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Caetano Veloso

Fuga de cívicos do Brasil na época da


ditadura militar
Aluno: Ana Luiza Rodrigues
Turma: 2MA2
Grade curricular: História

Caetano e sua fuga do Brasil durante a época que tinha


o Regime
Caetano Veloso
.
Formuladores da Tropicália, Caetano Veloso e Gilberto Gil foram presos em 1969
sem motivo aparente. ;Eles foram julgados como subversivos porque tinham
músicas libertárias, mas nenhum do dois tinha militância política;, diz Zuenir
Ventura. A Polícia Federal ofereceu uma alternativa à cadeia, onde ficaram três
meses: sair do país. Ficaram confinados em Salvador por alguns meses até
embarcar para a Europa.
Numa visita ao Brasil durante o período de exílio, em 1971, conta Caetano
em Verdade tropical, ele se deparou com um adesivo que o marcou. ;Nunca vou
esquecer o momento em que, na Bahia, (...) percebi os dizeres ;Brasil, ame-o ou
deixe-o;;. Ele e Gil eram chamados de ;personas non gratas; pela embaixada
brasileira em Londres. Enquanto esteve lá, escreveu para o semanário de maior
circulação à época, O Pasquim. Num dos artigos, declarou: ;Nós estamos mortos.
Ele está mais vivo do que nós;, numa referência a Carlos Marighella, líder da
guerrilha urbana, que havia sido assassinado poucos dias antes.

Exilado, deu o próprio nome a um disco lançado em 1971 que reúne alguns das
mais icônicas canções, bilíngues e cheias de experimentações, como London,
London, Maria Bethânia e If you hold a stone. Em 1971, depois de ver Jards
Macalé levar adiante no Brasil as apresentações à la Tropicália com Gotham city,
o convidou para a participação de um novo disco. Nasce Transa. ;Talvez seja até
hoje o disco mais forte da carreira do Caetano;, observa Guilherme Wisnik, autor
do livro Caetano Veloso.

"1971, quando, após ficar dois anos exilado e longe do meu país, fui autorizado a
voltar para o Brasil para a missa de 40 anos de casamento dos meus pais. Fui
recebido com muito carinho em Santo Amaro", explicou Caetano aos fãs, sobre a
imagem em que aparece rodeado de pessoas, com instrumentos musicais.

Após Caetano compartilhar sua lembrança, fãs comentaram o episódio. Alguns


deles destacaram o semblante "triste" do artista, por ter ficado aquele período
longe do Brasil contra sua vontade.

"Foto histórica", disse um fã. "Essa foto retrata a tristeza embutida nosi olhos de
quem esteve longe forçadamente"

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"Voltar à sua casa, à sua família, à sua gente deve ter sido uma grande alegria,
uma paz. Mas seus olhos estão tristes", observou ainda uma admiradora de
Caetano.

No Globloplay, está disponível o documntário "Narciso em férias", em que


Caetano fala sobre sua prisão, em 1968, durante a ditadura militar no Brasil.

BIOGRAFIA
Nascimento: 7 agosto 1942
Idade: 79 anos
Profissão: Cantor / Compositor
Signo: Leão
País: Brasil
Cidade: Santo Amaro, Bahia

Caetano Emanuel Viana Teles Veloso, ou simplesmente Caetano Veloso, é um


músico, compositor, arranjador e escritor, famoso por ter feito muitas canções
de sucesso, como "Alegria, alegria". Internacionalmente conhecido, é
considerado um dos maiores artistas da música brasileira. Nascido em uma das
cidades mais antigas do país, o município baiano de Santo Amaro, que depois
ficou conhecido como Santo Amaro da Purificação, em 7 de agosto de 1942, é
o quinto dos oitos filhos do funcionário público dos Correios, José Teles
Velloso, falecido em 1983, e de Claudionor Viana Teles Velloso, a centenária
dona Canô, nascida em 1907.
Na adolescência, influenciado pelo movimento da Bossa Nova e
declaradamente pelo estilo de João Gilberto, pela música de Luiz Gonzaga,
assim como pelos ritmos da região do Recôncavo Baiano, como o samba de
roda e as cantigas do candomblé, desistiu de trabalhar com cinema e começou
a pensar em seguir uma trajetória musical. É em 1960, quando se muda com a
família para Salvador, que Caetano começa a viver mais intensamente a
experiência artística: escreve críticas de cinema para o "Diário de Notícias", na
seção de filmes do jornal dirigida por Glauber Rocha, e começa a tocar em
bares ao lado da irmã, a cantora Maria Bethânia. Três anos depois,
conhece Gilberto Gil, Gal Costa (ainda Maria da Graça) e Tom Zé, e realiza
seu primeiro trabalho musical assinando a trilha sonora das peças "A Boca de
Outro", de Nelson Rodrigues, e "A Exceção e a Regra", de Bertolt Brecht,
montagens do diretor baiano Álvaro Guimarães.

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Em 1964, ao lado dos novos companheiros, participa dos eventos de
inauguração do Teatro Vila Velha, dentre os quais o show "Nós, Por
Exemplo", lançando um novo tipo de estrutura de espetáculo musical que se
consolidaria pouco tempo depois. No ano seguinte, Maria Bethânia é
convidada a substituir a cantora Nara Leão no show "Opinião", no Rio de
Janeiro, e Caetano também se muda para a cidade. Lança seu primeiro
compacto simples, que trazia duas músicas: "Cavaleiro" e "Samba em Paz".
Ainda no ano de 65, conhece, enfim, João Gilberto, e participa do espetáculo
"Arena Canta Bahia", dirigido por Augusto Boal, e apresentado no Teatro
Brasileiro de Comédia, o TBC, em São Paulo.
A década de 60 ainda traria muitos acontecimentos na vida de Caetano. Em
1967, apresenta "Alegria, Alegria", no terceiro Festival de Música Popular
Brasileira, da TV Record, acompanhado do conjunto argentino "Beat Boys",
juntamente com Gil, que apresenta o clássico "Domingo no Parque", ao lado
do grupo "Os Mutantes", banda formada por Arnaldo Baptista, Sérgio
Dias e Rita Lee. Naquele momento, o movimento tropicalista, inspirado na
filosofia antropofágica do Modernismo brasileiro, já propagava a necessidade
de uma arte brasileira autêntica. O marco da geração é o lançamento do disco
"Tropicália ou Panis et Circencis", em 67.
O momento político tenso e agravado em 1968 pelo decreto do Ato
Institucional Nº5 ou AI-5, faz com que Caetano seja preso em 69 e parta para
o exílio político em Londres, onde se aproxima ainda mais de Gil e do
compositor Jorge Mautner, ambos também exilados na cidade. Antes da
partida, Caetano deixa as bases de voz e violão do próximo disco, "Caetano
Veloso", que receberam o arranjo de Rogério Duprat. De Londres, envia
canções a grandes intérpretes brasileiros, como Gal Costa, Maria
Bethânia, Elis Regina, Erasmo Carlos e Roberto Carlos. Um marco da década
de 70 foi o lançamento do LP "Caetano e Chico juntos e ao vivo", em 72, com
músicas de Chico Buarque cantadas por Caetano e vice-versa, depois de três
anos de exílio. Em 1976, Caetano, Gil, Gal e Bethânia se encontram
novamente. Dez anos após o lançamento do show "Nós, Por Exemplo", os
"Doces Bárbaros" estreiam no Anhembi, em São Paulo, para comemorar uma
década de carreira solo dos componentes.
No início da década de 80, lança o álbum "Outras palavras", com grandes
sucessos da carreira, como "Lua e Estrela", e conquista o primeiro disco de
ouro. A parceria com Chico Buarque, iniciada ainda nos anos 60, continua: em
86, estreia na TV Globo o programa mensal "Chico e Caetano", em que os
dois artistas interpretaram músicas do repertório e receberam como
convidados grandes nomes da música internacional, a exemplo do compositor
e instrumentista argentino, Astor Piazzolla, e do maestro Tom Jobim.

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No final de década conquista dois prêmios, Shell e Sharp, ambos no mesmo
ano de 89. Artisticamente, a carreira de Caetano se diversificou bastante. Nos
anos 90, escreve o livro "Verdade Tropical" (1997) e ganha a categoria MPB
do Video Music Brasil, em 1998. Depois conquista o melhor álbum e melhor
álbum de MPB por "Livro", no Grammy e no Grammy Latino,
respectivamente, em 2000. Recebeu ainda o Prêmio Multishow de melhor
cantor em 2001 e, dois anos depois, canta na cerimônia do 75º Oscar. Caetano
Veloso seguiu, paralelamente, escrevendo artigos para jornais e revistas e
compondo trilhas para cinema e tendo muitas das suas canções inseridas em
grandes obras da sétima arte.
Depois de ter sua música na cena final do filme "A Flor do Meu Segredo"
(1994), de Pedro Almódovar, o diretor espanhol convidou o compositor a
cantar no set "Cucurrucucú Paloma", no filme "Fale com Ela". Caetano
compôs ainda para "Tieta do Agreste"(1996), de Cacá Diegues, e dirigiu
trilhas sonoras, a exemplo de "O Coronel e o Lobisomem" (2005), "O Bem
Amado" (2010) e "Reis e Ratos" (2012).
Em 2006, com influências do rock, lança o álbum "Cê" e o CD e DVD "Zii E
Zie - MTV - Ao Vivo, em 2010. No ano seguinte, emplaca mais um álbum,
"Caetano e Maria Gadú - Multishow - Ao Vivo", e segue em turnê com a
cantora. Produz e dirige ainda o CD e o show, "Recanto", em 2011, que marca
o retorno de Gal Costa ao cenário musical.
Caetano foi casado duas vezes. O primeiro casamento foi com Dedé Gadelha,
em 1967. Com ela teve dois filhos: Moreno, em 1972, e Júlia, que nasceu em
79, mas faleceu dias depois. Em 1986, já separado de Dedé, se une à atriz e
produtora Paula Lavigne, com quem ficou casado 19 anos. Com Paula teve
dois filhos: Zeca e Tom, nascidos em 1992 e 1997, respectivamente. Caetano é
avó de Rosa e José, filhos do seu primogênito, o músico Moreno Veloso

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