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Rock and roll

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O rock and roll, também conhecido como rock & roll, rock 'n'
roll, ou ainda rock 'n roll, é um gênero musical surgido nos Rock and roll
Estados Unidos no final dos anos 1940 e início dos anos 1950,[1][2]
com raízes nos estilos musicais norte-americanos, como: country,
blues, R&B, e que rapidamente se espalhou para o resto do
mundo.[3][4][5]

O instrumento mais comum neste estilo é a guitarra, sempre


presente nas bandas, podendo possuir um único instrumentista,
ou dois com funções diferenciadas (guitarrista base e solo).

Normalmente, as bandas, além do instrumento predominante, a Instrumentos musicais utilizados no


guitarra, são formadas por um: contrabaixo (após 1950, um baixo rock and roll: à esquerda, a bateria,
elétrico) e uma bateria.[6] Nos primórdios do rock and roll, e, à direita, a guitarra elétrica.
também se utilizava o piano ou o saxofone frequentemente como Origens Country · gospel ·
instrumentos bases, mas estes foram substituídos ou estilísticas folk · jump blues ·
Chicago blues ·
suplementados, geralmente, pela guitarra a partir da metade dos
Western swing ·
anos 1950. Boogie-woogie · R&B

A batida é essencialmente um blues com country com Contexto década de 1940


cultural (Estados Unidos)
contratempo acentuado, este último quase fornecido por uma
caixa-clara.[7] A enorme popularidade e eventual visão no mundo Instrumentos Guitarra elétrica ·
típicos baixo elétrico ·
inteiro do rock and roll deu-lhe um impacto social único. Muito bateria · piano ·
além de ser simplesmente um gênero musical, como visto nos teclado
filmes e na televisão e de acordo com a mídia que se desenvolvia
Popularidade Um dos estilos
na época, influenciou estilos de vida, moda, atitudes e linguagem. musicais mais
populares desde a
década de 1950
História
Formas Rock · rockabilly ·
derivadas soft rock · pop
Origens do Gênero Outros tópicos
Por se tratar de gêneros musicais que foram influenciados e Rock and Roll Hall of Fame
influenciam em ritmo acelerado, a delimitação exata de onde
termina o R&B ou o soul e começa o rock and roll é impossível de
1:27
ser apontada,[8] mas aceita-se que as "origens" do rock and roll
remontam entre as décadas de 1940 e 1950, através de uma Exemplo de Rock and Roll
combinação de diversos gêneros musicais populares na época. Estes
incluíram: o gospel, a folk, o blues[9][10] - em especial as formas
elétricas desenvolvidas em Memphis, Nova Orleans e Texas - à base do boogie woogie tocado no piano e um
jump blues, que se tornaram conhecidos como a fusão R&B. Também adicionaram-se influências de country
e jazz.
No entanto, elementos de rock and roll podem ser ouvidos em gravações country da década de 1910 e blues
dos anos 1920.[11] Muitos brancos norte-americanos experimentaram o jazz e blues afro-americanos, que,
frequentemente, eram relegados à condição de "race music" (código da indústria fonográfica para estações
de rádio de rhythm and blues) e que raramente eram ouvidos pela corrente majoritária branca.

Poucos músicos negros de rhythm and blues, notadamente Louis Jordan, The Mills Brothers e The Ink
Spots, alcançaram algum sucesso, embora em alguns casos (como o da canção Choo Choo Ch'Boogie, de
Jordan), este êxito tenha sido alcançado com canções escritas por compositores brancos. O gênero western
swing da década de 1930, geralmente tocado por músicos brancos, também seduziu fortemente o blues e
diretamente influenciou o rockabilly e o rock and roll, como pode ser ouvido, por exemplo, na canção
Jailhouse Rock, de Elvis Presley, de 1957.

O desenvolvimento do rock and roll foi um processo evolutivo, não há um registro único que pode ser
identificado como inequivocamente "o primeiro" disco de rock and roll.[12] Candidatos para o título de
"primeiro disco de rock and roll" incluem "Strange Things Happening Everyday" de Sister Rosetta Tharpe
(1944);[13] "Rock Awhile" de Goree Carter (1949);[14] "Rock the Joint" de Jimmy Preston (1949), que mais
tarde foi regravado por Bill Haley & His Comets, em 1952; "Rocket 88" de Jackie Brenston and his Delta
Cats (na verdade, Ike Turner e sua banda The Kings of Rhythm), gravada na Sun Records de Sam Phillips
em março de 1951,[15] em termos de sua grande impacto cultural em toda a sociedade americana e outros
lugares do mundo, "Rock Around the Clock" de Bill Haley, foi gravada em abril 1954, mas não foi um
sucesso comercial até o ano seguinte; é geralmente reconhecida como um marco importante, mas foi
precedida de muitas gravações das décadas anteriores em que os elementos do rock and roll pode ser
claramente detectados.[12][16]

Voltando mais algumas décadas, o rock and roll pode traçar uma linhagem para o distrito de Five Points,
em Manhattan, em meados do século XIX, cenário da primeira fusão pesadamente rítmica de danças
africanas com a melodia de gêneros europeus (especialmente de origem irlandesa).

Em 1956, no filme Rock, Rock, Rock, Alan Freed interpreta a si mesmo e diz ao público que "Rock and roll é
um rio musical que tem absorvido muitos riachos: rhythm and blues, jazz, ragtime, canções de cowboy,
country e folk. Todos contribuíram para o big beat."

A tabela abaixo aponta algumas, mas não todas, as principais influências sobre o rock and roll. O que deve
ser salientado é que, antes do rock and roll, a música foi categorizada por: raça, nacionalidade, localização,
estilo, instrumentação, técnicas vocais e até mesmo por religião. No entanto, com a imensa popularidade e
sucesso comercial de Elvis Presley em 1956, o Rock and roll se tornou um objeto angular da indústria
musical americana. Nunca mais a música foi definida e categorizada desta forma.

Origens da expressão
A palavra rock teve uma longa história no idioma inglês como uma metáfora para to shake up, to disturb or
to incite (sacudir, perturbar ou incitar). Em 1937, Chick Webb e Ella Fitzgerald gravaram "Rock It for Me",
que incluía na letra o verso So won't you satisfy my soul with the rock and roll. (Então, você não vai
satisfazer a minha alma com o rock and roll.).[17][18] Já o termo Rocking era usado por cantores negros
gospel no sul dos Estados Unidos para dizer algo semelhante ao êxtase espiritual. Pela década de 1940, no
entanto, o termo foi usado como um duplo sentido, referindo-se pretensamente a dançar e ao ato sexual,
como em "Good Rocking Tonight", de Roy Brown.[19]
O verbo roll era uma metáfora medieval que significava ter relações
sexuais.[20] Durante centenas de anos, escritores têm utilizado
expressões como They had a roll in the hay (Eles tiveram um rolo no
feno) ou I rolled her in the clover (Eu transei com ela no trevo). Os
termos eram muitas vezes utilizados em conjunto (rocking-and-
rolling) para descrever o movimento de um navio no mar, por
exemplo, como na canção Rock and Roll, das Irmãs Boswell, em 1934,
que apareceu no filme Transatlantic Merry-Go-Round' (literalmente,
Transatlântico Carrossel), naquele mesmo ano, e na canção "Rockin
'Rollin' Mama", de Buddy Jones em 1939. O cantor country Tommy
Scott se referia ao movimento de um trem na ferrovia em Rockin e
Rollin, de 1951.

Uma versão alternativa às origens de rocking-and-rolling pode,


ainda, remonta aos trabalhadores das ferrovias Reconstruction South.
Esses homens cantariam canções na batida do martelo para manter
o ritmo do seu instrumento de trabalho. Ao final de cada linha em
O DJ Alan Freed em 1957
uma canção, os homens balançariam seus martelos para baixo para
fazer um furo na rocha. Os shakers - homens que ocupavam as
pontas de aço perfuradas pelo martelo humano - "balançariam" o prego para frente e para trás para limpar
a pedra ou rolar, girando o prego para melhorar a 'mordida' da broca.[21]

Até então, a frase rocking-and-rolling ("balançando e rolando"), conforme uma gíria laica negra que remete
a dançar ou fazer sexo, apareceu em gravações pela primeira vez em 1922, na canção My Man Rocks Me
With One Steady Roll de Trixie Smith. Mesmo antes, em 1916, o termo rocking-and-rolling foi usado com
conotação religiosa, no registro fonográfico de The Camp Meeting Jubilee, gravado por um quarteto
masculino desconhecido.
Em 1934, a canção "Rock and Roll" por Boswell Sisters apareceu no filme Transatlantic Merry-Go-Round.
Em 1942, o colunista da revista Billboard, Maurie Orodenker começaram a usar o termo "rock-and-roll"
para descrever gravações otimistas, como "Rock Me", de Sister Rosetta Tharpe. Em 1943, o "Rock and Roll
Inn" em Merchantville, Nova Jérsia, foi estabelecido como um local de música.[22][23]

A expressão foi também incluída nos anúncios para o filme "Wabash Avenue", estrelado por Betty Grable e
Victor Mature. Uma propaganda para o filme que circulou em 12 de abril de 1950 anunciou Ms. Grable
como the first lady of rock and roll e Wabash Avenue como the roaring street she rocked to fame.

Três diferentes canções com o título "Rock and Roll" foram gravadas no final dos anos 1940: uma em 1947
por Paul Bascomb, outra por Wild Bill Moore em 1948, e ainda outra em 1949 por Doles Dickens, e a
expressão estava em constante uso nas letras de canções R&B da época. Um outro registro onde a frase foi
repetida durante toda a canção foi em Rock and Roll Blues, gravado em 1949 por Erline Rock and Roll
Harris.
Em 1951, em Cleveland (Ohio), o DJ Alan Freed começou a tocar R&B para uma audiência multirracial.
Freed é creditado como o primeiro a utilizar a expressão "rock and roll" para descrever a música. No
entanto, o termo já tinha sido apresentado ao público dos Estados Unidos, especialmente nas letras de
muitas gravações rhythm and blues.[24]

Início e primeiras gravações

Rockabilly
"Rockabilly", geralmente (mas não exclusivamente) se refere ao tipo
de rock and roll, que foi tocado e gravado em meados dos anos 1950
por cantores brancos, como Elvis Presley, Carl Perkins e Jerry Lee
Lewis, que tinham bastante influência da música country. Muitos
outros cantores populares de rock and roll da época, como Fats
Domino, Chuck Berry e Little Richard, vieram da tradição do
rhythm and blues negro, faziam músicas que atraiam a plateias
brancas, e normalmente não são classificados como "rockabilly".

Em julho de 1954, Elvis Presley gravou um hit regional: "That's All


Right", pela gravadora de Sam Phillips, a Sun Records em
Memphis[25]. Dois meses antes, em Maio de 1954, Bill Haley e Seus
Cometas gravaram "Rock Around the Clock". Embora apenas tenha
sido um hit menor quando lançado, quando usado na sequência de
abertura do filme "Blackboard Jungle", um ano mais tarde, ela Elvis Presley em uma foto de
realmente passou a definir o auge do rock and roll em movimento. A promocional para Jailhouse Rock
canção se tornou um dos maiores sucessos na história, e frenéticos em 1957

grupos adolescentes para ver Haley e os Cometas tocar, causavam


em algumas cidades. "Rock Around the Clock" foi um avanço tanto para o grupo e para todas as músicas de
rock and roll. Se tudo que veio antes de lançar as bases, "Clock" introduziu a música para um público
global.[26]

Em 1956, a chegada de rockabilly foi sublinhada pelo sucesso de canções como "Folsom Prison Blues", de
Johnny Cash, "Blue Suede Shoes", de Carl Perkins e o Hit No. 1 de Presley, "Heartbreak Hotel", de
Presley.[27] Por alguns anos, tornou-se a forma de rock and roll de maior sucesso comercial. Atos
posteriores do rockabilly, particularmente cantores como Buddy Holly, seriam uma grande influência nos
artistas da Invasão Britânica e particularmente na composição dos Beatles e, por meio deles, na natureza
posterior do rock.[28]

Doo wop
Doo-wop era uma das formas mais populares do rhythm and blues dos anos 50, muitas vezes comparadas
ao rock and roll, com ênfase em harmonias vocais de várias partes e letras de apoio sem sentido (de onde
se originaria seu nome), que geralmente eram suportado com instrumentação leve.[29] Suas origens
estavam nos grupos vocais afro-americanos das décadas de 1930 e 40, como Ink Spots e Mills Brothers, que
tiveram considerável sucesso comercial com arranjos baseados em harmonias estreitas. Eles foram
seguidos por artista vocais de R&B dos anos 40, como The Orioles, The Ravens e The Clovers, que
injetaram um forte elemento do gospel tradicional e, cada vez mais, a energia do jump blues. Em 1954,
quando o rock and roll estava começando a surgir, vários artistas semelhantes começaram a passar das
paradas de R&B para o sucesso principal, muitas vezes com adição de buzinas e saxofones, como Crows,
Penguins, El Dorados e Turbans, todos marcando grandes hits.[30] Apesar da explosão subsequente nas
gravações de artistas doo wop nos anos 50, muitos não conseguiram traçar ou foram artistas de um só
sucesso. As exceções incluíam o The Platters, com músicas como "The Great Pretender" (1955) e The
Coasters com canções humorísticas como "Yakety Yak" (1958),[31] ambas classificadas entre os artistas de
rock and roll de maior sucesso da época.[30] No final da década, havia um número crescente de cantores
brancos, especialmente ítalo-americanos, ocupando o Doo Wop, criando grupos totalmente brancos como
os Mystics e Dion and the Belmonts, e grupos racialmente integrados como The Del-Vikings e The Impalas.
O Doo-wop seria uma grande influência na surf music vocal, soul e no início do Merseybeat, incluindo os
Beatles.[30]

Versões cover
Muitos dos primeiros sucessos do rock and roll branco foram
versões covers ou reescritas parciais de canções anteriores do
rhythm and blues ou do blues negro.[32] No final dos anos 1940 e no
início dos anos 1950, a música R&B vinha ganhando uma batida
mais forte e um estilo mais selvagem, com artistas como Fats
Domino e Johnny Otis acelerando os tempos e aumentando a batida
de fundo para grande popularidade no circuito de juke joint.[33]
Antes dos esforços de Freed e outros, a música negra era tabu em
muitas rádios de propriedade de brancos, mas artistas e produtores
rapidamente reconheceram o potencial do rock and roll.[34] Algumas
das primeiras gravações de Presley foram covers de black rhythm
and blues ou blues, como "That's All Right" (um arranjo country de
um número de blues), "Baby Let's Play House", "Lawdy Miss
Clawdy" e "Hound Dog". As linhas raciais, no entanto, são um tanto
mais nubladas pelo fato de algumas dessas canções R&B
originalmente gravadas por artistas negros terem sido escritas por Little Richard em 1957
compositores brancos, como a equipe de Jerry Leiber e Mike Stoller.
Os créditos das composições geralmente não eram confiáveis;
muitos editores, executivos de gravação e até mesmo gerentes (brancos e negros) inseriam seus nomes
como compositores para coletar cheques de royalties.

Covers eram comuns na indústria musical da época; tornou-se particularmente fácil pela provisão de
licença compulsória da lei de direitos autorais dos Estados Unidos (ainda em vigor).[35][36]] Um dos
primeiros covers de sucesso relevantes foi a transformação de Wynonie Harris do hit blues original de Roy
Brown de 1947, "Good Rocking Tonight" em um rock mais vistoso.[37] A tendência mais notável, no
entanto, foram covers pop brancas de gravações negras de R&B. O som mais familiar dessas capas pode ter
sido mais palatável para o público branco, pode ter havido um elemento de preconceito, mas as gravadoras
voltadas para o mercado branco também tinham redes de distribuição muito melhores e eram geralmente
muito mais lucrativas..[38] Notoriamente, Pat Boone gravou versões higienizadas de canções gravadas por
nomes como Fats Domino, Little Richard, The Flamingos e Ivory Joe Hunter. Mais tarde, à medida que
essas canções se tornaram populares, as gravações dos artistas originais também foram tocadas no
rádio.[39]
As versões covers não eram necessariamente imitações diretas. Por exemplo, a versão incompleta de Bill
Haley de "Shake, Rattle and Roll" transformou o conto humorístico e atrevido de amor adulto de Big Joe
Turner em um enérgico número de dança adolescente,[32][40] enquanto Georgia Gibbs substituiu o vocal
duro e sarcástico de Etta James em "Roll With Me, Henry" (regravada como "Dance With Me, Henry") com
um vocal alegre, mais apropriado para um público não familiarizado com a canção para a qual a canção de
James foi uma resposta, "Work With Me, Annie" de Hank Ballard".[41] A versão rock and roll de Elvis de
"Hound Dog", tirada principalmente de uma versão gravada pela banda pop Freddie Bell and the Bellboys,
era muito diferente do blues shouter que Big Mama Thornton havia gravado quatro anos antes..[42][43]
Outros artistas brancos que gravaram versões cover de canções de rhythm & blues incluem Gale Storm ["I
Hear You Knockin'" de Smiley Lewis], The Diamonds ["Little Darlin'" dos Gladiolas, e "Why Do Fools Fall
in Love?" de Frankie Lymon & the Teenagers"], Crew Cuts ["Sh-Boom" de the Chords', e "Don't Be Angry"
de Nappy Brown], Fountain Sisters ["Hearts of Stone" de The Jewels] e Maguire Sisters ["Sincerely" de The
Moonglows].

Rock britânico
Na década de 1950, a Grã-Bretanha estava bem posicionada para
receber a música e a cultura do rock and roll americano.[44]
Compartilhava uma linguagem comum, fora exposto à cultura
americana por meio do estacionamento de tropas no país e
compartilhava muitos desenvolvimentos sociais, incluindo o
surgimento de distintas subculturas juvenis que, na Grã-Bretanha,
incluíam os Teddy Boys e os rockers.[45] Trad jazz se tornou popular,
e muitos de seus músicos foram influenciados por estilos americanos
relacionados, incluindo boogie woogie e blues.[46] A mania do
skiffle, liderada por Lonnie Donegan, utilizou versões amadoras de
canções folk americanas e encorajou muitos da geração seguinte de
rock and roll, folk, R&B e músicos beat a começar a se Tommy Steele, um dos primeiros
roqueiros britânicos, se
apresentar.[47] Ao mesmo tempo, o público britânico estava
apresentando em Estocolmo em
começando a conhecer o rock and roll americano, inicialmente por 1957
meio de filmes como Blackboard Jungle (1955) e Rock Around the
Clock. (1956).[48] Ambos os filmes continham o sucesso de Bill Haley
& His Comets, "Rock Around the Clock", que entrou nas paradas britânicas no início de 1955 - quatro
meses antes de chegar às paradas pop dos Estados Unidos - liderou as paradas britânicas no final daquele
ano e novamente em 1956, e ajudou a identificar o rock and roll com a delinquência adolescente.[49]
Artistas americanos de rock and roll, como Elvis Presley, Little Richard, Buddy Holly, Chuck Berry e Carl
Perkins, depois disso, tornaram-se grandes forças nas paradas britânicas.

A resposta inicial da indústria musical britânica foi tentar produzir cópias de discos americanos, gravados
com músicos de sessão e muitas vezes liderados por ídolos adolescentes.[50] Mais roqueiros britânicos de
base logo começaram a aparecer, incluindo Wee Willie Harris e Tommy Steele.[50] Durante este período, o
rock and roll americano permaneceu dominante; no entanto, em 1958, a Grã-Bretanha produziu sua
primeira estrela e canção rock and roll "autêntica", quando Cliff Richard alcançou o número 2 nas paradas
com "Move It".[51] Ao mesmo tempo, programas de TV como Six-Five Special e Oh Boy! promoveu as
carreiras de roqueiros britânicos como Marty Wilde e Adam Faith.[50] Cliff Richard e sua banda de apoio,
The Shadows, foram os artistas caseiros de rock and roll mais bem-sucedidos da época.[52] Outros artistas
principais incluem Billy Fury, Joe Brown e Johnny Kidd & the Pirates, cujo hit de 1960 "Shakin 'All Over"
se tornou um standard do rock and roll.[50]
Como o interesse pelo rock and roll estava começando a diminuir na América no final dos anos 1950 e
início dos anos 1960, ele foi assumido por grupos nos principais centros urbanos britânicos como
Liverpool, Manchester, Birmingham e Londres.[53] Quase ao mesmo tempo, uma cena de blues britânico se
desenvolveu, inicialmente liderada por seguidores puristas do blues, como Alexis Korner e Cyril Davies,
que foram diretamente inspirados por músicos americanos como Robert Johnson, Muddy Waters e Howlin'
Wolf.[54] Muitos grupos se moveram em direção à música beat de rock and roll e rhythm and blues do
skiffle, como os Quarrymen que se tornaram os Beatles, produzindo uma forma de revivalismo do rock and
roll que os levou e muitos outros grupos ao sucesso nacional por volta de 1963 e internacional sucesso de
1964, conhecido na América como a invasão britânica.[55] Os grupos que seguiram os Beatles incluíram
Freddie and the Dreamers, com influência beat, Wayne Fontana e Mindbenders, Herman's Hermits e Dave
Clark Five. Os primeiros grupos de rhythm and blues britânicos com mais influências de blues incluem
Animals, Rolling Stones e Yardbirds.[56]

Impacto cultural
Alan Freed, também conhecido como "Moondog", é creditado como o primeiro a utilizar a expressão "rock
and roll" para descrever a música rhythm and blues tocada para uma audiência multirracial. Enquanto
trabalhava como DJ na estação de rádio WJW, em Cleveland, ele também organizou o primeiro grande
concerto de rock and roll, o "Moondog Coronation Ball", em 21 de março de 1952.[57] Posteriormente, Freed
organizou muitos concertos de rock and roll marcados pela presença tanto de brancos quanto de negros,
contribuindo ainda mais para introduzir estilos musicais afro-americanos para um público mais vasto.

Tensões raciais
O rock and roll surgiu em uma época em que as tensões raciais nos Estados Unidos estavam próximos de
vir à tona. Os negros norte-americanos protestavam contra a segregação de escolas e instalações públicas.
A doutrina racista "separate but equal" foi nominalmente derrubada pela Suprema Corte dos Estados
Unidos em 1954, mas a difícil tarefa de fazer respeitar a decisão estava por vir. Este novo gênero musical
combinando elementos das músicas branca e negra inevitavelmente provocou fortes reações.

Depois do "The Moondog Coronation Ball", as gravadoras logo compreenderam que havia mercado formado
pelo público branco para a música negra que estava para além das fronteiras estilísticas do rhythm and
blues. Mesmo o preconceito considerável e as barreiras raciais não podiam barrar as forças do mercado. O
rock and roll tornou-se um sucesso de um dia para outro nos Estados Unidos, repercutindo no outro lado
do Oceano Atlântico e, talvez, culminando em 1964 com a "Invasão Britânica".

Os efeitos sociais do rock and roll foram massivos mundialmente, influenciando estilos de vida, moda,
atitudes e linguagem. Além disso, pode ter ajudado a causa do movimento dos direitos civis, porque tanto
os jovens norte-americanos brancos como os negros gostavam do gênero, que ainda derivou muitos estilos
musicais: soul music, funk, progressivo, punk, heavy metal e alternativo.

Cultura teen
Um ídolo teen geralmente é um artista que atrai um grande número de seguidores, principalmente
adolescentes do sexo feminino, devido à sua boa aparência, apelo sexual além de suas qualidades musicais.
Um bom exemplo é Frank Sinatra na década de 1940, embora um exemplo anterior possa ser Rudy Vallée.
Com o nascimento do rock and roll, Elvis Presley se tornou um dos maiores ídolos teen de todos os tempos.
Seu sucesso levou os promotores de eventos à criação deliberada de novos ídolos, tais como Frankie
Avalon e Ricky Nelson. Outros músicos daquela época também atingiram popularidade.
Devido ao sucesso de muitos outros artistas, como os Beatles e os
Monkees, no meio teen, foram criadas algumas revistas orientadas
exclusivamente ao público jovem (por exemplo 16 Magazine e Tiger
Beat). Essas publicações mensais estampavam um ídolo teen na capa,
bem como fotografias atraentes, uma seção de "Perguntas &
Respostas", e uma lista de predileções (ou seja, cor favorita, comida
favorita etc).

Os ídolos teen também influenciaram na produção de desenhos


animados matutinos a brinquedos, entre outros produtos. No auge
da popularidade dos Beatles, não era incomum ver perucas
inspiradas no corte de cabelo, por exemplo.

Militar
Durante a guerra do Vietnã, o termo "Rock and Roll" se referia ao
disparo com uma arma automática (geralmente o fuzil M-16), "There's No Romance in Rock and
empunhando a arma no quadril como uma guitarra. Era muitas Roll" na capa da revista em
quadrinhos True Life Romance de
vezes utilizado o termo "Let's Rock and Roll".[58]
1956

Estilo de dança
Desde o seu início na década de 1950 até o início dos anos 1960, a música rock and roll gerou novos estilos
de danças. Adolescentes encontraram, no ritmo irregular do Contratempo, a brecha para reavivar a dança
jitterbug da era das big bands. Danças Sock-hops, de ginásio ou de festas em porões residenciais tornaram-
se uma mania, e os jovens norte-americanos assistiam ao programa de televisão American Coreto,
apresentado por Dick Clark, para se manter atualizados sobre os mais recentes estilos de dança e moda. A
partir de meados dos anos 1960, quando o rock and roll gradualmente tornou-se rock, este influenciou
danças de gêneros musicais seguintes, começando pelo twist, e conduziu em direção ao funk, disco, house,
techno e hip-hop.[59]

Ver também
Rock brasileiro
Rock português

Referências
1. Christopher John Farley, 1946 estilo similar ao Elvis Rocks, mas ele não foi o primeiro (http://w
ww.time.com/time/arts/article/0,8599,661084,00.html),
2. Jim Dawson and Steve Propes, What Was The First Rock'n'Roll Record (1992), ISBN 0-571-
12939-0.
3. Peterson, Richard A. Creating Country Music: Fabricating Authenticity (1999), p. 9, ISBN 0-
226-66285-3.
4. Davis, Francis. The History of the Blues (New York: Hyperion, 1995), ISBN 0-7868-8124-0.
5. Dawson, Jim & Propes, Steve, What was the first rock 'n' roll record?, Faber & Faber, ISBN 0-
571-12939-0, 1992.
6. S. Evans, "The development of the Blues" in A. F. Moore, ed., The Cambridge companion to
blues and gospel music (Cambridge: Cambridge University Press, 2002), pp. 40-2.
7. P. Hurry, M. Phillips, and M. Richards, Heinemann advanced music (Heinemann, 2001), pp.
153-4.
8. J. Matheus Schneider Gebhardt, O rock'n'roll como fonte de soft power : análise do papel da
música na construção do prestígio externo dos Estados Unidos da América, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul 2013
9. J. Aline Rochedo, http://www.getempo.org/index.php/revistas/64-n-13-setembro-de-
2013/resenhas/194-1-um-olhar-sobre-o-livro-rock-and-roll-uma-historia-social Um olhar sobre o
livro, Rock and Roll: Uma História Social, 2013
10. J. Matheus Schneider Gebhardt, http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/96716 O rock'n'roll
como fonte de soft power: análise do papel da música na construção do prestígio externo dos
Estados Unidos da América, Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2013
11. J. pbs.org, http://www.pbs.org/theblues/songsartists/songsbioalpha.html The Songs &The
Artists
12. Jim Dawson and Steve Propes, What Was The First Rock'n'Roll Record, 1992, ISBN 0-571-
12939-0
13. Williams, R (March 18, 2015). "Sister Rosetta Tharpe: the godmother of rock ’n’ roll" (https://ww
w.theguardian.com/music/2015/mar/18/sister-rosetta-tharpe-gospel-singer-100th-birthday-tribut
e).
14. Robert Palmer, "Church of the Sonic Guitar", pp. 13-38 in Anthony DeCurtis, Present Tense,
Duke University Press, 1992, p. 19. ISBN 0-8223-1265-4.
15. M. Campbell, ed., Popular Music in America: and the Beat Goes on (Boston, MA: Cengage
Learning, 3rd edn., 2008), ISBN 0-495-50530-7, pp. 157–8.
16. Robert Palmer, "Rock Begins", em Rolling Stone Illustrated History of Rock and Roll,
1976/1980, ISBN 0-330-26568-7 (edição britânica), pp. 3–14.
17. J. Cott, Back to a shadow in the night: music writings and interviews, 1968-2001 (Hal Leonard,
2003), p. 194.
18. Letra da música ROCK IT FOR ME (http://lyricsplayground.com/alpha/songs/r/rockitforme.shtm
l)
19. V. Bogdanov, C. Woodstra and S. T. Erlewine, All music guide to rock: the definitive guide to
rock, pop, and soul (Backbeat Books, 3rd edn., 2002), p. 507.
20. Bill Haley & The Comets (http://www.rockabillyhall.com/BillHaley.html)
21. Scott Reynolds Nelson, Steel Drivin' Man, p. 75.
22. Billboard, 30 de maio de 1942, página 25. Outros exemplos são usados para descrever
"Coming Out Party" de Vaughn Monroe na edição de 27 de Junho de 1942, página 76; "It's
Sand, Man" de Count Basie, na edição de 3 de Outubro de 1942, página 63; e "Kansas City
Boogie-woogie" de Deryck Sampson, na edição de 9 de Outubro de 1943, página 67.
23. Billboard, 12 de junho de 1943, página 19
24. Bordowitz, Hank (2004). Turning Points in Rock and Roll. New York, New York: Citadel Press.
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Ligações externas
«The Camp Meeting Jubilee» (http://www.philxmilstein.com/probe/tracks/MaleQuartette-TheCa
mpMeetingJubilee.mp3) (em inglês)
«História da guitarra elétrica - The Smithsonian» (http://invention.smithsonian.org/centerpiece
s/electricguitar/index.htm) (em inglês)
«História do rock» (http://www.history-of-rock.com/) (em inglês)

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