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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


CURSO DE ECONOMIA AGRÁRIA

Ano Académico: 2022 Semestre: I Regime: Pós-Laboral Nível: Ano IV

Disciplina: Direito Agrário

Tema: Política Nacional de Terras

Discentes: Código:

Apolinário da Elísia João 2019809


Alex Agostinho Cossa 2019805
Calisto Saulina Bernardo 2019801
Costeana Félix Bila 2019827
Jamaldino Domingos Tivane 2019815
Floriano Stelio Muianga 2019803

Docente: Castro Forquia

Lionde, Maio de 2022


Índice
1.Introdução.................................................................................................................................2
2. Análise de Oportunidades e limitantes.....................................................................................3
2.1. Factores de força...............................................................................................................3
2.2. Factores de fraqueza..........................................................................................................3
2.3. Oportunidades...................................................................................................................3
3. Prioridades nacionais................................................................................................................3
4. Políticas de terras.....................................................................................................................4
5.1. Uso agrário........................................................................................................................5
5.2. Construção e urbanismo....................................................................................................5
5.3. Recursos Minerais.............................................................................................................6
5.4.Turismo..............................................................................................................................6
5.5. Infra-estrutura e obras públicas.........................................................................................6
5.6. Outros usos........................................................................................................................6
5.7.Estratégia de implementação..............................................................................................7
6. Revisão da lei de terras.............................................................................................................7
7. Desenvolvimento institucional.................................................................................................7
7.2. Cadastro nacional de terras................................................................................................7
7.2. Tribunais...........................................................................................................................8
7.3. Comissão Inter-Ministerial de Terras................................................................................8
8. Previsão prática/ jurídica..........................................................................................................9
9. Conclusão...............................................................................................................................11
10. Referencias Bibliográficas....................................................................................................12

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1.Introdução
Moçambique atravessa uma nova fase de desenvolvimento económico e social
caracterizada por uma economia de mercado. É, pois, justificada a concepção de uma
nova política de terras, diferente daquela que orientou a elaboração da actual legislação.
Esta política de Terras parte do simples princípio de que a terra é um dos mais
importantes recursos naturais de que o país dispõe, merecendo por isso ser valorizada.

O país também enfrenta o desafio da reconstrução e do desenvolvimento, depois de 2


processos que influíram negativamente no acesso e uso da terra a guerra e secas, que
assolaram o pais e destruíram a base produtiva da economia.

Porem a problemática de terras é muito complexo. Em algumas áreas existem


reivindicação e de direito sobre a terra com base em raízes históricas. Noutras os
direitos sobre a terra têm origem mais recentes.

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2. Análise de Oportunidades e limitantes
O desenho da política nacional de terras apoia-se em aspectos estruturais e conjunturais,
e leva em conta os factores de força e de fraqueza e as oportunidades que o país
apresenta, hoje, em relação ao acesso, uso e aproveitamento da terra.

2.1. Factores de força


 Grande extensão territorial do país;
 Pouca população em relação ao território (não há pressão demográfica ainda);
 Relativa abundancia dos recursos do solo, água, fauna e flora;
 Solos com boa fertilidade, temperatura e regime de chuvas favoráveis a
agricultura e florestas;

2.2. Factores de fraqueza


 Maioria da população não tem segurança de acesso e uso da terra;
 Pobreza e falta de educação formal da maioria da população;
 Falta de capital e tecnologia para explorar os recursos;
 Degradação ambiental;
 Infra-estrutura económica e social deficiente

2.3. Oportunidades
 Clima de paz;
 Economia de mercado;
 O compromisso do estado em preservar os recursos naturais;

3. Prioridades nacionais
A política de terras reflecte e apoia os objectivos principais da política económica e
social do governo, no que se refere a necessidade de crescimento da produção interna.

No que se refere ao uso da terra e dos recursos naturais, o país deve alcançar os
seguintes objectivos prioritários:

i. Recuperar a produção de alimentos, para que sejam alcançados níveis de


segurança alimentar;
ii. Criar condições para que a agricultura do sector familiar se desenvolva e
cresça, tanto em volume de produção com índices de produtividade, sem
que lhe falte o seu recurso principal, a terra;
iii. Conservar as áreas de interesses ecológicos e gerir os recursos naturais
de uma forma sustentável, que poça garantir a qualidade de vida da
presente e futuras gerações;

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4. Políticas de terras

De acordo com as prioridades acima indicadas, a política nacional de terras toma


em conta os principais usos da terra, incluindo o uso agrário, urbano, mineiro,
turístico, e para infra-estruturas produtivas e social, tendo em conta a protecção
ambiental.
A política de terras tem uma base consensual, e estabelece os mecanismos pelos
quais os recursos naturais podem ser explorados de uma maneira equitativa e
sustentável.
Os princípios fundamentais da política de terras são os seguintes:
i. Manutenção da terra como propriedade do estado, principio actualmente
consagrado na constituição da república;
ii. Garantia de acesso e uso da terra a população bem como os investidores.
Neste contexto reconhece-se os direitos costumeiros de acesso e gestão
das terras das populações rurais residentes promovendo justiça social e
económico no campo;
iii. Garantia de direito de acesso e uso da terra pela mulher;
iv. Promoção do investimento privado e estrangeiro sem prejudicar a
população residente e assegurando benefícios para esta e para o erário
público nacional;
v. Participação activa dos nacionais como parceiros empreendimentos
privados;
vi. Definição e regulamentação de princípios básicos orientadores as
transferências dos direitos do uso e aproveitamento da terra, entre
cidadãos ou empresas nacionais sempre que investimentos houver sidos
feitos no terreno;
vii. Uso sustentáveis dos recursos naturais de forma garantir a qualidade de
vida para as presentes e futuras gerações, assegurando que as zonas de
protecção total e parcial mantenham a qualidade ambiental e os fins
especiais para que foram constituídas. Incluem-se aqui as zonas
costeiras, zonas de alta biodiversidades e faixas de terrenos ao longo das
águas interiores.

Estes princípios norteadores e os objectivos da política nacional de terras,


contidos neste documento podem ser resumidos na seguinte declação:

‘’Assegurar os direitos do povo moçambicano sobre a terra e os outros


recursos naturais, assim como promover o investimento e o uso sustentável e
equitativo destes recursos.’’

A política nacional de terras considera como beneficiários vários sistemas


(ou grupos socioeconómicos) que exercem direitos sobre a terra ou que tem
na terra a sua principal actividade económica, conforme os seguintes usos:

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5.1. Uso agrário
i. Sector familiar

A principal decisão de política de terras em relação a este sistema é o


reconhecimento, por parte da lei de terra, dos direitos consuetudinários
em relação ao acesso e gestão das terras. Estão incluídos neste contexto
os vários sistemas de direito de transferência e de herança, bem como o
papel dos líderes locais e na prevenção e resolução de conflitos e na
legitimação e legalização da ocupação de uma determinada área.

ii. Sector empresarial


a. Pequena e média empresa

Este sistema é uma forma evoluída do sector familiar, apesar de manter fortes
ligações com o direito consuetudinário e cultural local. Incluir-se neste grupo as
cooperativas e associações, as quais muitas vezes tem raízes culturais ou origens sociais
locais.

As reformas propostas nas estratégias de implementação desta política nacional de


terras, nomeadamente quanto ao sistema de cadastro, titulação e registo, podem ajudar
este ‘’sector’’, facilitando a sua formalização perante a lei de terras, com base numa
concessão de títulos de uso e aproveitamento.

b. A grande empresa

O grande capital de investimento agrário pode ser tanto moçambicano como estrangeiro.
Devido, por um lado, a escassez de capitais no país e, por outro, ao potencial agrícola,
florestal e turístico que Moçambique possui, é de se esperar que grandes investimentos
sejam realizados no país. As reformas previstas na política nacional de terras, quanto a
revisão da actual legislação e o fortalecimento institucional, não determinar linhas de
acção precisas para a instalação e operação destes investimentos.

A nova lei de terras também devera assegurar que para o investimento externo na
agricultura floresta ou turismo, devera haver coordenação entre o ministério da
agricultura e pescas, o ministério para a coordenação da acção ambiental, o centro de
promoção de investimentos (CPI) e outros ministérios e instituições.

5.2. Construção e urbanismo


A política de terras considera as acções de construção e urbanismo de forma
multifacetada.

 A terra para habitação própria é garantida pelo estado;


 O processo de ordenamento e planificação física é exercido pelo estado,
podendo ser realizado por agentes privados em condições a regulamentar;
 O espaço urbano, não pode ser transferido quando sobre ele não tenha sido feitas
construções ou benfeitorias infra-estruturais;

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 As infra-estruturas realizadas no processo de urbanização, agregam valor a terra,
que serviria como fonte de rendimento tanto para o estado como para os agentes
privados.

5.3. Recursos Minerais


A propriedade dos recursos minerais e dos hidrocarbonetos pertencem ao estado
cabendo a este determinadas condições do seu uso e aproveitamento com salvaguarda
dos interesses nacionais independentes da titularização do solo.

O direito de exploração dos recursos minerais e dos hidrocarbonetos é destinto e


independente do direito do uso e aproveitamento da terra.

5.4.Turismo
O turismo corresponde a um conjunto de actividades profissionais relacionadas com o
transporte, alojamento, alimentação e actividades de lazer destinadas a visitantes dos
sítios.

O turismo tradicional e o ecoturismo em Moçambique, pode ser de vários tipos


nomeadamente:

 Turismo de praia e de sol;


 Turismo de aventura;
 Turismo histórico-cultural;
 Turismo de negócios, congressos e férias;
 Turismo de saúde

A política de terras considera que estas diferentes formas de turismo ocorrem sobre um
espaço territorial a ser devidamente regulado pela lei de terras e respectivo regulamento.

5.5. Infra-estrutura e obras públicas


A nova política nacional de terras prevê a necessidades de áreas para obras de infra-
estruturas (estradas, linhas férias, linhas de transmissão de electricidade) e de mais obras
públicas.

Neste contexto, não somente deve ser reservado para futura expansão das infra-
estruturas, como para aplicação e manutenção dos sistemas existentes. As condições de
terra portanto, deverão respeitar os limites dos terrenos marginais, ondem nenhuma
construção poderá ser permitida.

5.6. Outros usos


As reformas do sistema de cadastro previstas na política nacional de terras levaram em
conta a necessidade de terras para o uso industrial e comercial conforme as propriedades
previstas pelas respectivas políticas sectoriais.

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5.7.Estratégia de implementação
Para que a população moçambicana tenha os seus direitos assegurados pela nova
legislação, e para que o país alcance o seu objectivo explicitados nas propriedades
nacionais, o programa de acções para implementação da política nacional de terras
prevê:

 Revisão da lei de terras;


 Desenvolvimento institucional.

6. Revisão da lei de terras


A revisão da legislação devera ser feita em duas etapas:

1º Etapa: a revisão da lei actual para eliminar contradições perante a nova situação
sociopolítica do pais e perante a constituição das república e para simplificar
procedimentos administrativos, devem introduzir os seguintes elementos:

a) O reconhecimento dos direitos consuetudinários e do sistema consuetudinários e


de adjudicação ou gestão de terras nas áreas indicadas;
b) A provisão de um sistema de transferências dos direitos de uso e aproveitamento
de terras;
c) A existência de somente um tipo de título de concessão, seja qual for a base
legal dos direitos adquiridos;
d) Simplificação de procedimentos administrativos.

2º Etapa: revisão da regulamentação da lei de terras, para aprofundar e detalhar as


condições de aplicação da lei de terras.

7. Desenvolvimento institucional.

7.2. Cadastro nacional de terras


O cadastro nacional devera ser um sistema único para todo o pai, de tipo multifuncional,
que utilizara um conjunto de metodologias cadastrais e será interligado por uma única
rede de informática, com padrões uniformes, para levar a cabo suas funções.

O cadastro nacional terá a competência adicional de titular os direitos de uso e


aproveitamento de terras após a respectiva demarcação e adjudicação do terreno.

Dada a limitação de recursos, deverão ser escolhidas as áreas prioritárias para o cadastro
e utilização, que serão identificadas de acordo com os seguintes critérios:

 Incidência actual ou potencial de conflitos;


 Alta pressão demográfica/ demanda de terra (mesmo nas áreas aparentemente
vazias);

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 Proximidade de áreas urbanas;
 Potencial agrícola, florestal, mineiro e ou turístico de uma área.
 Vulnerabilidade ambiental

Em cada área prioritária, deverão tornar-se asa seguintes medidas para a organização do
cadastro e titulação:

 As concessões de terra ficam suspensas naquela área, enquanto se realiza o


cadastro;
 O cadastro rural é preparado usando-se um conjunto de metodologias cadastrais;
 Áreas de terra são adjudicadas a unidades de produção (individuais,
cooperativas, empresas ou agrupamentos de base eteno cultural)
 Os títulos de uso da terra são emitidos para aquelas unidades cujos direitos não
são contestados. Os casos de litígio serão resolvidos pela autoridade competente
a ser especificada;
 Os títulos cujos não são constados, e que são portados considerados como
certos, são registados no Registo Predial Nacional, em nome dos seus legítimos
possuidores;
 Conservatório do Registo Predial.

A conservatória do registo predial necessita de forte apoio na área de procedimentos


operacionais, capacitação de pessoal e melhoria dos seus equipamentos e infra-
estruturas.

Assim como o cadastro Nacional, o sistema nacional de registo predial deve ser único,
muito embora desconcentrado é fundamental que os procedimentos e metodologias do
cadastro e da conservatória sejam compatíveis entre si.

7.2. Tribunais
Para a solução dos eventuais conflitos que possam surgir entre os titulares do direito de
uso e aproveitamento da terra, após a concessão dos respectivos títulos, é necessário
apetrechar e capacitar os tribunais distritais e comunitários, reforçando a função
jurisdicional do Estado a nível local.

Além de implicar numa revisão da legislação quanto a competência jurisdicional desses


tribunais, o sistema será fortalecido tanto no que se refere às instalações e
equipamentos, quanto a um programa de capacitação dos juízes e auxiliares da justiça,
especialmente para questões de terras.

7.3. Comissão Inter-Ministerial de Terras


A Comissão Inter-ministerial de terras será estabelecida a nível do Conselho de
Ministros, para acompanhar o processo de revisão da legislação.

Esta Comissão será assessorada por um secretariado técnico, com representantes dos
ministérios e instituições apropriadas.

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8. Previsão prática/ jurídica

Jurídica

Na República de Moçambique a lei estabelece que a terra é propriedade do Estado e não


pode ser vendida, ou por qualquer outra forma, alienada, hipotecada ou penhorada.
Como meio universal de criação da riqueza e do bem-estar social, o uso e
aproveitamento da terra é direito de todo povo moçambicano.

As condições de uso e aproveitamento da terra são determinadas pelo Estado, através


de instrumentos legais: a lei de terras e seus regulamentos.

A lei de terras estabelece os termos em que se opera a constituição, exercício,


modificação, transmissão

Pratica

No que diz respeito o DUAT há muita confusão/desinformação, razão pela qual leva a
maior parte da população a violar o princípio primordial que recai sobre a terra “a terra
é propriedade do Estado e não pode ser vendida, ou por qualquer outra forma,
alienada, hipotecada ou penhorada”. Reside muitos factores que levam a população a
violar o princípio primordial que recai sobre a terra:

 Desconhecimento da lei;
 Ignorância;

Em relação ao desconhecimento da lei, surge no âmbito da fraca divulgação não


abrangente a toda população em geral, tendo desta forma a gerar vários conflitos entre o
governo e a população. De facto até hoje a população moçambicana confunde o DUAT
com a propriedade da terra, dai que a maior parte parte das pessoas adquire o DUAT
através de compra e vende devido a fraca divulgação das leis.

Em relação a ignorância, uma parte de pessoas em Moçambique domina a lei da terra,


mas usa do poder político, hierárquico e económico para se a apoderar da terra
ignorando a lei.

Artigo 3 da lei de terra n o 19/97 conjugado com Artigo 109 da C RM, A terra é
propriedade do Estado: na visão pratica a terra em Moçambique tem sido vendida.
Geralmente a população moçambicana não tem adquirido a terra pelos meios legais. a
população adquire a terra pelos meios ilegais pelo facto que autoridades competentes
atribuírem espaço em locais onde não há serviços básicos ( saúde, educação, rede
eléctrica, vias de acesso, protecção ,água potável).

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O Artigo 9 da lei terras estabelece que nas zonas de protecção total e parcial não podem
ser adquiridos DUAT. Mas no entanto ser emitidas licenças especiais para o exercício
de actividades determinadas, na prática tem se atribuídos DUAT nas zonas de protecção
total e parcial, em zonas de conservação da natureza e de defesa e segurança de Estado.

Artigo 18,alínea b da lei de terra n o 19/97,Extinção do direito de uso e aproveitamento


da terra: diz que a revogação do DUAT por motivos de interesse publico deve ser
procedida do pagamento de justa indemnização e/ou compensação. Mas oque têm se
verificado na sociedade moçambicana é o contrário, os que são abrangidos por esses
projectos sempre tem saído a reclamar por conta de pagamentos das indemnizações
injustas que não chegam a cobrir o valor das propriedades existentes nesses terrenos e
também da ma qualidade das infra-estruturas erguidas para os reassentados.

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9. Conclusão

A PNT toma em conta os principais usos da terra, incluindo o uso agrário, urbano,
mineiro, turístico e para infra estruturas produtivas e sociais, tendo em conta a protecção
ambiental. A base da PNT é consensual e estabelece os mecanismos pelos quais os
recursos naturais podem ser explorados duma maneira equitativa e sustentável.

A Política Nacional de Terras contém algumas inovações relativamente ao quadro legal


vigente em 1995. As principais inovações são: - O reconhecimento dos direitos
costumeiros sobre a terra; - A necessidade de flexibilidade da lei; - A formalização do
informal.

O reconhecimento dos direitos costumeiros já tinha sido sugerido pela revisão


constitucional de 1990, quando legislador o constituinte definiu que “ o Estado
reconhece e protege os direitos adquiridos por herança ou ocupação”.

Segundo a PNT, os sistemas costumeiros são já um recurso inquestionável e oferece


um serviço “público” a um custo quase zero para o Orçamento Geral do Estado, na
administração e gestão de terras nas zonas rurais. Por exemplo, estes sistemas
funcionam eficazmente na reintegração da população deslocada no interior do país e dos
regressados dos países vizinhos. A PNT recomenda que “estes sistemas práticos que já
se aplicam na vasta maioria dos casos de ocupação e uso da terra, deveriam ser
considerados na legislação sobre terras”.

A PNT salientou a necessidade de ter uma lei flexível, que não especificasse o que
fazer em cada situação cultural diferente, mas admitisse o princípio de que em cada
região pudesse funcionar o respectivo sistema de direitos consuetudinários, de acordo
com a realidade local. Esta flexibilidade deveria permitir igualmente a sua actualização
ao longo do tempo, sem recorrer a revisões periódicas. Neste contexto, principalmente
no que respeita ao cadastro do sector familiar.

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10. Referencias Bibliográficas

Decreto no 10/95: Política nacional de Terras e as respectivas Estratégias de


Implementação
Lei de Terras no 19/97 de 1 de Outubro
Regulamento da lei de Terras: Decreto no 66/98 de 8 de Dezembro

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