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Cartografia da Graduação:

Censo da Formação Inicial


em História (Licenciatura e
Bacharelado) no Brasil
Mauro Cezar Coelho
Cartografia da Graduação:
Censo da Formação Inicial
em História (Licenciatura e
Bacharelado) no Brasil
Mauro Cezar Coelho

Diagnose da Graduação em História


Expediente
E-book produzido pela Associação Nacional de História-ANPUH-
C672n Coelho, Mauro Cezar.
Brasil, situada na Av. Prof. Lineu Prestes, 338, Sala N do Térreo do Cartografia da Graduação: Censo da Formação Inicial em
prédio de História e Geografia, São Paulo – SP, CEP: 05508-000. História (Licenciatura e Bacharelado) no Brasil/ Mauro
Cezar Coelho
Telefone: (011)3091-3047. E-mail: secretaria@anpuh.org Vitória: Editora Milfontes, 2021.
43 páginas p.: 21cm.

Diretoria Biênio 2021 - 2023 ISBN: 978-65-86207-95-8

Presidente - Valdei Lopes de Araujo (UFOP) 1. Cartografia 2. História 3. Censo I. Coelho, Mauro Cezar.
II. Título.
Vice-Presidente - Monica Piccolo (UEMA)
Secretário-geral - Luiz Carlos Villalta (UFMG) CDD 370.71

1ª Secretária - Cristina Meneguello (Unicamp)


2ª Secretária – Juliana Alves de Andrade (UFRPE)
1ª Tesoureira - Célia Santana (UNEB)
2º Tesoureiro - Renato Franco (UFF)
Editora da Revista Brasileira de História - Andréa Slemian (Unifesp)
Editora da Revista História Hoje - Mônica Silva (UFSC)

Editoração
Bruno César Nascimento

Revisão Técnica
Juliana Alves de Andrade

Diagramação Distribuição Gratuita - revisada e atualizada


Semíramis Aguiar de Oliveira Louzada Novembro de 2021

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Apresentação
A formação inicial em História remonta à década de 1930, quando instituíram-se os primeiro cursos de
formação em Nível Superior, no Brasil. Oferecida primeiramente no Rio de Janeiro e em São Paulo, cedo
ela se espraiou pelo país, alcançando as capitais dos Estados e, depois, o interior do país. Desde o início
do presente século, ela viveu outra expansão, com o aumento da oferta de cursos presenciais e a criação
e a proliferação de cursos a Distância. A formação inicial em História compreende, hoje, um universo de
instituições, cursos, modalidades, profissionais e estudantes que demanda nossa atenção constante, de
modo a compreender os rumos da formação e a incidir sobre ela.

O Estado produz a maior parte dos dados sobre o Ensino Superior e, por extensão, sobre os cursos de
graduação em História. É por meio do Censo da Educação Superior e do Relatório Síntese da Área de
História, ambos produzidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP),
que as condições de oferta e a característica dos cursos pode ser aferida. Isto se deve, em larga medida, à
ausência de dados construídos pelos próprios historiadores, seja por meio de sua maior expressão coletiva
– a Associação Nacional de História – seja através de pesquisas desenvolvidas por pesquisadores da área.

A elaboração de um mapa que situe uma cartografia da Graduação em História, pela Associação Nacional
de História, tem por objetivo promover uma inflexão nesse quadro e instituir uma prática: a sistematização
dos dados disponíveis sobre a formação inicial e produção de dados sobre os cursos de História, com o
objetivo de melhor entender as suas características e especificidades e melhor incidir sobre eles. Os dados
disponibilizados a seguir, nesta primeira experiência de formulação de uma cartografia, foram produzidos
em sua maior parte pelo Estado. Por essa razão, eles tem um limite: sua produção reflete as demandas do
Estado e não, necessariamente, as da área de conhecimento e as exigências do campo. Daí a importância da

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assunção da formação inicial como espaço de pesquisa e de reflexão sistemática. Daí a necessidade de uma
nova prática: a inclusão da formação inicial como um relevante objeto de pesquisa.

Os dados sobre os cursos de formação inicial em História deixam evidentes que a formação de professores
é a área de maior incidência de cursos e a atuação na Educação Básica é a expectativa da maior parte dos
alunos e alunas dos cursos de licenciatura em História. Para além deles, no entanto, há um volume imenso
de questões que precisam ser objeto de nossa consideração, como por exemplo, os seguintes:

• Os dados do INEP apontam que o índice de sucesso dos cursos de graduação em História
é baixíssimo. Além disso, há grande volume de evasão e retenção. As razões para que esse quadro se
mantenha e a reflexão sobre os gargalos dos cursos devem ser investigadas.

• Os mesmos dados apontam que apesar da enorme diferença entre o número de cursos
oferecidos por instituições privadas e públicas, os resultados obtidos não são proporcionais. Cursos
privados e públicos graduam um volume aproximado de pessoas, tanto nos cursos de bacharelado
quanto nos cursos de licenciatura. Entender o que motiva as diferenças na oferta de vagas e no volume
de matrículas e os resultados aproximados nos índices de sucesso é uma necessidade.

• Desde o início do século o Conselho Nacional de Educação (CNE) vem promovendo


reformulações na estrutura dos cursos de formação de professores. Tais políticas afetam os cursos
de licenciatura e, consequentemente, incidem sobre os cursos de História que são ofertados em
maior volume na habilitação Licenciatura. Em alguns estados da federação, aliás, a Licenciatura é a
única habilitação ofertada. Entender como as políticas públicas afetam a formação inicial, a partir do
conhecimento da estrutura da oferta em todo o país pode nos ajudar a balizar nossos posicionamentos.

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• Os dados produzidos pelo INEP nos permitem identificar algumas características do público
que opta pelo bacharelado ou pela licenciatura, mas não promove o entendimento dos segmentos
sociais que o compõe e, tampouco, a sua percepção desde uma perspectiva histórica. Estudar os
alunos e alunas que acionam os cursos de formação inicial é etapa fundamental para a formulação
e promoção de posicionamentos e estratégias que fortaleçam os cursos iniciais, tornando-os mais
receptivos àqueles que neles se matriculam.

Além dos dados disponibilizados pelo Estado, a Associação Nacional de História deu início à construção
de dados próprios. O objetivo é situar a formação inicial em História desde o olhar dos professores de
História nela envolvidos. Esses novos dados sugerem, por sua vez, o quão necessárias são as investigações
sobre a formação oferecida no país e como desconhecemos alguns aspectos dos cursos

Os dados produzidos pela ANPUH foram construídos a partir de um inquérito respondido por
coordenadores de cursos de Graduação em História. O maior volume de dados provém dos cursos
oferecidos por instituições públicas. Eles situam o conhecimento da comunidade acadêmica acerca da
Resolução CNE/CP 02/2019 que institui novas diretrizes para os cursos de formação inicial de professores.
Eles confirmam a demanda não apenas por dados sobre os cursos, mas por reflexões sobre a formação
ofertada.

A Associação Nacional de História, portanto, estabelece essa publicação como um marco inicial em uma
sequência de reflexões que tornem o nosso conhecimento sobre a formação inicial em História mais
circunstanciado e melhor ancorado em evidências empíricas, construídas a partir das questões e problemas
colocados pelo próprio campo.

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Dados da Formação Inicial
em História no Brasil
Fonte: Censo da Educação Superior (2019)/ Relatório Síntese da Área de História (2017)

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Estrutura do Ensino Superior no Brasil
O Ensino Superior no Brasil é ofertado por instituições privadas e públicas. A oferta pública concentra o maior número
de universidades. A participação privada é maior na manutenção de Faculdades e Centros Universitários.

Natureza Estatuto
2500
2500

2000
2000

1500
1500

1000
1000

500
500

0
0
Centro
Centro FaculdadeI
Faculdade nstituto
Instituto Universidade
Universidade
Universitário Federal
Universitário Federal
Privadas Públicas IES
IES

Fonte: Sinapse Estatística da Educação Superior. 2019. INEP. Censo da Educação Superior.
Disponível em: https:///www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados

Diagnose da Graduação em História 8


Estrutura do Ensino Superior no Brasil
O bacharelado é a habilitação de maior incidência na Educação Superior. Em qualquer modelo institucional, os
bacharelados conformam a maior parte dos cursos ofertados. Comparativamente, as Universidades respondem pelo
maior volume de oferta de cursos de Licenciatura.

Total/Cursos Cursos/Instituições

Tecnológico

Instituto
Federal

Licenciatura

Faculdade

Bacharelado Centro
Universitário

0 10000 20000 30000 0 5000 10000 15000

Cursos Tecnológico Licenciatura Bacharelado

Fonte: Sinapse Estatística da Educação Superior. 2019. INEP. Censo da Educação Superior.
Disponível em: https:///www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados

Diagnose da Graduação em História 9


Graduação em História
A formação inicial em História ocorre, em grande parte dos casos, em cursos de Licenciatura. Eles são ofertados em maior
volume tanto por instituições privadas quanto públicas. A diferença na oferta das habilitações é significativa: atualmente,
há oferta de 472 cursos de Licenciatura e de 63 cursos de Bacharelado.

Oferta/Instituições Habilitações/Instituições
250 300

250
200

200
150
150
100
100

50
50

0 0
Instituições Privadas Instituições Públicas Instituições Privadas Instituições Públicas

Bacharelado Licenciatura Bacharelado Licenciatura

Fonte: Sinapse Estatística da Educação Superior. 2019. INEP. Censo da Educação Superior.
Disponível em: https:///www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados

Diagnose da Graduação em História 10


Graduação em História
Os cursos de Bacharelado estão concentrados no Centro-Sul. Eles não são ofertados em quatro estados. Em outros onze
há apenas um curso em atividade. O poder público responde pela maior parte da oferta, mesmo em estados onde a
iniciativa privada oferece a habilitação.

Distribuição Espacial – Bacharelado em História


10
9

Público
8
7
6
5

Privado
4
3
2
1
0

iro
orte
is

a

iás

ia

cia
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Sul
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ral

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Sul

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Per

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Ma
Esp

Rio
Gra

Gra

San
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Gra
Rio

Rio
Rio
Fonte: Sinapse Estatística da Educação Superior. 2019. INEP. Censo da Educação Superior.
Disponível em: https:///www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados

Diagnose da Graduação em História 11


Graduação em História
As Licenciaturas são ofertadas em todos os estados. A iniciativa privada participa da oferta com vigor, tanto de cursos
presenciais quanto na modalidade a Distância. No entanto, é o Estado que oferece cursos presenciais nos 26 estados e no
Distrito Federal. Por outro lado, a participação privada na oferta de cursos a Distância é quase absoluta.

Distribuição Espacial – Licenciatura em História


100
90

Público
80
70
60
50

Privado
40
30
20
10
0

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Rio
Gra

Gra

San
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Rio

Rio
Rio
Fonte: Sinapse Estatística da Educação Superior. 2019. INEP. Censo da Educação Superior.
Disponível em: https:///www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados

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Graduação em História
O Estado é o principal responsável pela oferta de cursos de Bacharelado. Ele é o único financiador da habilitação em 16
estados da federação e no Distrito Federal. Em cinco estados ele responde por, pelo menos, a metade da oferta de cursos.

Participação da Oferta Pública – Bacharelado em História


120

100

80

Percentual
60

40

20

iro
orte
is

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Sul

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trit

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Ma
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Gra

Gra

San
Dis

Gra
Rio

Rio
Rio
Fonte: Sinapse Estatística da Educação Superior. 2019. INEP. Censo da Educação Superior.
Disponível em: https:///www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados

Diagnose da Graduação em História 13


Graduação em História
A iniciativa privada é a responsável pela maior parte da oferta de cursos de Licenciatura. Em 19 estados, no entanto, o
Estado financia mais de 60% dos cursos existentes. Em oito desses estados, o estado responde pela totalidade dos cursos
neles ofertados. A iniciativa privada, portanto, não atende a todo país, senão na modalidade a Distância.

Participação da Oferta Pública – Licenciatura em História


120

100

80

Percentual
60

40

20

iro
orte
is

a

iás

ia

cia
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Sul
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ral

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Sul

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Bah

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Go
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Ror
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Ron

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Ma

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Min
trit

Per

nde
Ma
Esp

Rio
Gra

Gra

San
Dis

Gra
Rio

Rio
Rio
Fonte: Sinapse Estatística da Educação Superior. 2019. INEP. Censo da Educação Superior.
Disponível em: https:///www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados

Diagnose da Graduação em História 14


Graduação em História
A iniciativa privada detém a maior parte das vagas ofertadas: dez vezes mais, nas duas habilitações. Quando consideramos
as matrículas, o quadro é outro. As instituições públicas têm o triplo de matriculados(as) em cursos de Bacharelado e
a diferença de matrículas em cursos de Licenciatura gira em torno de 15%. Logo, apesar da maior oferta de vagas pela
iniciativa privada, a participação púbica é a mais efetiva.

Vagas/Instituições Matrículas/Instituições
300000 60000

Licenciaturas
250000 50000

200000 40000

150000 30000

Bacharelados
100000 20000

50000 10000

0 0
Instituições Privadas Instituições Públicas Instituições Privadas Instituições Públicas

Fonte: Sinapse Estatística da Educação Superior. 2019. INEP. Censo da Educação Superior.
Disponível em: https:///www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados

Diagnose da Graduação em História 15


Graduação em História
As diferenças na oferta de vagas e no número de matrículas desaparecem quando consideramos os índices de sucesso. Os
índices de retenção e evasão nos cursos de graduação em História é muito alto, tanto na oferta pública quanto na privada.
A diferença se dá no índice de retenção, por razões óbvias.

Sucesso/Bacharelado Sucesso/Licenciatura
60000 60000

50000 50000

40000 40000

30000 30000

20000 20000

10000 10000

0 0
Matrículas Privadas Matrículas Públicas Matrículas Privadas Matrículas Públicas

Retenção Concluintes Desvinculados Trancamentos

Fonte: Sinapse Estatística da Educação Superior. 2019. INEP. Censo da Educação Superior.
Disponível em: https:///www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados

Diagnose da Graduação em História 16


Questões
Os dados construídos pelo Estado apontam algumas questões sobre a formação.

Equivalência de matrículas nas


Maior oferta na Rede Privada
redes Privada e Pública

Alto índice de retenção e evasão Baixa taxa de sucesso

Elas demandam o investimento da comunidade acadêmica, com o objetivo de melhor compreender as especificidades da
oferta e buscar soluções para os problemas que a afetam. A reflexão sobre os dados sugerem que as altas taxas de evasão e
de retenção merecem nossa atenção imediata. Mas, não só. Conhecer aqueles que acionam a formação inicial em História
é imprescindível.

Diagnose da Graduação em História 17


Quem são os/as estudantes dos
cursos de graduação em História?
Os dados produzidos pelo Estado permitem algum conhecimento sobre os/as estudantes que
acionam os cursos de graduação em História. Os números, evidentemente, não falam por si, de
modo que cabe à comunidade de historiadores debruçar-se sobre eles, produzir outros dados, a
fim de melhor situar os interlocutores principais do processo de formação inicial.

Diagnose da Graduação em História 18


Graduação em História
Os dados disponíveis permitem a identificação do sexos com os quais os(as) estudantes se identificam. Não há diferenças
significativas. O público feminino é ligeiramente maior nos cursos de Bacharelado.

Estudantes – Distribuição por Sexo

Bacharelado/Presencial Licenciatura/Presencial Licenciatura/Distância

Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino

Fonte: Relatório Síntese de Área (História). 2017. INEP. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.
Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enade/resultados/

Diagnose da Graduação em História 19


Graduação em História
As Licenciaturas a Distância são o alvo preferencial de estudantes com idade acima de 25 anos. Os estudantes com mais
de 40 anos representam mais de 1/3 do público dessa modalidade. O público nesta faixa etária representa menos de 15%
dos(as) estudantes de cursos presenciais, independentemente da habilitação.

Estudantes – Distribuição por Grupo Etário


45
40
35
30

Percentual
25
20
15
10
5
0
Licenciatura Presencial Licenciatura a Distância Bacharelado Presencial Bacharelado a Distância

até 24 anos 25-29 anos 30-34 anos 35-39 anos 40-44 anos acima 45 anos

Fonte: Relatório Síntese de Área (História). 2017. INEP. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.
Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enade/resultados/

Diagnose da Graduação em História 20


Graduação em História
A desigualdade no acesso ao Ensino Superior atinge a formação em História. Estudantes autodeclarados Indígenas ou
Pretos são minoria nos cursos em qualquer habilitação ou modalidade. Nos cursos de Bacharelado as diferenças são
ainda maiores.

Estudantes – Distribuição por Cor/Raça


60

50

40

Percentual
30

20

10

0
Licenciatura Presencial Licenciatura a Distância Bacharelado Presencial Bacharelado a Distância

Amarela Branca Indígena Parda Preta Não declarada

Fonte: Relatório Síntese de Área (História). 2017. INEP. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.
Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enade/resultados/

Diagnose da Graduação em História 21


Graduação em História
A condição socioeconômica dos(as) estudantes é indicativa do perfil do público da formação inicial em História. A maior
parte dos(as) estudantes provêm de extratos sociais cuja renda familiar média não ultrapassa três salários mínimos.

Estudantes – Distribuição por Renda


40

35

30

Percentual
25

20

15

10

0
Licenciatura Presencial Licenciatura a Distância Bacharelado Presencial Bacharelado a Distância

até 1,5 1,5/3,0 3,0/4,5 4,5/6,0 6,0/10,0 10,0/30,0 30,0/...

Fonte: Relatório Síntese de Área (História). 2017. INEP. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.
Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enade/resultados/

Diagnose da Graduação em História 22


Graduação em História
Quando consideramos a escolaridade dos pais/responsáveis, verificamos que muitos(as) estudantes são os(as) primeiros(as)
de suas famílias a acessarem o Ensino Superior. Esse é o caso de 86,8% do público da Licenciatura presencial, de 90,9%
dos estudantes da Licenciatura a Distância e de 73,9% de matriculados nos cursos de Bacharelado.

Estudantes – Bagagem – Escolaridade/Pai


40

35

30

Percentual
25

20

15

10

0
Licenciatura Presencial Licenciatura a Distância Bacharelado Presencial Bacharelado a Distância

Nenhuma E.F. (Anos Iniciciais) E.F. (Anos Finais) Ensino Médio Ensino Supereior Pós Graduação

Fonte: Relatório Síntese de Área (História). 2017. INEP. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.
Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enade/resultados/

Diagnose da Graduação em História 23


Graduação em História
Quando consideramos a escolaridade das mães/responsáveis, verificamos que muitos(as) estudantes são os(as)
primeiros(as) de suas famílias a acessarem o Ensino Superior. Esse é o caso de 82,7% do público da Licenciatura presencial,
de 90,2% dos estudantes da Licenciatura a Distância e de 68,1% de matriculados nos cursos de Bacharelado.

Estudantes – Bagagem – Escolaridade/Mãe


50
45
40
35

Percentual
30
25
20
15
10
5
0
Licenciatura Presencial Licenciatura a Distância Bacharelado Presencial Bacharelado a Distância

Nenhuma E.F. (Anos Iniciciais) E.F. (Anos Finais) Ensino Médio Ensino Supereior Pós Graduação

Fonte: Relatório Síntese de Área (História). 2017. INEP. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.
Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enade/resultados/

Diagnose da Graduação em História 24


Graduação em História
Quando levamos em conta a trajetória acadêmica dos(as) estudantes, verificamos que a maior parte dos(as) que optam
pela formação em História provêm do Ensino Público. Eles compreendem mais de 50% em qualquer modalidade. Para
tanto, consideramos o percurso no Ensino Médio.

Estudantes – Bagagem – Trajetória/Ensino Médio

45
40
35

Percentual
30
25
20
15
10
5
0
Licenciatura Presencial Licenciatura a Distância Bacharelado Presencial Bacharelado a Distância

Todo Escola Pública Todo Escola Privada Todo Exterior Mais Escola Pública Mais Escola Privada Brasil/Exterior

Fonte: Relatório Síntese de Área (História). 2017. INEP. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.
Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enade/resultados/

Diagnose da Graduação em História 25


Graduação em História
Um ponto importante a considerar é a expectativa do público que acessa a formação em História. O Estado produziu
dados sobre os matriculados em cursos de Licenciatura. A maior parte deles(as) tem a expectativa de atuar na docência.

Estudantes – Expectativa – Exercício Profissional


70

60

50

Percentual
40

30

20

10

0
Licenciatura Presencial Licenciatura a Distância

Sim/Atuação Principal Sim/Atuação Secundária Não Indeciso/a

Fonte: Relatório Síntese de Área (História). 2017. INEP. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.
Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enade/resultados/

Diagnose da Graduação em História 26


Pesquisa Exploratória sobre as Novas
Diretrizes Curriculares Nacionais para
Formação de Professores (02/2019)
Dados preliminares

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A Associação Nacional de História mantém o Fórum de Graduação, voltado para o acompanhamento, a discussão e a
reflexão sobre as questões e problemas que afetam à formação em História. Grande parte dos cursos de graduação em
História, no país, é formada por cursos de Licenciatura em História. Pois, em 2019, o Conselho Nacional de Educação
promulgou novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica
e Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação), expressas no
Parecer CNE/CP 22/2019 e na Resolução CNE/CP 2/2019.

Tais diretrizes alteram significativamente o modo pelo qual a formação de professores vem se constituindo entre
nós. Ela impõe alterações significativas tanto na distribuição da carga quanto no escopo da formação. Por isso, ela
demanda nossa reflexão e nosso posicionamento. Desde 2020, o Fórum de Graduação discute as diretrizes e suas
implicações. A continuidade da discussão requer o reconhecimento do modo pelo qual ela tem sido percebida pelos
cursos de Licenciatura em História. Diante disso, a Segunda Secretaria convidou os/as coordenadores/as de cursos de
Licenciatura em História a participarem da discussão.

Inicialmente, solicitamos o preenchimento de um inquérito, cujo objetivo foi sopesar o conhecimento sobre as novas
diretrizes e a compreensão dos colegas sobre o que deve encaminhar a formação do professor de história – objeto
último da discussão em torno da formação inicial de professores. A seguir, apresentamos a síntese das respostas obtidas.

28
Dados Gerais
O inquérito foi formulado com o objetivo de avaliar o conhecimento das cursos de Licenciatura em História sobre as
novas diretrizes para os cursos de formação de professores, expressas na Resolução CNE/CP 02/2019. Ele foi enviado
para mais de 80 coordenações de curso. Foram obtidas 23 respostas (cerca de 30%) do público almejado.

Participantes

Privadas
Públicas

Fonte: Dados produzidos a partir de Inquérito formulado pela Segunda Secretaria e respondido por coordenadores de cursos de Graduação
em História.

29
Dados Gerais
A maior parte dos(as) que responderam concentram-se na região Nordeste.

8 Participantes
7

2 Centro-Oeste Sudeste

Nordeste Sul
1
Norte
0

Fonte: Dados produzidos a partir de Inquérito formulado pela Segunda Secretaria e respondido por coordenadores de cursos de Graduação
em História.

30
Dados sobre normativas que regulamentam os
Projetos Pedagógicos de Cursos - PPCs
Uma das informações solicitadas foi sobre o instrumento normativo que orientava o PPC em vigor. A maior parte dos
projetos pedagógicos de curso dos que participaram do inquérito teve as resoluções anteriores a de 2019 como principal
parâmetro.
Data dos PPCs, segundo a vigência das DCNs
Projetos Político Pedagógicos

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Resolução CNE/CP 02/2019 Resolução CNE/CP 02/2015 Resolução CNE/CP 02/2002

Fonte: Dados produzidos a partir de Inquérito formulado pela Segunda Secretaria e respondido por coordenadores de cursos de Graduação
em História.

31
Dados Gerais
O conhecimento sobre as últimas diretrizes curriculares para os cursos de licenciatura é, portanto, limitado, apesar do
impacto que elas provocam nos cursos. As atuais diretrizes modificam os cursos tanto no que concerne à distribuição da
carga horária quanto no que tange ao escopo da formação.

Conhecimento
sobre a Resolução
CNE/CP 02/2019

Profundo

Parcial

Superficial

Fonte: Dados produzidos a partir de Inquérito formulado pela Segunda Secretaria e respondido por coordenadores de cursos de Graduação
em História.

32
Dados gerais sobre as novas diretrizes
A maior parte das respostas ao Inquérito indica que a discussão sobre as novas diretrizes não avançou em muitos cursos.
Onde ela teve início, o encaminhamento preponderante tem sido a adaptação dos PPCs ao que estipulam as diretrizes.

Estágio de discussão dos PPCs

60

50

Estruturação c/
40
base na Resolução
30 CNE/CP 02/2019

Adaptação c/
20
base na Resolução
10 CNE/CP 02/2019

Não iniciado.
0
PPP

Fonte: Dados produzidos a partir de Inquérito formulado pela Segunda Secretaria e respondido por coordenadores de cursos de Graduação
em História.

33
Dados gerais sobre as novas diretrizes
Se levarmos em conta o volume de respostas, temos que parte significativa dos cursos ainda não dimensionou o impacto
das novas diretrizes na formação oferecida. As novas diretrizes reorientam a matriz de conhecimento dos cursos de
licenciatura e introduzem novos conhecimentos no percursos formativo. Eles redimensionam o lugar do saber
historiográfico na formação oferecida.

Avaliação do Impacto das novas DCNs

Nenhuma

Superficial

Parcial

Integral

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Avaliação

Fonte: Dados produzidos a partir de Inquérito formulado pela Segunda Secretaria e respondido por coordenadores de cursos de Graduação
em História.

34
Dados gerais sobre as novas diretrizes
Os atuais perfis de formação e o escopo definido pelos percursos curriculares em vigor delineiam um historiador apto
a atuar em diferentes espaços e privilegiam o conhecimento historiográfico. As novas diretrizes caminham em outro
sentido. Elas elegem a docência como atuação exclusiva dos(as) egressos das Licenciatura e a Base Nacional Comum
Curricular da Educação Básica como o escopo da formação.

Expectativa quanto à formação

Atuação Saber
Diversificada Historiográfico

Atuação na Saber
Pesquisa Curricular

Saber
Atuação na
Didático-
Escola
pedagógico/
Escola

Saber
Didático-
pedagógico/
História

Perfil Escopo

Fonte: Dados produzidos a partir de Inquérito formulado pela Segunda Secretaria e respondido por coordenadores de cursos de Graduação
em História.

35
Agenda para a discussão
Os respondentes do inquérito foram instados apontar desafios e demandas que requerem a nossa atenção. A construção de
posicionamentos sobre a Formação Inicial, desde a ANPUH é o mais importante. Isso exige debate, no qual a comunidade
de professores de História da Educação Básica e a Escola estejam devidamente representados. Mas, há outras questões
apontadas.

Expectativas
DESAFIOS DEMANDAS
» Posicionamento » Debate
» Extensão » Representação
» Escola » Diferença
» Identidade » Fórum de Graduação
» Liberdade de cátedra » Diálogo
» Ensino remoto » Educação Básica

Fonte: Dados produzidos a partir de Inquérito formulado pela Segunda Secretaria e respondido por coordenadores de cursos de Graduação
em História.

36
Agenda para a discussão
Desafios
EXTENSÃO
A curricularização da Extensão é um tema que tem mobilizado os cursos, em função do
que estabelece a legislação. O debate sobre como isso afeta a formação em História e o
compartilhamento das experiências são esperados.

ESCOLA
O estabelecimento de um maior diálogo com a Escola é uma imposição das diretrizes para a
formação inicial. Refletir sobre esse diálogo e sobre o lugar da História na Educação Básica
é uma necessidade.

IDENTIDADE
A legislação educacional distingue Bacharelados e Licenciaturas, pressupondo identidades
distintas para cada uma das habilitações. Debater a identidade de cada uma das formações
em História compõe a agenda e é outra demanda apontada pelos coordenadores.

Fonte: Dados produzidos a partir de Inquérito formulado pela Segunda Secretaria e respondido por coordenadores de cursos de Graduação
em História.

37
Agenda para a discussão
Desafios
LIBERDADE
A atuação dos professores de História na Educação Básica vem sendo ameaçada por
iniciativas que buscam solapar a liberdade de ensinar. Aprofundar a discussão sobre a
liberdade de cátedra está entre os pontos situados no inquérito.

REMOTO
A Pandemia da COVID-19 impôs o isolamento social e instituiu o ensino remoto como
uma alternativa emergencial. Ela demanda, no entanto, a reflexão necessária sobre os
impactos para todos os nela envolvidos: professores(as) e estudantes.

Fonte: Dados produzidos a partir de Inquérito formulado pela Segunda Secretaria e respondido por coordenadores de cursos de Graduação
em História.

38
Agenda para a discussão
Demandas
REPRESENTAÇÃO
A conformação da Associação Nacional de História como um espaço de representação
de professores de História no diálogo com o Estado e de interlocutor das expectativas da
comunidade é uma demanda.

DIFERENÇA
O reconhecimento das especificidades regionais na área de História e como elas impactam
na conformação dos cursos é outra demanda de reflexão que se espera ver enfrentada pela
ANPUH.

FÓRUM
O fortalecimento do Fórum de Graduação, como espaço de discussão sobre a formação
inicial em História, é outra demanda apontada pelo inquérito. Para tanto, ampliar a
participação dos coordenadores de curso, considerando a oferta existente é fundamental.

Fonte: Dados produzidos a partir de Inquérito formulado pela Segunda Secretaria e respondido por coordenadores de cursos de Graduação
em História.

39
Agenda para a discussão
Demandas
DIÁLOGO
A ANPUH é uma dentre várias associações científicas com interesses análogos. Importa,
então, ampliar e intensificar o diálogo interinstitucional, de modo a garantir maior
representatividade no diálogo com o Estado e com a sociedade civil.

EDUCAÇÃO
A Educação Básica é o espaço de atuação da maior parte dos egressos de cursos de formação
em História. Dimensionar os desafios, questões e demandas desse nível de ensino é, então,
uma exigência do campo de atuação. Daí a necessidade de ampliar as discussões sobre a
Educação Básica, no âmbito da ANPUH.

Fonte: Dados produzidos a partir de Inquérito formulado pela Segunda Secretaria e respondido por coordenadores de cursos de Graduação
em História.

40
Conclusões em andamento
A proposição de uma Cartografia da Graduação em História configura um passo importante da Associação
Nacional de História, desde a segunda secretaria, em articulação com o Grupo de Trabalho Ensino de
História e Educação. Por meio dela, a ANPUH propõe não somente a reflexão sobre os dados produzidos e
disponibilizados pelo Estado acerca da formação inicial em História, mas a produção de dados sobre essa
mesma formação e incentiva a ampliação das pesquisas sobre a formação em História, em suas diversas
dimensões e modalidades.

Desde o início do presente século, as alterações nas diretrizes curriculares para a formação de professores
vêm afetando a formação inicial em História. As licenciaturas representam 88,22% dos cursos de graduação
da área. Além disso, é a formação para a docência que se faz presente em todos os estados da federação e a
que é a mais acionada pelos(as) egressos do Ensino Médio. Mas, não só. A legislação educacional estabelece
que a formação para a docência é integral e específica – ou seja, ela se volta exclusivamente para a formação
do professor de uma dada área do conhecimento. Essa característica da formação docente entre nós implica
o enfrentamento da discussão não somente sobre as Licenciaturas, pois afeta a formação inicial em História
no país. A disparidade no volume de cursos de Bacharelado e de Licenciatura indica o desafio que se coloca
para a formação, diante das exigências do Estado para os cursos de formação docente. A nossa tradição no
Ensino Superior, no entanto, caminha em outro sentido. Os cursos de graduação em História tem se ocupado
com a formação do historiador, com vistas a sua capacitação para atuação onde quer que sua expertise seja
necessária. Neles, a pesquisa histórica e a produção de conhecimento historiográfico configuram o escopo
da formação oferecida.

41
O fortalecimento de um espaço institucional de discussão sobre a formação inicial, como o Fórum de Graduação,
e a criação de uma plataforma que reúna e produza dados sobre ela é, pois, uma necessidade, diante dos desafios
que a área enfrenta, tanto no Ensino Superior, quanto e especialmente na Educação Básica.

Essa primeira edição da Cartografia da Graduação em História se volta, pois, para a comunidade de professores de
História, oferecendo dados e questões que podem ser considerados nas discussões acerca dos rumos da formação
inicial. Nesse sentido, um ponto precisa ser ressaltado. Ela não se pretende definitiva ou absoluta. Seu objetivo
principal é tornar a reflexão sobre a formação uma dimensão da produção de conhecimento na área de História
e uma pauta em nossas discussões como associação e como corpo político em diálogo com a sociedade civil e
com o Estado.

As próximas edições poderão apontar não somente o aprimoramento nos processos de coleta e produção de
dados, mas o avanço na discussão, com a eleição de novos problemas e questões a serem considerados e debatidos.
Em futuro próximo, quem sabe, os historiadores da formação inicial terão a sua disposição séries de dados sobre
a Graduação em História produzidos pela própria ANPUH, refletindo a perspectiva de quem dela participa e
com ela mantém compromissos.

42
Diagnose da Graduação em História

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