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QUESTÕES
COMENTADAS
FGV
Profa. Flávia Rita
1
Sumário
PERFIL DA BANCA FGV -03
Perfil da banca
FGV
A FGV (Fundação Getúlio Vargas) é uma banca conceituada no
universo dos concursos públicos, sendo a responsável pela organização
das provas do exame da OAB.
Embora tenha uma longa experiência no universo das provas, ela não
apresenta um modelo padrão de cobrança, o que faz com que seus conteúdos
costumem variar em cada concurso. Entretanto, é possível traçar algumas
características comuns nas diversas provas já organizadas, assim como
identificar a maior prefe-rência por diversos conteúdos de língua
portuguesa.
c) A glória deve ser conquistada; a honra, por sua vez, basta que não seja perdida;
Gabarito: Letra D
Comentário: A letra A apresenta uma relação de oposição na ideia entre “absolver os criminosos
robustos” e “condenar os fracos inocentes”. A letra B traz a oposição decorrente dos termos
“primeiros” e “últimos”. A letra C estabelece uma relação de oposição entre dinâmica da glória
(conquista) e da honra (não perder). A letra D não tem qualquer relação de oposição, motivo pelo
qual é o gabarito da questão. Na letra E, por fim, há uma oposição entre os termos
“discípulo” (quem aprende) e “mestre” (quem ensina).
(FGV, TJCE, Técnico Judiciário, 2019) “As leis existem, mas quem as aplica?” Esse
pensamento de Dante Alighieri critica:
b) o excesso de leis;
d) a fraqueza humana;
Gabarito: Letra D
Comentário: A letra A está errada, pois a “elaboração das leis” não é criticada pelo trecho, mas,
sim, sua aplicação. A letra B extrapola o trecho, já que não é mencionada qualquer informação
acerca do excesso de leis. A letra C também extrapola as informações, pois não se aborda o excesso
da polícia. A letra D, de forma mais geral, condiz com a crítica levantada pelo autor, que vê na
aplicação da lei um espaço para o arbítrio humano. A letra E extrapola o conteúdo do trecho, pois
não é tratado o rigor do controle das leis.
04
FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO
(FGV, TJCE, Técnico Judiciário, 2019) “Alguns tiveram a forca como preço pelo próprio
crime, outros, a coroa”.
Gabarito: Letra A
Comentário: O ditado exprime o sentido de que alguns crimes, por vezes, compensam, pois
seus agentes são coroados, ao passo que outros são apenadas com as maiores das penas.
Portanto, a assertiva que melhor se enquadra na mensagem do ditado é a letra A.
(FGV, TJCE, Técnico Judiciário, 2019) “Sem instrução, as melhores leis tornam-se
inúteis”. Esse pensamento deve ser entendido do seguinte modo:
e) Se os juízes não forem pessoas cultas, as leis se tornam inúteis por não serem claras.
Gabarito: Letra A
05
FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO
(FGV, TJCE, Técnico Judiciário, 2019) A frase abaixo que mostra uma visão ironicamente
negativa sobre a justiça é:
a) Em geral, a lei é a razão humana, na medida em que governa todos os povos da terra;
c) A majestosa igualdade das leis, que proíbe tanto o rico como o pobre de dormir sob as pontes,
de mendigar nas ruas e de roubar pão;
d) A lei deve ser breve para que os indoutos possam compreendê-la facilmente;
Comentário: Considera-se ironia a figura de retórica por meio da qual se altera o sentido original
da ideia para o seu contrário. Com esse sentido em mente, percebe-se que as alternativas A, B, D e E
não trazem qualquer sentido negativo sobre a justiça. A letra C, por outro lado, apresenta uma
crítica irônica à justiça, a qual é qualificada como “majestosa” ao mesmo tempo em que resulta em
resultados diferentes para os diversos extratos sociais.
(FGV, TJCE, Técnico Judiciário, 2019) “Quando se julga por indução e sem o necessário
conhecimento dos fatos, às vezes chega-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores”.
Indução é um processo lógico que parte do particular para o geral, como ocorre no
seguinte raciocínio:
b) Após as chuvas, as ruas ficam alagadas; hoje deve ter chovido durante toda a noite;
c) A torcida do Corinthians está presente em todos os jogos; domingo não deve ser diferente;
d) O estacionamento do restaurante está cheio de carros; o lucro desse restaurante deve ser alto;
Gabarito: Letra D.
06
FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO
(FGV, TJCE, Técnico Judiciário, 2019) “Causam menos dano cem delinquentes do que
um mau juiz”; no caso dessa frase, o vocábulo MAU está corretamente grafado; a frase
abaixo em que esse mesmo vocábulo deveria ser grafado com a forma MAL é:
Gabarito: Letra C.
Comentário: A palavra “mau” é um adjetivo que exprime o oposto de “bom” e que pode aparecer
substantivado na frase. Já “mal” pode ser tanto um advérbio quanto um substantivo. No
enunciado, percebe-se que o termo foi empregado qualificando “Juiz”, de modo que a alternativa
correta deverá oferecer o uso do termo como um adjetivo. Assim, a letra A está errada, pois
apresenta a palavra substantivada, de maneira que é impossível sua grafia como “mal”. A letra B,
tal como a anterior, apresenta um adjetivo que qualifica o nome “castigo”, sendo incorreto o
grafar como “mal”. A letra C é o gabarito da questão, pois o termo é empregado incorretamente, já
que, como advérbio, deveria estar escrito na forma “mal”. A letra D traz o uso correto da palavra,
pois ela qualifica o substantivo “juiz”. Na letra E, ambos os usos estão corretos, não sendo possível
a forma adverbial.
(FGV, TJCE, Técnico Judiciário, 2019) “Nunca serei juiz. Neste grande vale onde a espécie
humana nasce, vive, morre, se reproduz, se cansa, e depois volta a morrer, sem saber
como nem por quê, distingo apenas felizardos e desventurados”. Nesse pensamento, os
termos
“como” e “por quê” indicam, respectivamente:
a) modo e causa;
b) meio e explicação;
c) meio e causa;
d) causa e explicação;
e) modo e explicação.
Gabarito: letra A
Comentário: Os termos “como” e “por quê” empregados na frase “[…] sem saber como
nem por quê […]” exprimem sentido, respectivamente, de modo e de causa. Assim, a
resposta correta é a letra A.
07
FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO
(FGV, TJCE, Técnico Judiciário, 2019) “Nunca serei juiz. Neste grande vale onde a espécie
humana nasce, vive, morre, se reproduz, se cansa, e depois volta a morrer, sem saber
como nem por quê, distingo apenas felizardos e desventurados”. Nessa frase do escritor
italiano Ugo Foscolo, a função do segundo período é:
a) contradizer o primeiro;
Gabarito: Letra D
Comentário: O trecho apresenta dois períodos: “Nunca serei juiz” e “Neste grande vale onde a
espécie humana nasce, vive, morre, se reproduz, se cansa, e depois volta a morrer, sem saber como
nem por quê, distingo apenas felizardos e desventurados”. Nessa estrutura, percebe-se que o
segundo período tem a função de justificar o porquê o autor jamais seria um juiz. Portanto, a única
alternativa que traz interpretação adequada ao enunciado é a letra D, o que a torna o gabarito da
questão.
(FGV, TJCE, Técnico Judiciário, 2019) “Onde, sob os olhos dos juízes, o direito é
derrubado pela iniquidade e a verdade pela mentira, são derrubados os próprios juízes”.
Sobre a estrutura dessa frase, a única afirmação inadequada é:
c) no segmento “sob os olhos dos juízes” não se pode substituir a forma “sob” por “sobre”;
e) no segmento “são derrubados os próprios juízes” não se pode colocar o sujeito (os próprios
juízes) antes do verbo (são derrubados).
Gabarito: Letra E.
Comentário: Na letra A, o pronome relativo “onde” retoma lugar indefinido, logo, a assertiva traz
interpretação adequada do trecho. A letra B apresenta afirmativa correta, pois, de fato, ocorreu
omissão da forma verbal “é derrubada”. A letra C está correta, uma vez que a substituição alteraria
o sentido original do trecho. Na letra D, observa-se o emprego da voz passiva analítica na locução
“é derrubado”, sendo o sujeito paciente “o direito” e o agente da passiva a “iniquidade”. Desse
modo, está plenamente de acordo com as estruturas sintáticas do trecho a afirmativa. A letra E, por
fim, está incorreta, já que o deslocamento do termo “os próprios juízes” é possível sem prejuízo ao
sentido ou à correção gramatical.
08
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FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO
Gabarito: Letra B
Comentário: Os lápis simbolizam a educação e a bala com as mãos para o alto indicam a rendição da
violência. Desse modo, a melhor charge é aquela que reconhece o valor da educação para o combate à
violência. Nesse caso, o gabarito é a letra B, pois traz a melhor tradução da imagem.
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FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO
(FGV, Prefeitura de Salvador-BA, Professor Infantil, 2019) “A ideia de que a natureza existe
para servir ao homem seria apenas ingênua, se não fosse perigosamente pretensiosa. Essa
crença lançou raízes profundas no espírito humano, reforçada por doutrinas que situam
corretamente o Homo sapiens no ponto mais alto da evolução, mas incidem no equívoco
de fazer dele uma espécie de finalidade da criação. Pode-se dizer com segurança que nada
na natureza foi feito para alguma coisa, mas pode-se crer em permuta e equilíbrio entre
seres e coisas”. Lisboa, Luiz Carlos, Olhos de ver; ouvidos de ouvir. Ed. DIFEL. 2013.
Esse fragmento, retirado do livro Olhos de ver; ouvidos de ouvir, é do tipo argumentativo.
Ele tem como tese que
Comentário: A tese do texto encontra-se expressa no último período, em que se afirma: “Pode-se
dizer com segurança que nada na natureza foi feito para alguma coisa, mas pode-se crer em
permuta e equilíbrio entre seres e coisas”. Isso é depreendido do trecho “Essa crença lançou raízes
profundas no espírito humano, reforçada por doutrinas que situam corretamente o Homo sapiens no
ponto mais alto da evolução, mas incidem no equívoco de fazer dele uma espécie de finalidade da
criação”, em que o autor deixa claro o equívoco na percepção teleológica da criação ou da natureza.
Desse modo, o gabarito da questão é a letra D, por trazer a melhor síntese do texto.
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FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO
Gabarito: Letra A
Comentário: A letra A está correta, pois o segundo fragmento é empregado como uma
explicação da tese anterior, a partir do oferecimento de exemplos. A letra B restringe o segundo
fragmento, já que nele são percebidos mais de uma exemplificação: a fonte do islamismo e do
cristianismo, respectivamente, no Corão e na Bíblia e os Dez Mandamentos como documento
escrito. A letra C não condiz com o texto, que não se utiliza de uma enumeração de fatos
decumentadores para construir a argumentação. A letra D diverge do texto ao considerar a tese
do primeiro fragmento pouco clara. A letra E, por fim, não é adequada ao enunciado, pois o
segundo fragmento tem a finalidade específica de confirmar as teses do primeiro.
b) Iniciar o texto com palavras que mostram certa relativização do valor dos diplomas cuja
obtenção ali se comemorava.
c) Criticar aqueles que doam o melhor dos seus esforços a estudos acadêmicos e pouco
úteis.
d) Mostrar que seu sucesso profissional é um modelo que deve ser perseguido por todos os
formandos.
e) Indicar que, em sua vida profissional, sempre foi avesso a formaturas e eventos
acadêmicos.
Gabarito: Letra B
Comentário: A marca original do discurso está presente no segundo período do texto, no qual
há uma relativização do valor dos diplomas acadêmicos, fato contrário às expectativas da
audiência: “Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do
mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que
eu já cheguei de uma cerimônia de formatura.”. Com isso, a única alternativa que se mostra
consoante com esse traço do texto é a letra B, gabarito da questão.
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SUMÁRIO