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Neste texto encontramos:

- Jesus compartilha uma situação-problema com os discípulos


e revela compaixão pela multidão que O segue. v. 1 - 2.
- Jesus se responsabiliza pelo suprimento daqueles que O
seguem. v. 3.
- Discípulos apresentam a Jesus a impossibilidade de suprir a
multidão naquele local deserto. v. 4.
- Jesus solicita aos discípulos que coloquem a Sua disposição
o que possuem. v. 5.
- Jesus organiza o ambiente do milagre, dá graças pelos sete
pães disponíveis e inicia a distribuição aos discípulos que os
repassam à multidão. v. 6.
- Jesus dá graças pelos pequenos peixes disponíveis e também
os multiplica. v. 7.
- Deus é sempre abundante em Suas dádivas. Suas bênçãos
geram sobras. v. 8
- Uma vez suprida a multidão o Senhor Jesus a despede. v. 9.
- Jesus se dirige à outra região a fim de anunciar o Evangelho.
v. 10.
VISÃO GERAL
As Escrituras relatam várias situações nas quais Deus supriu
o Seu povo com a multiplicação de alimento. A viúva de Sarepta
graças a sua obediência ao profeta de Deus teve a farinha e o
azeite multiplicados. 1 Reis. 17. 8 – 16.
O profeta Eliseu se compadeceu de uma viúva e Deus por ele
multiplicou o azeite que ela possuía em casa e que foi vendido
para pagar suas dívidas. 2 Reis 4. 1 – 7. O mesmo profeta foi
usado por Deus para multiplicar pães e espigas a fim de
alimentar cem discípulos-profetas. 2 Reis 4. 43.
O evangelista Marcos narra uma segunda multiplicação de
pães e peixes efetuada por Jesus. Há lições preciosas a serem
retiradas desse episódio.
FOCALIZANDO A VISÃO
Dos quatro evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João,
apenas os dois primeiros citaram em suas narrações a segunda
multiplicação de pães e peixes feita por Jesus.
Mateus declara que essa segunda multiplicação ocorreu às
margens do mar da Galiléia, após o retorno de Jesus de
sua viagem à região de Tiro e Sidom quando curou a filha
endemoninhada da mulher siro-fenícia.
Marcos, em seu relato, afirma que Jesus ao retornar de Tiro e
Sidom, passou pela Galiléia e se dirigiu à região das dez cidades,
mais conhecida como Decápolis antes de realizar essa segunda
multiplicação de pães e peixes.
Essa narrativa de Marcos apresenta aspectos diferentes do
primeiro relato sobre o mesmo tema.
Na primeira multiplicação de pães e peixes foram os
discípulos que alertaram Jesus sobre a necessidade de
dispensar a multidão considerando a hora do dia e a
impossibilidade de encontrar alimento para mais de cinco mil
pessoas. Nesta segunda multiplicação foi Jesus Cristo quem
partilhou com Seus discípulos a situação-problema. Disse-lhes
que não poderia dispensar a multidão sem nada fazer porque
poderiam desfalecer no caminho visto que estavam com Ele há
três dias. Essa atitude revela que Jesus considerava com
seriedade Suas responsabilidades ministeriais. Aquela era a
oportunidade para, mais uma vez, por em ação o amor de Deus
que veio revelar ao mundo. Jesus amava aquela multidão e
transformaria a escassez de alimento em abundância como
fizera, há pouco, suprindo abundantemente a escassez
espiritual daquelas pessoas.
Ao expor a situação-problema aos discípulos o Senhor Jesus
ensinou a todos que o líder, mesmo sabendo o que pretende e
pode fazer, deve partilhar o que sente com os seus liderados a
fim de que eles sejam parceiros na solução do problema e se
sintam honrados com esse tratamento. Trazer o liderado da
condição de expectador à de coadjuvante (ajudador) é um
expediente que o prepara para o exercício da liderança. Além
disso, essa honra deveria ser reproduzida na formação dos
futuros discípulos dos apóstolos. O apóstolo Paulo absorveu
esse ensino de Jesus na capacitação dos discípulos-pastores
que foram seus parceiros ministeriais nas igrejas da Ásia e
Europa.
A solução adequada daquela situação-problema, comum a
todos, resultaria na glorificação do Nome de Deus que se alegra
quando reproduzimos o Seu caráter nas ações de cada dia.
É interessante notar que os discípulos ao serem informados
por Jesus do que ocorria naquele momento mantiveram a
mesma atitude mental de escassez vista na primeira
multiplicação. Disseram: “Como podemos alimentar essa
multidão nesse deserto?”. Pessoas que não exercitam o temor
e a dependência de Deus usam com freqüência o argumento da
impossibilidade nos impasses. Habitualmente encaram os
problemas como obstáculos e não como desafios a serem
superados. Como não se fortalecem em Deus e na força do Seu
poder agrupam-se com aqueles que declaram que nada podem.
Semeiam o pessimismo e a falta de iniciativa e criatividade onde
se encontram. Esses argumentos são ofensivos a Deus cujas
promessas existem para provar que Ele é responsável pelo
cuidado e suprimento de Suas criaturas, particularmente dos
filhos, João 15. 4 – 5; Efésios 6. 10; Filipenses 4. 13.
Ao perceber que os discípulos eram lentos para fazer a
conexão entre o milagre anterior da multiplicação de pães e
peixes e o que Ele pretendia fazer, o Senhor Jesus perguntou a
eles quantos pães tinham em mãos. Responderam: ‘sete’.
Nenhum dos discípulos sugeriu a Jesus que repetisse o
primeiro milagre. Talvez, pensassem que os milagres são
irrepetíveis!
Com os pães em Suas mãos o Senhor Jesus ordenou que a
multidão se assentasse na relva. Assim que todos se
assentaram, o Senhor Jesus tomou em Suas mãos os sete pães,
agradeceu ao Pai por Sua providência e a seguir começou a
partir os pães que se multiplicavam na medida em que os
entregava aos discípulos e estes à multidão. Jesus deu graças
também pelos pequenos peixes que Lhe entregaram e que se
multiplicavam na proporção em que eram distribuídos aos
discípulos e à multidão. Terminado esse processo, eis que mais
de quatro mil pessoas presentes nesse lugar deserto foram
alimentadas.
Ao alimentar espiritual e materialmente a multidão o Senhor
Jesus mostrou a todos que Nele há plena suficiência para todas
as nossas carências de qualquer natureza. O Filho de Deus é
capaz, a exemplo do Pai e do Espírito Santo de suprir-nos
plenamente em tudo o que Lhe pedimos e que Ele se propôs a
nos dar. Nossa atitude deve ser a mesma do homem leproso
que ao se dirigir a Jesus Lhe disse: “Se quiseres podes
purificar-me!”. Jesus respondeu: “Quero. Seja
purificado!”. Quando o que nós queremos é o que Deus quer,
tudo é possível ao que crê. Não há escassez que não possa ser
eliminada por Deus pela abundância. Efésios 3. 20 - 21.
Após suprir abundantemente a multidão o Senhor Jesus a
despediu para que voltasse bem alimentada e em
segurança. Mais de quatro mil pessoas deixaram o local. Com a
retirada das pessoas, sobre a relva restaram pedaços de pães e
peixes. Jesus ordenou que os discípulos recolhessem as sobras
para que o meio ambiente permanecesse limpo. Foram
recolhidos sete cestos cheios de pedaços de pães e
peixes. Esse era exatamente o número de pães multiplicados e
distribuídos.
Ao anoitecer o Senhor Jesus chamou Seus discípulos para
que deixassem o local e fossem para outro. .
ENQUADRANDO-SE NA VISÃO
- O discípulo de Jesus é suprido para suprir.
DETALHES
- Na escassez, não murmure.
- Na abundância, não desperdice.
APLICAÇÃO
- Dispor-se a ser um multiplicador.
PENSAMENTO
A escassez nos ensina a depender de Deus e a abundância nos
ensina a sermos generosos no partilha.

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