlton George haviam
chegado. O idiota parecia abalado quando encontrou o olhar
dela. "Conserte ele!"
“Nós temos que levá-lo para cima. Ele precisa de um cirurgião”
Maith repetiu.
“Por que esse alienígena está aqui? Eu disse para você pegá-la. Ela
tem que ser uma médica renomada para cuidar de um hospital de navios
da Frota” gritou Carlton. "Mate o maldito alienígena!"
"Não!" Jessa jogou os braços para cima e avançou para o final da
mesa, colocando-se entre Maith e o guarda que apontou sua arma para
ele. “Você faz isso e seu governador morre! O Veslor é um médico de
campo. Sou ótima com uma esteira médica, mas não sem uma. ”
"Mate ela então." Carlton apontou para Jessa e zombou. "Nós só
precisamos de um de vocês para salvar Rodney."
Maith estendeu a mão e puxou Jessa para o lado dele, tentando
protegê-la. “Não conheço bem os corpos humanos. Mate-a e seu
macho ainda morrerá. Você precisa de nós dois, ”ele rosnou.
Carlton parecia furioso enquanto fazia um som frustrado e prendia
o cabelo com os punhos. “Consertem-no ou vocês dois morrem,” ele
finalmente decidiu, se virando para falar com outro guarda pela porta do
bunker agora selada. "Observe-os."
Jessa se livrou do aperto de Maith para voltar para o lado do
paciente, mas ela falou alto o suficiente para Carlton ouvir. “Boyd precisa
ser levado para cima. Os leitos médicos que trouxemos têm scanners
mais precisos e podem realizar cirurgias complexas. Pelo que posso ver,
pelo menos uma artéria foi cortada e parte de seu intestino foi
cortada. Eu-"
"Cale-se!" Carlton berrou. “Se ele morrer, você morre. Atire neles se
Rodney não sobreviver. ”
Veslor Mates
Jessa voltou a trabalhar no governador. Ela executou o scanner

novamente, procurando por quaisquer outros ferimentos. Nenhum se
mostrou, exceto alguns hematomas profundos em seus braços e
pernas. Os guardas provavelmente o carregaram pelos membros depois
que ele foi esfaqueado para levá-lo até o bunker. A dor deve ter sido
significativa. Isso pode tê-lo deixado inconsciente, explicando por que ele
estava inconsciente quando o alcançaram. A perda de sangue pode ter
feito com que ele desmaiasse também.
"Eles são loucos", Maith retumbou suavemente em Veslor. "E agora
estamos em um bunker impenetrável com a porta fechada." Ele pegou o
injetor de sedação e entregou a Jessa. "Mantenha-o dormindo por um
longo tempo."
Ela encontrou seu olhar e acenou com a cabeça. Boyd era um cara
grande, então ela não estava preocupada com uma overdose. Outra
injeção daria a eles umas boas seis horas antes de ele acordar. Isso lhes
daria algum tempo.
“Eles planejam nos matar quer ele viva ou não,” Maith murmurou.
Seu estômago caiu ate os joelhos... ou pelo menos parecia que
sim. Jessa não tinha dominado Veslor totalmente, mas ela entendia a
língua bem o suficiente. Maith parecia certo de que morreriam
independentemente da recuperação de Boyd. "Isso seria estúpido."
“Eu posso ouvi-los falando,” ele a informou.
Jessa não duvidava disso. Veslors tinha uma audição incrível,
muito melhor do que a de um humano. Ela ativou seu próprio
aprimoramento de ouvido. A voz pertencente ao guarda sussurrando
para Carlton na porta do bunker foi amplificada. Pelo menos ela
presumiu que era quem ela agora ouvia.
“Rodney deve ter entrado em pânico quando foi esfaqueado. Levou
apenas alguns segundos para ter certeza de que o quarto estava seguro
depois que Albert o atacou, mas ele já havia atingido o cronômetro. Eu
disse a ele para desligar antes que ele desmaiasse, mas ele apenas exigiu
que o trouxéssemos aqui. "
“Ele não entrou em pânico. Rodney sabia o que precisava ser feito,
”Carlton sibilou. “Temos traidores que merecem a morte! A única
maneira de destruir todas as evidências e matar os idiotas que se viraram
contra nós era seguir nossa estratégia de saída. E ninguém receberá um
aviso. Isso significaria que alguns poderiam escapar. Não vai acontecer,
porra. "
“Nós ainda temos pessoas boas e leais lá em cima,” o guarda
argumentou, sua voz ficando mais alta. "Pelo menos ative a chamada
para que eles venham aqui, onde estarão seguros."
“Foda-se eles! Eu confiei em Albert e veja o que ele fez. ” Carlton fez
um barulho zombeteiro. “Será mais fácil se menos de nós vivermos aqui
nas próximas semanas até que todas as tentativas de resgate sejam
concluídas e a Frota finalmente vá embora.”
Veslor Mates
Os olhos de Jessa se arregalaram e ela olhou para Maith com um

horror crescente. Eles iam fazer algo horrível. Algo que poderia prejudicar
os cidadãos e a Frota.
Maith olhou para ela e continuou fingindo estar trabalhando em
Rodney. Ela fez o mesmo, limpando um pouco do sangue de sua pele.
O guarda falou novamente. “Meu irmão está lá em cima! Ele é
designado para as portas de entrega perto da cozinha. Ele estará na área
de explosão quando a mansão explodir. Deixe-me pelo menos entrar em
contato com ele para que se junte a nós. Ele nunca nos trairia. ”
Carlton cedeu. “Você pode dizer a Freddie para deixar seu posto e
ir jantar cedo na rua. Ele tem um pouco mais de treze minutos
restantes. Ninguém mais. ”
"Obrigado."
A boca de Jessa caiu aberta e ela a fechou. Maith parecia furioso
quando ele se inclinou sobre o governador, parecendo estudar o
ferimento. Ele falou Veslor rápido em rosnados baixos, rápido demais
para ela seguir, mas ela ouviu algumas palavras. Ele estava alertando
seu agrupamento de bombas na mansão, para tirar todos de lá.
"Você consertou ele?"
Jessa se encolheu quando Carlton gritou dolorosamente em seu
ouvido. Ela rapidamente desativou seu amplificador de som, com dor de
ouvido. Ela não tinha notado sua abordagem, muito surpresa com o que
eles descobriram.
“Boyd precisa de uma cama médica”, ela conseguiu dizer. Ela
mascarou suas feições e se virou para Carlton, desejando ter um bisturi
a laser para se proteger. Então, novamente, ela poderia esfaqueá-lo se o
tivesse. Ele era uma vida que ela se sentiria tentada a tirar. Ela estava
muito chateada.
"Ele não está recebendo uma." Carlton se aproximou tanto que seu
corpo roçou no braço dela. “Ninguém está saindo deste bunker. Temos
um louco à solta que atacou nosso governador. Essa porta não será
aberta até que ele seja detido e levado à justiça. ”
Jessa se afastou quando Carlton fez uma careta ao ver a ferida
exposta do governador. "O que é essa merda de espuma?"
“Um selante. É temporário para estabilizá-lo por enquanto. Ele
precisa de cirurgia , ”ela mentiu.
Ele se moveu ao redor dela e parou no final da
mesa. “Rodney? Acorda!" Ele estendeu a mão e deu um tapa de leve no
rosto.
Jessa ficou feliz que Maith sugeriu que ela sedasse mais
profundamente seu paciente. A primeira dosagem foi leve para ajudar a
aliviar a dor e mantê-lo calmo. O segundo o deixou completamente
abatido. Carlton tentou sacudi-lo pelo ombro.
Veslor Mates
"Pare! Você vai reiniciar o sangramento dele ”, ela informou ao

idiota.
Carlton olhou para ela. “Por que ele não está acordando? Ele foi
apunhalado no estômago. Não na cabeça. ”
“Trauma e perda de sangue. É comum ”, respondeu Maith. “Seu
corpo sofreu um grande choque.”
“Eu preciso dele acordado, porra. Ele tem as informações de que
preciso. Se ele morrer...” Carlton bateu com os punhos na mesa, quase
acertando a cabeça de seu chefe. "Conserte ele!"
Jessa abriu a boca para responder quando Carlton de repente
levantou a mão, quase como se fosse bater nela. Ela se encolheu, mas ele
não fez contato.
“Não se atreva a mencionar uma cama médica mais uma vez,
porra! Você disse que o alienígena é um médico de campo de batalha, e
você é uma grande gênia do hospital da Frota. Um membro da minha
equipe ouviu um cara falando sobre você ser uma especialista e ter uma
tonelada de diplomas ou algo assim. Rodney não pode morrer. Ele é o
único que importa. ” Carlton recuou e acenou para um dos
guardas. "Olho neles." Ele saiu pisando duro, voltando em direção ao
guarda que ainda estava na porta.
"Eles terão tempo?" Jessa mudou para Veslor. Ela não conhecia a
palavra para evacuar.
“Eles farão tudo o que puderem para salvar vidas”, resmungou
Maith.
“Isso é o suficiente. Falem no idioma comum, ”o guarda que os
observava ordenou, agitando sua arma novamente.
Jessa virou a cabeça e olhou feio para ele. “Precisamos operar. Ele
está me fazendo perguntas sobre a anatomia humana. Algumas palavras
não são traduzidas do idioma dele para o nosso ”, ela mentiu. “Você quer
que seu chefe viva ou não? Seus intestinos foram perfurados. Em um
corpo Veslor é onde suas bexigas estão localizadas. ”
Maith lançou-lhe um olhar divertido por suas falsidades flagrantes,
mas escondeu sua reação rapidamente. "Entendi. Mijar não é função
desse órgão ”, disse ele em inglês.
“Eu odeio vadias e alienígenas,” o guarda resmungou. "Não tentem
nenhuma merda ou eu atiro na cabeça de vocês dois."
“Devemos jogar operação,” ela rosnou, sabendo que sua pronúncia
era terrível. As cordas vocais humanas não podiam fazer muito com
Veslor.
Maith encontrou seu olhar. "Jogar?"
“Ainda aprendendo,” ela murmurou em inglês antes de voltar para
o Veslor. Ela não conhecia a palavra “fingir” na língua dele. "Mentira
operar."
Veslor Mates
"Concordo. Eles vão nos matar quando souberem que este homem
vai viver. ”
Ela olhou para o teto, ainda chocada que a mansão estava
preparada para explodir. Então ela encontrou o olhar de Maith
novamente.
Ele rosnou baixinho para ela em Veslor. “Precisamos matar para
sobreviver. Nós ou eles. Compreende?"
Era disso que ela estava com medo. Ela tinha feito um juramento
de salvar vidas, não de levá-las. Então, novamente, Jessa não queria ser
assassinada. Isso era exatamente o que aconteceria assim que Carlton
George obtivesse todas as informações que queria do governador. Ele não
teria mais uso para ela ou Maith. Todos os humanos na sala também
estavam dispostos a matar todos na mansão. Não haveria ajuda vinda
deles.
Uma decisão teve que ser tomada. Tudo se resumia a sua promessa
à sua irmã. Ela precisava viver para que elas estivessem juntas
novamente como uma família um dia. A Frota e o conselho médico não a
puniriam por suas ações. Isso seria considerado legítima defesa. Uma
situação hostil significava que ela tinha permissão para tirar vidas para
se salvar.
"Estou dentro." Sua irmã mais velha entenderia... e provavelmente
a encorajaria para o que ela estava prestes a fazer.
Ela olhou ao redor enquanto tirava as luvas e colocava um novo
conjunto de seu kit. Havia oito guardas que ela podia ver, e Carlton. Além
disso, a mulher encolhida em outra mesa. Isso era uma chance ruim,
mesmo se ela duvidasse que a mulher seria uma grande ameaça.
Seu olhar foi para o teto e as memórias de sua infância fizeram a
bile subir. Ela engoliu em seco. De jeito nenhum ela queria ser enterrada
sob os escombros novamente quando uma explosão acontecesse. Ela
silenciosamente rezou para que o bunker tivesse sido construído forte o
suficiente para resistir a algo assim, se eles não fossem capazes de sair a
tempo.
"Jessa?"
A voz rouca de Maith chamou sua atenção.
“Precisamos cortar [ isso ou aquilo ] antes que aconteça.”
Ela preencheu as lacunas da palavra Veslor
desconhecida. “Números”, ela murmurou em inglês. "aqui." Ela pegou
um testador de sangue de seu kit e o colocou contra o braço de Rodney
Boyd. "Hum, Sr. George?"
Carlton parou de tramar suavemente quaisquer coisas horríveis
que planejavam fazer para se dirigir a caminho dela. "O que?"
“Precisamos de um doador de sangue imediatamente. Seu
governador já perdeu muito. Ele vai morrer durante a cirurgia com
Veslor Mates
certeza se não lhe dermos uma transfusão enquanto operamos. Preciso

testar alguns de vocês para encontrar uma correspondência. ”
Carlton deu a ela um olhar horrorizado. "Eu não."
Ela olhou para os guardas. "Alguém aqui conhece seu tipo
sanguíneo?"
Os guardas balançaram a cabeça ou apenas pareceram confusos.
"Eu posso testar vocês e devemos encontrar uma correspondência
com tantas pessoas." Ela agarrou seu testador, caminhando para o maior
dos guardas.
Ele olhou furioso para ela e recuou, mantendo distância. Ela fez
uma pausa.
"Deixe-a fazer o que for preciso", Carlton exigiu. “Rodney não pode
morrer. Ele é o único que tem acesso a... ”Ele parou abruptamente de
falar. "Apenas faça!"
O grande guarda removeu sua arma e a passou para outro. Jessa
silenciosamente deu a ele crédito por não ser um idiota. Ele se aproximou
dela e ela passou o testador em sua pele. Ele apitou. Não era um jogo,
mas ele parecia a maior ameaça. “Você é corresponde. Já temos um
vencedor. ” Ela apagou os resultados rapidamente antes que alguém
pudesse chegar perto o suficiente para ver seu tipo de sangue. Não era
como se ela planejasse fazer uma transfusão de verdade.
Ela girou e voltou para seu kit, abrindo outro compartimento e
retirando o menor equipamento de tubulação que possuía. O grande
guarda ainda parecia hesitante.
"Pegue uma cadeira. É melhor se você estiver sentado para
isso. Arraste-a para a cabeça do governador e fique confortável ”, disse
ela educadamente.
Ele hesitou. "Quanto sangue você vai tomar?"
“Não o suficiente para machucar você,” ela jurou a verdade. Esse
não era seu plano. “Apenas sente-se. Claro, uma cama médica seria
muito melhor. Neles armazenamos sangue de doadores ”. Ela olhou para
Carlton.
“Vá em frente”, respondeu ele. "Faça o que for preciso, Dean."
“Não seja covarde,” um dos guardas riu. “Vá em frente, Dean. Você
consegue. ”
“Foda-se,” Dean murmurou, mas ele pegou uma cadeira e a
arrastou, acomodando seu corpo grande nela. Ele empalideceu quando
Jessa mostrou a ele a maior agulha intravenosa que ela tinha com o
menor tubo. Ela estava apostando que nenhum deles teria formação
médica.
Jessa hesitou. “Isso pode ser um pouco doloroso, já que tenho que
improvisar. Você quer algo para anestesiar seu braço? "
Veslor Mates
"Sim." O guarda acenou com a cabeça.

"Só o braço dele", acrescentou Carlton.
"Claro." Ela revirou os olhos, deixando o idiota ver. “Eu preciso de
sangue puro ou ele será transferido para o meu paciente. O Sr. Boyd está
em estado crítico. A última coisa que seu coração estressado pode
suportar são narcóticos de qualquer tipo, incluindo um sedativo. ” Ela
enfiou a mão dentro de seu kit novamente, pegando um injetor carregado
com lotes de suas vacinas especiais de vírus alienígena. Ela bateu,
procurando o caminho certo. Ela sempre mantinha doses de emergência
para doenças comuns sempre que visitava um planeta.
“Isso vai entorpecer seu braço e dar um impulso à sua imunidade”,
disse ela, aproximando-se. "Pronto?"
O segurança virou a cabeça quando ela empurrou levemente o
dispositivo contra seu braço e injetou nele. Ela olhou para sua pulseira
emitida rapidamente para verificar a hora. Em dois minutos, ele entraria
em vigor. Ele não ficaria inconsciente, mas enquanto a injeção de ação
rápida dela se engajava em seu sistema imunológico, ele estaria
mentalmente fora de si e seu corpo pareceria pesar mil quilos. A vacina
também continha um paralítico muscular misturado com medicamentos
contra a ansiedade para combater os sintomas normais do vírus
Regilla. Essas incluíam convulsões violentas e paranóia que podiam
tornar o paciente violento.
"Vamos colocar tudo no lugar." Ela inseriu a agulha intravenosa
em seu braço rapidamente, usando a micro máquina de fluxo para
começar a tirar sangue. Enquanto o sangue dele fluía para o tubo fino,
ela rapidamente fingiu colocar a outra extremidade em seu paciente. Ela
tampou a extremidade e desligou a máquina de fluxo assim que o tubo
se encheu de sangue. Eles presumiriam que ainda estava tirando
sangue... ela esperava. "Aqui vamos nós. Estamos prontos para começar
a operar, Maith. ”
"Claro." Ele verificou seu kit, pegou uma bolsa esterilizada e
começou a cobrir o ferimento.
Jessa trocou suas luvas por novas. "E agora?" Ela rosnou as
palavras em Veslor, olhando para ele acima de seu paciente.
Maith virou um pouco a cabeça para olhar para o guarda ligado ao
soro, então deu a ela um olhar confuso.
Ela não tinha ideia de como dizer o que fizera em Veslor, para
transmitir que Dean não era mais uma ameaça. Ela teve que escolher
suas palavras com cuidado. "Ignorar. Sem perigo."
"Dormir?"
"Não. Confuso e muito lento. ”
O canto de seus lábios se curvou por uma fração de segundo antes
que ele fizesse uma produção de tirar mais pacotes pequenos de seu
Veslor Mates
kit. Eles não eram para cirurgia ou qualquer coisa que eles realmente
usassem. "Eu preciso de uma distração."
“Parem de rosnar um para o outro. Você não é um animal, mesmo
que ele seja. Aja como um maldito humano” Carlton retrucou. "O que
vocês estão dizendo um ao outro?"
“Estamos discutindo a melhor maneira de lidar com os intestinos
perfurados do Sr. Boyd. Preciso estimular seu sistema imunológico para
combater infecções. ” Ela agarrou seu injetor para dor e o atingiu,
aumentando a dose a um nível mortal e definindo-o para não parar com
uma injeção. Bipou para ela em advertência, mas ela anulou a
segurança.
"O que significa o sinal sonoro?" O guarda irritante que mantinha
sua arma apontada na direção deles se moveu em sua direção.
“Estou com poucas doses de antibióticos e preciso de
recargas. Vê?" Ela se virou, segurando-o com uma das mãos.
O guarda se aproximou para olhar o dispositivo enquanto Jessa
usava a outra mão para agarrar seu rifle laser. Ela empurrou o cano para
o lado para impedi-lo de atirar nela e bateu o dispositivo contra seu
pescoço exposto, pressionando o polegar para baixo para aplicá-lo.
Então, o inferno começou com um rugido que ela sabia que vinha
de Maith.
Alguma coisa quebrou ruidosamente, provavelmente uma cadeira
caindo. Não era como se ela tivesse tempo para fazer mais do que
adivinhar. Ela nem tinha certeza de qual seria seu próximo movimento...
até que o guarda começou a desmoronar, liberando sua arma. Ela a
agarrou, conseguindo segurá-la quando outro guarda a agarrou por trás.
Braços fortes apertaram dolorosamente ao redor de sua cintura e
ela foi jogada no chão. Ela olhou para baixo, vendo a pele pálida, e não
hesitou em pressionar o injetor contra o braço sobre o estômago. Ela
aproveitou a liberação e o administrou. Ele praguejou e apertou
violentamente ainda mais antes que seu braço começasse a afrouxar e
ele tropeçasse.
Jessa chutou os pés descontroladamente e acertou-o na parte
inferior das pernas. Ele a largou. Então o idiota quase a derrubou com
ele quando ele caiu no chão, inconsciente.
Ela saltou para fora do caminho e observou com admiração uma
grande pantera alienígena - uniforme de Frota rasgado ainda agarrado a
suas pernas deslocadas - saltar para derrubar dois guardas. Eles
gritaram quando suas patas enormes rasgaram seus corpos. O sangue
espirrou nas paredes e no chão.
Um dos guardas ergueu a arma, mirando em Maith. Ele atirou, mas
acidentalmente atingiu outro guarda, que tentava esfaquear Maith pelas
costas. O tiro atingiu aquele guarda e ele provavelmente estava morto
antes mesmo de pousar no Veslor.
Veslor Mates
"Idiota!" Jessa jogou seu injetor no cara que acabara de matar seu
próprio homem. Ele teve que se abaixar para evitar ser atingido no rosto
e esbarrar nas caixas próximas. Ela se atrapalhou com a arma do guarda,
mirou e atirou. Não foi um tiro mortal, já que a mira dela era uma merda,
mas acertou-o no braço, a força do golpe o girou e ele caiu.
Ela correu em direção a ele, mas a mulher que ela havia descartado
de repente pulou na frente dela, com os punhos erguidos. O terror
distorceu as feições da mulher, mas também havia determinação em seus
olhos.
Jessa bloqueou um punho indo em direção ao rosto com o braço e
bateu no ombro da mulher com a lateral da arma. Sua oponente gritou e
caiu instantaneamente.
Jessa correu em direção ao guarda que ela atirou, que estava
lutando para virar de costas e levantar a arma para atirar. Ela atirou
primeiro, dessa vez acertando-o no rosto de perto.
A bile subiu e ela engasgou com a visão do que tinha feito, mas ela
não tinha tempo para isso. O guarda não era mais uma ameaça.
Um grito encheu o ar, e ela viu como a forma de batalha de Maith
provou exatamente porque os Veslors eram lutadores tão ferozes e
mortais. Ele derrubou três dos guardas e atualmente estava matando um
quarto.
Carlton George estava tentando abrir uma porta que ela não tinha
notado antes, escondida atrás de algumas das caixas empilhadas contra
a parede. Ele as derrubou para obter acesso. Ele estava de costas para
ela enquanto batia freneticamente em algo no bloco ao lado da porta ...
Assim que um grande estrondo soou.
A violenta força de uma explosão acima deles fez o chão sólido sob
seus pés balançar o suficiente para jogar Jessa de lado. As luzes se
apagaram assim que ela bateu dolorosamente contra o chão.
Veslor Mates
Capítulo Seis
M aith matou o humano que lutava embaixo dele, suas orelhas

latejando dolorosamente com a explosão. Era possível que ele sofresse
danos auditivos. O silêncio absoluto o desorientou e, embora
normalmente pudesse ver bem no escuro, a perda repentina de toda a luz
o cegou temporariamente.
Ele se ergueu sobre as quatro patas, verificando se havia
ferimentos enquanto sua visão se ajustava. Um dos humanos atirou em
seu lado, mas não causou muitos danos. Isso iria curar rapidamente.
Ele fungou e se arrependeu instantaneamente. O ar estava cheio
de poeira.
Ele usou suas patas para verificar os humanos no chão mais
próximos dele, seu sangue e corpos parados assegurando-lhe que eles
não eram mais uma ameaça. Era tentador voltar para chamar Jessa e ter
certeza de que ela ainda estava viva, mas ele esperou, esperando que sua
audição fosse restaurada.
A pulsação finalmente cessou e ele captou o som de um leve soluço.
Ele lentamente rastejou em direção a ele de quatro, esperando que
fosse Jessa. A humana ganhou sua admiração. Ela foi corajosa e lutou
contra os machos, dando a ele a distração que ele precisava para mudar
de forma e atacar. Caso contrário, eles teriam atirado nele rápido demais
para ele colocar suas garras mortais em ação.
Ele inalou novamente e fez uma pausa, distinguindo uma forma. O
humano caído no chão não era Jessa. Esta mulher cheirava a perfume e
terror. Ele também cheirou seu sangue. Não era o suficiente para se
preocupar.
A preocupação o fez girar a cabeça, procurando por Jessa. Eles
tinham suas diferenças, podem ter discutido muitas vezes, mas ele não
queria que nada acontecesse com ela.
Um ruído suave à sua esquerda o fez mover-se instantaneamente
naquela direção.
Jessa se agachou sobre as mãos e joelhos, um braço estendendo-
se às cegas enquanto ela engatinhava alguns centímetros. Ele correu
para o lado dela e roçou seu corpo contra sua mão para que ela soubesse
que ele estava ali, já que ele não conseguia falar palavras em sua forma
transformada. Ele resmungou um pouco, só para ter certeza de que ela
saberia que era ele.
A mão dela congelou em seu flanco, então ela acariciou sua pele e
rapidamente se aproximou, pressionando seu corpo contra o dele. Ela o
usou para ficar de joelhos, então ambas as mãos o acariciaram,
Veslor Mates
deslizando ao longo de suas costas e subindo até sua cabeça. Ela

gentilmente agarrou seu pescoço.
“Acene se você estiver bem. Eu não consigo ver nada, ”ela
sussurrou.
Ele deu um aceno de cabeça.
“Obrigado porra,” ela respirou. “Estou ferida, mas não estou
mal. Eu ouço um deles. A mulher. Essa vadia tentou me atacar. Ainda
há algum guarda vivo? "
Ele acenou com a cabeça novamente. Aquele de quem ela fingiu
tirar sangue ainda estava caído na cadeira. Ele parecia atordoado e em
seu próprio mundo.
"1?"
Ele acenou com a cabeça, então começou a mudar de volta. Eles
precisavam conversar.
Jessa puxou as mãos de cima dele e se afastou alguns metros,
quase caindo de bunda. Ele estendeu a mão para ela rapidamente para
evitar que ela caísse, agarrou seus pulsos.
"Calma."
"Eu não sabia se era seguro tocar em você enquanto você estava se
transformando."
"É sim. O governador e Carlton ainda estão vivos. O mesmo vale
para o homem que você drogou primeiro e a outra mulher. Carlton fugiu
para outra parte do bunker. ”
Jessa puxou seus pulsos e ele a soltou. Ela estendeu a mão
cegamente e colocou as duas mãos em seu peito. "Você pode ver?"
"Sim."
“Parte do bunker desabou? Sinto um pouco de poeira e sujeira,
mas não consigo ver nada. O telhado vai desabar? ”
Maith olhou ao redor da estrutura. “Parece estar
suportando. Existem algumas rachaduras menores no teto, mas
nenhuma grande. Isso explicaria as partículas no ar. As vigas de suporte
parecem estáveis. ”
Ela assentiu rapidamente. "Bom. Você entrou em contato com sua
equipe? Há alguma informação se eles foram capazes de evacuar todo o
nosso povo? ”
"Ainda não. Acabei de recuperar minha audição e visão. ” Ele fez
uma pausa. “Eu também perco a capacidade de ouvir meu agrupamento
no dispositivo de ouvido quando estou em forma de batalha. Minhas
orelhas crescem e mudam de forma. O dispositivo caiu. ”
"Certp." Suas mãos deslizaram do peito para os ombros, então ela
passou levemente as pontas dos dedos ao longo dos lados do pescoço. Ele
estremeceu um pouco e seu pau respondeu. Ele empurrou seus quadris
Veslor Mates
para trás, já que ele perdeu todas as suas roupas quando ele mudou para
atacar os guardas. Ele não queria que ela soubesse que seu toque o
excitava. Embora ele não pudesse evitar o rosnado baixo que escapou
quando ela encontrou seus ouvidos e os examinou gentilmente.
Ele tentou se desviar, mas ela rosnou de volta para ele. Foi uma
triste imitação de sua vocalização, mas o surpreendeu o suficiente para
congelar.
“Estou tentando ver se seus tímpanos estão rompidos. Eu não
sinto nenhum sangue embora. ”
“Estão doendo, mas estou bem. Nós curamos rápido. ”
“Você consegue encontrar seu dispositivo de ouvido?”
“Eu farei isso...”
"Olá?" A mulher a cerca de seis metros do outro lado da sala
gritou. "Me ajudem!"
Jessa soltou suas orelhas muito sensíveis. “Vá se certificar de que
ela não é uma ameaça e eu ativarei meu olho para que eu possa ver. Vai
brilhar um pouco. Eu não queria revelar minha localização até que
soubesse se era seguro. É, não é?"
Ele olhou ao redor. “A mulher está no chão, mas nenhuma arma
está perto dela. Você lida com ela. O governador ainda está sedado. Vou
procurar Carlton e meu aparelho auditivo. O guarda ao lado do
governador permanece na cadeira. Eu acredito que ele pode estar
dormindo. ”
"OK." Seu olho artificial de repente brilhou com uma luz azul
suave. Um sorriso torceu seus lábios. "Eu te vejo. Bem, com um olho.
” Ela olhou para baixo em seu corpo e engasgou. Sua cabeça se
ergueu. “Hum, eu estava verificando se há ferimentos. Eu acho que lutar
te excita? "
"Sim," ele mentiu. A batalha não foi o motivo de sua haste
endurecer. Ele se recusou a admitir que tinha sido o toque dela em sua
pele.
"OK. Vou dar uma olhada em você, quero dizer, por ferimentos ...
depois que você encontrar uma calça e cuidar de Carlton. Eu cuido da
vadia. "
Maith se levantou e puxou Jessa consigo. Ela rapidamente se
desvencilhou. "Certo. Lide com os idiotas e encontre uma iluminação
melhor. Então vou tratá-lo se você se machucou em qualquer lugar. " Ela
se afastou quando a outra fêmea gritou novamente.
"Ajudem! Acho que meu ombro está quebrado. ”
“Você mereceria,” Jessa respondeu, indo em direção à
mulher. "Você trabalha para os idiotas e me atacou."
A outra fêmea voltou seu olhar para Jessa, então gritou,
encolhendo-se.
Veslor Mates
“É o meu implante ocular, assim eu posso ver no escuro, idiota. Eu

não sou um olho flutuante vindo para você. " Jessa parecia
irritada. “Estou pegando meu scanner. Mesmo que você não mereça
tratamento. ”
A outra mulher começou a soluçar.
Jessa suspirou. "Sair com idiotas significa que nada de bom vai
acontecer com você." Ela brevemente parou pelo guarda na cadeira. Ela
tocou seu rosto. Isso fez com que o homem abrisse os olhos e gemesse.
“Ele está alto como uma pipa e quase todo paralisado. É
exatamente assim que gosto dos meus bandidos. ” Ela foi até a mesa onde
o governador inconsciente ainda dormia e enfiou a mão em seu kit de
medicamentos, removendo um injetor de remédio. Em seguida, ela bateu
nele, pressionou-o contra o pescoço do guarda e Maith ouviu um leve
chiado.
"O que você deu a ele?" ele perguntou.
“Sedativo pesado, mas não o suficiente para matá-lo. Preciso salvar
os dois guardas que ainda respiram das overdoses que dei a eles. Então
podemos amarrá-los. ”
Maith ouviu com atenção, confirmando o que ouvira quando seus
ouvidos pararam de doer - apenas os sons de quatro humanos
respirando, incluindo Jessa. "É tarde demais."
Ela endureceu, seu rosto uma careta quando percebeu que o outro
guarda estava morto. “Tive que bombeá-los com uma dosagem alta para
derrubá-los rapidamente.” Ela suspirou novamente. "Vá encontrar
Carlton e, hum, por favor, entre em contato com sua equipe assim que
encontrar o seu fone." Ela ergueu o braço, que segurava o injetor, e tocou
seu relógio de pulso. "O meu está quebrado."
Jessa continuou em direção à mulher chorando. "Você ou o idiota
que me agarrou por trás quebrou meu comunicador emitido pela
Frota." Ela se curvou e pressionou o injetor contra o pescoço da
fêmea. Sibilou quando a dosagem foi dada, então a fêmea caiu
completamente no chão.
Maith se virou, examinando rapidamente o chão entre onde ele
havia se transformado e onde atacara os humanos, encontrando seu
aparelho auditivo. Ele havia sido destruído. Isso o irritou, mas ele ainda
conseguia se comunicar com sua pulseira Veslor. Ele ligaria para seu
grupo assim que cuidasse de quaisquer ameaças. Essa era a prioridade
atual.
Ele caminhou na direção que vira Carlton pela última vez. Não mais
escondida pela parede de caixas, uma porta de segurança estava
parcialmente aberta. Uma das caixas caídas impediu que fechasse. Maith
a abriu e usou mais algumas caixas para mantê-la assim. Havia um
longo corredor com muitas portas e, no final, ele fazia uma curva e sumia
de vista. Ele parou para escutar, mas não ouviu nada. Cada porta
naquele corredor era feita de metal, com painéis elétricos na parede ao
Veslor Mates
lado de cada uma. Isso significava que provavelmente estavam todas

trancadas.
Carlton não estava à vista ou ao alcance da audição enquanto
perambulava pelo corredor e se virava, encontrando outra longa
passagem com ainda mais portas, antes que o corredor terminasse. Ele
percebeu que poderia haver outros humanos se escondendo aqui. Maith
não matou os outros, apenas para morrer ou ser capturado
agora. Rosnando, ele girou, voltando para o bunker para encontrar suas
roupas descartadas.
Jessa arrastou a mulher para mais perto da mesa em que seu
paciente estava deitado e estava remexendo em seu kit. Ela puxou tiras
longas e finas de tecido.
“Carlton está atrás de uma porta de metal trancada,” ele a
informou, sem mencionar que outros humanos também poderiam
estar. “Há cerca de duas dúzias delas. Não sei em qual ele entrou. Há
muita poeira no ar para rastreá-lo pelo cheiro. ”
Ela se virou, seu olho brilhando mais forte. “Deixe-me protegê-los
e irei ajudá-lo a encontrá-lo. Você já tentou entrar em contato com o seu
grupo? ”
"Eu vou fazer isso agora." Ele localizou suas calças. Elas foram
arrastados pelo sangue de um dos humanos antes de se libertarem de
seu corpo. O cós também havia sido queimado pelo fogo do laser. Pode
ser por isso que seu quadril não estava tão machucado quanto poderia
estar. O material militar aprimorado havia sofrido o impacto do laser. Ele
removeu o dispositivo de hacker do bolso e o encontrou em pedaços. Ele
rosnou em aborrecimento.
"Você não tem sinal?"
“Minhas calças estão destruídas, assim como meu dispositivo de
hacking.” Ele fez uma pausa. “Meu aparelho auditivo também. Ainda
posso entrar em contato com meu grupo enviando mensagens. ”
“Lamento que você tenha perdido essas coisas, mas poderia ser
pior,” Jessa murmurou, virando-se e agachando-se perto da grande
mesa.
"O que você está fazendo?"
“Eu mantenho restrições na minha bolsa. A mesa é pesada,
especialmente com esse idiota do Boyd esparramado em cima dela. Estou
prendendo ela e o guarda nas pernas. A mesa foi presa ao chão por algum
motivo, de modo que deve impedi-los de despejar sua bunda preciosa de
governador e levantar a mesa para se libertar. ”
"Por que você mantém restrições em seu kit?" Jessa muitas vezes
não fazia sentido para ele.
“Tive que lidar com pacientes combativos algumas vezes na escola
de medicina. Isso não é algo que você esquece. Tenho restrições fortes o
Veslor Mates
suficiente para humanos e algumas para alienígenas. O guarda está

pegando os de força alienígena. ”
Maith se virou, pois ele permanecia nu. Os comunicadores Veslor
foram criados para se estenderem à sua forma de batalha e permanecer
em seu pulso. Ele o ligou e ativou o recurso de digitação. O idioma Veslor
acendeu, mas um aviso vermelho piscou para indicar que nenhum sinal
estava ativo para áudio. Não importava, uma vez que ele já havia perdido
essa utilidade. Ele bufou.
“Algum problema?”
“O áudio caiu por algum motivo.” Ele ativou o teclado de holograma
e digitou uma mensagem, enviando-a. “Eu não serei capaz de falar ou
ouvir meu grupo de qualquer maneira.”
Algo caiu no chão e ele girou. Jessa olhou para ele com seu único
olho brilhante. O medo era fácil de identificar em seu rosto. "Você está
dizendo que seu grupo não ouviu o que estava acontecendo aqui antes
da explosão?" Seu queixo se ergueu para olhar para o teto e sua
expressão mudou para uma de horror. “Eles não receberam um aviso
para evacuar?”
“Eles receberam,” ele assegurou a ela. “Estava ativo até que me
transformei em minha forma de batalha.”
Ela abaixou o queixo e ele viu as lágrimas escorrendo de seu olho
castanho e descendo por sua bochecha. "Tem certeza?"
"Sim. Roth estava no meu ouvido falando. "
"Obrigado Senhor!"
Seu pulso vibrou levemente e ele leu a resposta. “Meu grupo sabe
que estamos vivos. A Frota foi evacuada da mansão e eles mandaram os
pacientes fugirem. A mansão foi destruída. ” Ele fez uma pausa,
esperando por mais informações. “Há muitos feridos humanos perto da
zona de explosão, mas nenhum da Frota.”
Ele digitou que a situação deles era relativamente estável e
esperou.
Roth respondeu quase imediatamente. “Eles vão nos desenterrar
em breve. Devemos esperar. Eu disse a ele que no momento não
corremos perigo ”.
Um som estranho veio de Jessa. Ele ergueu a cabeça para
encontrar as mãos dela cobrindo os olhos. Ele se moveu rapidamente,
alcançando-a e segurando sua cabeça por trás. "Você está ferida?"
Ela o surpreendeu ao se lançar para frente, jogando-se contra
ele. Sua respiração rápida o alarmava enquanto ela tremia, virando a
cabeça para pressionar sua bochecha manchada de lágrimas contra sua
pele.
Veslor Mates
“Jessa? Onde você está ferida? " Ele olhou para os dois humanos
inconscientes no chão. Eles foram movidos para ficarem de ambos os
lados, e ela prendeu seus pulsos nas pernas da grande peça de mobília.
“Apenas me segure por um minuto. Por favor!"
Ele se esforçou para ouvir a voz dela. Estava muito baixa e abafada
contra sua pele. Ele passou os braços em volta dela, preparado para
levantá-la se ela desabasse. “Jessa, onde você está ferida? Deixe-me
escanear você. Deixei meu scanner na mesa antes de me transformar. ”
As mãos dela cravaram em seus lados. "Estou bem", ela insistiu,
com a voz trêmula. “É apenas um pequeno ataque de pânico. Lembrei-
me da minha infância quando você disse que eles nos desenterrariam. Eu
vou ficar bem. Mesmo. Tudo bem... ”Ela fez uma pausa. “Embora seu
grande pau esteja pressionado contra meu estômago. Olá, tubo de
chumbo. Droga! Nada nos Veslors é pequeno, não é? ”
Ele foi soltá-la, mas ela cravou as unhas em sua pele. Não o
machucou. Suas minúsculas garras de unha provavelmente não
poderiam romper a pele se ela tentasse.
"Eu sinto muito. Dê-me um minuto. Ignore os comentários
idiotas. Uma tentativa pobre de me distrair do fato de que fui enterrada
vivo - de novo . "
“Eles vão nos tirar. Não é como antes. Não estamos presos sob os
escombros. ” Maith queria confortar Jessa, segurando-a com mais
força. Sua respiração desacelerou quando ele começou a acariciar suas
costas. Suas minúsculas garras deslizaram sobre sua pele, arranhando-
o levemente.
"Você está machucada, Jessa?"
“Apenas alguns hematomas. Nada que precise de tratamento. ”
"Bom."
“Não diga a ninguém que eu tive um surto, ok? Pelo menos eu me
mantive sã até ter aqueles idiotas presos. Carlton, o covarde,
provavelmente permanecerá trancado onde quer que tenha fugido. Ele
não será capaz de ver no escuro e não podemos deixar de vê-lo se
encontrar lanternas ou luzes de emergência. Eu sei agora, a maior parte
do perigo acabou. Ainda é importante que ninguém saiba que entrei em
pânico. A Frota vai me tirar do Defcon Red e me forçar a ser avaliada em
algum site obscuro. ”
"O que é isso?" Ele continuou acariciando suas costas.
“Pense em lugares ultrassecretos que poucos conhecem. Como
onde eles fizeram meus procedimentos médicos. Era um ônibus espacial
com uma extensa baía mediterrânea. Prometa que não vai contar! ”
“Eu não vou mencionar isso. Você tem minha palavra, Jessa. ”
"Obrigada." Ela fungou. "Eu estou bem. Sim. OK. O telhado já teria
desabado sobre nós, se fosse o caso. Seríamos esmagados sob os
Veslor Mates
destroços. Certo. Lógica. Eu deveria estar mais preocupado se temos

oxigênio suficiente para durar. O sufocamento seria uma grande merda
depois de sobreviver àquela explosão. Pelo menos em Marte, eles têm
saídas de ar em todo o lugar. Foi bombeado para as seções
desmoronadas, pois eles sabiam que havia alguns sobreviventes ”.
“Meu agrupamento nos tirará daqui.”
"Certo. Super Veslors. Vocês podem fazer qualquer coisa. ” Ela
fungou novamente e esfregou a bochecha contra a pele dele. Então ela se
afastou, dando-lhe as costas assim que ele a soltou. "Obrigada. Vamos
esquecer o que aconteceu... e talvez encontrar algo para te vestir. ”
“Vou ver se este bunker tem energia de emergência. A maioria tem.
”
"Isso seria uma boa ideia." Ela foi até a mesa, puxando seu scanner
e passando-o sobre o governador humano, que permaneceu
inconsciente. “Eu realmente quero que esse idiota viva, já que nós dois
sabemos que ele é o único que ativou as bombas. Os tribunais da Frota
vão jogar fora a chave de sua cela de prisão. ”
"Você não o conteve."
"Não há necessidade. Boyd ficará inconsciente por horas e, com
aquele ferimento por faca, será doloroso mover-se assim que o efeito dos
remédios passarem. Vamos ouvi-lo se ele acordar. Não consigo vê-lo
como o tipo que sofre em silêncio. Além disso, espero que ele
lute. Adoraria ter uma desculpa para dar um soco em seu nariz grande e
gordo. ”
Maith percebeu que Jessa ainda falava um pouco rápido
demais. "Você está melhor?"
"Sim. Tenho três pacientes para tratar. O ombro da cadela não está
quebrado. Apenas um hematoma profundo que provavelmente dói
muito. Ela merece por tentar me dar um soco. E acho que quebrei meu
comunicador de pulso quando tive que bloquear seu punho. Eu a
chamaria de outra coisa, mas não sei o nome dela. Nem me importo. ”
"Eu retornarei. Grite por mim se algum dos humanos acordar e lhe
causar problemas. "
Jessa se virou para ele, seus olhos brilhantes fixos em seu
rosto. “Meus implantes não foram danificados. Posso conseguir hackear
essas portas. Se houver um gerador ou um sistema de energia reserva de
emergência, provavelmente está atrás de uma delas. Não faz sentido que
eles construam este lugar sem uma fonte de energia independente. ”
“Vou procurar roupas. Há muitas caixas de suprimentos
empilhadas ao longo da parede oposta. ”
"Sim. Eles provavelmente estavam guardando todas as coisas que
as pessoas pobres deste planeta deveriam estar recebendo. Que
panaquice. ”
"Eu não sei o que é isso."
Veslor Mates
“É ... deixa pra lá. É apenas um insulto. Eu estarei bem aqui. ”

Jessa se virou e ele atravessou a sala para as caixas. Muitos deles
estavam em linguagem humana. Maith estudou inglês escrito após o
resgate no Planeta Biter. O programa demorou a traduzir os arquivos
médicos escritos encontrados naquele planeta, então ele estava motivado
a aprender.
Era tentador roubar as roupas do grande guarda, mas isso deixaria
o homem praticamente nu. Ele não queria expor Jessa a essa visão. Os
humanos sempre pareciam sexualizar a nudez. Ele duvidava que ela se
sentisse atraída pelo macho, mas levaria tempo para seu agrupamento e
a Frota tirá-los do bunker. Em algum ponto, o homem iria acordar e
possivelmente exibir um interesse sexual por Jessa se ele estivesse quase
nu.
A ideia o fez querer rosnar. Também o lembrou do que os médicos
da força-tarefa disseram sobre Jessa quando eles saíram do banheiro
juntos. Ele ainda planejava descontar neles na sala de treinamento mais
tarde. Era uma promessa silenciosa.
*****
Jessa respirou fundo algumas vezes e verificou todos os três

pacientes inconscientes. Bem, dois eram prisioneiros. Ela se recusou a
pensar sobre os cadáveres que a cercavam no escuro. Três dos quais ela
matou. Dois com overdoses e um com laser no rosto.
"Anabel vai entender", ela murmurou.
"O quê, Jessa?"
“Só falando em voz alta. Não ligue para mim ”, ela gritou para
Maith.
Era mais fácil pensar em sua irmã do que no que acabara de
acontecer. Ela se sentiu um pouco constrangida por perder a calma. A
parte lógica dela sabia que era compreensível. Ela era uma sobrevivente
de um trauma de infância ruim. Ser enterrada após uma explosão nunca
deveria acontecer à mesma pessoa duas vezes na vida. Seria
natural não aceitar isso bem.
Ela se recompôs. Essa era a parte importante. E daí se ela se
agarrou a Maith como se ele fosse seu salva-vidas? Ela apreciou
profundamente que ele não tivesse rido ou zombado dela. Isso a fez
repensar todas as suas opiniões sobre ele nos meses anteriores. O tempo
que eles passaram juntos em Torid mostrou lados seus para o homem
que ele cuidadosamente manteve escondido.
Também não haveria como esquecer a sensação de sua pele
aveludada. E ele teve uma ereção, duas vezes agora. Embora muitos
homens tenham ereções durante a luta. Apenas picos de adrenalina. Não
tinha nada a ver com ela.
Veslor Mates
“Certo,” ela murmurou. “Apenas limpe isso da mente. É melhor se

eu fingir que nunca aconteceu e esquecer. ”
“Não vou contar todos os detalhes, Jessa”, gritou Maith. "Eu te dei
minha palavra."
"Obrigada." Ela mordeu o lábio e quase riu. A Frota não era sobre
o que ela estava falando. Era a sensação de seu grande e duro pênis
empurrando contra seu estômago ... quão segura ele a fez se sentir
quando a segurou. Ela também gostava de tocá-lo. Sua pele texturizada
quente era extremamente tentadora de explorar. Talvez
lamber. Mordiscar.
"Péssima ideia. Não vá lá, ”ela silenciosamente
murmurou. “Circunstâncias extremas. É necessária uma limpeza total
da memória. ”
“Encontrei roupas.”
"Excelente." Apesar de que ela realmente não queria dizer isso. Não
seria tão ruim se o Veslor muito atraente para seu próprio bem ficasse
preso correndo pelado por um tempo. Ele tinha um corpo louvável. Um
colírio para os olhos ajudaria a compensar por ter sido enterrado vivo.
Uma caixa caiu ruidosamente no chão e ela se virou. A bela bunda
de Maith foi a primeira coisa que ela viu. Ele estava curvado para frente,
puxando as calças antes de se endireitar em toda a sua altura. Um olhar
para baixo revelou que o moletom era muito curto para suas pernas
longas. Não apenas seus tornozelos estavam à mostra, mas parte de suas
panturrilhas.
Jessa sorriu. Normalmente ela diria algo para irritá-lo. Era
importante que ele não percebesse que ela estava atraída por ele. Ele
seria impiedoso em repreende-la. Maith já havia deixado bem claro que
ele a detestava. Eles só estavam trabalhando juntos como uma equipe
em caso de extrema necessidade.
Isso matou sua diversão. Ela se virou.
“Jessa? Você está pronta para ver se consegue contornar as
fechaduras das portas? ”
"Sim." Ela verificou todos os três pacientes novamente por
segurança. Eles ainda estavam sedados e respirando. Ela evitou os
corpos no chão e as poças de sangue que alguns deles haviam deixado
para trás devido ao confronto com o Veslor.
“Precisamos encontrar um lugar para guardar os cadáveres.” Ela
tentou o profissionalismo “Vamos ficar presos aqui por tempo
indeterminado. Vocês, Veslors, têm narizes muito sensíveis. Também
não estou ansiosa para sentir o cheiro de decomposição. Devemos ter isso
em mente enquanto procuramos Carlton e uma fonte de energia. ”
"Concordo." Maith se moveu na frente dela, levando-a a um longo
corredor. Ele parou na primeira porta à direita e acenou para ela.
Veslor Mates
Ela deu um passo ao lado dele e ativou o implante atrás de seu olho
artificial enquanto estudava o painel de segurança na parede. "Fácil. É
uma fechadura desatualizada e brincadeira de criança. Posso até ver o
código de substituição do fabricante, mas não preciso digitá-lo. Ele tem
uma opção remota. ”
“Deixe-me ir primeiro. O homem pode ter uma arma. ”
"Sem problemas." Maith era mais rápido e mortal. Ela transmitiu
mentalmente o sinal e a barra que protegia a porta deslizou, as luzes do
teclado ficando verdes. "Todo seu." Ela se moveu contra a parede e
prendeu a respiração, esperando que nada de ruim acontecesse.
Maith entrou na sala escura rapidamente. Ela respirou
lentamente, com o corpo tenso, mas nada aconteceu até que Maith voltou
a aparecer. Ele balançou sua cabeça. “Armazenamento de alimentos
congelados. Não vamos morrer de fome. As unidades de refrigeração têm
energia. ”
"Isso é bom. Isso significa que há um sistema de backup. As luzes
provavelmente só precisam ser redefinidas manualmente. ” Ela
caminhou de volta para o início do corredor largo, onde ela já havia
notado uma mudança. “Eu vou tentar. Prepare-se para as luzes. ”
A chave era uma antiquada. Ela o abaixou e voltou a subir. Luzes
se acenderam acima. Também muito fácil. Jessa teve que piscar seu olho
natural rapidamente devido ao brilho, ajustando mentalmente o olho
artificial para que não permanecesse no modo de visão noturna.
Agora que ela podia ver, ela notou o corredor curvo no final. Ela se
virou para encontrar Maith olhando para ela. “A United Earth deve ter
economizado dinheiro construindo este lugar usando tecnologia
realmente desatualizada. Precisamos encontrar as bombas de ar e virar
o disjuntor. Provavelmente tudo, exceto a refrigeração, também precisa
ser reiniciado manualmente. ”
Ele inclinou a cabeça e apontou para a porta mais próxima dela.
"Certo." Ela caminhou até o bloco e se concentrou. “Mesma marca
e modelo. Mesmo código de substituição. Eu poderia desbloquear todos
de uma vez, se você quiser. "
“Um de cada vez,” ele disse a ela.
Ela acenou com a cabeça. "Preparado?"
Ele gentilmente bateu contra o lado dela, colocando-se na frente da
porta. Ela hesitou. “Desligue as luzes do corredor primeiro.” Ela baixou a
voz. “Carlton não é muito inteligente. Ele provavelmente nem tentou
acender as luzes desses quartos ainda. Mas se ele te ver, ele vai atirar se
estiver armado. ”
Maith mostrou as presas. "Sou rápido. Destrave e fique atrás da
parede. ”
Veslor Mates
“Ok ...” Ela se moveu para o lado, não precisando olhar para o bloco
para enviar o sinal mentalmente. Ela o fez, e a fechadura deslizou
enquanto o painel piscava em verde.
Maith empurrou a porta e desapareceu rapidamente
dentro. Nenhum disparo de laser aconteceu. Ele voltou para ela em
menos de um minuto. “Há armários lá e uma mesa com telas de
segurança.”
Ela avançou até a porta e enfiou a mão dentro, reiniciando o
interruptor. Luzes inundaram a sala. “Esta é uma configuração de sala
de segurança.”
"Eu sei."
Ela olhou para ele. “Esses armários podem conter arquivos
físicos. Podemos ter nossa prova para o comandante Bills aqui. ” Ela
recuou para o painél de segurança. “Vou mudar os códigos, incluindo a
substituição do fabricante. Dessa forma, ninguém além de nós pode
entrar. ”
"Por que você faria isso?"
“Porque eu não confio em ninguém em Torid que possa trabalhar
para os homens no comando. Pode não ser apenas o seu grupo e o
pessoal da Frota tentando nos desenterrar. Eles vão precisar de
ajuda. Não quero que um incêndio 'acidental' ou algo aconteça com esses
arquivos. ”
"Boa decisão."
"Eu achei que sim." Ela colocou sua atenção exclusiva no
teclado. Alterar os códigos levou apenas um minuto. "Feito. Feche-a e
será bloqueada automaticamente. ” Ela baixou a voz e rosnou algo para
ele em Veslor. “Essa é a palavra para o novo código, mas em inglês.” Ela
também deu a ele o código numerado que abriria todas as outras portas,
caso ele precisasse fazer isso sem ela.
Ele abriu a boca para falar.
Jessa o interrompeu. "Não. Não diga isso. Não estou captando
nenhum sinal de monitoramento, mas é melhor se você digitar os códigos
no Veslor para o seu agrupamento, apenas no caso de algo acontecer
conosco. ”
"Eu não vou permitir isso."
Jessa forçou um sorriso. "OK. Então é só para me agradar. Posso
estar paranóica, mas prefiro ser cuidadosa demais do que não o
suficiente. Estou cansada desses idiotas fugindo com a merda e
mentindo sobre isso. "
Ele ergueu o pulso e a tela do holograma apareceu. Ele tocou nos
símbolos alienígenas que ela não conseguia ler. Ela fez uma nota mental
para tentar aprendê-los. Seu implante cerebral a ajudava a lembrar tudo
o que os Veslors diziam em sua língua, a armazená-lo, e foi assim que ela
aprendeu a falar sozinha.
Veslor Mates
Depois de terminar, Maith abaixou o pulso e acenou com a

cabeça. "Feito."
Ela esperou que ele fechasse a porta do escritório de segurança e
desceu o corredor para a próxima sala. Eles precisavam encontrar
Carlton George.
Veslor Mates
Capítulo Sete
S eis portas depois, eles encontraram o assistente

desaparecido. Como previsto, Carlton disparou uma arma contra
Maith. O som disso assustou Jessa, mas o disparo do laser foi
rapidamente seguido por um grito masculino e um baque forte.
“Eu tenho o macho,” Maith gritou.
Jessa empurrou a parede, entrou na sala escura e reiniciou o
interruptor interno. Luzes inundaram de cima para revelar o que parecia
ser um minúsculo apartamento. Tinha um banheiro, uma cama na
pequena sala de estar e um balcão com pia. Seu olhar rapidamente
absorveu tudo antes de se fixar onde Maith prendeu Carlton George de
bruços no chão.
Ela deu um passo à frente e chutou a arma descartada para longe
do alcance de Carlton.
"Você está me esmagando!" o assistente engasgou.
“Você tentou matá-lo, idiota,” ela acusou antes que Maith pudesse
falar. “Você tem sorte de ainda estar respirando. Você pode colocá-lo de
pé, por favor? "
Maith ajustou, capturou os pulsos de Carlton juntos com uma
grande mão, então usou as costas da camisa do humano para levantá-
lo. Ele girou Carlton até que Jessa pudesse ver o rosto vermelho e
enfurecido do idiota.
Carlton olhou para ela. “Você não vai se safar com isso. Ordene que
este alienígena me liberte! "
Jessa revirou os olhos. "Ou o que? Você vai berrar e
reclamar? Seus idiotas explodiram uma propriedade da United Earth e
possivelmente mataram um monte de gente no processo. E não se
esqueça de como você planejava matar a mim e ao Maith quando o
governador estivesse seguro. Ninguém daria a mínima se estripássemos
você depois de ouvir tudo o que você fez. ” Ela fez uma pausa. “Que
códigos de acesso você precisava de seu amigo Boyd? Me chame de
curiosa. ”
O assistente selou os lábios por um momento, então deixou
escapar: "Exijo um advogado."
Ela não podia acreditar em sua audácia. “Você e seu governador
nos enterraram vivos. Ninguém vai entrar ou sair daqui tão
cedo. Responda a minha pergunta. Que códigos Boyd tem que são tão
importantes? Com certeza não foi para desativar as bombas. ” Ela
estendeu a mão e bateu em sua orelha. "Melhorada. Eu ouvi sua
conversa com o guarda. Você queria que aquela bomba explodisse. ”
Veslor Mates
“Eu ouvi você também,” Maith confirmou. "Você queria que a

mansão explodisse."
Carlton olhou mais intensamente para Jessa. “Eu exijo um
advogado. Eu não estou te dizendo nada. ”
"Está bem." Ela encolheu os ombros. "Os investigadores da Frota
podem arrancar de você." Ela olhou para Maith. "Precisamos amarrar o
babaca."
“Eu tenho direitos! Você não pode fazer isso, ”Carlton
protestou. “Vou mandar prender vocês dois. Estou apresentando uma
queixa! ”
Jessa se aproximou e estendeu a mão, agarrando seu
queixo. Então ela deu uma joelhada nas bolas dele.
Ele gemeu, instintivamente tentando se inclinar para frente, mas
entre ela e Maith, ele não conseguia se mover.
"Cadela!" Carlton engasgou.
"Idiota. Você nos enterrou aqui. Eu não dou a mínima para
seus direitos. E os nossos? Ou das pessoas que estavam na mansão
quando as bombas explodiram? Foda-se. Você. A menos que você esteja
disposto a responder minhas perguntas, sele seus malditos lábios. " Ela
soltou seu queixo e recuou. "Ou eu irei te acertar no saco toda vez que
você reclamar ou fizer uma ameaça inútil."
Ela se virou, olhando ao redor da sala. A cama parecia muito
confortável para amarrá-lo. Também não era resistente o suficiente. Ela
entrou no banheiro e acendeu a luz. O vaso sanitário era preso à parede
com uma espessa tubulação de metal, e o vaso sanitário e a caixa de
descarga eram uma só peça, aparafusados no lugar. Ela sorriu. “Traga-o
aqui. Eu volto já."
Jessa correu para seu kit médico, verificou os humanos
inconscientes e agarrou algumas restrições de força alienígena. Ela
voltou e descobriu que Maith havia arrastado Carlton para o banheiro,
como ela havia pedido.
“Traga-o aqui. Vamos trancá-lo no fundo do banheiro. Ele pode
abraçar o vaso. ”
Carlton balançou a cabeça freneticamente, empalidecendo. "Não!"
"Você terá espaço suficiente para mijar nos joelhos se precisar
esvaziar a bexiga, e isso lhe dá acesso à água se estiver com sede." Jessa
sorriu. "Você pode usar o queixo para dar descarga ... a menos que goste
de beber sua própria urina."
"Sua boceta de merda!"
Maith hesitou por um momento, então puxou Carlton, que lutava
e gritava, para o banheiro. Entre os dois, eles o seguraram. Ela não sentia
culpa. Não havia nenhuma cela na sala de segurança, então este foi um
grande plano.
Veslor Mates
Maith pegou a arma que Carlton havia usado e a encontrou no

corredor. Seus olhos verdes se estreitaram quando seus olhares se
encontraram.
Jessa cruzou os braços sobre o peito. "Se você tem um problema
com o local onde o deixamos, por que o levou para lá?"
“Eu não tenho um problema. Era um lugar sólido para protegê-
lo. Ele não é forte o suficiente para quebrar o vaso ou o cano para se
libertar. ”
"Então, o que está procurando?"
"Você gostou disso."
Jessa não podia negar. "Culpada. Esse cara me deixa furiosa e ele
é horrível. ”
"Ele não pode desabotoar as calças, mas pode beber se ficar com
sede."
"Acho que poderia abrir suas as calças, mas não quero tocá-lo."
A expressão severa de Maith se suavizou. "Vou verificá-lo a cada
poucas horas."
Jessa suspirou. “É uma solução temporária. Uma que eu gostei
muito de ver implementada. Eu adoraria deixá-lo abraçando aquele vaso
pela eternidade, mas eu não sou uma vadia total. Precisamos encontrar
um lugar melhor para protegê-lo e aos outros prisioneiros. Eles vão
precisar de banheiro e acesso à água. Mas tudo o que vi até agora não se
alinha com os bunkers de emergência típicos da United Earth. As portas
seriam todas claramente marcadas, as saídas e entradas também, e
haveria uma grande cozinha industrial. Este não tem isso. Seria na área
principal do bunker, para dar livre acesso a todos. O que exatamente você
viu nesses freezers? ”
“Muita carne.”
“Não temos como cozinhar carne sem uma cozinha de verdade, se
não houver uma.”
"Isso seria um problema." Maith olhou para as portas que ainda
não haviam aberto.
“Ainda podemos encontrar uma cozinha,” ela suspirou. “E a
comida seca geralmente é guardada lá, em armários trancados. Todo este
bunker é uma raridade. ”
Maith acenou com a cabeça e moveu-se para a próxima porta de
segurança, apontando a arma para ela. Jessa se concentrou no teclado
de entrada e anulou a fechadura. Ela se moveu para o lado enquanto ele
corria para o quarto escuro. Ela ficou tensa novamente, esperando que
ninguém estivesse se escondendo atrás de qualquer uma dessas portas
que ainda não haviam sido abertas.
Maith saiu. "Outra cabana."
Veslor Mates
"Como a última?" Ela entrou e reiniciou as luzes. Elas vieram para

mostrar um apartamento estúdio idêntico. “E o mistério se aprofunda.”
"Por que?"
“Eles normalmente têm vários beliches nos quartos de dormir para
acomodar muitas pessoas. Os bunkers de emergência são projetados
para abrigar centenas de pessoas. Às vezes, milhares. Estes são
pequenos aposentos privados. ”
“Vamos obter respostas.”
Jessa tinha a sensação de que a United Earth não ficaria feliz com
nada do que descobriram. Era possível que o governador Boyd tivesse
subornado os operários da construção para mudar o layout do bunker
quando ele estava sendo construído, sem a permissão da UE. Isso o
tornaria culpado de ainda mais crimes. Os bunkers de emergência não
foram feitos para serem escapes privados para idiotas sedentos de poder.
Isso a fez se sentir melhor sabendo que Boyd, Carlton e todos os
associados com os dois provavelmente passariam o resto de suas vidas
na prisão. Ela se lembrou de todos os pacientes que ela tratou que foram
abusados por aqueles que supervisionavam a colônia. Os garotos
famintos e feridos eram os que mais a incomodavam.
Os dois quartos seguintes também eram apartamentos privados
para dormir. O terceiro era uma grande cozinha. Jessa cortou o painel da
fechadura da despensa. O alívio a atingiu quando viram que estava
totalmente abastecido com alimentos secos e congelados. Eles não
ficariam com fome. Ainda assim ... ela franziu a testa enquanto se virava
para olhar para Maith.
“Eles têm armazenamento congelado aqui. Então, por que a outra
unidade? ”
Ele encolheu os ombros.
“Estranho,” ela murmurou. “Depois que terminarmos de procurar
nesses quartos, vou dar uma olhada dentro dos outros freezers.”
"O que você está pensando?"
“Que o governador e seus capangas podem estar guardando todas
as coisas boas para si aqui, em vez de disponibilizá-las aos civis. Quando
eu estava em outra nave da Frota, uma vez tivemos que responder a um
motim que ocorreu em uma estação espacial. O comandante da estação
e sua equipe estavam guardando toda a carne real e a maior parte dos
suprimentos médicos que roubaram das entregas de transporte. Os
papeladores ficaram putos quando descobriram quem realmente os havia
ferrado. Eles acreditaram que os fornecedores os estavam roubando. ”
Maith a conduziu para fora da cozinha. Os aposentos privados
estavam localizados atrás de várias outras portas lacradas. Eles haviam
trabalhado lentamente até quase o final do segundo corredor. Ela enviou
o código para abrir outra porta e esperou.
Veslor Mates
Ele pareceu ficar tenso no segundo em que a porta se abriu, então

correu para dentro com um grunhido. "Pegue seu kit médico."
Ela girou, correndo pelo corredor sem questionar. Ela confiava em
Maith. O que quer que ele tenha visto ou cheirado na escuridão,
significava que alguém dentro da sala estava ferido. Ela rapidamente
verificou os três prisioneiros inconscientes, fechou seu kit e voltou
correndo.
A porta permaneceu aberta e Maith acendeu as luzes. Quando ela
entrou correndo, a visão horrível a fez engasgar.
Oito gaiolas de metal ao todo, agrupadas em quatro contra duas
das paredes laterais da grande sala. Os interiores tinham cerca de dois
metros de altura, talvez um metro e meio de largura e a mesma
profundidade. Cada um continha um catre dobrável suspenso preso às
barras e uma unidade dupla de toalete / pia localizada sob as camas
simples.
Duas das celas continham pessoas. A fechadura de uma delas
havia sido aberta com o rifle laser, e Maith estava ajoelhado ao lado de
um homem ferido em uma das camas.
O segundo prisioneiro era uma mulher. Seu rosto apresentava
hematomas perto da maçã do rosto e o olho acima estava ligeiramente
inchado. Ela se sentou enrolada em sua cama, os joelhos dobrados, e ela
parecia assustada.
“Estamos com a Frota.” Jessa encontrou sua voz. "Vocês estão
seguros agora."
“Kit médico,” Maith rosnou. “O homem está em estado crítico.”
Jessa desviou o olhar da mulher e correu para dentro da jaula
apertada. O chão era de metal e desconfortável quando ela se ajoelhou
ao lado de Maith, dando uma boa olhada em seu paciente.
A raiva a inundou. Afinal, ele não era um adulto. Não
totalmente. Ele provavelmente tinha quinze ou dezesseis anos, se ela
fosse adivinhar. O garoto estava inconsciente e mal respirava. Maith
havia levantado a camisa do garoto, revelando hematomas feios e o que
ela tinha certeza eram algumas costelas quebradas. Ela
automaticamente começou a verificá-lo com seu olho artificial ao pousar
o kit e abri-lo para pegar o scanner.
A varredura confirmou o que os sensores de calor em seu olho
artificial haviam sugerido. “Sem sangramento
interno. Agradecidamente. Apenas hematomas muito fortes e quatro
costelas quebradas. ” Ela tirou uma amostra de sangue e leu os
resultados. "Porra!" Ela vasculhou seu kit médico, abrindo um
compartimento lateral.
"O que?"
"Ele tem a doença de Prissa." Ela retirou suas vacinas alienígenas
de ação rápida e administrou uma dose no menino. Em seguida, ela o
Veslor Mates
acertou com um reforço de imunidade. Em seguida, ela ergueu o injetor

da vacina novamente e pressionou-o contra a própria pele,
administrando a dosagem em si mesma. Ela preparou outra dose e olhou
para Maith. "Você é imune à doença de Prissa?"
“Não sei o que é isso”, respondeu ele.
“É um minúsculo parasita aerotransportado originário de plantas
produtoras de esporos em um planeta que chamamos de Prissa.” Ela fez
uma careta. “Uma equipe inteira de pesquisa em um planeta desabitado
que agora é controlado pela Terra foi derrubada com ele. Nove deles
morreram antes que o ARS enviado ao local percebesse a causa e
encontrasse a cura. Ele infecta qualquer pessoa que respire nos
esporos. O parasita se torna ativo em um conjunto quente de pulmões e,
em seguida, se espalha por todo o corpo. É mortal se não for verificado e
altamente transferível de um hospedeiro vivo para outro. ”
Jessa balançou a cabeça. “Como diabos esse garoto encontrou
isso? Prissa agora é um planeta restrito. Posso dosar você apenas no
caso? É altamente contagioso, Maith. Até a tosse pode espalhar os
parasitas, pois eles estão presentes em todos os fluidos corporais. Você
também o tocou e ele está suando. A vacina vai matar os parasitas. ”
"Você disse que é uma doença ..."
“Eu não nomeiei a maldita coisa. A ARS enviada àquele planeta deu
esse nome, provavelmente porque os parasitas se espalham como uma
doença. ”
Ele deu um aceno de cabeça afiado e ela injetou nele. Então ela
olhou para a mulher na gaiola ao lado, passando o injetor para
Maith. “Ela precisa de uma dose. Já está carregado. ”
Maith se levantou e saiu da gaiola para abrir a fechadura da
próxima. Isso deu a Jessa mais espaço para avaliar o garoto. Ela falou
com a mulher, porém, que choramingou.
“Esse é Maith. Ele parece terrível como o inferno, mas Veslors tem
corações enormes e ele é um médico. Ele não vai te machucar. Está
trabalhando com a Frota. Deixe ele te dosar. Você estava a metros de
distância desse garoto e ele estava fortemente infectado com os
parasitas. Isso significa que é mais do que provável que você também os
tenha. Seria um milagre se você não tivesse, já que você está respirando
o mesmo ar em um espaço confinado. ”
A mulher permitiu que Maith a administrasse. Ele virou a cabeça,
olhando para Jessa através das barras da gaiola. “Posso usar o seu
scanner? Eu não trouxe o meu. Não quero deixar você sozinha para
recuperá-lo. ”
Jessa passou seu scanner pelas barras. Ela começou com fluidos
IV para o adolescente. “Precisamos encontrar mais suprimentos
médicos. Meu kit está acabando e vou precisar de pelo menos dez sacos
de soro fisiológico. Ele está altamente desidratado e ficará assim até que
Veslor Mates
todos os parasitas morram. Isso levará pelo menos dez a vinte horas, com
base no grau de infecção dele. ”
“Eu vi alguns suprimentos médicos nas caixas empilhadas na sala
principal.”
Ela ficou aliviada ao ouvir isso. “Não estou surpresa que esses
bastardos os estivessem dominando. Você também precisa entrar em
contato com o seu grupo para informar que todos precisam da vacina
antes de entrar no bunker. Qualquer um que entrar nesta sala ou perto
desses dois será exposto. Defcon Red terá que enviar doses. A farmácia
na Baia Médica está equipada para fabricá-lo. Doença de Prissa, ”ela o
lembrou.
Ele ativou sua pulseira de agrupamento e o teclado de holograma
apareceu. Ela voltou seu foco para o garoto, trabalhando para estabilizar
suas costelas quebradas. Jessa realmente queria saber como ele foi
exposto e por que foi trancado no bunker. Ela olhou para a mulher. "Você
sabe por que esse adolescente foi trazido aqui?"
A mulher hesitou. “Ele já estava aqui quando fui presa.”
"Qual o seu nome? Eu sou Jessa. ” Ela não queria ser muito formal
com a mulher assustada e manteve seu tom calmante.
“Wilma Johns. Meu marido é o coordenador da UE para o
assentamento. Eles me prenderam para mantê-lo na linha quando a
Frota chegasse. ”
Jessa preencheu os espaços em branco. "Então ele mentiria para
eles sobre a situação real do que está acontecendo aqui ou eles matariam
você?"
Grandes lágrimas deslizaram pelo rosto da mulher. "Sim."
"Ela está grávida de dezesseis semanas, de acordo com seu
scanner", disse Maith, seu tom mal suprimindo sua raiva. “O filhote por
nascer está bem. Ela dá sinais de não estar se alimentando bem e foi
agredida no rosto e nos braços. Sem ossos quebrados. ”
“Um de seus captores está preso a um banheiro,” Jessa
grunhiu. “O assistente do governador. Não que provavelmente ajude
saber disso. O governador foi apunhalado no estômago também. ” Ela
queria justiça para Wilma Johns. "Eles sabiam que você está grávida?"
Wilma fungou, mais lágrimas rolando pelo rosto. "Sim. Hum, essa
vacina é segura para o meu bebê? ”
Maith rosnou.
Jessa acenou com a cabeça. “É seguro para o feto.”
"Você pode me levar para o meu marido?" O tom esperançoso na
voz de Wilma entristeceu Jessa.
"Ainda não. Precisamos permanecer no bunker até que as doses da
vacina sejam dadas a alguém que venha aqui. Você não quer que isso se
espalhe para ninguém de quem você gosta. Vamos tirar você dessa cela e
Veslor Mates
te alimentar enquanto esperamos. ” Jessa olhou para Maith. A última

coisa que ela imaginou que a paciente grávida precisava descobrir era
que eles foram enterrados vivos. “Mas logo levaremos você ao seu
marido. Promessa." Então ela rosnou um aviso para ele em
Veslor. "Quieto para mantê-la calma."
Ele encontrou seu olhar, respondendo em Veslor. “Ela vai ver os
danos e deve ter ouvido a explosão.”
"Acalme-a e alimente-a primeiro, depois explicaremos."
"Sim." Ele ajudou a fêmea a sair do catre e da gaiola, onde fez uma
pausa, voltando ao inglês. "Eu vou alimentá-la."
Jessa também mudou para inglês. "Ela provavelmente vai querer
um banho." Ela encontrou o olhar da mulher. "Há quanto tempo eles
estão com você aqui?"
Wilma encolheu os ombros. “Talvez uma semana? É difícil saber as
horas aqui e os guardas não vinham nos verificar com frequência ou
traziam comida. Eles estavam nervosos por Ned estar doente. Esse é o
nome dele. Ele tem estado febril demais para fazer sentido nos últimos
dias. Eu só sei o primeiro nome dele, e ele fica perguntando por sua
mãe. Ele vai ficar bem? "
“Seu prognóstico a longo prazo deve ser bom, mas os parasitas
afetaram seu corpo. Vai demorar algumas semanas para ele se recuperar
totalmente. ”
O alívio brilhou no rosto de Wilma. “Acho que ele é da área do porto
espacial da cidade.” Ela apontou para um par de sapatos no canto da
gaiola de Ned. “Vê a poeira cinza acumulada neles? O chão está coberto
de cinzas naquela parte da cidade. É onde eles queimam o lixo das
entregas de suprimentos. Notei quando consegui convencê-lo a tirar os
sapatos durante um de seus momentos de lucidez, para que ele ficasse
mais confortável. ”
“Obrigado por compartilhar isso. Seremos capazes de identificá-lo
pelo DNA assim que sairmos do bunker, se ele ainda estiver inconsciente
nesse ponto. A Frota tem acesso ao banco de dados da colônia, e ele tem
idade suficiente para ter sido transportado para este planeta, ”Jessa
informou a ela. “Todos os transportes de colônias civis mantêm registros
de DNA.” Ela não iria mencionar que eles fizeram isso para ser capaz de
identificar os corpos se alguém morresse.
Maith levou a mulher embora. Jessa os observou irem, preocupada
com a mulher grávida. Wilma teve que se apoiar pesadamente no alto
Veslor e parecia trêmula em seus pés.
Jessa verificou o adolescente e viu que seus sinais vitais estavam
se estabilizando. Não muito, mas era uma melhoria. Ela verificou
novamente o exame de sangue que fizera, examinando os resultados mais
detalhadamente. Ela achava que ele tinha sido exposto pelo menos três
semanas antes, devido à taxa de infecção.
Veslor Mates
Jessa sentou-se de cócoras e olhou para o rosto da criança. Ter

acesso a Prissa era difícil. Nenhum colonizador viveu no planeta
restrito. Apenas mineiros, todos vacinados contra a infecção.
Os transportes da empresa só podiam coletar as pedras do
quintwin depois de serem higienizadas. As rochas foram as únicas coisas
que deixaram aquele planeta. Eles foram enviados em porões de
armazenamento sem ar ou calor para garantir que nenhum esporo
sobrevivesse. Como precaução final, a carga sempre foi colocada em
quarentena e verificada novamente antes de ser transferida para seu
destino. A tripulação dessas embarcações também deveria ser
vacinada. Tudo girando em torno da mineração de Prissa era altamente
regulamentado.
O adolescente não tinha idade suficiente para trabalhar em
Prissa ou em um navio de transporte da empresa. E Torid não teve muito
tráfego. Cargueiros de suprimentos e uma equipe ocasional de inspeção
da United Earth foram os únicos visitantes oficiais. Era mais um
mistério.
Ela se levantou e fechou seu kit de medicamentos, recuperou seu
injetor de vacina alienígena e foi fazer uma visita a Carlton George. Ele
havia conseguido abaixar a tampa do vaso sanitário para usar como
travesseiro enquanto abraçava a base.
“Ei, idiota. Nós precisamos conversar."
Carlton ergueu a cabeça e se virou para olhá-la carrancudo. "Eu
vou te matar, vadia."
Ela colocou seu kit no chão, bem fora do alcance dele pela porta
aberta do banheiro. “Não se você morrer primeiro. Vamos falar sobre o
adolescente trancado em uma gaiola no final do corredor. Você sabia que
ele está doente? "
Uma centelha de pavor em seu rosto revelou que ele não estava
surpreso.
“Ele tem a doença de Prissa. Você sabia disso? Tem uma taxa de
morte de cem por cento se não for tratada e é altamente contagiosa. Para
minha sorte, sou a ARS da Defcon Red, então tenho um desses bebês.
” Ela ergueu o injetor em sua mão e acenou com ele. “Sou basicamente
uma médica, mas me especializo em alienígenas. Qualquer outro médico
da Frota poderia diagnosticar o menino, mas eles precisariam pedir um
transporte para voar até aqui com a cura. Felizmente, sempre viajo com
este injetor especial cheio de vacinas para vírus e doenças alienígenas
conhecidas. ”
Carlton continuou olhando para ela... mas seu olhar disparou
brevemente para o dispositivo em sua mão.
“Vou mandar Maith levar você para uma daquelas jaulas
eventualmente. Toda aquela sala está infectada. Depende de você se eu
vacino você ou se deixo parasitas invadirem seu corpo. Você terá de três
Veslor Mates
a quatro semanas antes de morrer ... a menos que tenha algum problema
de saúde latente. Então você pode durar dez dias. ”
Carlton empalideceu.
“O primeiro sintoma é erupção cutânea e coceira na pele, e sua
garganta ficará em carne viva. Então você sentirá calafrios e
febre. Tossindo tanto que parece que você vai cortar um pulmão. As
cãibras musculares vêm em seguida. Dolorosas que farão você se sentir
como se tivesse levado uma surra do inferno e de volta. Cada centímetro
seu vai doer. " Ela fez uma pausa. “Eventualmente você estará delirando,
raramente consciente e sofrerá violentos tremores até a morte. Não é a
pior maneira de morrer. Confie em mim. A doença de Cuga é um pesadelo
ainda maior. Isso transforma seus órgãos internos em mingau e você
sangra. Olhos, orelhas, traseiro... inferno,
você urinaria sangue. Vômito. Coisa desagradável. A maioria das pessoas
se matam se conseguirem antes que a ajuda chegue. É tão doloroso e
horrível. ”
Carlton zombou. “Você não vai fazer isso. Você tem que
compartilhar a cura, se a tiver. Você é uma maldita médica. "
“Eu já me vacinei, o alienígena e as duas pessoas inocentes que
você prendeu. Eu só tenho três doses restantes, ”ela mentiu. “E há quatro
de vocês idiotas vivos. Isso significa que um de vocês está ferrado até que
a ajuda possa cavar o caminho até aqui. Quem deve receber uma dose,
você acha? Seu precioso governador? Talvez o guarda ou aquela
mulher? Decisões, decisões." Ela bateu com o injetor na perna. "Fale...
ou com certeza não será você."
Toda a cor sumiu de seu rosto.
“Aquele pobre garoto foi tão devastado que, mesmo se vacinado, vai
precisar de semanas para recuperar as forças para tomar banho e andar
sem ajuda. Os parasitas gostam de se alimentar de músculos. De onde
veio a criança? Como ele foi exposto? Eu quero detalhes. Estou farta de
lidar com perguntas sem resposta. ”
Carlton continuou olhando para o injetor. "Você está
mentindo." Ele não parecia convencido de suas próprias palavras, no
entanto. Não com o medo que brilhou em seus olhos.
"Certo. Vou chamar Maith agora mesmo para colocá-lo na gaiola ao
lado do garoto. Você será exposto no segundo em que for arrastado para
a área de espera. ”
"Sua vadia!"
"Sim, eu sou." Ela cruzou os braços e encostou-se à
porta. “Aproveite a erupção. Ele aparecerá dentro de uma hora de
exposição. ”
"Jure para mim que uma dessas doses é minha!"
Ela demorou, parecendo debater o desconforto dele. "Está
bem." Ela fez uma careta. “Mas eu quero detalhes. Muitos deles."
Veslor Mates
“Às vezes compramos de fornecedores independentes. Um deles

nos prometeu algo raro, mas quando chegou, ele não nos contatou antes
de pousar. Isso nos colocou em alerta, temendo um ataque. Um dos
tripulantes saiu cambaleando do navio e desabou. O garoto é um catador
que fica no porto, vasculhando os contêineres de lixo em busca de coisas
danificadas no trânsito. Muitos daqueles bastardos inúteis vasculham
antes que o conteúdo seja incinerado. O tripulante estava tendo
convulsões. O garoto correu para ajudá-lo. ”
"Aposto que ninguém mais o fez."
“Só um idiota teria! Isolamos a área e enviamos uma equipe médica
adequada. Não era qualquer coisa que eles tivessem visto antes. Toda a
tripulação estava doente demais para falar e um deles já havia
morrido. Colocamos a nave em quarentena, mudamos para um local
seguro e depois destruímos. Rodney queria jogar o garoto na nave antes
de destruí-la, mas a equipe médica queria estudá-lo, então o colocamos
aqui. Os guardas que o alimentam sabem que não devem tocá-lo ou
chegar muito perto. ”
"Seu imbecil. Você tem sorte de não ter se espalhado por toda a
colônia. Por que você não ligou pedindo ajuda? ”
Ele selou os lábios com firmeza.
"Certo. Deixe-me adivinhar. Esses 'fornecedores independentes'
não são legais e você não queria que a United Earth ou a Frota
soubessem. ”
“Eu disse a você como o garoto ficou doente e por que ele está
trancado aqui. Eu quero a cura. ”
"Como você conseguiu uma tranca Deki no bunker?"
O olhar de Carlton se desviou. "Não sei do que você está falando."
“Eu não divido doses com mentirosos. E você é péssimo
nisso. Responda à pergunta."
Ele hesitou. “Isso foi o Rodney. Não eu. Ele às vezes negocia coisas
com alienígenas. Alguns deles nos visitaram. ”
"Quais?"
"Eu não sei, porra!"
“Descreva como eram.”
Ele fez uma careta. “Eu odeio alienígenas. Rodney nunca me fez
lidar com eles. Se ele tentasse, eu teria recusado. Um alienígena só é bom
quando morto. Eu não arriscaria ser assassinado porque Rodney queria
negociar. Não tenho ideia de como eram porque fiquei longe do porto
quando pousaram. ”
“Na verdade, acredito que você os teria evitado a todo custo.”
Ela se aproximou dele e bateu com o injetor em sua garganta,
administrando uma dosagem. “Eu mantenho minha palavra.” Em
Veslor Mates
seguida, ela recuperou seu kit médico e voltou para o adolescente para
ver como estava. A condição de Ned continuava a melhorar.
Veslor Mates
Capítulo Oito
M aith trouxe uma refeição quente para Jessa. Ele a encontrou

sentada no chão da gaiola ao lado do filhote macho doente. Seus olhos
estavam fechados, mas sua respiração estava rápida demais para estar
dormindo. Ele se agachou e a tocou.
Jessa abriu os olhos e encontrou seu olhar.
"Você precisa comer." Ele estendeu a bandeja com comida e bebida.
Ela cruzou as pernas e a pegou, seu olhar deixando o dele para
estudar o homem na cama. “Ele parece melhor. Deveria fazer outra
varredura. ”
"Eu vou." Ele abriu seu kit próximo e executou a varredura. “Ele
está melhor. Estável."
"Eu sei. Ele provavelmente não teria durado mais do que um ou
dois dias. ” Ela falou as palavras suavemente enquanto abria a bebida e
tomava um gole. “Onde está Wilma? Como ela está?"
“Eu a levei para um dos apartamentos privados e permaneci até
depois que ela tomou banho, para ter certeza de que ela não precisava de
ajuda. Eu também lhe arranjei roupas novas. Ela está descansando. ”
"Ela comeu?"
Ele assentiu. "Nós dois comemos."
"Bom. Provavelmente deveríamos arrastar o guarda, a cadela e o
governador para essas outras jaulas. Só precisamos encontrar as chaves.
”
"Elas estavam na sala de segurança." Ele retirou cartões de
bloqueio do bolso da calça de moletom muito pequena que ele
usava. “Você estava tentando dormir? Você pode pegar um dos
apartamentos particulares para descansar. ”
"Eu não estou cansada. Eu estava meio que meditando. ” Ela deu
uma mordida no bolo de carne em seu prato e fez uma careta. “Não é meu
sabor favorito, mas dá pro gasto. ” Ela deu outra pequena mordida. “Eu
estava imaginando que estava em qualquer outro lugar, menos dentro
desse bunker. Isso ajuda. Também estou adiando a remoção dos
cadáveres. Essa é uma tarefa que estou temendo, mas precisa ser feita. ”
"Eu já fiz."
Ela pareceu surpresa.
“Mudei-os para a sala onde o primeiro conjunto de freezers está
localizado. Não havia espaço nos freezers, mas coloquei-os no chão. ”
"Você deveria ter vindo me pedir para ajudá-lo."
Veslor Mates
“Não havia necessidade. Roth me contatou. Eles devem ser capazes

de iniciar o nosso resgate em poucas horas. A área ao redor da mansão
foi estabilizada e todos os feridos tratados. ”
"Quão ruim está lá em cima?" Ela olhou para o teto brevemente
antes de encontrar seu olhar. "Eu posso lidar com a verdade."
“O prédio inteiro desabou. As bombas foram bem colocadas. ” Ele
ficou mais confortável no chão de metal, sentado perto de Jessa. Ela não
parecia bem. Ela estava muito pálida e seu tom sem brilho o
preocupou. “Eles vão nos tirar. Forcei o Carlton a me dar os códigos para
o armário de armazenamento da sala principal que contém as bombas de
oxigênio. Os números que você me deu não funcionaram lá. Elas ligaram
quando eu liguei os interruptores. Vamos ficar bem até que meu grupo e
a Frota cheguem até nós. ”
Jessa pôs um sorriso, mas ele sabia que era falso. "Você o
machucou?"
"Não. Disse ao homem que todos nós sufocaríamos, inclusive ele,
se não cooperasse. Ele me deu o código e a localização facilmente. O
desejo masculino de viver é forte. ”
"Sim. Ele é um idiota narcisista total. "
"Eu não conheço essa palavra."
"Ele fará qualquer coisa para salvar sua própria bunda." Ela
terminou o bolo de carne e a bebida. "Obrigada pelo jantar." Ela olhou
para seu relógio de pulso e revirou os olhos. “Eu sempre esqueço que está
quebrado.” Seu olhar encontrou o dele. "Que horas são?"
“Estamos aqui há quase cinco horas.”
Jessa fechou os olhos. "Porra. Já parecem dias. ” Ela abriu os olhos
e suspirou. “Devíamos arrastar nossos prisioneiros aqui e trancá-los
antes que acordem. Vou mudar o código da porta para esta sala, caso
algum deles consiga escapar das gaiolas. ” Ela olhou para o filhote
macho. “Você pode levantar Ned e carregá-lo para uma sala privada? Ele
ficaria mais confortável lá, e de jeito nenhum vou deixá-lo sozinho com
qualquer um daqueles idiotas. Eles o machucaram o suficiente até quase
matá-lo. Eles iriam deixá-lo morrer em vez de pedir ajuda médica da
Frota. Seus médicos não tinham ideia do que ele tinha ou como tratá-
lo. O que me irrita ainda mais. Que babacas preguiçosos. ”
Ele não entendeu. "Preguiçosos?"
“Essa colônia foi fundada há dez anos. Prissa
aconteceu há seis anos. A Frota e a United Earth enviam informações
atualizadas sobre novas doenças a todas as colônias e estações. Eles
obviamente não têm prestado atenção às atualizações ou saberiam com
o que ele estava infectado e como curá-lo. ”
“Ele acordou e falou com você? Ele disse que iam deixá-lo morrer?
"
Veslor Mates
Jessa balançou a cabeça. "Fiz uma visita a Carlton logo depois que
você saiu com Wilma."
Isso irritou Maith. "Você não deve se aproximar daquele homem
sem que eu esteja presente."
"Ele ainda está amarrado no banheiro." Ela colocou a bandeja
debaixo da cama e pôs-se de pé.
Maith rapidamente se levantou e ajudou-a a se levantar. Ele sentiu
a mão dela tremer um pouco na sua. Ele estudou seu rosto. "Você está
bem? Estou me sentindo bem depois da sua vacina. Existem
consequências? Wilma ficou com sono. Isso é uma reação humana
normal? "
“Se eu estivesse grávida e fosse mantida em cativeiro, também
estaria exausta.” Ela deu a ele outro sorriso falso. “Eu ajustei a dose
original da vacina. Não há efeitos colaterais quando é administrado a
pessoas saudáveis como preventivo. Alguns podem sentir algumas dores
leves no corpo, mas isso leva horas para se desenvolver e dura apenas o
mesmo tempo. ”
"Você está trêmula." Ele continuou segurando a mão dela quando
ela tentou puxá-la. Ele se aproximou. “Talvez você deva descansar. Eu
posso lidar com a transferência dos humanos para onde eles precisam
estar. ”
"Eu estou bem. Mesmo. A comida vai ajudar. É o estresse de tudo.
”
"Meu agrupamento e a Frota vão nos tirar daqui, Jessa."
"Eu sei." Ela apertou a mão dele e tentou puxá-la mais uma
vez. “Vamos mover todo mundo aqui e então eu posso me deitar. Eu
duvido que vou dormir, no entanto. Não até eu sair daqui. ”
Ele a soltou. “Me diga a verdade, Jessa. Quão profundo é o seu
medo? "
Ela olhou em seus olhos. “Não é tanto medo quanto ansiedade.” Ela
fez uma pausa. “Cerca de sete em uma escala de um a dez. Mas estou me
segurando. Eu prometo não desmoronar novamente. Mas terei pesadelos
se dormir. Com certeza vou passar essa. ”
Maith gentilmente ergueu o macho humano. O filhote quase adulto
precisava de um banho, mas eles lidariam com isso mais tarde, quando
o humano acordasse. Jessa carregou seu kit médico e abriu as portas
para ele, puxando as cobertas da cama quando eles entraram em um
apartamento privado.
O macho nunca se mexeu. Jessa fez uma varredura nele
novamente e baixou as luzes, mas as deixou acesas o suficiente para que
ele pudesse ver que não estava mais em uma gaiola se acordasse. Ela se
virou para ele e acenou com a cabeça.
“Ele está melhor. Os parasitas estão morrendo, mas ele ainda tem
o suficiente para ser contagioso. Eu preciso dosar os três capangas na
Veslor Mates
sala principal. ” Ela retirou um injetor e seu scanner, embolsando

ambos. “Vamos movê-los. Você arrasta e eu abro as portas. ”
Maith passou a ela os cartões de bloqueio das gaiolas. Eles
caminharam lado a lado até a área principal do bunker. O guarda, a
humana e o governador ainda estavam inconscientes. Jessa passou o
scanner sobre eles e injetou a vacina em cada um. "Eu posso pegar a
cadela se você arrastar o guarda."
"Eu os tenho." Ele não queria que ela fizesse nada fisicamente
extenuante. Jessa parecia exausta.
“É mais rápido se trabalharmos juntos.” Ela enfiou os cartões no
bolso e praguejou. “Eu esqueci de pegar algo para cortar as restrições.”
"Permita-me." Maith liberou suas garras e cortou as amarras da
fêmea, antes de fazer o mesmo com o macho.
“A mudança parcial é uma coisa muito legal de se fazer.”
"Sim." Ele agarrou o homem pelos pulsos e começou a arrastá-lo
pelo chão. Jessa fez o mesmo com a mulher. Ele teve que diminuir o
passo para mantê-la à vista. Eles chegaram à sala que continha as
gaiolas, mas quando ele digitou o código, não funcionou.
"Desculpa." Jessa estava sem fôlego. "Tente de novo. Acabei de
enviar o novo código. Eu já os alterei e excluí as substituições do
fabricante. ”
Ele abriu a porta e se preparou, então arrastou o homem para o
quarto. Seis gaiolas permaneceram intactas. Ele esperou enquanto Jessa
soltava a outra fêmea e lhe passava um cartão. Ele passou no scanner e
a fechadura da gaiola se abriu. Ele deixou o homem no chão de metal
depois de ver Jessa fazer o mesmo com seu prisioneiro. Eles trancaram
as jaulas e voltaram para o governador.
“Você se importa em carregá-lo? Eu sei que ele não é leve, mas eu
não quero que sua ferida reabra após algum choque. ”
"Claro." O homem humano mais velho pesava mais que a
maioria. Não foi um problema para Maith. Jessa abriu o caminho e
destrancou a gaiola. Ele entrou e gentilmente colocou o homem na cama
que ela dobrou.
“Provavelmente deveríamos mudar Carlton também, mas você se
importa se fizermos isso mais tarde? Assim que esses três estiverem
acordados, teremos que alimentá-los. ” Ela deu uma risadinha. “Aposto
que eles ficarão seriamente infelizes quando acordarem para sua nova
realidade.”
"Isso te diverte?"
“Sim,” ela admitiu. "Tento não guardar rancor, mas sou apenas
humana." Seu sorriso era real dessa vez. "Você não está nem um pouco
chateado com eles?"
"Não mais. Eles não representam perigo para nós agora. ”
Veslor Mates
"Você é um alienígena melhor." Ela piscou e se afastou, saindo da

sala.
Maith a seguiu, imaginando o que aquela piscadela
significava. Alguns humanos o faziam para demonstrar interesse
sexual. Ele duvidou que essa fosse a razão dela.
Jessa esperou no corredor. Ela olhou para a tranca quando ele
fechou a porta atrás deles.
“Estes têm uma configuração de alarme se alguém mexer nos
painéis. Eu ativei. Se eles saírem de suas gaiolas, saberemos. ” Ela
também sussurrou o novo código numérico da porta para ele.
“Duvido que eles se libertem.”
Ela se encostou na parede. “Eu prefiro prevenir do que
remediar. Além disso, embora essas gaiolas pareçam robustas, elas não
são celas reais. Tenho certeza de que o guarda grande tem melhorias
musculares. É por isso que o escolhi para ser o suposto doador de
sangue. Ele parecia a maior ameaça. Estou supondo, pelos sinais que vi,
que ele é viciado em Coropiana. ”
"O que é isso?"
“É um intensificador muscular ilegal. A Frota não permite que
embarquem. Qualquer pessoa flagrada tomando-os é colocada em
desintoxicação e multada. Faça isso três vezes e eles o colocarão para
fora sem benefícios. ”
"Por que você acha que ele toma?"
“Ele estava um pouco nervoso, não falava muito e ficava mudando
o peso de um pé para o outro. Ele também tinha olhos injetados de
sangue e frequentemente cerrava o maxilar. A razão pela qual a Frota
proíbe o uso - como a maioria das colônias e estações - é porque o uso
prolongado torna os usuários extremamente violentos. Eles não sentem
dor durante o alvoroço, e isso meio que frita o pequeno cérebro que eles
têm até que façam merdas realmente estúpidas que pioram
progressivamente. A paranoia também é comum. Eles começam a pensar
que todos querem pegá-los. Daí a violência. ” Ela revirou os
ombros. “Além disso, você viu o tamanho dele? Isso não era normal. Você
trabalha com as equipes da força-tarefa. Alguns deles são bem
musculosos... mas não como ele. ”
"Você acha que ele é forte o suficiente com essas drogas para se
libertar?"
"Pode ser. O que eu dei a ele o manterá relaxado por um tempo
depois que ele acordar, e então ele enfrentará uma abstinência de tudo o
que está tomando. Entre os dois, espero que ele não teste a porta da
gaiola. Se ele estiver em abstinência de Coropiana, não vai gostar da forte
enxaqueca que vai sofrer. Ele vai sentir sensibilidade à luz e se mexer
demais vai deixá-lo com náuseas. Essa droga é difícil de largar, mas não
Veslor Mates
mortal. O uso de longo prazo é, no entanto. Isso bagunça o coração e

causa danos aos órgãos. ”
"Você sabe muito sobre humanos para uma médica alienígena."
“Eu sou tecnicamente ambos. E eu tenho muito tempo livre para
aprender mais, já que um determinado grupo Veslor não me deixa
estudá-los. ” Ela sorriu. “Estou culpando você por todo o conhecimento
que adquiri durante a leitura por estar entediada. Tipo todas as novas
merdas que os médicos humanos estão vendo entrar na Baia Médica. ”
Ele ficou surpreso por ela dizer isso sem raiva. "Nosso rei pode ter
nos enviado para sua Frota, mas ele não queria que compartilhássemos
muito com os humanos."
"Certo. Curta sua tecnologia. Percebi que você não usa um scanner
de Frota e nem todos os suprimentos do kit médico são da Baía Médica.
”
“Poucos humanos percebem essas coisas. Acho mais fácil
trabalhar com o que estou familiarizado. O Comandante Bills jurou que
ninguém tocaria em meu kit médico ou perguntaria o que havia
dentro. Ele respeita nossos desejos. ”
“Ele é um bom comandante. Já trabalhei com alguns de merda. Eu
amo mais estar no Defcon Red, de todas as atribuições para as quais fui
enviada desde que fiz dezoito anos. Bills me permite fazer meu trabalho
sem me colocar restrições, e ele me deu aquele laboratório incrível. ”
“Abby confia nele, então meu grupo também. Ela disse que Howard
é como família para ela. Isso o torna nossa família também. ”
Jessa empurrou a parede. "Você deveria descansar. Eu farei a
primeira vigília. ”
“Você configurou um alarme para disparar se os humanos saírem
de suas gaiolas. Devemos ambos descansar por algumas horas antes de
verificar o filhote e a fêmea grávida. Os humanos presos precisarão de
comida e bebida depois que acordarem. ”
“Eu não vou dormir. Vou alimentar Carlton e depois dar uma
olhada nesses arquivos na sala de segurança. ” Suas feições
endureceram. “Temos algum tempo para gastar.”
“Nós seremos libertados em breve,” ele a lembrou.
"Eu sei. Eu só quero me manter ocupada. ”
"Descanse enquanto os humanos dormem."
“Não estou arriscando pesadelos, Maith, e me conheço muito
bem. Isso vai acontecer. ”
“Pelo menos sente-se e relaxe. Medite." Ele se lembrou da
palavra. “Vou dormir um pouco. Preciso de uma ou duas horas. Não
descansei bem no último turno. ”
Veslor Mates
"Porque você estava preocupado que alguém tentasse me tirar de

sua tenda?" Ela se aproximou. “Obrigada por isso. Ok... Que tal
assim, você dorme e eu irei me trancar na sala de segurança. Está
bem? Somos os únicos aqui que temos os novos códigos de acesso. Eu
estarei segura lá se nossos prisioneiros fugirem. "
Ele gentilmente pegou o braço dela. “Vamos descansar juntos. Vou
dormir na cama e você pode sentar-se. Não fique brava, mas você parece
cansada. Seu corpo precisa de descanso, mesmo que sua mente não. "
“Sofá,” ela suspirou, permitindo que ele a conduzisse a um dos
apartamentos não usados. Ele abriu a porta e acendeu as luzes antes de
diminuí-las.
“Sofá,” ele repetiu. “Ter as costas atrás é estranho.”
“Isso é uma coisa Veslor total. Nós, humanos, gostamos de algo
para se apoiar em vez de ficar em uma espreguiçadeira acolchoada. Isso
é o que chamamos de sofás sem encosto na Terra. ”
“Gostamos de nos esparramar neles e deixar nossos membros
pendurados.”
"Claro que vocês gostam."
Maith olhou para ela para ver se ele disse algo que a aborreceu,
mas ela estava sorrindo. Ele apontou para o banheiro. “Eu posso pegar
roupas para você se quiser tomar banho primeiro. Pretendo tomar um
antes de dormir. Já deixei peças sobressalentes para mim nesta sala. É
a mais próxima das jaulas. ”
"Eu estou bem. Não fui encharcado de sangue como você. Vá em
frente." Ela caminhou até o sofá e se sentou.
Ele hesitou, observando-a se abaixar para tirar os calçados. Ela
parecia pelo menos estar ficando confortável. Ele entrou no banheiro e
tirou a roupa, ligando o chuveiro. Era um espaço apertado, construído
para humanos, mas a água era quente.
Assim que terminou, ele vestiu outro par do que os humanos
chamam de "moletom". Havia um grande saco deles em uma das caixas
que ele tinha procurado antes. Elas cabiam melhor do que as outras
calças que ele encontrara em outra caixa. Pelo menos o material da roupa
de ginástica se esticava e quase chegava aos tornozelos.
Ele não se incomodou em vestir uma camisa. As armazenadas no
bunker eram muito pequenas e desconfortáveis. Ele precisaria limpar
suas botas antes do resgate. Elas permaneceram com seu uniforme
ensanguentado na sala principal, onde ele matou os guardas da mansão.
Ele saiu do banheiro, preparado para perguntar a Jessa se ela
queria que ele verificasse os outros humanos antes de dormir. A pergunta
nunca saiu de sua boca.
A respiração de Jessa estava lenta e seus olhos estavam
fechados. Ele se aproximou, já sabendo que ela havia adormecido. Sua
cabeça estava inclinada em um ângulo estranho. Alguns humanos nas
Veslor Mates
equipes da força-tarefa reclamavam de dormir mal e ter cãibras no

pescoço.
Ele tocou em Jessa com muito cuidado. Ela não se mexeu. Ele se
ajustou até que seus braços estivessem sob o corpo dela, então
gentilmente a ergueu, carregando-a para a cama próxima e colocando-a
sobre ela. Ela não acordou quando ele retirou os braços. Em vez disso,
ela torceu o nariz ligeiramente e se virou de lado, esfregando o rosto
contra o travesseiro que protegia sua cabeça.
Era uma boa hora para ele ir buscar suas roupas sobressalentes
para quando ela tomasse banho. Ele saiu silenciosamente e foi para a
área principal do bunker e procurou nas caixas. Uma delas foi marcada
para mulheres. Ele a rasgou e olhou as fotos nos pacotes
lacrados. Pareciam ser camisas e a metade inferior de um vestido. Ele
pegou um de cada e voltou para Jessa. Ela continuava dormindo. Ele
colocou os pacotes no banheiro e fez uma pausa após sair.
A cama era grande... mas ele não se atreveu a compartilhá-la com
ela. Isso não era apropriado.
Ele caminhou até o sofá, seus lábios se curvando em um sorriso de
escárnio silencioso. Ele odiava as costas daquilo. Era impossível para ele
se sentir confortável em algo que o impedia de balançar seus membros
em ambos os lados. Ele se espreguiçou o melhor que pôde e inclinou a
cabeça para trás para descansar no braço. Ele teve que colocar os pés no
outro braço, já que ele não cabia. A maioria dos sofás humanos era muito
curta para Veslors.
Ele teria um sono rápido. Uma ou duas horas, no máximo. Ele era
um lutador endurecido acostumado à falta de sono, mas eles tinham
tempo de descanso. Nenhum perigo poderia alcançá-los trancados dentro
dos apartamentos privados. Os quatro humanos que eles capturaram
não seriam uma ameaça. Ele tinha escondido todas as armas na sala de
segurança antes. Eles teriam nenhuma chance contra um Veslor em uma
luta corpo a corpo.
Maith fechou os olhos e repassou o dia. O orgulho por Jessa brotou
dentro dele pela força e determinação que ela revelou. Ele não gostou dela
quando eles se conheceram. Ela o irritou. Especialmente quando seu
agrupamento tomou companheiros e a ARS humana tornou-se amiga
dessas mulheres. Ele teve que lidar com ela durante o nascimento dos
filhotes gêmeos de Gnaw e Darla.
A memória costumava fazê-lo rosnar de frustração, mas agora ele
se viu sorrindo ao se lembrar dela pisando em seu pé e acotovelando-o
para fora do caminho para entregar o segundo filhote. A pequena
humana não permitiria que ele “monopolizasse aqueles bebês”. Essas
foram as palavras que ela sussurrou para ele.
Ela nunca parou de enfrentá-lo e não mostrou medo. Ele
costumava pensar que ela era louca e não tinha nenhum instinto de
sobrevivência interior, já que ela parecia não perceber que ele poderia ser
uma ameaça séria se ele desejasse causar-lhe dano.
Veslor Mates
Ele também acreditava que ela era rude e uma humana

desagradável. Mas Jessa não era nenhuma dessas coisas, agora que ele
conhecia sua história. Ela tinha feridas no coração por perder sua família
e ficar sozinha por tanto tempo. Ele não podia imaginar como seria perder
parte de seu grupo para a morte, e então alguém mantivesse o único
remanescente longe dele.
Isso explicava por que ela podia ser tão espinhosa. A dor faria com
que isso acontecesse até mesmo com Veslors. Jessa não era má apenas
por causa disso. Ela era como um animal ferido, mordendo qualquer um
que se aproximasse demais. Era uma forma de se proteger, já que
ninguém mais estava por perto para cuidar dela.
Ele decidiu incluí-la em seu grupo com mais frequência e não
reclamar quando ela fosse convidada para jantar. Na verdade, ele pediria
a eles que a convidassem para todas as suas funções. Ela não deveria
ficar sozinha nunca mais. Especialmente depois do que eles acabaram de
passar.
Jessa matou humanos para se proteger e a ele. Ele sabia que isso
causaria sua angústia. Ela também teve que reviver estar presa no
subsolo. Ela precisava de apoio para se recuperar totalmente. Seu
agrupamento poderia dar isso a ela.
Com isso decidido, Maith afastou todos os outros pensamentos e
finalmente dormiu.
Veslor Mates
Capítulo Nove
J essa acordou com dor e em escuridão total. Ela tentou rolar, mas
algo pesado em seu lado a impediu de mover mais do que sua mão. Estava
enrolado em seu peito, perto de seu queixo. O que quer que fosse que cobria
seu corpo, doía. Cada parte dela doía. Principalmente seu rosto. Ela tentou
virar a cabeça, mas a agonia a fez gritar.
“Jessa! Você está viva." Ela ouviu a voz de sua irmã mais velha no
escuro. Elas compartilhavam um quarto e suas camas eram separadas por
cerca de um metro e meio. Anabel fungou. "Eu pensei que você estivesse
morta."
“Algo está sobre mim. Me ajude!"
Outra fungada. "Algo aconteceu", disse Anabel, sua voz
falhando. “Houve um anúncio nos alto-falantes de emergência. Eles virão
atrás de nós. ”
"Mamãe e papai?"
Sua irmã fungou de novo, mas não disse nada.
"Anabel?"
“Era o Comandante da Base Tomes. Houve um acidente... mas eles
sabem que estamos aqui. Eles vão nos desenterrar. Ele disse que dois
níveis desabaram, mas eles lêem nossos sinais de vida. Eles sabem que
estamos aqui, Jessa. Eu gritei, mas ele não conseguiu me ouvir. As saídas
de ar ainda estão funcionando. Eu pude sentir o ar soprando forte depois
que ele falou. ”
Jessa estava confusa.
“O teto desabou sobre nós. É por isso que não podemos nos
mover. Eu também estou presa. ” Anabel fungou. "Você está muito ferida?"
O medo a silenciou com as palavras da irmã.
"Estou aqui. Não morra. Por favor, Tinker. Não me deixe.” Anabel
começou a chorar.
"Eu não vou." O fato de que sua irmã estava chamando Jessa pelo
apelido que seu pai usava era ainda mais assustador. Anabel só o usava
quando estava sendo super legal porque algo muito ruim tinha acontecido,
como na vez em que Nana Ann morreu. Ela era a única avó que elas tinham
e as visitava todos os anos em Marte.
Anabel havia brincado muito com ela naquela semana terrível após
o noticiário, chamando Jessa pelo apelido.
"Fale comigo", implorou Anabel.
“Minha cabeça dói muito e parte do meu rosto parece molhado. Eu
não posso tocar nisso. Acho que chorei. ”
Veslor Mates
“Não consigo sentir meus pés”, sussurrou a irmã mais velha. “Tudo
dói, mas não lá. Tentei mexer os dedos dos pés, mas não acho que
funcionem ”.
“Eu vou até você,” Jessa prometeu. Ela inalou profundamente e usou
toda sua força para empurrar contra o peso em cima dela, tentando rolar
para o lado de sua cama.
A agonia a fez desmaiar.
"Jessa!" Anabel soluçou. "Por favor fale comigo. Diga algo!"
O som da voz de sua irmã a acordou. Sua cabeça estava
pior. "Anabel."
“Não se mova,” sua irmã fungou. “Você não me respondeu por um
longo tempo. Apenas fique quieta. Eu ouvi você gritar e depois nada. Não
se mova, Tinker. Lembra do que aprendemos na escola? Fique parado se
estiver ferido. Você pode ter ossos quebrados. ”
Jessa queria dormir. Não houve dor quando ela dormiu.
"Tinker! Diga algo. Não morra! "
“Estou machucada”, disse ela à irmã.
"Eu também. Eles estão vindo atrás de nós. Eu posso ouvir
máquinas. Ouça."
Jessa tentou... mas a próxima coisa que ela sabia era que sua irmã
estava gritando com ela novamente.
"Fale comigo. Diga alguma coisa, Tinker! ”
"Estou aqui."
“Você ficou fora por um tempo novamente. Você se mexeu? Não faça
isso. ”
"OK." Jessa avançou seus dedos no espaço apertado e encontrou
seu bichinho de pelúcia fofo. Ela tentou segurá-lo perto, mas parte dele se
prendeu em alguma coisa. Ela apertou levemente e o corpo do brinquedo
brilhou. Ainda funcionava. Ela tinha oito anos e não deveria precisar de
luz noturna, mas Nana comprou para seu quinto aniversário. Ele era uma
réplica de um coelho da Terra. Ela nunca tinha visto um pessoalmente e o
amava.
Mas a luz pálida de Flag revelou algo horrível.
Ela só podia ver com um olho. Um grande pedaço quebrado do teto
a cobria completamente, descansando apenas alguns centímetros acima
de seu rosto. Uma fina barra de metal estava saindo dos escombros,
pressionando a lateral de seu nariz. Demorou alguns segundos para
perceber que talvez fosse por isso que ela não conseguia ver com o outro
olho.
O metal estava em sua cabeça.
Jessa começou a gritar.
Veslor Mates
"Jessa!" Mãos grandes seguraram seu rosto enquanto ela acordava

de repente e encarava um par de olhos verdes estranhos. O quarto estava
escuro, mas ela podia distingui-los claramente. As pupilas eram fendidas
em vez de ovais.
Ela reconheceu aquele rosto moreno e bonito. Ela e Maith ficaram
presos em um bunker em Torid... mas saíram ilesos . Ela não estava mais
enterrada sob os escombros em Marte ou com oito anos de idade. Foi um
pesadelo.
“Diminua sua respiração,” ele murmurou, acariciando seu rosto.
"Estou bem."
"Você gritou."
"Desculpa." Então ela estremeceu. Veslors eram sensíveis a ruídos
altos. "Eu machuquei seus ouvidos?"
"Não. O que te assustou? " Ele estava inclinado sobre ela,
empoleirado na lateral da cama, seu peito tocando o dela.
“Flashbacks da minha infância. Estou bem agora. Eu sinto muito."
Ele não se sentou ou soltou seu rosto. “De quando você estava
presa? Você disse que poderia ter pesadelos. "
“Eu gostaria de estar errada. Achei que haveria uma grande
probabilidade disso, no entanto, considerando as circunstâncias. Eu
odeio estar certa na maioria das vezes. ”
Maith soltou seu rosto e se endireitou.
Jessa se levantou o suficiente para se sentar e olhou ao redor da
sala antes de olhar para ele. “Você conseguiu dormir? Por que estou na
cama? ”
"Você adormeceu. Eu carreguei você aqui, e sim, eu dormi. ” Ele
ergueu sua pulseira de comunicações Veslor. “Por mais de três horas. É
o suficiente."
Ela se sentiu culpada. Os gritos dela obviamente o acordaram. "Eu
realmente sinto muito." Ela estendeu a mão e afastou o cabelo do rosto.
Maith de repente agarrou a mão dela na sua maior,
carrancudo. "Você está tremendo."
“Foi um flashback ruim. Parecia que ainda estava presa na minha
cama sob todos aqueles escombros. "
"É por isso que você gritou?"
Ela hesitou, debatendo o que dizer a ele. "Eu já te contei sobre
minha irmã e um pouco do que aconteceu." Jessa engoliu em seco e
respirou fundo. “Foi horrível ficar presa sob todos aqueles escombros no
escuro, mas consegui encontrar uma maneira de ver. Era um brinquedo
com uma luz dentro que minha avó havia me dado. Estava ao meu
alcance porque sempre dormia com ele. ”
Maith a observou silenciosamente, sem dizer uma palavra.
Veslor Mates
Ajudou quando ela quebrou o contato visual com ele. Ela deu um
passo adiante e fechou os olhos, apontando para o rosto. “Eu vi porque
eu não conseguia mover minha cabeça. Uma haste do que costumava ser
o teto perfurou meu olho. " Isso a sufocou um pouco quando ela virou a
cabeça e apontou para uma área logo atrás de sua têmpora. “Ele
esfaqueou meu olho e veio aqui. A equipe de resgate teve que cortar a
haste em ambos os lados para me tirar, porque eles não puderam removê-
la no local. ”
"Jessa ..." ele murmurou.
"Foi apenas o horror de perceber que tinha aquela coisa dentro de
mim ... Eu tinha oito anos." Ela abriu os olhos para olhar a ele. “Eu tinha
certeza que ia morrer. Eu perdi o olho, eles tiveram que reconstruir a
órbita ocular para colocar meu implante, e eu consegui enxertos de pele
incríveis que tiraram qualquer cicatriz. Parte do meu crânio foi replicado
onde a haste saiu para a cama embaixo de mim. Eu tenho pesadelos
sobre aquele instante em que percebi o que tinha acontecido comigo às
vezes ... como eu acabei de ter. ”
Ele pressionou a palma da mão em seu peito nu e quente. “Você
está segura agora. Este é o presente. Mas o toque é importante. Nós
revivemos nossas batalhas passadas às vezes, e meu agrupamento muda
e dorme em torno do homem em dificuldades. Isso nos ajuda a lembrar
que estamos juntos durante o sono, para evitar as lembranças
ruins. Você gostaria de ser abraçada? Isso fará você se sentir melhor."
A surpresa a deixou boquiaberta. A última coisa que ela podia
imaginar eram Veslors fortes e perigosos basicamente se abraçando em
suas formas de gato alienígena. “Por que mudar?”
Uma provocação de sorriso curvou os cantos de sua boca. “Sempre
com perguntas.”
"É uma boa."
Ele deu uma risadinha. “Emanamos muito calor, mas suamos
menos em nossa forma de batalha. É mais confortável. ”
“Esse é o verdadeiro motivo?”
Ele assentiu. “Isso, e o homem revivendo o passado tende a mudar
com o estresse. Nós mudamos com ele. ” Sua expressão ficou séria. “Não
compartilhe isso com sua Frota.”
“Eles não acreditariam em mim mesmo se eu acreditasse. Vocês
não parecem do tipo que se aconchegam. Não vou contar a ninguém, no
entanto. ”
Ele se aproximou e a pegou, colocando-a em seu colo. Ele se
ajustou e puxou-a para mais perto, até que ela encontrou sua bochecha
pressionada contra seu peito, os braços em volta dela. Então seu peito
começou a vibrar enquanto ele fazia aquele barulho estranho, mas
estranhamente confortável, de ronronar.
Veslor Mates
Jessa relaxou em seu aperto e ele a deixou tocar seu peito com a
mão. Essas leves vibrações eram incríveis de sentir. Era...
reconfortante. Ele era quente e ela se sentia segura.
"Obrigada."
Ele começou a esfregar suavemente suas costas. Jessa fechou os
olhos e respirou fundo. Maith tinha um cheiro maravilhoso. Ele sempre
teve. Ela sabia agora, sem dúvida, que não era um sabonete ou xampu
que ele usava, já que havia tomado banho sem seus pertences enquanto
eles estavam presos. Era só ele. Era estranho, mas atraente, tanto que
ela queria lambê-lo para ver se ele tinha o mesmo sabor.
Havia uma dúzia de coisas que ela deveria estar fazendo. Jessa
precisava verificar seus pacientes e, em seguida, certificar-se de que os
prisioneiros ainda estavam presos em gaiolas. Carlton permaneceu
abraçado ao banheiro. Nada disso parecia importar enquanto ela
mantinha os olhos fechados e apreciava a sensação de Maith segurando-
a. Sua pele era muito tentadora para não roçar com a ponta dos dedos,
já que ele estava sem camisa. Ela pode até ter esfregado a bochecha
contra ele.
O estrondo cessou e Maith ergueu a cabeça. Ela também sentiu os
braços dele ficarem tensos. Isso a fez abrir os olhos. "O que está
errado? Você ouviu alguma coisa? ”
Seu olhar verde se fixou nela. "Eu... eu preciso ir." Ele a ergueu de
cima dele, colocou-a na cama e rapidamente se levantou. Ele caminhou
até a porta vestindo apenas moletom e saiu do apartamento.
Jessa ficou boquiaberta enquanto observava a porta se fechar
automaticamente entre eles. Suas ações repentinas a deixaram
confusa. Pior, meio que feriu seus sentimentos.
A preocupação rapidamente se seguiu. Era possível que ele
estivesse tendo seus próprios problemas por estar preso no bunker. A
culpa a encheu. Ela estava tão focada em seu próprio trauma que não
havia pensado muito nos sentimentos dele.
“Eu preciso me recompor e fazer melhor,” ela disse em voz alta.
Jessa olhou para seu uniforme amassado e suspirou, levantando-
se e entrando no banheiro. A sorte estava com ela quando ela pegou os
suprimentos estocados em uma prateleira. As marcas eram horríveis,
mas ela conseguiu lavar o cabelo e usar condicionador enquanto tomava
banho rapidamente.
Maith havia deixado sacolas de roupas no balcão ao lado da
pia. Eles eram obviamente para mulheres. Uma era uma saia e a outra
uma camiseta tipo turista. Ela bufou uma risada porque estava prestes
a usar o nome do planeta que ela odiava estampado em seus seios.
Era tentador colocar suas roupas de baixo usadas, mas em vez
disso ela as lavou rapidamente na pia e as pendurou para secar na porta
do chuveiro. Então ela escovou o cabelo molhado e escovou os
Veslor Mates
dentes. Uma rápida olhada no espelho mostrou círculos escuros sob seus
olhos. Ela dormiu muito pouco desde que foi designada para Torid.
Terminada, ela foi para a outra sala, pegou seu kit médico e foi em
busca de Maith.
Ela o encontrou na cozinha, esquentando refeições. Ele de alguma
forma encontrou uma camisa e cobriu o peito. Era muito pequena e
esticada sobre seu corpo. O café da manhã eram refeições pré-embaladas
que só precisavam ser infundidas com água e aquecidas. "Algum tipo de
aveia?"
Ele encontrou seu olhar. “Eles esquentam rapidamente e vem em
contêineres portáteis. Eu verifiquei todos os humanos. ”
"Como está a criança?"
“O homem está melhorando. Ele não acordou. ”
"Não é surpreendente. Ned estava fortemente infectado com os
parasitas. Você pegou meu scanner emprestado? ”
Ele tirou o seu do bolso de trás do moletom. “Eu recuperei o
meu. Os parasitas são desconhecidos da minha espécie, mas os pegou. ”
“A maioria deles já deveria estar morto. Ele reagiu bem à
vacina. Você precisa de ajuda?"
"Não." Ele colocou o scanner de volta no bolso de trás e se virou,
preparando bandejas com bebidas.
"Obrigada pela roupa."
“Elas são muito grandes para você, mas foi o melhor que pude
fazer. A maioria das roupas era para homens. Eu nunca vi você usar
vestidos. Peço desculpas pela falta de opções. ”
"Tudo bem. Pelo menos não é uma minissaia. Ela cai até minhas
panturrilhas e tem uma cintura elástica, por isso é confortável. ” Ela se
aproximou dele. "Como você está indo?"
Ele a encarou mais uma vez. "Bem. Contatei Roth, mas ele está
dormindo. Gnaw falou comigo. Eles começaram a mover os destroços
acima de nós. A Defcon Red enviou máquinas especiais para ajudar no
esforço. ”
“Eles têm um cronograma?”
Ele balançou sua cabeça. “Eles estão se concentrando no meu sinal
para nos encontrar.” Ele olhou para sua pulseira. “Gnaw acredita que
possivelmente um dia, no máximo. Existem grandes seções das paredes
da mansão quase intactas, mas desabaram. Isso torna mais difícil tirá-
las do caminho. É melhor ir devagar e com cautela. Eles não querem nos
machucar com o colapso do bunker. ”
“Eu concordo com esse plano. Eles vão ter que cortar os escombros
em seções menores e mais gerenciáveis ”, ela adivinhou. "Bem, eles vão
nos tirar daqui." Ela disse isso por Maith mais do que por ela mesma
Veslor Mates
daquela vez, estudando cuidadosamente suas feições. Ele continuou

olhando para longe dela.
Jessa decidiu resolver o problema. “Peço desculpas se eu disse ou
fiz algo que te chateou. Eu tenho sido tão egoísta. Não há desculpa para
isso. Eu estava muito envolvida em meus próprios problemas para
perceber que você pode estar experimentando alguma claustrofobia ou
algo do tipo por estar preso aqui. Depois, há o trauma mental de termos
que matar para sobreviver. Você pode falar comigo."
Ele fechou os olhos.
"Maith?" Ela avançou até que centímetros os separavam e estendeu
a mão, tocando seu rosto. "Estamos nisso juntos." Ela queria estar lá
para ele emocionalmente, do jeito que ele tinha estado com ela. “Nós
vamos ficar bem. Você e eu temos um ao outro para nos ajudar nisso. Eu
estou bem aqui."
Ele abriu os olhos e a prendeu com seu intenso olhar verde. "Você
precisa parar de me tocar e ficar tão perto."
Ela franziu a testa, mais do que um pouco magoada com suas
palavras. "Por que?"
De repente, ele agarrou seus quadris e a ergueu. Sua bunda bateu
no balcão e ele se aproximou. Um rosnado baixo retumbou em seu peito
... então ele chocou Jessa pra caramba ao fechar os olhos e beijá-la.
Maith mordeu suavemente o lábio inferior com uma de suas
presas. Ela engasgou com a picada leve, e ele deslizou a língua em sua
boca para aprofundar o beijo. Ele tinha um gosto tão bom quanto
cheirava - e todos os pensamentos deixaram sua cabeça.
Ninguém nunca a beijou do jeito que Maith fez. Era apaixonado,
como se ele precisasse dela mais do que de ar. Ela poderia se relacionar,
já que ela se sentia da mesma forma no momento. Seu corpo inteiro
parecia estar em chamas.
Ele rosnou contra sua língua e puxou sua boca da dela.
Jessa ofegou, abrindo os próprios olhos, sentindo-se atordoada ao
olhar para ele. Suas mãos estavam agarrando seus ombros. De alguma
forma, sua saia tinha subido e ela abriu as coxas sem nem
perceber. Maith estava entre elas, as pernas em volta dele com
força. Agora que ela podia decifrar informações com seu cérebro
novamente, o fato de que seu pênis estava duro foi registrado. Não havia
como perder a sensação de estar presa entre seus corpos.
“Você precisa parar de me tocar,” ele avisou, sua voz suave, mas
com um tom desesperado. "Ou eu vou levar você, Jessa."
Seu coração disparou. Maith a queria?
"Solte." Ele olhou para uma das mãos segurando seus ombros
enquanto ele a soltava, batendo em sua coxa quase exposta, já que ela
ainda tinha as pernas em volta dele.
Veslor Mates
“Isso é um aviso?” Sua voz saiu muito rouca. Ela estava tão
excitada. “Porque, no que diz respeito às ameaças, não são
assustadoras.” Ela soltou um de seus ombros, apenas para estender a
mão e acariciar sua bochecha.
Maith fechou os olhos e todo o seu corpo pareceu ficar tenso.
“Leve-me,” ela sussurrou.
Maith abriu os olhos de repente e rosnou. Então sua boca estava
de volta na dela. Suas mãos também. Jessa gemeu, esfregando-se contra
seu grande corpo. Ela nunca esteve tão excitada em sua vida. Ela nunca
quis ninguém tanto quanto ela o queria. O desejo a engolfou.
De repente, ele interrompeu o beijo novamente, mas antes que
Jessa pudesse protestar, as mãos grandes de Maith deslizaram ao longo
de seu corpo e ele a ergueu do balcão. Ele a girou e, no instante seguinte,
ele a inclinou sobre o balcão. O material de sua saia foi puxado
rudemente, o som de tecido rasgando enchendo seus ouvidos.
Seus dedos dos pés descalços mal tocavam o chão e a borda do
balcão afundava um pouco em seus quadris. Ela abriu a boca para
protestar, mas Maith foi mais rápido. Ele se inclinou sobre ela, a parte
superior de seu corpo apoiada em suas costas. Ele agarrou um punhado
de seu cabelo, afastando-o de seu caminho, então sua boca quente e
úmida travou ao lado de sua garganta. Ele usou sua língua e presas para
lamber e beliscar a pele sensível. Ela gemeu novamente, balançando-se
contra ele.
Maith soltou sua cintura com a outra mão e puxou a saia até que
o ar frio atingiu primeiro uma coxa, depois o resto da parte inferior de
seu corpo. Não fazia sentido para ela, mas não importava. Tudo o que
importava era a sensação da boca de Maith, o quanto ele a fazia doer e a
pressão estimulante de estar presa sob ele.
Algo grosso pressionou contra seu sexo molhado, e Maith rosnou
novamente. Jessa gritou seu nome quando sentiu que ele estava
trabalhando seu pau para dentro dela. Ele era grande em todos os
lugares. Seu corpo o aceitou, mesmo que fosse um ajuste apertado.
Ele empurrou um pouco mais, parou, recuou um pouco e então
empurrou mais fundo.
Jessa freneticamente agarrou o balcão, tentando encontrar algo
para se agarrar. Ela conseguiu agarrar o lado, enrolando os dedos em
torno da borda. Maith rosnou novamente, alto, suas presas beliscando
sua garganta, e ele se dirigiu dentro dela novamente. Ele a prendeu com
força no balcão enquanto seus quadris pressionavam contra sua bunda,
enchendo-a ainda mais.
Seus olhos se arregalaram com a sensação de algo empurrando
contra seu clitóris. Era escorregadio, duro... então Maith estava
transando com ela rápido e profundamente. Ela aprendeu que os Veslors
machos têm algo chamado yunce. Darla havia compartilhado esse
pequeno segredo. Mas só agora Jessa entendeu como era incrível a
Veslor Mates
cobertura protetora sobre seu saco de sementes, esfregando contra seu

clitóris. O prazer a rasgou, roubando seu fôlego.
Ela ouviu gemidos altos enchendo a cozinha, e percebeu que eles
vinham dela. O êxtase cresceu cada vez mais alto dentro dela, até ser
opressor.
O clímax passou por ela. Ela teria gritado com a força disso, mas
seu cérebro parecia que estava explodindo. O som que saiu foi mais um
gemido desesperado.
Maith tirou a boca de sua pele e soltou um gemido
animalesco. Então ela sentiu uma pressão quente e úmida banhando-a
por dentro. Seus quadris sacudiram violentamente contra sua bunda
enquanto ele continuava a montá-la. O punho em torno de seu cabelo
puxou sua cabeça um pouco para trás, mas não doeu. Ela não sentia dor
alguma. Apenas o resultado do melhor orgasmo que ela já experimentou.
Maith finalmente se acalmou, mas manteve seu pênis alojado
profundamente dentro dela. Ela relaxou em cima do balcão, a bochecha
apoiada na superfície dura. Ambos respiravam rápido demais. Ela
manteve os olhos fechados, apenas tentando recuperar as células
cerebrais. Era difícil formar até mesmo um único pensamento. Tudo o
que ela sabia era que Maith a havia destruído.
Um sorriso curvou seus lábios com o pensamento.
"Olá?"
A voz feminina chamando veio como uma surpresa desagradável.
Maith retirou seu pau ainda duro de seu corpo com uma velocidade
que deixou Jessa com a sensação de que parte dela havia sido
arrancada. Ele agarrou seus quadris e a puxou para fora do balcão. Seus
pés bateram no chão e os joelhos quase cederam, as pernas parecendo
de borracha.
O forte Veslor com reflexos ultrarrápidos não a deixou cair. Ele a
girou para encará-lo, encostou-a no balcão e rosnou baixo. “Segure-se no
balcão. Eu posso ouvir a mulher grávida se aproximando. ”
Isso a tirou de seu estado de euforia. Ela o observou puxar o
moletom, cobrindo seu pênis. Ela não pôde deixar de olhar. Ele ainda
parecia duro. Maith acomodou aquele garotão e colocou as mãos sobre
ela novamente, forçando-a a encarar a porta entreaberta da cozinha.
Jessa percebeu com pavor que não devia ter fechado quando
entrou, embora não esperasse um interlúdio sexy na hora. O balcão
central ficava entre eles e a porta. Maith se pressionou contra as costas
dela, colocando as mãos no balcão, prendendo-a onde estava enquanto a
porta se abria lentamente.
Wilma espiou com cautela e olhou ao redor antes de entrar na
cozinha. Ela bateu a porta atrás dela, parecendo assustada. "Você ouviu
isso? Parecia que dois animais se atacavam! Acho que um deles está
morto. ”
Veslor Mates
Jessa não tinha palavras. Ela sabia que Wilma devia tê-los ouvido
fazer sexo. Talvez eles tivessem soado como dois animais. O calor
aqueceu suas bochechas e ela estava grata que o balcão escondeu o fato
de que ela só usava uma camisa grande.
“Está tudo bem”, disse Maith com uma voz calma e firme. “Por
favor, volte para o seu apartamento de dormir. Levaremos uma refeição
para você em breve. Não é seguro para você vagar por aqui. Alguns dos
humanos que a trancaram estão agora nessas jaulas, mas você ainda
está mais segura em seu quarto até que a Frota chegue para transportá-
los para nossa nave em órbita. ”
“Mas não é seguro lá fora!” Wilma se encostou na porta e abraçou
a barriga protuberante de maneira protetora. “Você ouviu todos aqueles
sons aterrorizantes? Existem cães de guarda correndo soltos? Eu não
quero ser atacada. ”
“Não há animais. Eu fiz os sons. ” Maith fez uma pausa,
provavelmente tentando pensar em uma mentira convincente.
Jessa fez uma careta, mas não admitiu que também era culpada.
Wilma olhou para o chão perto do balcão e franziu a testa. Então
seus olhos se arregalaram e ela voltou seu olhar para eles. Um rubor
subiu para suas bochechas quando ela olhou primeiro para o rosto de
Jessa, depois para o de Maith.
"Oh!" Ela baixou o queixo. "Eu sinto muuuito ."
Franzindo a testa, Jessa olhou para o chão ao lado do balcão. A
saia que ela usava estava lá, parte rasgada. Era fácil ver, já que o material
se espalhou onde estava, o dano claramente visível.
Wilma girou, tentou agarrar a maçaneta e errou. Ela estendeu pela
segunda vez, abrindo a porta e disparando para fora. "Desculpa. Eu vou
... hum ... estar no meu quarto! " Então ela bateu a porta atrás dela.
“Merda,” Jessa murmurou. “Ela sabia totalmente o que estávamos
fazendo. Porra!"
Maith agarrou um punhado de seu cabelo e agarrou-o, puxando
levemente enquanto ele pressionava sua frente contra suas costas. Ela
não teve escolha a não ser virar a cabeça e olhar para ele enquanto ele se
inclinava para olhar profundamente em seus olhos.
"Você se arrepende?" Seu tom áspero combinou com o flash de
raiva em suas feições.
"Não."
Ele a estudou.
"Eu não me arrependo."
“Não parece.”
"Ela nos ouviu fazendo sexo, Maith."
Veslor Mates
“Você fica constrangida por ela perceber que copulamos? Seu rosto
está vermelho. ”
"Não! Não coloque palavras na minha boca. Não é nada disso. ”
"Então, o que é?" Ele ainda soava e parecia furioso.
“Os investigadores vão interrogá-la e ela provavelmente vai
mencionar o que acabamos de fazer. Ambos trabalhamos para a
Frota. Você pode dizer 'não profissional' e 'tempestade de merda' quando
eles ouvirem sobre o que estávamos fazendo nesta cozinha? Fará parte
do relatório entregue ao comandante Bills! Quer dizer, não há regras
contra confraternização, mas tenho certeza de que isso não importa
quando estamos de plantão. Tenho certeza de que alguém vai nos dar
merda. Talvez você não tenha aprendido ainda, mas os navios da Frota
prosperam na fofoca. Alguém vai tagarelar e seremos tudo do que vão
falar. ”
Ele fez uma careta.
Jessa suspirou. “Você conheceu Cynthia Kane? Ela dirige a Baia
Médica. Aquela mulher está chateada comigo desde o primeiro dia. Isso
não tem nada a ver com você, e tudo a ver com como ela vai nos usar
sendo apanhados em flagrante como uma razão para tornar minha vida
um inferno. ”
Maith apenas continuou carrancudo.
“Você sabe o que? Foda-se ela. " Jessa se virou, puxando o
cabelo. Ele o soltou. Ela estendeu a mão, tentando tocar seu rosto, mas
ele deu um passo para trás.
Seu olhar baixou. “Você precisa tomar banho. Vá. Vou terminar de
preparar as refeições e distribuí-las. ” Ele caminhou até a pia, abrindo a
torneira para lavar as mãos.
“Maith, não me arrependo do que fizemos. Eu só queria que Wilma
não tivesse nos pego logo depois. ” Ela deu um passo na direção dele e
parou. Jessa nunca tinha feito sexo sem preservativo
antes. Aparentemente, estava uma bagunça. A prova disso estava na
umidade que descia pela parte interna das coxas.
Maith ficou de costas para ela. “Discutiremos isso mais tarde.”
Seu tom frio a perturbou. Ela desviou o olhar e foi para a saia
descartada. Não era usável, então ela a usou para limpar as evidências
do que eles fizeram de suas pernas, então amassou o material. A camisa
que ela usava pendurada era longa o suficiente para esconder suas partes
de menina e bunda.
"Maith?"
"Banho. Vou levar outra coisa para você vestir quando eu entregar
sua refeição. "
"Está bem. Discutiremos isso então. ” Ela girou, decidindo dar-lhe
tempo para se acalmar. Suas pernas ainda estavam trêmulas quando ela
Veslor Mates
abriu a porta para o corredor e voltou para o apartamento de dormir que

eles usaram. Wilma não estava à vista. Essa foi a boa notícia. A mulher
não ficou por ai boquiaberta.
“Eu não tenho vergonha,” ela murmurou. "Caramba. Por que ele
tem que ser um idiota mal-humorado? "
Veslor Mates
Capítulo Dez
M aith entrou na sala onde eles mantinham Carlton George

depois de alimentar os outros. O homem permaneceu preso na parte de
trás do banheiro. A cabeça do humano girou em sua direção no momento
em que ele entrou no banheiro.
“Seu bastardo alienígena de merda! Estou prestes a me mijar. Você
vai ser preso por isso e colocado na prisão. Eu sofri um tratamento
desumano! ”
Maith foi até o balcão ao lado da pia e colocou a bandeja de comida
na mesa. Ele deixou suas garras crescerem da ponta dos dedos. O
homem as viu e engasgou, tentando empurrar seu corpo com mais força
contra o vaso sanitário.
“Você nunca vai se safar se me matar. Eu sou importante,
droga! Você receberá uma injeção letal por isso! ”
Maith odiava se aproximar do humano desagradável, mas não
tinha escolha. Ele se inclinou e cravou a garra do polegar entre o cano e
a restrição que prendia o macho. Ele a cortou, libertando-o, então
recuou. "Use o banheiro e então vou levá-lo a uma gaiola."
Carlton lentamente se levantou. “Eu exijo um pouco de
privacidade.”
Maith bloqueou a porta do banheiro, olhando para ele. “Esvazie sua
bexiga ou iremos agora. Sua escolha. Pegue a bandeja quando
decidir. Essa é a sua refeição. Não vou trazer outra até mais tarde, se
você abandoná-la. "
O rosto do humano ficou vermelho e seus olhos se
arregalaram. “Eu não vou me expor para gente como você. Você
provavelmente é um pervertido doente. "
Maith bufou. “Sua espécie tem um ditado. Já ouvi isso muitas
vezes das mulheres da equipe tática. Se algum cara age como um idiota,
é porque ele tem um pau minúsculo. Você é o que elas chamam de
'grande idiota'. Não desejo ver seu patético pênis humano. Você não é um
homem inteligente. Eu não confio em você fora da minha vista. Agora
esvazie sua bexiga ou vamos embora. Decida."
Carlton deu um passo para o lado do banheiro e deu as costas a
Maith. Então ele desabotoou as calças e abriu a tampa do vaso
sanitário. Maith não gostava de estar em qualquer lugar perto de um
homem fazendo uma função corporal privada, e fez uma careta ao ouvir
isso, mas como explicou, ele não confiava no humano. Quando o macho
terminou, fechou as calças e se virou.
"Eu vou prender você e aquela vadia."
Veslor Mates
"Você já disse isso. Lave as mãos e pegue a bandeja se quiser

comer. Jogue-o em mim ou tente fugir, e eu vou machucar você. " Maith
olhou feio para ele. “Não estou com humor para lidar com mais de sua
estupidez. Venha comigo." Ele saiu do banheiro e observou
cuidadosamente o homem.
Carlton foi até o balcão e pegou a bandeja antes de ir em sua
direção.
Maith zombou. "Você é nojento. Você se tocou, mas não limpou as
mãos. ”
“Foda-se! Não estou recebendo ordens de um maldito alienígena. "
“Este alienígena conhece higiene. Você é repulsivo. ” Maith
apontou para a porta aberta. "Continue caminhando. Você está ciente de
onde estão as gaiolas. Vá para aquela porta. ”
“Você não pode sair livre com isso. Você pode estar no controle
agora, mas não vai durar. ”
"Pare de falar. Você me irrita."
Carlton parou diante da porta da sala que continha as
gaiolas. Maith bloqueou o bloco de segurança, certificando-se de que o
humano não pudesse ver os números que ele inseriu, então o
abriu. "Andando."
Carlton lançou-lhe um olhar furioso, mas obedeceu. Ele parou
abruptamente lá dentro. "Rodney!" Ele correu para a jaula que prendia o
governador. O homem permanecia inconsciente. Carlton girou, a bandeja
tremendo em suas mãos. “Você o trancou? Ele foi esfaqueado! Ele não
deveria ter se movido. ”
"Ele vai viver."
Uma emoção que Maith identificou como alívio cruzou as feições do
humano. "Bom. Ele vai nos tirar daqui. ”
“Entre em uma gaiola vazia que não tenha a porta
danificada.” Maith estava mais do que pronto para guardar o macho e ir
encontrar Jessa. Ele já havia alimentado Wilma e verificado o filhote
quase adulto. A taxa de parasitas ainda estava diminuindo, mas o jovem
macho não tinha acordado. Ele havia deixado bandejas dentro das
gaiolas para os outros, embora o governador também dormisse.
Carlton hesitou.
"Vou pegá-lo fisicamente e jogá-lo lá dentro."
“Faça o que ele diz,” a fêmea na outra gaiola sussurrou. "Acho que
ele está falando sério."
O guarda humano jazia em seu beliche em silêncio, observando
tudo.
Carlton entrou em uma gaiola e Maith se moveu rapidamente,
fechando a porta. Ele testou. A fechadura estava travada.
Veslor Mates
“Você não pode nos deixar assim. É desumano. ” Carlton agarrou

as barras da porta e as empurrou. Elas seguraram. “Não tem nem
banheiro completo aqui!”
“Este é o seu bunker. Você deveria ter adicionado celas de
segurança se desejasse melhor. Há um vaso sanitário e uma pia embaixo
de onde você vai dormir. ” Maith girou, saindo da sala. Ele voltou para
onde ele e Jessa haviam dormido. Ela não estava no apartamento. Ele
rosnou de frustração até que percebeu que o kit médico dela não estava
lá.
Ele saiu e foi primeiro ao quarto do filhote. Ele viu Jessa sentada
na beira da cama com seu scanner no segundo em que abriu a porta. Ela
usava seu uniforme sujo, fazendo com que ele franzisse a testa.
"Eu disse que traria mais roupas para você."
"Eu não queria esperar." Ela deu atenção ao filhote e colocou o
scanner de volta no kit, revelando o que ele identificou como manchas de
nutrientes. Ela colocou dois no jovem macho. “Eu realmente preciso de
mais solução salina. Gostaria de hidratá-lo totalmente e meu kit está
quase vazio. ”
"Vou encontrar o que você precisa." Falar com ela teria que
esperar. O filhote doente vinha primeiro. Ele voltou para a sala principal
e começou a vasculhar todas as caixas empilhadas contra a parede,
separando suprimentos médicos. Tinha um monte delas. Isso o
irritou. Os humanos pareciam armazená-los no bunker sem um bom
motivo.
Ele pegou uma caixa de pacotes de soro fisiológico e voltou para
Jessa. Ela se levantou, inclinando-se sobre a cama, e passou o que
parecia ser uma toalha molhada no rosto do filhote.
Jessa olhou para ele enquanto se endireitava. “Ele precisa de um
banho, mas pode esperar até que melhore. Posso precisar que você
banque a enfermeira, ajudando-o. Eu duvido que ele consiga se manter
sozinho no chuveiro. Seus músculos vão precisar de tempo para
recuperar a força. Dada a sua idade, é melhor se eu não o ajudar. ”
Ele caminhou até a mesa ao lado da cama e usou uma de suas
garras para abrir o selo da caixa. "Sua idade?"
“Adolescente hormonal. Melhor não vê-lo tomar banho nu ou
ajudá-lo a se limpar. ”
Ele então percebeu. “Os humanos sempre pensam em cópula com
nudez. Vou ajudá-lo quando ele acordar. ” Ele não gostava da ideia de
algum homem ter esse tipo de pensamento sobre Jessa, mesmo um
filhote. Isso o fez rosnar.
Suas sobrancelhas se ergueram enquanto ela olhava para
ele. "Você está bem?"
Ele olhou para o homem ainda inconsciente, antes de considerá-
la. "Você é minha."
Veslor Mates
Sua boca se abriu como se ela fosse falar, mas ela não o fez. Então
ela apertou os lábios.
"Você se entregou a mim."
“Eu ...” Ela olhou para ele confusa.
“Eu disse que levaria você. E você se entregou a mim. ”
"Eu fiz", disse ela lentamente. “Não estou negando que fizemos
sexo. Eu também não tenho vergonha. Eu só queria que não tivéssemos
sido pegos. Você tem que admitir que este foi um momento e lugar
realmente ruins para que isso acontecesse entre nós. "
“Você continuou me tocando. Você é minha agora."
Suas sobrancelhas se ergueram novamente.
“Nós brigamos muitas vezes, Jessa. Palavras verbais como
preliminares. ” Ele se aproximou. "Eu protegi você e me provei."
Jessa deu um passo para trás. “Maith, eu não posso ser sua
companheira. Eu pertenço à Frota. Podemos fazer sexo - inferno, espero
que tenhamos muito sexo. Foi maravilhoso. Mas isso é tudo que pode ser
feito agora. A Frota não me isentará do contrato por mais nove anos. Eu
sei que o seu grupo não vai ficar no Defcon Red por tanto tempo. Darla
me disse que todos vocês estão planejando partir assim que obtiverem a
bênção de seu rei para viver em um de seus planetas Veslor, para o
benefício dos filhotes. ”
"Você irá conosco." Ele se aproximou. “Eu farei meu rei falar com
sua Frota. Companheiros são prioridade. ”
Suas feições mostravam muitas emoções, mudando
rapidamente. Finalmente, ela disse: “Não faça isso”.
"Fazer o que? Ser verdadeiro? Eu sei que você gostou de
copular. Você se entregou a mim de boa vontade. Estou mantendo você,
Jessa. ” Ele fechou a mão em punho e bateu no peito, sobre o
coração. “Eu senti que era certo aqui. Eu ainda sinto."
Ela fechou os olhos.
Ele se aproximou dela e segurou seu rosto com as mãos. Jessa
olhou para ele e ele viu umidade em seus olhos castanhos. “Você sente o
que eu sinto. Admitz. Seríamos bons companheiros. ”
"Droga, Maith." Ela estendeu as duas mãos, plantou-as em seu
peito e agarrou sua camisa. "Por favor, não faça isso."
"Você é minha." Ele já havia decidido. Eles podiam discutir com
frequência, mas ele não permitiria que ela se afastasse dele. O que eles
encontraram juntos foi mais do que mera cópula. Seus sentimentos por
ela eram fortes. Ela parecia certa para ele. Ele a conheceu bem e já não
conseguia imaginar uma vida sem Jessa nela.
Ela o surpreendeu enterrando o rosto em seu peito, forçando-o a
ajustar seu aperto.
Veslor Mates
“Você não acha que eu quero dizer sim? Eu quero. ” Suas palavras
foram abafadas, mas ele podia ouvi-las. “Eles não vão me deixar ir,
Maith. Devo muito à Frota. Eles não dão a mínima para o que o seu rei
pede. "
“Nós pagaremos sua dívida. Abby sempre diz que tem mais dinheiro
em seu planeta do que pode gastar. Tenho certeza de que ela vai
ajudar. Você agora faz parte do nosso grupo. Você não lidará mais com
seus problemas sozinha. Eles são nossos. Nós vamos te libertar. ”
Ela puxou a camisa dele com os punhos, mas ergueu a
cabeça. Uma lágrima escorreu por uma bochecha. "Eu gostaria que fosse
assim tão fácil. Não é. Você não entende. ”
"Eu não vou deixar você ir." Foi um voto, mesmo que ela não o
reconhecesse como tal.
Ela soltou sua camisa e enxugou o rastro. "Você sabe o
que? Discutiremos isso depois que voltarmos ao Defcon Red . OK? Agora,
vamos nos concentrar em sair deste bunker, entregar nossos prisioneiros
e garantir que o governador e seus capangas sejam levados diretamente
para uma cela de detenção. É onde eles pertencem. Então vamos falar
com Abby. ”
Ele assentiu. "Eu posso esperar para completar nosso
acasalamento."
"Excelente." Ela fungou novamente e sorriu levemente. "Isso soa
como um plano. Agora deixe-me cuidar do Ned. Essa bolsa de solução
salina está quase vazia e precisa ser substituída. ”
Maith a soltou quando ela se afastou. Ele sentiu alívio por ela o ter
ouvido. Ele não sabia como funcionavam os relacionamentos humanos,
mas conhecia seu agrupamento. Eles fariam o que fosse necessário para
proteger uma companheira. Isso também significaria libertar uma. Seu
rei concordaria que companheiros eram tudo. A United Earth tornou-se
um de seus aliados. Os humanos teriam que libertar Jessa da Frota.
"Vou verificar o governador."
Jessa se virou para se dirigir a ele. “Me dê um minuto e eu irei com
você. Não confio nesses idiotas para não tentarem algo. ”
“Eles estão trancados em gaiolas, e o homem que pretendo
examinar não está em condições de lutar se acordar. Você deu a ele mais
medicamentos para a dor? Eu não dei. ”
"Não. E também não pretendo. Só antibióticos, se ele
precisar. Deixe-o sofrer um pouco. Ainda estou chateada pelo Ned. Ele é
apenas um adolescente e eles o deixaram para morrer. ”
Maith sorriu de repente. "Eu gosto que você seja rancorosa."
Ela o encarou por segundos antes de rir. "Culpada."
“Eu voltarei em breve. Você precisa comer."
Veslor Mates
“Eu irei para a cozinha a seguir. Encontro você lá em cerca de dez

minutos? "
"Sim." Ele saiu.
******
Jessa esperou a porta fechar antes de permitir que seu sorriso

desaparecesse. Não havia nenhuma maneira de a Frota permitir que ela
desistisse de seu contrato mais cedo. Especialmente por ela ser uma
ARS. No momento, havia apenas nove funcionários estabelecidos
trabalhando em navios da Frota. Muitos outros obtiveram suas
certificações, mas tendiam a ceder sob a pressão dentro de um ano de
serviço. Ou eles foram considerados ineptos e transferidos para apenas
trabalhar na Baia Médica com pacientes humanos.
Se um médico na Baia Médica se encontrasse sobrecarregado ou
perdido com um paciente difícil, ele poderia ter outro para assumir ou
pedir ajuda. Como um ARS... você estava basicamente por conta própria,
já que ninguém mais a bordo de qualquer navio tinha o treinamento
adequado.
A pressão colocada em seus ombros pode ser impressionante às
vezes. O ARS original enviado a Prissa era um excelente exemplo. Ele
pode ter descoberto o parasita que deixou os cinquenta e seis membros
da equipe de pesquisa doentes, e até mesmo encontrado uma cura, mas
ele viu nove desses pacientes morrerem antes. Isso fez com que ele tivesse
um colapso mental quando o perigo passou e ele se recusou a manter o
emprego. É por isso que ela mexeu na vacina dele para melhorá-la. Ele
não estava mais por perto para fazer isso sozinho.
Houve também o fato de que noventa e dois por cento dos alunos
da ARS abandonavam a escola antes de se qualificarem. A gama de
conhecimentos que se deve aprender pode ser considerada uma
loucura. Sua instrução variava de medicina humana, alienígena e animal
à botânica, e ela fez cursos especiais em toxicologia. Conhecimento de
venenos e tóxicos eram uma obrigação para um ARS. Então, havia um
fluxo constante de atualizações vindo de qualquer pessoa que tivesse
lidado com alienígenas... qualquer coisa . Ela tinha que estar a par de
todo esse conhecimento. Isso poderia salvar ou custar vidas se ela
relaxasse.
Se tudo isso não dissuadisse alguém de se tornar um ARS, havia
as atitudes ruins para lidar com colegas de trabalho, civis e pessoas em
geral. Jessa sabia disso muito bem. Alguns colegas caçoaram dela. Ser
uma especialista em alienígenas a tornava uma aberração e o alvo de
piadas sobre como ela deveria ser uma esquisita com tesão por
alienígenas.
Os médicos a tratavam como se ela fosse uma pirralha, apesar do
fato de que ela não só poderia realizar uma cirurgia altamente delicada
Veslor Mates
em um humano se fosse necessário, mas também poderia fazer o mesmo

com qualquer tipo de animal conhecido na Terra. Suas habilidades
podem estar enferrujadas, mas isso não significa que ela não tenha o
conhecimento. Ela tinha. Isso a tornava mais qualificada do que o chefe
de gabinete que dirigia a Baia Médica do Defcon Red. Jessa teve que
aprender de tudo, estar preparada para lidar com o desconhecido.
O fato de ela ter sido designada para Defcon Red deixou claro que
a Frota a considerava a melhor nesse campo. O navio de batalha foi sua
primeira escolha para lidar com problemas da natureza alienígena. Não
que a competição fosse brutal. Ela só teve que ofuscar os outros oito
ARSs estabelecidos. Com seu implante cerebral, ela tinha uma grande
vantagem. Era como ter um minicomputador dentro da cabeça, capaz de
ajudá-la a aprender mais rápido e fazer coisas que as pessoas normais
não conseguiam.
“Como gravar secretamente Veslors falando um com o outro e
repetir essas conversas indefinidamente na minha cabeça até que eu
aprendesse,” ela murmurou naquele idioma.
A tristeza a encheu. Não, a Frota não iria deixá-la ir mais cedo. Ela
frequentemente se perguntava se eles a liberariam quando seu contrato
acabasse. A United Earth pode encontrar motivos para estender seu
tempo. Ela pode fazer seu trabalho muito bem.
Isso tinha sido um medo real desde que ela foi designada para
a Defcon Red . A United Earth era toda poderosa quando se tratava de
humanos, especialmente membros da Frota. Ela era ambos. Eles não se
importariam que ela quisesse se tornar a companheira de um alienígena
sexy, mesmo um aliado, ou ter filhotes. Ela era vista como uma
ferramenta a ser usada. Propriedade.
Ela se abaixou para tocar seu estômago. O desejo de ter filhos
sempre foi um desejo secreto. Um dos outros órfãos na faculdade de
medicina com Jessa protestou ao receber um implante anticoncepcional
de dez anos quando ela completou dezesseis anos. Libby avisou
ruidosamente a todos os responsáveis que ela teria filhos,
independentemente do que seu contrato exigisse depois que atingisse a
idade legal. Era seu corpo e sua escolha.
Essas mesmas pessoas sedaram Libby à força e esterelizaram
permanentemente. A única maneira de ela se tornar mãe seria por meio
da adoção ou de procedimentos médicos extensivos para desenvolver um
novo útero, ovários e trompas de falópio. O que não seria permitido até
depois que seu contrato expirasse.
Foi horrível quando seus irmãos órfãos descobriram o que foi feito
a Libby como punição por tentar lutar contra o sistema. Foi quando Jessa
começou a mentir quando alguém perguntava sobre suas esperanças
para o futuro. Quando o assunto das crianças surgia, ela afirmava que
elas não passavam de um pé no saco.
A verdade era que ela queria pelo menos quatro, para que
crescessem juntos e sempre tivessem uma família para amar. Ela queria
Veslor Mates
filhos que experimentariam coisas as quais ela apenas sonhara depois

que sua família foi dilacerada por aquele acidente em Marte.
"Foda-se", Jessa murmurou, enxugando as lágrimas de seus
olhos. “Eu quero tanto uma família que dói.” Pertencer ao grupo de Maith
seria a realização de um sonho. Mas essa não era a atração principal. Ela
estava caindo forte e rápido pelo alienígena mal-humorado. A palavra
“amor” poderia até estar envolvida.
No fundo, ela admitiu que já estava. O sexy Veslor pode ser um
traseiro rabugento às vezes... mas ela queria que ele fosse dela.
Com um suspiro, Jessa se recompôs, do jeito que sempre
fazia. "Coma. Lide com esta situação. Dê o fora deste bunker. Então
enfrentar o que vier a seguir. Um problema de cada vez. ”
Veslor Mates
Capítulo Onze
J essa comeu a refeição pré-embalada aquecida. Não era ruim,

mas ela ansiava por comida de verdade. Essa era uma das coisas de que
ela gostava em morar num grande navio da Frota. A comida do refeitório
era gratuita para os membros. Ela poderia comer todos os seus pratos
favoritos, sem nada ser cobrado de sua conta.
Às vezes, ela gastava parte de seus ganhos em um dos muitos
restaurantes e bares do navio. Aqueles não eram
gratuitos. Principalmente, ela economizou toda a sua renda para o dia
em que fosse liberada de seu contrato. Ela precisaria de cada centavo, já
que não tinha certeza se sua irmã estava fazendo o mesmo.
Seus pensamentos se voltaram para Maith novamente. Anabel era
outra razão pela qual ela não podia acasalar com ele. Ela e sua irmã
tinham planos. Um Veslor e seu grupo não faziam parte deles. As irmãs
iriam encontrar um bom planeta pacífico de propriedade da Terra para
se estabelecer, comprar uma casa e ser uma família.
Jessa nunca imaginou se casar. Ela aprendeu rápido que
relacionamentos não eram uma opção para alguém como ela. Essa
escolha não a impediria de ter filhos, no entanto. Ela planejava comprar
esperma doado e criar os bebês como mãe solteira.
Ela tinha fé que sua irmã iria ajudar. Talvez Anabel até quisesse
ter alguns filhos. Era uma pergunta para a qual ela não tinha resposta,
nunca ousando fazer durante suas conversas breves e mais do que
provavelmente monitoradas.
A porta da cozinha se abriu e Maith entrou. Ele se sentou no balcão
em frente a ela, com uma expressão sombria.
"O que há de errado? As equipes de resgate encontraram algum
obstáculo? "
Ele balançou sua cabeça. "Os humanos nas jaulas estão me
causando problemas."
Isso não surpreendeu Jessa. “Os idiotas presos nunca gostam de
ver a justiça sendo feita quando se trata de estarem na ponta
receptora. Boyd já acordou? ”
"Sim. Ele vai pendurar minha cabeça em uma lança. ”
“Fale sobre ameaças inúteis e expectativas irrealistas. Ele terá
sorte se a United Earth não o condenar à morte em vez de prisão
perpétua. Ele deve se preocupar com sua própria cabeça e onde ela vai
parar. ”
“O governador está exigindo falar com você. Eu disse não a ele. ”
Ela terminou sua bebida e se levantou. “Eu estou realmente indo.”
Veslor Mates
Maith rosnou baixo, olhando para ela. "Ele só fará ameaças."

“Tenho certeza que ele vai. Eu tenho as minhas próprias para
emitir. ”
“Jessa,” Maith rosnou.
"O que? Ambos vimos em primeira mão como as coisas são ruins
para os residentes mais pobres deste planeta. Ele é o responsável
por tudo isso. Estou mais do que disposta a falar com ele se ele estiver
exigindo me ver. ” Ela caminhou ao redor dele.
Maith agarrou seu braço, fazendo-a parar. "Não devemos
antagonizar os humanos."
Ela bufou. “O que ele vai fazer? Gritar comigo de sua jaula? Além
de... preso, lembra? Ele não vai deixar passar até que consiga o que
quer. Isso significa que ele vai te deixar maluco até eu falar com
ele. Tenho certeza de que em sua cabeça densa, ele pensa que pode me
intimidar. É hora de destruir essa ideia. ” Ela gentilmente puxou seu
braço.
Maith a soltou e suspirou. "Está bem."
Jessa saiu da cozinha e se dirigiu para a sala onde as celas eram
mantidas. Maith ficou atrás dela. Ela contornou o código usando seu
implante para enviar um sinal e entrou na sala que continha seus
prisioneiros.
Fez seu coração sentir-se bem ver Boyd e Carlton naquelas
jaulas. Especialmente Carlton, já que ele a assediou desde a primeira
hora em que ela pisou em Torid. Ela parou a cerca de dois metros da
gaiola de Boyd.
Sua expressão era rebelde quando ele olhou para ela de onde ele
se sentou. Alguns dos outros prisioneiros devem ter passado para ele
seus travesseiros, já que ele tinha pelo menos três enfiados entre suas
costas e a parede gradeada, para ajudá-lo a se levantar. Uma de suas
mãos cobriu o curativo em seu ferimento.
“Ouvi dizer que você queria falar comigo. Sou a Dra. Jessa Brick,
membro da Frota, atribuída à Defcon Red . ”
"De acordo com o decreto sete e nove das leis da colônia, exijo que
você me liberte."
Ela acessou os arquivos armazenados em sua memória implantada
e bufou. "Eu acho que você quis dizer a ordenança seis-dois, cláusula
sete."
Os olhos de Boyd se arregalaram e a incerteza cruzou suas feições.
“Sete e nove refere-se à habitação. Tipo, você tem o direito de
receber um lar habitável. Ênfase no lar , não nas condições de
encarceramento. Seis-dois cobre tudo sobre as leis e as consequências
de infringi-las. A cláusula sete, em particular, é aquela sobre como um
funcionário do governo só pode ser preso ou acusado de um crime se
Veslor Mates
outros funcionários votarem e ganharem a maioria para fazê-lo ”. Ela fez

uma pausa. “Oh, e por falar nisso, não é seu trabalho saber essas coisas
por dentro e por fora? Eu moro em uma nave da Frota e nunca me
estabeleci em um planeta colônia. É meio triste e patético que eu conheça
as leis melhor do que você, governador Boyd. ”
"Você não tem o direito de me trancar!" ele se enfureceu, seu
temperamento explodindo.
“A Portaria um, primeira cláusula, afirma que todas as pessoas que
vivem em um planeta colônia estão sujeitas às regras da United Earth,
que devem ser delegadas à Frota para protegê-las. Essa é a essência, já
que ficaríamos aqui por horas se eu lesse palavra por palavra. Quem
escreveu essas malditas ordenanças realmente amava seu trabalho. O
pacote de impressão físico tem quase três mil páginas. ”
“Nós entramos com pedido de separação da United Earth.”
Jessa deu uma risadinha.
"Você acha isso engraçado?" Boyd gaguejou.
"Isto é hilário. A United Earth possui este planeta - e eles pagaram
para colonizá-lo. Cada estrutura, cada custo de viagem para trazer as
pessoas aqui, saiu de seu bolso. Não o seu. Você é basicamente o
ajudante contratado, exigindo que lhe seja dada a propriedade de onde
trabalha, porque é ridículo o suficiente para acreditar que merece ficar
com o que não é dele. Quão rápido eles negaram você? Aposto que foi
instantâneo. ”
“Eu não tive notícias deles ainda. Apresentei a papelada ontem e
transmiti o pedido. Isso significa que você não tem autoridade aqui. ”
Jessa se virou para Maith. “Tem certeza de que não deu analgésicos
a ele? Isso explicaria por que ele está tão delirante. " Ela enfrentou
Boyd. “Talvez eu deva pegar meu scanner para ter certeza de que você
não está delirando com febre. Nem mesmo você pode ser tão estúpido. "
"Escute ele, sua idiota", Carlton sibilou. “Nós nos separamos da
United Earth. Fui testemunha de que ele enviou o pedido. ”
“Bem, como o único representante da Frota na cena, já que
estamos todos presos neste bunker depois que você explodiu a mansão
acima de nós, deixe-me dar uma resposta direta. Porra, não . " Jessa
balançou a cabeça. “O único pedido que qualquer um de vocês pode fazer
para que a United Earth ou a Frota considere a aprovação é se você quer
uma injeção letal ou prisão perpétua. Vai depender de qual painel de
juízes você vai enfrentar e de todas as acusações que você enfrentará. ”
Boyd respirou fundo.
Jessa se concentrou nele. “Vou te dar um alerta de spoiler. A Frota
estava prestes a prendê-lo antes que você fosse esfaqueado. Você está
com tantos problemas que é quase triste ... exceto que você é um idiota
que tratava as pessoas sob seu controle como uma merda absoluta, então
não tenho simpatia. Ah, e a equipe de resgate deve chegar logo. Eles
Veslor Mates
sabem que estamos presos aqui e que você sobreviveu. O único lugar
para onde você vai quando eles nos desenterrarem é para uma cela
na Defcon Red até que você seja transferido de volta para a Terra para
enfrentar uma trilha. ”
Boyd empalideceu e apertou o peito.
“Por favor, pegue meu kit”, Jessa sussurrou para Maith. Ela não
deveria ter perdido a paciência. A última coisa que ela queria era que o
governador tivesse um derrame ou ataque cardíaco. Isso significaria que
ele não viveria para enfrentar o castigo.
Maith rosnou e saiu correndo da sala.
“Eu posso estar errada,” ela mentiu, se aproximando. “Respire
lenta e profundamente. Seu assistente pessoal tem sido muito
desagradável comigo desde que o conheci. ” Ela ativou seu olho artificial,
examinando Boyd. Sua temperatura corporal parecia estável. A ferida em
seu estômago também não estava sangrando ativamente, ou ela pegaria
isso.
"Ei, boceta."
Ela olhou para Carlton.
Ele sorriu - e apontou uma pequena arma laser para ela. Era mais
ou menos do tamanho de sua mão. "O estúpido alienígena não me
descobriu." Ele empurrou a porta da gaiola e ela se abriu. “Só
precisávamos de uma chantagem para usar contra o animal. Eu o vi levar
um tiro, mas não o machucou. Não se pode dizer o mesmo se atirarmos
em você. Ele fará o que quisermos se você for nossa refém. Você está
morta se ele não o fizer. "
Ela observou Boyd soltar o peito e lutar para ficar de pé,
estremecendo um pouco enquanto colocava uma das mãos sobre o
ferimento por punhalada, em seguida, se dirigia para a porta da jaula. Ela
estava perto o suficiente para localizar a marca de queimadura no interior
da fechadura quando a porta se abriu.
Os desgraçados obviamente fritaram as fechaduras por dentro. O
dano foi escondido até que as portas se abriram. Provavelmente Maith
não sentiu o cheiro porque o ar era reciclado. Também significava que
eles conseguiam abrir as gaiolas por uma hora ou mais, já que era com
essa frequência que o ar fresco entrava pelas aberturas.
A mulher que havia tentado atacá-la anteriormente saltou de seu
beliche e abriu a porta de sua própria jaula. Até o guarda sofrendo de
abstinência das drogas conseguiu se levantar e cambalear para fora de
sua gaiola. Seus olhos semicerraram-se, já que a luz tinha que machucá-
lo, e sua cor estava muito pálida. Um brilho de suor cobriu seu rosto
também. Era óbvio que ele estava sentindo muita dor.
"Foda-se," Jessa murmurou, recuando.
Carlton atirou nela, fazendo-a estremecer para evitar ser atingida.
Veslor Mates
“Aquilo foi um aviso. Não se mova de novo, boceta. Agarre-a, Dean.

”
Dean, o guarda, tropeçou para frente. Ele parecia ter dificuldade
em abrir os olhos o suficiente para vê-la enquanto avançava. Os outros
permaneceram perto das portas da gaiola aberta.
Ela precisava impedi-los. “Pare e pense sobre isso. Não há como
sair deste bunker e as equipes de resgate vão prendê-lo quando nos
desenterrarem. Isso é estúpido e sem sentido. ”
"Errado!" Carlton berrou, assustando-a. “Nós temos uma saída. É
um túnel escondido e há até um ônibus espacial. Estamos indo para
aquela seção escondida para esperar até que sua Frota fodida deixe o
sistema. ”
Ninguém precisava dizer a ela que eles iriam matá-la de qualquer
maneira. Maith também, se eles tivessem escondido mais armas. Wilma
e Ned também seriam assassinados.
Dean cambaleou mais perto, levantando a mão para agarrá-la pelo
pescoço.
Jessa enviou uma forte onda de energia elétrica para seu olho
artificial. O brilho ofuscante repentino ia doer - mas Dean sofria de
sensibilidade à luz. Isso o machucaria tanto quanto a ela, se não mais.
Ela sentiu seu olho artificial esquentar muito rápido, causando
uma sensação de queimação por trás dele, mas funcionou. Os olhos dela
brilharam tanto que Dean deu um pulo para trás, gemendo, e ergueu os
dois braços para proteger os olhos.
Jessa se lançou para frente, ignorando a perda de metade de sua
visão quando o implante ocular superaqueceu com a oscilação de energia
e desligou completamente. Ela agarrou Dean pelos quadris e usou toda
sua força para girar o homem muito maior.
Ele quase tropeçou e abriu os braços para os lados, tentando
encontrar o equilíbrio.
Isso era tudo que Jessa precisava. Ela colocou a grande guarda
entre ela e Carlton. Ela girou, enviando mentalmente o sinal de
desbloqueio para o painel, esperando que seu implante cerebral ainda
pudesse transmitir e também não tivesse superaquecido, já que eles
estavam fisicamente muito próximos um do outro.
O bloco brilhou em verde enquanto ela corria para a porta. Carlton
gritou uma maldição e atirou novamente. Uma queimadura de laser
atingiu a porta, mas não acertou Jessa. Ela agarrou a maçaneta e saiu,
batendo a porta atrás dela. Ela girou, olhando para o bloco para dar a ela
algo em que se concentrar. A fechadura engatou.
"Jessa?" O rosnado de Maith soou, mas ela não ousou se afastar
do que estava fazendo para olhar para ele vindo em sua direção pelo
corredor. Ela localizou a fonte de alimentação dentro do bloco e o
desligou. As luzes do teclado apagaram.
Veslor Mates
Ela se afastou da porta quando ouviu um disparo de laser do outro

lado, assim que Maith a alcançou. Ele largou o kit médico e a agarrou. "O
que aconteceu?"
“Eles estão livres lá. Eu desliguei a energia da fechadura para que
eles não pudessem anulá-la do outro lado. Está totalmente
morta. Carlton tinha uma pequena arma laser escondida em algum lugar
com ele. Eles queriam me pegar sozinha para usar como refém e forçar
você a ajudá-los. Aquele maldito Boyd estava fingindo um possível ataque
cardíaco para fazer você sair da sala. Fodidos! ”
Maith rosnou quando ele a virou para encará-lo. Era
estranhamente perturbador ver apenas com um olho. A leve sensação de
queimação diminuiu, mas seu olho artificial não voltou a funcionar. Isso
não era bom. Ela pode tê-lo danificado pior do que previra. Isso
significaria que precisava ser consertado antes de funcionar novamente.
Maith soltou seu braço e de repente segurou seu rosto com as mãos
grandes, forçando sua cabeça para cima. Ele parecia fixado em seu olho
artificial enquanto fazia um estranho ruído sibilante que ela nunca tinha
ouvido antes. "Eles atiraram no seu rosto?" A almofada do polegar dele
roçou suavemente o lado da órbita do olho dela, e ele se inclinou para
mais perto. “Seu olho parece danificado e a pele ao redor está
ligeiramente vermelha. A parte central não é mais azul. É preto e a parte
branca parece amarela. ”
"Merda. Isso não é uma boa notícia. ”
"Eles atiraram no seu olho?"
"Não. Enviei uma forte carga de poder para fazer a luz em meu olho
rapidamente brilhar com força total para evitar que Dean colocasse suas
mãos gordas em mim. Eu sabia que poderia sobrecarregá-lo um pouco,
mas preto significa que ocorreram mais danos do que eu esperava. Devo
ter fritado alguns componentes ou fiação. ”
"Por que você faria isso?"
“A luz causa dor a alguém na condição de Dean. Era a única
vantagem que eu tinha, cegando-o por alguns segundos e fazendo-o
recuar. ”
“Como faço para consertar seu olho?”
Mais fogo de laser atingiu o outro lado da porta. Jessa tentou se
afastar de Maith. “Não podemos. Vou precisar de uma cama médica com
cirurgia programada e os componentes sobressalentes armazenados em
meu laboratório. Solte-me. Temos coisas mais importantes com que
lidar. ”
Maith rosnou, mas a soltou. "Você está com dor?"
"Não."
"Você consegue ver o que está acontecendo?"
Veslor Mates
“Está totalmente morto e não está respondendo a mim, mas tenho

visão em meu olho natural.”
“Sua pálpebra daquele lado não está funcionando. A vermelhidão
me alarma. Isso parece estar ficando pior."
Ela tentou fechar os olhos com força. “Eu posso ter sofrido
queimaduras leves de quando o implante superaqueceu. Nada que não
possa ser consertado ou curado. Que tal agora?"
"O seu falso olho ainda está aberto."
"Droga. Vou me preocupar e lidar com isso mais tarde. ” Ela se
afastou dele para olhar para a porta. “Você acha que eles podem cortar
sua saída? Estas são portas de nível de segurança, mas não são a nível
da prisão. Os interiores têm pontos fracos. ”
"Eu não sei."
"Pegue as armas." Ela se afastou dele e ergueu seu kit. "Vou
segurá-los até que você volte, se eles conseguirem abrir." Ela ficou
encostada na parede ao lado da porta e agarrou a alça do kit médico com
as duas mãos. “Eu quero bater neles com essa coisa. Vou me arrepender
de tê-la danificado, mas odiaria ainda mais que eles escapassem. Existe
uma maneira secreta de sair deste bunker. De jeito nenhum vamos deixá-
los escapar. ”
Maith não saiu correndo. Em vez disso, ele começou a tirar suas
roupas.
Jessa ficou boquiaberta com ele até que ele ficou totalmente nu a
poucos metros de distância.
“Eu não preciso de suas armas humanas. Vá buscar a fêmea
grávida e leve-a ao filhote. Faça uma barricada dentro daquela sala. Eu
vou lidar com os humanos se eles saírem. " Ele ergueu o pulso, bateu
nele e o teclado holográfico apareceu. Ele teclou rápido. “Atualizando
meu agrupamento sobre a situação para que eles saibam que podem
enfrentar inimigos quando invadirem o bunker.”
Jessa não se moveu. "Eu não estou deixando você. Há quatro
deles." Ela agarrou seu kit com mais força. "Vou derrubar quem você não
fizer."
“Jessa,” ele rosnou. “Proteja a fêmea grávida e o filhote. Você está
ferida."
“Estou cega de um lado e provavelmente sofri algumas
queimaduras leves. Não é nada debilitante. Estou bem . Eu serei
amaldiçoada se sequer um deles fugisse. Você me ouviu falar sobre
algum túnel secreto fora daqui? Eles também têm um ônibus. Agora faz
sentido porque eles explodiram a mansão. Eles tinham uma maneira de
sair daqui, contanto que se escondessem e esperassem até que a Frota
partisse. Aqueles desgraçados planejaram isso com bastante
antecedência, caso a Frota viesse atrás deles. "
Veslor Mates
"Jessa." Ele rosnou para ela, dando um passo mais perto. "Vá
barricar-se com a fêmea e o filhote."
O fogo do laser podia ser ouvido do outro lado da porta, e ela sentiu
o cheiro de algo queimando. Metal. "Não. Eles estão obviamente
cozinhando as dobradiças da porta por dentro. Não temos tempo para
discutir. Somos uma equipe, lembra? Mude se você vai fazer isso! ”
Maith mostrou suas presas afiadas, então ele se jogou para frente
para apoiar as mãos no chão. Ele era flexível, ela daria isso a ele. Ossos
começaram a estalar, e ela se encolheu um pouco com os ruídos que
soavam desconfortáveis. Ele mudou rapidamente, até que o macho que
ela estava acostumada a ver se foi, substituído por uma terrível besta
felina alienígena de textura de couro. Ele rugiu, olhando para ela com
seus olhos verdes.
"Eu sei. Você pode gritar comigo mais tarde. ”
Ele recuou, movendo seu olhar dela para a porta. Ela respirou
fundo algumas vezes. Quando aquela porta se abrisse, ela realmente não
queria levar um tiro, mas os prisioneiros pareciam ter apenas uma
arma. As chances eram boas de que Maith visasse aquele que segurava
o laser primeiro. Ela só teria que evitar que os outros três corressem para
onde quer que o túnel de fuga oculto estivesse localizado. Poderia ser em
qualquer lugar - exceto na sala em que os prisioneiros estavam, já que
eles estavam tão desesperados para escapar.
Ela olhou para as luzes ao longo do teto e teve uma ideia. Maith
podia ver no escuro. Os humanos não têm essa habilidade. Ela poderia
tentar usar seu implante cerebral para conectar-se remotamente ao
sistema elétrico, já que funcionou no painel da porta quando ela desligou
a energia, mas ela viu o interruptor de luz no corredor. Ela empurrou a
parede e correu em direção a ele.
Maith soltou um rosnado baixo.
"Eu sei o que estou fazendo", ela gritou, correndo pelo corredor até
chegar ao interruptor. Então ela o abaixou. As luzes do teto se apagaram
e a escuridão total a rodeou.
“Outra vantagem”, disse ela a Maith, estendendo a mão para sentir
a parede e voltar para o caminho de onde viera.
Maith rapidamente correu para Jessa enquanto ela tentava

cegamente manobrar pelo corredor. Ele roçou contra o lado dela e
empurrou o kit em seu caminho. Jessa deixou cair. Por sua maldição
suave, ela não teve a intenção. Ele rosnou para ela, nada feliz. Ele queria
que ela fosse trancada com a fêmea grávida e o filhote, onde ela estaria
segura.
“Deixe-me e vá cuidar daquela porta,” ela ordenou.
Ele a empurrou contra a parede e a imobilizou, rosnando. Ele abriu
a boca e agarrou levemente o pulso dela, mordendo apenas o suficiente
Veslor Mates
para segurar, mas não o suficiente para machucá-la com suas

presas. Ele puxou levemente, indicando que a queria no chão.
Ela quase caiu. Ele empurrou seu corpo ainda mais apertado
contra ela para prendê-la contra a parede.
"Droga, Maith!" Ela reclamou. “Vá vigiar a porta. Vou voltar para lá
e acertar qualquer coisa que sair. ”
Ele rosnou e balançou a cabeça. Então ele puxou novamente o
pulso dela.
“ Tudo bem . Eu ficarei aqui."
Ele soltou seu pulso e recuou lentamente, certificando-se de que
ela não caísse. Jessa lentamente deslizou para suas mãos e joelhos,
ficando perto da parede.
“Empurre meu kit para mim, por favor. Eu não consigo ver
isso. Então volte para aquela porta. ”
Ele usou a pata para deslizar o kit para Jessa. Ela procurou o topo
e acenou com a cabeça. "Peguei."
Ele fez um ruído surdo, esperando que ela entendesse que ele
queria que ela ficasse. Ele mudaria e falaria com ela, mas ele precisaria
de sua energia se os humanos escapassem da sala. Transformar-se e de
volta em um curto espaço de tempo o deixaria exausto rapidamente.
O cheiro de metal queimado ficou mais forte, e quando ele virou a
cabeça, olhando para a porta que continha os humanos ruins, ele viu que
o lado esquerdo tinha um brilho vermelho fraco, onde as dobradiças do
lado de dentro estariam. Seria causado pelo aquecimento do metal.
Ele correu para frente, mas não chegou muito perto. Jessa desligar
a iluminação do corredor tinha sido inteligente. Os humanos estariam
cegos além da luz que estava dentro da sala. Uma vez que eles se
afastassem o suficiente, eles não o veriam se aproximando deles no
escuro.
Seu pulso vibrou, mas ele não conseguiu se comunicar com seu
grupo enquanto estava em forma de batalha. Então ele ouviu um
estrondo alto do outro lado da porta. Parecia que eles estavam usando
algo pesado para atingi-la. Parte da porta se moveu onde as dobradiças
estavam localizadas e um pouco de luz brilhou por ela. Ele recuou mais
na escuridão e se agachou.
“Eles vão explodir,” Jessa sussurrou a cerca de quatro metros de
distância no corredor.
A frustração encheu Maith, assim como a raiva. Ela deveria tê-lo
ouvido e se trancado com a fêmea grávida e o filhote. Ele não gostava que
ela estivesse lá, e com as luzes apagadas, ela não seria capaz de ajudá-lo
de qualquer maneira. Os humanos às vezes faziam pouco sentido para
ele. Agora ele não só tinha que lidar com seus inimigos, mas se preocupar
com Jessa se machucando se um deles disparasse uma arma em pânico
e acontecesse de ir na direção dela.
Veslor Mates
Outro estrondo soou e a porta cedeu mais, a luz fluindo da sala

ficando mais brilhante. O lado da fechadura ainda estava travado, mas
sem as dobradiças do outro lado, eles seriam capazes de se espremer se
conseguissem abrir a porta o suficiente.
Ele jogou a cabeça para trás, rugindo alto. Ele esperava que a
ameaça lhes causasse medo suficiente para interromper a tentativa de
fuga.
“Aquele maldito alienígena está lá fora”, soluçou uma
mulher. “Pare ou ele vai entrar!”
"Cale a boca!" Carlton gritou. "Eu vou atirar."
"Dê-me a arma." Dean parecia chateado. "Você nem conseguiu
bater naquela vadia médica."
"Eu vou", argumentou Carlton.
“Não, você não vai. Todos nós sabemos que você tentou machucar
a cadela. Você errou as duas vezes. Passe para cá. ”
"Você não consegue nem ficar em pé e está ofegante", Carlton
fervia. “Cale a boca, Dean. Tudo que você precisava fazer era agarrar a
boceta e segurá-la para evitar que o alienígena nos atacasse. "
“ Ambos calem a boca.” Esse foi o governador. “Vocês ouviram a
médica. A Frota sabe que estamos vivos aqui e estão vindo. Precisamos
ter ido embora quando eles chegarem. ”
"Dê-me os códigos de acesso ao túnel e transporte." O tom de
Carlton assumiu um tom suplicante.
"Não", retrucou Boyd. “Você já teria me abandonado se eu tivesse
dado. Ninguém sai daqui a menos que embarquemos juntos. Você
também precisa de mim para acessar todos os fundos que
embolsamos. Está em caixas trancadas que incinerarão o conteúdo se
forem adulteradas. Quanto tempo você acha que vai sobreviver sem ser
pego se não puder subornar ninguém? Agora pare de choramingar. ”
A fúria encheu Maith. Os humanos não iriam fugir. Ele conhecia a
Frota e Jessa queria todos eles vivos para ver a justiça da Terra, mas ele
iria matá-los se fosse necessário para impedi-los de deixar o bunker. Ele
não estava prestes a esquecer o filhote, Toby, que quase morreu
queimado. Ou o filhote quase adulto ainda inconsciente que encontraram
morrendo em uma das jaulas. Qualquer um que machucasse seus
próprio povo poderia fazer isso de novo.
Houve outro estrondo e a porta se abriu ainda mais. Ele avistou o
guarda, Dean, pegar parte dela. O grande macho não parecia saudável
ou com força total, mas era grande para um ser humano. Ele lutou com
a porta e conseguiu libertá-la da fechadura do outro lado. A porta caiu
para frente no corredor com um estrondo.
“Dê-me a pistola,” o guarda exigiu, seus punhos erguidos enquanto
freneticamente lançava um olhar ao redor do corredor escuro de onde ele
Veslor Mates
estava na porta da sala iluminada. Ele levantou um pé e colocou o sapato

na porta.
"De jeito nenhum." Carlton se encolheu atrás dele, brandindo a
menor arma laser terrestre que Maith já vira.
Ele quase bufou. Eles acreditavam que poderiam matá-lo com
isso? Parecia um brinquedo de criança em vez de uma arma. Então ele
olhou para a porta abaixada, vendo o metal derretido que costumava ser
dobradiças. Um lembrete de que o brinquedo pode causar algum
dano. Parecia mais um bisturi a laser em sua mente, com um alcance
maior.
Cada músculo de seu corpo ficou tenso e ele se virou para olhar
para Jessa.
A luz que se espalhou para fora da sala não alcançava nenhum
deles. Ela estava escondida na escuridão. Pelo menos ele esperava
que nenhum dos humanos fosse capaz de vê-la. Ele poderia. Ela havia
achatado o corpo no chão, o kit parcialmente à sua frente, e ela segurava
uma sacola com algo em uma das mãos. Ele não tinha ideia do que era.
Talvez ela a jogasse nos humanos. Ela seria capaz de ver Dean, o
guarda. Os outros não estariam em sua linha de visão até que saíssem
da sala para o corredor.
“Eu não vejo nada,” Dean sussurrou. “Encontre uma luz.”
Boyd passou por Carlton, falando baixo. “Há um interruptor de luz
no final do corredor, no final onde faz uma curva. Vá ligá-lo para que
possamos ver para onde estamos indo. ” Ele ficou atrás do guarda
humano maior. "Precisamos chegar à cozinha."
"É onde fica o túnel escondido?" Carlton perguntou. “Dê-me o
código de acesso e correrei para abri-lo.”
"Eu não sou um idiota, Carl", Boyd retrucou. "Nós vamos juntos."
Carlton parecia irritado. “Eu não te deixaria. Você é o único
autorizado a ativar o piloto automático do ônibus espacial - inferno, até
mesmo para entrar nele. Nós precisamos um do outro. Eu também não
sou um idiota! "
Maith ficou ainda mais irritado. Os humanos apenas ficaram na
sala discutindo, ao invés de fazer qualquer coisa. Talvez eles quisessem
que ele viesse para a luz onde pudessem vê-lo.
A fêmea não estava à vista. Era possível que eles montassem uma
armadilha e tivessem acesso a mais armas. Ele não estava caindo
nessa. Ele os esperaria. Veslors tinham paciência. Em algum momento,
eles teriam que sair daquela sala.
Veslor Mates
Capítulo Doze
J essa podia ver Dean. O grande brutamonte pairou na porta

aberta, um sapato na porta que eles conseguiram derrubar. Ele não
parecia nada bem, mas ela ficou impressionada que ele permaneceu de
pé. A abstinência dessas drogas para aumentar os músculos era um
inferno para o sistema.
Ela segurou o saco de creme para queimaduras em sua mão. Já
estava aberto, então quando ela o jogasse, ele derramaria. Ela não tinha
massageado o saco para torná-lo uma pasta firme. Estava na forma
líquida - e ficaria muito escorregadio no chão.
Era tudo o que ela tinha para atrasá-los. Não era muito, mas eles
provavelmente tentariam fugir, e cair definitivamente iria atrasá-los se
escorregassem. Ela só esperava que não funcionasse com Maith. Ele
tinha aquelas patas grandes com garras mortais. Elas provavelmente
criariam alguma tração para ele, independentemente de quão
escorregadio o chão se tornasse.
Ela ouviu o comentário sobre a cozinha. Estava localizada atrás
dela, na curva do corredor. Eles teriam que passar por ela para alcançá-
la. Ela só esperava que Wilma permanecesse em seu apartamento e a
adolescente não acordasse. Ela duvidava que Ned estivesse em condições
de sair da sala. Ele teria sorte de chegar ao banheiro sem ajuda.
Ela estendeu o controle com seu implante mental e tentou se
conectar com as fechaduras das portas. Não funcionou. Ela estava muito
longe.
Em vez disso, ela desligou as fontes de energia para os painéis [ de
bloqueio em qualquer porta com a qual seu implante pudesse se
conectar. Isso evitaria que Boyd e seus companheiros tentassem entrar
nos aposentos mais próximos enquanto tentavam fugir, caso sentissem
a necessidade de fazer uma barricada em algum lugar. Foi o melhor que
ela pôde fazer.
“Precisamos ir,” Boyd sibilou. "Saia daí, Dean."
Jessa resistiu a bufar. Claro que o governador covarde mandaria
outra pessoa primeiro, provavelmente esperando que fosse atacada
enquanto ele fugia. Isso não a surpreendeu de forma alguma.
Ela decidiu tentar uma nova tática.
“Eu tenho uma arma e sei como usá-la,” ela gritou. “Fique de
joelhos, Dean. Trave os dedos acima da cabeça ou eu atiro. ”
O grande guarda voltou para a sala e saiu de sua vista. Isso
também não a surpreendeu. Era exatamente o que ela esperava alcançar
- mantê-los dentro da sala até que a ajuda chegasse.
Veslor Mates
Jessa baixou a voz para um sussurro, sabendo que apenas Maith

seria capaz de ouvi-la. “Eu realmente espero que as equipes cheguem
aqui logo. Talvez possamos blefar para mantê-los onde estão até então. ”
Um rosnado baixo alcançou seus ouvidos. Ela ativou seu implante
de ouvido, amplificando o som.
"Ela está blefando", Carlton sibilou. “A cadela é uma médica. Não
um soldado. Mesmo se ela tivesse um rifle laser, ela não seria capaz de
acertar nada. ”
"Você saberia tudo sobre isso", Dean sussurrou de volta. "Dê-me a
maldita pistola."
"Foda-se." A voz de Carlton se elevou. "É minha. Eu não estou
abrindo mão dela. Não se esqueça, sou a razão de não estarmos ainda
nessas malditas jaulas. Fui eu que escondi essa coisa contra meu pau. ”
Jessa curvou o lábio em desgosto. Não admira que ele tenha se
safado escondendo a arma. Ela não gostaria de tocá-lo ali para
verificar. Maith provavelmente não tinha pensado que os humanos
seriam tão grosseiros ao ponto de colocar coisas em suas roupas
íntimas. Ela duvidava que Dean pedisse de novo, sabendo onde estava.
Ela estava errada.
“Eu irei primeiro e derrubarei qualquer ameaça, mas eu preciso de
uma pistola,” Dean argumentou.
“Você estará morto antes que possa atirar na coisa. Vou abrir fogo
contra qualquer um que saia dessa sala. Você está me ouvindo? E eu
posso atirar muito bem. Faz parte do treinamento da Frota. Todos nós
temos que passar dez horas por semana em campo, ”Jessa gritou,
esperando que eles não soubessem que isso era besteira.
Outro rosnado baixo veio de Maith.
“Contanto que eles fiquem lá, eu vou mentir pra caramba,” ela
sussurrou. “Não fique entre mim e aquela porta. Vou jogar fora esta
bolsa. Vai ficar escorregadio. Espero que um deles escorregue e se caia
se eles fugirem. "
Ela ficou de joelhos e puxou o braço para trás. Em seguida, ela
jogou a sacola com todo o seu valor. Aquilo pousou na porta derrubada
e espalhou-se amplamente.
Um grito veio de dentro da sala. Tinha que ser a mulher. Ou Carlton
grita como uma mulher. Esse pensamento fez Jessa sorrir.
"O que é que foi isso?" Boyd não parecia feliz.
"Eu não sei. Sinta-se à vontade para colocar sua cabeça lá fora e
descobrir, ”Dean respondeu, parecendo furioso.
“Nós vamos morrer!” a mulher lamentou.
"Cale a boca, Karen!" Boyd disparou. "Recomponha-se."
"Sim, senhor", ela fungou.
Veslor Mates
"Pare de chorar." Carlton parecia irritado. "Jesus. Você deveria ter

ficado com Melissa. Pelo menos a adjunta tinha alguma espinha
dorsal. Esta me irrita pra caralho. ”
"Precisamos sair daqui." Boyd fez uma pausa. “Você ouviu aquela
vadia. As equipes de resgate estão cavando seu caminho. Precisamos ter
ido embora quando eles chegarem. Quantas pessoas estão dentro do
bunker, Carlton? ”
“Só a boceta e o alienígena. Além do garoto moribundo e daquela
cadela grávida chorona que prendemos aqui antes. "
"Então, dois," Dean resumiu. “Nós podemos pegá-los. Se a cadela
tivesse uma arma, ela já a teria usado. Karen, Rodney, peguem qualquer
coisa que vocês possam usar como arma. ”
Jessa silenciosamente amaldiçoou. Os idiotas iam fugir. Ela
lentamente se levantou, ignorando o rosnado suave de Maith. Então ele
rugiu alto. Ela se encolheu. Não que isso a fizesse voltar ao chão.
Ela cegamente estendeu a mão e agarrou seu kit médico,
segurando firmemente a alça e erguendo-a até o peito. O estojo era
pesado, resistente para ser usado como uma arma, e também poderia
protegê-la de levar fogo de laser em qualquer parte de seu corpo que ela
pudesse proteger. Era tudo que ela tinha.
Ela se pressionou contra a parede, o olhar fixo na luz que vinha da
porta aberta.
"Agora!" Dean sibilou.
Ele saiu correndo primeiro, com Boyd e Carlton logo atrás
dele. Assim que ele pisou totalmente na porta, seus dois pés dispararam
e ele caiu com força, batendo no chão.
Boyd e Carlton quase caíram também, mas conseguiram se manter
de pé depois de deslizarem como personagens de desenho animado. Boyd
usou o braço de Carlton para se equilibrar. O par se moveu em sua
direção. Jessa podia ver seus contornos pela luz da sala. Karen
provavelmente estava atrás deles, mas Jessa não podia vê-la por causa
de seus corpos grandes se aproximando. Ela ficou satisfeita quando eles
pareciam ter problemas para manter os pés e não podiam correr muito
rápido.
Jessa gritou um grito de batalha - ou talvez mais um grito - e correu
em direção a eles. Seus sapatos não eram escorregadios, o que lhe daria
uma vantagem. Pelo menos ela esperava que sim. Ela mirou em Boyd. Ele
era o único com o código de acesso para sair do bunker. Sem ele, os
outros permaneceriam presos.
A dor bateu em seu peito quando ela empurrou seu kit para o
homem maior. Ambos caíram. Ela caiu parcialmente em cima do
governador, e ele acabou deitado de costas. Ela ignorou a dor em seu
joelho direito que havia batido contra o chão e apertou seu kit.
"Ugggh," Boyd gemeu.
Veslor Mates
Jessa sentiu quando ele tentou se sentar, já que ela estava deitada
no que ela pensava ser a perna dele. Ela rapidamente se ajoelhou,
tentando vê-lo, mas a luz do quarto de onde eles vieram havia de alguma
forma se apagado. Estava escuro como breu no corredor. Mas não estava
quieto. Dean estava berrando obscenidades e Maith rosnou alto.
"Carlton!" Boyd gritou.
Isso deu a Jessa uma boa ideia de onde estava sua cabeça.
Ela balançou o kit com toda sua força e bateu nele, mas não foi o
suficiente para nocauteá-lo. A mão dele apalpou a frente de sua camisa
e ela sentiu algo roçar em seu rosto enquanto era puxada para cima dele
novamente. Ela imaginou que ele poderia ter dado um soco nela com a
outra mão.
Ela largou o kit e girou para o lado, rolando para longe dele. Em
seguida, ela passou as unhas violentamente sobre a mão que a
segurava. Ele respirou fundo, dolorido. Tinha que doer; ela podia sentir
suas unhas arrancando a pele.
Ela deu seu próprio soco, apontando para onde o estômago dele
poderia estar. Ela bateu nele, a satisfação enchendo-a quando a mão que
apertava seu uniforme se soltou.
Ela sentiu quando ele começou a rolar para o lado, provavelmente
sua tentativa de fugir. Jessa não estava deixando-o ir. Ela se lançou,
agarrou as roupas dele e o segurou bem. Ela ergueu o outro braço,
batendo o punho em seu corpo.
Boyd rolou sobre o que ela presumiu ser sua barriga. Jessa subiu
em cima dele, largou sua roupa e ignorou o grito de pavor que veio de
algum lugar atrás dela. Karen.
Dean não estava mais gritando. Maith ficou em silêncio.
"Tire ela de cima de mim!" Boyd berrou.
Jessa lamentou sobre ele com os punhos enquanto montava em
sua bunda. Cada vez que ele tentava se levantar, ela o derrubava,
batendo continuamente em suas costas. Quando ele tentou rastejar,
arrastando os dois pelo chão, ela parou de bater nele e foi para o cabelo
dele. Ele não tinha muito, mas deu um bom punhado com as duas mãos
e empurrou sua cabeça para baixo. Ele fez um som de dor quando seu
rosto bateu com força no chão. Ele parou de se mover.
Jessa congelou, ofegante. Talvez ela finalmente o nocauteou. Ela
sabia que ele estava respirando. Ele estava deitado principalmente de
costas; cada inspiração e expiração levantavam e abaixavam seu corpo.
“Eu acho que ele morreu,” uma voz masculina declarou.
Isso assustou Jessa pra caralho. O mesmo aconteceu com a
sensação de duas mãos grandes segurando sua cintura.
“Solte o macho, Jessa. Nós o pegamos. ”
Veslor Mates
Ela reconheceu aquela voz. As mãos fortes a afastaram das costas

do governador. "Roth?"
"Sim. Entramos primeiro, pois podíamos ver. Drak está com o
macho menor. Maith está cuidando de um humano inconsciente
maior. Gnaw tem a mulher inconsciente. Eu teria te pego antes, mas você
parecia com a intenção de lutar com o homem. "
Roth a ajudou a se levantar. O corredor permaneceu totalmente
escuro e Jessa tremia de adrenalina. O Veslor a segurou com força. "Você
está ferida."
Um rosnado baixo soou de algum lugar.
“Não é ruim, Maith” Roth garantiu a ele. "Tampe os ouvidos, Jessa."
Ela hesitou, então fez o que ele pediu.
“Limpo” Roth explodiu em voz alta. Então ele suavizou. “Agora
cubra seus olhos. Eles virão com luzes brilhantes. ”
Segundos depois, cerca de uma dúzia de lanternas fortes
contornaram a curva do corredor. Jessa virou a cabeça brevemente, mas
queria muito ver os resultados finais para seguir a segunda parte do
conselho de Roth.
Luzes em movimento encheram a área, revelando que Boyd estava
realmente esparramado de barriga para baixo, aparentemente
desmaiado. Havia sangue manchado no chão perto de seu rosto, mas ela
não foi capaz de ver se quebrou seu nariz ou se fez pior.
Ela ergueu o olhar. Maith ainda estava em sua forma de batalha,
suas patas dianteiras em Dean. O guarda estava com o rosto
ensanguentado. Pareciam marcas de garras, pelo que ela podia ver, e
seus olhos estavam fechados.
Gnaw saiu da sala das celas com uma Karen manca pendurada no
ombro. Ele ergueu a mão livre para cobrir os olhos enquanto mais botas
pisavam no corredor. As equipes da força-tarefa da Frota pareciam ter
chegado.
Eles foram resgatados.
Jessa deixou que isso assentasse. Havia uma maneira de sair do
bunker agora. As equipes da Frota e o agrupamento Veslor o haviam
violado. Ela tinha certeza de que eles os ouviriam chegando, mas ela não
ouviu.
Não importava como eles entraram. Eles apenas entratam.
Alívio a golpeou. Sua provação acabara
******
Maith removeu as patas do humano ferido e recuou quando as

equipes da força-tarefa humana chegaram ao seu lado. Dois deles caíram
Veslor Mates
ao lado de Dean e seguraram suas mãos. Então Michael chegou com um

kit médico. O médico fez com que os outros dois humanos rolassem o
homem inconsciente de costas, depois tratou de seu rosto.
“Ele obviamente te irritou,” Michael murmurou, então sorriu. “Você
deve ter sido cuidadoso quando deu um tapa nele com sua pata. Ele
ainda está vivo e suas garras não penetraram em seu crânio. "
Hailey se aproximou de Maith, segurando um par de calças. A
membro da força-tarefa humana da equipe seis sorriu. "Roth me disse
para trazer isso, caso você tivesse que chutar alguns traseiros."
Maith recuou um pouco mais, sentou-se nas patas traseiras e
fechou os olhos. Foi difícil acalmar suas emoções. Ele ainda estava muito
zangado com os humanos ruins - e Jessa. Ele poderia ter lidado com
todos os humanos sozinho. Agora ela estava ferida. Roth havia dito
isso. Querer ver todos os ferimentos dela por si mesmo o motivou a
encontrar a calma necessária para transformar seu corpo.
Ele se levantou após se transformar, tirando as calças de
Hailey. "Obrigado."
A fêmea sorriu mais amplamente. "O prazer é meu. Eu me ofereci
para este dever. ”
Maith notou como a fêmea olhava intensamente para seu corpo,
especialmente seu pau. Ele se vestiu rapidamente. Os seres humanos
realmente sexualizavam a nudez. Mais do que algumas mulheres da
força-tarefa o "atacaram". Seu grupo havia aprendido bem esse termo
desde que passaram a conviver com a Frota.
"Eu posso te dar uma massagem mais tarde, se quiser." Hailey
admirava abertamente seu peito nu.
"Agradeço a oferta, mas tenho uma mulher."
"Oh." Sua reação denunciou seu descontentamento.
Maith contornou ela e caminhou até Jessa. Ela estava de costas
para ele enquanto falava com Roth. O líder do grupo encontrou seu olhar
e abriu a boca para falar, mas antes que pudesse, Maith agarrou Jessa
pelos ombros, girando-a.
"Onde você está ferida?" Ele sabia que rosnou, mas não conseguiu
evitar. Ele estudou seu rosto. Além do dano ao olho artificial, havia um
arranhão em sua bochecha. Ele recuou um pouco, percorrendo o corpo
dela com o olhar, e inalou. Ele cheirou sangue.
Era dela. Ele simplesmente sabia disso.
"Onde?" Aquilo era definitivamente ele rosnando.
"Eu machuquei meu joelho, mas está tudo bem." Ela tentou se
afastar dele.
Ele a puxou contra seu corpo e olhou ao redor, avistando
Nathan. “Eu preciso do seu kit agora ,” ele ordenou ao homem.
Veslor Mates
Nathan correu e caiu de joelhos, removendo sua mochila e abrindo-

a, em seguida, puxando seu kit médico. "Onde ela está machucada?"
A ideia de outro homem tocando Jessa, especialmente um humano
que a insultou anteriormente, o irritou. “Segure-a, Roth,” ele exigiu.
Os olhos de seu líder de agrupamento se arregalaram, mas ele não
hesitou em dar um passo atrás de Jessa e gentilmente agarrar seus
quadris. Maith caiu de joelhos e inalou, farejando o sangue. Era sua
perna esquerda. Ele também viu um pequeno rasgo em seu uniforme. Ele
soltou suas garras e inseriu cuidadosamente duas delas para rasgar mais
o material e expor seu joelho.
"Pare com isso", Jessa retrucou.
Maith a ignorou, pegando uma pequena lanterna que Nathan
ofereceu e passando o facho brilhante sobre seu joelho. Sangrava
ligeiramente. Ele virou a cabeça para olhar para onde haviam prendido o
governador humano. Ele usava um cinto brilhante e suas calças tinham
botões. Ele adivinhou que o dano tinha sido feito por um deles quando
ela estava lutando com o homem.
Nathan entregou-lhe o spray de limpeza e Maith o espumou sobre
a pele machucada. O médico deu-lhe um pano esterilizado em seguida,
que Maith usou para limpar a espuma com cuidado, segundos
depois. Sangue fresco jorrou e ele aceitou um adesivo medicamentoso
para colocar sobre ele.
"Há algo que eu deveria saber?" Roth perguntou em Veslor. "Ela
está carregando seu cheiro."
"Ela é minha", ele respondeu de volta, também usando Veslor.
"Eles não vão permitir." Jessa mostrou seu conhecimento falando
a língua deles também. “Pare de agir assim, ou alguns dos outros machos
vão denunciá-lo. Eles não vão me deixar livre. ”
"Sobre o que ela está falando?"
“Falaremos sobre isso mais tarde,” Maith retrucou Roth. Foi
dirigido a Jessa também. Ele correu o olhar sobre ela novamente, não
vendo nenhuma outra lesão em sua roupa. Ele se levantou e limpou o
arranhão no rosto dela, colocando um adesivo médico nele também. Ele
mudou para a linguagem da Terra. “Ela precisa ser levada para Defcon
Red imediatamente. Seu implante ocular foi danificado. ”
"Tudo bem por enquanto."
Maith rosnou alto para Jessa, encarando seu único olho que
via. “Você retornará ao Defcon Red para ser tratada.”
Roth suspirou. "Ouça ele, Jessa." Ele falou em Veslor. “Ele está
irritado. Não gostamos de ver uma companheira ferida. ”
“Eu não sou uma companheira,” ela respondeu na língua deles. “A
Frota me possui. Eles não vão me deixar ir. ”
Veslor Mates
Maith queria discutir, mas Roth soltou Jessa e fez um ruído baixo
de advertência. "Mais tarde", ele murmurou. "Aqui não. Estamos
chamando atenção. ”
"Está tudo bem?" Nathan fechou o kit médico e o enfiou na
mochila, levantando-se.
Roth se virou para ele. “O olho da Dra. Brick foi ferido. Ela precisa
de um transporte para a Baia Médica na Defcon Red .
As luzes do teto se acenderam e Nathan estudou os olhos de
Jessa. O macho amaldiçoou suavemente. "Merda. Explodiu? " Ele se
aproximou e tentou tocar seu rosto.
Maith rosnou, agarrou Jessa e a puxou para o lado dele.
O médico recuou imediatamente. “Eu não ia machucá-la. Parece
que ela sofreu pequenas queimaduras. Ela foi exposta a um choque
elétrico que sobrecarregou seu implante ocular? Vou transmitir as
informações para a Baia Médica para que possam se preparar para sua
chegada. ”
“Foi uma sobrecarga de energia,” Jessa suspirou. Ela se virou para
encarar Maith com seu olho ativo. “Estou bem. Não importa se eu esperar
algumas horas. Eu preciso checar Wilma. ” Ela rapidamente se voltou
para o médico. "Todos vocês foram vacinados contra Prissa?"
“Sim,” Roth respondeu por ele. “Eu pessoalmente me certifiquei de
que todos recebem a vacina, incluindo nosso grupo.”
"Bom. Agora, preciso ver meus pacientes. Há dois deles. ” Jessa se
mexeu nos braços de Maith, tentando se libertar.
A teimosia dela o enfureceu. “Eu estou passando um
comando. Você já fez o suficiente. Você acabou aqui, Jessa. ” Ele olhou
ao redor, encontrando Birch. “Líder de equipe,” ele gritou.
Birch se aproximou. "O que você precisa?"
“Escolte esta mulher para a Baia Médica em Defcon Red . Ela
precisa de atenção médica imediata. Ignore seus pedidos para ficar no
planeta. ”
Birch deu uma olhada melhor em Jessa e empalideceu. "Merda. O
olho dela. "
“Leve-a agora,” Maith ordenou.
"Idiota", Jessa murmurou.
Ele não se importava se ela estava com raiva.
Birch ofereceu seu braço. “Eu vou te ajudar. Temos ônibus
esperando lá em cima. ” O homem acenou com a cabeça para Maith. "Eu
mesmo a levarei lá."
Maith observou uma Jessa muito infeliz ser levada embora. Ela se
virou antes de contornar a curva e lhe lançou um olhar furioso. “Não se
esqueça de Wilma e Ned. Eu deveria cuidar deles. Eles são humanos. ”
Veslor Mates
“Temos médicos. Vá, ”ele rosnou.

Birch gentilmente a puxou para fora de vista, e Maith suspirou,
encontrando o olhar firme de seu líder de agrupamento. Roth arqueou as
sobrancelhas e cruzou os braços sobre o peito.
“Falaremos sobre tudo isso mais tarde”, Maith disse a ele.
"Nós vamos." Roth olhou para as equipes da força-tarefa humana,
que carregavam os humanos feridos em macas e os moviam para fora. Ele
mudou para Veslor. "Você acasalou com ela?"
"Ainda não. Mas eu vou."
"Boa sorte com isso. Conte-me tudo."
Clark Yenna se aproximou. “Onde estão os outros pacientes?”
Maith só queria seguir Jessa e estar lá enquanto ela recebia
tratamento na Baia Médica. Mas ele não conseguiu. Eles precisavam dele
na cena. A fêmea grávida poderia entrar em pânico se machos
desconhecidos se aproximarem dela. Ele também tinha os novos códigos
para obter acesso aos quartos.
Isso não significava que ele pudesse parar de pensar nela,
entretanto, enquanto atualizava os machos mais próximos dele sobre
tudo o que tinha acontecido. Ele levou os outros médicos até os dois
humanos restantes. Ambos seriam transportados diretamente
para Defcon Red , já que o hospital temporário que eles montaram havia
sido destruído.
Eles também não tinham certeza em quais humanos do planeta
eles podiam confiar. Os pacientes estariam mais seguros com a Frota.
Veslor Mates
Capítulo Treze
J essa discutiu com Randy Birch enquanto ele praticamente a

arrastava para a área principal da Baia Médica com chuveiros de
descontaminação, onde seu ônibus espacial havia atracado. “Eu posso
cuidar disso sozinha se você me permitir ir ao meu laboratório. Ele tem
tudo de que preciso e meu kit médico já deve estar esperando por mim. A
enfermeira que cuidava dos chuveiros prometeu deixá-lo lá assim que
fosse esterilizado. ”
“Eu não vou irritar um Veslor. Maith disse para levá-la aqui, então
assim o farei. Ele vai chutar minha bunda no treinamento se eu
contraria-lo. Você não me assusta, senhora. Ele sim."
Como se as coisas não pudessem piorar, a médica que correu para
cumprimentá-los era ninguém menos que Cynthia Kane. A chefe da
equipe fez uma careta quando ela se aproximou, passando um olhar
avaliador do rosto de Jessa até a peça de roupa folgada que ela recebeu
depois do banho.
“Siga-me,” a médica mais alta exigiu. “Nós preparamos a sala de
exame seis para você. Liguei para o Dr. Zoner para ajudar. Ele é nosso
oftalmologista. ”
“Acho que ela precisa de um especialista em eletrônica”, respondeu
Birch.
“Eu não preciso de ninguém. Eu posso lidar com isso no meu
laboratório. Tenho uma cama médica totalmente funcional e todas as
peças sobressalentes para meu implante ocular. ”
Cynthia Kane se virou e olhou para Jessa. “Não ignoro as
modificações sintéticas.” Ela se aproximou e ergueu a mão enluvada,
segurando o queixo de Jessa, inclinando-o para cima.
Jessa permitiu, permanecendo em silêncio enquanto a médica
estudava cuidadosamente seu olho danificado.
“Eu acho que você vai precisar de uma substituição
completa. Também teremos que regenerar parte do tecido ao redor da
órbita do olho. Sua pálpebra não está fechando. Estou vendo
queimaduras de primeiro grau na camada superior da pele, o que indica
que a área ao redor do implante provavelmente sofreu queimaduras mais
graves, se isso foi causado por um pico de energia. ” Kane mudou seu
olhar, segurando o de Jessa. "Cale a boca e deixe-nos ajudá-la."
Jessa hesitou, debatendo. “Algumas das minhas modificações são
confidenciais. Eu preciso trabalhar nisso sozinha. ”
Cynthia Kane nem pestanejou. “Recebi um arquivo adicional do
quartel-general da Frota, uma vez que foi relatado que você estava
ferida. Parece que eles o sinalizaram, no caso de tal evento. Fui
Veslor Mates
convocada para tratar de certos assuntos... e uma Dra. Barns manda

lembranças.” Ela olhou para Birch. "Você está dispensado."
O líder da força-tarefa deu um aceno forte e saiu da Baía Medica.
Uma vez que elas estavam sozinhas, Kane suspirou. “O implante
secundário está danificado?”
"Não."
"Você tem certeza? Nunca vi nada parecido. Está ligado
diretamente ao seu cérebro. ”
“Fiz um diagnóstico durante o voo e novamente enquanto fazia a
descontaminação. Há uma camada de proteção entre ele e meu implante
ocular. Ele o protegeu dos danos causados pelo calor quando meu
implante fritou. ”
“Eu ainda vou fazer uma varredura. Recebi instruções sobre como
desligar o sinal que ele transmite, para protegê-lo de ser visto, e já
reprogramei o leito médico para enviar o código de desligamento.
” Cynthia Kane parecia perturbada enquanto olhava ao redor. Ela baixou
a voz, embora ninguém mais estivesse perto o suficiente para ouvi-las. “O
que diabos te fez concordar em deixar alguém colocar esse tipo de
tecnologia em sua cabeça? Eles tentaram implantar dispositivos de
interface para minicomputadores como aquele há quarenta anos, e todos
os receptores sofreram danos cerebrais ou morte eventual. Você estava
ciente disso? "
“Eu estou ciente. Quanta informação você recebeu? ”
"Não muita. Apenas seus arquivos médicos atuais, então eu
saberia com o que estou lidando. A Frota enviará uma equipe médica
secundária se eu não conseguir consertar o que há de errado com
você. Eles estão de prontidão, esperando meu relatório. Jesus! Achei que
você era superinteligente, Brick. Essa foi uma decisão estúpida do
caralho. Acho que agora sei por que você é um gênio. Você literalmente
tem um computador dentro de você. ”
Jessa debateu novamente. "Você jurou segredo?"
“Fui ameaçada de que, se algum dia eu compartilhar o que aprendi
sobre você, minha carreira e meu futuro serão destruídos. Eu não sou
suicida. ”
Isso não surpreendeu Jessa. A Frota era mestre em manter
segredos contidos. “Isso foi feito comigo quando eu tinha oito
anos. Portanto, não mereço um sermão seu - ou ser insultada. ”
O choque distorceu as feições da outra mulher.
Jessa percebeu que era informação suficiente para Kane perceber
que ela não tinha escolha no assunto. Os adultos tomam decisões
médicas para os menores.
“Podemos continuar com isso? Eu realmente gostaria de verificar o
adolescente que eles encarceraram com a doença de Prissa. Ele é meu
Veslor Mates
paciente. Você vacinou o funcionário que o tratava, correto? Eles estão

seguindo os regulamentos de quarentena do estágio quatro? Ele estava
altamente infectado. Os parasitas estão morrendo rapidamente, mas ele
ainda pode ser contagioso por mais algum tempo. ”
"Sim. Eu imediatamente baixei as informações sobre a doença de
Prissa e segui o protocolo. ”
"Obrigada."
Kane deu a ela um olhar especulativo antes de se virar, e Jessa a
seguiu até a sala de exame seis. Apenas duas outras equipes médicas
esperavam. Ambas eram mais velhas, provavelmente velozes. Fazia
sentido para Jessa. Os chefões da Frota só iriam querer pessoas naquela
sala que tivessem muito a perder se contassem o que estavam prestes a
ver e fazer.
“Remova o macacão,” as enfermeiras ordenaram, segurando um
lençol para dar a Jessa uma barreira de privacidade.
A enfermeira pegou um vestido, estendendo-o para Jessa antes de
virar as costas para ela.
Jessa se despiu e colocou a camisola antes de deitar na cama
médica. Kane começou a varredura. Jessa ficou deitada respirando
lentamente, estudando o holograma que apareceu acima dela, vendo o
dano em sua cabeça ao implante ocular.
Isso a fez estremecer. Kane estava certa; ele precisaria ser
completamente substituído. “Eu não tenho uma unidade de reposição
completa armazenada. Apenas partes. Eles estão na gaveta seis do lado
direito da minha mesa, dentro do meu laboratório. ”
"Entendido, mas temos unidades completas disponíveis", informou
Kane. “Temos sete tripulantes com os mesmos implantes oculares a
bordo. As cores nas novas atualizações têm a capacidade de imitar a
outra íris para combinar. Isso os torna quase impossíveis de
identificar. Você é a única que conheço que não tenta esconder que
perdeu um olho. "
“Há um propósito para o azul. É tudo o que posso dizer. ”
Kane estava olhando para o holograma. “Eu nunca vi nada
parecido com este dispositivo secundário. Ele está integrado em parte do
seu cérebro. Não estou vendo nenhum dano ao redor dos minúsculos
tentáculos que eles usaram para prendê-lo. O que exatamente ele faz,
além de agir como um computador? ”
“Confidencial,” Jessa suspirou.
Kane deu um aceno de cabeça afiado. “Não estou lendo nenhum
dano ao seu cérebro. Sem sangramentos. Nem mesmo hematomas. Isso
é bom. O tecido parece estar saudável onde o minicomputador está
conectado. ” Ela perguntou sobre dores de cabeça e desconforto.
“A área ao redor do meu implante ocular dói um pouco, mas é isso”,
admitiu Jessa.
Veslor Mates
Kane bateu no teclado de controle da cama médica.

Jessa amaldiçoou quando algo espetou sua bunda. "Não me dope!"
"Tarde demais." Kane encontrou seu olhar. "Durma. Vou trazer o
Dr. Zoner assim que reprogramar a cama para mostrar apenas o seu
implante ocular. Ele vai me ajudar a substituí-lo. ”
Jessa lutou para permanecer acordada, mas a droga agiu rápido,
deixando-a com sono. “Azul ...” saiu.
“Eu ouvi você da primeira vez. Você tem minha palavra. Eu tenho
seu arquivo médico completo e a cor original da lente está armazenada
lá. Vou duplicar. ”
Jessa perdeu a consciência.
******
Maith havia passado pela descontaminação, junto com todos os

outros que estiveram dentro do bunker, depois que foram levados de volta
para Defcon Red . A maioria das equipes da força-tarefa permaneceram
na superfície, usando chuveiros portáteis para se certificar de que não
espalhariam Prissa para a população. Seu agrupamento permaneceu em
Torid. Maith exigiu ir para Jessa, e Roth concordou em deixá-lo ir.
Ele entrou na Baia Médica, mas foi imediatamente informado que
a sala de exames contendo Jessa havia sido fechada. Um dos humanos
trouxe uma cadeira para ele esperar do lado de fora das portas seladas.
As horas se passaram. Ele frequentemente se levantava para
andar, preocupado. Nenhum procedimento deveria demorar tanto.
A porta finalmente abriu. Cynthia Kane e um homem que ele nunca
tinha visto antes saíram. A mulher o viu e parou. "Sr. Maith. A que
devemos o prazer da sua companhia? ”
O homem pigarreou. "Estou saindo agora." Ele saiu correndo.
Maith queria ver Jessa, mas as portas haviam sido seladas
automaticamente. Ele se aproximou, mas elas não abriram. Ele se voltou
para a doutora Kane. "Como está Jessa?"
“Já falei sobre isso com seu pessoal antes, quando a Srta. Wade
ficou na Baia Médica. Eu não posso lhe dar atualizações sobre os
pacientes. ” A fêmea parecia irritada.
Ele queria informar a fêmea que Jessa era sua companheira, mas
resistiu. “Eu sei quais são os ferimentos dela. As queimaduras ao redor
do olho artificial eram mínimas? Ela deu a entender que sim. Preciso
saber se ela está bem e se recuperando. ”
A fêmea olhou ao redor antes de dar um passo mais perto. “Eu sei
que vocês dois não se dão bem. Isso não é segredo. Inferno, existem
apostas de que você eventualmente vai agarra-la e bater em sua bunda,
Veslor Mates
ou se vai ser ela quem vai te dar um soco primeiro. Vocês dois entraram
em discussões com muitas testemunhas - então por que você se importa?
"
“Estávamos presos juntos. Tratei de seus ferimentos leves e, em
seguida, forcei-a a voltar para a Defcon Red . E eu nunca iria bater em
Jessa em sua bunda ou machucá-la de qualquer forma. ”
A fêmea estreitou seu olhar. “Esta é uma situação como a do Sr.
Roth e da Srta. Wade? Ele acasalou com ela dias depois que ela foi
liberada de meus cuidados. "
Maith não disse nada. Ele não poderia, sabendo que isso iria
chatear Jessa.
"Olha." Cynthia Kane suspirou, baixando a voz. “Você não quer se
envolver com ela. Você precisa confiar em mim. Ela não é uma humana
normal e sua situação é... diferente. Não posso dizer mais nada. Eu vou
te dizer que ela está bem e curando. ”
“Jessa não tem família aqui. Sua única irmã está em um local
remoto e não pode ir até ela. Nosso grupo a aceitou como família. Ela lhe
diria isso se você perguntasse a ela. Por favor, me diga se você conseguiu
consertar o olho artificial dela. ”
Ela hesitou, provavelmente considerando tudo o que ele
revelou. “Substituição total. É um modelo melhor do que o original. Nós
regeneramos todo o tecido e nervos danificados que ela sofreu com as
queimaduras ao redor do implante ocular. Tivemos sorte, porque o hub
receptor ao qual ele estava conectado não foi danificado. Basicamente,
significa que o novo implante será sincronizado com o cérebro dela. O Dr.
Zoner manteve o novo modelo conectado a uma tela para verificar se está
funcionando corretamente e fez todos os ajustes necessários. Ela será
capaz de ver quando ela acordar. Isso levará cerca de uma hora. ”
"Eu gostaria de vê-la."
"Não. Eu sinto muito. Já violei as leis de privacidade ao
compartilhar as poucas informações que lhe dei. Eu também aprendi
com o Sr. Roth como sua raça pode ser teimosa em relação a uma mulher
que tomaram sob sua proteção. Eu não preciso de você rosnando para o
meu pessoal e assustando todo mundo enquanto você espreita do lado
de fora da porta dela. Por favor, saia da Baia Médica e direi a ela que você
esteve aqui quando acordar. Nesse ponto, você pode visitá-la se ela der
permissão. ”
"Eu voltarei."
"Eu não tenho dúvidas."
Maith resmungou baixinho e deixou a Baia Médica. Ele
imediatamente foi encontrar Abby. Ela era a humana com quem ele mais
precisava falar. A companheira de Drak o ajudaria a descobrir a melhor
maneira de abordar o Comandante Bills sobre o contrato com a Frota de
Jessa. Esse homem era poderoso o suficiente para ajudar.
Veslor Mates
Ele encontrou Abby em sua cabine familiar. Ela trabalhava

frequentemente em sua casa. A fêmea sorriu, levantando-se da mesa
depois de desligar seu painel de dados. Seu olhar continuou indo para a
porta que ele acabou de passar.
“O resto do nosso grupo permaneceu em Torid. Drak não está
comigo. ”
A decepção apareceu em seu rosto. "Você está bem? O que há com
o macacão cinza escuro e as botas combinando? Você se machucou? "
"Não. Tive que passar por uma descontaminação. É uma longa
história. Nós precisamos conversar."
"Drak está bem?"
"Ele está bem." Maith apontou para a mesa. "Sente-se. Você
conhece as coisas da Terra. Preciso do seu conhecimento e inteligência.
” Abby era uma boa mulher. Inteligente.
"Deixe-me pegar algumas bebidas e algo para comer."
Maith a ajudou a colocar comida e bebida na mesa antes que
ambos se sentassem.
Ela o estudou cuidadosamente. "O que você precisa saber?"
"Jessa é minha companheira."
Ele esperava que ela fosse surpreendida por essa informação, mas
foi ele quem se assustou com sua emoção quando Abby riu.
“O que há de engraçado nisso?”
"Faz sentido. Vocês dois se odiavam um pouco demais. Parabéns."
“Nós não estamos acasalados ainda, mas estaremos. O que você
sabe sobre os órfãos criados pela Frota? ”
Ela ficou séria. “Não muito. A Terra tem seus próprios orfanatos no
planeta. Crianças que perdem seus pais enquanto viviam em uma colônia
ou estação espacial geralmente são dadas à família. Às vezes, não há
ninguém para recebê-los. A maioria das colônias e estações espaciais não
tem um sistema para abrigar e criar essas crianças em um ambiente
seguro, então ouvi dizer que a Frota os acolhe. Eles têm sua própria
cúpula da cidade em Marte. Eu li algumas histórias sobre o que está
contido ali ao longo dos anos. Não existem apenas instalações de
treinamento militar, mas sistemas educacionais inteiros. Para mim, eles
soam como internatos. Isso significa habitação e educação em um só
lugar. Eu presumo que parte disso inclui onde eles mantêm as crianças
órfãs. ”
"Você sabia que aqueles filhotes são forçados por sua Frota a
trabalhar para eles quando chegam à idade adulta?"
Ele obteve sua resposta pela expressão atordoada de Abby.
"Jessa me disse que sua Frota a possui até ela ter trinta e cinco
anos, e ela não tem escolha."
Veslor Mates
Abby balançou a cabeça, surpresa. "Isso não pode ser verdade."

“Ela não mentiria para mim. Jessa me confiou seus segredos. Ela
também tem uma irmã que sua Frota a impede de ver. Eles escravizaram
sua irmã também, até que ela atinja a mesma idade. Preciso de sua ajuda
para descobrir como libertá-las. ”
Abby recostou-se na cadeira. "Talvez você tenha entendido mal?"
“Não. Jessa insiste que sua Frota e a United Earth não permitiriam
que ela se tornasse minha companheira porque eles a possuem por mais
nove anos. Eles estão fazendo com que ela devolva toda a comida,
educação e cuidados médicos que recebeu quando era filhote,
trabalhando para eles. Ela me fez jurar segredo porque teme que sua
Frota a leve para reprogramação, mas concordou que poderíamos falar
com você. Somos um agrupamento. Seus problemas e segredos são
nossos para resolver. Ela é minha companheira, Abby. Eu preciso que ela
seja libertada. Eu também preciso libertar sua irmã, ou Jessa pode temer
que Anabel seja ferida em retaliação. Ela não disse muito, mas eu sei que
ela deve considerar essa consequência. ”
Abby apoiou os cotovelos na mesa e apoiou o queixo nas mãos. “Eu
preciso trazer Howard para isso. Ele saberia a verdade. "
"Ele é um oficial."
"Exatamente. Ele também é família. Você confia em mim?"
"Sim." Maith não precisava pensar nisso. Abby fazia parte de seu
grupo.
“Eu confio em Howard. Ele não vai nos trair se falarmos com ele
sobre isso. Deixe-me ligar para ele e pedir que venha aqui. Ele pode
verificar se tudo isso é verdade e talvez consertar se for. Ele tem conexões
que minha família não tem. Ele pode ser capaz de puxar alguns cordões.
” Ela se levantou. “Isso vai me irritar se a Frota força crianças a
trabalharem como adultos.”
"O que é isso?"
“É basicamente o que você chamou. Escravização. Deixe-me entrar
em contato com Howard. ”
Maith pensou sobre isso. O comandante Bills tinha sido bom para
eles. Roth confiava no homem mais do que nos outros a bordo. "Está
bem."
Maith comeu sua refeição por insistência de Abby, até que o
comandante Bills chegou à sua porta. Abby o deixou entrar. O homem
não estava de uniforme e parecia ter vindo do ginásio. Ele sabia que o
humano trabalhava regularmente para se manter em boa forma física, e
às vezes aparecia para treinar com as equipes da força-tarefa.
"Estou aqui. O que é tão importante? ”
Veslor Mates
Abby colocou as mãos nos quadris. “Estou pedindo um cone de

silêncio familiar. Isso é tudo não oficial e ultrassecreto. OK? Você não é
um oficial agora, apenas meu tio. "
O comandante Bills fez uma careta. Então seu olhar foi para o
estômago dela e ele sorriu. "Você está grávida?" Ele tentou abraçá-la.
Abby colocou as mãos em seu peito. "Não. Não é isso. Você é o tio
Howard agora ou o comandante Bills? ”
Ele suspirou. “Tio Howard. O que está errado? Alguém está
causando problemas com os Veslors de novo? "
Abby olhou para Maith antes de respirar fundo, encarando o
homem humano encarregado de Defcon Red . “Maith quer acasalar com
Jessa. Você a conheceria como ARS Brick. Ela disse que não pode. Você
sabe por que ela disse isso? Ela contou a Maith o motivo, e ele o
compartilhou comigo... mas eu disse a ele que não pode ser verdade.”
Maith viu as feições do homem ficarem sombrias e uma cautela
apareceu em seus olhos quando seus olhares se encontraram.
"Bem, merda", murmurou o comandante Bills. Ele mudou-se para
o sofá e desabou. "Isso vai ser um problema."
Abby ergueu as mãos. "É verdade? A Frota força crianças órfãs que
eles criaram para trabalhar para eles? Que porra é essa?! ”
Maith gostou de ver Abby ficar brava. Ele já estava.
O comandante se encolheu um pouco na cadeira. “Eu nunca
concordei com isso. Eu nem sabia que é assim que conseguimos alguns
de nossos membros até que tivemos um problema quando eu era um
subcomandante no Vental. Um dos membros da equipe da força-tarefa
fez dois reféns, exigindo que sua irmã mais nova fosse libertada de seu
contrato de Frota ou ele mataria os reféns e depois a si mesmo. Ele se
apaixonou e tentou o suicídio depois que seu pedido de casamento foi
negado.”
“Não fazia sentido para mim na época. Por que ela precisaria usar
os canais oficiais para obter permissão para se casar? Sua namorada já
estava estacionada em nosso barco. Não era como se eles estivessem
negando a transferência para onde quer que sua nova esposa
estivesse. Então meu comandante explicou que os irmãos foram criadas
pela Frota ... e o que isso realmente significava. "
Abby se sentou perto do comandante no sofá. "Eles podem
realmente impedir Jessa e Maith de acasalar?"
"Sim. Ainda mais, porque seu contrato não é um contrato
padrão. Estou ciente de qualquer pessoa trazida a bordo do meu navio
na situação dela, porque devemos ficar de olho neles. Ninguém quer
repetir o que aconteceu no Vental. Esse membro da força-tarefa acabou
matando os reféns e a si mesmo, assim como prometeu. Não podíamos
acalmá-lo. Ele disse que sua irmã acabaria com sua vida assim que ela
tivesse outra oportunidade se ele não pudesse libertá-la, então não havia
Veslor Mates
razão para ele viver também. As duas pessoas que ele matou? Achei que
fossem apenas visitantes aleatórios. Acontece que eles foram enviados
pela sede de uma divisão secreta de operativos altamente treinados, que
lidam com órfãos adultos se algum deles começar a rachar. ”
“Não é certo fazer uma criança retribuir por seus cuidados”,
resmungou Maith.
"Eu concordo." O comandante sustentou seu olhar. “Eu me
esforcei para oferecer a esses indivíduos um ambiente de trabalho feliz e
liberdades que eles não veriam em outras embarcações. Estudei
cuidadosamente o arquivo da Dra. Brick quando ela foi designada para
mim. Eu não gostei do que li. Seu último comandante deu-lhe horas de
merda, prendeu-a na Baia Médica para trabalhar e havia incontáveis
relatórios de infração de seu chefe de gabinete. Tudo besteira
mesquinha. O idiota parecia ressentido com ela e não apreciava suas
habilidades. Eu aloquei para ela um laboratório particular para evitar ter
que lidar com o bullying de outro pessoal médico. Também aprecio suas
habilidades e me certifico de que ela saiba. ”
"Como quebramos o contrato dela?"
Maith ficou tenso, esperando ouvir a resposta à pergunta de Abby.
O comandante encolheu ainda mais. "Nós não quebramos."
Maith rosnou.
O comandante Bills se levantou lentamente. “Eu faria se pudesse,
Maith. Mas quando aquele incidente aconteceu em Vental, eles
bloquearam todo o conhecimento do que realmente aconteceu de forma
rápida e precisa. As ordens vinham direto do topo. Os relatórios oficiais
foram alterados para fazer parecer que o membro da força-tarefa teve um
colapso mental por quase perder sua irmã. Os registros de suas
demandas e as informações que compartilhou com os negociadores sobre
ser órfão e forçado a trabalhar para a Frota foram apagados. Disseram-
nos para ficar em silêncio e nunca tocar no assunto. Essas ordens vieram
diretamente da United Earth no nível mais alto.”
“Uma equipe secundária chegou para pegar a irmã na Baia
Médica. Eles não só a levaram, mas também o namorado dela. Uma
semana depois, quando tentei obter uma atualização sobre eles, foi como
se nenhum deles nunca tivesse estado na Frota... como se eles nunca
tivessem existido. Inferno, os registros de vôo foram alterados. Não há
registro da nave que veio buscá-los. Foi tudo limpo. É preciso muito
poder para realizar algo assim. ”
“Não é certo a Frota ou a United Earth forçar crianças à escravidão
para saldar algumas dívidas estúpidas que nunca deveriam ter adquirido
em primeiro lugar,” Abby declarou suavemente.
"Eu sei. Também é altamente confidencial. Eles não querem que
esse segredo seja revelado. ” O comandante balançou a cabeça. “Temo
que o quartel-general enviará uma equipe e fará a ARS Brick desaparecer
se ela ao menos solicitar um companheiro.” Ele olhou para Maith. “Eles
Veslor Mates
levaram o namorado daquela mulher com ela. Você ouve o que estou
dizendo? Eles provavelmente adivinharam que ele causaria um inferno
por causa do desaparecimento dela e garantiram que isso não
acontecesse. Uma dessas equipes secretas pode ver você e seu grupo
como uma ameaça se eles tirarem a ARS Brick deste navio. ”
A decisão já foi tomada por Maith. “Eles não podem tirar Jessa de
mim se voltarmos para o espaço Veslor. Meu rei iria para a guerra para
nos proteger se seu planeta viesse atrás de nosso grupo ou
companheiros. Temos fortes alianças com mais de quarenta raças
alienígenas que nos apoiariam. Meu grupo partirá com nossas
companheiras antes que sua Frota possa nos parar. ”
"Merda." O comandante Bills esfregou o rosto com a mão. “A
precipitação pode ser épica. Estamos falando de uma ruptura na aliança
e uma possível guerra em grande escala. ”
Abby se levantou e sorriu. "Sim. Estamos."
"Você perdeu a cabeça?" O comandante ficou boquiaberto.
Maith também se perguntou por que a fêmea parecia tão feliz.
"Não. Nós estamos falando de uma guerra em grande escala. Uma
que a Terra não poderia ganhar. Pense no que aconteceria se todos os
fatos fossem expostos aos oficiais da United Earth e aos principais
almirantes da Frota, tio Howard. O que é mais importante? Quebrar
alguns contratos? Ou ir para a guerra com mais de quarenta raças
alienígenas tecnologicamente avançadas? Seríamos aniquilados! Não
vamos esquecer que os Veslors começaram a abastecer muitas estações
espaciais com alimentos. Os motins recomeçariam se as entregas
parassem porque não somos mais aliados dos Veslors. A ameaça por si
só deve forçá-los a fazer a coisa certa. ”
"Isso vai funcionar?" Maith esperava que sim.
Abby sorriu novamente. “Também poderíamos acrescentar a
ameaça de divulgar informações sobre o que estão fazendo com essas
crianças. Isso daria início a um show de merda na imprensa. Eu posso
ver as manchetes agora mesmo: 'Frota usa fundos de contribuintes e
funcionários da United Earth para arriscar órfãos em serviço forçado'. Eu
sei quanto D Corp paga em impostos para a United Earth. Descobrir que
eles estão fazendo crianças trabalharem para pagar uma dívida que já foi
paga por todas as empresas e trabalhadores será um escândalo e um
pesadelo ”.
"Droga." O comandante Bills se levantou. "Isso pode funcionar...
mas é arriscado."
"Não, não é." Maith também se levantou. “Vamos dizer a eles que
nosso rei foi informado da verdade, e ele será. Mantemos contato próximo
com nosso rei. Jessa e sua irmã não pertencem mais à sua Terra. Elas
são Veslors - e nós defendemos nosso povo até a morte. Deixe isso bem
claro. ”
Veslor Mates
Abby enfrentou o comandante. “Vou ligar para meus pais e contar

o que está acontecendo. D Corp é crucial para a United Earth, uma vez
que nossa tecnologia opera todos os navios da Frota. Meus pais estão em
contato direto com pessoas importantes e poderosas. Isso sem falar em
outras famílias que dirigem empresas que fornecem produtos essenciais
para a Frota. Vamos deixar claro que estamos unidos para corrigir uma
injustiça se precisarmos jogar duro. Você sabe que meus pais
concordarão quando souberem que os órfãos estão sendo
escravizados. Vamos pressionar tanto que eles não terão outra opção a
não ser ceder graciosamente. ”
O comandante Bills bufou. “Isso pode encerrar minha carreira
cedo, mas vou convocar uma reunião com os chefes da Frota e da United
Earth.”
"Diga-me quando. Meu agrupamento estará lá. ”
O Comandante Bills olhou para Maith. “Deixe-me fazer isso
primeiro e falar com eles. Confie em mim, vou passar a mensagem e
deixar bem claro quais serão as consequências. Se eles não forem
razoáveis, então vou coloca-los dentro. " Ele olhou para Abby. “Espere
para ligar para seus pais. Último recurso, ok? ”
Abby suspirou. “Vou contar a eles o que está acontecendo, mas
vamos manter um cone de silêncio familiar. Eles não compartilharão
nenhuma informação com outras pessoas, a menos que se torne uma
necessidade. ”
Maith queria argumentar que ele deveria estar lá quando o
comandante falasse em nome de Jessa, mas Abby foi até ele e tocou seu
braço. Ele olhou para ela.
“Os humanos têm muito orgulho. Às vezes, tanto que os leva a
cometer erros e decisões estúpidas. Tio Howard pode se aproximar deles
de uma maneira que não coloque suas costas contra a parede. Deixe-o
tentar primeiro. ” Ela se virou para o comandante. “Talvez dizer que, se
eles se recusarem, o que aconteceu com Jessa e outros órfãos pode vazar
para a imprensa. As empresas e os cidadãos que financiam a UE e a
Frota. Ninguém quer que o dinheiro dos impostos seja usado para fazer
maltratar crianças. ”
O Comandante Bills assentiu. “Vou tomar um banho, organizar
meus pensamentos e, em seguida, solicitar uma reunião conjunta de
emergência com os almirantes principais e o comitê dirigente da
UE. Geralmente leva algumas horas para atrair todos. Avisarei vocês
assim que falar com eles. ”
O comandante saiu e Maith imediatamente começou a andar.
Abby se virou para ele novamente. “Nós vamos resolver isso. Na
pior das hipóteses, já assumi o controle de um navio da Frota para ajudar
uma amiga a escapar de ser presa. Eu posso fazer isso de novo. Essa é a
vantagem de conhecer seus sistemas tão bem, já que minha família os
projetou. ”
Veslor Mates
“Vou entrar em contato com meu rei para dizer a ele o que está
acontecendo e depois voltarei para a Baia Médica. Quero Jessa à minha
vista. ”
“Vou fazer algumas ligações e ficar aqui para avisar a Darla e a
Vera o que está acontecendo quando elas voltarem com os filhotes. Você
pode atualizar nosso agrupamento em Torid? ” Ela olhou para seu
dispositivo de pulso.
"Sim." Ele viu a preocupação em seu rosto e estendeu a mão,
pegando sua mão. Ela era uma irmã para ele. "Vai tudo ficar bem. Somos
Veslors. ”
Seu sorriso foi resposta o suficiente para que ela acreditasse. "Sim,
nós somos."
Veslor Mates
Capítulo Quatorze
J essa acordou sentindo-se tonta e confusa. Ela olhou para o teto

branco enquanto suas memórias voltavam lentamente. Ela percebeu que
estava estudando o teto com os dois olhos.
Ela usou a mão para cobrir o olho natural e utilizou apenas o
implante ocular.
Clareza absoluta.
Ela se conectou a ele e rapidamente percebeu que estava faltando
uma função importante. Não havia capacidade de digitalização para
coletar assinaturas de calor. Ela teria que atualizá-lo em seu laboratório
mais tarde, mas ela tinha as peças sobressalentes para fazer isso. O
importante é que ela podia ver novamente.
Ela fechou o olho e gentilmente sondou a pele ao redor do novo
implante com um dedo. Não era sensível ao toque e sua pálpebra
respondeu perfeitamente quando ela testou. Em seguida, se sentou e se
viu ainda dentro da mesma sala de exames. Uma olhada no visor próximo
ao leito médico mostrou que sua frequência cardíaca, pressão arterial e
níveis de oxigênio eram perfeitos.
Ela empurrou o cobertor para trás e removeu o adesivo sobre o
joelho. A pele mostrava apenas um pouco de irritação, mas quase tudo
cicatrizou. Isso significava que ela tinha estado apagada por pelo menos
dez horas. Ela estendeu a mão e desligou os monitores antes de sair da
cama.
Seu corpo estava fraco, mas ela conseguiu chegar ao banheiro,
usou-o e estudou seu rosto no espelho. O pequeno arranhão em sua
bochecha já havia sumido. Um olho castanho e outro azul a encararam
de volta. Ela se inclinou, percebendo que a cor era exatamente como
antes, mas o implante tinha uma pupila de aparência mais natural.
“Porque não tem um scanner escondido lá.” Ela tentou o recurso
de zoom enquanto se virava. Funcionou bem quando ela amplificou uma
mancha no chão para ver que era uma partícula de sangue seco,
provavelmente de um paciente anterior. “Faça um lembrete para dizer à
equipe de esterilização para fazer um trabalho melhor.”
Ela saiu do banheiro e caminhou até a porta, apenas querendo
voltar para seu laboratório. Não abriu.
Ela franziu a testa e se concentrou no bloco, conectando-se
mentalmente a ele. A raiva veio à tona quando ela imediatamente invadiu
o sistema. A porta foi colocada em modo de segurança e apenas duas
pessoas tinha acesso. Não ela .
Ela anulou a fechadura e as portas se abriram.
Veslor Mates
Um homem grande levantou-se de uma cadeira ao lado de Jessa

quando ela saiu. Ela se virou, esperando enfrentar um guarda da Frota.
Os olhos verdes de Maith seguraram os dela e ele estendeu a mão,
suas grandes mãos agarrando sua cintura. "Como você está se
sentindo? Eles não permitiram que eu me sentasse com você. "
"Eu estou bem. Preciso ir para o meu laboratório, depois quero
checar Ned. Ele deve estar em uma unidade de quarentena. Esses ficam
localizados perto da área de contaminação. ”
"Você não está vestida."
"Eu sei. Eles tiraram meu vestido de descontaminação. Procurei,
mas não estava lá. É por isso que estou indo para o meu laboratório. Eu
mantenho roupas sobressalentes lá. Ned é meu paciente e vou ver como
ele está. ”
Maith sorriu de repente.
"O que?"
"Você está se sentindo bem o suficiente para tentar discutir comigo
e com os outros."
Jessa revirou os olhos. “Eu não estou fazendo isso. Eu sou a ARS; é
meu trabalho verificar Ned. Vou encontrar alguém para me dar uma
atualização sobre Wilma, depois vou para minha cabana para comer. Eu
estou com fome."
“A fêmea humana grávida está bem. Ela foi transportada para cá
por causa de sua gravidez e por ter sido exposta a Prissa. Ned está
acordado e respondendo bem ao tratamento. Não há mais nenhum sinal
dos parasitas vivos dentro de seu corpo. Eles tiraram os dois humanos
da quarentena há não muito tempo. Eu vi os dois. ”
Alivio a golpeou. "Bom. O que está acontecendo em Torid? ”
“Sua Frota chamou outras embarcações para ajudar os humanos
que vivem no planeta. Clark Yenna informou ao nosso grupo que eles vão
assumir e resolver a enorme bagunça lá embaixo. Ele disse que será um
esforço de longo prazo para restabelecer a estabilidade na superfície e
colocar novos líderes no lugar. Defcon Red irá embora assim que eles
entrarem em cena, já que não somos mais necessários agora que a luta
cessou. ”
“Isso é uma boa notícia. Carlton chorou quando foi preso? Eu o
vejo como o tipo que tem um colapso nervoso quando percebe que está
ferrado. ”
"Não estou ciente das lágrimas, mas posso perguntar a quem foi
designado para transferi-lo para fora do planeta, se desejar."
"Eu desejo." Jessa sabia que era mesquinho, mas ela realmente
odiava Carlton. "Esquece. Sou uma pessoa melhor do que isso. Imaginar
isso é bom o suficiente sem confirmação. E quanto a Boyd? Eu sei que
Veslor Mates
ele ainda estava respirando quando seu agrupamento chegou. Consegui

causar algum dano sério? ”
"Ele vai se recuperar."
"Que pena. Alguém descobriu onde aquele túnel secreto estava
localizado e encontrou seu ônibus de fuga? "
"Sim. Roth disse que também encontraram mais suprimentos
escondidos que o governador admitiu ter roubado, junto com uma grande
quantidade de dinheiro da colônia. A ameaça de morte o fez responder
aos investigadores. Clark disse que vão prendê-lo pelo resto da vida, mas
ele não será condenado à morte por seus crimes. ”
“Não estou surpresa que Boyd tenha feito um acordo com a
Frota. Ele é o tipo de pessoa que faz qualquer coisa para salvar sua
própria bunda de ser condenada à morte. ”
“A nave que eles esconderam pertencia aos Velenics. Não foi feita
na Terra. ”
Essa notícia a surpreendeu. “Aqueles alienígenas de diferentes
raças que se uniram para se tornarem piratas espaciais? É assim que
eles se chamam, certo? ”
Ele assentiu. “Parece que é com quem os humanos ruins estavam
negociando. É também como eles provavelmente conseguiram a
tecnologia Deki. Eles compraram de ladrões. O governador estava
negociando comida, suprimentos médicos e enviando caçadores da
colônia para abater animais Torid, para congelar a carne para dar aos
Velenics. Alguns alienígenas precisam consumi-la para sobreviver. ”
“Fodido Boyd,” ela cuspiu. “Que idiota. Acho que agora sabemos
por que ele tinha todas aquelas unidades de congelamento no bunker. ”
“Falei com Abby e o Comandante Bills. Eu também atualizei nosso
rei. ” Ele olhou ao redor.
Jessa imediatamente teve um mau pressentimento. “Este não é o
lugar, se você está falando sobre o que eu penso que você está. A Baia
Médica é monitorada. ”
“Devemos encontrar privacidade.”
Ela amaldiçoou interiormente. O que o Veslor fez? Em seguida, o
medo gotejou. A Frota faria com que ela desaparecesse? Era uma
possibilidade real. Eles a haviam trancado dentro da sala de
exames. Talvez eles tivessem planejado mantê-la prisioneira até que
pudessem transportá-la para longe.
“Vamos para o meu laboratório. É na porta ao lado. ”
"Vamos agora."
“Quero ver meus pacientes em breve.”
Maith rosnou para ela.
“Não seja um idiota rabugento,” ela sibilou.
Veslor Mates
“Ambos os humanos estão recebendo excelente atendimento

médico. Você sabe disso. Temos preocupações mais importantes,
Jessa. Esqueça os humanos por enquanto. ”
Ele era sexy e bonito, mas realmente a irritava às vezes. "Eu não
recebo ordens de você."
“Veremos sobre isso.”
"Você está sendo irritante!" ela acusou em Veslor.
“Você é minha companheira,” ele rosnou de volta em sua língua.
Ela mudou para o inglês porque, em seu humor atual, era apenas
mais fácil. “Ainda não fechamos o acordo.”
"Nós vamos."
"O que diabos você está fazendo fora da sua cama médica?"
Jessa rosnou ferozmente, fazendo uma ótima impressão de um
Veslor enquanto girava para enfrentar seu inimigo.
Cynthia Kane correu para frente e parou a poucos metros de
distância, a mulher mais alta colocando as mãos nos quadris. “Eu
perguntaria como você saiu, mas posso adivinhar. Você precisa voltar
para a sala de exames seis e ficar lá. ”
“Nós dois sabemos que não há nenhuma razão médica para eu ficar
por aqui. Estou bem agora. Obrigada pelo trabalho que você fez. ” Quase
machucou Jessa ser legal com a mulher que tornou sua vida
miserável. "Eu aprecio isso."
"Errado. Você precisa ficar. Aquela equipe médica de que falei
antes quer monitorar seus sinais vitais e está planejando ter uma vídeo
chamada com você. Eles querem ter certeza de que você não sofreu... um
ferimento na cabeça. Eles estão online, esperando que eu entre em
contato com eles. Só vim ver se você estava acordada. ”
Jessa não gostou de nada que acabou de ouvir. Especialmente
depois que Maith insinuou que ele poderia ter contado ao comandante
sobre eles quererem ser companheiros. Em seguida ser trancada naquela
sala de exame. Esse não era o protocolo normal para os pacientes, a
menos que fossem considerados mentalmente instáveis ou
criminosos. “Vou chamá-los do meu laboratório. Envie as informações de
contato para minha estação de trabalho. ”
"Não foi isso que eles pediram." Kane lançou seus quadris para
cruzar os braços sobre o peito.
“Eu não dou a mínima,” Jessa disse a ela. “Eu cheiro como
produtos químicos daquele maldito chuveiro de descontaminação, minha
bunda está sentindo uma brisa usando este vestido e estou com
fome. Meu laboratório tem um dispensador de alimentos, um banheiro
completo e roupas sobressalentes. Eu vou para lá , depois vou falar com
aquela equipe médica.” Ou não , ela acrescentou
silenciosamente. Dependeria do que Maith tivesse a dizer quando
Veslor Mates
estivessem em um local seguro. Ela pode ter que destruir todos os seus
arquivos criptografados caso seja presa e a Frota planeje fazê-la
desaparecer.
"Volte para sua cama médica," Kane estalou. "Isso é uma ordem."
Jessa estendeu a mão e esfregou a orelha. "Eu sinto muito. Eu não
consigo te ouvir. Preciso fazer um diagnóstico no meu implante
auditivo. Você viu isso no meu arquivo médico? Provavelmente não, já
que não vi na varredura do holograma. ” Ela se virou, avançando em
direção às portas de saída para a Baia Médica. "Estou saindo para fazer
coisas confidenciais."
“Volte aqui ou chamarei a segurança!” Kane gritou.
Jessa girou, olhando para ela. “Eu não faria isso. Eu não estava
brincando sobre o ouvido. Agora pense no que mais você não
sabe. Deixe-me sair por meia hora e depois volto. Tenho dois pacientes
que quero verificar. ” Ela se virou novamente, esticou o braço para tentar
segurar o vestido e saiu da Baia Médica.
Seu laboratório estava a cerca de sessenta metros no corredor à
esquerda. Maith a seguiu, sem falar. Ela não precisava espiar por cima
do ombro para saber que ele estava por perto. Ela parou na frente do
scanner da porta e se curvou ligeiramente para colocar o rosto perto do
bloco para obter acesso. Então amaldiçoando.
"O que está errado?"
"A varredura ocular não vai funcionar desde que substituí um dos
meus." Ela olhou para o bloco e começou a hackea-lo. Disparou um
alarme silencioso de adulteração, mas o alerta só iria para seu dispositivo
de pulso quebrado, já que ela tinha sido a única a inserir essa função.
As portas foram abertas. Ela marchou para dentro, esperou que
Maith entrasse e, em seguida, fechou a porta novamente. Ela
rapidamente verificou a gaveta. Dentro estava seu kit médico. Ela o tirou
e colocou em uma mesa próxima.
"Por que seu kit estava aí?"
“É assim que as coisas são transferidas para o meu laboratório
quando a porta está selada. Meu kit teve que ser higienizado. Eu só
queria ter certeza de que eles o trouxeram. É importante para mim, já
que minha irmã me deu. ” Ela se virou para ele, pronta para algumas
respostas. “O que você fez enquanto eu estava inconsciente? Achei que
íamos falar com Abby juntos . Conte-me tudo. E rápido. Provavelmente
não temos muito tempo. ”
“Eu disse a Abby seu segredo sobre a Frota que possui você, e por
quê. Ela está em nosso grupo. Então ela chamou o comandante. Ele é
como família para ela. Ela o fez prometer ouvir não oficialmente, mas
apenas como seu tio. Elaboramos um plano para libertar você e sua
irmã. O Comandante Bills está entrando em contato com sua Terra para
deixar claro que os Veslors estão dispostos a ir à guerra se não libertarem
vocês duas. ”
Veslor Mates
Ele a tinha absolutamente atordoada. Demorou vários segundos

para que suas palavras fossem absorvidas. Então, elas finalmente foram.
“ Foda-se. Que parte de 'eles vão me fazer desaparecer' você não
entendeu ?! ”
Ele deu um passo mais perto, mas ela se afastou, correndo para
uma de suas estações de dados.
“Tenho que limpar todos os arquivos dos meus projetos em
andamento!”
Ele agarrou seus quadris e puxou-a para trás, impedindo-a de
tocar nas unidades de dados.
“Maith, deixe-me ir! A única vantagem que tenho é o trabalho que
venho fazendo. Eu não quero que eles entrem aqui para roubá-lo. Posso
negociar com a UE e a Frota se tiver algo que eles queiram muito. ” Ela
continuou a lutar, tentando se livrar do aperto de Maith. “Meus dois
projetos mais importantes são um sedativo que funcionará nos Elth e um
neutralizador para impedir que a saliva de Ke'ter continue a sofrer
mutações no DNA de suas vítimas. Não reparará o dano já feito no
momento em que a vítima for tratada, mas impedirá que se espalhe. Isso
é um começo. Significará que algumas vidas podem ser salvas onde antes
não havia esperança. E estou perto de uma solução para ambos. A Frota
e a UE vão querer isso. Posso forçá-los a me deixar ficar no Defcon Red .
”
Ela estava falando muito rápido, mas ela tinha que limpar aquelas
unidades!
“Jessa, você não precisa fazer isso. Envolvi nosso rei. Ele está
falando com sua Terra, reivindicando você e sua irmã como Veslors. Sua
família faz parte do nosso agrupamento. É o nosso jeito. O Comandante
Bills acredita que a ameaça de guerra e a quebra da aliança, agora que
seu povo depende de nossos suprimentos de comida, será o suficiente
para que eles concordem em destruir seus contratos. ”
Ela se sentiu frustrada o suficiente para chorar. “Eu vi o que a
Frota faz com as pessoas que fazem ameaças, Maith. Nunca é bom! As
pessoas responsáveis podem ser idiotas vingativas e indignas de
confiança. Eu gostaria que você tivesse esperado e falado comigo
primeiro! " Ela acenou com a mão em direção a sua estação de dados. “Eu
esperava alavancar algumas das minhas pesquisas para conseguir
alguns anos de serviço. Não era o ideal, mas não os teria irritado o
suficiente para retaliar. "
Maith a virou para encará-lo. "Confie em mim."
Jessa fechou os olhos e agarrou sua camisa, lutando para manter
a calma. "Você consegue ser tão ingênuo."
"Não. Simplesmente não tememos os humanos ou seu
planeta. Somos Veslors. Sempre conseguimos o que queremos. ”
Veslor Mates
"Isso não soa nem um pouco arrogante." Ela revirou os olhos, mas
pelo menos sua respiração estava começando a diminuir. “Eles fazem
coisas realmente horríveis como vingança, Maith. Estou preocupada."
“Eu sei que você está, mas por favor, confie em mim. Nosso grupo
e nosso rei não permitirão que ninguém a tire de nós. Você é uma Veslor
agora. ”
"Não realmente. Na verdade, não nos acasalamos. "
“Eu posso fazer algo sobre isso.”
Ele a beijou sem avisar.
Ela planejou continuar discutindo com ele, mas ela perdeu a linha
de pensamento. O Veslor era realmente bom em fazê-la esquecer tudo,
exceto sua boca.
Suas grandes mãos seguraram sua bunda nua e ele a ergueu,
caminhando pela sala. Ele a colocou na ponta da cama médica em seu
laboratório, com base no acolchoamento macio sob seu traseiro. Ela
abriu as coxas quando ele empurrou seus joelhos, abrindo espaço para
ele.
Um estrondo baixo veio do peito de Maith, fazendo seus mamilos
doerem. Quando ele interrompeu o beijo, ela estava ofegante.
Ela encontrou seu olhar. "Isso não é justo. Estávamos discutindo."
"Não sobre isso."
"Eu-"
Ele a beijou novamente, silenciando o que estava prestes a
dizer. Então as palavras escaparam completamente dela. Havia apenas
sua boca quente e língua atormentando-a, suas mãos vagando por seu
corpo. O vestido frágil foi rasgado entre eles quando ele parou de beijá-la
novamente. Ela abriu os olhos a tempo de vê-lo jogá-lo no chão.
Maith de repente agarrou suas coxas e puxou, deixando Jessa cair
de costas. Seu olhar verde se estreitou quando ele soltou uma das mãos
para alcançar um dos painéis de controle ao lado da cama.
Ele lambeu os lábios quando a cama começou a baixar mais perto
do chão. “Aprendi todas as operações dessas camas. Faz parte do meu
treinamento com os médicos da equipe da força-tarefa. ” Ele a abaixou o
máximo que pôde, que ficava a cerca de dois pés e meio do chão. Então
ele agarrou sua coxa novamente enquanto caia de joelhos. Um sorriso
malicioso cruzou seu rosto. "Você é minha, Jessa."
No segundo em que sua boca se fechou em sua vagina, ela
engasgou e arranhou as bordas da cama acolchoada dos médicos. Ele
chupou, lambeu e rosnou, criando vibrações que a fizeram gemer em
segundos. Todas as perguntas que ela tinha sobre se os Veslors atacavam
as mulheres foram devidamente respondidas. Eles claramente faziam...
Veslor Mates
ou pelo menos Maith fazia... e ele era um mestre. Tanto que seu clímax a
atingiu rápido e ferozmente.
Jessa gritou seu nome.
“Minha companheira,” ele rosnou.
Jessa tentou recuperar o fôlego e abrir os olhos enquanto se
recompunha de ter sua mente explodida. A sensação de Maith fechando
as pernas e virando-a de bruços ajudou. Ela abriu os olhos para se
encontrar com o rosto voltado para baixo e retorcida, então agora estava
esparramada de lado na cama médica.
Ela olhou para ele enquanto ele rasgava o macacão de
descontaminação para revelar a parte superior do corpo. Então ele
empurrou para baixo seus quadris. Ele se inclinou para frente,
prendendo-a com força contra a superfície almofadada. Seu rosto pairou
a centímetros do dela.
"Diga sim... e abra as coxas."
Jessa hesitou.
"Você é minha companheira." Sua voz ficou rouca. “Nós dois
sabemos disso. Concorde e abra suas coxas para mim. Aceite-me,
Jessa. Estou reivindicando você. "
A Frota e a United Earth ficariam furiosos. Eles provavelmente a
mandariam para um site obscuro e a puniriam. E enquanto ela olhava
nos lindos olhos de Maith... nada disso importava.
Ela queria ser dele.
Ela sabia exatamente o que ele planejava fazer. Ele abaixou a cama
médica o máximo possível, então quando ele mudasse para sua forma de
batalha, ele ainda poderia montá-la. E os Veslors acasalavam para o
resto da vida. Ele nunca a deixaria ir.
Ela não sabia de todos os detalhes, já que os Veslors eram muito
reservados sobre sua raça, mas ela aprendeu muito tratando Darla logo
depois que a Frota as resgatou dos Elth. Gnaw acidentalmente
engravidou Darla e acasalou-a enquanto os dois foram mantidos em
cativeiro. Jessa tinha aprendido Veslor o suficiente para entender a
essência quando o grupo discutia sobre como isso não deveria ter
acontecido, já que Gnaw não se transformou em forma de batalha antes
de acasalar com Darla.
A partir dessa pequena informação, não foi difícil para Jessa
preencher alguns espaços em branco. Ela também fez vários testes em
Darla durante a gravidez. Ela nunca discutiu suas descobertas com
ninguém. O DNA de Darla tinha sido ligeiramente alterado - e não tinha
sido causado pela gravidez ou carregar os filhotes gêmeos de Gnaw. Jessa
suspeitou que tinha algo a ver com o esperma Veslor. Maith acabara de
dizer que queria reclamá-la. Isso implicava...
“Jessa,” Maith resmungou, embora soasse quase como um
apelo. “Eu sou seu companheiro. Você é minha. "
Veslor Mates
“Eu posso engravidar se meu implante anticoncepcional não

funcionar contra o esperma Veslor”, ela desabafou. "Nenhum de vocês
doou para eu testar."
Ele devolveu o olhar dela com firmeza. “Isso seria ideal. Eu quero
filhotes com você. Diga sim."
Ela estudou seu rosto com surpresa. Ele realmente quis dizer
isso. Ele queria uni-los para o resto de suas vidas e ter filhos com ela.
Jessa pôde finalmente admitir para si mesma... ela estava
apaixonada por ele.
A Frota e a United Earth poderiam se foder.
Ela abriu as coxas e cegamente estendeu a mão, agarrando o outro
lado da cama médica centímetros acima de sua cabeça.
“Sim,” ela disse a ele, segurando seu olhar.
Maith ajustou seu corpo e sentiu a ponta larga de seu pênis contra
sua vagina. Ela estava encharcada, mas ele a penetrou lentamente. Um
gemido saiu dela. Ela tentou manter o contato visual, mas de repente ele
estendeu a mão e agarrou alguns de seus cabelos, puxando suavemente
sua cabeça para cima. Ele se abaixou contra suas costas e beijou seu
pescoço. Primeiro com seus lábios, então sua língua, então ela sentiu
suas presas.
Ele se dirigiu nela mais profundamente, o suficiente para aquele
yunce elevado e bem revestido para pressionar contra seu clitóris. Jessa
engasgou.
Maith a beliscou com suas presas. "Feche os olhos", ele pediu.
Ela não queria, mas quando ele começou a bombear
profundamente e rápido, ela não podia fazer nada além de se concentrar
no prazer intenso. Ele pegou o ritmo ainda mais e a envolveu com mais
força, até que ela não pudesse se mover. Ele soltou seu cabelo e
pressionou seus antebraços contra seus lados.
Outro clímax se construiu e Jessa gritou quando atingiu o topo,
mas foi abafado na almofada. Algo duro pressionou contra seu pulso,
mas não importava. Ela não sentia dor.
Não perdeu quando Maith veio. Não só ela podia sentir por dentro
enquanto o calor a aquecia onde eles estavam conectados, mas ele
também soltou um gemido baixo e gutural.
Jessa forçou os olhos a abrirem e olhou para onde a mão de Maith
prendeu a sua. Mas não foi isso que ela viu. Em vez disso, uma enorme
pata foi presa a um membro grosso e duro. Ela teve apenas um vislumbre
antes que rapidamente voltasse a ser sua mão e braço.
Sem pânico. Nem mesmo choque. Isso apenas confirmou o que ela
já havia sido informada por Darla. Os Veslors normalmente se
transformavam em sua forma de batalha para acasalar com uma mulher.
Veslor Mates
Maith soltou seu pulso e deu um beijo em seu pescoço. "Minha

companheira."
Ele tirou um pouco de seu peso de cima dela e Jessa respirou fundo
algumas vezes para recuperar o fôlego. Ela tinha acabado de acasalar
com um Veslor. Era um trato feito.
"Jessa?" Eles ainda estavam intimamente conectados quando ele
se inclinou para olhar em seus olhos.
“Uau,” ela conseguiu dizer. "Isso foi incrível."
"Eu sou um bom companheiro que sempre lhe proporcionará um
prazer profundo."
Uma risada explodiu dela. "Sim, você é. Mas eu estava falando
sobre como não senti uma certa parte de você mudando. Eu acho que
essa é uma parte que permanece a mesma, hein? "
Maith riu, a diversão faiscando em seus olhos. “Sempre com as
perguntas.”
"Culpada." Ela não se arrependeu do que eles fizeram. Isso viria
mais tarde, quando o medo voltasse sobre o que aconteceria quando
todos descobrissem que eles acasalaram. “Agora você não pode me
impedir de examinar cada centímetro de você. Seu corpo pertence a mim.
”
Ele ajustou seu grande corpo sobre o dela e segurou seu
rosto. “Como o seu pertence a mim. Seremos felizes, Jessa. ”
Ela realmente não acreditava nisso. Ele era ingênuo se acreditava
que um acasalamento seria o suficiente para libertá-la de seu
contrato. Mas ela não queria pensar sobre isso agora. Ela decidiu mudar
de assunto. "Acho que amanhã devo fazer um teste de gravidez para
descobrir se os implantes anticoncepcionais humanos resistem ao seu
esperma."
"Eu quero filhotes com você." Ele se aproximou. Ela pensou que ele
poderia beijá-la novamente, mas ele não o fez. "Você quer meus filhotes,
Jessa?"
"Sim." Ela não mentiria para ele, apesar de todos os anos que
negou para se proteger.
Ele sorriu. "Bom."
Um zumbido soou, interrompendo o momento. O bom humor de
Maith enfraqueceu. "O que é isso?"
“Alguém está lá fora, tentando chamar nossa
atenção. Provavelmente Kane, já que faz cerca de meia hora. Não voltei
como disse que faria. Essa mulher me deixa louca. ”
Ele rosnou em resposta e retirou suavemente seu pênis dela. Ela
se virou quando ele se afastou dela, apoiando-se nos joelhos. “Você ainda
está duro. Como isso é possível? Eu sei que você veio. Está escorrendo
pelas minhas coxas, agora que você me desarrolhou. "
Veslor Mates
Sua expressão era de confusão.

Ela riu. "Eu vou tomar banho. Você lida com Kane - mas não a
deixe entrar aqui. Ela só fica com raiva quando vê o bom laboratório que
ela tanto cobiça. Diga a ela que voltarei para a Baia Médica em breve. ”
Maith se levantou e puxou seu macacão. A parte da frente da
camisa estava rasgada onde ele a havia rasgado. Não havia como
consertar isso. Kane veria uma tira de seu peito nu. Suas botas também
estavam rasgadas, não tendo sobrevivido aos pés se transformando em
patas com garras afiadas.
A porta zumbiu novamente. Jessa se levantou e rapidamente
empurrou o controle para colocar a cama médica de volta na altura
padrão. Seu vestido de médico ainda estava no chão. Ela não se
preocupou em pegá-lo.
A campainha tocou novamente. E de novo.
“Eu vou me apressar. Não deixe aquela vadia ficar boquiaberta com
você. " Ela piscou para ele. "Você é muito sexy."
Ela fugiu para o banheiro privativo de seu laboratório. Tinha dois
chuveiros. Ela não precisou ser descontaminada novamente, então não
demoraria muito para se lavar e colocar um uniforme, já que mantinha
duas peças de reposição em um armário lá. Então ela planejava comer.
Veslor Mates
Capítulo Quinze
M aith abriu a porta do laboratório de Jessa esperando um

confronto com a médica furiosa. Ele não gostou da maneira como Cynthia
Kane falou com sua companheira ou tentou dar-lhe ordens.
Mas não era ela no corredor.
Roth inalou profundamente. Drak e Gnaw também. Todos os três
deram a ele olhares curiosos.
Ele acenou para eles entrarem. Assim que eles entraram e a porta
foi selada, Maith abriu os braços e se lançou para os três homens,
abraçando-os. "Eu tenho uma companheira!"
Seu agrupamento apertou-o com força, sons alegres vindos de suas
gargantas. Ele os segurou com força por um bom minuto antes de soltá-
los. Ele se dirigiu a Roth primeiro. "Eu tenho muito para lhe contar."
“Não tanto quanto você pensa. Fomos imediatamente para casa
quando voltamos da superfície. Abby nos atualizou. ” Roth fez uma
pausa. “Eu contatei nosso rei depois para falar com ele. Ele já contatou
a Terra. ”
A alegria de Maith diminuiu.
“Os humanos não concordaram imediatamente em desistir de
Jessa e sua irmã, mas eles disseram que iriam considerar isso. Ele está
dirigindo alguns grupos de caças Veslor para estarem preparados para
nos ajudar, caso precisemos levar nossas companheiras para um local
seguro. ”
Isso não surpreendeu Maith. "Ele nos deu permissão para sair
agora?"
Roth balançou a cabeça. “Ele quer dar à Terra e sua Frota uma
chance de provar seu valor. As fêmeas humanas deram a machos como
nós a esperança de encontrar companheiros. "
Isso fazia sentido. Algumas fêmeas Veslor podem testar
acasalamentos com lutadores, comerciantes e caçadores Veslor, mas era
puramente movido pela curiosidade, para aprender como é copular com
um macho considerado inaceitável. Ele sabia há muito tempo que
esperava rejeição, além de dar prazer àquelas mulheres. Isso sempre
machucou um pouco seu coração, mas era esperado.
“Mais dois grupos de caças solicitaram que nosso rei os enviasse
para trabalhar com a Frota, na esperança de encontrar companheiras
como nós,” Drak declarou calmamente. “Ele estava preparado para isso,
até que você o contatou sobre Jessa e o que está acontecendo.”
Maith rosnou, enfurecido.
Veslor Mates
Roth estendeu a mão e agarrou seus ombros com

conforto. "Calma. Nosso rei aprecia profundamente o que homens como
nós fazem por nosso povo e apenas deseja que eles encontrem a
felicidade. ”
“Estou furioso com os humanos controlando seu planeta e
Frota. Não nosso rei. Esses agrupamentos devem ter permissão para
encontrar parceiros da maneira que nós encontramos. ”
A tensão deixou o rosto de Roth e ele apertou seus ombros. “Os
humanos precisam de nós. Abby tem certeza de que eles obedecerão e
nos darão sua companheira e a irmã dela. Eles não vão querer que a
aliança se extingua. Mais agrupamentos terão sua chance. ”
Gnaw mostrou suas presas. “Estamos tentando consertar um
erro. Nosso rei é honrado e inteligente. Ele os fará entender que precisam
libertar seus escravos. ”
"Onde está Jessa?" Roth olhou ao redor do laboratório, seu olhar
demorando em seu vestido descartado.
"Tomando banho." Maith sorriu. "Preciso da sua ajuda. Nós quatro
podemos mover todos os pertences de Jessa para nossa casa. ”
"Faremos isso", concordou Roth. “Também manteremos nossos
companheiras juntas até que isso seja resolvido, no caso de os humanos
fazerem escolhas erradas.”
“Não temos um navio.” Eles foram deixados por outro grupo
em Defcon Red . Seu rei não queria que uma de suas naves fosse exposta
a ninguém que pudesse tentar estudá-la e roubar sua tecnologia.
“Não será um problema. Os grupos de caças que nosso rei está
enviando ficarão dentro do alcance, para nos pegar, se necessário. ”
Maith sabia que os machos fariam o que fosse necessário para
colocá-los em segurança e a suas companheiras. Mesmo que isso
significasse atacar o navio da Frota. Isso o deixou internamente
enjoado. Eles fizeram alguns bons amigos nas equipes da força-tarefa. O
comandante Bills também era considerado família de Abby.
“Abby acha que o comandante ordenaria que toda a Frota se
retirasse e nos permitisse ir livremente, independentemente de quaisquer
ordens que ele tenha recebido de seu planeta”, acrescentou Drak.
Gnaw falou a seguir. “Acho que devemos compartilhar o que está
acontecendo com as equipes da força-tarefa se isso der errado. Eles se
recusariam a lutar contra outros Veslors se soubessem por que
vieram. Eles são bons machos. Todos ficaram felizes por nós quando
encontramos companheiras. Eles gostariam que afastássemos nossas
mulheres se elas estivessem em perigo. "
"Concordo." Maith sentiu um pouco de culpa, embora soubesse
que não deveria. Ele não tinha remorso por tomar Jessa como sua
companheira, independentemente se isso possivelmente voltasse seu
Veslor Mates
povo contra os humanos. O erro foi cometido pelos líderes da Terra. “Um
de nós também deve informar Clark. Ele merece saber tudo. ”
"Ele nos chama de filhos", Roth concordou, balançando a
cabeça. “Vou falar com ele, mas vamos esperar para ver como a Terra
responde às demandas de nosso rei antes de compartilharmos esse
problema com as equipes da força-tarefa.”
A porta do banheiro se abriu e Maith se virou. Jessa havia prendido
o cabelo em um rabo de cavalo molhado e usava uma legging com uma
camisa longa. Ela viu seu agrupamento e fez uma pausa, mas apenas por
um momento. "Vocês estão de volta."
Maith estendeu a mão para ela.
Jessa foi até ele e apertou sua mão. Seu aperto era
surpreendentemente forte. Ela empurrou o queixo para fora, dando a
Roth um olhar severo. "Você tem algum problema conosco estando
acasalados?"
Roth sorriu. “Calma, mulher. Você tem a minha promessa de que
lhe damos as boas-vindas ao nosso grupo com o coração feliz, Jessa. ” Ele
fechou a mão em punho e a colocou sobre o peito, antes de deixá-la cair
ao seu lado.
Lhe agradou ver seus irmãos agrupados aceitaram sua
companheira da mesma maneira. Ele sorriu para Jessa. “Eles estão
felizes por nós.”
“Eles não ficarão quando descobrirem que tipo de tempestade de
merda isso vai causar.”
"Nós sabemos", Roth a informou. “Você é uma dos nossos agora,
Jessa. Ninguém vai tirar você de seu companheiro ou de nosso
grupo. Nosso rei fará seu povo ver a lógica e a libertará. ”
O aperto de Jessa em sua mão aumentou. “Não vai ser tão fácil.”
“Vamos dar ao seu pessoal a chance de fazer a coisa certa.” Maith
se moveu na frente dela para chamar sua atenção. "Você vai morar
comigo." Ele se preparou para Jessa discutir com ele.
"Ok."
Ela o surpreendeu. Deve ter ficado evidente em seu rosto, pois ele
viu a sugestão de um sorriso. Sua companheira estava claramente
divertida.
“Nada no meu contrato me proíbe de morar com alguém, desde que
estejamos no mesmo navio. Nós simplesmente não podemos nos casar
legalmente. Adoraria compartilhar sua cama todas as noites. ”
"Vamos movê-la para a nossa casa agora."
"Okay." Jessa acenou com a cabeça. "Isso funciona para mim." Ela
soltou sua mão e caminhou até sua estação de trabalho. “Vou dar a vocês
quatro acesso à minha cabana. Felizmente, não tenho muito, e o mais
importante é meu kit médico. Vocês podem simplesmente jogar todas as
Veslor Mates
minhas roupas em uma pilha na cama e usar a roupa de cama para

carregá-la para a cabana de sua família. E feito. O acesso temporário
dura dez horas. Estaremos prontos para ir. ” Ela se virou, dando-lhes a
senha. "Acho que vou encontrar vocês quatro em casa em cerca de uma
hora?"
Maith rosnou. "Você não vai a lugar nenhum sem mim."
Jessa sustentou seu olhar. “Isso é provavelmente o melhor. Kane
pode tentar me trancar novamente. " Ela olhou para Roth. “Apenas jogue
tudo meu na cama e enrole no cobertor. Deve caber. Todo o mobiliário e
arte são propriedade de Frota. Por favor, não deixe os vários blocos de
dados que mantenho na minha mesa no quarto. Tenho todo o meu
melhor material de pesquisa armazenado neles. Obrigada."
"Podemos verificar o filhote e a Wilma amanhã."
Jessa cruzou os braços e deu a Maith um olhar feio. Ela bateu o pé
descalço no chão. Uma de suas sobrancelhas se arqueou. “Nós acabamos
de acasalar. Você realmente quer ter nossa primeira briga tão cedo? ”
“Eles estão sendo cuidados,” Maith a lembrou.
Jessa bateu com o pé novamente, sua expressão não mudando.
Roth deu uma risadinha. "Nós iremos pegar os pertences de sua
companheira e ver você quando ela terminar de verificar os dois humanos
feridos."
Maith abafou um rosnado. Até mesmo seu líder de agrupamento
sabia que não havia nenhuma maneira que ele mudaria a mente de sua
pequena companheira. "Mulher teimosa."
"E não se esqueça disso." Jessa sorriu e deixou cair os braços ao
lado do corpo. "O acasalamento não vai mudar isso."
“Veremos,” ele murmurou, aproximando-se dela. Ele sabia como
fazê-la se submeter.
Jessa recuou, sua diversão crescendo. “Sem beijos. Isso não é
justo. Eu vejo esse brilho sexy em seus olhos. Não. Pacientes primeiro,
então você pode me fazer esquecer meu próprio nome. ”
O orgulho o fazia sentir felicidade. Ela tinha acabado de admitir
que ele sabia como dar sua grande paixão na frente dos outros
machos. Ele se virou para seu grupo, que estavam todos rindo. “Por
favor, levem as coisas da minha companheira para nossa casa. Ela
também está com fome. ” Ele olhou para Drak. "Você acha que Abby se
importaria de nós termos um banquete de feriado para comemorar?"
Drak deu um aceno de cabeça afiado. “Ela insiste em pedir muito
da D Corp. Vamos prepará-lo para ficar pronto em uma hora.”
"Nós estaremos lá." Maith se virou para Jessa. "Uma hora."
"Estou morrendo de fome. Estaremos lá." Ela foi até um armário e
os abriu, se abaixou e tirou um par de sapatinhos. Os humanos os
Veslor Mates
chamavam de slip-ons. Ela pegou seu kit médico e caminhou em direção

às portas de saída. "Estou pronta para ir."
“E a pesquisa que você temia que alguém roubasse?”
Jessa sorriu. “Eu deletei tudo com meu implante. Agora está
apenas dentro da minha cabeça. ”
Maith a seguiu. Alguns humanos no corredor lançaram-lhe olhares
estranhos. Isso o lembrou de que ele rasgou a frente de seu macacão e
muito de sua pele foi revelada, quase até a cintura. Ele agarrou o material
junto quando uma mulher encarou muito, parando para olhar
abertamente.
“Vamos comprar outro macacão para você” murmurou
Jessa. Então ela abaixou a voz quando eles entraram na Baía
Medica. "Antes que eu dê um tapa em alguém por olhar o meu homem."
Ele sorriu.
Jessa lançou-lhe um olhar furioso. "Você vai ser impossível, não
é?"
Isso o deixou sério. “Eu serei um bom companheiro. Você é tudo
para mim."
Ela girou e caminhou até ele, parando a centímetros de
distância. “Eu tenho uma reputação de cadela para defender. Você me
fazendo querer beijar você o tempo todo vai estragar isso. Apenas aja
como seu normal rabugento enquanto estamos em público, certo? Ajude
uma garota. ”
"Você possui o meu coração." Ele não resistiu em contar a ela.
Jessa fechou os olhos, sua mão subindo para descansar levemente
em seu peito, e ela rosnou baixo. "Não está ajudando." Ela abriu os
olhos. O verdadeiro parecia ter lágrimas. “Você possui o meu
também. Mas este não é o lugar. Segure esse pensamento por uma
hora. Espere - duas . Eu realmente estou com fome. Vamos comer
primeiro. OK. Cara de cadela. " Ela puxou a mão de seu peito e apontou
para ele. "Comporte-se."
“Você disse meia hora,” uma voz feminina familiar chamou. "Já faz
mais tempo do que isso."
"Dane-se", Jessa murmurou, virando-se dele. "Deixe-me
adivinhar. Você me cronometrou? Você não tem pacientes para ver,
Kane? Eu sei que eu tenho. Vou verificar o Ned. Esse é o adolescente que
teve Prissa. ”
"Não, você não vai. Iremos ao meu consultório e entraremos em
contato com a equipe médica. ”
“O que te faz pensar que eu ainda não fiz isso? Eu sou a ARS e você
não pode me impedir de ver nenhum dos pacientes que foram
transferidos aqui da superfície. A doença de Prissa é de origem
alienígena. ”
Veslor Mates
Maith mascarou suas emoções quando sua companheira atacou a

outra fêmea.
“O adolescente foi curado e a Sra. Jones não mostrou nenhum sinal
de Prissa,” Kane retrucou.
“Wilma recebeu uma vacina contra Prissa durante a
gravidez.” Jessa não recuou. “Eu preciso fazer um acompanhamento com
ela. O mesmo vale para Ned, mesmo que Prissa não esteja mais
aparecendo em seu sistema. É um parasita desagradável. Agora me diga
quais quartos eles foram designados ou irei procurá-los eu mesma. ”
"Você sabe muito bem que os dois estão bem e não precisam ver
você." O rosto da outra médica ficou um pouco vermelho. “E é
uma doença . Você não deveria saber disso? "
"É um parasita", argumentou Jessa. “Não é minha culpa que algum
idiota tenha falado errado e pegou”.
"Mulheres", resmungou Maith. “Não lutem. Vai parecer muito
estranho se vocês se atacarem. ” Ele dirigiu um olhar mortal para a
mulher mais alta. "Eu vou defender Jessa."
"Estou ligando para a equipe médica e dizendo a eles que você se
recusa a vir ao meu consultório." Kane saiu pisando duro.
"Faça isso", Jessa gritou atrás dela, em seguida, correu para o
posto de enfermagem. Ela acessou o hub de dados e então correu para
onde ele supôs que o filhote e a fêmea grávida deviam estar.
Maith a seguiu. Ninguém tentou impedi-los.
*******
"Mexeriqueira," Jessa sibilou, furiosa com Kane. Essa mulher

realmente viveu para receber o título de nêmesis.
"O que é isso?"
Ela quase se esqueceu de que Maith a estava seguindo. “É o que
Cynthia Kane é. Ela me deixa louca. ” Ela parou na frente de uma porta
fechada. “Esta é a Wilma. Você pode, por favor, esperar aqui? Eu serei
rápida. Você realmente deveria ir pegar outro macacão que não esteja
rasgado, ou talvez algum uniforme do almoxarifado das enfermeiras. Não
vou sair daqui até você voltar. ”
“E eu não vou deixar você .”
Ela olhou para seu rosto bonito. Ele estava sendo muito doce,
mesmo que ligeiramente irritante. "OK. Só não me culpe se eu der um
soco em alguma mulher que está olhando para você. "
Ele agarrou o macacão rasgado com mais força. Foi muito fofo a
maneira como ele tentou esconder seu peito incrível. Ela teve o desejo
repentino de beijá-lo.
Veslor Mates
Esse parecia ser seu novo desejo favorito.

"Você fica parado." Ela bateu na campainha e entrou sem esperar,
encontrando Wilma sentada em uma cama médica com um bloco de
dados na mão. A colona parecia feliz em vê-la.
"Jessa!"
"Ei. Você parece bem." Jessa colocou seu kit em uma cadeira perto
da cama e retirou o scanner. "Eles estão te tratando bem, Wilma?"
"Sim. Eles encontraram meu marido e me deixaram falar com
ele. Ele está bem. ”
"Essas são ótimas notícias." A varredura foi concluída. "Você e seu
bebê estão perfeitos."
“O médico designado para mim disse que eles deveriam ser capazes
de me mandar de volta para Torid em alguns dias. Por que não agora? Eu
me sinto bem. Tem certeza de que está tudo bem? ”
Jessa pegou a mão dela. "Verdade? Você e o bebê estão indo muito
bem. Você ainda está sofrendo de desnutrição, mas melhorou muito
desde que a vi pela primeira vez. O perigo passou. Eles vão querer mantê-
la por alguns dias como precaução, mas não vejo razão para me
preocupar. ”
A outra mulher acenou com a cabeça. "OK. A vacina que tomei era
realmente segura? Funcionou?"
"Sim e sim. Direi que depois de seis meses, se você ou o bebê forem
expostos a Prissa novamente, recebam outra injeção. Um reforço é
sempre o caminho mais seguro a seguir. Não que eu espere que você volte
a encontrá-la. "
"Obrigada por tudo."
Jessa apertou a mão dela. "De nada. Meu sobrenome é
Brick. Chame uma enfermeira se precisar de mim. Eu virei. Agora vou
dar uma olhada no Ned. ”
"Eu vi ele. Ele ainda estava dormindo quando nos transferiram
para os quartos, mas parecia melhor. ”
“Os parasitas nele morreram. Agora será apenas sobre recuperar
suas forças. Você verá seu marido em breve. Apenas descanse bastante
e coma tudo o que eles trouxerem para você. ” Jessa a soltou e devolveu
o scanner ao kit.
Maith esperou do lado de fora da porta.
"Ela está bem." Jessa foi para o quarto três portas abaixo e apenas
entrou, não querendo acordar Ned se ele estivesse dormindo.
E ele estava, parecendo em paz. Em algum momento após o banho
de descontaminação, uma enfermeira escovou seus cabelos. Ela verificou
seus sinais vitais exibidos acima da cama médica e fez uma varredura de
corpo inteiro em vez de usar o dispositivo portátil.
Veslor Mates
Ela apertou um botão para chamar uma enfermeira. Quando uma

veio, Maith entrou na sala com ela. Jessa baixou a voz. “O gráfico dele
não está aqui. Seu médico recomendou fisioterapia? Ele vai precisar. ”
A enfermeira hesitou. "Você não é o médico designado para ele."
"Você sabe o que é a doença de Prissa? Que não veio da Terra?"
A enfermeira acenou com a cabeça.
"Você sabe quem eu sou?"
“A ARS”
"Certo. Agora, por favor, responda minhas perguntas. O médico
atribuiu a ele o TP? ”
"Não."
“Adicione-o ao gráfico dele. E preste atenção. ” Ela voltou para a
cama médica e bateu nos controles para aumentar uma seção dos
músculos da coxa dele, apontando o que o médico obviamente não
percebeu. "Vê isso?"
A enfermeira se aproximou. “Merda,” ela respirou.
"Sim. Os parasitas são pequenos, mas gostam de se alimentar de
músculos, causando danos do tamanho de um alfinete. Todos os seus
músculos ficarão assim. Vê por que ele vai precisar de fisioterapia para
reconstruir suas forças? Diga ao médico que os tremores são normais no
início, então espere isso em alguém que sofreu de Prissa a este grau. Não
é um sinal de lesão cerebral. Essa é uma parte do corpo que os parasitas
evitam, por algum motivo. Ned precisará de ajuda por cerca de uma
semana ou mais, quando você o tirar da cama para as necessidades
básicas. Levante-o embora. Quanto antes ele se mover, melhor para sua
recuperação. Mas sempre auxiliado. Seu equilíbrio vai uma merda e ele
vai se cansar rápido. Duvido que ele conseguisse chegar ao banheiro sem
desabar. "
“Vou adicionar todas essas informações ao gráfico dele.”
Jessa encontrou seu olhar, vendo sinceridade ali. Ela leu o crachá
da enfermeira. "Obrigada, Hopper."
“Não, obrigada, ARS Brick. Dr. Zeld não viu o dano em seus
músculos. ”
“Isso porque a maioria dos médicos só lê os pontos do boletim sobre
doenças relacionadas a alienígenas e não se dá ao trabalho de examinar
todas as informações”.
“E a outra paciente? Ela não é minha, mas posso chamar sua
enfermeira. ”
“Wilma está bem. Ela foi vacinada antes que os parasitas pudessem
se espalhar. ”
Veslor Mates
A enfermeira Hopper baixou a voz. “Eu também tomei a vacina e

disseram que não precisava me preocupar. Isso era verdade? Eu tenho
um filho e um marido em casa. Eu não quero expô-los. ”
“Você está bem, e sua família está segura. Ned só era contagioso
enquanto os parasitas estavam ativos. Ele está mostrando zero infecção
agora. O que você recebeu impede que os parasitas sobrevivam o
suficiente para eclodir. ”
"Obrigada." A enfermeira sorriu.
"De nada. Voltarei para ver como ele está amanhã. Peça ao Zeld
para entrar em contato comigo se tiver dúvidas sobre os pedidos de
gráfico que pedi para você adicionar. ” Ela fez uma pausa. “E, por favor,
entre em contato comigo se ele os remover. Não vou deixar ninguém saber
que você me avisou, mas exigirei ver o gráfico da próxima vez
e ficarei surpresa se minhas ordens ainda não estiverem lá. Então eu vou
raspar a bunda dele. "
A enfermeira deu uma risadinha. "Isso soa como um plano. Eu
jogarei junto com você se necessário. "
"Eu realmente aprecio isso."
"Mais alguma coisa que devo adicionar ao prontuário do paciente?"
"Não. Ele foi identificado? Pedi à equipe da força-tarefa que
solicitasse que seu DNA fosse verificado, já que ele está inconsciente
desde que foi localizado. ”
“Ned Roger Voil. Quinze anos com dois parentes vivos em Torid. Há
uma irmã muito mais nova. Sua mãe foi notificada. Ela e a irmã serão
trazidas de avião, já que ele é menor. Esse é o procedimento. E ele foi pré-
aprovado para dois visitantes, o que implica que elas chegarão em breve.
”
"Bom." Jessa desligou o scanner de leito médico e estendeu a mão,
tocando suavemente o cabelo de Ned. Ele dormia profundamente, mas
não a assustou. Ele estaria fazendo muito isso enquanto se recuperava
de chegar tão perto da morte. Então ela pegou seu kit médico, dirigindo-
se à enfermeira novamente. “Por favor, cuide bem do Ned aqui... e dê a
ele algumas guloseimas quando ele acordar. Aqueles idiotas em Torid o
jogaram dentro de uma gaiola e o deixaram lá para morrer. "
O horror transpareceu no rosto da enfermeira.
"Sim. Tenho certeza de que ouvirá muito sobre isso quando a
equipe médica enviada para lá retornar. Era ruim, e famílias como a dele
eram tratadas como lixo ”.
“Vou mimá-lo”, prometeu a enfermeira.
Jessa foi até Maith. "Estou pronta para ir."
Eles saíram da sala e quase escaparam.
“ARS Brick!”
Veslor Mates
“Foda-se minha vida,” Jessa sibilou. Ela se virou, esperando

Cynthia Kane irromper na direção deles.
“A equipe médica disse que você não os contatou. Disseram-me
para lhe dizer que você precisa fazer isso agora. É um pedido direto da
Dra. Barns. ”
Jessa passou seu kit para Maith. Então ela enfrentou a mulher
mais alta. “Dra. Barns não é mais minha médica. ” Ela estendeu a mão e
bateu na cabeça. “Você quer adivinhar quem tomou todas as decisões
médicas quando eu tinha oito anos, depois que meus pais
morreram? Vou te dar uma dica - você acabou de dizer o nome dela. "
A expressão de raiva de Kane mudou para uma de choque.
Jessa baixou a voz. “Se dependesse dela, eu seria forçada de volta
para checar pessoalmente seu 'experimento'. É assim que ela me
chamou. Eu não sou uma pessoa para ela. Felizmente, ela obtém esse
pedido negado sempre que o faz, porque trabalhei muito para me tornar
importante o suficiente para que seus superiores não a deixem mais foder
comigo. Eles não estão dispostos a arriscar que ela danifique meu
cérebro. Por favor, não a ajude insinuando que não estou cem por cento
bem. Você está apenas sendo usada por uma cadela doente que pensa
nas crianças sob seus cuidados como nada mais do que ratos de
laboratório. "
Inexplicavelmente, as lágrimas encheram os olhos de Kane.
Jessa suspirou. Ela não gostava da pena... mas era isso. “Ela
adoraria me ver presa - ou pior - já que bloqueei seu acesso a mim depois
de fazer dezoito anos. O lema de sua vida é provavelmente 'acidentes
acontecem'... e muitas crianças se tornaram acidentes em seu
laboratório. Diga-me, doutora, você me odeia o suficiente para arriscar
que ela coloque as mãos em mim? "
"Não," Kane deixou escapar.
“Então, por favor, diga a ela que estou completamente saudável e
envie um relatório oficial que declare o mesmo. Ela será forçada a recuar.
"
Kane acenou com a cabeça. "Vou fazer isso agora."
Jessa estendeu a mão e tocou seu braço. Kane não se
afastou. "Obrigada. Mesmo. Eu tenho o suficiente para lidar agora, sem
ter que me preocupar com ela também. ”
"Jessa, você precisa comer."
O lembrete de Maith deu a Jessa uma desculpa para encerrar o
encontro desconfortável com Kane. Ela soltou seu braço e
recuou. Quando estavam saindo da Baia Médica, Maith segurou sua
mão.
"Você está compartilhando mais dos seus segredos com os
humanos."
Veslor Mates
"Eu sei. Já estou mesmo metida em merda com a Frota e a United

Earth. Posso muito bem realmente cavar esse buraco.”
Ele fez uma careta para ela quando eles entraram no
elevador. Ninguém mais compartilhou a viagem com eles, mas os
elevadores eram monitorados. Ela forçou um sorriso para a câmera de
vigilância. “Você realmente acha que Abby vai fazer um banquete de
feriado para mim? A última vez que fui convidada para um jantar não-
verdadeiramente-de-Ação-de-Graças foi epicamente delicioso. ”
“Abby encomenda muita comida direto da Terra.”
"Eu amo a Abby." Jessa era na verdade meio fã. Todo mundo tinha
ouvido falar sobre a D Corp. Quando ela soube quem era Abby, foi
durante o incidente do Gorison Traveller. Muitos funcionários da Frota
falaram mal dela, mas pesquisa era coisa de Jessa. Abby e Vivian Goss
eram heroínas - e elas eram a razão de Veslors terem se aliado com a
Terra.
Apesar disso, Jessa esperava que a mulher rica com tanto poder
social fosse uma esnobe, quando soube que Abby Thomas estava
no Defcon Red. Ela estava errada. Abby era gentil.
“Não que eu vá admitir isso,” ela continuou. "Provavelmente soaria
estranho."
Maith lançou-lhe um olhar questionador.
“Coisa de humanos,” ela explicou.
O elevador se abriu e eles caminharam em direção à cabana da
família de Maith. "Vou adicionar você para lhe dar acesso."
“Isso seria útil, para que não fique excluída das minhas novas
instalações.”
O cheiro de comida deliciosa encheu seu nariz quando eles
entraram na grande cabana familiar. Jessa já havia estado lá com
frequência suficiente para saber que duas das maiores opções de cabines
disponíveis no Defcon Red haviam sido unidas. Cada uma delas continha
três quartos e dois banheiros, com um escritório fechado que poderia ser
usado como um quarto cômodo. O espaço combinado também tinha duas
cozinhas lado a lado e duas salas de estar.
Abby, Darla e seus companheiros estavam na cozinha. A longa
mesa já estava posta. Os filhotes gêmeos estavam brincando no
chão. Jessa olhou em volta enquanto Maith colocava seu kit médico no
chão e a puxava para mais perto dos dois casais que aqueciam a comida.
"Onde estão Roth e Vera?"
Darla respondeu. "Ela está tirando uma soneca até que a comida
esteja pronta."
Jessa imediatamente entrou em alerta. "Ela está bem? Como está
o enjoo matinal? "
Veslor Mates
Sua amiga sorriu. “Ela está realmente se sentindo

melhor. Simplesmente não dormia muito com nossos companheiros no
planeta. Roth ordenou que ela tirasse uma soneca quando eles
chegassem em casa, e agora ele provavelmente está em seu quarto,
aninhando-a.”
Abby sorriu para Jessa. “Nós não dissemos nada. É a sua notícia
para compartilhar. ”
“Quais são as novidades?” Darla pareceu notar pela primeira vez
que Jessa estava segurando a mão de Maith e ela engasgou. Seu olhar
disparou entre eles. "Vocês dois estão namorando?"
Maith sorriu. "Não."
A decepção apareceu no rosto de Darla antes que ela sorrisse para
Jessa. “Estamos comemorando por nossos companheiros estarem em
casa. É jantar de Ação de Graças fora de data. Você deveria ficar."
“É jantar de Natal fora de data,” Abby corrigiu. “Vamos comer
costela com cauda de lagosta e todos os acompanhamentos.”
“Uau,” Jessa murmurou. “Meus Natais geralmente eram fatias de
presunto, purê de batata com molho e alguns pãezinhos. É isso que a
Frota serve. Eu gosto mais da sua versão. ” Seu estômago roncou só de
pensar em comer tudo isso.
“Você vai ficar, não é, Jessa? Fizemos muito. ”
Antes que Jessa pudesse responder, uma das portas dos quartos
se abriu.
Roth saiu com o braço em volta de Vera. Ela sorriu quando viu
Jessa e Maith. "Parabéns! Estou tão feliz por vocês dois. ”
Roth gemeu. “Desculpem. Eu disse a ela."
"O que estou perdendo?"
Maith foi quem deu a notícia a Darla. “Jessa e eu acasalamos. Ela
faz parte do nosso grupo agora. ”
Darla gritou e correu para abraçar os dois. Transformou-se em um
abraço agrupado enquanto todos cercavam Jessa e Maith. Ela aceitou
todas as suas palavras gentis enquanto a recebiam na família.
Foi realmente comovente para Jessa, e ela teve que lutar contra as
lágrimas. Ela sempre quis fazer parte de uma grande família. O
pensamento da Frota separando-a de todos eles era doloroso de se
considerar. Ela empurrou suas emoções de volta, não querendo estragar
o jantar.
Enquanto eles se sentavam à mesa, Abby puxou um pequeno
dispositivo de comunicação. Era um aparelho da Frota. Jessa percebeu
que tinha lhe sido designado desde que ela trabalhava para o comandante
Bills. Era o tipo que ela vira administradores usarem, que se pareciam
mais com minicomputadores.
Veslor Mates
Abby terminou de ler e olhou para Roth. "Tio Howard disse que o
comitê dirigente e os principais almirantes querem uma reunião com
Jessa e Maith em duas horas."
Jessa se inclinou para Maith. Ela imaginou que eles gostariam de
falar com ela, mas um encontro com as pessoas que governavam a Terra
e a Frota parecia... sombrio.
Maith colocou o braço em volta dela. "Vai ficar tudo bem."
Ela gostaria de poder acreditar nisso.
“Coma,” ele ordenou. “Então vamos nos preparar.”
"Estaremos lá", Roth prometeu. “Você é uma Veslor, Jessa. Você
pertence a nós. ”
Veslor Mates
Capítulo Dezesseis
As mãos de Jessa tremiam quando ela se sentou à mesa de

conferências no escritório privado do comandante Bills. Seu futuro
dependia de como essa reunião decorresse. O comandante estava
presente, junto com seu subcomandante, Dolton Gibson.
Maith sentou-se ao lado dela. Roth, Drak, Gnaw e Abby Thomas
também insistiram em estar lá, mas eles estavam sentados ao longo da
parede oposta, fora de vista da grande tela de vídeo que ligaria em
breve. Todos eles vestiam os uniformes da Frota.
“Não tenho ideia de como isso vai ser”, afirmou o Comandante Bills
em voz baixa. “Eles não me deram nenhuma indicação de qualquer
maneira. Tudo o que sei é que um dos meus amigos no alto comando da
Frota disse que a situação estava tensa. Assim que seu rei os contatou ”,
ele fez uma careta para Maith, antes de olhar para Jessa,“ eles entraram
em uma reunião privada com o conselho da United Earth e os quatro
primeiros almirantes da Frota. Então fui notificado de que queriam falar
diretamente com você, Jessa. ” Ele olhou para Maith. "E você."
“Por que não Roth? Ele é meu líder de agrupamento. ” Maith
parecia irritado.
Roth fez um ruído baixo resmungado, como se estivesse de acordo.
O comandante Bills fechou a cara para ele. “Lembre-se do que eu
disse. Vocês quatro não deveriam estar aqui. Estou permitindo isso por
meu respeito a vocês. Não importa o que aconteça, permaneçam em
silêncio até depois. Trabalharemos em uma solução em particular, se as
coisas não forem do nosso jeito. Isso só vai agravar a situação se eles
tomarem conhecimento de suas presenças. Isso seria prejudicial. ”
"Tem nossa palavra", Roth jurou.
Houve um ding e, em seguida, a tela preta de vídeo piscou em
branco. Em segundos, clareou para revelar quatro homens em vestes
vermelhas, sentados atrás de uma longa mesa. Duas mulheres vestidas
da mesma forma estavam ao lado deles. Jessa adivinhou que eram os
seis representantes escolhidos para o comitê governante da United
Earth. Em uma área de plataforma inferior abaixo deles estavam
sentados quatro almirantes da Frota com medalhas em seus uniformes
formais.
Uma mulher se juntou a eles de lado, vestindo um uniforme médico
cinza escuro.
Jessa reconheceu a Dra. Narrella Barns imediatamente.
A visão dela significava desastre. Jessa esperava que recusar-se a
falar com ela antes não tivesse piorado as coisas. A mulher mais velha de
cabelos grisalhos se sentou e juntou as mãos na mesa sólida à sua frente.
Veslor Mates
Um dos homens de manto falou primeiro. “Eu sou Darwin

Robinson, primeiro presidente do comitê governante da United
Earth. Você nos causou algumas dores de cabeça, ARS Brick. ” Ele não
parecia feliz. “Devo lembrá-la de que nem todas as partes foram
informadas sobre certos aspectos de seu arquivo pessoal.” Ele olhou
diretamente para Maith antes de sustentar seu olhar. "Estou sendo
claro?"
Eles queriam que Jessa filtrasse o que dizia. "Eu entendo."
“O rei Veslor tornou nossa decisão mais fácil.” Darwin Robinson fez
uma careta. “Ele ameaçou cessar todas as remessas de alimentos e pedir
um embargo contra a Terra e seus associados com todos os aliados que
os Veslors têm se não rescindirmos nosso contrato com você, ARS
Brick. Ele insistiu que você é uma companheira Veslor. Isso é
verdade? Você quebrou seu contrato ao se casar? ”
Ela escolheu as palavras com cuidado, achando que a pergunta era
capciosa. Eles queriam que ela admitisse ter feito algo ilegal. “Eu não me
casei com Maith sob a lei da United Earth. Eu nunca cometeria uma
violação do meu contrato. Você está ciente da descrição do meu trabalho
e do que isso implica, mas vou reiterar que estudos alienígenas são meu
campo de especialização. Veslors acasalam depois de conhecer e passar
um tempo com alguém. Simplesmente acontece. Fomos designados para
realizar tarefas médicas em Torid e acabamos presos juntos no subsolo.
” Ela deixou por isso mesmo.
Uma das mulheres vestidas se inclinou para frente. “É instintivo
da parte deles? É isso que você está dizendo? "
Antes que Jessa pudesse responder, Maith respondeu.
“Nós sabemos quando encontramos nossas companheiras e nos
ligamos a elas. Jessa é minha. ”
Robinson pigarreou e bateu com o dedo na mesa com força. Parecia
ser um sinal para que todos se calassem. Ou pelo menos foi assim que
Jessa viu quando ele assumiu novamente.
"Você se sente forçada a este acasalamento, ARS Brick?"
"Não senhor. Eu não me sinto. Como Maith acabou de dizer, nós
nos unimos. Não foi planejado, mas aconteceu. Eu sou dele. Ele é meu. O
vínculo é muito forte. ”
Alguns minutos longos e estranhos se passaram em silêncio. Ela
podia ver que todos na sala da Terra tinham blocos de dados na frente
deles e estavam se comunicando silenciosamente dessa forma, já que
todos os onze pareciam estar lendo e digitando.
Robinson finalmente ergueu a cabeça e franziu a testa para ela.
“Investimos fortemente em você, ARS Brick. Deixar de cumprir seu
dever seria prejudicial para a Frota. Tenho diante de mim suas
realizações. Eles são muitas, apesar da sua pouca idade. Todos nós nos
Veslor Mates
perguntamos o que você poderia realizar se encerrasse a vigência do seu

contrato. ”
O medo a deixou tensa. Eles não iriam anular o contrato e
negariam sua liberdade.
"Jessa é uma Veslor agora." Maith se aproximou e pegou a mão
dela. “Ela não pertence ao seu planeta. Meu rei reembolsará qualquer
dinheiro gasto na educação e despesas médicas de Jessa, se esse for o
seu motivo para mantê-la. Estou ciente de que ele já fez essa oferta. Eu
reafirmo isso. Nenhuma criança deveria ter que retribuir por sua criação,
por ser alimentada e cuidada. Consideramos o conceito
ofensivo. Qualquer forma de vida inteligente e digna faria todas essas
coisas para o bem de seu povo. Os jovens são o nosso futuro. Sua saúde
e bem-estar são benéficos para todos. Escravizar adultos e chamar isso
de dívida pelos cuidados com a infância é errado ”.
Jessa observou o comitê de perto. Alguns deles se mexeram
desconfortavelmente.
"Sim", Robinson finalmente falou. “Seu rei deixou seus sentimentos
e os de outros Veslors muito claros. Treinamos as crianças para
desempenhar funções muito necessárias e isso ajuda toda a
humanidade. Eles são investimentos. Não escravos. Quero deixar isso
registrado. ”
Maith rosnou. “Jessa não pode ficar comigo - ou fazer qualquer
outra coisa que ela deseje - a menos que você concorde em libertá-
la. Essa é a essência da escravidão. Veslors já se acasalaram com suas
humanas antes. Nenhuma delas teve que realizar reuniões para
aprovação do comitê e nosso rei não teve que contatar seu planeta para
obter permissão. Jessa não é livre. Nós entendemos isso - e é um
problema. Veslors não fazem aliados com raças que acreditam em
escravizar os outros. ”
Robinson e as outras figuras vestidas se contorceram ainda
mais. Fez bem ao coração de Jessa ver isso. Maith os estava reclamando
de suas besteiras ao chegar ao cerne da questão. A United Earth e a Frota
estavam forçando as crianças a contratos longos como adultos que
deveriam ser considerados ilegais. Foi benéfico para eles, então eles
negaram direitos básicos às crianças órfãs como cidadãos.
A Dra. Barns digitou algo em seu bloco de dados. Robinson baixou
os olhos, lendo. Ele finalmente ergueu os olhos. “Você possui algo de que
precisamos de volta se quiser deixar de ser uma cidadã da United Earth.”
Isso enfureceu Jessa. "Permissão para falar livremente,
senhor?" ela perguntou, embora seu olhar fosse dirigido a Dra. Barns.
“Não muito livremente. É uma questão de informação confidencial,
”ele a lembrou.
"Entendido." Jessa sabia que eles não queriam que ela
mencionasse seu implante cerebral. Ela inalou e continuou olhando para
a Dra. Barns. “Os Veslors nos ofuscam de longe, não apenas com suas
Veslor Mates
tecnologias defensivas e de nave espacial, mas também com os avanços

médicos. Para ser franca, exigir que eu devolva o que a Dra. Barns deseja
tão desesperadamente me prejudicaria fisicamente. O que foi feito não
pode ser desfeito. A Dra. Barns sabe disso - já que foi ela quem disse isso,
quando solicitei que o item fosse removido. Qualquer tentativa de
remoção fará com que eu sofra consequências graves. ”
Ela encontrou o olhar de Robinson. “Eu teria sorte se pudesse me
alimentar depois. Veslors achariam bárbaro se soubessem do que
estamos falando, e para ser franca novamente, se eles quisessem a
tecnologia que eu possuo, eles já a teriam inventado... e seria mil vezes
melhor. Funcionaria como pretendido, sem resultados negativos ou
perdas indesejadas.
“Eu falei isso com cuidado suficiente? O que você pode considerar
como tecnologia de ponta é o equivalente a lixo obsoleto para Veslors. ”
Jessa sabia que isso não cairia bem para ninguém na outra sala
da Terra, mas era a verdade. Robinson fez um movimento para cortar o
som, então todas as onze pessoas na tela começaram a falar e gesticular
descontroladamente. Ela desejou poder ouvir o que estava sendo
dito. Parecia um debate bastante acalorado.
Durou apenas alguns minutos antes que eles se acomodassem e
continuassem a reunião. O som voltou da Terra.
“Eu sou a Quarta Cadeira Wanda White,” uma mulher vestida
disse, se apresentando. Havia um brilho calculista em seus olhos. “Os
Veslors estariam dispostos a compartilhar parte dessa tecnologia
conosco?”
Maith começou a falar, mas dessa vez Jessa o
interrompeu. "Não. Você não vai me usar para chantagear os Veslors ou
seu rei. Você quer a tecnologia deles? Você pode comprá-la ou negociá-la
com mercadorias comerciais. Nunca pedi que meus pais fossem mortos
ou que fosse criada como fui. Agradeço que fui cuidada pela Frota, mas
estou cansada de ser tratada como propriedade sua. Trocar informações
técnicas e médicas pela minha liberdade não está sobre a mesa. Ou vocês
anulam meu contrato porque é a coisa certa a fazer, ou todos nós
saberemos o que acontece a seguir. ”
Jessa estendeu a mão e bateu em sua têmpora. “Você tornou
possível para mim ser altamente inteligente, o suficiente para lidar com
alienígenas de todas as raças. Eu executei cenários de resposta do Veslor.
” Ela bateu com a mão. “Desculpe minha linguagem, mas seria
fodidamente estúpido me forçar a ficar quando é uma vantagem para
vocês terminarem o contrato. Em troca, vocês ganham uma posição
melhor com a raça alienígena, fornecendo comida para suas estações
espaciais. ”
Ela sabia que provavelmente deveria calar a boca, mas estava
muito furiosa. “O que te custa cada vez que há um motim em um planeta
ou uma estação e você tem que enviar a Frota para colocar essas
situações de volta sob controle? Adicione o custo dos reparos que esses
Veslor Mates
tumultos causam. Tenho certeza de que os homens sentados abaixo de

vocês também têm relatórios detalhados das habilidades que suas
equipes de força-tarefa estão aprendendo com o grupo Veslor, que os tem
treinado para lutar melhor e se prepararem para problemas alienígenas
desconhecidos que nossa Frota poderá enfrentar no futuro.”
“Os Veslors salvaram o Gorison Traveller de ser roubado e todos a
bordo de se tornarem refeições vivas. Eles fizeram isso por decência
comum, porque era a coisa certa a fazer. Eles não fizeram exigências
antes ou depois de ajudar os humanos. Veslors são o melhor aliado que
a United Earth jamais poderia esperar. Vocês realmente vão estragar
tudo, fazendo-os pensar que vocês não são o tipo que eles querem ajudar
no futuro? ”
Eles silenciaram seu lado na Terra e conferenciaram novamente.
Maith rugiu ao lado dela e Jessa se inclinou para ele, sussurrando
em Veslor. "Desculpa. Mas eles estão jogando e me irritando. Eles iriam
totalmente chantagear seu rei para dar-lhes tecnologia para me
libertar! Não estou permitindo que eles façam isso. ”
"Companheira feroz."
Sua resposta a fez sorrir.
O primeiro presidente Robinson reiniciou a reunião. “Solicitamos
que você ainda trabalhe como ARS da Defcon Red enquanto o grupo
Veslor continua ajudando a Frota.”
O alívio a atingiu com tanta força que Jessa quase desabou na
cadeira. "Feito. Desde que seja um trabalho civil. Isso significa que eu só
tenho que avisar você com dez dias de antecedência antes de pedir
demissão - e mantenho meu nível de pagamento atual. ” Ela não estava
tão grata por isso a ponto de tornar-se estúpida. A UE precisaria
compensá-la se eles quisessem que ela continuasse trabalhando para
eles. “Quero a confirmação de que o contrato original é nulo e sem efeito.”
"Feito." Robinson claramente não estava feliz, mas acenou com a
cabeça para ela. “Vamos processar a papelada imediatamente e enviá-la
ao comandante Bills. Queremos que nossa aliança com os Veslors
permaneça em boas condições. Vale a pena dar você a eles. ” Ele fez uma
pausa. “Isso significa que você não será mais considerado uma cidadã da
United Earth. Pense muito sobre isso... e tudo o que isso acarreta. ”
Jessa queria revirar os olhos com sua ameaça. Ela podia ler nas
entrelinhas. Ele estava basicamente dizendo a ela que ela teria que
implorar em suas mãos e joelhos se ela quisesse voltar para a Terra, se
as coisas não funcionassem com Maith. Eles a aceitariam de volta, mas
ela provavelmente seria forçada a assinar outro contrato ilegal que
duraria por algumas décadas. "Eu entendo. Eu sou uma Veslor agora. E
quanto a minha irmã? Ela é parte do acordo. ”
Robinson hesitou por muito tempo. Suas feições permaneceram
infelizes.
Veslor Mates
“Eu mencionei isso”, afirmou o Comandante Bills com

clareza. "Repetidamente. A irmã de uma companheira Veslor também é
considerada parte do agrupamento. ”
“Meu rei a mencionou para quem quer que ele falasse”, acrescentou
Maith. “Anabel faz parte do nosso grupo como irmã da minha
companheira. Queremos que ela seja enviada para nós. Ela agora é uma
Veslor. ”
Robinson hesitou. “Não é suficiente tomar o ARS Brick?”
"Não", disse Maith sem rodeios. “Vamos lutar para ganhar essa
fêmea.”
O primeiro presidente Robinson usou seu bloco de dados e parecia
procurar informações. Ele encontrou, a julgar por seu suspiro alto. "Meu
arquivo sobre ela afirma que é apenas uma oficial de segurança de baixo
nível para um centro de pesquisa." Ele olhou para cima. “Eu não vejo
nenhum problema em terminar seu contrato mais cedo e tê-la
transportada para Defcon Red. Faremos isso imediatamente. ”
Um dos almirantes da Frota se levantou e se virou para se inclinar
para mais perto de Robinson, sibilando algo tão baixo que eles não
conseguiram captar na transmissão ao vivo. Apenas três palavras vieram
do almirante.
“... disse que não ...”
Robinson empalideceu e se inclinou, sussurrando de volta. Sua
conversa tranquila tornou-se acalorada.
Jessa ficou tensa novamente. A raiva no rosto do almirante apenas
confirmou suas suspeitas de que sua irmã tinha um cargo altamente
confidencial. O almirante discutindo baixinho com Robinson
provavelmente estava dando uma dica de quem Anabel realmente era, e
que seu arquivo não era preciso.
"O que está acontecendo?" O comandante Bills cobriu a boca
enquanto sussurrava para ela.
Jessa debateu sobre o que dizer a ele, decidindo que ele merecia
saber o que ela suspeitava. Ela virou a cabeça e se apoiou em Maith para
esconder sua boca da câmera. “Espiã,” ela sussurrou.
"Foda-se", murmurou o comandante.
Robinson parou de falar e o almirante retomou seu assento. O
almirante parecia chateado, o que deu esperança a Jessa. Robinson
suspirou alto novamente antes de se dirigir a Jessa e Maith.
“ARS Brick, sua irmã vai ter que assinar um acordo de
confidencialidade se terminarmos o contrato dela antes do tempo. Um
mandado será emitido se ela o violar. Quero sua promessa solenemente
juramentada de que nos notificará se ela violar seu acordo. "
Veslor Mates
Ele estava realmente pedindo a Jessa para entregar sua irmã à

Terra se Anabel algum dia contasse seus segredos? Foi mesquinho e
horrível - o que não surpreendeu Jessa nem um pouco.
“Dado,” ela mentiu. Eles não prenderiam sua irmã. Eles a
matariam. “Só nos preocupamos em ser um grupo familiar. Minha irmã
obedecerá. Eu posso falar por ela. ”
"Está bem. Há um problema. ” Robinson hesitou. “Ela está
atualmente de férias de seu posto. Teremos que rastreá-la e informá-la
do que aconteceu. Em seguida, ela pode assinar o acordo de
confidencialidade e pegar uma carona para a Defcon Red . ”
As lágrimas encheram os olhos de Jessa, mas ela piscou
rapidamente para evitar chorar na frente do comitê. "Quanto tempo você
acredita que vai demorar?"
Foi o almirante irritado quem respondeu. “Sua irmã não nos
informou para onde estava indo. Terei que montar uma equipe para caçá-
la e trazê-la de volta para a sede. Isso pode demorar um pouco. ”
Jessa não acreditava que Anabel estava de férias. De jeito nenhum
eles deixariam alguém como ela ou sua irmã simplesmente partir para
lugares desconhecidos. A Frota deve tê-la trabalhando disfarçada. "Isso é
bom. Quero o contrato dela anulado e prova disso quando você enviar o
meu. Basta que seja transportada para nós o mais rápido
possível. Agradeço profundamente as decisões que você fez
hoje. Obrigada."
Robinson não tinha terminado. Ele se concentrou em Maith. “Por
favor, avise seu rei de que estamos felizes em trabalhar com todos os
Veslors e que a aliança é muito importante para nós. Temos profundo
respeito pelos Veslors. ”
"Eu irei", Maith jurou. "Obrigado por dar a minha companheira e
sua irmã ao meu agrupamento."
A reunião terminou rapidamente. Assim que a tela escureceu, o
comandante Bills praguejou rapidamente. "Sua irmã é uma agente
secreta e você não me avisou?"
Jessa o encarou. “Nada está confirmado. Não vejo Anabel desde
que tinha dez anos e ela doze. A Frota nos separou. Eu sabia que o
arquivo oficial dela era falso. Até a fotografia. Minha irmã tem cabelos
pretos e olhos verdes. A mulher nas fotos tem cabelos castanhos e olhos
castanhos. Presumi que eles fizeram isso para esconder sua verdadeira
identidade. Existem apenas algumas razões pelas quais eles fariam isso.
”
“Ela mesma não te contou? Você já teve contato com ela? ” O
comandante Bills estava obviamente chocado.
“A Frota permite comunicações vocais entre nós
ocasionalmente. Falei com ela pela última vez há cerca de cinco
meses. Tudo o que dizemos é monitorado. Anabel tem o cuidado de
Veslor Mates
nunca falar sobre seu trabalho. Isso também foi uma indicação para mim
de que tudo o que ela faz é altamente confidencial. ”
O Comandante Bills assentiu. Ele se virou para Roth. "Você está
planejando mover esta irmã para a cabana de sua família ou vai precisar
de uma sala privada para ela ser acomodada?"
“Ela vai morar conosco,” Roth decidiu.
Isso fez Jessa sorrir. Ela estaria com sua irmã em breve, e a Frota
a deixou ir. As emoções a sufocaram e ela se jogou em Maith, abraçando-
o pela cintura enquanto enterrava o rosto em seu peito. Seus braços
fortes a envolveram.
"Conseguimos." Ela ainda estava se recuperando da vitória. "Eu
estou livre."
“Você é minha,” ele rugiu, beijando o topo de sua cabeça. “Você
estava livre no momento em que se tornou minha companheira. Sua
Terra não tinha voz real, já que eu teria te tirado deles se recusassem a
concordar com nosso rei. Ele enviou alguns grupos de combate para
permanecer nas proximidades, caso precisássemos de reforço. ”
Isso a fez rir. “Eu deveria estar surpresa que esse fosse o seu plano
alternativo, mas não estou.”
Um grande corpo de repente a abraçou por trás, e então mais
pessoas se aglomeraram. Ela percebeu que eles estavam no meio de outro
abraço coletivo. Parecia ser uma ocorrência comum entre Veslors. Jessa
poderia se acostumar a isso.
Abby acabou espremida ao lado dela e elas sorriram uma para a
outra. “De jeito nenhum nós íamos deixar eles tirarem você de
nós. Inferno, meus pais estavam preparados para compartilhar o que foi
feito com você e sua irmã com outras empresas. Eles vieram com um
plano de reter seus pagamentos de impostos e interromper toda a
produção de qualquer coisa que vendemos para a United Earth até que
você fosse libertada. ”
As palavras de Abby significaram muito para Jessa. Ela não podia
acreditar que tantas pessoas que ela nem conhecia estivessem dispostas
a arriscar irritar a United Earth e a Frota em seu nome. Tudo para que
ela pudesse encontrar sua liberdade e acasalar com Maith.
“Vamos para casa,” seu companheiro rosnou em seu ouvido. "Eu
tenho planos para você."
Ela sorriu quando todos se separaram. Aqueles seriam planos
sexy, com muitos gemidos e finais alucinantes.
Jessa apertou sua mão com força. "Me leve para casa."
Veslor Mates
Capítulo Dezessete
E les quase chegaram a sua cabana quando uma pequena

morena usando um terninho de saia de repente deixou cair sua pasta no
corredor, ajustou a viseira que estava usando e engasgou
ruidosamente. "Ó meu Deus! Abby Thomas! O que diabos você está
fazendo aqui? Já faz tanto tempo que não te vejo! " Então a mulher se
atirou em Abby, abraçando-a com força. Embora parecesse mais com um
ataque.
Maith rosnou baixo, puxando Jessa para o lado. Os outros Veslors
também pareceram alarmados quando rosnaram. Jessa não sabia o que
pensar.
Drak tentou afastar a estranha de sua companheira com um
grunhido alto. A morena se agarrou a Abby com mais força, se possível,
sussurrando algo em seu ouvido.
“Está tudo bem,” Abby desabafou de repente. "Eu conheço
ela. Vamos para casa e vou apresentá-los a minha velha amiga. ”
A morena soltou Abby, deu um grande sorriso, depois
recuou. "Desculpa! Estou tão animada em ver um rosto conhecido, tão
distante no espaço. ” A mulher girou, curvou-se e pegou sua pasta do
chão. “Fazem o que? Seis? Sete anos? Você está tão bem! Eu quero ouvir
tudo o que você tem feito, Abby. ” Então a mulher notou o Veslors e
visivelmente engoliu em seco. "Ó meu Deus. Que legal! ” Seu grande
sorriso voltou. “Não estou surpresa que Abby Thomas esteja saindo com
alienígenas. Lindos também. ”
Eles começaram a andar novamente. Maith estava tenso ao lado de
Jessa, onde ele mantinha o braço firmemente em volta da cintura
dela. Um olhar para o rosto dele disse a ela que ele não estava feliz com
essa reunião. Ele não protestou quando eles alcançaram seus aposentos
e Roth acessou a porta. Todos eles entraram - então Drak e Gnaw quase
prenderam a estranha contra a parede dentro da porta, mantendo-a
longe de Abby.
A porta se fechou e Roth empurrou para frente também, prendendo
a estranha. "Quem é você?"
"O que está acontecendo?" Jessa sussurrou para Maith.
"Calma, Veslors." A voz da mulher mudou de aguda e alegre para
calma e rouca. “Eu não quero lhes machucar. O que sussurrei para Abby
é importante - estou aqui para falar sobre Anabel Brick. Mas ninguém
pode saber. ”
A mulher esticou o pescoço até que pudesse ver ao redor de Roth,
olhando para Jessa. “Sua avó sempre cheirou a flores. Ela usava um
pingente e uma pulseira de rosas vermelhas combinando e falava sobre
Veslor Mates
todas as que cultivava em seu jardim na Terra. Quando sua avó morreu,
Anabel começou a chamá-la de Thincker sempre que queria confortá-
lo. Era o apelido de seu pai para você. É porque você estava sempre
tentando desmontar as coisas para descobrir como funcionavam. Isso
incluía um de seus blocos de dados de trabalho quando você tinha cinco
anos. Mas ele não ficou bravo. Ele apenas te ensinou como
consertar. Todos presumiram que você cresceria e se tornaria uma
engenheira”.
Jessa respirou fundo, olhando fixamente para a mulher. Apenas
uma pessoa saberia qualquer uma dessas informações. Anabel. Ela não a
via desde que se separaram quando crianças, mas ela tinha certeza que
esta mulher não era sua irmã. "Anabel mandou você?"
"Não exatamente. Posso ter um pouco de espaço, por favor? Vocês
estão me deixando nervosa. " Ela olhou para os três Veslors que a
cercavam. Então ela olhou para Jessa novamente. “Sua irmã lhe enviou
um kit médico pela formatura. Dois dias depois, um cara colidiu com você
e vocês dois caíram. Ele colocou um bilhete em seu bolso enquanto a
ajudava a se levantar e lhe dizia que Anabel o havia enviado. Você deveria
ler a nota sozinha e destruí-la depois. Estava dizendo a você qual
compartimento daquele kit tinha fundo falso, como abri-lo, e dentro havia
uma foto dela. Você disse a sua irmã que tudo o que queria na formatura
era vê-la. Os chefões não a deixavam estar lá, então isso foi o melhor que
ela pôde fazer. ”
Jessa engasgou. "Afastem-se dela." Ela tentou se aproximar da
mulher.
Maith rosnou baixo, mantendo um aperto firme em volta da sua
cintura. "Não."
Ela olhou para ele. “Só minha irmã saberia essas coisas - e é tudo
verdade. Solte-me." Jessa se sacudiu para fugir e ele a soltou.
Os três Veslors recuaram e Jessa realmente estudou a mulher. Ela
tinha apenas cerca de um metro e meio, sem os saltos, e tinha ossatura
pequena. O visor que ela usava sobre os olhos era para pessoas que
gostavam de trabalhar em trânsito. Era como uma tela de computador,
mas transparente o suficiente para ver as informações exibidas e os
arredores ao mesmo tempo.
Jessa parou a alguns metros de distância. "Você é amiga da minha
irmã?"
A mulher estendeu a mão e removeu o visor. Ela tinha olhos
azuis. Olhando mais de perto, Jessa tinha certeza de que o cabelo escuro
era uma peruca. Era uma boa, mas suas sobrancelhas loiras pálidas
denunciavam.
“Você pode me chamar de Paris. Eu não tenho muito tempo. Você
vai ter um monte de perguntas, mas a verdade é que não tenho todas as
respostas. ”
Veslor Mates
"O que é esse zumbido baixo que ouço?" Era Roth, e de repente ele
olhou para a pasta que a mulher tinha colocado no chão.
“Há um bloqueador de sinal transmitindo do forro da minha pasta”,
respondeu Paris. “Você tem uma audição incrível se consegue captar
isso. Ele fode com qualquer dispositivo de gravação. Podemos conversar
com ele ligado e não nos preocupar com alguém ouvindo alguma coisa. ”
Ela voltou sua atenção para Jessa. “Quatro anos atrás, conheci sua
irmã quando ela salvou minha vida. Fomos treinadas para fazer o mesmo
trabalho. Fui enviada para recuperar algo importante. No momento em
que meu treinador descobriu que eu tinha sido traída e capturada, ele
decidiu que eu estaria muito danificada para se preocupar em
salvar. Eles enviaram sua irmã para completar minha missão
fracassada. Ela ouviu falar de mim, mas foi ordenada a não tentar um
resgate. Ela mentiu abertamente e disse a eles que eu estava no mesmo
local que o item que ela foi enviada para buscar. Dessa forma, ela poderia
justificar me levar de volta. Ela praticamente me carregou para sua nave,
já que eu estava com uma perna quebrada. Anabel disse que não estava
deixando ninguém para trás. Sua irmã é uma pessoa incrível. ”
Jessa sentiu lágrimas nos olhos. “Ela é uma espiã. Estou certa?"
Paris deu a ela um olhar triste. “Você sabe que eu não posso
confirmar isso. Eu reitero que pessoas como nós são manipuladoras
atribuídas. Eles nos gerenciam, nos preparam para qualquer trabalho
que precise ser feito, e nossas vidas estão em suas mãos. Meu treinador
me fodeu ao relatar que eu seria inútil no meu trabalho depois de ser
capturada e torturada. Na verdade, fui traída por seu contato, e era a
única que poderia provar isso. Então ele não queria que eu voltasse. Os
chefões iam me deixar lá para morrer, e teria acontecido, se sua irmã não
tivesse vindo atrás de mim. Ela se importou o suficiente para arriscar
consequências graves quebrando ordens diretas e me tornando parte de
sua missão. Inferno, ela arriscou sua vida para me resgatar.”
“As pessoas em nossa linha de trabalho não vivem se nossos
encarregados executam um comando como o meu fez. O treinador de sua
irmã foi a primeira pessoa que vi quando acordei, depois que os médicos
trabalharam para consertar meu corpo. Eles só fizeram isso porque ele
me designou novamente como um de seus agentes. Ele me deu um
propósito, para que os chefões não mandassem a equipe médica 'puxar a
tomada', como dizem. Trabalho com ele e Anabel desde então. ”
"Por que você está me contando isso?" Embora Jessa estivesse
grata por Paris ter compartilhado tanto.
“Para que você entenda o quão próxima nossa equipe é. Aquele
homem que te derrubou e te passou o bilhete? Sua irmã o salvou
também. Ele levou vários tiros durante uma missão e sua própria equipe
o deixou para morrer. Anabel o viu cair e arrastou sua bunda
inconsciente para seu próprio transporte. Ela teve problemas por causa
disso, mas ela não se importou. Nosso tratador também o protegeu, e ele
teve o melhor atendimento médico possível. Anabel e seu treinador nos
Veslor Mates
fizeram uma equipe. Devemos tudo aos dois. Se não fosse eles,
estaríamos mortos. Somos todos órfãos sem família. Anabel é a única
com uma irmã. Mas pelo que sabemos... não há fundo de aposentadoria
em nosso pacote de benefícios. Trabalhamos até sermos considerados
muito feridos ou muito velhos para fazer o trabalho, e então bam. Se for
uma lesão que põe fim à carreira, há uma 'complicação cirúrgica'. Caso
contrário... acidentes fatais acontecem. ”
Jessa teve um mau pressentimento. "A Frota não teria deixado
Anabel ir, teria?"
“Não sei se teriam ou não.” Paris suspirou. “O rei Veslor fez os
chefões cagarem nas calças. Eles decidiram obedecer antes mesmo de
você ser chamada para aquela reunião. Não era como se eles tivessem
escolha. Anabel também deixa os chefões nervosos, por causa de tudo
que ela sabe e fez ao longo dos anos, desde que a ativaram. Suponho que
ela teria sofrido um 'acidente' antes de chegar até você. Mas os chefões
não têm a opção de matá-la... porque eles não a têm. ”
Isso chocou Jessa. “Ela está realmente de férias?”
"Não." Paris lentamente enfiou a mão no bolso da saia e retirou um
pedaço de papel. “Não tenho muitos detalhes, mas é aqui que ela
está.” Ela o estendeu.
Roth pegou antes que Jessa pudesse. Ele franziu a testa e passou
para Maith. Jessa arrancou dele, então foi sua vez de franzir a testa. O
papel continha coordenadas espaciais. Pelo menos ela achava que
eram. Sua atenção voltou para Paris.
“Quatro meses atrás, sua irmã foi enviada em uma missão. Estava
trabalhando em um cargueiro espacial civil. Não tenho ideia do por que
ou onde ela foi enviada depois. Eu só sei que é muito silencioso. Após
cinco semanas de trabalho, nossa supervisora recebeu uma mensagem
dela. Anabel teve que explodir o cargueiro, mas estava planejando pular
dentro de um casulo de sobrevivência para fazer uma viagem até o
planeta mais próximo. Ela relatou que sustenta a vida, mas é
primitivo. Essas coordenadas estão fora dos limites da Frota. Estamos
falando de um espaço controlado por Elths e Krirors. Nosso tratador
continua argumentando para enviar um resgate para tirar Anabel, mas
ele foi negado todas as vezes. Os chefões não correrão o risco de perder
um aviador da classe stealth ou uma tripulação completa por uma
operativa. Eles classificaram sua irmã como uma perda. "
Jessa sentiu uma série de emoções a inundando. Principalmente
raiva e pesar. “Não fui notificada.” Então o resto dos detalhes foi
absorvido. "Ela explodiu um cargueiro?"
"Sim. Novamente, não tenho detalhes. Apenas esses fatos. Nosso
tratador achou que essa informação poderia ser útil para você, se tentar
localizá-la. Ela estará em algum lugar no alcance de vôo do casulo
daquele cargueiro destruído. E você não recebeu um aviso de falecimento
porque nossa equipe não perdeu as esperanças de ter Anabel de
volta. Estávamos planejando contratar mercenários. Eles não são os
Veslor Mates
tipos mais confiáveis, mas são loucos o suficiente para aceitar tarefas
como voar em espaços perigosos se o suborno for alto o suficiente. Temos
tentado secretamente reunir os fundos para abordá-los. ”
Paris baixou a voz. “É uma sentença de morte para todos nós se os
chefões descobrirem que estamos pensando em fazer algo assim. Nosso
encarregado me enviou aqui semanas atrás, para permanecer perto de
você, caso os chefões o contornassem e enviassem uma ordem de morte
para você. Fui autorizada a dizer a verdade. Você merece mais do que
nunca saber o que aconteceu com Anabel. E estávamos preocupados que
você invadisse um banco de dados confidencial para encontrar
informações por conta própria, sendo presa no processo. Isso realmente
irritaria sua irmã. "
"Você sabe algo que eu possa fazer?" Jessa perguntou.
“Eu não sabia até recentemente. Mas nosso treinador sim. Eu fui
informada. Ele disse que Anabel estava preocupada com o que você faria
se ela morresse, e ela o fez prometer que tentaria impedi-la de cometer
traição para obter respostas.” Ela acenou com a mão pelo corpo. "E aqui
estou. Mas então você acasalou com um Veslor. " Paris olhou para Roth,
Gnaw, Maith e Drak. "Qual desses é seu?"
“Eu sou,” Maith respondeu.
Paris acenou com a cabeça. “Isso mudou tudo. Acabei de receber
uma ligação segura do meu gerenciador há menos de meia hora. Ele
ouviu o que estava acontecendo e me disse para vir até você agora. " Ela
deu uma olhada em Jessa. “Veslors viajam em áreas do espaço que os
humanos não se atrevem a pisar. Os Kriror são conhecidos por explodir
naves da Terra à primeira vista, e estamos basicamente em guerra com
os Elth... mas seu companheiro e seu povo podem ir atrás de Anabel,
agora que você sabe onde ela está.”
Jessa se virou para Maith.
Ele a puxou para seus braços. "Nós iremos."
“Não,” Roth afirmou imediatamente.
Jessa se afastou de seu companheiro para olhar para Roth. "Sim,
nós iremos. Essa é minha irmã!"
Ele encontrou seu olhar calmamente. “Não temos um navio
equipado para lidar com esse tipo de batalha se entrarmos em qualquer
uma das brigas... mas eu sei quem enviar.” Ele olhou para Maith em
seguida. "Os caçadores."
Jessa agarrou a camisa de Maith, agarrando-a. "Quem?"
Ele abaixou a cabeça, puxando-a para perto mais uma vez. “É um
agrupamento em que confiamos. Já trabalhamos com eles antes. O navio
deles é fortemente armado e eles recuperaram alienígenas roubados
muitas vezes de Elths e Krirors. ” Ele gentilmente afastou o cabelo de seu
rosto antes de segurar sua bochecha. “Eles são bons machos que sempre
Veslor Mates
encontram o que procuram. Vamos mandá-los atrás de Anabel. Eles vão

trazê-la para você. Para nós."
Jessa não sabia o que pensar. Ela estava muito chateada. “E se os
Elth ou Krirors a encontraram? E se Anabel foi capturada por eles? ”
“Os caçadores a encontrarão e a trarão de volta. É o que eles fazem
”, assegurou Maith. “Confie em mim, companheira. Roth está
correto. Esses homens são os únicos a enviar. Eles são os melhores em
seu trabalho. ”
Paris pigarreou. "Eu tenho que ir. Eu não posso ser pega aqui. E,
por favor, não me procure. Coloca a todos nós em risco sempre que nos
encontramos ou conversamos. Entrarei em contato se tiver mais notícias.
” Ela sustentou o olhar de Jessa. “Você está livre de seu contrato. Assim
como Anabel, uma vez que você a encontre. Nosso gerenciador já garantiu
que eles processaram a anulação de seu contrato, apesar de ser
considerada uma perda. Ele os convenceu de que ficaria bem se alguém
exigisse uma trilha de papel e disse que você ficaria desconfiada se não o
fizesse. Como manipulador de Anabel, os chefões o chamaram para
avaliar a melhor maneira de lidar com você.”
"Siga meu conselho. Assim que a passagem do seu companheiro
no Defcon Red terminar, leve o seu traseiro para um dos mundos natais
dos Veslor. A United Earth não está feliz por ter suas mãos atadas. Os
chefões não ousarão fazer nada com você agora... mas nosso treinador se
preocupa com o depois, quando sentirem que podem escapar impunes de
você tendo seu próprio acidente. Especialmente se você conseguir Anabel
de volta. Ela sabe demais. ”
Jessa se afastou de Maith e se aproximou de Paris. "Você realmente
acha que ela está viva?"
Paris sorriu. “Estamos falando de Anabel. Sua irmã é dura como
pregos, e se alguém pode sobreviver, é ela. Confie em mim. Ela meio que
se tornou uma lenda como aquela que sempre faz o trabalho. Isso
significa voltar viva. ”
“Eu tenho tantas perguntas,” Jessa admitiu.
"Pergunte todas a sua irmã quando a vir." Paris colocou a viseira
de volta sobre os olhos. “Se alguém quiser saber quem era o sua visitante,
nós fomos para o colégio interno juntas, Abby. Sou Paris Holden. ”
Abby franziu a testa. "Não, você não é. Eu me lembro dela."
Uma risada escapou de Paris. “Eu sou ela por agora. Ela está
atualmente em uma clínica de saúde cara, mas altamente confidencial,
passando por uma extensa cirurgia plástica, depois que seu terceiro
marido rico pagou para que ele pudesse ficar com a mulher muito mais
jovem que ele engravidou. Trocamos de identidade temporariamente
enquanto ela está fora do caminho. É um bom disfarce para outra
semana, mas então terei que me tornar outra pessoa quando ela puder
retomar sua vida em público. ”
Paris se virou para sair.
Veslor Mates
“Obrigada,” Jessa disse a ela. “Agradeça ao seu treinador e à sua

equipe também.”
A mulher parou junto à porta. “Traga Anabel de volta e mantenha-
a protegida dos chefões. Isso é todo o agradecimento de que
precisamos. Sempre quis retribuir a ela por salvar meu traseiro. Agora
eu tenho que ir."
Então Paris se foi.
Lágrimas rolavam pela bochecha de Jessa quando ela se virou para
Maith, abraçando sua cintura. Ele a segurou com força e deu um beijo
no topo de sua cabeça. "Nós a traremos de volta."
"Nós vamos." Roth prometeu. “Estou entrando em contato com os
caçadores agora. Jessa? Preciso de tudo que você pode me dizer sobre
sua irmã. Eles vão precisar de detalhes para ajudá-los a identificá-la. ”
“Eu tenho uma foto de Anabel escondida dentro do meu kit
médico. Está nove anos desatualizada, mas é um close de seu rosto. Ela
não poderia ter mudado tanto. ”
“Pegue-a” ordenou Roth. “Vou mandar uma mensagem aos
caçadores de que tenho um trabalho prioritário para eles. Espero que eles
respondam rapidamente. ”
Maith foi quem recuperou seu kit médico. Todo o seu grupo se
reuniu em sua sala de estar quando ela o pegou dele e colocou na mesa
mais próxima. Ela o abriu, removendo todos os suprimentos para acessar
o compartimento secreto. Não era um espaço grande e era super
estreito. Sua preciosa fotografia foi guardada lá o tempo todo.
"Esta é Anabel", ela disse a eles, trazendo-a para fora e olhando
para a foto. Grandes olhos verdes a encaravam de um rosto sem
maquiagem. O cabelo preto de Anabel tinha sido cortado rente à
cabeça. Uma pequena cicatriz marcava sua testa. Era do acidente
quando elas ficaram órfãs. Uma mancha menor poderia ter sido
facilmente consertada, mas Jessa suspeitou que tinha sido deixada de
propósito como uma lembrança do passado.
"Ela é linda. Se parece com você. " Maith colocou o braço em volta
da cintura de Jessa.
"Ela vai estar mais velha agora." Ela hesitou, então entregou a
Roth. "É tudo o que tenho dela, além do meu kit médico."
Roth a aceitou cuidadosamente. “Vou copiar esta imagem e enviá-
la aos caçadores.” Seu olhar dourado continha sinceridade. "Eles vão
encontrá-la e trazer sua irmã para casa."
Lágrimas inundaram os olhos de Jessa, fazendo-a enterrar o rosto
no peito sólido de Maith novamente. A ideia de ganhar sua liberdade
finalmente, mas Anabel não fazer parte disso, doeu
profundamente. Quem quer que fossem aqueles caçadores Veslors... ela
esperava que eles pudessem encontrar sua irmã.
Veslor Mates
“O agrupamento vai trazê-la até nós,” Maith prometeu, abraçando

Jessa com força. Era quase como se ele tivesse adivinhado seus
pensamentos.
"Podemos ir para o nosso quarto?" Ela não queria quebrar mais na
frente do resto do grupo. Eles podem ser uma família, mas levaria tempo
para se ajustar a ter pessoas ao redor que se importavam. Ela ficou um
pouco envergonhada por suas lágrimas. Ela passou a maior parte de sua
vida tentando esconder suas emoções, além da raiva ou indiferença. Foi
a única maneira que ela conseguiu se proteger por tanto tempo.
Maith fez o inesperado ao pegá-la nos braços. "Vou confortar minha
companheira."
Jessa manteve o rosto pressionado contra Maith até que ele a
carregou para o quarto e ela ouviu a porta se fechar. "Eu sinto muito. Eu
deveria estar comemorando por ficar livre do meu contrato, mas... ”
"É compreensível. Eles prometeram a você Anabel, mas
mentiram. Eles não tinham intenção de transportá-la para nós. ” Ele
rosnou. “Não gosto dos seus líderes”.
“Nem eu, mas não culpe todos os humanos. Nem todos nós somos
paus. ”
Ele deu uma risadinha. "Essa palavra eu conheço." Ele se sentou
na cama com ela em seu colo. "Olhe para mim."
Ela estendeu a mão e enxugou o rosto, antes de levantar a
cabeça. Seus olhos verdes eram lindos e ela viu preocupação em seu
olhar enquanto eles se encaravam.
“Nós vamos pegar Anabel. Você ouviu aquela mulher. Sua irmã é
dura como pregos. Não sei como isso é considerado duro, já que as
garras¹ dos seus dedos não são fortes ou afiadas o suficiente para causar
qualquer dano real. É uma coisa humana? O seu povo tem medo de
pequenos arranhões? ”
¹A palavra em inglês ‘nail’ pode significar tanto ‘unha’, como ‘prego’
Isso fez Jessa rir. “Ela não quis dizer unhas. É um pequeno pedaço
de metal afiado em uma das pontas. Você atinge a outra extremidade com
algo rígido para colocá-lo em uma superfície sólida. Eles são usados para
apoiar coisas, ou para manter algo unido. ”
"Isso faz mais sentido." Ele estendeu a mão e segurou seu
rosto. "Você é meu coração. Eu estou aqui para você, independentemente
do que aconteça. Você nunca estará sozinha."
"Eu também te amo."
Ele sorriu. "Eu amo você. Isso é você sendo meu coração. "
"Eu entendi. Você pode fazer aquele barulho estrondoso? Acho
muito reconfortante. ”
Veslor Mates
"Eu farei qualquer coisa por você, companheira." Então ele a

aconchegou e começou a fazer exatamente o que ela havia pedido.
Veslor Mates
Capítulo Dezoito
Jessa acordou encasulada contra o corpo grande e muito quente

de Maith. Ele foi incrível na noite passada. Deveria ter sido uma noite
comemorada com muito sexo, mas isso não aconteceu. Ele os deixou nus
e se enrolou em volta dela, fazendo aquele barulho calmante. As
vibrações de seu peito contra suas costas e seu calor a colocaram
rapidamente para dormir.
Ele a abraçou a noite toda e ela não teve pesadelos. Ela sabia que
era porque ele a fazia se sentir segura e amada.
Jessa tinha muito a agradecer. Mas ainda tinha sido devastador
pensar que ela finalmente seria capaz de ver sua irmã... apenas para
saber que Anabel estava sozinha em algum lugar. Possivelmente sendo
mantida em cativeiro por duas raças alienígenas que ferem humanos.
Ela se lembrava exatamente de como tinha sido quando os Elth a
sequestraram e a outros membros da Frota de sua nave depois de visitar
aquele planeta de poeira. Suas mini férias se transformaram em
terror. Eles foram presos, programados para se tornarem cobaias
experimentais para os alienígenas. Ela honestamente não tinha pensado
que eles seriam resgatados. Os alienígenas eram muito mais avançados
do que os humanos. Os Elth poderiam ter voado para o espaço profundo
onde a Frota não poderia seguir. Teria sido suicídio para qualquer navio
que tentasse.
Anabel poderia estar na mesma situação agora, trancada,
assustada, pensando que a ajuda nunca virá. Os Krirorsm era ainda
piores do que os Elth. Menos se sabia sobre eles, exceto que eram
altamente hostis. Três infelizes naves da United Earth entraram em
contato acidental com eles. Todos as três foram destruídas, junto com
toda a vida a bordo. Eles não fizeram prisioneiros ou mostraram qualquer
misericórdia. Os registros de dados recuperados dessas embarcações
provavam isso.
Krirors também haviam perseguido embarcações tentando fugir,
uma vez que atacadas sem provocação.
Os braços de Maith de repente se apertaram ao redor de Jessa, e
ele acariciou sua cabeça. "Companheira, o que há de errado?"
Ela amava sua voz rouca matinal. "Só pensando."
"Os caçadores encontrarão sua irmã."
"Não se os Krirors ou os Elth a tiverem encontrado primeiro."
"Duvido que eles se incomodassem."
Ela virou a cabeça, olhando para ele. Eles deixaram as luzes baixas
a noite toda. "O que te faz pensar isso?"
Veslor Mates
“A mulher disse que sua irmã planejava ir para um planeta

primitivo. Não há nada para qualquer raça roubar em um deles. Eles não
se incomodariam em parar e explorá-lo. ”
"Oh." Isso a fez se sentir melhor. Levemente. Ela acariciou o peito
de Maith. A textura aveludada cobrindo seu corpo firme era muito
tentadora para resistir a correr sua mão, outra coisa que a acalmou.
Um gemido baixo veio dele. “Eu quero você, Jessa. Pare, a menos
que você me queira também. "
Ele já estava excitado. Jessa se sentou e puxou o cobertor para
baixo de seus quadris. “Deixe-me explorar primeiro.”
"Não toque na minha vara se espera paciência de mim."
Ela riu. “Vara, hein? Eu posso ver por que você o chama
assim. Como eu disse, nada em vocês, Veslors, é pequeno. ” Ela não pôde
evitar fazer extamente o que ele disse a ela para não fazer, enquanto ela
estudava seu pênis. Tinha veias enrugadas e a cabeça vazava um líquido
claro. Ele deslizou lentamente para baixo, revestindo o exterior. Ela
correu um dedo ao longo do eixo grosso para ver como era seu pré-
sêmen. Estava quente e muito escorregadio. Os machos Veslors
produziam sua própria lubrificação. Ela achou isso muito legal.
"Você sabe que vou ter que provar você aqui."
Maith se afastou e se sentou. Sua boca tomou posse da dela. Jessa
abriu para ele. Ela amava a maneira como ele a beijava. Havia tanta
paixão. Ele a puxou de costas, prendendo-a embaixo dele. Ele teve o
cuidado de não esmagá-la sob seu peso.
Ele era todo boca, língua e mãos errantes. Jessa gemeu e se
envolveu em torno dele. O fato de que ele a prendeu só aumentou sua
excitação. Sexo com Maith parecia um esporte de contato de corpo
inteiro. Altamente prazeroso, enquanto ele se esfregava contra ela. Sua
haste rígida massageava seu clitóris enquanto ele lentamente empurrava
seus quadris. Gemidos saíram de sua garganta. Ele sabia como fazê-la
sofrer por ele.
Seus lábios deixaram sua boca e ele foi para sua garganta. A
sensação de sua língua quente e suas presas beliscando levemente e
arranhando sua pele aumentaram sua necessidade ainda mais.
Ele a forçou a liberar o aperto em seus quadris para deslizar mais
para baixo, sua boca explorando seu seio direito. Jessa arqueou as
costas, se contorcendo embaixo dele. Ele chupou seu mamilo e usou suas
presas para mordiscá-la. Isso causou uma onda de dor prazerosa que
atingiu seu clitóris. Ela sentiu falta da pressão de seu pau contra ela.
"Foda-se", ela ofegou. “Eu quero você dentro de mim já. Agora!"
Maith fez aquele barulho retumbante em seu peito e ao invés de
fazer o que ela pediu, soltou seu mamilo para ir atrás do outro.
Jessa espetou os dedos em seu cabelo grosso para trás,
conseguindo uma boa pegada. “Maith! Agora."
Veslor Mates
Ele chupou seu mamilo com força, fazendo-a se contorcer. Em

seguida, tentou descer mais para baixo em seu corpo.
Jessa puxou seu cabelo. "Eu preciso de você agora , droga!"
Ele ergueu a cabeça, seus olhos verdes semicerrados. Sua boca se
abriu para mostrar suas presas para ela. "Eu vou provar você."
“Mais tarde,” ela se mexeu com mais força sob ele. "Dentro de
mim. Agora. Por favor! Tudo é muito novo e você é muito bom em me
tocar. Aprenderemos a ir mais devagar muito mais tarde. ”
Ele resmungou, mas levantou um pouco o corpo.
Isso deu a ela espaço suficiente para rolar, planejando ficar de
joelhos no segundo que Maith se endireitasse. Com Veslors tendo um
yunce, ela já descobriu que era a posição mais agradável para ela. Não
apenas ele poderia estar dentro dela, mas seu clitóris receberia a mesma
estimulação - e ela queria isso.
Maith a surpreendeu abaixando o corpo de repente, pressionando-
a contra o estômago. “Espalhe,” ele exigiu.
Sua áspera exigência a fez fazer o que ele pediu. Ele imediatamente
pressionou sua vara contra ela e empurrou. Entre estar excitada e o
lubrificante de Maith, não houve resistência. Ela mal reconheceu esse
fato antes que ele impulsionasse seus quadris para cima, fazendo-a
tomar tudo dele.
Um gemido alto saiu de Jessa, e ela agarrou a roupa de cama em
busca de algo para se agarrar. Maith começou a foder com força e
profundamente, seu yunce bem lubrificado cavalgando seu clitóris. Jessa
fechou os olhos com força e apenas deixou o êxtase passar por ela. Seu
clímax cresceu rápido, e quando a atingiu, ela gritou contra o colchão.
Um rosnado saiu de Maith quando ele gozou. Ela sentiu seus
quadris empurrarem violentamente contra sua bunda, então ela estava
sendo aquecida por dentro por sua semente. Ele gradualmente diminuiu
o ritmo, sem pressa bombeando até a última gota nela antes de
finalmente se acalmar.
Ambos estavam respirando pesadamente quando ele ajustou os
braços e os apoiou ao lado dela, para tirar um pouco do peso de suas
costas. Jessa virou a cabeça e sorriu. "Eu não tinha nenhuma chance de
resistir a você."
Maith se inclinou e acariciou a cabeça dela com o queixo. "O que
isso significa?"
“Você é muito bom nisso. Inferno, em tudo. ”
Ele deu uma risadinha. "Somos bons juntos ."
Ela ergueu um pouco a cabeça e se retorceu, tentando ver melhor
o rosto dele. Ele se moveu para que ela pudesse, seus olhares se
travando. Um pouco de insegurança atingiu Jessa do nada. "Você não se
importa que eu seja humana?"
Veslor Mates
Ele parecia confuso. "Você é perfeita do jeito que é."

“Eu aprendi algumas coisas sobre os hábitos de acasalamento
Veslor. Eu sei que suas mulheres os envolvem em uma briga antes do
sexo, para fazer vocês provarem que são o dominante e mais forte. ”
“Nossas fêmeas testam nossas habilidades para ter certeza de que
somos capazes de protegê-las melhor do que elas mesmas, já que os
companheiros têm filhotes. Elas buscam instintivamente essa força em
um companheiro. Se o macho vencer, ela espera que ele prove sua
capacidade de lhe dar prazer copulando. É assim que uma mulher decide
se ele é digno de se tornar seu companheiro. "
“Você só tem que me tocar e eu estou implorando para você me
levar. Isso não é exatamente um desafio para você. ”
A raiva brilhou em seu rosto, e ele gentilmente se retirou de seu
corpo. Jessa se arrependeu de ter tocado no assunto. Ele rolou para o
lado dela e rapidamente a agarrou. Ele a puxou metade para cima dele,
então a parte superior de seu corpo acabou esparramada em seu peito,
seus rostos juntos. Ele segurou o rosto dela com as duas mãos.
"Você é perfeita. Ouça-me, Jessa. Perfeita. Sou grato por você não
lutar comigo primeiro. Que não estou com dor quando monto você. O
prazer é maior com você. Sou grato por você não ser uma mulher
Veslor. Você ouve minhas palavras? Isso é melhor. Você é certa para
mim. Estou feliz e só quero você. ” Sinceridade completa brilhava em seus
olhos verdes e no tom sério de sua voz.
"Eu te amo", ela deixou escapar.
"Eu também te amo. Nunca questione o que temos. Nunca. ” Ele
roçou sua boca contra a dela em um beijo doce. Então ele sorriu,
mostrando suas presas. "Você é tudo o que eu sempre sonhei em
encontrar em uma companheira."
"Mesmo se eu fizer muitas perguntas e às vezes irritar você?"
Ele riu. “Este é o meu desafio.”
Ela riu com ele. "Vou tentar ser menos irritante se você evitar ser
um idiota rabugento."
Ele soltou seu rosto e abaixou a mão, batendo suavemente em sua
bunda com a palma da mão grande.
Ela se assustou, embora não doesse. "Ei!"
Ele riu de novo. “Há muito tempo queria fazer isso.”
"Eu aposto. Eu te deixei louco, não foi? "
"Sim." Ele acariciou sua bunda em seguida. “Você deiou, mas me
excitou ao mesmo tempo. Isso é o que me deixou mal-humorado. ”
“O mesmo,” ela admitiu. "Você é sexy demais para o meu próprio
bem."
Veslor Mates
“Eu costumava fantasiar sobre beijar você para silenciar sua boca
quando você me insultava. Também me perguntei se você gostaria que
eu colocasse minha boca entre suas coxas.
Jessa sentiu seu corpo responder. Ele era muito bom com aquela
boca. Ela estava prestes a beijá-lo quando a porta zumbiu. Ela torceu a
cabeça, olhando para ele. Então ela rolou de cima de Maith para pegar
as cobertas descartadas. Ela nunca perguntou se Veslors simplesmente
invadiam os quartos. Por mais que ela gostasse de fazer parte de seu
grupo, isso não significava que ela queria ser pega totalmente nua com
seu companheiro logo após o sexo por qualquer um deles.
Maith rolou para o outro lado e saiu da cama. "O que está errado?"
Ela se cobriu e se sentou. "Será que algum deles simplesmente
entrará?"
"Não. Temos limites de privacidade. ” Ele caminhou até uma
cômoda e abriu uma gaveta, retirando um par de calças de treino. Ele as
vestiu e foi até a porta, abrindo-a.
Jessa viu Roth. Maith olhou para ela antes de se afastar,
convidando Roth para entrar. Jessa apertou o cobertor com mais
força. Ela fez uma nota mental de que Veslors não eram nem um pouco
tímidos. Vera entrou atrás dele. Nenhum dos dois parecia incomodado
por ela estar encolhida na cama, e era óbvio o que eles estavam
fazendo. Provavelmente. Ela imaginou que eles poderiam adivinhar, de
qualquer maneira.
Roth encontrou seu olhar. "Falei com os caçadores e os contratei
para encontrar Anabel."
"Já? Achei que você viria me buscar quando eles ligassem de volta.
" Ela queria conhecer os caçadores Veslor e falar com eles.
“Eles tiveram dificuldade em obter um sinal sólido para nós.” Roth
olhou para Maith. "Eles aceitaram a recompensa depois que eu deixei
claro que a fêmea é irmã de sua companheira." Ele segurou o olhar de
Jessa. “Os machos estavam em outro trabalho, mas eles o largaram. Eu
sabia que eles fariam recuperar sua irmã sua única prioridade. Eles têm
tudo o que precisam para encontrá-la. ”
Jessa lutou para se enrolar no cobertor e sair da cama. Maith
correu para o lado dela para ajudar. Ela se levantou e se aproximou de
Roth. “Você disse recompensa? Minha irmã não é uma criminosa. ”
“Uma recompensa é o que Veslors chamam por ir atrás de
alguém. Não apenas criminosos. E temos viajado muito. Eu reconheci
qual sistema aqueles números representavam. Os caçadores estão
mudando de curso e devem alcançá-lo em alguns dias. Eles vão localizar
sua irmã e trazer Anabel para nós.”
Jessa esperava que eles encontrassem sua irmã
rapidamente. "Quantos dias? Eles disseram? "
Veslor Mates
Roth balançou a cabeça. “Eu estimaria três ou quatro. Talvez

cinco, considerando a origem do sinal. ”
"Eles nos avisarão imediatamente quando a encontrarem?"
Maith deu um passo para o lado de Jessa e passou o braço em volta
de sua cintura, chamando sua atenção. “Eles podem ter que voar mais
perto para que possamos pegar suas transmissões. Os humanos têm
satélites no espaço que você frequenta, para ajudar os sinais a viajarem
mais rápido, mas outros não são bem-vindos para usá-los. ”
“Abby nos ajudou a estabelecer contato de vídeo ao vivo com o outro
grupo Veslor usando seus satélites de Frota. Do contrário, só teríamos
sido capazes de enviar mensagens que demorariam horas para chegar até
eles e esperaríamos o mesmo tempo pela resposta, certo? ” Vera olhou
para Roth para confirmação.
Roth acenou com a cabeça para sua companheira, antes de dar
uma olhada em Jessa. “Os caçadores têm a imagem dela e eu
compartilhei o que sabíamos. Eles vão procurar o cargueiro humano
destruído e um planeta que seu casulo poderia ter alcançado. Esses
machos são altamente qualificados e não vão parar até que recuperem
Anabel. O líder deles me deu seu voto. ”
E os Veslors sempre mantêm sua palavra , Jessa lembrou-se
mentalmente. Isso a fez se sentir melhor. "Obrigada por me avisar."
“Teremos a primeira refeição em breve.” Roth sorriu para
eles. "Juntem-se a nós."
"Sairemos em breve."
Com a resposta de Maith, o casal saiu do quarto.
Jessa se pressionou contra Maith. Estava se tornando seu hábito
favorito.
“Sua irmã estará conosco em breve. Roth está correto. Esses
machos não vão parar até que encontrem Anabel. "
"Obrigada." Ela sorriu para ele.
“Vamos nos vestir e comer.”
"Precisamos de um banho."
"Precisamos?" Ele deu a ela um sorriso diabólico. "Eu gosto do meu
cheiro em você."
Ela deu um soco de brincadeira em seu peito. "Sim, precisamos."
“Tudo bem,” ele rosnou, mas a diversão iluminou seu olhar.
"Você toma banho primeiro e eu vou depois."
“Nós poderíamos fazer isso juntos.”
Era tentador. “Nós vamos acabar fazendo sexo. Eu estou com
fome. Vá tomar banho e eu tomarei uma chuveirada rápida quando você
voltar. "
Veslor Mates
"Você pode ir primeiro."

"OK." Ela olhou para o cobertor enrolado em volta dela. "Acho que
devo me vestir para ir ao banheiro."
"Não há necessidade. Não somos humanos. Já vi alguns dos
companheiros usarem cobertores para se cobrirem enquanto pegam
comida na cozinha, embora a nudez não seja estranha ou vergonhosa
para nós. Significa apenas que gostamos de manter nossos cônjuges nus
e satisfeitos. ”
Jessa concordou. "Eu sou uma Veslor agora."
"Você é. Ande com orgulho até o banheiro. ”
"Eu vou."
Ela o soltou e ergueu o queixo. Então ela orgulhosamente saiu de
seu quarto. Abby, Drak, Darla, Gnaw e os filhotes gêmeos estavam na
sala de estar. Roth e Vera estavam na cozinha. Jessa agarrou seu
cobertor com um pouco mais de força e acenou, aceitando seus
cumprimentos. Nenhum deles agiu como se seu traje fosse estranho ou
errado.
Ela tomou banho rápido, pensando que precisava descobrir onde
estavam seus produtos pessoais. O limpador de cabelo que ela usava não
era ruim, mas gostava mais do dela. Ela ouviu a porta abrir assim que
ela estava terminando e engasgou, olhando para fora do chuveiro.
Maith sorriu para ela e colocou as roupas dobradas no balcão. "Eu
trouxe algo para você vestir." Ele tirou as calças.
A visão dele nu a fez sair do chuveiro e agarrar uma
toalha. "Provocador."
"Você poderia voltar para o chuveiro comigo."
“Comida primeiro.”
Ele resmungou, mas entrou no chuveiro, mergulhando a cabeça na
água. Jessa se secou e colocou as roupas que ele trouxe para ela. Elas
eram de sua cabana. Isso respondeu a questão de saber se eles moveram
suas coisas. Ela não as tinha visto no quarto de Maith, mas também não
tinha realmente procurado.
Ela saiu do banheiro e caminhou descalça até a cozinha. "Posso
ajudar?"
Foi Vera quem respondeu de sua cadeira no balcão. Ela sussurrou
em voz alta: “Nossos companheiros preparam a maior parte da nossa
comida. Eles gostam de nos estragar. ”
Roth lançou-lhe um olhar carinhoso. “É nossa honra. Relaxe e
cresça meu filhote. ” Ele amorosamente olhou para sua barriga
arredondada.
Isso lembrou Jessa de que ela precisava fazer um teste de
gravidez. A Frota deu a ela um implante de controle de natalidade, mas
Veslor Mates
eles foram projetados para humanos. Ela ainda tinha certeza de que o
resultado seria negativo. Por outro lado, os implantes duravam apenas
dez anos. Ela foi implantada aos dezesseis anos. Em um mês, ela teria
que renová-lo quando expirasse.
“Eu posso arrumar a mesa,” Jessa ofereceu.
Drak estava de repente lá, abrindo os armários da cozinha. Gnaw
o ajudou. Eles puseram a mesa. Roth sorriu para ela. "Vamos comer em
dez minutos."
O que quer que estivessem cozinhando cheirava bem. Eles não
estavam usando o reaquecedor, então tinha que ser todos ingredientes
frescos. Jessa se perguntou se seria algo de um dos mundos natais dos
Veslor. Ela estava prestes a perguntar quando Maith saiu do banheiro.
Ele vestiu outro par de calças largas de treinamento e uma
camiseta que era justa o suficiente para mostrar seus ombros
musculosos, braços e peito. A vontade de sorrir atingiu Jessa, e ela não
resistiu. Ela tinha um companheiro sexy.
Ele veio até ela. "Você está feliz. Estou feliz."
"Eu estou." Ela repetiu as palavras de Roth. Eles tinham dez
minutos. Ela teve uma ideia e agarrou a mão de Maith. "Já
voltamos." Então ela puxou sua mão, correndo em direção à porta de
saída da cabana de sua família.
Maith não resistiu. "Onde estamos indo?"
"Fora. Brevemente."
“Não estamos usando calçados.”
"Eu não me importo. Não é obrigatório. ” Eles deixaram a
cabana. Alguns membros da tripulação estavam no corredor, mas Jessa
os ignorou enquanto eles passavam. “Estamos fazendo uma viagem
rápida ao meu laboratório.”
"Por que?"
Jessa não respondeu até que eles alcançaram o elevador. Duas
outras pessoas o compartilharam. “Eu tenho um teste para fazer.” Ela
encolheu os ombros para ele. "Eu quero saber."
Sua resposta surpreendeu Maith. Seus olhos se arregalaram e ele
rapidamente olhou para o estômago dela. Então ele sorriu para ela.
“Provavelmente não será possível por pelo menos mais alguns
meses”, alertou ela em Veslor. “Meu implante está bom por mais um
mês.” Ela não queria ser mais específica, já que a equipe era uma grande
fofoqueira. Ela sacudiu a cabeça em direção a eles para que Maith
entendesse por que ela havia mudado de idioma.
Ambos os tripulantes estavam boquiabertos para ela. Ouvir um
humano fazendo aqueles ruídos não era algo que eles provavelmente já
haviam testemunhado antes. Ou esperado. Ela entendia.
Veslor Mates
Um pouco da felicidade sumiu de seu rosto. "Eu quero que você

carregue meu filhote."
"Eu também."
O elevador abriu no nível deles e eles saíram. Ela continuou
segurando a mão dele e teve que usar seu implante para invadir seu
laboratório. Ela falou em inglês assim que entraram. “Eu realmente
preciso atualizar meu novo implante ocular para ter meu scanner de volta
e, em seguida, salvar a impressão na fechadura da porta.”
"Vou ajudá-la a fazer isso mais tarde hoje, se desejar."
Ela soltou a mão dele e acessou a gaveta onde guardava o teste de
gravidez Veslor que havia criado, puxando-o para fora. Então ela
enfrentou seu companheiro. "Vou mandar rodar cinco vezes." Seu
coração disparou. "Para ter certeza. Posso remover meu implante hoje se
você quiser começar uma família imediatamente. ”
"Eu quero."
Não houve hesitação de sua parte. "OK." Ela segurou o dispositivo
em uma mão e empurrou o dedo na ponta do outro lado, ativando-o para
tirar seu sangue. Uma agulha a picou rapidamente, então um spray
desinfetante acalmou o furo. Ela retirou o dedo e agarrou o dispositivo
enquanto executava os testes.
Maith foi para trás dela e passou os braços a sua volta, baixando o
queixo para descansar em seu ombro. "Quanto tempo?"
“Os resultados devem aparecer a qualquer momento. É rápido."
“Você é uma mulher muito inteligente. Fiquei surpreso quando
você criou um teste de gravidez Veslor. ”
"Eu-"
Os resultados a silenciaram enquanto ela lia o resultado de todos
os cinco testes na tela pequena.
Ela quase deixou cair o dispositivo. Mas Maith de repente estava
segurando também. Ele o ergueu mais alto, como se quisesse ver
melhor. Então ele o arrancou de suas mãos, colocou-o na superfície mais
próxima e a girou.
Jessa se viu levantada e sendo abraçada com força por seu
companheiro.
“Vamos ter um filhote!” ele quase rugiu, a alegria transformando
seu rosto.
Ela estava grata por ter um implante ocular, já que seu olho natural
estava muito cheio de lágrimas para vê-lo claramente. Ela estava sem
palavras. Todos os cinco testes deram positivo. Todos os cinco. Não havia
dúvida.
"Jessa, me diga que você está feliz."
Veslor Mates
Ela colocou os braços em volta dos ombros dele e acenou com a

cabeça. "Eu estou."
Ele caminhou com ela até chegarem ao leito médico e colocar a
bunda dela nele. "Deite-se."
Ela hesitou. "Não."
Sua alegria se transformou em uma carranca.
"Eu sei que você quer fazer uma varredura para descobrir quantos
filhotes estou carregando." Ela sorriu então, quando começou a entender
que ela se tornaria mãe. “Eu também... mas eu quero esperar até que
Anabel esteja conosco antes de fazermos uma varredura profunda. Tudo
bem? Eu quero que ela faça parte disso. ”
Ele segurou seu rosto e a beijou. “Devemos convidar nosso grupo
também.”
"Sim."
"Vamos esperar. Toda a nossa família estará presente quando
virmos pela primeira vez o nosso filhote ou filhotes. Você é uma mulher
tão inteligente e carinhosa. "
Ela jogou os braços ao redor dele, sentindo-se oprimida por muitas
emoções. Felicidade, gratidão por ele ter entrado em sua vida e uma
alegria inacreditável por terem uma família juntos. Ela estava grávida!
Maith a abraçou com força e recuou. “Devíamos ir contar ao nosso
grupo.” Seu olhar caiu para seu estômago. “Você precisa ser
alimentada!” Ele de repente a pegou em seus braços, correndo em direção
às portas de saída de seu laboratório.
"Ponha-me no chão, Maith."
"Não." Sua voz se aprofundou. "Eu vou estragar você,
companheira."
Ela colocou os braços em volta do pescoço dele, apenas curtindo o
passeio enquanto ele os levava de volta para o elevador. Mais membros
da tripulação ficaram olhando. Jessa encontrou seus olhares e
sorriu. Ela não se importava com o que eles pensavam. Seu companheiro
a estava levando para casa para alimentá-la.
Seu agrupamento estava sentado à mesa quando eles entraram.
Roth se levantou. "Jessa está machucada?"
"Não. Eu só queria carregar minha companheira. ” Maith estufou o
peito, parecendo presunçoso. "Ela precisa ser alimentada."
“Estávamos esperando vocês dois voltarem antes de atacarmos”,
disse Vera. "Onde vocês foram?"
“Vamos ter um filhote!” Maith deixou escapar.
Jessa viu olhares de surpresa, choque e, em seguida, felicidade
absoluta. Todos, exceto os filhotes, deixaram a mesa para correr para
eles. Mais uma vez, Jessa se viu no meio de um grande abraço coletivo.
Veslor Mates
Foi quando ela soube que tudo ficaria bem. Ela finalmente fazia
parte de uma família e tinha o amor de um homem bom. Eles seriam
felizes.
E ela tinha fé que logo Anabel seria encontrada.
Veslor Mates
Sobre a autora
Autora do best-seller do NY Times e do USA Today
Sou esposa, mãe e autora em tempo integral. Tive a sorte de

passar mais de duas décadas com o amor da minha vida e espero
por muitos, muitos mais anos com o Sr. Laurann. Sou viciado
em café gelado, uma ou outra barra de chocolate (ou duas) e tento
dormir pelo menos cinco horas à noite.
Amo escrever todos os tipos de histórias. Acho que a melhor parte

de escrever é o fato de que a vida real é sempre incerta, sempre
jogando coisas em nós sobre as quais não temos controle, mas
ao escrever você pode ter certeza de que sempre haverá um final
feliz. Eu amo isso em ser um autor. Minha parte favorita é
quando me sento na mesa do meu computador, coloco meus
fones de ouvido para ouvir música alta para bloquear tudo ao
meu redor, para que eu possa criar mundos na minha frente.
Para obter as informações mais atualizadas, visite meu

website. www.LaurannDohner.com

05 - The Torid Affair

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Veslor Mates

The Torid Affair

Veslor Mates - Livro Cinco

Por Laurann Dohner

Quando os distúrbios estouram no planeta Torid, a

O médico Veslor, Maith, há muito se incomoda com a

À medida que o perigo se aproxima, não é apenas o dever

Lista da Série Veslor Mates

O incidente do viajante Gorison

The Torid Affair por Laurann Dohner

Editor: Kelli Collins

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. A reprodução ou

A violação criminal de direitos autorais é investigada pelo FBI e é

Todos os personagens e eventos deste livro são fictícios. Qualquer

“D ra. Brick, traga sua bunda aqui! "

Jessa cerrou os dentes e fantasiou dar um soco em Carlton George

Depois de passar três dias no planeta, Jessa acreditava totalmente

Jessa deu a ele um sorriso de lábios apertados. “Essa

“Tive alguns estudos iniciais e me formei em medicina pouco antes

Ela revirou os olhos e guardou o scanner. Ele estava

Jessa jogou a mão no ar, emitindo alguns sinais. Então ela

Maith arqueou uma das sobrancelhas para ela enquanto o médico

Jessa cruzou os braços sobre o peito. “Você chama isso de ser

O louco Veslor estava prestes a beijá-la! Ela estava chocada demais

M ichael encontrou Jessa assim que ela saiu do turno. O loiro

de volta para baixo de sua cama e se dirigiu para o ponto de

residentes são supostamente atribuídos a um determinado local para ir

olho. Eu tinha apenas oito anos quando me machuquei, então,

detritos. Sua Frota a envia em missões de resgate se edifícios desabarem?

fechadura, tentando senti-la com o implante. “Não há nenhum sinal com

“Precisamos da médica agora”, exigiu o guarda. "O governador quer

Os guardas baixaram as armas. Um deles, o homem que parecia

maiores.” Ela olhou ao redor, franzindo a testa. “Duas sacolas de roupas

J essa desviou o olhar, principalmente contando os ladrilhos da

pacientes humanos. Ela praticamente teve que implorar ao chefe de

Jessa estava perto de finalizar uma droga paralisante que

cobertos, ela empurrou o vidro. "Você pode usar a pia enquanto eu me

Ela encolheu os ombros. "Obrigado por me defender."

Maith administrou analgésicos ao humano e reajustou o ombro

eu cuide de você. Eu sou um médico qualificado trabalhando para sua

O filhote olhou para baixo. "Elsa achou que poderia estar

Ele a deixou para ir tratar outro humano. Sua braçadeira vibrou e

“E u realmente espero que eles venham prender o governador

“Eu sei o porquê é uma regra. Os civis podem se voltar contra

Ela se levantou, descartando seu lixo antes de encontrar seu olhar

Jessa se lembrou de onde eles estavam. Ela se afastou e ele a

deve procurar a definição de eficiente, já que você obviamente não tem

Maith terminou de repassar a informação para Roth. Seu líder de

“Não sabemos em quem mais confiar. Boyd está morrendo! ” um

"Sim. Estamos indo para o bunker. É o único lugar seguro para

“Ele é um Veslor, e é isso que estamos falando. Inglês não é sua

J essa odiava o homem inconsciente esparramado na mesa de

Jessa voltou a trabalhar no governador. Ela executou o scanner

Os olhos de Jessa se arregalaram e ela olhou para Maith com um

"Pare! Você vai reiniciar o sangramento dele ”, ela informou ao

certeza se não lhe dermos uma transfusão enquanto operamos. Preciso

"Sim." O guarda acenou com a cabeça.

M aith matou o humano que lutava embaixo dele, suas orelhas

deslizando ao longo de suas costas e subindo até sua cabeça. Ela

“É o meu implante ocular, assim eu posso ver no escuro, idiota. Eu

lado de cada uma. Isso significava que provavelmente estavam todas

suficiente para humanos e algumas para alienígenas. O guarda está

destroços. Certo. Lógica. Eu deveria estar mais preocupado se temos

“É ... deixa pra lá. É apenas um insulto. Eu estarei bem aqui. ”