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RESUMO
INTRODUÇÃO
A pandemia de COVID-19 trouxe consigo uma série de desafios para a saúde pública
em todo o mundo. Além dos impactos imediatos da doença, como a necessidade de
tratamento intensivo e isolamento social, também surgiram preocupações em relação aos
efeitos de longo prazo do vírus e dos tratamentos utilizados para combatê-lo. Nesse
contexto, o uso prolongado de medicamentos se torna uma questão relevante, levantando
desafios e considerações importantes para profissionais de saúde e pesquisadores.
Um dos principais desafios é o desenvolvimento de estratégias eficazes para
gerenciar os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados no tratamento da COVID-19 e
de suas sequelas. Estudos têm mostrado que alguns medicamentos, como os corticosteroides
e anticoagulantes, podem causar efeitos adversos significativos quando utilizados por longos
períodos, incluindo supressão do sistema imunológico e aumento do risco de eventos
tromboembólicos (Nogueira et al., 2020).
Além disso, o uso prolongado de medicamentos pode levar ao desenvolvimento de
resistência antimicrobiana, especialmente em pacientes que necessitam de terapia
antibiótica prolongada devido a infecções secundárias associadas à COVID-19 (Carvalho et
al., 2021). Isso ressalta a importância de um uso criterioso de antimicrobianos e da
implementação de programas de controle de infecção para prevenir o surgimento de cepas
resistentes de patógenos.
Outro ponto importante a considerar é o impacto do uso prolongado de
medicamentos no sistema de saúde como um todo. O aumento na demanda por determinados
medicamentos, como os utilizados para o tratamento de complicações respiratórias e
cardiovasculares associadas à COVID-19, pode sobrecarregar os sistemas de distribuição e
aumentar os custos de fornecimento desses medicamentos (Martins et al., 2020).
Além disso, há preocupações em relação à disponibilidade de medicamentos
essenciais no contexto da pandemia. Interrupções na cadeia de suprimentos global e
aumento na demanda por determinados medicamentos podem levar a escassez e aumentar
os preços, dificultando o acesso a tratamentos vitais para pacientes com COVID-19 e outras
condições de saúde (Pereira et al., 2021).
Fonte: saúdedicas.com.br
MARTINS, J. A., CALIL, A. M., CAMPOS, L. M. A., SOUZa, C. C. A., & SCHETTINO,
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