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Rio de Janeiro
Apreciação Musical – 1ª Série – Ensino Médio – FG - folha complementar/1
“Um indígena africano toca uma melodia em sua flauta de bambu. O músico europeu terá muito trabalho para imitar
fielmente a melodia exótica, mas quando ele consegue enfim determinar as alturas dos sons, ele está certo de ter
reproduzido fielmente a peça de música africana. Mas o indígena não está de acordo, pois o europeu não prestou atenção
suficiente ao timbre dos sons. Então o indígena toca a mesma ária em outra flauta. O europeu pensa que se trata de uma
outra melodia, porque as alturas dos sons mudaram completamente em razão da construção do outro instrumento, mas
o indígena jura que é a mesma ária. A diferença provém de que o mais importante para o indígena é o timbre, enquanto
para o europeu é a altura do som. O importante em música não é o dado natural, não são os sons tais como são realizados,
mas como são intencionados. O indígena e o europeu ouvem o mesmo som, mas ele tem um valor totalmente diferente
para cada um, porque as concepções derivam de dois sistemas musicais inteiramente diferentes; o som em música
funciona como elemento de um sistema. As realizações podem ser múltiplas, o acústico pode determiná‐las exatamente,
mas o essencial em música é que a peça possa ser reconhecida como idêntica”.
(Jean-Jacques Nattiez, musicólogo francês)
Parâmetros Sonoros
- parâmetros que o nosso cérebro identifica ao ouvir o som:
• Altura→ a medida em que se revelam os sons graves e agudos, que varia de acordo com a frequência
das ondas sonoras. Quanto maior a frequência, mais agudo será o som;
• Intensidade (ou volume)→ a medida em que se revelam os sons fortes e fracos, que varia de acordo
com a amplitude das ondas sonoras. Quanto maior a amplitude, mais forte será o som;
• Timbre→é a identidade da fonte sonora; coloração do som;
• Duração→é quanto tempo um som demora sendo emitido. A combinação de variadas durações forma
o ritmo;
•
- outros parâmetros sonoros:
• Forma→ estrutura formal na qual se desenvolve a música. A forma estrutural das composições varia
de acordo com o seu período histórico, estilo ou finalidade para a qual foram criadas;
• Textura→ densidade da música. De quantos planos sonoros é constituída uma música;
o Textura monofônica: uma única linha melódica;
o Textura homofônica: duas ou mais melodias com ritmo semelhante; melodia acompanhada;
o Textura polifônica: duas ou mais linhas melódicas com ritmos e movimentos diferentes,
porém combinadas em contraponto;
Elementos Estruturais da Música
• Ritmo→ combinação de durações variadas; pulsação; marcação da música; andamento; compasso;
• Melodia→ sequência de sons de alturas variadas que possui sentido musical;
• Harmonia→ conjunto de três ou mais notas emitidas simultaneamente; acordes; tonalidade da música;
Tomando como referência os Elementos Básicos da Música, podemos classificar os instrumentos musicais da seguinte
forma:
• Instrumentos Melódicos→ aqueles que são capazes de emitir apenas notas em sequência; que emitem
melodias;
• Instrumentos Harmônicos→ aqueles que são capazes de emitir três ou mais notas simultaneamente; que
fazem harmonia; que fazem acompanhamento;
• Instrumentos de Percussão→ emitem sons percutidos; que fazem apenas o ritmo da música;
Alguns instrumentos de percussão são capazes de emitir notas musicais, por isso são subdivididos ainda em
dois grupos:
- de altura indeterminada: instrumentos de percussão que não são capazes de emitir notas musicais;
- de altura determinada: instrumentos de percussão que emitem notas musicais;
Os profissionais da Música
Que atuam diretamente na criação e transformação da criação musical.
Compositor: aquele que organiza o som através da manipulação dos elementos musicais com sua ideia
musical;
Intérprete: aquele que transforma a criação musical em som propriamente dito. Quem interpreta e dá
significado sonoro à criação;
Arranjador: aquele que transforma a criação musical, dando a ela uma nova roupagem;
➔A formação do coral de vozes adultas é dividida nos seguintes naipes: SOPRANO, CONTRALTO, TENOR E BAIXO.
➔As vozes líricas recebem uma classificação bem mais detalhada, de acordo com o timbre, a extensão, o brilho da
voz, a intensidade e a expressividade do cantor.
A Orquestra
Encontramos duas designações de orquestra que em nada diferem quanto à estrutura e ao repertório que
interpretam, mas que recebem denominações diferenciadas devido ao modo como são mantidas:
Orquestra sinfônica→ mantida por uma entidade pública ou privada, da qual leva o nome;
• Os naipes da orquestra:
– Cordas: violino, viola, violoncelo, contrabaixo, harpa; Obs.: o piano não é do naipe, mas quando
está na orquestra, entra no naipe de cordas;
– Sopros - Madeiras: flauta, flautim, oboé, clarinete, corne inglês, fagote, contrafagote;
– Sopros – Metais: trompa, trompete, trombone, tuba;
– Percussão: tímpanos, xilofone, carrilhão, pratos, bombo, caixa, celesta, etc.
• O naipe das madeiras pode ainda receber os saxofones e clarone. Dependendo da música
e de seu compositor, o naipe da percussão pode ter somente tímpanos ou ter um grande
número de instrumentos convencionais e não-convencionais.
Estrutura de naipes de orquestra do período barroco