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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL

MOFARREJ CENTRO UNIVERSITÁRIO DE


OURINHOS CURSO DE ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO E MECÂNICA

PROJETO INTEGRADOR

4° TERMO- PROJETO DE MANUTENÇÃO ÁREAS VERDES - UNIFIO

Giovanna Harumi Fukuha

Guilherme Ap. De Lima Rosa

Matheus Henrique da Silva Gomes

OURINHOS-SP
2023
RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi avaliar as condições físicas e a distribuição


espacial dos indivíduos existentes na arborização do Campus Universitário das
Faculdades Integradas de Ourinhos – Unifio, implantado em um terreno de gleba de
terra com área de 27,04 alqueires, num total de 663.080 m2, no município de
Ourinhos. Para isto, identificou-se as árvores presentes e seu estado atual durante o
período de agosto de 2023 a novembro de 2023.
O projeto demonstra a necessidade de implantação imediata das ações de manejo
de Áreas verdes, cuidados e gestão de monitoramento para a arborização local, o
que propiciará benefícios ambientais e paisagísticos, climaticos, além do bem.

Palavras-chave: Arborização. Campus. Áreas Verdes.


LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Vista Satélite Centro Universitário das Faculdades de Ourinhos – Unifio. ............ 6
Figura 2 – Espaço exposto a diversidade de espécies de arvores e arbustos – Unifio. ......... 9
Figura 3 – Estacionamento – Unifio ....................................................................................... 10
Figura 4 – Praça Central – Unifio. ......................................................................................... 10
Sumário
1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 5

2 Material e métodos ............................................................................ 6

3 Revisão Bibliográfica .......................................................................... 8

4 resultados e discussões ...................................................................... 9

5 Conclusão ........................................................................................ 13

6 Bibliografia ...................................................................................... 14
1 INTRODUÇÃO

Diante de cenários preocupantes a respeito da situação atual do meio


ambiente como escassez de recursos naturais, poluição, degradação do meio
ambiente e aumento na temperatura, é fundamental que o campus forneça exemplos
aos alunos com práticas de políticas sustentáveis que se fundamentam no meio
ambiente e na conservação dos recursos naturais.

Assim, como meio, entende-se por arborização o conjunto de ações de


planejamento e plantio de espécies arbóreas no ambiente urbano e se dá como uma
grande ferramenta para melhor qualidade de vida e conforto dos estudantes, atuando
sobre o clima, a qualidade do ar, o nível de resíduos, além de proporcionar o bem-
estar visual e sonoro.

Posto isto, este trabalho tem como objetivo desenvolver um estudo de


implantação de um projeto de arborização e gestão de manutenção no Centro
Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos Unifio.
2 MATERIAL E MÉTODOS

Localizada no sudoeste do Estado de São Paulo, na Rodovia BR 153, KM 339


+ 420m, na cidade de Ourinhos, o Centro Universitário das Faculdades Integradas de
Ourinhos – Unifio fio implantado em um terreno de gleba de terra com área de 27,04
alqueires, num total de 663.080 m2, no município de Ourinhos, no lugar denominado
Água do Cateto, antiga Fazenda Santa Tereza, doado pela Fundação Educacional
“Miguel Mofarrej”, mantedora do Centro.

Atualmente o Campus Universitário possui: 5 Anfiteatros, 7 Centrais de Aulas,


45 Laboratórios temáticos modernamente equipados, 148 Salas de Aulas, 27.452 m2
de área construída, 81.091 volumes – acervo da Biblioteca, 399.784 m2 – área total
da Fazenda Experimental em uma área total de 663.080 m2.

Figura 1 – Vista Satélite Centro Universitário das Faculdades Ourinhos – Unifio.

A arborização do campus, irá nós promover melhorias em questões como o


ar, a temperatura climática, recursos economicamente sustentáveis, despoluição
sonora e visual e maior interação entre o homem-natureza, no entanto, a proposta não
irá se desempenhar por completo se a efetuação das práticas não estarem em
conjunto com um sistema de medição de melhorias continuas e de manutenção.

As áreas com vegetação abundante atuam como reguladores de temperatura


proporcionando sombra durante o verão, quebra vento no inverno, impactando
diretamente na temperatura e umidade do ar.

Para a qualidade do ar, é evidente sua contribuição para absorção de gases


poluentes e diminuição dos níveis de CO2, favorecendo o habitat para certas espécies
da fauna e flora.

Com essas melhorias ambientais para comunidade universitária, contribuem


na saúde mental dos estudantes em questão, estimulando conexão de lazer com
áreas verdes e transitando ocupações de áreas retraídas com ar condicionados para
áreas estrategicamente arborizadas e sociáveis.

A vegetação como um todo, não só as arvores, atuam de forma importante na


diminuição da poluição sonora e visual mais evidenciada ao ser humano que traz
benefícios psicológicos e maior conforto a comunidade universitária devido ao aspecto
mais agradável.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Para a criação de um Plano de implantação de áreas verdes no campus, é


necessário um estudo de práticas já executadas para um sistema de arborização e
elaborar um monitoramento com indicadores a curto, médio e longo prazo.

A princípio deve se selecionar uma equipe de pessoas mínimas de cada parte


interessada, incluindo estudantes, professores, funcionários e especialistas da área,
todos com objetivos já definidos e protocolados.

Com a formação de uma equipe conselheira de gestão, iniciará um


planejamento de manuais contendo um estudo do mapeamento do local de plantio,
considerando o solo, disponibilidade de água e espaço. Após o mapeamento será
possível definir as espécies nativa a serem plantadas em diferentes áreas, distâncias
e considerando a sua altura para que seja fornecido o conforto térmico e iluminação
natural necessária.

Para incluirmos a comunidade em áreas verdes, aumentando sua interação


com a natureza, criando espaços sociáveis e didáticos em ambientes externos sem o
uso de ar condicionados e consequentemente contribuindo para um melhor
aproveitamento do espaço, economia elétrica e bem-estar psíquico dos alunos, dentre
as metas estabelecidas, devem estar em pauta, a criação de corredores e trilhas
verdes que interliguem as unidades do campus, implementação de praças em
diferentes áreas onde a comunidade possa ter um espaço tanto de utilidade didática
quanto de lazer social, aumento de mudas e viveiros para melhorias visuais e podendo
futuramente instituir hortas e pomares comunitários para um aumento de consciência
ambiental dos alunos, quebrando paradigmas entre a natureza e o homem.

Por fim teremos que capacitar os funcionários para a manutenção com


práticas sustentáveis, como compostagem de resíduos orgânicos, aproveitamento de
água para irrigação, podas regulares das arvores e controle de pragas.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O campus UniFio é geralmente apresentado como um grande terreno sem


qualquer tipo de limites internos e todos os espaços entre os edifícios são abertos
e acessíveis. Esta característica permite a implantação e presença de uma grande
variedade de áreas verdes, tais como: canteiros centrais, bosques, parques,
praças, jardins, reservas ambientais e áreas não edificadas.

Inicialmente percebeu-se que com o passar do tempo algumas das


diretrizes de implantação na área não foram adotadas e a implantação nos prédios
foi claramente priorizada devido ao crescimento da universidade. É importante
destacar a falta de sistematização e disponibilidade de informações sobre esse
tema, o que dificulta a proposição de um diagnóstico detalhado e preciso. É
necessário salvar as aspirações ambientais e sociais da área para que o campus,
que ainda tem grande potencial de mudança espacial, possa se adaptar às
realidades locais, à sua função social de universidade e se tornar um modelo de
qualidade de vida das pessoas. A população da universidade e do seu entorno, e
em equilíbrio com o seu meio ambiente. Abaixo estão fotos do campus atual:

Figura 2 – Espaço exposto a diversidade de espécies de arvores e arbustos – Unifio.


Figura 3Estacionamento – Unifio

Figura 4Praça Central – Unifio.

Constatando as imagens a cima, o campus agora apresenta uma rica


diversidade de espécies, incluindo Peroba-Rosa (Aspidosperma polyneuron),
Guapuruvu (Schizolobium parahyba), Goiabeira (Psidium guajava L.), aceroleira
(Malpighia emarginata), eucalipto (Eucalyptus), entre outras não devidamente
identificadas.

Porém é importante destacar a existência de troncos de árvores no campus


com danos físicos e questões fitossanitárias como a presença numerosa de morcegos
sem o acompanhamento devido para possíveis doenças expostas aos alunos, além
de possíveis técnicas de poda inadequadas favorecendo o parasitismo. No entanto,
pesquisas mais aprofundadas são necessárias para apoiar tal conclusão.
Há também ocorrências mínimas de calçadas quebradas e raízes expostas
que estão em mau estado e podem causar acidentes graves ou danos à infraestrutura
local.

Portanto, o controle fitossanitário das espécies arbóreas de florestação é


imperativo. A principal razão para a necessidade de medidas de substituição é a
utilização de espécies arbóreas que não são adequadas às necessidades locais,
como a distribuição de árvores de grande porte sob redes de alta tensão,
remanejamento de espécies robustas em áreas que necessitam de sombreamento e
árvores frutíferas realocadas. Este problema é resolvido através da substituição
gradual das árvores atuais por outras espécies com características morfológicas
adequadas a estas situações. Esse erro é comum em universidades, decorrente a
intenção do uso, como favorecer o paisagismo local sem estudos e planejamentos
futuros aprofundados.

O desenvolvimento do manejo arbóreo requer profissionais especializados e


amplo conhecimento técnico, além de diretrizes para orientar o desenvolvimento das
ações. A seleção de espécies arbóreas silviculturais requer um conjunto
complementar e básico de informações relacionadas à adequação ambiental, como
facilidade de cultivo, taxa de crescimento, suscetibilidade a pragas e doenças,
arquitetura da copa e peso dos frutos. Porém, dada a realidade do campus UniFio, o
uso de espécies exóticas, mesmo que atendam aos critérios acima, deve ser limitado
e restringidos, uma vez que superam as espécies nativas.

A implementação de controles fitossanitários, estes devem ser controlados


através de soluções técnicas e independentes da utilização de produtos químicos ou
da introdução de espécies de parasitas concorrentes ou predadoras.

Para a migração de espécies, tomamos como exemplo árvores que podem


ser utilizadas sob redes de alta tensão, as seguintes espécies: Aspidosperma
perifolium, Casearia sylvestris, Hancornia spiosa, Hibiscus penambucensis e
Spondias tuberosa. No caso de estacionamento, deve ser um local fresco, ventilado
e com condições que mantenham a integridade do veículo, necessitando de árvores
altas, com copa densa, folhagem duradoura, para tanto são recomendadas as
seguintes plantas: Caesarpinia echinata, Copaifera cearensis, Cupania oblongifolia
e Hirtella ciliata.
As plantas utilizadas nos canteiros centrais precisam ser grandes para
proporcionar sombra às vias de trânsito e não bloquear a visão do motorista nas
curvas, como é o caso das espécies arbustivas. Espécies arbóreas colunares, como
palmeiras nativas, também são recomendadas para esses espaços verdes,
principalmente se o canteiro central for estreito. Embora os programas de florestação
também visem a plantação de árvores, o desenvolvimento de planos de
compensação, incluindo medidas para mitigar os efeitos negativos das atividades
humanas, deve ser incluído e implementado através da replantação de árvores, que
estão necessariamente isoladas das plantações planeadas. A implementação dessas
diretrizes requer infraestrutura especializada, gerenciada permanentemente pela
instituição, permitindo a produção de mudas conforme a necessidade e o
monitoramento da flora existente. Porém, por se tratar de uma atividade de alta
complexidade, a atuação de uma equipe multidisciplinar, formada por agrônomos,
arquitetos, biólogos e funcionários de serviço geral, é indispensável para o sucesso
de um plano de arborização.
5 CONCLUSÃO

Apesar do Campus Unifio ser privilegiado na arborização em relação às


demais universidades, conclui-se que ainda apresenta um grande déficit de
aproveitamento de cobertura arbórea. Além disso, mais da metade da cobertura é
ocupada por espécies exóticas, que podem ser mais suscetíveis e contribuir para a
disseminação de parasitas na área, podendo competir com espécies nativas por
recursos, prejudicando a biodiversidade local no longo prazo. A seleção óptima das
espécies e das respectivas quantidades reduzirá as taxas de infestação, a
necessidade de tratamentos fitossanitários e de substituição, reduzindo assim os
custos de manutenção das árvores e melhorando a qualidade ambiental do espaço.
Portanto, é necessário projetar um sistema de gestão de arborização urbana para o
Campus universitário Unifio.
6 BIBLIOGRAFIA

Bibliografia

Site do Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos – Unifio.


Acesso em: <Choma, A. A., & Choma, A. C. (2020). Como Gerenciar Contratos
com Empreiteiros (1ª ed.). Londrina: Paco.
Hibbler, R. C. (2017). Estática: mecânica para engenharia (14ª ed.). São Paulo:
Pearson.

RODRIGO C., RODRIGUES T. K. C., TAMIRIS B.M. Áreas verdes e arborização na


área II do Campus de São Carlos (Monografia de conclusão de curso) - Universidade
de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos.
MILANO, M. S.; DALCIN, E. Arborização de vias públicas. Rio de Janeiro,
Editora Light. 2000. 226p.

FALEIRO, W; AMÂNCIO-PEREIRA, F. Arborização viária do campus


Umuarama da Universidade Federal de Uberlândia, MG. Revista Científica
Eletrônica da Engenharia Florestal, v.6, n.10. 17p. 2007. Disponível em: <
www.revista.inf.br/florestal10/pages/artigos/ARTIGO_08.pdf>.

DANIEL B., LAERCIO A. G. J., WANTUELFER G. ; SAMUEL J. S. S. R.


Avaliação da Arborização no Campus-Sede da Universidade Federal de Viçosa
REVSBAU, Piracicaba – SP, v.8, n.4, p 89-106, 2013.

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