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Legislação Informatizada - Decreto nº 57.

855-A, de 24 de Fevereiro
de 1966 - Publicação Original
Veja também:
Retificação Dados da Norma

Decreto nº 57.855-A, de 24 de Fevereiro de 1966


Aprova o Regulamento de Correspondência do Exército (R-
8).
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 87, inciso I, da Constituição Federal,
DECRETA:
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento de Correspondência do Exército (R-8), que com êste baixa, assinado pelo
General-de-Exército Décio Palmeiro de Escobar, Ministro da Guerra interino.
Art. 2º Êste decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 24 de fevereiro de 1966; 145º da Independência e 78º da República.
H. CASTELLO BRANCO
Decio Escobar.
REGULAMENTO DE CORRESPONDÊNCIA DO EXÉRCITO - R-8
TÍTULO I
Generalidades
CAPÍTULO I
Finalidade
Art. 1º O Regulamento de Correspondência do Exército destina-se a constituir um guia para a elaboração, recepção
e encaminhamento de papéis no Ministério da Guerra.
Art. 2º O presente Regulamento trata das normas de redação, segurança, processamento e trânsito da
correspondência oficial no Exército, fixando os tipos de papéis e modelos a serem utilizados.
§ 1º A correspondência para fins de justiça, a referente à contabilidade de fundos e de material, bem como a
correspondência em campanha deverão observar o disposto nas publicações específicas, ressalvadas, todavia, as
prescrições gerais aplicáveis e constantes dêste Regulamento.
§ 2º Ao Ministro da Guerra cabe resolver os casos omissos ou duvidosos verificados na aplicação dêste
Regulamento.
CAPÍTULO II
Correspondência Oficial
Art. 3º Correspondência oficial é o meio utilizado para manter-se relações de serviço.
Parágrafo único. Abrange todos os documentos lavrados, expedidos ou recebidos em objeto de serviço.
Art. 4º São documentos de correspondência oficial em uso no Ministério da Guerra:
1) Avisos
2) Cartas e cartões
3) Despachos ou decisões
4) Exposição de Motivos
5) Instruções
6) Memorandos
7) Memoriais
8) Notas
9) Ofícios
10) Ordens
11) Portarias
12) Radiogramas, telegramas e telefonemas
13) Relatórios
14) Remessas ou Restituições
15) Requerimento.
Parágrafo único. Ofícios, partes e outros documentos podem ter conteúdos característicos, tais como:
1) Circulares
2) Consultas
3) Encaminhamentos
4) Indicações
5) Informações
6) Pareceres
7) Partes
8) Propostas
9) Queixas
10) Reconsiderações de atos
11) Representações
Art. 5º Na correspondência oficial, são também utilizados os seguintes expedientes:
1) Apostilas
2) Atas
3) Certidões
4) Contratos
5) Cópias autênticas
6) Decretos
7) Diretrizes
8) Editais
9) Leis
10) Notas Ministeriais
11) Normas
12) Planos
13) Procurações
14) Programas
15) Têrmos.
CAPÍTULO III
Definições e Características
Art. 6º Redação oficial é a maneira de redigir a correspondência e outros expedientes, em objeto de serviço.
Art. 7º A redação oficial em uso no Ministério da Guerra, obedecendo e preceitos tradicionais e normas de elevado
respeito, deve possuir:
1) Correção gramatical - indispensável à conceituação do documento;
2) Clareza - necessária ao seu perfeito entendimento;
3) Sobriedade - para que a redação seja simples sem ser vulgar;
4) Precisão - no emprêgo exato do vocábulo para evitar diferentes interpretações;
5) Impessoalidade - para que os interêsses do serviço superem as opiniões pessoais;
6) Polidez - indicativo de formação compatível com o desempenho da função.
TÍTULO II
Correspondência Militar
CAPÍTULO IV
Classificação
Art. 8º A correspondência oficial em uso no Ministério da Guerra classifica-se:
1) quanto ao trânsito, em externa e interna;
2) quanto à natureza, em sigilosa e ostensiva;
3) quanto à precedência, em normal, urgente e urgentíssima;
4) quanto ao meio de comunicação empregado, em:
a) postal
b) radiotelegráfica
c) radiotelefônica
d) telegráfica
e) telefônica
f) por mensageiro.
Art. 9º A correspondência telefônica deverá observar, no que diz respeito ao seu emprêgo e exploração, as regras e
preceitos contidos no Manual de Campanha próprio.
Art. 10. Correspondência por mensageiro é a que utiliza praças ou mesmo oficiais para sua transmissão, conforme o
requeira a natureza do assunto.
Parágrafo único. O envio de mensagens sigilosas far-se-á de acôrdo com as prescrições do Regulamento para
Salvaguarda das Informações que interessam à Segurança Nacional.
CAPÍTULO V
Correspondência Interna e Externa
Art. 11. Correspondência, interna é a que transita no âmbito de uma Organização Militar.
Parágrafo único. Quando dela resultar uma externa, esta deverá ser feita em ofício; no caso de ser necessário
anexar algum documento interno, êste deverá sê-lo em forma de cópia autêntica, conservando-se o documento
original no arquivo da organização.
Art. 12. Correspondência externa é a que transira entre duas Organizações do Ministério da Guerra, ou entre
qualquer delas e outras organizações entranhas ao Ministério. Em geral, reveste-se da forma de ofício.
CAPÍTULO VI
Correspondência Sigilosa e Ostensiva
Art. 13. Correspondência sigilosa é aquela que, por sua natureza, tem a sua divulgação, o seu manuseio, a
classificação, a marcação, a incineração etc., sujeitos às prescrições do Regulamento para Salvaguarda das Informação
que Interessam à Segurança Nacional.
Art. 14.Segundo a categoria do assunto e quanto à extensão do meio em que pode circular, a correspondência
sigilosa será classificada pela autoridade competente em:
1) ultra secreta;
2) secreta;
3) confidencial;
4) reservada.
Art. 15. Ultra Secreta - Toma essa classificação a correspondência secreta especial. Requer um grau especial de
segurança, visto que seu conhecimento por pessoa, não autorizada causaria dano excepcional à Nação.
Art. 16. Secreta - Toma essa classificação a correspondência cuja revelação desautorizada poria em perigo a
Segurança Nacional, ou causaria sério prejuízo ao interêsse ou ao prestígio da Nação, ou a qualquer atividade do
Govêrno, ou que resultaria em grande vantagem para uma ou mais de uma Nação estrangeira.
1) A classificação e a reclassificação da correspondência em Ultra Secreta e Secreta é privativa dos membros do
Conselho de Segurança Nacional e de seu Secretário-Geral, bem como das autoridades a êles subordinadas, que
recebem tal delegação em regulamento ou instruções.
2) No Ministério da Guerra a classificação da correspondência especificada no número anterior é da atribuição do
Ministro e do Chefe do Estado-Maior do Exército e demais autoridades por êles credenciadas de acôrdo com o
Regulamento para Salvaguarda das Informações que Interessam à Segurança Nacional e instruções complementares.
Parágrafo único. Todo documento Ultra Secreto e Secreto deve indicar a autoridade que o classificar, a rubrica de
que carimbou e a data em que o fêz.
Art. 17. Confidencial - Toma essa classificação a correspondência cuja revelação desautorizada, apesar de não pôr
em perigo a Segurança Nacional, seja prejudicial aos interêsses ou prestígio da Nação, a qualquer atividade
governamental, ou a um indivíduo; ou que possa cria embaraço administrativo, ou apresentar vantagens para uma
Nação estrangeira.
Art. 18. Reservada - Toma essa classificação a correspondência não especificada em nenhuma das categorias já
mencionada, e que não devam ser publicadas ou comunicadas a qualquer um, exceto para fins oficiais.
Parágrafo único. A classificação e a reclassificação da correspondência em Confidencial e Reservada é da atribuição
de qualquer oficial das Fôrças Armadas ou Oficial Administrativo.
Art. 19. Os documentos sigilosos devem obrigatoriamente trazer, em cada página, no alto e em baixo,
correspondente ao meio da página, em caracteres grandes, escritos ou carimbados a tinta carmim, a classificação
correspondente.
Art. 20. A correspondência sigilosa, no que tange à sua fiscalização, admite duas categorias:
1) Controlada - Tôda aquela classificada como ultra secreta, secreta, confidencial, ou documento ou dispositivo
criptográfico reservado, dotado de número de registro, de título convencional e acompanhado de instruções para que
o detentor do mesmo preste contas periodicamente. Está sujeita às Instruções sôbre documentos sigilosos
controlados do Exército:
a) Documento controlado não deve ser confundido com documento classificado sigiloso, ao qual tenha sido dado,
por motivos administrativos, número ou título convencional para fins de protocolo ou referência, tão somente, e do
qual não exigem verificação periódicas.
b) Os documentos somente serão controlados se a autoridade expedidora julgar essencial controlar a distribuição e
manter o registro sôbre a custodia de tôdas as cópias, considerando o interêsse da Defesa Nacional, de acôrdo com o
que prescreve o Regulamento para a Salvaguarda das Informações que Interessam à Segurança Nacional (R S I S N).
c) A correspondência controlada trará no alto da primeira folha, à esquerda da classificação do documento, a
palavra "Controlado" e número do exemplar.
2) Não controlada - A que dispensa a formalidade de contrôle periódico.
Art. 21. Ao serem destruídos os rascunhos, folhas de papel carbono, "clichês", estênceis, notas estenografadas e
minutas, que contenham dados ultra secretos, secretos ou confidenciais, ter sempre presente que:
1) documentos apenas rasgados, mesmo amarrotados e postos fora, podem ser reunidos de modo que tornem
legível a escrita ou impressão neles existentes;
2) podem ser lidas com facilidade as impressões deixadas em folhas de mata-borrão e papel carbono, sobretudo
quando novas, e ainda sôbre outras de papel comum, se conservadas por baixo daquelas sôbre as quais se escreve;
3) é possível tornar legível o que se acha escrito em documentos complemente queimados e não triturados;
4) existem máquinas fotográficas, de tamanho diminuto, com, que se podem fotografar documentos quase
instantaneamente
Art. 22. A responsabilidade da catalogação e guarda de tôda a correspondência sigilosa, controlada caberá às
autoridades seguintes:
1) Chefes de EM ou de Gabinete, nas Grandes Unidades ou Repartições Militares chefiadas por Oficial-General;
2) Comandantes, Diretores ou Chefes, nos Corpos de Tropa, Estabelecimentos ou Repartições Militares.
Art. 23. A catalogação e guarda da documentação sigilosa, controlada ou não será feita pelo Oficial Chefe da
Repartição que tratar de assuntos sigilosos (S-2, E-2, etc.) ou por Oficial para isso designado, nas organizações onde
não existir organicamente tal repartição, ficando êsse oficial responsável pala fiscalização da integral aplicação do
RSISN.
1) São também detentores responsáveis os Chefes da Repartições internas ou comando de Unidades ou
Subunidades incorporadas, a que forem distribuídos documentos sigilosos, controlados ou não, para desempenho de
seus deveres oficiais.
2) Sempre que houver substituição de funções, as autoridades detentoras deverão passar aos seus substitutos,
pessoalmente, tôda a correspondência sigilosa controlada, comunicando esse fato à autoridade competente,
conforme estabelece o RSISN.
3) O Extravio ou perda de documentos sigiloso, no todo ou em parte deverá ser comunicado imediatamente à
autoridade remetente, independente de outras medidas previstas no Regulamento citado no número anterior.
Art. 24. Documentos controlados e ultra-secretos, secretos e codificais não controlados, serão guardados nos
arquivos mais seguros disponíveis, de preferência em cofre de três combinações, ou seu equivalente; documentos
reservados serão guardados de modo que se lhes garanta razoável grau de segurança.
Art. 25. Correspondência ostensiva é a que não está compreendida nas categorias anteriores e cujo conhecimento
ou divulgação não prejudica os interesses nacionais ou a administração, não sendo, entretanto, permitida sua
publicação além da imprensa oficial, salvo quando autorizada.
CAPÍTULO VII
Correspondência Normal, Urgente e Urgentíssima - Prazos
Art. 26. Normal é aquela cujo estudo e tramitação se fazem regularmente, dentro dos prazos fixados. Tal prazo não
deve excercer de 10 dias úteis, contados entre a data de entrada e a saída do protocolo-geral da Repartição, dos quais
oito dias com o oficial ou servidor incumbido de estudá-la, sob pena de responsabilidade.
1) Para contrôle dêsse prazo, todo documento terá um item, o último, em que será mencionado o numero de dias
em que o mesmo permaneceu na repartição para ser informado.
2) Quando o assunto exigir maior prazo para ser estudado, a demora deverá ser devidamente justificado no
processo, também no último item com a declaração do motivado que a determinou, evitando-se a forma vaga de
"acúmulo de serviço". "falta de pessoal" e outras semelhantes.
Art. 27. Urgente é a que, em face da natureza do assunto, tem tratamento preferencial sôbre a normal, para que seu
estudo, decisão e tramitação se façam no menor prazo possível.
1) Os pedidos de reconsideração, recursos, processos de herança de militares falecidos, funeral, vencimentos e
vantagens atrasados e exercícios findos, são considerados urgentes.
2) Os radiogramas e telegramas para efeito de tramitação, são considerados com êste grau de precedência, sendo
que, os primeiros, quando cifrados, obedecem a normas especiais de classificação e expedição.
3) Os documentos classificados como "Urgente" terão encaminhamento no prazo máximo de vinte e quatro horas.
4) O documento só será considerado como urgente, quando sôbre a mesma classificação vier a rubrica da
autoridade que o assina.
Art. 28. Urgentíssimo é o grau atribuindo à correspondência que deva chegar ao destinatário no menor prazo
possível. E o mais alto grau e exige escoamento imediato e direto, isto é, sem passar pelos canais que devam fazer
simples encaminhamentos, salvo se expressamente declarado.
1) Com o grau "Urgentíssimo" transitam os processos de interesse da justiça (mandado de segurança, ações
ordinárias, "habeas-corpus" etc.) ou das Casas do Congresso (pedidos de informações, projetos de lei, etc.), além de
outros em que a natureza do assunto assim o exija, como por exemplo os referentes à situação de emergência que
afetam a Segurança Nacional.
2) O documento só será considerado como urgentíssimo, quando sôbre a mesma classificação vier a rubrica da
autoridade que o assina.
CAPÍTULO VIII
Correspondência Postal, Radiotelegráfica e Telegráfica
Art. 29. Correspondência postal e a encaminhada ao destinatário por intermédio de um serviço de correio. Quando
o fôr por meio do Departamento dos Correios e Telégrafos (DCT), a correspondência oficial terá franquia postal, desde
que não seja via aérea, de acôrdo com a legislação que dispõe sôbre o uso oficial da correspondência postal e
telegráfica.
1) Tôda a correspondência classificada como urgente ou urgentíssima será expedida como expressa.
2) Tôda a correspondência sigilosa será expedida como registrada; a ostensiva, deste que seja assunto de interêsse
da justiça ou haja impetrativo na obtenção de recibo do destinatário, será registrada.
3) A critério da autoridade expedidora, sempre que o assunto o exigir e quando se destinar a guarnições longínquas
e mal servidas de outros meios de comunicação, será empregada a correspondência aeropostal, paga à bôca do cofre,
sempre que não fôr utilizado o Correio Aéreo Nacional.
Art. 30. Correspondência radiotelegráfica é a transmitida pelas estações pertencentes ao Ministério da Guerra.
1) Poderá ser empregada em caráter particular, pelos militares, desde eu não haja prejuízo para o serviço e quando
visada pela autoridade competente.
2) A correspondência sigilosa será expedida em linguagem cifrada.
Art. 31 Correspondência radiotelefônica é aquela feita por intermédio das estações militares e reservada ao serviço
oficial das altas autoridades.
1) Só em casos excepcionais e a critério da autoridade competente, será permitido seu uso em caráter particular.
2) Se usada freqüentemente para fins de transmissão de ordens ou indagações de fatos, deve ser registrada em
livros ou fichas apropriadas.
3) Os radiofonemas imcortantes devem ser cotejados.
Art. 32 A correspondência telegráfica é aquela que utiliza os telégrafos das agências do Departamento dos Correios
e Telégrafos: é usada exclusivamente no interesse do serviço público e só quando se tratar de assunto urgente e não
possa ser expedida por outro meio de comunicação; neste caso, goza de franquia telegráfica de acôrdo com a
legislação que dispõe sôbre o uso oficial da correspondência postal e telegráfica.
TÍTULO III
Elaboração da Correspondência
CAPÍTULO IX
Regras de Redação
Art. 33. A correspondência oficial, de acôrdo com o prescrito no "Artigo 7º", deve ser clara, precisa e concisa, redigia
em linguagem corrente e tão completa quando possível, destacando-se o essencial, sem preâmbulos ou fórmulas de
pura cortesia, o que é dispensável quando transitar sòmente no âmbito do Exército.
Art. 34. Tôdas as conclusões devem ter o caráter afirmativo ou negativo, devendo ser evitadas as expressões
redundantes, evasivas, sem responsabilidade, ou as informações que revelem a intenção de se facilitarem favores
pessoais,
Art. 35. Será obrigatório o uso da ortografia oficial regulada em Lei.
Art. 36. Na Correspondência com autoridades estrangeiras é de rigor o uso do idioma português, devendo-se,
quando fôr possível fazer acompanhar o documento escrito em vernáculo, da respectiva tradução na língua
considerada.
Parágrafo único. Para os países de língua pouco usual, a tradução será sempre em francês ou inglês, salvo se, para
os casos em apreço, houver tradutor em condições de verter com tôda exatidão.
Art. 37. Na corresponderia que só deva transitar no Ministério da Guerra dispensam-se as fórmulas de pura cortesia
tais como: "Tenho a honra de ..." e outras cuja ausência, não denotando desatenção pessoal, torna, no entanto, mais
simples e sucinta a exposição.
Art. 38. Os documentos oficiais, de modo geral, constam de três partes:
1) Cabeçalho;
2) Texto;
3) Fêcho.
Art. 39. O cabeçalho varia conforme a espécie de documento (ver Título IV, com os respectivos exemplos e os
modelos em anexo).
Art. 40. O texto, parte principal do documento, poderá ser desdobrado em itens, de modo que as idéias se
apresentem definidas em cada item e se sucedam em correlação com as anteriores.
Art. 41. Os itens serão indicados por algarismos arábicos cardinais e para sua subdivisão serão usadas letras
minúsculas; quando a exposição do assunto exigir outro desdobramento, usar-se-ão algarismos arábicos seguidos de
parênteses; se outra subdivisão fôr necessária, esta será designada por letras minúsculas seguidas de parênteses.
Sendo necessários outros subitens, será repetida a série sôbre um traço horizontal.
Parágrafo único. Quando o texto constar de um só item, êste não será numerado.
Art. 42. Em certos documentos (portarias, normas, instruções, etc.) cujo texto é dividido em artigos, êstes receberão
numeração ordinal até o artigo nono (9º) e cardinal a partir de dez (10), todos precedidos da abreviatura "Art.".
Art. 43. Nos documentos referidos no número anterior, o parágrafo será empregado para indicar divisão imediata
de um artigo; destina-se a esclarecer, completar e registrar as exceções que se não puderam fazer no corpo do artigo
e sua numeração segue a mesma regra estabelecida para o artigo.
Parágrafo único. Quando o artigo comportar um só parágrafo usar-se-á a forma por extenso - "Parágrafo único" - e
não "§ único".
Art. 44. Quando, no texto de um documento, fôr citada uma lei por seu número e data, deverá figurar entre
parênteses o Boletim do Exército ou Diário Oficial que a publicou; caso essa lei seja conhecida por nome particular,
êste também figurará entre parênteses. Exemplo: Lei nº 2.657, de 1º Dez 55 (Lei de Promoções de Oficiais do Exército,
BE 51-55).
Art. 45. O fêcho do documento é constituído exclusivamente pela assinatura da autoridade competente, salvo se a
correspondência fôr dirigida a autoridade civil, dignitário da Igreja e outras personalidades, quando serão usadas
expressões de cortesia.
Art. 46. Além das prescrições do presente capítulo convém seja observado o seguinte:
1) Evitar escrever e substantivo "número", por extenso, quando vier seguindo de algarismo; deve-se usar "Nº 5", "Nº
20" etc.
2) Os numerais cardinais, quando designarem datas (anos) devem ser grafados sem ponto ou espaço separando as
classes; deve-se escrever "1942" e não "1.942" ou "1942".
3) Exposições de motivos Avisos, Oficiais e outros expedientes quando citados sem indicação de número e data, isto
é indeterminadamente, devem ser escritos com letras minúsculas; quando mencionados com número e data devem
ser grafados com inicial maiúscula: "o ofício do DPG esclareceu ..." e "o ofício Nº 615, de 4 Fev. 49, desta Diretoria deu
por encerrado...".
4) Quando fôr citado algum artigo deve-se usar a abreviatura "Art."; quando a referência ao artigo não fôr
acompanhada do número correspondente, deve-se escrever a palavra por extenso.
5) Na redação de telegramas e radiogramas deverá ser empregado o menor número possível de palavras. Serão
usadas largamente as abreviaturas militares e suprimidas as expressões de cortesia, bem como as partículas
gramáticas e de pontuação desde que tais supressões não afetem a clareza do assunto tratado. Observar as "Normas
para Correspondência Radiotelegráfica e Tráfego" e o "Código de Abreviaturas para Correspondência Telegráficas -
CACT".
CAPÍTULO X
Tratamento
Art. 47. Os tratamentos tradicionais usados na correspondência militar são: "Vossa Excelência" e "Vós".
1) Usa-se "Vossa Excelência" (por extenso) apenas na correspondência dirigida ao Presidente da República e V. Exª
(abreviado) quando o destinatário fôr Oficial-General das Fôrças Armadas ou se as seguintes autoridades:
a) Vice-Presidente da República;
b) Ministros de Estado e Chefes de Gabinete da Presidência da República;
c) Membros do Congresso Nacional;
b) Ministros, Desembargadores e Juizes dos Tribunais;
e) Embaixadores e Ministros;
f) Chefes de Missões Diplomáticas Estrangeiras;
g) Prefeito do Distrito Federal;
h) Governadores de Estado e Territórios;
i) Chefe de Política do DFSP;
j) Procurador Geral da República;
l) Consultor Geral da República;
m) Subprocurador Geral da República;
n) Procuradores Gerais;
o) Auditores Militares;
p) Membros dos Legislativos Estaduais;
2) O tratamento "vós" é empregado na correspondência dirigida às demais autoridades civis e militares ou a
particulares quando em objeto de serviço.
Art. 48. Na correspondência destinada a dignitários da Igreja são usados os tratamentos:
1) "Vossa Santidade" - para o Papa;
2) "Vossa Eminência" (V. Emª) - para os Cardeais;
3) Vossa Excelência Reverendíssima (V. EXª Revmª) - para os Arcebispos e Bispos;
4) "Vossa Reverência" (V. Rev.ª) ou "Vossa Reverendíssima" (V. Revm.ª) - para os demais eclesiásticos.
Art. 49. Quando o expediente é do mesmo teor para várias autoridades (documentos circular) usar-se tratamento
uniforme. Se todos os destinatários fizerem jus ao mesmo, êsse será o empregado, caso contrário usa-se "vós".
Parágrafo único. Nos convites de qualquer natureza o tratamento a empregar será " V. Exª".
CAPÍTULO XI
Emprêgo das Abreviaturas e Símbolos
Art. 50. As abreviaturas destinam se à simplificação de palavras e expressões correntes na linguagem.
Art. 51. Na correspondência militar empregam-se as abreviaturas constantes do "Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa" e as estabelecidas ou previstas no Manual de Campanha "Abreviaturas, Símbolos e Convenções
Cartográficas" (C 21-00), quando não colidirem com o vocabulário, à exceção dos pontos abreviativos, que não serão
usados para simplificar a escrita.
Parágrafo único. As abreviaturas militares devem ser empregadas sòmente entre militares e, obrigatòriamente, na
correspondência interna de uma mesma Organização Militar.
Art. 52. Num mesmo documento emprega-se abreviatura livremente, se na primeira vez em que fôr empregada vier
precedida de seu significado por extenso.
CAPÍTULO XII
Regras Dactilográficas
Art. 53. A fim de evitar expedição de atos idênticos com formas de apresentação diferentes, deverão, todos que
executam serviços datilográficos nas organizações militares, observar as prescrições do presente capítulo.
Art. 54. As margens terão as seguintes dimensões:
1) Esquerda - 3,5cm ou aproximadamente 14 espaços horizontais. Para a numeração do primeiro item,
aproximadamente 17 espaços horizontais;
2) Direito - 1cm ou aproximadamente 5 espaços horizontais;
3) Inferior - 2cm ou aproximadamente 7 espaços verticais nº1;
4) Superior - 3cm ou aproximadamente 9 espaços verticais nº 1 (segunda fôlha e seguintes).
Art. 55. O emprêgo dos espaços verticais será feitos da maneira abaixo indicada;
1) nº 1 - em tôdas as partes o cabeçalho; no texto, quando fôr longo, exigindo mais de uma fôlha; (nas transcrições
artigos, parágrafos, alíneas, linhas pontuadas e entre uns e outros); no fêcho (nome e pôsto sob a assinatura).
2) nº 2 - no texto dos documentos pouco extensos (com 2 ou 3 itens de 3 a 4 linhas cada um), entre os itens de
documentos em que no texto seja usado o espaço vertical nº 1, para separar do corpo do documento o início e o fim
das transcrições.
3) nº 3 - para separar os itens nos documentos em cujo texto seja empregado o espaço vertical nº 2; para a
classificação do documento em "Urgente" ou "Urgentíssimo", contado acima da denominação do documento tal
denominação será datilografada ou carimbada.
4) nº 6 (6 vêzes o espaço vertical nº 1) - entre o cabeçalho e o texto e entre o texto e a linha destinada à assinatura.
Art. 56. Os sinais de pontuação seguir-se-ão imediatamente às palavras, sem espaço. Depois dos sinais de
pontuação serão observador os seguintes estações: vírgula e ponto e vírgula - um espaço; dois pontos, ponto, ponto
de exclamação, ponto de interrogação e reticência - dois espaço.
Art. 57. O s números e símbolos devem ser datilografados de acôrdo com as regras da Comissão de Metrologia, as
quais assim se resumem:
1) os números deverão ser escrito sem classes de três algarismos, podendo a separação das classes ser feita por
meio de ponto (127.123) ou de um espaço (127.123). Esta regra não se aplica às datas (anos) (1958);
2) A vírgula deve ser usada exclusivamente para separar a parte inteira da parte decimal (1,52);
3) os símbolos devem se grafados sem ponto abreviativo, sem adição de s, quando no plural, e sempre na mesma
linha horizontal em que o número estiver escrito (185m e não 185ms ou 185m). Excetuam-se os símbolos das
unidades de temperatura - grau (º); de tempo - hora (h), minuto (m) e segundo (s); e das sexagesimais de ângulo - grau
(º), minuto (') e segundo ("), os quais podem se escritos como expoentes (3h5m8s).
4) Os símbolos devem vir sempre no fim do número e nunca intercalados entre a parte inteira e a decimal (5,12m). A
única exceção é a abreviatura Cr$ (cruzeiro), que precede sempre o número indicativo da importância ficando extinta
a fração do cruzeiro, denominada "centavo". Exemplo Cr$100.000.
Art. 58. Na redação da correspondência militar, exceto na de cartas e cartões, os nomes próprios geográficos e de
indivíduos são datilografados com caracteres maiúsculos a fim de os distinguir no conjunto do texto.
Art. 59. Na designação dos itens cumpre observar que a numeração fique para dentro do texto. Para isso escrever-
se-á sôbre o 17º espaço horizontal, contado do limite esquerdo do papel, o algarismo que irá constituir o número do
primeiro item, seguido de um ponto. Deixa-se espaço em branco e inicia-se o texto batendo-se a sua primeira letra.
1) A letra inicial da segunda linha deve ser batida na distância estabelecida para a margem esquerda, isto é, 3,5cm
ou 14 espaços horizontais, aproximadamente.
2) O sinal gráfico final de uma linha do texto deve ser batido na distância estabelecida para a margem direita; caso
seja impossível, nenhum sinal supérfluo será colocado para completar a linha.
Art. 60. Com relação aos subitens, sua designação será feita com letras minúsculas, devendo após a letra indicadora
seguir-se um ponto e um espaço em branco, depois do qual será escrita a primeira letra do texto.
1) A subdivisão seguinte far-se-á com algarismos arábicos seguidos do sinal de Fechar Parênteses, seguido de um
espaço em branco, depois do qual será escrita a primeira letra do texto.
2) Se outras subdivisões forem necessárias, serão feitas com letras minúsculas seguidas do sinal de Fechar
Parênteses e obedecidas as demais prescrições para subdivisões.
3) Se ainda forem necessárias subdivisões, estas serão designadas, necessàriamente, por algarismos arábicos entre
parênteses e letras minúsculas entre parênteses.
4) Sendo necessárias outras subdivisões, será repetida tôda a série, a partir da designação de item, sôbre um traço
horizontal.
5) A designação dos subitens ou subdivisões será colocada no alinhamento vertical do número do primeiro item
correspondendo o primeiro sinal gráfico do subitem ou subdivisão ao número do primeiro item.
6) A letra inicial da segunda e demais linhas dos subitens ou subdivisões deve ser batida na distância estabelecida
para a margem esquerda, isto é, 3,5cm ou 14 espaços horizontais, aproximadamente.
Art. 61. Sempre que se tiver de transcrever textos de leis, regulamentos etc., proceder-se-á da seguinte forma:
1) Iniciar a transcrição deixando o espaço vertical nº 2;
2) Iniciar a primeira linha da transcrição com sinal de ASPAS, batido a 6 espaços horizontais à direita do alinhamento
vertical dos itens e subitens;
3) Manter, durante a transcrição, o espaço vertical nº 1;
4) Colocar a letra inicial das linhas seguintes no mesmo alinhamento vertical da primeira linha da transcrição;
5) O limite direito da transcrição será o mesmo do corpo do documento;
6) Terminada a transcrição, reiniciar o documento após o espaço vertical nº 2;
7) Os artigos, parágrafos e alíneas, cuja transcrição fôr desnecessária, serão substituídas por uma linha pontuada.
Art. 62. As assinaturas, firmas ou rubricas em documentos e processos deverão ser acompanhadas da repetição
completa do nome dos signatários e indicação das respectivas funções, tipogràficamente ou manuscritas ou, em caso
de urgência, utilizando carimbo, de qualquer forma com letra de imprensa. Para a assinatura, será datilografado um
traço horizontal, distanciado, da última linha do texto, de 6 espaços verticais nº 1 e iniciado em coincidência com a
linha vertical do centro do papel e de extensão variável. Sob êsse traço será datilografado, em letras maiúsculas, o
nome da autoridade signatária (conforme consta do Almanaque do Exército) em uma linha. Em outra logo abaixo, a
abreviatura do pôsto (graduação), seguida da função ou cargo, por extenso, e da abreviatura da Organização Militar.
Parágrafo único. Se o signatário fôr oficial-general, o pôsto precederá o nome.
Art. 63. Os documentos assinados pelo Ministro da Guerra não terão traço para assinatura.
Art. 64. O oficial relator do documento e o datilógrafo que o preparou terão suas iniciais datilografadas nas cópias
do documento, assim como o número do protocolo (PO - protocolo ostensivo ou PS - protocolo sigiloso) logo abaixo
dessas iniciais, tudo na parte inferior esquerda, na altura de um espaço vertical nº 2 abaixo da linha do nome
datilografado da autoridade.
Art. 65. O texto será iniciado a 6 espaços verticais nº 1 da última linha do cabeçalho.
Art. 66. Sempre que o documento tiver mais de uma fôlha, a partir da segunda, as fôlhas serão numeradas
sucessivamente no meio e no alto, a 3 espaços verticais nº 1 do limite superior do papel, entre dois traços de união.
Art. 67. Nas fôlhas numeradas, a 9 espaços verticais nº 1 do limite superior do papel, serão dactilografadas as
palavras: "Continuação do" seguidas da abreviatura do nome do documento, do seu número, da data e da abreviatura
da organização expedidora, tudo separado por vírgula, entre parênteses e sublinhado por um traço horizontal, de um
extremo a outro, respeitadas as margens.
Art. 68. Nas fôlhas numeradas, a continuação do texto será iniciadas 1 espaço vertical nº 2 abaixo no traço referido
no artigo anterior.
Art. 69. O envelope deverá conter abaixo das Armas Nacionais e do nome Ministério da Guerra, em duas linhas
separadas por um espaço vertical nº 1 ou nº 2, conforme suas dimensões, as abreviaturas das organizações militares
intermediárias e o nome da organização expedidora, tudo em maiúscula. Um ou dois espaços verticais nº 1 abaixo do
nome da organização expedidora e a 4 espaços horizontais do limite esquerdo do envelope será dactilografada a
abreviatura da espécie do documento seguida de um espaço em branco, da letra N, outro espaço em branco, do
número do documento, um traço inclinado e a abreviatura da seção em que foi elaborado o documento. Caso o
documento seja "urgente" ou "urgentíssimo" êsse grau de precedência será dactilografado em maiúscula, um espaço
vertical nº 1, abaixo da linha anterior. O sobrescrito consta de:
1) forma de tratamento;
2) pôsto e cargo do destinatário;
3) rua e número (se fôr o caso);
4) cidade, vila ou localidade e Estado ou Território, na mesma linha e sublinhados.
§ 1º Deve ser usado o espaço vertical nº 1 entre as linhas do sobrescrito, a menos que o envelope seja de grandes
dimensões, caso em que o espaço será proporcional ao seu tamanho. Tôdas as linhas do sobrescrito deverão
obedecer ao mesmo alinhamento vertical.
§ 2º A 4 espaços horizontais do limite esquerdo do envelope e 4 espaços verticais n 1º acima do limite inferior
dactilografar-se-á a palavra "Do" seguida do pôsto e do cargo do signatário.
§ 3º Quando a correspondência fôr pessoal, o nome do signatário constará do sobrescrito logo depois do pôsto e o
cargo constituirá outra linha.
Art. 70. Os radiogramas e telegramas serão datilografados em caracteres maiúsculos, com dois espaços entre as
palavras, números e sinais.
CAPÍTULO XIII
Disposições Diversas
Art. 71. Ao ser elaborada qualquer correspondência, deverão ser extraídas tantas cópias, a carbono ou
mimeografadas, quantas forem necessárias para fins de arquivamento ou distribuição.
Parágrafo único. De preferência serão adotadas carbonos e fitas de côr preta.
Art. 72. Chama-se Circular a comunicação do mesmo teor dirigida simultâneamente a vários destinatários. É
elaborada em forma de oficio ou memorando, radiograma ou telegrama. Nesses documentos será grafada a palavra
"CIRCULAR"; nos ofícios e memorandos, logo abaixo da espécie e do número, e nos radiogramas e telegramas,
conforme previsão das Normas para a Correspondência Radiotelegráfica e Tráfego.
1) Na elaboração dos ofícios e memorandos circulares, dever-se-á repetir nas diversas vias, com carimbo ou a
máquina, a designação da organização militar expedidora, sempre que no original vier impressa.
2) As 2ª, 3ª, e demais vias tiradas a carbono mimeografadas e assinadas pelo mesmo signatário da 1ª via serão
também consideradas originais.
Art. 73. Nas organizações militares comandadas, dirigidas ou chefiadas por oficiais-generais, poderão essas
autoridades delegar, com as restrições julgadas convenientes, observadas as prescrições regulamentares atinentes ao
assunto, aos chefes de estado-maior ou de gabinete, atribuições de assinar correspondência de rotina.
1) A assinatura, nessas condições, será precedida das palavras "por ordem" ou das iniciais "PO", datilografadas ou
manuscritas a cêrca de 1 cm da assinatura e no mesmo alinhamento horizontal desta. Assim:
PO _____________________________________________________________________
Gen. Bda. Newton Castelo Branco Tavares, Chefe do Gabinete do E M E
2) O documento assinado "Por ordem" produzirá aos mesmos efeitos decorrentes da assinatura da própria
autoridade delegante e quando der lugar a qualquer resposta ou solução será esta dirigida à referida autoridade.
3) Não pode ser usada a assinatura "Por ordem":
a) em documentos que encerrem parecer ou julgamento sôbre atos de trabalhos de autoridades mais elevadas;
b) em papéis que contenham assuntos relativos a Justiça e Disciplina e naqueles que firmem doutrina;
c) em papéis encaminhados aos oficiais-generais para os quais se utilizará (em caso de urgência e no impedimento
temporário do chefe e de seu substituto legal) a fórmula: "Incumbiu-se o Exmo. Sr".
Art. 74. Na ausência fortuita do Comandante, Chefe ou diretor, a correspondência urgente poderá ser assinada pelo
substituto daquela autoridade, que lhe apresentará, na primeira oportunidade, a cópia do respectivo documento.
Neste Caso, empregar-se-á a expressão "No impedimento de" manuscrita sôbre o traço horizontal, onde deveria
assinar o impedido e, por baixo do nome datilografado, assinará o substituto, seguido se pôsto, nome e função com
letra de imprensa, uma das formas previstas no Art. 62.
Parágrafo único. Quando o substituto inteiramente ou responder pelas funções de Comando, Chefia ou Direção, o
seu nome será datilografado, em letras maiúsculas, em uma linha; em outra, logo abaixo, a abreviatura do pôsto
(graduação), seguida da função ou cargo por extenso (Chefe Interino, Respondendo pelo Comando), seguido da
abreviatura da Organização Militar, de acôrdo com o estabelecido no Art. 62.
TÍTULO IV
Documentos de Correspondência
CAPÍTULO XIV
Aviso
Art. 75. É a forma de correspondência, assinada por Ministro de Estado, dirigida a outras altas autoridades da
República em assunto de serviço. É também o expediente pelo qual o Ministro da Guerra dá conhecimento ao Exercito
de suas decisões de caráter administrativo e de ordem geral.
Art. 76. O Aviso, como forma de correspondência, tem os seguintes característicos:
1) O cabeçalho contém os seguintes dizeres;
Aviso nº..............................Brasília, DF Em...........................Sr................(autoridade destinatária).
2) O texto consta da introdução em que se fará referência ao assunto tratado, da apreciação do mesmo,
esclarecimentos e informações que o ilustrem e da conclusão. Sua elaboração segue as prescrições do Capítulo III,
dêste Regulamento.
3) O fêcho é constituído pela assinatura do Ministro procedida de expressões de cortesia, como: "Aproveito a
oportunidade para apresentar (ou renovar) a V. Exa. Meus protestos de elevada estima e distinta consideração".
Art. 77. O Aviso, como expediente de caráter administrativo ou de ordem geral, não contém destinatário, nem fecho
de cortesia e o seu texto segue as mesmas prescrições estabelecidas para o documento de correspondência do
mesmo nome.
CAPÍTULO XV
Cartas e Cartões
Art. 78. Carta é o documento de caráter oficial ou oficioso em que se imprime ao assunto um cunho pessoal.
Art. 79. As cartas oficiais seguem em princípio, as seguintes normas:
1) O cabeçalho contém, no alto da primeira fôlha, a localidade, dia, mês e ano. A seguir, o nome ou cargo do
destinatário e seu enderêço.
2) O texto obedece à orientação particular do signatário, sendo sòmente obrigatório o uso de uma das formas de
tratamento a que tiver direito o destinatário.
3) O fêcho das cartas contém expressões de cortesia, tais como:
a) para autoridades a que se dispensa o tratamento de "V. Exª ( dentro do Exercito) e V. Exª (no meio civil): " Com
elevada estima e consideração, subscrevo-me".
b) para autoridades a que se dispensa o tratamento de "vós": "Com estima e consideração subscrevo-me".
Art. 80. As cartas assinadas pelo Ministro da Guerra não têm repetido a máquina o seu nome e cargo como acontece
com as demais autoridades signatárias.
Art. 81. As cartas não podem ser divulgadas ou exibidas pelos destinatários, sem permissão de seu autor, mas
podem ser anexadas como documentos em processos judiciais para defesa de direito, mesmo sem autorização do
signatário.
Art. 82. Os cartões de caráter oficial ou oficioso são documentos de correspondência remetidos por autoridades ou
Organizações Militares por motivos de atos da vida social. Os cartões poderão ser manuscritos, datilografados ou
impressos.
Art. 83. Os cartões em uso no Ministério da Guerra têm modêlos próprios e como documento oficial devem ter
impresso o timbre oficial.
Parágrafo único. Nos cartões oficiosos remetidos por Organizações Militares (convites para festividades
comemorativas, cumprimentos por ocasião do Natal e Ano Novo, etc.), o timbre oficial pode ser substituído pelo
distintivo da Unidade. Para êste tipo de cartões não há modêlos ou dizeres fixados.
Art. 84. Os convites para solenidades oficiais no Ministério da Guerra são elaborados pelos órgãos encarregados das
relações sociais e obedecem a normas tradicionais.
CAPÍTULO XVI
Exposições de Motivos
Art. 85. Exposição de motivos é o instrumento por intermédio do qual o Ministro da Guerra se dirige ao Presidente
da República para a apresentação de problemas atinentes à sua Pasta.
Art. 86. A exposição de motivos obedece as seguintes prescrições:
1) O cabeçalho consta do número (à esquerda) e da data (à direita) e abaixo, no centro da fôlha a expressão;
"Excelentíssimo Senhor Presidente da República".
2) O texto poderá comportar itens numerados seguidamente com algarismos arábicos cardinais e contará de:
resumo do assunto; síntese das alegações, argumentos ou fundamentos oferecidos; apreciação do assunto, razões ou
esclarecimentos que ilustrem; transcrição da legislação citada; e parecer conclusivo de modo claro e conciso.
3) No fêcho que encerra o documento constará as expressões de cortesia: "Aproveito a oportunidade para
apresentar (ou renovar) a Vossa Excelência os protestos de minha mais elevada consideração". Segue-se a assinatura
do Ministro, sem indicação de pôsto ou cargo.
CAPÍTULO XVII
Memorando
Art. 87. Memorando é a forma simplificada de correspondência, em que, do escalão superior, são dados ou
transmitidas ordens, advertências, comunicações ou convites a subordinados.
Art. 88. Dentro de uma mesma Organização Militar, quando necessário, os memorando serão acompanhados da
respectiva cópia na qual o destinatário aporá o "ciente".
Parágrafo único. Quando se tratar de ordens a serem cumpridas em curto prazo, a assinatura ou rubrica do
destinatário será precedida da hora e da data do recebimento.
1) Nos memorandos circulares, desacompanhados de cópia, o ciente será apôsto no próprio documento, em regra,
logo abaixo da assinatura do remetente.
Art. 89. O memorando tem as seguintes características:
1) O cabeçalho contém no centro e no alto o nome de Organização Militar, abaixo à esquerda, o número e à direita
em linhas sucessivas: localidade, data, signatário e destinatário.
2) O texto regido em linguagem lacônica, dispensa introdução e conclusão e tem forma imperativa e determinante.
3) O fêcho constará da assinatura e do nome e pôsto da autoridade signatária datilografados.
Art. 90. Quando o memorando fôr circular, terá esta classificação especificada abaixo do número.
CAPÍTULO XVIII
Memorial
Art. 91. Memorial é a petição escrita pela qual o signatário apresenta um pedido e fundamenta minuciosamente sua
pretensão.
Parágrafo único. Será encaminhado à autoridade a quem fôr dirigido, pelos trâmites regulamentares.
Art. 92. É vedado ao militar dirigir-se em memorial a qualquer autoridade estranha ao Exército, para tratar de
assunto que deva ser solucionado pelo Ministro da Guerra.
Art. 93. O memorial obedece às seguintes prescrições:
1) O cabeçalho contém os seguintes dizeres:
MINISTÉRIO DA GUERRA
...........................................................................................................................................................
(Abreviatura das Organizações Militares intermediárias)
...........................................................................................................................................................
(Organização Militar a que pertence o signatário)
(Localidade e data)
MEMORIAL
Exmo. Sr. (ou Sr.)
...........................................................................................................................................................
(autoridade destinatária)
2) O texto escrito em linguagem elevada e cortês, varia de acôrdo com a natureza do pedido e consta de uma
análise minudente e clara dos fatos e circunstâncias que o justificam e uma síntese concludente no que foi exposto.
Quando muito extenso pode ser dividido em capítulos com respectiva intitulação e êstes em intens e subitens.
3) O fêcho é constituído pela assinatura do peticionário.
Art. 94. Os memoriais não podem ser assinados por mais de um signatário, caso em que sejam considerados
abaixo-assinados e como tal proibido seu andamento e punidos os responsáveis de acôrdo com o R/4.
CAPÍTULO XIX
Nota
Art. 95. Nota é a forma de correspondência assinada pelo Ministro da Guerra e dirigida a determinada organização
militar, tratando de assunto administrativo de interêsse exclusivo dessa organização.
Art. 96. A nota apresenta as seguintes características:
1) O cabeçalho contém os seguintes dizeres:
Nota nº Brasília, DF, .................................................................................................
Sr. (autoridade destinatária)
...........................................................................................................................................................
2) O texto, que pode ser desdobrado em itens, varia com a natureza do assunto e segue, em linhas gerais, as
prescrições do Capítulo III dêste regulamento.
3) O fêcho consta da assinatura do Ministro.
CAPÍTULO XX
Ofício
Art. 97. O ofício é a forma de correspondência pela qual uma autoridade se comunica com outra em matéria de
serviço; é o meio normal de correspondência entre unidades administrativas.
Art. 98. O ofício obedece às seguintes prescrições:
§ 1º O cabeçalho;
1) No centro e no alto apresenta abaixo do nome do Ministério da Guerra, as abreviaturas das organizações
militares intermediárias, na mesma linha e simètricamente dispostas em relação ao alinhamento vertical do centro da
fôlha. Na linha abaixo o nome da organização militar expedidora do ofício.
2) A direita e abaixo em linhas sucessivas no mesmo alinhamento vertical:
a) o nome da localidade e, separada por vírgula, a sigla do Distrito Federal, Estado ou Território, sem ponto final e
ainda separada por vírgula a data indicada pelos números arábicos respectivos do dia e ano e entre êles a abreviatura
do mês;
b) a palavra "Do" seguida do cargo do signatário e da organização militar remetente; quando a correspondência é
interna, o que fôr escrito após a palavra "Do" deverá ser abreviadamente.
c) a palavra "Ao" seguida da abreviatura Sr. do cargo do destinatário e da organização militar a que é dirigido o
ofício; quando a correspondência é interna o que fôr escrito após a palavra "Ao" deverá ser abreviadamente. Para as
autoridades superiores citadas no Art. 47, a palavra Senhor não será abreviada.
d) a palavra "Assunto" seguida de dois pontos e de um breve resumo, tão exato quanto possível, do que se trata;
e) quando o ofício comportar, haverá ainda mais duas linhas destinadas à "Referência" e ao "Anexo";
f) se o assunto fôr resposta ou originado de um documento anterior que não fizer parte do processo ou tiver origem
em uma lei, regulamento, aviso, etc., escrever-se-á a palavra "Referência" seguida de dois pontos, mencionando-se
adiante o número e data da peça que deva constar como tal;
g) quando houver mais de uma referência, estas deverão ser colocadas em ordem cronológica, designadas por
letras minúsculas seguidas de parêntese;
h) se o ofício fôr acompanhado de mapas, cópias, têrmos, etc., escrever-se-á a palavra "Anexo" seguida de dois
pontos e indicar-se-á resumidamente o número do documento ou documentos anexados, procedendo-se no caso de
mais de um, como no caso da "Referência".
3) À esquerda, no alinhamento horizontal da palavra "Do" e vertical dos números dos itens do texto, o número do
ofício que constará da numeração cardinal, separada por um traço inclinado da indicação da repartição interna,
precedida da palavra ofício abreviadamente (of).
a) Nos ofícios circulares a palavra "Circular" será escrita embaixo do número do ofício.
b) A classificação "Urgente" ou "Urgentíssimo" será escrita ou carimbada no alto e à esquerda, acima do número do
ofício (Ver Artigos 27 e 28).
c) Ao se escrever o que constar do "ASSUNTO", "REFERÊNCIA" ou "ANEXO", dactilógrafo deverá para a esquerda
tomar por base o alinhamento vertical indicado pela letra "A" da palavra "ASSUNTO" e para a direita a margem de 1
cm, que deverá ser conservada.
Exemplos de cabeçalho de ofícios:
MINISTÉRIO DA GUERRA
I Ex - 4ª RM e 4ª DI - ID/4
REGIMENTO TIRADENTES
Ofício nº 1/Gab-1
São João d'Rei, MG, 22 Fev 65
Do Comandante do 11º RI
Ao Sr. Comandante da ID/4
ASSUNTO: Inspeção de saúde em Sargento (solicita).
MINISTÉRIO DA GUERRA
DEPARTAMENTO DE PROVISÃO GERAL
URGENTE
Ofício nº 15/Sec
Brasília, DF, 2 Jan 65
Do Chefe do Departamento de Provisão Geral
Ao Sr. Diretor-Geral de Material Bélico
ASSUNTO: Prescrições e regras para confecções de ofícios (Remete).
REFERÊNCIA:
a) Circular nº 18, de Jul 65, da Presidência da República;
b) Nota Circular nº 222, Res, de 15 Jul 55, do Ministério da Guerra.
ANEXO:
a) Dez modelos impressos;
b) Uma relação de abreviaturas, com vinte fôlhas.
§ 2º O texto segue as regras preconizadas no Capítulo IX, e na sua elaboração deve ser observado ainda o seguinte:
1) O item 1 responde à pergunta: " do que trata" ?
2) Um ou mais itens seguintes servem para fazer uma exposições simples do que ocorre com o caso em quetão;
3) Um ou mais servem para prestar informações julgadas necessárias para esclarecer o assunto;
4) O item final é a solução ou parecer, solicitação ou indicação de providências, emfim, o que fôr necessário ou
conveniente para o caso.
§ 3º O fecho consta da assinatura da autoridade e excepcionalmente conforme o caso, admite fôrmula de cortesia,
de acôrdo com o artigo 45.
§ 4º Quando o conteúdo do ofício fôr consulta, encaminhamento, indicação, parecer, proposta, queixa,
representação ou reconsideração de ato, no cabeçalho, depois do resumo do "ASSUNTO", escrever-se-á, entre
parênteses, em maiúsculas, a palavra:
(CONSULTA, ENCAMINHAMENTO, INDICAÇÃO etc,).
CAPÍTULO XXI
Parte
Art. 99. Parte é o meio pelo qual um militar, verbalmente ou por escrito, se comunica com um colateral ou superior
hierárquico, em objeto de serviço no âmbito de uma mesma organização militar.
Parágrafo único. As partes verbais não serão assunto dêste regulamento.
Art. 100. As partes podem versar sôbre:
1) Serviço;
2) Inscrição;
3) Assuntos gerais e administrativos;
4) Justiça e disciplina.
Art. 101. A parte em princípio obedece as seguintes prescrições;
1) O cabeçalho tão simples quanto possivél segue o modêlo abaixo:
MINISTÉRIO DA GUERRA
REGIMENTO SAMPAIO
Parte Nº
1º Btl
Vila Militar, GB, 11 Jun 62
Do Cmt do Batalhão
Ao Sr. Sub Cmt do RI
ASSUNTO:...............................................................................................................................
2) O texto varia conforme a natureza da parte e segue em linhas gerais, as prescrições relativas aos ofícios.
3) O fêcho consta da assinatura pôsto e função da autoridade remetente.
Art. 102. As partes diárias de serviço são, geralmente dadas em livros a isso destinados e seguem modelos próprios.
Exemplo: Parte do oficial de dia à Unidade.
Art. 103. Existem ainda outras partes que obedecem a modelos próprios, regulados em legislação especial.
Exemplos: Parte de ausência, partes de pagamento etc.
Art. 104. As partes quando relatarem ocorrências, quer disciplinares, quer administrativas, devem ser escritas com
sobriedade indicando-se todos os dados capazes de identificar pessoas ou coisas envolvidas caracterizando as
circunstâncias de tempo e de lugar sem comentários e sem apreciações estranhas ao caso, com a finalidade de
fornecer à autoridade destinatária bases para uma decisão.
Art. 105. As partes para publicação de punições em Boletim Interno, devem conter todos os dizeres preconizados no
R/4, para êsse fim.
Art. 106. São ainda conteúdo de partes: consulta, encaminhamento, indicação, informação, parecer, proposta,
queixa, representação e reconsideração de ato, desde que circulem sòmente no âmbito de uma organização militar.
CAPÍTULO XXII
Requerimento
Art. 107. Requerimento é o documento em que o signatário pede à autoridade competente concessão regulamentar
ou reconhecimento de direito.
Art. 108. Os requerimentos devem obedecer às seguintes prescrições:
1) O cabeçalho conterá:
a) À esquerda: na primeira linha, por extenso, o MINISTÉRIO DA GUERRA; na segunda linha, abreviadamente, as
organizações militares intermediárias e na terceira linha, por extenso, a organização militar a que pertence o
requerente. No caso de requerente civil ou militar da reserva da reserva ou reformado, a primeira linha constará do
pôsto e cargo da autoridade a quem fôr dirigida a petição, sendo dispensável o restante:
b) No mesmo alinhamento vertical e sete linhas abaixo da denominação do Ministério, escrever-se-á palavra "
OBJETO", e seguir far-se-á menção resumidamente, do que requer, nunca ultrapassando o alinhamento vertical que
corresponde ao certo da fôlha.
c) À direita, no mesmo alinhamento horizontal de Ministério da Guerra e tendo início no alinhamento vertical
correspondente ao centro da fôlha, excluída a margem esquerda, escrever-se-á a palavra "Ao", o tratamento e o cargo
da autoridade a quem é dirigido o requerimento e na linha abaixo, o pôsto ou graduação e nome do requerente. Na
décima sexta linha e no mesmo alinhamento vertical da palavra "Ao" será escrita a função da autoridade a quem é
dirigido o requerimento preceito da palavra "Senhor", abreviada ou não, de acôrdo com o Art. 51. Para as autoridades
superiores citadas no Art. 47, a palavra Senhor não será abreviada.
2) No texto observar-se-á o seguinte:
a) Deve começar na décima sétima linha;
b) O tratamento é sempre na terceira pessoa do singular e na forma do discurso, indireito, como por exemplo:
"1 - FULANO DE TAL, ..., requer a V.Exª.............................................................................."
c) Deverá conter: nome do requerente, registro de identidade, pôsto, Arma (Serviço ou Quadro) ou graduação, QMG
e QMP;
d) No caso do requerente civil, tanto quanto possível, deverão ser mencionados: filiação, classe, ano em que serviu
ao Exército e em que Organização, residência e registro de identidade;
e) Deverá conter ainda, a Organização Militar onde serve o peticionário, o que requer e os dispositivos legais em que
se julga amparado e baseia sua pretensão;
f) O texto comportará um mínimo de dois itens, podendo conter mais, conforme a necessidade da exposição, sendo
que no último item, o peticionário deverá declarar se é a primeira vez que requer e em caso contrário o despacho
dado nos requerimento anteriores, bem como as datas e onde estão publicados;
g) Quando o texto fôr longo, não cabendo numa só página, continuar-se-á no verso da mesma fôlha. Caso não seja
suficiente, serão anexadas outras fôlhas.
3) No fêcho, observar-se-á o seguinte: na linha ao fim do texto deverá constar a localidade, o Estado e a data; na
segunda linha a assinatura e o pôsto ou graduação do peticionário, por abaixo da qual deverá vir o nome
dactilografado ou escrito em letra de imprensa.
Art. 109. Os requerimentos, de preferência, deverão ser dactilografados. É permitido o uso de modelos de
requerimento impresso, desde que obedeçam às prescrições estabelecida neste regulamento.
Art. 110. Os requerimentos, para fins militares são isentos de sêlo.
Art. 111. Os pedidos de reconsideração de ato serão apresentados sob a forma de requerimento dirigido à
autoridade cujo ato é objeto de recurso e deverão ser instruídos com novos argumentos.
CAPÍTULO XXIII
Radiograma - Telegrama e Mensagem Direta
Art. 112. Radiograma é a forma simplificada de correspondência destinada a ser transmitida por meio de
equipamento de radiocomunicações.
Art. 113. Os radiogramas são classificados segundo:
o assunto - oficial, social e pessoal;
o texto - claro e cifrado;
a precendência - comum, urgente e urgentíssimo;
o encaminhamento - direto e de trânsito.
1) Radiograma oficial é o que trata de objeto de serviço, assinado por autoridade militares e destinado a autoridades
militares.
2) Radiograma social é o que trata de assunto pessoal, de finalidade social, assinado por autoridades militares
destinado também a autoridades militares.
3) Radiograma pessoal (P) é o que trata de assunto particular, assinado por militares ou assemelhados e destinado
também a militares ou assemelhados.
4) Radiograma claro é o redigido em linguagem inteligível, sem auxílio de códigos ou cifras.
5) Radiograma cifrado é o que necessita para elaboração e entendimento do texto do emprêgo de código ou de
cifras.
6) Radiograma comum é o que se destina a ser transmitido, dentro dos horários previstos, na ordem do seu
recebimento.
7) Radiograma urgente (U) é o que se destina a ser transmitido, dentro dos horários previstos, preterindo, no
entanto, os radiogramas comuns. A classificação de urgente é dada pelo expedidor.
8) Radiograma urgentíssimo (UU) é o que se destina a ser transmitido imediatamente, podendo para isso, haver
modificação nos horários previstos. A classificação de urgentíssimo também é da pelo expedidor.
9) Radiograma direto é o transmitido diretamente da estação de origem à estação de destino.
10) Radiograma de trânsito é o que exige, para chegar à estação de destino a participação de uma ou mais estações
intermediárias.
Art. 114. O direito de expedir radiogramas, o gôzo de franquia radio-telegráfica e a redação de radiotelegramas são
regulados pelas "Normas para Correspondência Radiotelegráficas e tráfico."
Art. 115. O cabeçalho do radiograma consta de:
1) Preâmbulo;
2) Indicações de serviço;
3) Enderêço.
Art. 116. O preâmbulo é preenchido pelo operador da estação transmissora.
Art. 117. A indicação de serviço caracteriza o radiograma quanto ao assunto, se é pessoal (P) e quanto a
precedência, se urgente (U) ou urgentíssimo (UU).
1) A autoridade militar que expede a mensagem é responsável pela sua classificação.
2) Quando a classificação não fôr normal, as abreviaturas acima (P, U, UU) deverão constar do referido cabeçalho
precedendo imediatamente à designação do destinatário e enderêço.
Art. 118. O enderêço consta da abreviatura regulamentar da organização militar seguida do nome da cidade onde
está sediada, quando o radiograma fôr dirigido ao comandante, chefe ou diretor dessa organização.
Exemplo: "11RI - São João Del Rei".
1) Quando o radiograma fôr dirigido a uma autoridade subordinada, usa-se, depois da abreviatura da organização, a
abreviatura da repartição.
Exemplo: "4ªRM - EM Juiz de Fora", indica que o radiograma é dirigido ao Chefe do Estado-Maior da 4ª Região Militar
em Juiz de Fora.
2) Nos radiogramas sociais e pessoais abreviatura do pôsto e o nome de guerra da autoridade devem preceder a
abreviatura da organização militar.
Exemplo: Gen. Braga - 9ª RM - C. Grande".
Art. 119. Só deverão ser empregadas nos enderêços dos radiogramas as abreviaturas regulamentares ou as de uso
já generalizado não sendo permitido o uso de endereços particulares ou residenciais.
Art. 120. O texto deve ser redigido em linguagem telegráfica, isto é, com o menor número possível de palavras e
suprimida as partículas gramaticais e de pontuação, desde que isso não afete o sentido da mensagem. Serão
utilizadas, sempre que possível, as abreviaturas regulamentares do C 21-30.
1) O texto é iniciado pelo número dado pelo expedidor seguido da data do radiograma.
Exemplo: Nr 512 AP de 10 set 62.
2) Devem ser observadas as recomendações do Regulamento para Salvaguarda das Informações que interessam à
Segurança Nacional sôbre o sigilo.
3) Os quantitativos deverão trazer a quantia por extenso.
4) Só poderão ser empregados na redação dos radiogramas as letras do alfabeto romano, os algarismos arábicos e
as abreviaturas dos sinais de pontuação: ponto (pt), vírgula (vg), ponto e vírgula (ptvg), dois pontos (ptpt), ponto de
interrogação (int). Os números em algarismos romanos serão escritos em arábicos precedidos da palavra "romano".
As aspas e os parênteses, quando necessários, serão grafados por extenso.
5) Não serão permitidos textos de mais de 100 (cem) palavras, com exceção dos destinados ou remetidos por
unidades de fronteira ou em serviço no exterior do País.
Art. 121. No caso do radiograma ser resposta de um documento, serão utilizadas logo após a data as seguintes
expressões:
1) Rera...(Resposta ou referência rádio número...)
2) Rete...(Resposta ou referência telegrama número...)
3) Reof ...(Resposta ou referência ofício número...).
Art. 122. As palavras compostas serão aglutinadas numa só; assim escrever-se-á Santamaria, Sãopaulo, em vez de
Santa Maria e São Paulo; decretolei, guardafecho, portasabre, em vez de decreto-lei, guarda-fecho e porta-sabre.
Art. 123. Os números inteiros ou fracionários serão escritos em algarismos arábicos; entretanto, quando os
números tiverem importância substancial no texto deverão ser redigidos por extenso, alglutinando-se os algarismos
componentes, como por exemplo "trintacinco", "setecentosvinteoito", etc.
Art. 124. O traço de união será suprimido nas palavras justapostas de uso corrente e nas expressões que
contenham pronomes oblíquos como por exemplo "informovos" em vez de "informo-vos".
Art. 125. Nos radiogramas pessoais o texto não poderá conter mais de 30 (trinta) palavras e sempre que possível,
tanto os pessoais como os sociais devem obedecer aos modêlos constantes das "Normas para Correspondência
Radiotelegráficas e Tráfego".
Art. 126. O fecho nos radiogramas constará de:
Assinatura a ser transmitida e Assinada para contrôle da rêde
1) Nos radiogramas oficiais a assinatura a ser transmitida constará do pôsto (abreviatura) do nome pelo qual o
oficial é reconhecido (nome de guerra) e da função (abreviatura).
2) Nos radiogramas pessoais e sociais a assinatura a ser transmitida constará do pôsto e nome pelo qual é
conhecido o oficial (nome de guerra), seguido do enderêço rediotelegráfico da repartição onde serve.
Art. 127. Todos os radiogramas de verão ser autenticados com a assinatura ou rubrica da autoridade que possua
franquia radioltelegráfica.
Art. 128. Telegrama oficial é a forma simplificada de correspondência destinada a ser transmitida, por meio de
equipamento do Departamento de Correios e Telégrafos pelas autoridades militares possuidoras de franquia
telegráfica.
Parágrafo único. É usado exclusivamente no interêsse do serviço e quando o assunto fôr de natureza urgente.
Art. 129. Os telegramas e os radiogramas devem ser escritos à máquina ou em letra de fôrma, utilizando-se modelos
impressos que geralmente são reunidos em talões em que existem fôlhas de côres diferentes para originais e cópias.
Art. 130. Tôdas as normas para a redação dos radiogramas oficiais bem como o preenchimento dos modelos,
deverão se seguidas para o telegrama, como exceção do enderêço de destinatário que deve ser tão simples e
completo quanto possível para sua perfeita localização; assim, um telegrama dirigido ao Chefe da 22ª CR terá o
seguinte enderêço:
Chefe 22ª CR
Avenida Cleto Campêlo sem número Caruarú - Pernambuco.
Art. 131. É vedado o uso de correspondência radiotelegráfica entre os diversos órgãos sediados no Quartel-General
do Ministério da Guerra e entre órgãos servidos por uma mesma estação radiotelegráficas do Exército.
Art. 132. A Mensagem Direta é a mensagem entre Órgãos do Ministério da Guerra, de características semelhantes
ao radiograma, transportada por estafetas, de protocolo do signatário ao destinatário.
Art. 133. As Mensagens Diretas, por não se utilizarem de meios elétricos ou radioelétrico, não serão aceitas nas
Estações Centros de Mensagens do SRMG.
Art. 134. A Mensagem Direta deve ser encaminhada dentro do órgão que a recebe, como expediente de caráter
urgente.
Art. 135. A Mensagem Direta se classifica:
1) Segundo o assunto, em:
a) OFICIAL - mensagem que trata de objeto de serviço;
b) SOCIAL - mensagem de finalidade social.
2) Segundo o texto, em:
a) CLARA - mensagem intelegível sem auxílio de códigos ou cifras;
b) CIFRADA - mensagem para cuja elaboração e entendimento e necessário o emprêgo de códigos ou cifras.
Art. 136. De um modo geral, têm o direito de expedir Mensagens Diretas os Comandantes, Chefes ou Diretores das
organizações militares, seus Chefes de Gabinete e de Divisão e outros militares por êles designados.
Art. 137. Quando o expedidor não tiver franquia a Mensagem Direta será necessàriamente visada por uma
autoridade que a possua, depois de aprovar a natureza e o motivo da mensagem.
Art. 138. A redação da Mensagem Direta é da responsabilidade do expedidor.
Art. 139. A Mensagem Direta deve ser escrita à máquina.
Art. 140. Nas Mensagens Diretas deve ser empregadas as abreviaturas telegráficas em uso no SRMG (CAT) e as
previstas no C 21 - 30.
Art. 141. A composição da Mensagem Direta obedece a modêlo constante do ANEXO III, dêste Regulamento,
podendo ser utilizados modêlos impressos e reunidos em talões com fôlhas de côres diferentes para originais e
cópias.
TÍTULO V
Conteúdos Característicos
CAPÍTULO XXIV
Consulta
Art. 142. Consulta é o instrumento por meio do qual o militar pede à autoridade superior a verdadeira interpretação
de texto ou dispositivo regulamentar ou legal ou ainda esclarecimentos acêrca do desempenho de certo serviço ou
função.
Art. 143. No cabeçalho da parte ou ofício que trata de consulta, logo depois do resumo do "ASSUNTO", escrever-se-
á: (Consulta).
Art. 144. Tôda consulta devem versar sôbre um único assunto e esgotá-lo completamente.
Art. 145. As consultas devem satisfazer aos seguintes requisitos:
1) Indicar claramente seu objeto;
2) Os textos de lei regulamentos nelas citados devem ser obrigatòriamente transcritos;
3) Conter o estudo comparativo das razões que militem a favor da tese da consulta e dos motivos que lhe são
contrários;
4) Trazer a opinião do consulente a respeito do modo pelo qual julga mais acertada a solução.
Art. 146. Não devem ser encaminhadas consultas que já tenham sua solução em textos claros de leis, regulamentos
ou avisos.
CAPÍTULO XXV
Indicação
Art. 147. Indicação é a maneira pela qual o militar, por meio de oficio ou parte, conforme se trate de documento
externo ou interno, indica à autoridade superior, pessoa ou pessoas em condições de exercer cargo ou função ou
desempenhar comissão.
Art. 148. No cabeçalho do ofício ou parte que faz a indicação deverá constar, após o resumo do "ASSUNTO", a
palavra: (Indicação).
CAPÍTULO XXVI
Informação
Art. 149. Informação é o expediente elaborado por meio de ofício ou parte, conforme se trate de documento
externo ou interno, no qual uma autoridade presta a outra esclarecimento solicitado ou necessário, ou instruído um
papel, em lugar a isso destinado no próprio documento.
Art. 150. No cabeçalho do ofício ou da parte que presta a informação, deverá constar, após o resumo do
"ASSUNTO", a palavra: (Informação).
Art. 151. Nas informações a serem prestadas pelas autoridades nos requerimentos, deverão ser observadas as
seguintes prescrições:
1) Tôdas as conclusões devem ter caráter afirmativo ou negativo, devendo ser evitadas as expressões redundantes,
evasivas ou sem responsabilidade.
2) A informação inicial de um requerimento será datilografada no verso do mesmo, sempre que estiver contido na
primeira página.
3) As informações que sucedem à informação inicial terão também a forma de ofício ou parte e serão
dactilografadas em fôlhas separadas e numeradas cronològicamente.
4) Das informações deverão constar obrigatòriamente as seguintes partes:
a) Citação do texto de lei, regulamento, aviso, portaria, despacho ministerial, etc., que a autoridade considerar como
amparo legal à pretensão do requerente;
b) Estudo fundamentado e sintético da autoridade informante, a qual deverá concluir, taxativamente, se, em sua
opinião, o requerente deve ou não ser atendido e de que forma;
c) Declaração do tempo durante o qual o requerimento permaneceu na repartição ou organização militar que presta
a informação.
CAPÍTULO XXVII
Parecer
Art. 152. Parecer é o instrumento pelo qual o signatário emite opinião, esclarecimento ou orientação sôbre questão
submetida à sua apreciação, a fim de facilitar decisão da autoridade competente.
Parágrafo único. Os pareceres jurídicos emitidos por órgãos especificadamente consultivos têm forma própria e não
são tratados neste Regulamento.
Exemplo: Pareceres do Consultor Jurídico do Ministério da Guerra.
Art. 153. No cabeçalho do ofício em que se emite parecer deverá constar, após o resumo do "Assunto", a palavra:
(Parecer).
CAPÍTULO XXVIII
Proposta
Art. 154. Proposta é o expediente por meio do qual se propões, à autoridade competente, pessoa para
desempenhar certa missão ou cargo, ou se alvitra providências visando melhor execução dos encargos militares.
Art. 155. No cabeçalho do ofício ou da parte em que se faz proposta deverá constar, após o resumo de "Assunto", a
palavra: (Proposta).
CAPÍTULO XXIX
Queixa
Art. 156. Queixa é o recurso disciplinar apresentado pelo militar diretamente atingido por ato que repute irregular
ou injusto.
Art. 157. Além da queixa disciplinar definida no artigo anterior, existe a queixa-crime prevista no Código Penal
Militar e não abordada por êste Regulamento.
Art. 158. A queixa contra comandante, chefe ou diretor ou autoridade superior é apresentada em ofício; nos demais
casos será objeto de partes, observadas sempre as prescrições do R/4.
Art. 159. No cabeçalho de ofício ou de parte em que se apresenta queixa deverá constar, no "Assunto", as palavras
"Queixa contra".
CAPÍTULO XXX
Reconsideração de Ato
Art. 160. Reconsideração de ato é o meio hábil pelo qual o militar, em requerimento, pede a superior revisão de ato
ou decisão dessa autoridade, julgada pelo requerente injusto, de mau tratamento ou lesivo a seus direitos.
Art. 161. São de duas naturezas os pedidos de reconsideração de ato, muito embora estejam ambos previstos pelo
mesmo preceito geral, estabelecido no § 37 do art. 141 da Constituição Federal:
1) De natureza disciplinar ou de serviço puramente militar;
2) De natureza essencialmente administrativa.
Art. 162. Os primeiros estão regulados pelo artigo 76 do R/4 e ambos regem-se pelas seguintes prescrições:
1) É permitido ao servidor público, civil ou militar, requerer ou representar, pedir reconsideração e recorrer, desde
que o faça com urbanidade e em têrmos;
2) Nenhuma solicitação, inicial ou não, qualquer que seja a sua forma, poderá:
a) Ser dirigida à autoridade incompetente para decidi-la;
b) Ser encaminhada senão por intermérdio da autoridade a quem estiver direta e imediatamente subordinado o
peticionário e desde que novos argumentos sejam expostos à autoridade que proferiu a decisão a ser reconsiderada.
Art. 163. A redação obedece em tudo e por tudo ao disposto nos requerimentos onde, após a palavra "Objeto" se
acrescenta: (Reconsideração de ato).
CAPÍTULO XXXI
Representação
Art. 164. Representação é o ofício ou parte apresentando recurso disciplinar feito por indivíduo apenas
indiretamente alcançado por ato reputado irregular ou injusto, ou que atinja subordinado ou serviço sob seu
comando ou jurisdição.
Parágrafo único. Nas representações devem ser observadas as normas e o prazos constantes do R/4.
Art. 165. No cabeçalho do ofício ou da parte em que se faz representação, após o resumo do "Assunto", escreve-se:
(Representação).
TÍTULO VI
Outros Expedientes
CAPÍTULO XXXII
Diretrizes - Instruções - Normas - Ordem - Plano - Programa - Relatório
Art. 166. Diretrizes são prescrições de caráter geral que uma autoridade estabelece, visando a regular a conduta em
determinado serviço ou instrução.
Art. 167. Instruções são as determinações baixadas por uma autoridade, visando facilitar a aplicação de leis e
regulamentos.
Art. 168. Normas são o conjunto de preceitos, baixados pelo Comandante, Chefe ou Diretor de uma organização
militar, previstos ou não em regulamentos, e sem que com êles colidam, destinadas a facilitar a execução de atos de
rotina, no âmbito da organização.
Art. 169. Ordem é o expediente que transmite, determinações de superior a subordinado.
Parágrafo único. As ordens abrangem duas grandes categorias:
1) Ordens de rotina - relativas a necessidades de serviço.
2) Ordens de combate - relativas a operações e logística em campanha.
Art. 170. Programa é um esquema de ação administrativa ou de instrução, para atingir determinado objetivo. O
programa é específico quanto ao tempo, as fases de trabalho a ser realizado e aos meios destinados à concretização
da ação.
Art. 171. Relatório é o expediente contendo exposição minuciosa de fatos ou atividades que devam ser apreciados
por autoridade competente.
Art. 172. Os expedientes de que trata êste capítulo constituem matéria difundida em regulamentos, manuais e
outras publicações e seguem os modêlos e regras neles estabelecidos.
CAPÍTULO XXXIII
Ata - Certidão - Cópia autêntica - Contrato - Edital - Procuração - Têrmo
Art. 173. Ata é o documento em que narra o que se disse ou se fêz numa reunião ou sessão.
Art. 174. Certidão é o documento revestido de formalidades legais adequadas, mandado fornecer por autoridade
competente, a requerimento do interessado, solicitado ou requisitado "ex offício" por autoridade administrativa ou
judicial e destinado a fazer certa a existência de registro em livro, processo ou documento qualquer em poder do
expedidor, referente a determinado ato ou fato, ou dar por certa a inexistência de tal registro.
Art. 175. As "Normas para Fornecimento de Certidões no Ministério da Guerra", definem e classificam as certidões e
prescrevem a maneira de obtê-las e fornecê-las, assim como apresenta modêlos e exemplos.
Art. 176. Cópia autêntica é a reprodução literal e autenticada do que se contém num determinado escrito.
1) Na cópia autêntica os símbolos e frases são reproduzidos uns em seguida aos outros sem pontos parágrafos.
2) A cópia autêntica é conferida e assinada pelo ajudante-secretário nas Unidades e pelo Ajudante Geral ou oficial
encarregado do pessoal nas organizações militares que não possuírem em seus efetivos ajudante-secretario.
Art. 177. A cópia autêntica, cujas margens têm as mesmas dimensões que as dos ofícios, não tem cabeçalho e o
texto é iniciado nos limites do espaço superior a da margem esquerda, com as palavras em letras maiúsculas "Cópia
Autêntica", que são sublinhadas: e continuará na mesma linha e nas subsequentes reproduzindo palavra por palavra o
escrito original. O fecho, que se segue imediatamente após o ponto final do texto, consta das palavras "Confere com o
original", em maiúsculas, localidade, data e uma ou duas linhas sob as quais serão dactilografados pôsto, nome e
função da autoridade que conferir e autenticar o documento.
§ 1º A cópia autêntica é dactilografada com contra-cópia.
§ 2º O Sêlo Nacional é carimbado cobrindo a assinatura da autoridade que confere com o original.
Art. 178. Contrato é o documento em que se registra convenção ou acôrdo pelo qual uma ou mais pessoas se
obrigam para com outra ou outras, a dar, a fazer ou não fazer alguma coisa.
Art. 179. Os contratos celebrados pelas organizações militares devem satisfazer às exigências do Código de
Contabilidade Pública da União. Regulamento Geral de Contabilidade Pública e legislação complementar.
Art. 180. Edital é o ato escrito divulgado pela imprensa oficial e afixado, por cópia, em lugar público, contendo
determinação ou aviso emanado de autoridade competente.
Art. 181. São objetos de edital:
1) Concorrências Administrativas para aquisição, alienação ou recuperação de material, consoante o estabelecido no
Código de Contabilidade Pública da União, Regulamento Geral de Contabilidade Pública, Regulamento de
Administração do Exército e Instrução para Aquisição, Alienação e Recuperação de Material.
2) Chamada de oficial ausente, de acôrdo com o que determina o Código de Justiça Militar.
3) Intimações, notificações, convocações e demais avisos que, por sua natureza, devam ter ampla divulgação,
conforme legislação vigente.
Art. 182. Procuração; é o documento revestido de formalidades legais adequadas, no qual se consigna incumbência
que alguém (ou alguns) dá (ou dão) a outrem, para, em seu nome, praticar ato ou administrar interêsses.
Art. 183. As procurações podem ser de instrumento particular ou de instrumento público.
Art. 184. Têrmo é o documento lavrado em papel ou livro no qual se consigna ato ou fato, para que conste sempre e
em qualquer época se possa alegar ou verificar sua autenticidade.
Art. 185. Nos têrmos devem constar explìcitamente o que, quando, onde, como e por quem foi executado o ato ou
se verificou o fato.
Art. 186. Qualquer ato ou fato pode ser objeto de têrmo, e, no Ministério da Guerra, aparecem em regulamentos e
outras publicações vários modêlos; como por exemplo: nos anexos do R/3, nas I D F nas instruções complementares
do Regulamento para a Salvaguarda das Informações que interessam à Segurança Nacional, no Formulário para o
Processo e Julgamento dos Crimes de Insubmissão e Deserção de Praças.
CAPÍTULO XXXIV
Lei - Decreto - Aviso - Portaria - Nota Ministerial
Art. 187. Lei é o diploma emanado do Poder Legislativo, que se rege determinada matéria.
Parágrafo único. A competência para a iniciativa, aprovação, sanção e homologação das leis é prevista na
Constituição dos Estados Unidos do Brasil.
Art. 188. Decreto é o expediente assinado pelo Chefe do Poder Executivo (Federal, Estadual ou Municipal) que tem
por objeto regular uma lei; fixar normas administrativas; nomear, promover, demitir, transferir funcionários ou dar
outras providências.
Art. 189. O Aviso, como forma de expediente, foi definido do Capítulo XIV.
Parágrafo único. Podem ser objeto de Aviso: decisões, comunicações, ordens, soluções de consulta e outros atos
administrativos.
Art. 190. Portaria é o expediente por meio do qual o Ministro nomeia, promove, designa, classifica ou transfere
pessoal na alçada de suas atribuições bem como aprova tabelas, instruções e normas gerais de serviço.
Art. 191. Nota é o expediente ministerial que trata de assunto administrativo e só interessa à Repartição, Serviço ou
Unidade a cujo Chefe, Diretor ou Comandante é dirigida.
CAPÍTULO XXXV
Apostila - Despacho
Art. 192. Apostila é o ato aditivo, confirmatório de alterações de horas, direitos, regalias ou vantagens, exarado em
documento oficial, com finalidade de atualizá-lo.
Art. 193. Despacho é o ato decisório de autoridade competente, exarado em documento a ela dirigido,
fundamentado na legislação vigente.
Parágrafo único. Os despachos podem ser finais e interlocutórios.
1) São despachos finais os que dão solução ao documento.
2) São despachos interlocutórios os que, embora traduzam uma solução, está é preliminar, não encerrando a
tramitação do documento.
Art. 194. O militar ou funcionário que estuda o documento para o despacho, apresentará à autoridade a quem
compete decidir, a minuta do despacho que, se aprovada, será transcrita no documento em lugar a isso destinado. Em
seguida, o documento será apresentado à autoridade competente para a assinatura.
§ 1º Quando o documento necessitar de mais de um despacho, como no caso dos requerimentos de solicitação de
engajamento, matrículas em cursos etc., que exigem inspeção de saúde ou outra exigência qualquer, serão dados
tantos despachos quantos sejam necessários, os quais serão numerados como 1º Despacho, 2º Despacho etc.
§ 2º Todos os despachos são datados, assinados ou rubricados pela autoridade a quem compete dar a decisão final.
A assinatura ou rubrica será sôbre um traço horizontal datilografado e sob êsse traço deverá ser datilografado,
manuscrito ou carimbado, na mesma linha, o pôsto, o nome por extenso ou pelo qual é conhecido e a função que
exerce.
Art. 195. Os despachos devem ser lacônicos, contendo, no entanto, os fundamentos legais em que se estejam.
Art. 196. O espaço em branco na parte superior esquerda do documento, entre o cabeçalho e o item I do texto, será
destinado aos despachos.
Parágrafo único. Quando houver necessidade de serem exarados vários despachos num mesmo documento e o
espaço a êstes destinados não os comportar totalmente, os interlocutórios serão exarados nos demais espaços em
branco existentes ou em fôlhas devidamente numeradas e rubricadas que serão anexadas ao documento original.
Art. 197. Exemplos de despachos:
"1 - Concedo de acôrdo com o Art. 81 do CVM.
2 - Publique-se."
Em 5 de janeiro de 1965. - Coronel Caiado - Cmt.
"1 - Deferidos nos têrmos do parecer ....................................................................... (ou nos têrmos das informações ou
de ........................................................................................................)
2 - Publique-se."
Em 5 de janeiro de 1965. - General Castro - Diretor.
"1 - Nada há que deferir, à vista do Art. ...................................... Parágrafo.................... do R-1 (ou qualquer outro
Regulamento, Aviso, Portaria, etc).
2 - Publique-se e arquive-se."
Em ..........................................................................................................................................
(a.) Cel - Soares - Cmt.
"1 - Indeferido, por contrariar o número ............................................ do Art. .........................
da Lei nº ............................................................ publicada no BE .........................................
2 - Publique-se."
Em ..........................................................................................................................................
(a.) Cel - Garcia - Cmt.
"1 - Deferido. Para fins do Art. 1º da Lei nº 1.156-50 e em face do ................................. averbe-se nos assentamentos
do requerente haver servido ......................................... e prestado serviço na Zona de Guerra abrangida pela letra
............................................. do Art. 1º do Decreto Secreto número 10.490-42.
2 - Publique-se e arquive-se."
Em ..........................................................................................................................................
(a.) Gen - Barros - Diretor.
CAPÍTULO XXXVI
Remessa - Encaminhamento - Restituição
Art. 198. Remessa é o ato exarado num documento em trânsito, submetendo-se o diretamente à apreciação de
autoridade competente para dar-lhe despacho.
Art. 199. Encaminhamento é o ato exarado num documento em trânsito, destinando-o a uma autoridade
intermediária, solicitando providências ou complementação da instrução do documento.
Art. 200. Restituição é o ato exarado num documento, devolvendo-o, seja para solicitar esclarecimentos, seja por já
tê-los prestado.
Art. 201. A Remessa, o Encaminhamento e a Restituição são sucintas, limitando-se, quando muito, a justificar
lacônicamente o motivo da providência tomada ou solicitada.
Art. 202. A Remessa, o Encaminhamento e a Restituição revestem-se da forma e características do ofício.
CAPÍTULO XXXVII
Processo
Art. 203. Processo é o conjunto de documentos correlatos necessários ao esclarecimento de uma mesma questão.
Art. 204. O Processo é originado por um documento que durante a sua tramitação vai sendo instruído por atos
lavrados em seu próprio corpo ou pela anexação de outros documentos, com a finalidade de fornecer à autoridade
competente os dados necessários a uma decisão.
Art. 205. Na organização de um processo devem ser observadas as seguintes regras:
1) Os documentos que o constituem, depois de colecionados na ordem cronológica, receberão uma capa apropriada
na qual serão preenchidos os dizeres nela contidos; e, em seguida, tôdas as fôlhas, com exceção das de capa, serão
numeradas no alto superior direito, em algarismos arábicos, e, logo abaixo, rubricadas pela autoridade que organizar
o processo.
2) As informações, pareceres, encaminhamentos e outros atos que se fizerem necessários à instrução de um
processo, serão anexados gradativamente a êste e em ordem cronológica, recebendo a numeração correspondente e
a rubrica da autoridade competente.
3) Quando a espessura da documentação exigir o seu francionamento em diversos volumes, utilizar-se-á, para cada
um, nova capa, repetindo-se na segunda em diante, os dizeres da primeira e especificando-se em tôdas elas o número
do volume. Nesse caso, a numeração das fôlhas do 2º Volume e demais, será consecutiva à do 1º.
4) Quando fôr dada nova numeração às fôlhas do processo, essa alteração deve constar expressamente, assim
como o cancelamento da numeração anterior, em declaração que se fará, aproveitamento o espaço livre da última
fôlha correspondente à numeração cancelada: a nova numeração poderá figurar onde se possa escrevê-la, no alto da
fôlha, à esquerda da numeração primitiva;
5) A declaração acima aludida terá os seguintes dizeres:
Declaração
Foi cancelada a numeração primitiva, substituída pela nova, que vai por mim autenticada.
Em ..........................................................................................................................................
Ass.) .......................................................................................................................................
6) Tôdas as referências feitas a documentos constantes de um processo, devem indicar o número da fôlha
respectiva.
7) A anexação de documentos especiais deve ser feita mediante declaração de juntada, constando o número de
fôlhas que os constituem: a numeração das fôlhas será seguida na dos documentos anexados, sendo cancelada
préviamente a exitente.
8) Quando houver de se juntar a um processo em andamento um outro já encerrado, não há necessidade de se
numerar novamente as páginas dêste. O têrmo de juntada mencionará o número total de suas fôlhas. O mesmo
sucederá quando houver de se juntar balanços ou balancetes, acompanhados de documentação própria.
9) A declaração de juntada, nos casos acima previstos deve ser assim redigida:
Juntada
Declaro que faço juntada ao presente processo dos seguintes documentos, que adiante se vêm:
1º .............................................................................................................., com tantas fôlhas
2º .............................................................................................................., com tantas fôlhas
.......................................................................................... etc. .........................................................
E, para constar lavrei o presente têrmo, que vai por mim assinado e datado.
Em ..........................................................................................................................................
Ass.) .......................................................................................................................................
10) A desanexação de documentos só poderá ser feita mediante ordem da autoridade competente expressa no
corpo do processo, assim redigida:
Desanexação
Declaro que foi (foram) desanexado (s) do presente processo, o (s) documentos de fôlhas .............................................
(se fôro caso) ou com tantas fôlhas.
E, para constar lavrei o presente têrmo, que vai por mim assinado e datado.
Em ..........................................................................................................................................
Ass.) .......................................................................................................................................
Art. 206. Os papéis que devam ser examinados em conjunto, formando processo, serão reunidos, preferentemente,
com o emprêgo de grampos de perfuração ou colchetes.
TÍTULO XII
Trânsito da correspondência
CAPÍTULO XXXVIII
Recebimento e expedição
Art. 207. Em tôda a organização militar haverá um Serviço de Correspondência (SC), organizado para o recebimento,
protocolo, fichamento, expedição e arquivo de tôda correspondência oficial que nela transite.
Art. 208. A correspondência oficial será entregue no SC, para fins de expedição, já com o envelope endereçado pela
repartição que a confeccionou, de acôrdo com o art. 69.
§ 1º Quando a correspondência fôr pessoal será entregue no SC já dentro do envelope e êste fechado.
§ 2º A correspondência interna, de modo geral, dispensa envelope.
§ 3º Na correspondência sigilosa, deve-se observar as prescrições contidas no Regulamento para Salvaguarda das
Informações que Interessam à Segurança Nacional.
§ 4º O envelope da correspondência oficial deve, sempre que possível, ser preenchida à máquina, conforme
exemplos abaixo:
Ministério da Guerra
Departamento de Provisão Geral
Of. nº 32/Gab. - 1.
Urgente
Sr. Gen.
Diretor-Geral de Material Bélico
Nesta
Do Chefe do DPG
Quando de SC para SC ou
Ministério da Guerra
Departamento de Provisão Geral
Of. nº 33/Gab. - 1
Sr. Gen. Comandante da 4ª Região Militar
Juiz de Fora - Estado de Minas Gerais
Do Chefe do DPG
Quando entregues em Agências Postais.
Art. 209. O serviço de Correspondência compreende:
1) Serviço de Correio - que trata de recebimento e expedição (protocolo).
2) Serviço de Registro e Contrôle - que trata do fichamento.
3) Arquivo.
Art. 210. No "Serviço de Correspondência" os papéis não podem permanecer mais de 48 horas. Os que trazem
classificações "Urgente" ou "Urgentíssima" terão andamento imediato.
Parágrafo único. Os radiogramas e telegramas são sempre considerados urgentes.
CAPÍTULO XXXIX
Arquivamento - Destruição e Descarga
Art. 211. Os papéis de qualquer procedência que não devam ter andamento serão arquivados.
Art. 212. Determinado pela autoridade competente o arquivamento de qualquer documento, deverão ser tomadas
providências no sentido de que, na capa ou na primeira fôlha, seja indicada a solução proferida antes do
arquivamento, assim: "Publicado no BI Nº .... de ...." ou "Respondido em radiograma Nº .... de ...." etc., manuscrito,
datilografado, ou sob forma de carimbo, seguido da expressão "Arquive-se", data e assinatura.
Art. 213. Dos documentos originais de corpo, repartição ou estabelecimento, serão extraídas uma ou mais cópias,
de acôrdo com as necessidades de distribuição ou arquivo de suas dependências. Essas cópias serão colecionadas em
pastas e arquivadas em locais próprios, consoante se trate de correspondência ostensiva ou sigilosa e periodicamente
encadernadas ou brochadas. Tais cópias deverão ser recolhidas ao Serviço de Correspondência (arquivo), de tal forma
que nas dependências permaneçam apenas as do ano em curso e do ano anterior.
Art. 214. Os documentos que só transitem internamente, isto é, no âmbito do corpo, repartição ou estabelecimento,
ostensivos e sigilosos, não referentes a fundos, material permanente, justiça, disciplina e instrução, já solucionados
definitivamente e que dispensem ulteriores consultas, poderão ser incinerados, decorridos seis meses de seu
arquivamento, mediante solicitação do detentor.
§ 1º Ao Comandante do Corpo, Chefe da Repartição ou Estabelecimento compete julgar da conveniência ou não de
incineração, dando a necessária autorização em Boletim.
§ 2º Os documentos incinerados terão tal alteração constante de sua respectiva ficha.
§ 3º Quando fôr autorizada a destruição de um documento, poderá ser o mesmo incinerado ou pulverizado,
devendo ser lavrado em têrmo que será assinado pelo detentor do documento e datado e assinado por uma
testemunha, ambos nomeados em Boletim. O têrmo com contra-cópia será arquivado com a anotação do Boletim em
que foi o mesmo publicado.
Art. 215. Os documentos não compreendidos no artigo anterior poderão ser incinerados, mediante ordem da
autoridade superior, provocada pelo respectivo Comandante ou Chefe, até o fim do 1º trimestre de cada ano.
Art. 216. Não serão incinerados os documentos relativos à instrução, ao histórico da organização e aos
assentamentos de seus oficiais, praças e funcionários civis bem como uma coleção completa de seus Boletins
Internos.
Parágrafo único. Igualmente, não serão incinerados os documentos que, no futuro, possam instruir processos de
reforma, transferência para a reserva ou qualquer benefício de interêsse dos militares e funcionários civis do
Ministério da Guerra.
Art. 217. Os documentos sigilosos, não controlados, de procedência estranha à organização militar, só serão
descarregados mediante ordem da autoridade que os expediu, provocada pelo Comandante ou Chefe, no primeiro
trimestre de cada ano, devendo a autoridade ordenadora especificar, na relação apresentada, os que devem ser
incinerados e aquêles cuja restituição se impõe.
Art. 218. Os regulamentos, instruções e outras publicações de natureza sigilosa (documentos controlados) serão
descarregados mediante ordem da autoridade competente, que deliberará quanto à restituição ou incineração dos
mesmos.
Art. 219. Os exemplares dos regulamentos revogados, de caráter não sigiloso, depois de descarregados, serão
recolhidos ao arquivo da organização militar e aí mantidos pelo prazo necessário, para efeito de consultas.
Parágrafo único. Os documentos de que trata o presente artigo serão ulteriormente incinerados, a critério do
respectivo Comandante ou Chefe.
Art. 220. Uma coleção completa de todos os regulamentos revogados ostensivos ou sigilosos, será arquivada no
Estado-Maior do Exército.
Art. 221. Os documentos que devam ser recolhidos ao Arquivo do Exército o serão de acôrdo com as "Normas para
o Recolhimento de Acervos ao Arquivo do Exército."
CAPÍTULO XL
Canais de Trânsito
Art. 222. Trânsito de papéis é o trajeto percorrido pelo expediente através dos canais competentes.
Art. 223. Canais competentes são as vias de trânsito da correspondência oficial demarcadas pelas organizações
necessárias e suficientes para fiscalizar, opinar, informar ou decidir.
Art. 224. Tôda autoridade, ao expedir qualquer documento, deve fazê-lo seguir o respectivo canal competente
evitando que seja endereçado a uma organização intermediária que não sendo órgão de estudo ou de fiscalização,
nada tenha a acrescentar sôbre o assunto.
§ 1º os requerimentos solicitando transferência para, reserva, carteira de identidade, licença especial, licença para
tratamento de saúde, certidões e apostilas, averbação de tempo de serviço e outros em que seja evidente que os
órgãos ou comandos intermediários nenhuma informação complementar possam dar serão encaminhados
diretamente à autoridade que tenha competência para decidir ou ao Estado-Maior do Exército ou Departamento
encarregado do assunto, quando a decisão fôr do Ministério da Guerra.
§ 2º Quando fôr necessário dar conhecimento de fato a autoridades superiores, o Comandante, Chefe ou Diretor da
organização militar de origem fará a devida comunicação pelo meio mais rápido à autoridade imediatamente superior.
Art. 225. Deve ser evitada, tanto quanto possível, a remessa de papéis em que houver diligência a satisfazer,
promovendo-se sua reparação por telegrama, radiograma ou correspondência postal.
§ 1º Quem estiver incumbido de instruir documentos, se necessitar da audiência de outro setor da mesma
organização, deverá promové-la direta e pessoalmente, evitando demora, diligências e encaminhamentos
desnecessários.
§ 2º Qualquer documento que, para seu estudo ou decisão final, exigir informações complementares, o órgão dêle
encarregado deverá pedi-las diretamente e organização militar que possa fornecê-las.
Art. 226. Sempre que uma organização não puder prestar a informação não puder prestar a informação solicitada
(ou a anexação de documento pedido) por se acharem os dados nos arquivos de outra, encaminhará também
diretamente o documento a ser informado ao órgão que estiver de posse dos aludidos dados, solicitando-lhe que o
documento com a informação pedida seja encaminhado à autoridade que o pediu, salvo se houver ordem expressa
em contrário.
Art. 227. Todo requerimento já deve sair da Unidade, Estabelecimento ou Repartição de origem, instruído o mais
possível, com as informações e documentos indispensáveis ao seu estudo ou decisão. Cabe assim à organização de
origem solicitar, por meio de radiograma ou telegrama, e diretamente às demais repartições, unidades e
estabelecimentos, o que para isso se tornar necessário.
Art. 228. Nenhum requerimento, que encerre pretensão de natureza pessoal, poderá ser encaminhado ao escalão
superior, sem que traga claramente mencionado o amparo legal.
Art. 229 Quando uma autoridade encaminhar ao escalão subordinado um processo ou documento a ser informado
e cujo retorno a ela seja desnecessário, deverá determinar o encaminhamento a quem de direito, após a informação
do órgão subordinado.
Art. 230 Os documentos de rotina previstos em regulamentos ou resultantes de normas fixas estabelecidas por
autoridades competente, como relações, mapas, etc., que tenham datas prefixadas de remessas e entradas, devem
ser encaminhados diretamente ao órgão interessado, desacompanhados de ofício. O encaminhamento, se possível,
poderá ser feito no próprio documento.
Art. 231 A autoridade que verificar que um processo ou requerimento está em desacôrdo com a legislação vigente,
deverá imediatamente sustar seu andamento e restituí-lo à unidade ou repartição de origem.
DÉCIO ESCOBAR

Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial da União - Seção 1 de 16/05/1966

Publicação:
Diário Oficial da União - Seção 1 - 16/5/1966, Página 5172 (Publicação Original)
Coleção de Leis do Brasil - 1966, Página 612 Vol. 4 (Publicação Original)

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