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Exilado, deu o próprio nome a um disco lançado em 1971 que reúne alguns das
mais icônicas canções, bilíngues e cheias de experimentações, como London,
London, Maria Bethânia e If you hold a stone. Em 1971, depois de ver Jards
Macalé levar adiante no Brasil as apresentações à la Tropicália com Gotham city,
o convidou para a participação de um novo disco. Nasce Transa. ;Talvez seja até
hoje o disco mais forte da carreira do Caetano;, observa Guilherme Wisnik, autor
do livro Caetano Veloso.
"1971, quando, após ficar dois anos exilado e longe do meu país, fui autorizado a
voltar para o Brasil para a missa de 40 anos de casamento dos meus pais. Fui
recebido com muito carinho em Santo Amaro", explicou Caetano aos fãs, sobre a
imagem em que aparece rodeado de pessoas, com instrumentos musicais.
"Foto histórica", disse um fã. "Essa foto retrata a tristeza embutida nosi olhos de
quem esteve longe forçadamente"
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"Voltar à sua casa, à sua família, à sua gente deve ter sido uma grande alegria,
uma paz. Mas seus olhos estão tristes", observou ainda uma admiradora de
Caetano.
BIOGRAFIA
Nascimento: 7 agosto 1942
Idade: 79 anos
Profissão: Cantor / Compositor
Signo: Leão
País: Brasil
Cidade: Santo Amaro, Bahia
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Em 1964, ao lado dos novos companheiros, participa dos eventos de
inauguração do Teatro Vila Velha, dentre os quais o show "Nós, Por
Exemplo", lançando um novo tipo de estrutura de espetáculo musical que se
consolidaria pouco tempo depois. No ano seguinte, Maria Bethânia é
convidada a substituir a cantora Nara Leão no show "Opinião", no Rio de
Janeiro, e Caetano também se muda para a cidade. Lança seu primeiro
compacto simples, que trazia duas músicas: "Cavaleiro" e "Samba em Paz".
Ainda no ano de 65, conhece, enfim, João Gilberto, e participa do espetáculo
"Arena Canta Bahia", dirigido por Augusto Boal, e apresentado no Teatro
Brasileiro de Comédia, o TBC, em São Paulo.
A década de 60 ainda traria muitos acontecimentos na vida de Caetano. Em
1967, apresenta "Alegria, Alegria", no terceiro Festival de Música Popular
Brasileira, da TV Record, acompanhado do conjunto argentino "Beat Boys",
juntamente com Gil, que apresenta o clássico "Domingo no Parque", ao lado
do grupo "Os Mutantes", banda formada por Arnaldo Baptista, Sérgio
Dias e Rita Lee. Naquele momento, o movimento tropicalista, inspirado na
filosofia antropofágica do Modernismo brasileiro, já propagava a necessidade
de uma arte brasileira autêntica. O marco da geração é o lançamento do disco
"Tropicália ou Panis et Circencis", em 67.
O momento político tenso e agravado em 1968 pelo decreto do Ato
Institucional Nº5 ou AI-5, faz com que Caetano seja preso em 69 e parta para
o exílio político em Londres, onde se aproxima ainda mais de Gil e do
compositor Jorge Mautner, ambos também exilados na cidade. Antes da
partida, Caetano deixa as bases de voz e violão do próximo disco, "Caetano
Veloso", que receberam o arranjo de Rogério Duprat. De Londres, envia
canções a grandes intérpretes brasileiros, como Gal Costa, Maria
Bethânia, Elis Regina, Erasmo Carlos e Roberto Carlos. Um marco da década
de 70 foi o lançamento do LP "Caetano e Chico juntos e ao vivo", em 72, com
músicas de Chico Buarque cantadas por Caetano e vice-versa, depois de três
anos de exílio. Em 1976, Caetano, Gil, Gal e Bethânia se encontram
novamente. Dez anos após o lançamento do show "Nós, Por Exemplo", os
"Doces Bárbaros" estreiam no Anhembi, em São Paulo, para comemorar uma
década de carreira solo dos componentes.
No início da década de 80, lança o álbum "Outras palavras", com grandes
sucessos da carreira, como "Lua e Estrela", e conquista o primeiro disco de
ouro. A parceria com Chico Buarque, iniciada ainda nos anos 60, continua: em
86, estreia na TV Globo o programa mensal "Chico e Caetano", em que os
dois artistas interpretaram músicas do repertório e receberam como
convidados grandes nomes da música internacional, a exemplo do compositor
e instrumentista argentino, Astor Piazzolla, e do maestro Tom Jobim.
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No final de década conquista dois prêmios, Shell e Sharp, ambos no mesmo
ano de 89. Artisticamente, a carreira de Caetano se diversificou bastante. Nos
anos 90, escreve o livro "Verdade Tropical" (1997) e ganha a categoria MPB
do Video Music Brasil, em 1998. Depois conquista o melhor álbum e melhor
álbum de MPB por "Livro", no Grammy e no Grammy Latino,
respectivamente, em 2000. Recebeu ainda o Prêmio Multishow de melhor
cantor em 2001 e, dois anos depois, canta na cerimônia do 75º Oscar. Caetano
Veloso seguiu, paralelamente, escrevendo artigos para jornais e revistas e
compondo trilhas para cinema e tendo muitas das suas canções inseridas em
grandes obras da sétima arte.
Depois de ter sua música na cena final do filme "A Flor do Meu Segredo"
(1994), de Pedro Almódovar, o diretor espanhol convidou o compositor a
cantar no set "Cucurrucucú Paloma", no filme "Fale com Ela". Caetano
compôs ainda para "Tieta do Agreste"(1996), de Cacá Diegues, e dirigiu
trilhas sonoras, a exemplo de "O Coronel e o Lobisomem" (2005), "O Bem
Amado" (2010) e "Reis e Ratos" (2012).
Em 2006, com influências do rock, lança o álbum "Cê" e o CD e DVD "Zii E
Zie - MTV - Ao Vivo, em 2010. No ano seguinte, emplaca mais um álbum,
"Caetano e Maria Gadú - Multishow - Ao Vivo", e segue em turnê com a
cantora. Produz e dirige ainda o CD e o show, "Recanto", em 2011, que marca
o retorno de Gal Costa ao cenário musical.
Caetano foi casado duas vezes. O primeiro casamento foi com Dedé Gadelha,
em 1967. Com ela teve dois filhos: Moreno, em 1972, e Júlia, que nasceu em
79, mas faleceu dias depois. Em 1986, já separado de Dedé, se une à atriz e
produtora Paula Lavigne, com quem ficou casado 19 anos. Com Paula teve
dois filhos: Zeca e Tom, nascidos em 1992 e 1997, respectivamente. Caetano é
avó de Rosa e José, filhos do seu primogênito, o músico Moreno Veloso