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UNIDADE I:
ESPAÇOS MÉTRICOS, TOPOLÓGICOS E NORMADOS
1
Emílio António. eantonio@unirovuma.ac.mz /844889965
No caso de produto cartesiano de três conjuntos A, B e C, teremos como
resultado um conjunto cujos elementos são constituídos por ternos ordenados (x, y, z),
isto é,
Definição
Dado um conjunto não vazio E, chama-se métrica (ou a função distância) nesse
conjunto, a qualquer aplicação 𝑑: 𝐸×𝐸→𝐼𝑅 que associa a cada par de pontos (𝑥, 𝑦)∈𝐸×𝐸
um número real 𝑑(𝑥, 𝑦) chamado distância do ponto x ao ponto y e que goza das
seguintes propriedades:
2
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Portanto, diz-se que está definida uma distância num conjunto E, quando existe
uma função que a cada par de elementos (𝑥, 𝑦) pertencentes a E, faz corresponder um
número real 𝑑 de maneiras que os postulados anteriores sejam satisfeitos. A última
propriedade chama-se desigualdade triangular porque exprime que cada lado de um
triângulo não excede a soma de outros dois.
Definição
Chama-se Espaço Métrico ao par (𝐸, 𝑑) formado por um conjunto E e uma métrica, d,
definida em E.
Facilmente se demonstra que esta função verifica as três condições acima enunciadas,
assim:
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Por outro lado, o conjunto IR munido desta métrica, isto é, o Espaço métrico (𝐼𝑅, 𝑑) com
distância 𝑑(𝑥, 𝑦) = |𝑥 − 𝑦|, chama-se recta real.
Exemplo 2. Seja 𝑓 uma função real estritamente monótona definida sobre IR, a
função 𝑑(𝑥, 𝑦) = |𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑦) | é também uma métrica em IR.
2 2
Exemplo 3. Em 𝐼𝑅 podemos definir uma distância dados dois pontos de 𝐼𝑅 =𝐼𝑅×𝐼𝑅.
Se define, nesse espaço, uma métrica do seguinte modo:
2 2
𝑑(𝐴, 𝐵) = (𝑥1 − 𝑦1) + (𝑥2 − 𝑦2) , quando 𝐴(𝑥1, 𝑥2) e 𝐵(𝑦1, 𝑦2).
De facto:
2 2 2 2
(𝑥1 − 𝑦1 + 𝑦1 − 𝑧1) + (𝑥2 − 𝑦2 + 𝑦2 − 𝑧2) ≤ (𝑥1 − 𝑦1) + (𝑥2 − 𝑦2)
2 2
+ (𝑦1 − 𝑧1) + (𝑦2 − 𝑧2) = 𝑑(𝑥, 𝑦) + 𝑑(𝑦, 𝑧), (segundo Minkowski).
𝑑(𝑥, 𝑥) = 0
𝑑(𝑥, 𝑦) = 1 𝑠𝑒 𝑥≠𝑦.
Com efeito:
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a) 𝑑(𝑥, 𝑦) > 0 𝑠𝑒 𝑥≠𝑦 e 𝑑(𝑥, 𝑥) = 0;
b) 𝑑(𝑥, 𝑦) = 𝑑(𝑦, 𝑥), quer que seja 𝑥 = 𝑦 quer que seja 𝑥≠𝑦;
Observações:
2. Aplicação isométrica: Sejam dados dois espaços métricos, (𝐸, 𝑑1) e (𝐹, 𝑑2).
Chama-se isometria a toda a aplicação bijectiva 𝑓: 𝐸→𝐹 que preserva as distâncias, isto
é, que satisfaz, para quaisquer 𝑥, 𝑦ϵ𝐸, a condição: 𝑑2(𝑓(𝑥), 𝑓(𝑦)) = 𝑑1(𝑥, 𝑦), Figura 1.
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Dois espaços E e F dizem-se isométricos se existir uma isometria de E sobre F.
Nessa altura toda a propriedade demonstrada em E relativa apenas a distância entre
elementos de E tem F uma propriedade correspondente. Se, embora preservando as
distâncias, a aplicação 𝑓 de E em F for apenas injectiva, então denomina-se uma
imersão isométrica de E em F.
1.2.1. Vizinhança
De acordo com a métrica definida em IR, é claro que a vizinhança 𝑉(𝑎, ε) se identifica
com intervalos abertos ]𝑎 − ε, 𝑎 + ε[. A 𝑉(𝑎, ε)
Por sua vez, dados um Espaço Métrico (E, d), um ponto a de r e um número real
𝑟 > 0 chama-se bola fechada de centro a e raio r ao conjunto dos pontos x de E tais
que 𝑑(𝑎, 𝑥)≤𝑟, isto é, ao conjunto:
Exemplos:
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1. Na recta real R a bola aberta B (a, r), é o intervalo aberto (vizinhança)
]𝑎 − 𝑟, 𝑎 + 𝑟[, a bola fechada B’(a , r) é o intervalo fechado [ 𝑎 − 𝑟, 𝑎 + 𝑟], e a
esfera S (a, r), reduz-se ao par de pontos {𝑎 − 𝑟 , 𝑎 + 𝑟}.
2. Num espaço com métrica discreta, uma bola fechada de raio r < 1 reduz-se ao
seu centro, uma bola fechada de raio r = 2 é o espaço inteiro e todas as esferas
de raio r = 2 coincidem e são vazias.
2
3. No espaço 𝐼𝑅 , a bola aberta B (a, r) chama-se disco e é o interior da
circunferência de centro a e raio r; a esfera S (a, r) chama-se circunferência e é a
circunferência de centro a e raio r.
Dados um espaço métrico (E, d) um ponto a∈𝐸 é um subconjunto não vazio 𝐴⊂𝐵,
chama-se distância de a á A ao ínfimo das distâncias de a aos pontos x de A em
símbolos:
Assim a distância d(a , A) do ponto a ao conjunto A é único número real m tal que:
Se a∈𝐴 então 𝑑(𝑎, 𝐴) = 0, mas a recíproca é falsa. Na recta real, por exemplo, se A
for ]1, 2] tem-se 𝑑(1, 𝐴) = 0 e 𝑑(2, 𝐴) = 0, sem que, no entanto, 1∈𝐴 𝑒 𝑛𝑒𝑚 2∈𝐴. Em
geral, 𝑑 (𝑎, 𝐴) = 0 significa que dado ϵ > 0 𝑎𝑟𝑏𝑖𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜, ∃𝑥∈𝐴: 𝑑(𝑎, 𝑥) < ε, 𝑖𝑠𝑡𝑜 é,
existem pontos de A arbitrariamente próximos de a.
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Dados dois subconjuntos não vazios A e B de um espaço métrico (E, d), chama-se
distância de A à B ao ínfimo das distâncias dos pontos de A aos pontos de B, isto é:
Seja A um conjunto não vazio do espaço métrico (E, d). Chama-se Diâmetro de
conjunto A ao supremo das distâncias de dois pontos variáveis de A, isto é, ao número:
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O interior de um conjunto tem as seguintes propriedades básicas:
Definição. Seja A um conjunto do espaço métrico (E, d). Um ponto x de E diz-se que
é um ponto fronteiro à A, quando não é interior e nem exterior à A.
Sendo os conjuntos disjuntos dois a dois, por outro lado da definição resulta que
𝐸 − 𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡(𝐴) = 𝐼𝑛𝑡(𝐴)∪𝑒𝑥𝑡(𝐴) e, portanto 𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡(𝐴) é fechado, visto o seu
complementar ser aberto.
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Da própria definição resulta também imediatamente que:
derivado de A e representa-se .
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● Pontos isolados de A;
● Pontos de acumulação de A pertencentes à A;
● Pontos de acumulação de A não pertencentes à A.
'
Assim, o fecho ou aderência de A é a união de A com o seu derivado, isto é, Ā = A ∪ 𝐴 .
Um conjunto que é fechado e cujos pontos são todos pontos de acumulação diz-se
um conjunto perfeito.
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Designemos por F uma colecção (finita ou infinita) de conjuntos abertos e seja S a
sua união, isto é S = UF.
𝑋, 𝑉(𝑥, ε), tal que 𝑉(𝑥, ε)⊂ 𝐴𝐾. Mas como 𝐴𝐾⊂𝑆 , então:
𝑉(𝑥, ε)⊂ 𝐴𝐾⊂𝑆 e, portanto, 𝑋 é um ponto interior de S , uma vez que X é arbitrário,
Seja 𝐴1, 𝐴2, …, 𝐴𝑛 colecção finita de conjuntos abertos e designamos por S a sua
𝑛
intersecção: S = ⋂𝑖=1𝐴𝑖. Se a intersecção for vazia, nada há a demonstrar, visto que ∅ é
conjuntos intersectados. Mas como todos eles são abertos, então X é ponto interior a
todos eles e, por consequência, existe ε1,ε2,…, ε𝑛 tais que 𝑉(𝑥1, ε1)⊂ 𝐴1, 𝑉(𝑥2, ε2)⊂ 𝐴2,
Designando por ε o menor dos raios dessas vizinhanças, então 𝑉(𝑥, ε) estará
contida em todo o conjunto e será: 𝑋∈ 𝑉(𝑥, ε)⊂ S. O que significa que S é aberto.
Note-se que o teorema não é verdadeiro para um número infinito do conjunto. Por
1 1
exemplo a intersecção de dois intervalos abertos da forma]− 𝑛
, 𝑛
[ com 𝑛 = 1, 2, 3…
não é um conjunto aberto, visto que se reduz a um só elemento. O elemento O. Ora {0}
não é aberto (mas fechado como se verá adiante).
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1.6.2. Conjuntos fechados
Seja 𝐴1, 𝐴2, …, 𝐴𝑚 uma colecção finita de conjuntos fechados e designa por S a uma
Teorema
A intersecção de qualquer colecção de conjuntos fechados é também um conjunto
fechado.
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Seja ( ) uma colecção qualquer (finita ou infinita) de conjuntos
).
[ ] [ ]
Se 𝐼2 = 𝑎1, 𝑎2 , 𝐼2 = 𝑎2, 𝑏2 , …, 𝐼𝑛 = [𝑎𝑛, 𝑏𝑛] é uma selecção de intervalos fechados
𝑏1 ≥ 𝑏2≥…≥𝑏𝑛 > 𝑏𝑛+1 ... os intervalos considerados 𝑖1, 𝑖2, …, 𝑖𝑛 estão encaixados uns
nos outros:
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Portanto, qualquer 𝑏𝑛 é majorante do conjunto A = {𝑎1, 𝑎2,…, 𝑎𝑛 ...} e, sendo
assim, de acordo com o axioma do ínfimo e do supremo existe sup 𝑠𝑢𝑝 (𝐴) = 𝑆 o qual,
por definição verifica para qualquer 𝑛 a relação 𝑆 ≤ 𝑏𝑛.
Por outro lado, é 𝑎𝑛≤𝑆, ∀𝑛∈𝐼𝑁, visto S ser o supremo de A. Portanto, qualquer que
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número natural “n” associa um elemento de f (n) de E que se representa, geralmente,
por X𝑛 (se x for a letra utilizada para designar elementos de E).
A sucessão 𝑥0, 𝑥1, 𝑥2…X𝑛, representa-se por X𝑛. Com “𝑛” variável, X𝑛 denomina-se
1) 𝑈𝑛 = 𝑋𝑛 + 𝑌𝑛
2) 𝑈𝑛 = 𝑋𝑛. 𝑌𝑛
3) 𝑈𝑛 = 𝑋𝑛/𝑌𝑛 se Y𝑛≠0 para todo “𝑛”.
Definição
Seja (X𝑛) e uma sucessão de pontos do espaço métrico (E, d). Diz-se que a sucessão é
convergente para o ponto x∈E quando a todo ε > 0 corresponde a um número natural
tal que, para n> 0, é d (𝑋𝑛, 𝑥) < ε.
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ii. Se a sucessão tem uma infinidade de termos distintos, então o limite 𝑥 é
ponto de acumulação do conjunto dos seus termos.
Simbolicamente
∀ε > 0, ∃𝑛0 = 𝑛0(ε)∈𝑁: 𝑛 > 𝑛0→𝑑( 𝑥𝑛 , 𝑛) < ε ou 𝑛 > 𝑛0 → 𝑥𝑛ϵ 𝑣(𝑥, ε).
Uma secessão 𝑥𝑛 diz - se limitada se o conjunto dos seus termos ( 𝑥0 𝑥1… 𝑥𝑛) é
limitado.
𝑛1< 𝑛2… < 𝑛𝑘 <… então a secessão ( 𝑥𝑛𝑘) chama - se uma sub secessão da secessão
dada.
Dem.
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Suponhamos que assim não sucedia, isto é, que a sucessão 𝑥𝑛 admitia dois
limites 𝑥 𝑒 𝑥' tais que d( x,x’)=ε. Então, para ε > 0, existiriam dois naturais 𝑛0(ε)
ε
𝑛 > 𝑛0→𝑑(𝑥𝑛, 𝑥) < 2
ε
𝑛 > 𝑛'0→𝑑(𝑥𝑛, 𝑥') < 2
Mas nessas condições, tomando 𝑁 = 𝑚á𝑥 (𝑛0, 𝑛'0), ter-se ia, para n>N,
( '
) ( ) ( ) '
(
𝑑 𝑥, 𝑥 < 𝑑 𝑥, 𝑥𝑛 + 𝑑 𝑥𝑛, 𝑥 < ε, o que é contraditória. Portando deve ser 𝑑 𝑥, 𝑥 = 0 o
'
)
que significa que 𝑥 = 𝑥'.
Proposição
Dem.
Basta demonstrar que o conjunto {𝑥0, 𝑥1 ...} dos termos da secessão está contido
Se 𝑥𝑛 = 𝑥 , escolhido ε > 0 ∃𝑛0 tal que , para qualquer 𝑛 > 𝑛0, é d(𝑥, 𝑥𝑛) < ε .
Fixado ε seja:
( ) ( ) ( )
𝑟 = 𝑚á𝑥{𝑑 𝑥, 𝑥0 ; 𝑑 𝑥, 𝑥1 ; …; 𝑑 𝑥, 𝑥𝑛 ; ε}
0
'
Então o conjunto {𝑥0, 𝑥1 ...} está contido na bola fechada 𝐵 (𝑥, 𝑟) com centro em x
e o raio r, o que prova que é limitado. Neste caso, a proposição está demostrada como
verdadeira.
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Proposição
Num espaço métrico, toda a sub sucessão duma sucessão convergente, converge para
o mesmo limite.
( )
Se 𝑙𝑖𝑚𝑥𝑛 = 𝑥, dado ε > 0, existe n tal que 𝑑 𝑥, 𝑥𝑛 < ε sempre que 𝑛 < 𝑛0 como
( )
𝑑 𝑥, 𝑥𝑛
𝑚
< ε 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚 > 𝑛0
Proposição 4
( ) 1
) um ponto D,𝑥0≠𝑥. Em seguida toma-se 𝑟1 = 𝑑 𝑥, 𝑥0 /2< 2 e na bola B (𝑥, 𝑟0) escolhe -
(
𝑑 𝑥,𝑥𝑛−1 ) 1
com 𝑟 = 2
< 𝑛 , um ponto 𝑥𝑛≠𝑥.
2
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1 1
Como 𝑟𝑛 = 𝑑(𝑥, 𝑥𝑛−1)/2 < 𝑛 , vem 𝑑(𝑥, 𝑥𝑛)/2 < 𝑛 o que mostra que a todo o
2 2
( )
ε > 0 correspondeum 𝑛0de modo que 𝑑 𝑥, 𝑥𝑛 < ε 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛 > 𝑛0 logo é 𝑙𝑖𝑚𝑥𝑛 = 𝑥, como
se pretendia provar.
Proposição 5
Um ponto 𝑥,é ponto de acumulação dum sub conjunto D de um espaço métrico (E, d)
sse existe uma sucessão de pontos distintos de D convergente para 𝑥.
para x.
bola aberta com o centro em x contem uma infinidade de pontos de D, o que significa
que x é o ponto de acumulação de D.
Proposição 6
O limite duma sucessão com uma infinidade de termos distintos é o único ponto de
acumulação do conjunto dos seus termos.
E não pode haver outro, pois que se houvesse podia extrair-se da sucessão uma
sub- sucessão convergente para ele, que teria portanto, limite distinto ao da sucessão,
o que não é possível de acordo com a proposição mencionada anteriormente.
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Da proposição anterior decorre que o limite de uma sucessão convergente ou o
ponto de acumulação do conjunto dos seus termos ou termos indefinidamente repetido
na sucessão.
I - Espaços Métricos
2. Dê o conceito de Espaço métrico.
3. O que é uma métrica discreta?
4. Dados os conjuntos A = [1 ; 2] e B = ]2; 3], de R, determina a distância entre
esses conjuntos quando R está munido (a) da métrica usual ou euclidiana e (b)
da métrica discreta.
5. Determine os pontos interiores, exteriores e fronteiros dos irracionais do intervalo
]1;5[.
6. Determine o interior, exterior, fronteiro, aderência ou fecho e derivado dos
conjuntos:
a) O intervalo I = [a; b] de R.
b) O conjunto Q dos racionais.
7. Demonstre que uma bola em qualquer espaço métrico é um conjunto aberto.
8. Demonstre que um conjunto A subconjunto de um espaço métrico X é aberto sse
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11. Prove que sendo X um espaço métrico, um conjunto 𝐴⊂𝑋 diz-se fechado se e só
se o seu complementar é aberto.
12. Mostre que num espaço métrico qualquer o limite de uma sucessão se existe, é
único.
II - Topologia
a)
b)
c)
d)
e)
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4. Determine a equação do plano que passa pelo ponto (2, 4, -1) e tem como vector
FUNCOES VECTORIAIS
1. O que é uma função vectorial? Como calcular sua derivada e sua integral?
2. Qual a relação entre funções vectoriais e curvas espaciais?
3. O que é uma curva lisa?
4. Como achar o vector tangente de uma curva lisa em um ponto? Como achar a
recta tangente? Como determinar o versor tangente?
5. Se u e v são funções vectoriais diferenciáveis, c é uma constante e f é uma
função real, escreva as regras para diferenciar as seguintes funções vectoriais:
a) 𝑢(𝑡) + 𝑣(𝑡); b) 𝑐𝑢(𝑡); c) 𝑓(𝑡)𝑢(𝑡); d) 𝑢(𝑡). 𝑣(𝑡); e) 𝑢(𝑡)×𝑣(𝑡); f) 𝑢(𝑓(𝑡)).
6. Como achar o comprimento de uma curva espacial dada pela função vectorial
r(t)? E dada por equação cartesiana y = f(x)?
7. O que é curvatura? Quando é que uma curva curva?
a) Escreva a formula de curvatura em funao a r’(t) e T’(t).
b) Escreva a formula em função de r’(t) e r’’(t).
8. O que é torsão?
9.
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2. FUNÇÕES DE VARIAS VARIÁVEIS REAIS
2.6. Contextualização
No estudo da análise Real lidamos sempre com funções de uma única variável. Nesta
lição vai ampliar-se o estudo para funções de duas, três ou mais variáveis. Precisamos
de 90 minutos para esta lição, da conceitualização de uma função de diversas
variáveis. Ao completar esta lição, o estudante será capaz de identificar funções de
várias variáveis.
2
1. O volume de um cilindro é dado pela fórmula: 𝑉 = π𝑟 ℎ, onde r é o raio e h a sua
altura.
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2. A quantidade de pano de seda (em metros) necessária para se colocar numa
mesa rectangular de largura 𝑎 e comprimento 𝑏.
μ𝑅𝑇
3. A equação de estado de gás ideal é dada por 𝑃 = 𝑉
, onde P é a pressão, V o
Analisando os casos, podemos ver que em todos eles estão envolvidos duas ou mais
variáveis independentes. Assim, no caso 1, pode-se dizer que o volume de um cilindro
é uma função de duas variáveis r e h uma vez que π é constante ou seja: 𝑉 = 𝑉(𝑟,ℎ﴿. No
Assim, nos exemplos dos casos apresentados em 1, 2, diz-se que temos pares
2
ordenados de números reais e usa-se o espaço 𝑅 . E no exemplo do caso 3, temos
3
ordenados e usa-se o espaço 𝑅 .
𝑛
Definição. Seja A um conjunto de espaço n - dimensional 𝐴≤𝑅 . Se a cada ponto do
𝑛 𝑛
conjunto A associamos um único elemento 𝑍∈𝑅 → − 𝑅 ou seja 𝑓: 𝐴≤𝑅 →𝑅, então f é
uma função de n variáveis reais e escreve-se:
Síntese. Nesta lição, você alargou o conceito da função real de uma variável real, para
uma função real, se 𝑛 > 1 variáveis reais.
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Definiu uma função se 𝑛 > 1 variaveis reais como uma aplicação 𝑓 na qual cada
𝑛
elemento de um subconjunto de 𝑅 , associa-se a um único elemento do conjunto dos
números reais.
Caro estudante, resolva alguns exercícios relativos ao tema tratado nesta lição:
Lista de Exercícios
1. 𝑉(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥𝑦𝑧
2. 𝑞(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 2𝑥𝑧 + 2𝑦𝑧
2 2 2
3. 𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥 − 𝑥0) + (𝑦 − 𝑦0) + (𝑧 − 𝑧0) , (𝑥0, 𝑦0, 𝑧0) centro da esfera.
2
4. (𝑉𝑥, 𝑦) = π𝑥 𝑦
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❖ Representar graficamente o domínio de uma função de duas variáveis.
Resolução
Sabe-se que a função logarítmica existe quando o logaritmando for maior que 0. Então,
tem-se:
2
𝑥 − 𝑦 > 0↔𝑥 > 𝑦. O domínio será { }
𝐷(𝑍) = (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 ; 𝑥 > 𝑦 Representando
graficamente tem:
Fig. 1
2 2
Exemplo 2. Determine e represente o domínio da função 𝑍 = 1 −𝑥 −𝑦
Resolução
Visto que o índice da raiz é par, o radicando não pode ser negativo;
2 2 2 2 2 2
{
1 − 𝑥 − 𝑦 ≥ 𝑥 + 𝑦 ≤1. Então, 𝐷𝐸 = (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 : 𝑥 + 𝑦 ≤1 }
Graficamente temos:
27
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Fig. 2
Resolução
Conjugando as duas condições dos radicais e tendo em conta que eles se encontram
no denominador, tem-se:
Fig. 3
Síntese
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Nesta lição aprendeu o conceito de domínio de uma função de duas variáveis.
Aprendeu ainda como determinar o domínio e a fazer a sua ilustração.
a) 𝑍 = 𝑥 + 𝑦 + 𝑥 − 𝑦
1
b) 𝑍 =
𝑥𝑦
2 2
𝑥 𝑦
c) 𝑍 = 1 − 2 − 2
𝑎 𝑏
𝑥𝑦
d) 𝑍 = 2 2
𝑥 −𝑦
2
4𝑥−𝑦
e) 𝑍 = 2 2
(
𝑙𝑛 1−𝑥 −𝑦 )
1
f) 𝑍 = 2 2
𝑥 +𝑦
2
{
a) 𝐷(𝑍) = (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 : 𝑥≥ − 𝑦 ˄ 𝑥≥𝑦 }
29
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2
{
b) 𝐷(𝑍) = (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 : 𝑥𝑦 > 0 }
Fig. 4
{ }
2 2
2 𝑥 𝑦
c) 𝐷(𝑍) = (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 : 2 + 2 ≤1
𝑎 𝑏
2
{
d) 𝐷(𝑍) = (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 : (𝑥 − 𝑦)(𝑥 + 𝑦) > 0 }
2 2 2 2
{
e) 𝐷(𝑍) = (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 : 4𝑥≥𝑦 ˄ 𝑥 + 𝑦 < 1 }
30
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2
{
f) 𝐷(𝑍) = (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 : 𝑥≠0 ˄ 𝑦≠0 }
Introdução:
Uma das formas de que têm para a definição de uma função é através de gráfico.
Portanto, nesta lição vai estudar gráficos de funções de duas variáveis.
São 2 horas e 30 minutos para a aprendizagem. Saiba gerir devidamente esse tempo.
Objectivos:
Ao completar esta lição, você será capaz de: desenhar curvas de nível; construir
gráficos de funções de duas variáveis.
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O procedimento básico nestas construções é da curva de nível. Por isso, comecemos
por discutir o conceito da curva de nível.
2
Seja D um subconjunto de 𝐼𝑅 . Uma função real de duas variáveis reais é uma
correspondência que associa a cada par ordenado (𝑥, 𝑦)∈𝐷 um único valor ou numero
real 𝑓(𝑥, 𝑦),
3
𝑆 = {(𝑥, 𝑦, 𝑧)∈𝑅 : 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦)⋀(𝑥, 𝑦)∈𝐷, Assim, S é grafo de f.
Exemplo 1:
32
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2 2
Desenhe as curvas de nível de função 𝑍 = 4 −𝑥 −𝑦 (1)
Resolução:
Como notou na definição, deve fazer Z=K na equação (1). Tem ainda que destacar a
questão de domínio, quer dizer, o K pode assumir qualquer valor real que esteja dentro
do domínio de definição da função.
2 2 2
{ }
Neste exemplo, como 𝐷𝑓 = (𝑥, 𝑦); ∈𝑅 ; 𝑥 + 𝑦 ≤4 , Então 𝐾∈[0, 2] porque 𝑍 = ...,,
{
então 𝑍≥0 ; 𝑍 = 𝑘1; 𝑘2; 𝑘3; …; 𝑘𝑛 }
3 2 2 2 2 7
Fazendo 𝐾 = 0; 𝐾 = 1 𝑒 𝐾 = 2
, Respectivamente 𝑥 + 𝑦 = 4; 𝑥 + 𝑦 = 4
As curvas de nível são traçadas no plano xy. Cada curva de nível 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑘 é a
projecção sobre o plano xy da intersecção do gráfico xy com o plano horizontal Z=K.
Exemplo 2:
2 2
Esboce o gráfico da função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 + 𝑦
Como se lhe disse na página 6 deste módulo nunca deve consultar a solução das
tarefas antes de as resolver. Se tiver dificuldade procure os colegas que vivem próximo
da sua casa.
Resolução:
Gráfico: 1
33
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Sumário:
Nesta lição como fazer o esboço de duas funções de duas variáveis com recursos a
curvas de níveis .
2 2
𝑍 = 8 −𝑥 −𝑦
Introdução
O termo «limite» já foi usado aquando estudado de Análise Matemática 1. Nesta lição
vai aplicar o mesmo conceito, mais para funções de duas variáveis.
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Ao completar esta unidade lição, você será capaz de: demonstrar que 1∈𝑅 é limite de
uma função 𝑓(𝑥, 𝑦)
Estimado estudante, veja alguns conceitos básicos, dos quais depende o conceito de
limite:
2
( )
Sejam 𝑥0, 𝑦0 um ponto de 𝑅 , r um numero real positivo. Chama-se bola aberta 𝑥0, 𝑦0( )
2
( )
e raio r ao conjunto de todos os pontos (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 , cuja distancia ate 𝑥0, 𝑦0 é inferior a
(( ) )
r. a figura nº 1 ilustra bola aberta. E nota-se por b 𝑥0, 𝑦0 , 𝑟 .
Figura
Novamente
Definição
2 ' 2
Dado 𝐴ϲ𝑅 . Um ponto 𝑃 ∈ 𝑅 chama-se ponto de acumulação de A se toda a bola
'
aberta de centro em 𝑃 contiver uma infinidade de pontos do conjunto A.
35
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'
De acordo com esta definição, para que 𝑃 seja ponto de acumulação, de um dado
'
conjunto A, devera ter pontos de A diferentes de 𝑃 e que estes estejam tão próximos
dele quanto se queira.
Definição
Seja 𝑓(𝑥, 𝑦) uma função de duas variáveis que esta definida numa bola aberta
(( ) ) ( )
𝐵 𝑥0, 𝑦0 ; 𝑟 , excepto possivelmente no próprio ponto 𝑥0, 𝑦0 . Diz-se que 𝑙 é o limite de
( )
𝑓(𝑥, 𝑦) quando (𝑥, 𝑦) se aproxima de 𝑥0, 𝑦0 se | 𝑓(𝑥, 𝑦) − 𝑙| puder ser reduzido tanto
(
quanto se queira, tomando a distância entre os pontos (𝑥, 𝑦) e 𝑥0, 𝑦0 suficientemente )
pequena, porem positiva.
(
O facto de (𝑥, 𝑦) tender para 𝑙, quando (𝑥, 𝑦) se a próxima de 𝑥0, 𝑦0 , 𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑙 )
( )
Denota-se (𝑥, 𝑦) ↔ 𝑥0, 𝑦0 . Assim, pode-se escrever abreviadamente que:
(𝑥, 𝑦)→0 | ( )|
sempre que 0 < (𝑥, 𝑦) − 𝑥0, 𝑦0 < δ, ∀(𝑥, 𝑦)∈𝐷𝑓
L+ℰ
𝑦0 L
L-ℰ
36
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𝑥0 x
Caro estudante:
Resolução: de acordo com a definição, tem que mostrar que ∀ԑ > 0, ∃δ > 0 tal que se
tenha |𝑓(𝑥, 𝑦) − 12| < ε, sempre que
2 2
0 < |(𝑥, 𝑦) − (2, 3)| < δ↔0 < (𝑥 − 2) + (𝑦 − 3) < δ
Recordando o caso de funções reais de variável real, deve procurar o ‘’δ’’ a patir da
desigualdade que envolver o ‘’δ’’. Assim, de modo análogo tem:
= |3𝑥 − 6 + 2𝑦 − 6|
2 2
≤3|𝑥 − 2| + 2|𝑦 − 3| Como |𝑥 − 2| ≤ (𝑥 − 2) + (𝑦 − 3) e
2 2
|𝑦 − 3| ≤ (𝑥 − 2) + (𝑦 − 3)
2 2
0< (𝑥 − 2) + (𝑦 − 3) .
ε ε ε
Seja δ = 5
. Então |𝑓(𝑥, 𝑦) − 12|≤3|𝑥 − 2| + 2|𝑦 − 3| < 3. 5
+2 5
=ε
Visto que a definição está assimilada, passemos para algumas propriedades dos
limites. Se não a tiver assimilado reveja de novo a resolução.
37
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Essas propriedades são similares às propriedades dos limites de função de uma variael.
Podem ser sintetizadas na seguinte propriedade.
Propriedade 1:
iii) 𝑓(𝑥, 𝑦) . 𝑔(𝑥, 𝑦) (𝑥, 𝑦) → (𝑥0, 𝑦0) = 𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥, 𝑦) (𝑥, 𝑦) → (𝑥0, 𝑦0) . 𝑙𝑖𝑚𝑔(𝑥, 𝑦) (𝑥, 𝑦) → (
(
𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥,𝑦) (𝑥,𝑦)→ 𝑥0,𝑦0 )
iv) 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → 𝑥0, 𝑦0 ( ) 𝑓(𝑥,𝑦)
𝑔(𝑥,𝑦)
=
(
𝑙𝑖𝑚𝑔(𝑥,𝑦) (𝑥,𝑦)→ 𝑥0,𝑦0 ) ;
Propriedade 2:
𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥, 𝑦) (𝑥, 𝑦) → 𝑥0, 𝑦0( ) = 0 e 𝑓(𝑥, 𝑦) é uma função limitada numa bola aberta de
centro
( )
em 𝑥0, 𝑦0 então 𝑓(𝑥, 𝑦) . 𝑔(𝑥, 𝑦) (𝑥, 𝑦) → 𝑥0, 𝑦0 ( ) = 0.
Tem a mostrar que existe δ > 0, tal que se cumpra [𝑓(𝑥, 𝑦) + 𝑔(𝑥, 𝑦) − (1 + 𝑚)] < ε
38
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sempre que (𝑥, 𝑦)∈𝐷𝑓∩𝐷𝑔 0 < (𝑥 − 𝑥0)2 + (𝑦 − 𝑦0)2 < δ.
De 𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥, 𝑦) (𝑥, 𝑦) → 𝑥0, 𝑦0 ( ) = 𝑙 significa que existe δ1 > 0; |𝑓(𝑥, 𝑦) − 𝑙| <
ε
2
,
sempre que
Caro estudante
No cálculo de limites deve aplicar estas propriedades assim como algumas técnicas de
indeterminação anteriormente vistas.
2 2
(
Ache os limites: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 + 2𝑥 𝑦 − 𝑦 + 2
4 2 2
) (𝑥, 𝑦) → (− 2, 1) ;
𝑥 𝑦 +𝑦 −4𝑥 −4𝑦
𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0) 2 2 4 2 2
𝑥 𝑦 +𝑥 +2𝑥 +2𝑦
Resoluções:
39
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2 2 2
(
𝑙𝑖𝑚 𝑥 + 2𝑥 𝑦 − 𝑦 + 2 ) (𝑥, 𝑦) → (− 2, 1) =
3 2 2
[
𝑙𝑖𝑚 (− 2) + 2(− 2) . 1 − 1 + 2 (𝑥, 𝑦) → (− 2, 1) = 1 ]
0
Para o segundo exercício substituindo x e y por 0, tem uma indeterminação do tipo 0
.
2 2 4 2 2 2
𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0)
𝑥 𝑦 +𝑦 −4𝑥 −4𝑦
= 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0) ( 2 2) ( 2 2)
𝑦 𝑥 +𝑦 −4 𝑥 +𝑦
2 2 4 2 2 2 2 2 2 2
𝑥 𝑦 +𝑥 +2𝑥 +2𝑦 𝑥 (𝑥 +𝑦 )+2(𝑥 +𝑦 )
2 2 2 2
= 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0) ( 2 2)( 2 ) . Simplificando, obtém: 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0) ( 2 ) =
𝑥 +𝑦 𝑦 −4 𝑦 −4
(𝑥 +𝑦 )(𝑥 +2) (𝑥 +2)
−4
𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0) 2
=− 2
Observação!
0
Como pode observar, há aqui indeterminação ‘’ 0 ’’. Por outro lado, quando
(𝑥, 𝑦) → (0, 0) não significa apenas que é no sentido unilateral. Há várias maneiras de o
ponto (𝑥, 𝑦) se aproximar do ponto (0, 0). Algumas são:
i) O ponto (𝑥, 𝑦) 𝑝𝑜𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑟 − 𝑠𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 (0, 0), pelo eixo dos x então:
2𝑥𝑦 2𝑥.0
𝑙𝑖𝑚 𝑥→0 2 2 = 𝑙𝑖𝑚 𝑥→0 2 2 = 0
𝑥 +𝑦 𝑥 +0
𝑦→0
ii) O ponto (𝑥, 𝑦) 𝑝𝑜𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑟 − 𝑠𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜(0, 0) pelo eixo dos y, então:
2𝑥𝑦 2.0𝑦
𝑙𝑖𝑚 𝑥→0 2 2 = 𝑙𝑖𝑚 𝑥→0 2 2 = 0
𝑥 +𝑦 0 +𝑦
𝑦→0
40
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iii) O ponto (𝑥, 𝑦) 𝑝𝑜𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑟 − 𝑠𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜(0, 0) através da rect y = x,
2
2𝑥𝑥 2𝑥
então: 𝑙𝑖𝑚 𝑥→0 2 2 = 𝑙𝑖𝑚 𝑥→0 2 = 1
𝑥 +𝑦 2𝑥
𝑦→0 𝑦→0
Ou seja, para diferentes direcções obtêm-se limites diferentes. Portanto, não existe o
2𝑥𝑦
𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0) 2 2
𝑥 +𝑦
Sumário:
Viu também as propriedades dos limites, assim como a aplicação das propriedades no
cálculo dos mesmos.
Exercícios:
2 2
a) 𝑙𝑖𝑚(3𝑥 − 4𝑦) (𝑥, 𝑦) → (0, 0)
4 4
(
b) 𝑙𝑖𝑚 𝑥 + 𝑦 − 4𝑥 + 2𝑦 ) (𝑥, 𝑦) → (3, − 1)
𝑥 −𝑦
c) 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0) 2 2
𝑥 +𝑦
3 2 2 2 2
𝑦 +𝑥 𝑦+3𝑥 +3𝑦 𝑥 +12
d) 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0) 3 2 2 2 e) 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0) 2
𝑥 +𝑥𝑦 −3𝑥 −3𝑦 𝑥−𝑦
+ −
𝑓) 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → 0 , 1 ( ) 𝑥+𝑦−1
𝑥− 1−𝑦
g) 𝑙𝑖𝑚(1 + 𝑥) (𝑥, 𝑦) → (0, 2)
3 𝑥𝑦−1 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥
h) 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (1, 1) i) 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 1) 𝑥𝑦+2𝑥
𝑥𝑦−1
41
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2 3 3
𝑥 +𝑦 −𝑥𝑦
j) 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0) 2 2
𝑥 −𝑦
2
𝑥𝑦
3. Verificar que 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0) 2 4 não existe.
𝑥 +𝑦
Soluções:
2 1
2. 𝑎)1 𝑏) 0 𝑐) 0 𝑑) 0 𝑒) 49 𝑓) 0 𝑔) 0 ℎ) 3
𝑖) 3
𝑗) 0
3. Depois de verificar aproximação de (𝑥, 𝑦) pelo eixo dos x, pelo eixo dos y, pela
recta 𝑦 = 𝑥, veja a aproximação através do arco da parábola 𝑦 = 𝑥.
Introdução:
Nesta lição vai estudar funções contínuas, tem um total de 2 horas e 30 minutos. Para
tal, deverá usar devidamente do que dispõe.
Ao completar esta lição, você será capaz de determinar a continuidade de uma função.
Estimado estudante.
Na definição de uma função de duas variáveis, terá aprendido que não é necessário
que o ponto (𝑥0, 𝑦0) seja pertencente ao domínio da função, para que exista o limite.
42
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No caso de funções contínuas, tal condição é essencial, ou seja, (𝑥0, 𝑦0) deve pertencer
Definição:
2
( )
Seja 𝑓(𝑥, 𝑦): 𝐴 𝑐 𝑅 →𝑅 e 𝑥, 𝑦0 ∈𝐴. Um ponto de acumulação de A. Dizse que 𝑓(𝑥, 𝑦) é
Só nestas condições é que se pode dizer que uma função 𝑓(𝑥, 𝑦) é contínua no ponto
(𝑥0, 𝑦0).
Uma função 𝑓(𝑥, 𝑦) que não é contínua no ponto (𝑥0, 𝑦0) dizse descontínua nesse
ponto.
Note que os teoremas sobre continuidade para funções de uma variável real, são
similares para funções de duas variáveis.
Teorema 1:
43
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𝑓
iii) 𝑔
é contínua em (𝑥0, 𝑦0); 𝑒 𝑔(𝑥0, 𝑦0)≠0
Teorema 2
Sejam 𝑦 = 𝑓(𝑍) 𝑧 = 𝑔(𝑥, 𝑦). Suponha que 𝑔 é contínua em (𝑥0, 𝑦0) e 𝑓 é contínua em
Este teorema afirma que sucintamente, o composto de duas funções contínuas é uma
função contínua.
2
▪ Uma função polinominal em 𝑅
▪ Uma função racional é contínua no seu campo de existência.
Exemplo 1:
3 2 2
Discutir a continuidade da função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 + 2𝑥 𝑦 − 𝑦 + 2
Resolução:
2
Trata-se de uma função polinominal, logo é contínua em todo o 𝑅 .
Exemplo 2:
3 2
𝑦 +𝑥 𝑦−2𝑥𝑦−2𝑥+4
Demonstre que a função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥𝑦+𝑥−2𝑦−2
é contínua (2,1)
Resolução:
44
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Levantando a indeterminação, terá
3 2 2 2
= ( 𝑥(𝑦+1))−2((𝑦+1) ) =
𝑦 +𝑥 𝑦−2𝑥𝑦−2𝑥+4 𝑥 +𝑥𝑦−2 −2 𝑥 +𝑥𝑦−2
𝑥𝑦+𝑥−2𝑦−2
2
(𝑥−2)(𝑥 +𝑥𝑦−2) 𝑥+𝑥𝑦−2
(𝑥−2)(𝑦+1)
= 𝑦+1
=2
3 2 2
𝑥(𝑥 +𝑥 −2𝑥𝑦−2𝑥 −2𝑥+4
iii) 𝑥𝑦+𝑥−2𝑦−2
= 𝑓(2, 1)
Sumário:
Nesta lição abordou o conceito de continuidade de uma função de duas variáveis. Viu
que, certamente, como é que se pode demonstrar a continuidade de uma determinada
função num ponto, como o uso de teoremas sobre funções contínuas.
Exercícios:
1. Ache os limites:
2
] b)𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦) → (0, 0) ⎡⎢ 2 ⎤⎥
𝑥𝑦−1 𝑥
a) 2𝑥𝑦+4
⎣𝑥 ⎦
𝑥+𝑦−1
2. A função g(x,y)= 2 2 , é racional. Será ela contínua? Justifique.
𝑥 𝑦+𝑥 −3𝑥𝑦−3𝑥++2𝑦+2
3 2
𝑥 −3𝑥𝑦 +2
3. Demostre que são contínuas as funções: a) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 2 , em (1,2)
2𝑥𝑦 −1
Solução
1. a) 8l b)1;
45
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Verfique se há inderterninação e factorize se necessário.
2. Sendo racional, é contínua em todos os R2, com excepção daqueles que anulam
o denominador, que são: x= 1; x=2 e y=− 1
2
Assim, ela é contínua no conjunto{(𝑥, 𝑦)∈𝑅 ; 𝑥≠1, 𝑥≠2 𝑒 𝑦≠1}.
Auto avaliação:
sin𝑠𝑖𝑛 (𝑥+𝑦) π
b) 𝑧 = 𝑒 para x = y = 2
2
𝑥 +12 + − 𝑥+𝑦−1
𝑒) 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦)→(5, 2) 2 ; f) 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦)→(0 , 1 ) ; g)
𝑥−𝑦 𝑥− 1−𝑦
3
𝑥𝑦−1 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥
ℎ) 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦)→(1, 1) ; i) 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦)→(0, 1) 𝑥𝑦+2𝑥
; j)
𝑥𝑦−1
2 3 3
𝑥𝑦 +𝑦 −𝑥𝑦
𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦)→(0, 0) 2 2
𝑥 +𝑦
2
𝑥𝑦
7. Verifique que 𝑙𝑖𝑚 (𝑥, 𝑦)→(0, 0) 2 4 não existe.
𝑥 +𝑦
𝑥+𝑦−1
8. A função 𝑔(𝑥, 𝑦) 2 2 , é racional. Será ela contínua? justifique:
𝑥 𝑦+𝑥 −3𝑥𝑦−3𝑥+2𝑦+2
Soluções
9
1. a) 16
b) 1
47
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7. Depois de verificar a aproximação de (𝑥, 𝑦) pelo eixo dos y, pela recta y=x, veja a
Introdução
Nesta unidade vai abordar as derivadas parciais de funções de várias variáveis. A partir
do conceito de uma função real, vai formular o conceito de derivada parcial. Depois da
formulação do conceito de derivada parcial, segue-se a formulação do de derivada
composta, diferêncial de uma função e algumas das suas aplicações.
Ao completar esta unidade, você será capaz de: calcular derivada de funções de várias
variáveis e aplicar o cálculo, o diferêncial no cálculo aproximado.
Introdução
Nesta lição verás que o conceito de derivada de uma variável, é similar ao conceito de
para derivada de funções de mais de uma variável.
48
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São 3 horas para esta lição. Procure gerí-las de forma correcta.
Ao completar esta lição, você será capaz de: demostrar que uma função é solução de
uma equação diferêncial.
A expressão “derivada parcial’’ tem a ver com o facto de ao se fazer a derivação tem-se
sempre em consideração a uma das variáveis. Portanto poda-se dizer que a derivação
de funções de duas variáveis reais reduz-se ao caso de uma variável, tratando-se tais
funções como de uma variável separadamente e mantendo-se fixas as outras.
Caro estudante, veja a formulação do conceito de derivada parcial para uma função de
duas variáveis:
Definição:
∂𝑓 𝑓(𝑥+∆𝑥,𝑦)−𝑓(𝑥,𝑦)
∂𝑥
= 𝑙𝑖𝑚 ∆𝑥→0 ∆𝑦
, se o limite existir.
∂𝑓 𝑓(𝑥,𝑦+∆𝑦)−𝑓(𝑥,𝑦)
∂𝑦
= 𝑙𝑖𝑚 ∆𝑦→0 ∆𝑦
, se o limite existir.
Exemplo 1
∂𝑓 ∂𝑓 2
Calcule ∂𝑥
; ∂𝑦
para a função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 3𝑥 − 2𝑥𝑦 + 𝑦 , aplicando a definição.
Resolução:
49
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2 2 2 2 2
∂𝑓
= 𝑙𝑖𝑚 ∆𝑥→0
𝑓(𝑥+∆𝑥,𝑦)−𝑓(𝑥,𝑦)
= 𝑙𝑖𝑚 ∆𝑥→0
3(𝑥+∆𝑥) −2(𝑥+∆𝑥) 𝑦+𝑦 − 3𝑥 −2𝑥𝑦+𝑦( )
∂𝑥 ∆𝑦 ∆𝑦
2
6𝑥+∆𝑥+3(∆𝑥) −2𝑦∆𝑥
= 𝑙𝑖𝑚 ∆𝑥→0 ∆𝑦
= 𝑙𝑖𝑚 ∆𝑥→0 (6𝑥 + 3∆𝑥 − 2𝑦) = 6𝑥 − 2𝑦
2 2 2 2
∂𝑓
= 𝑙𝑖𝑚 ∆𝑦→0
𝑓(𝑥,𝑦+∆𝑦)−𝑓(𝑥,𝑦)
= 𝑙𝑖𝑚 ∆𝑦→0
3𝑥 −2𝑥(𝑦−∆𝑦)+(𝑦+∆𝑦) − 3𝑥 −2𝑥𝑦+𝑦 ( ) =
∂𝑦 ∆𝑦 ∆𝑦
2
2𝑥∆𝑦+2𝑦∆𝑦+(∆𝑦)
𝑙𝑖𝑚 ∆𝑦→0 ∆𝑦
= 𝑙𝑖𝑚 ∆𝑦→0 (2𝑥 + 2𝑦 + ∆𝑦) =− 2𝑥 + 2𝑦
Exemplo 2
2 2
Ache as derivadas parciais da função 𝑍 = 𝑥 + 𝑦 − 3𝑎𝑥𝑦,
Resolução:
∂𝑍 2
Mantendo y constante, obtém-se: ∂𝑥
= 3𝑥 − 3𝑎𝑦
∂𝑍 2
Mantendo y constante, obtém-se: ∂𝑦
= 3𝑦 − 3𝑎𝑦
Caro estudante: resolva o seguinte exercício. Caso não consiga, reveja o exemplo 2.
Exercício:
𝑥
Ache as derivadas parciais da função 𝑍 = 2 2
.
𝑥 +𝑦
Resolução:
2
∂𝑍 𝑦 ∂𝑍 𝑥𝑦
∂𝑥
= 3 ; ∂𝑦
=− 3
(𝑥2+𝑦2) (𝑥2𝑦2)
2 2
Exemplo 3
50
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Ache as derivadas parciais da função 𝑍 = 𝑆𝑒𝑛(2𝑥 + 𝑦).
Resolução:
∂𝑍
Mantendo x constante, tem: ∂𝑦 = 𝑐𝑜𝑠(2𝑥 + 𝑦)(2𝑥 + 𝑦)𝑦 = 𝑐𝑜𝑠(2𝑥 + 𝑦).
∂𝑍
Agora mantenha y, constante e certifique que ∂𝑥
= 2𝑐𝑜𝑠(2𝑥 + 𝑦).
Exemplo 4
2 2
Demonstre que 𝑥
∆𝑍
∆𝑋
+𝑦
∆𝑍
∆𝑦
= 2, se 𝑍 = 𝑙𝑛 𝑥 + 𝑥𝑦 + 𝑦 . ( )
Resolução:
∂𝑍 𝑥+2𝑦
Analogamente temos: ∂𝑦
= 2 2 .
𝑥 +𝑥𝑦+𝑦
2 2
2𝑥+𝑦 𝑦+2𝑥 2𝑥 +𝑥𝑦+𝑥𝑦+2𝑦
a) 𝑥 2 2 + 𝑦 2 2 = 2 2 = 2
𝑥 +𝑥𝑦+𝑦 𝑥 +𝑥𝑦+𝑦 𝑥 +𝑥𝑦+𝑦
Sumário:
Nesta lição estudou derivada parcial. Na prática, viu que se obtém derivadas parciais
usando as regras de derivadas das funções de uma variável, considerando constantes
todas as variávais à exepção de uma, de cada vez.
Exercícios
a) 𝑍 =
𝑥−𝑦
𝑥+𝑦
; b) 𝑍 =
2 2
𝑥 − 𝑦 ; c) 𝑍 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔
𝑦
𝑥 (
; d) 𝑍 = 𝑙𝑛 𝑥 +
2
𝑥 +𝑦 )
2
51
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𝑦 2 2
𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑥 −𝑦
𝑒) 𝑍 = 𝑒 ; f) 𝑍 = 𝑎𝑟𝑐𝑆𝑒𝑛 2 2
𝑥 +𝑦
∆𝑍 ∆𝑍 𝑦
2. Demonstre que 𝑥 ∆𝑋
+ ∆𝑦
= 𝑥𝑦 + 𝑍, se 𝑍 = 𝑥𝑦 + 𝑥𝑒 𝑥 .
∂𝑥 ∂𝑥 ∂𝑦 ∂𝑦
3. Calcule ‖ ∂γ ∂φ ∂γ ∂φ
‖, se 𝑥 = γ𝑐𝑜𝑠φ e
Resoluções
∂𝑍 2𝑦 ∂𝑍 2𝑥 ∂𝑍 𝑥 ∂𝑍 𝑦
1. a) ∂𝑋
= 2 ; ∂𝑦
=− 2 ; b) ∂𝑋
= 2
; ∂𝑦
= 2 2
(𝑥+𝑦) (𝑥+𝑦) 𝑥−𝑦 𝑥 −𝑦
∂𝑍 𝑦 ∂𝑍 𝑥 ∂𝑍 1 ∂𝑍 𝑦
𝑐) = ; = ; d) = ; =
( )
∂𝑋 2 2 ∂𝑦 2 2 ∂𝑋 2 ∂𝑦 2 2 2 2
𝑥 −𝑦 𝑥 −𝑦 𝑥−𝑦 𝑥 −𝑦 𝑥+ 𝑥 +𝑦
𝑦 𝑦
∂𝑍 𝑦 𝑦 𝑠𝑒𝑛 𝑥 ∂𝑍 1 𝑦 𝑠𝑒𝑛 𝑥
𝑒) ∂𝑋
=− 2 𝑐𝑜𝑠 . 𝑒 𝑥
; ∂𝑦
= 𝑥
𝑐𝑜𝑠 . 𝑒 𝑥
𝑥
2 2 2 2 2 2
∂𝑍 𝑥𝑦 2𝑥 −2𝑦 ∂𝑍 𝑦𝑥 2𝑥 −2𝑦
𝑓) ∂𝑥
= 4 4 ; g) ∂𝑦
= 4 4 .
|𝑦| 𝑥 −𝑦( ) (
|𝑦| 𝑥 −𝑦 )
Introdução
Na lição anterior, aprendeu o conceito de derivadas parciais para uma função com duas
variáveis. Agora fará o estudo para funções de 𝑛 > 2 variaveis.
Tem três (3) horas para estudar esta lição. Lembre-se sempre se sentir fatigado
repouse e continue mais tarde. Ao completar esta lição, você será capaz de:
52
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Objectivos
Aquando do estudo das derivadas parciais de funções com duas variáveis, 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦)
verificou que se x e y for constante, z é apenas uma função de x, e neste caso, pode
Caro estudante, este procedimento prevalece para funções com 𝑛 > 2 variáveis, como
se descreve a seguir:
Se tiver uma função com n variáveis independentes, ou seja, 𝑓 = 𝑓(𝑥1, 𝑥2…, 𝑥𝑛), de
cada vez que variar uma incógnita e fixar outras obtém a derivada parcial de f em
relação a essa variável.
Definição;
𝑛 𝑛
Seja 𝑓: 𝐴⊆𝑅 → 𝑅 →𝑅; 𝑓 = 𝑓(𝑥1,𝑥2,…, 𝑥𝑛). As derivadas parciais em número de n, de
∂𝑓 ( )
𝑓 𝑥1+∆𝑥1,𝑥2,𝑥3,..𝑥𝑛 −𝑓(𝑥1,𝑥2,𝑥3,..𝑥𝑛)
∂𝑥1
= ∆𝑥1
;
∂𝑓 ( )
𝑓 𝑥1,𝑥2+∆𝑥2,,𝑥3,..𝑥𝑛 −𝑓(𝑥1,𝑥2,𝑥3,..𝑥𝑛)
∂𝑥2
= ∆𝑥2
; ;
∂𝑓
= 𝑙𝑖𝑚∆𝑖→0
(
𝑓 𝑥1,𝑥2,𝑥
3,…𝑥
𝑖
)
+∆𝑥𝑖,,,..𝑥𝑛 −𝑓(𝑥1,𝑥2,𝑥3,..𝑥𝑖,𝑥𝑛)
;
∂𝑥𝑖 ∆𝑥𝑖
𝑑𝑓 ( )
𝑓 𝑥1,𝑥2,…𝑥𝑛+∆𝑥𝑛 −𝑓(𝑥1,𝑥2,..𝑥𝑛)
∂𝑥𝑛
= 𝑙𝑖𝑚∆𝑥 →0 ∆𝑥𝑛
.
𝑛
53
Emílio António. eantonio@unirovuma.ac.mz /844889965
2 2 2
Exemplo 1: calcule as derivadas parciais da função 𝑈 = 𝑥 𝑦 𝑧 .
Resolução:
Neste caso, a função dada tem três variáveis, por isso, deve-se obter 3 derivadas
parciais, a saber
∂𝑈 2 2 ∂𝑈 2 2 ∂𝑈 2 2
∂𝑥
= 2𝑥𝑦 𝑧 ; ∂𝑦
= 2𝑥𝑦 𝑧 ; ∂𝑧
= 2𝑥𝑦 𝑧 .
Resolução:
∂𝑓
∂𝑥
= 𝑦𝑧 + 2
1
2
𝑥 +𝑡 +𝑤
2 .
∂
∂𝑥 (𝑥2 + 𝑡2 + 𝑤2) = 𝑦𝑧 + 2
2𝑥
2
𝑥 +𝑡 +𝑤
2 .
∂𝑓
∂𝑦
= 𝑥𝑧.
∂𝑓
∂𝑧
= 𝑥𝑦.
∂𝑓
∂𝑡
= 2
1
2
𝑥 +𝑡 +𝑤
2 .
∂
∂𝑡 (𝑥2 + 𝑡2 + 𝑤2) = 2
𝑥 +𝑡 +𝑤
2𝑡
2 2 .
∂𝑓
∂𝑤
= 2
1
2
𝑥 +𝑡 +𝑤
2 .
∂
∂𝑤 (𝑥2 + 𝑡2 + 𝑤2) = 2
𝑥 +𝑡 +𝑤
2𝑤
2 2 .
Sumário
Exercícios:
54
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𝑦
a) 𝑢 = 𝑥 ; 𝑧
𝑧
b) 𝑈 = 𝑢 = (𝑥𝑦) ;
𝑥𝑧
c) 𝑢 = 𝑧 ;
2 2 2
d) 𝑈 = 𝑥 + 𝑦 + 𝑧 ) ;
e) 𝑤 = 𝑥𝑦𝑧 + 𝑦𝑧𝑣 + 𝑧𝑣𝑥 + 𝑣𝑥𝑦
2
f) U=𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑥 − 𝑥) ;
2 2 2
1+ 𝑥 +𝑦 +𝑧
g) 𝑈 = 𝑙𝑖𝑚 2 2 2
;
1+ 𝑥 +𝑦 +𝑧
∂𝑢 π 2 2 2
2. Ache ∂𝑧
no ponto (0,0; 4
) para a função 𝑢 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 𝑦 + 𝑠𝑒𝑛 𝑧.
𝑥−𝑦 ∂𝑢 ∂𝑢 ∂𝑢
3. Verifique se a função 𝑢 =x+ 𝑥+𝑦 satisfaz a equação ∂𝑥
+ ∂𝑦
+ ∂𝑧
= 1.
∂𝑢 ∂𝑢 ∂𝑢
4. Verifique ∂𝑥 + ∂𝑦
+ ∂𝑧
= 0, se 𝑢 = (𝑥 − 𝑦)(𝑖 − 𝑧)(𝑧 − 𝑥).
Solução:
𝑦
∆𝑢 𝑦 ∂𝑢 1 𝑧𝑦𝑙𝑛
1. a) 𝑥∆
= 𝑧
𝑥 , ∂𝑦 =
2
𝑧
𝑥 .
∂𝑢 𝑧−1 ∂𝑢 𝑧−1 ∂𝑢 𝑧
b) ∂𝑥 = 𝑦𝑧(𝑥𝑦) ; ∂𝑦
= 𝑥𝑧(𝑥𝑦) ; ∂𝑧
= (𝑥𝑦) 𝑙𝑛(𝑥𝑦).
∂𝑢 𝑥𝑦 ∂𝑢 𝑥𝑦 ∂𝑢 𝑥𝑦−1
c) ∂𝑥 = 𝑦𝑧 𝑙𝑛𝑧; ∂𝑦
= 𝑥𝑧 𝑙𝑛𝑧; ∂𝑧
= 𝑥𝑦𝑧 .
∂𝑢 ∂𝑢 2 2 2 ∂𝑢 2 2 2
d) ∂𝑥 = 2𝑥𝑐𝑜𝑠(𝑥 + 𝑦 + 𝑧); ∂𝑦
= 2𝑦𝑐𝑜𝑠(𝑥 + 𝑦 + 𝑧 ); ∂𝑧
= 2𝑧𝑐𝑜𝑠(𝑥 + 𝑦 + 𝑧 )
.
∂𝑤 ∂𝑤 ∂𝑤
e) ∂𝑥
= 𝑦𝑧 + 𝑣𝑧 + 𝑣𝑦; ∂𝑦
= 𝑥𝑧 + 𝑧𝑣 + 𝑣𝑥; ∂𝑧
= 𝑥𝑦 + 𝑦𝑣 + 𝑣𝑥;
∂𝑤
∂𝑣
= 𝑦𝑧 + 𝑥𝑧 + 𝑥𝑦;
55
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𝑧−1 𝑧−1 𝑧
∂𝑢 𝑧(𝑥−𝑦) ∂𝑢 𝑧(𝑥−𝑦) ∂𝑢 (𝑧−𝑦) 𝑙𝑛(𝑥−𝑦)
f) ∂𝑥
= 2𝑧 ; ∂𝑦
=− 2𝑧 ; ∂𝑧 = 2𝑧 ;
1+(𝑥−𝑦) 1+(𝑥−𝑦) 1+(𝑥−𝑦)
∂𝑢 ∂𝑢 ∂𝑢 2 2 2 2
g) ) 𝑥∂𝑥
= 𝑦∂𝑦
= 𝑧∂𝑧
= 2 , γ= 𝑥 +𝑦 +𝑧 .
γ(γ −1)
2. Solução:
1. Caso não tenha conseguido, calcule a derivada e depois substitua o ponto dado nos
respectivos lugares.
Introdução:
Nesta lição vai tratar do diferencial total de uma função, que é um conceito de grande
utilidade prática como é ocaso do cálculo da variação da potencia.
Tem 4horas disponíveis para esta lição. Procure usa-las de modo proveitoso. Faça um
intervalo depois de 2 horas, se sentir-se fatigado.
Objectivos:
Terminologia
56
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𝑑𝑧𝑦…Diferencial parcial de y em ordem a y.
No âmbito das funções reais de um variável real dizemos que o diferencial de uma
função𝑦 = 𝑓(𝑥) calcula-se da forma 𝑑𝑦 = 𝑓'(𝑥)𝑑𝑥.
Definição 1:
Definição 2:
Chama-se diferencial total de uma função 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦), a soma dos diferencial parcial de
∂𝑧 ∂𝑧
função, isto é, 𝑑𝑧 = ∂𝑦
𝑑𝑥 + ∂𝑦
𝑑𝑦.
Em geral, se tiver uma função de n variáveis reais 𝑓 = 𝑓(𝑥1, 𝑥2, …𝑥𝑛), o diferencial total
∂𝑓 ∂𝑓 ∂𝑓
sera dado pela expressão 𝑑𝑓 = ∂𝑥1
𝑑𝑥1 + ∂𝑥2
𝑑𝑥2 + … + ∂𝑛𝑛
𝑑𝑥𝑛.
Exemplo 1:
𝑥
a) 𝑧 = 𝑠𝑒𝑛 𝑦 ;
𝑥𝑦𝑧
b) 𝑈 = 𝑒 .
57
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Resolução:
a)
∂𝑧
∂𝑥
= 𝑐𝑜𝑠
𝑥 ∂
𝑦 ∂𝑥 ( ) = 𝑐𝑜𝑠
𝑥
𝑦
1
𝑦
𝑥
𝑦
∂𝑧
∂𝑦
= 𝑐𝑜𝑠
𝑥 ∂
𝑦 ∂𝑦 ( ) =− 𝑐𝑜𝑠
𝑥
𝑦
𝑥
𝑦
2
𝑥
𝑦
, então:
1 𝑥 𝑥 𝑥
𝑑𝑧 = 𝑦
𝑐𝑜𝑠 𝑦
𝑑𝑥 − 2 𝑐𝑜𝑠 𝑦
𝑑𝑦.
𝑦
𝑥𝑦𝑧 ∂ 𝑥𝑦𝑧
b) 𝑈 = 𝑒 , ∂𝑥
(𝑥𝑦𝑧) = 𝑦𝑧𝑒
𝑥𝑦𝑧 ∂ 𝑥𝑦𝑧
𝑈 =𝑒 , ∂𝑦
(𝑥𝑦𝑧) = 𝑥𝑧𝑒
𝑥𝑦𝑧 ∂ 𝑥𝑦𝑧
𝑈 =𝑒 , ∂𝑧
(𝑥𝑦𝑧) = 𝑥𝑦𝑒
Exemplo 2:
3,96
Calcule, aproximadamente,1, 08 .
Resolução:
𝑦
Observado o numero em causa, constata-se que a função respectiva é 𝑍 = 𝑥 O ponto
auxiliar M(1,4)
∂𝑧 𝑦−1 ∂𝑧 𝑦
∂𝑥
= 𝑦𝑥 ; ∂𝑦
= 𝑥 𝑙𝑛𝑥
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𝑦−1 4
∆ 𝑍 = 𝑦𝑥 𝑥 + 𝑥 𝑙𝑛𝑥∆𝑦. Então, temos:
3 4
=4, 1 . 0, 08 + 1 . 𝑙𝑛. (− 0, 04)
=0,32.
3,96
Como, 𝑓(1, 4) = 1, entãopode escrever1, 08 ≈1 + 0, 32 = 1, 32.
'
𝑑𝑦 ≈𝑓 (𝑥). ∆𝑥.
∂𝑓 ∂𝑓
No caso de duas variáveis 𝑍 = 𝑓(𝑥, 𝑦), tem 𝑑𝑍 ≈𝑓(𝑥, 𝑦) + ∂𝑥
+ ∂𝑥
∆𝑦 e assim
sucessivamente.
Agora vai resolver um exercício para melhor percepção. Caso não consiga, veja o
exercício 1.
Exercícios
2 2
Calcule o diferencial total da função 𝑧 = 𝑥 +𝑦 .
Confira a solução
Solução:
𝑥 𝑦
𝑑𝑧 = 2 2
𝑑𝑥 + 2 2
𝑑𝑦.
𝑥 +𝑦 𝑥 +𝑦
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Uma outra aplicação dos diferenciais ocorre na solução de problemas, como o que a
seguir se demonstra.
Exemplo 3:
2
𝑈
A potencia consumida numa resistência eléctrica é dado por: 𝑃 = 𝑅
𝑤𝑎𝑡𝑡𝑠. Se
Solução:
2
∂𝑝 2𝑈 ∂𝑃 𝑈
∂𝑈
= 𝑅
; ∂𝑅
= 2 .
𝑅
Achando o diferencial:
2
2𝑈 𝑈
𝑑𝑃 = 𝑅
𝑑𝑢 − 2 𝑑𝑟;
𝑅
𝑑𝑝 =
2.200
8
(− 5) − ( )(− 0, 2) =− 125
200
8
Sumario:
Estimado estudante:
60
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o diferencial total tem grande interesse pratico, consubstanciado no calculo aproximado
e na resolução de problemas.
Exercícios:
2 2
d) 𝑍 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 𝑦
𝑢
e) 𝑍 = 𝑦𝑥
2 2
f) 𝑍 = 𝑙𝑛(𝑥 + 𝑦 )
𝑦 𝑥
g) 𝑍 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 𝑥
+ 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 𝑦
𝑥 𝑧
h) 𝑈 = (𝑥𝑔 + 𝑦
).
3 2
2. a) (1, 02) . (0, 97) ,
2 2
b) (4, 05) + (2, 93) .
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Soluções:
1.
2
a) 𝑑𝑍 = 3(𝑥 − 𝑦)𝑑𝑥 + 3(𝑦 − 𝑥)𝑑𝑦;
3 2 2
b) 𝑑𝑍 = 2𝑥𝑦 𝑑𝑥 + 3𝑥 𝑦 𝑑𝑦;
4𝑥𝑦
c) 𝑑𝑍 = 2 2 (𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦);
𝑥 +𝑦
d) 𝑑𝑍 = 𝑠𝑒𝑛2𝑥𝑑𝑥 − 𝑠𝑒𝑛2𝑦𝑑𝑦;
2 𝑦−1 𝑦
e) 𝑑𝑍 = 𝑦 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑥 (1 + 𝑦𝑙𝑛𝑥)𝑑𝑦;
2
f) 𝑑𝑍 = 2 2 (𝑥𝑑𝑥 + 𝑦𝑑𝑦);
𝑥 +𝑦
g) 𝑑𝑍 = 0;
h) 𝑑𝑛 = (𝑥𝑦 +
𝑥 𝑧−1⎡
𝑦
) ⎢
⎣
(𝑦 + )𝑍𝑑𝑥 + (1 −
1
𝑦
1
2
𝑦 )𝑥𝑍𝑑𝑦 + (𝑥𝑦 + 𝑥
𝑦 )𝑙𝑛(𝑥𝑦 + )𝑑𝑍⎤⎥⎦.
𝑥
𝑦
2.
a) 1,00;
b) 4,998;
c) 0,273;
3. 𝑑𝑙 = 0, 062.
4. 161, 21 (Aqui socorre-se da tabela trigonométrica).
5. 8,4.
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