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Tema Escolhido na Obra: O embate entre a ética cristã e a tirania e seus efeitos no
direito positivado
Desenvolvimento:
William Shakespeare era um autor britânico que escreveu a maior parte de suas
peças durante a era elisabetana e o reinado de Jaime Stuart. Dessa forma, percebe- se
o contexto de alta intolerância religiosa, visto que esses dois monarcas foram
conhecidos por perseguirem católicos e instaurarem com força o anglicanismo na
Inglaterra. Entretanto, apesar da rigidez dos governos Tudor/Stuart, ainda houve
revoluções como, primeiramente, a de Mary I, rainha da Escócia que pretendia tomar
o trono inglês da prima para retomar o catolicismo, e a da Pólvora, em que houve uma
tentativa de assassinato contra o Rei Jaime e os membros do Parlamento em prol da
liberdade religiosa.
Com medo de perder o poder, Macbeth torna-se cada vez mais tirânico.
Contrata assassinos para matar Banquo e seu filho Fleance, conseguindo matar o
primeiro, mas falhando no segundo. Tudo isso faz com que o novo Rei da Escócia
passe a ter alucinações com seu antigo amigo. Em consequência, visita novamente as
três bruxas que lhe dão novos avisos: cuidado com McDuff, um outro nobre escocês;
nenhum homem nascido de uma mulher pode prejudicá-lo. E sua segurança será
realizada até que a Grande Madeira Birnam chegue ao Monte Dunsinane. Com essas
novas profecias, Macbeth assassina todos os parentes de McDuff, menos o próprio, que
não estava em seu castelo na hora da chacina.
Lady Macbeth, exaurida pela culpa, comete suicídio. McDuff se junta com
Malcolm, filho de Duncan, e usando dos galhos da árvores da Birnan Wood, se
camuflam e conseguem atacar Macbeth, desse modo, cumprindo o que as bruxas
profetizaram. McDuff, nascido de uma cesariana, mata Macbeth. Através do Rei Jaime
I, os descendentes de Banquo, se tornaram reis.
“Esto1u falando de mim mesmo, pessoa de quem conheço todos os vícios, dos maiores aos
menores, vícios esses tão bem nutridos que, ao amadurecerem, farão o negro Macbeth
parecer impoluto como a neve recém-caída. E o pobre Estado terá por ele estima, como
um cordeirinho, se comparado com minhas ilimitadas iniquidades.”
Dessa forma, entende-se que até mesmo o mais puro dos heróis pode ser
corrompido. Assim, vê-se Malcolm nesse trecho em específico, no intuito dos rebeldes
que instauraram uma instabilidade política, mesmo tendo as melhores intenções de
criar uma democracia sólida.
Ainda, percebe-se que o debate entre a ética religiosa e o poder são presentes
nas duas sociedades. Em Macbeth, registra-se a questão do misticismo e da religião
amplamente presente, sendo que o protagonista enlouquece justamente por ter uma
Ética Cristã que condena suas ações. Já na sociedade egípcia, tem-se a lógica do
Alcorão como principal bula moral da sociedade. Assim, vê-se que novas
interpretações do Livro Sagrado mulçumano podem ter sido vitais para incitarem
revoltas em busca de mais liberdade.
1
SHAKESPEARE, W. Macbeth. Trad. de Millôr Fernandes. Porto Alegre: L&PM
Pocket, 1988.
Conclusões:
REFERÊNCIAS:
GHIRAHDI, José Garcez. Somos todos rematados canalhas: notas sobre a vingança e
a justiça em Macbeth. Disponível em < Dialnet-SomosTodosRematadosCanalhas-
5771544.pdf >
SIMÕES, Rogério. O que foi e como terminou a primavera árabe. Disponível em < O
que foi e como terminou a Primavera Árabe? - BBC News Brasil>