música do século XX com ganho de popularidade do rádio pelo mundo, e
novas medias e tecnologias foram desenvolvidas para gravar, capturar, reproduzir e distribuir música. Como ela já não era mais limitada a concertos e clubes, tornou-se possível aos artistas da música ganhar rapidamente fama nacional e até internacional. Da mesma forma, o público poderia agora estar exposto a um leque maior de opções que anteriormente, resultando no fenômeno da world music. As apresentações tornaram-se cada vez mais visuais com a transmissão e gravação de vídeos musicais e concertos. Música de todo gênero tornou-se cada vez mais portátil. Os fones de ouvido permitiram às pessoas a sentarem-se próximas das outras e ouvirem composições completamente diferentes ou compartilhar a mesma composição. As leis de direitos autorais foram desenvolvidas, mas novas tecnologias tornaram mais fácil a gravação, o compartilhante e a reprodução ilegal de música. A música do século XX trouxe nova ampliada-de e maior experimentação com novos gêneros musicais e formas que desafiaram os dogmas de períodos anteriores. A invenção e disseminação dos instrumentos musicais eletrônicos e do sintetizador em meados do século revolucionaram a música popular e aceleraram o desenvolvimento de novas formas de música. Os sons de diferentes continentes começaram a se fundir de alguma forma. Modos mais rápidos de transporte permitiram aos músicos e fãs a viajar mais longe para apresentar ou ouvir. Na América Latina, o início do século XX foi marcado por pessoas de posse tendo acesso às salas de concerto e às óperas, enquanto o restante da população dava preferência à música popular (Massin, 1997). O desenvolvimento da arte popular teve suas bases na cultura legada dos povos ameríndios anteriores a descoberta europeia da região, na música religiosaoriunda da Europa através dos missionários e da música negra proveniente dos escravos africanos. Percebe-se que na região havia compositores que contribuíram para a preservação da música tradicional, ainda que também desenvolvendo a cultura musical europeia. No Brasil, o autodidata Heitor Villa-Lobos estava inserido em um contexto tanto de música popular, com o qual entrou em contato no interior do país, e de música erudita, pois vindo de família rica tinha condições de estudar partituras clássicas e românticas. Em sua vida, soube introduzir material tipicamente brasileiro em formas clássicas, e divulgou a música brasileira à Europa. Nos Estados Unidos, era desejo encontrar uma base musical própria que não dependesse da hegemonia europeia, misturando elementos locais como a música indígena, o blues e o jazz. A música soul é fundamentalmente o rhythm and blues, que cresceu nas comunidades afro-americanas de gospel e blues durante o final da década de 1950 nos Estados Unidos, atingindo seu auge em meados da década seguinte. Seus principais pólos foram Tennessee e Detroit, apesar de se encontrar cenas também em Nova Orleans, e sua principal referência é atualmente o músico James Brown. Com o tempo, muitas das extensões do R&B na música popular foram também denominadas música soul. Esse gênero tradicionalmente apresenta cantores solo, como Aretha Franklin. O funk é um estilo distinto de música originado nas comunidades afro-americanas, como exemplificado por James Brown, George Clinton e grupos como The Meters. Ele é reconhecido pelo ritmo em síncope, fortes linhas de baixo, percussão e marcantes influências do jazz. A música disco é uma música dançante que surgiu no início da década de 1970, principalmente do funk, da salsa e da soul. Seu nome é uma referência à palavra francesa "discothèque", que significa discoteca. A música hip-hop é tradicionalmente composta do rap e do DJ, e surgiu quando DJs começaram a isolar, repetir e mixar sons de percussão do funk e da disco. O estilo começou no final da década de 1970. Música popular latina A salsa é um ritmo predominantemente caribenho que é popular em diversos países da América Latina. Este ritmo se mostrou tão importante para o século que sobreviveu até os dias atuais. Reggae O reggae é um ritmo de música popular que foi desenvolvido na Jamaica no final da década de 1960, e cujas origens estão na música africana e caribenha, no rhythm and blues, no ska e no rocksteady. É baseado em um ritmo de batidas regulares tal qual o ska e o rocksteady, porém com uma marcação de tempo mais lenta. Seu artista mais conhecido foi o músico e ativista Bob Marley. Já em meados da década de 1970, o ritmo já havia sido levado para a Europa, especialmente no Reino Unido, influenciando bandas de rock como The Clash. New Age A música eletrônica e a world music, em conjunto com a música esotérica são elementos dos quais a música New Age se desenvolveu. Os trabalhos desse gênero tendem a serem serenos, com a ajuda da meditação. Artistas populares incluem Suzanne Ciani, Enya, Corciolli, Yanni, Kitaro e George Winston. Música pop Música pop é um termo usado para designar qualquer estilo de música popular, o seja música que atinge a maior parte da população. Distinguindo-se da clássica e da música folk [1]. O termo "Pop" pode se referir a qualquer gênero popularmente difundido da música americana, rock, hip-hop, dance, R&B e do country. Sendo assim a expressão "música pop" pode ser usada para designar qualquer estilo popular que esteja em evidência e tenha suas origens da música popular norte- americana. Música eletrônica
No século XX surgiu o teremim, um instrumento musical inovador. Por séculos, a
música era criada através da fricção de cordas (instrumentos de cordas), da vibração do ar (instrumentos de sopro) ou ao bater em algum objeto (instrumentos de percussão e teclas). O teremim, que era operador por um campo magnético interrupto ao redor do instrumento, não precisava nem mesmo ser tocado para produzir som. Apesar de seu inventor Leon Theremin o ter desenvolvido originalmente para a música erudita como um meio de prevenir a lesão por esforço repetitivo, o instrumento foi usado tanto em trilhas sonoras, como em Forbidden Planet, quanto no rock and roll, como na canção "Good Vibrations" do The Beach Boys. Logo depois, foram inventadas as ondas Martenot por Maurice Martenot, que foram usadas por Olivier Messiaen em diversos trabalhos. Alguns compositores abandonaram instrumentos musicais tradicionais para usar a fita magnética na criação de música, gravando os sons e os manipulando de alguma forma. Nesse aspecto Pierre Schaeffer foi um pioneiro. Figuras como Karlheinz Stockhausen usaram métodos puramente eletrônicos para desenvolver seu trabalho. Como citado anteriormente, nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial a música eletrônica foi adotada por compositores progressivos, uma forma de exceder os limites dos instrumentos tradicionais. Apesar de ter começado na música erudita, por volta da década de 1960 Wendy Carlos a popularizou através do uso do sintetizador desenvolvido por Robert Moog, com dois álbuns notáveis, The Well-Tempered Synthesizer e Switched-On Bach. Na década de 1970, artistas como Tangerine Dream, Suzanne Ciani, Klaus Schulze, Kraftwerk, Vangelis, Brian Eno, Jean Michel Jarre, e compositores japoneses como Isao Tomita e Kitaro popularizaram a música eletrônica, e indústria do cinema começou a utilizá-la na composição de trilhas sonoras. A partir do final da década de 1970, muito da música popular começou a ser desenvolvido com o uso de sintetizadores através de grupos como Heaven 17, The Human League, Art of Noise, New Order e Depeche Mode. O desenvolvimento da música eletrônica dançante com o som do techno em Detroit e do house em Chicago no início da década de 1990, e posteriormente com o new beat e acid house no final da década, ajudaram a introduzir a música eletrônica ao grande público. Um elemento importante nesse desenvolvimento foram as raves. Tais festas de música eletrônica começaram como uma reação às tendências da música popular, a cultura de casas noturnas e o rádio comercial, com o objetivo primordial da elevação da consciência através de diversas formas de arte.