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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS DA BAHIA

CURSO: DIREITO - NOTURNO


6° SEMESTRE

IMPACTOS DE PROJETOS DA INFRAESTRUTURA


EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Alunos: Elicleide Anjos¹

Izadora Araujo²

João Gabriel Beilírio³

Luan Sales⁴

Professor(a): Lais Velloso¹

Alagoinhas-BA

2022
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS DA BAHIA
CURSO: DIREITO - NOTURNO
6° SEMESTRE

IMPACTOS DE PROJETOS DA INFRAESTRUTURA


EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Abordar os impactos de projetos de infraestrutura


em Unidades De Conservação, como são
planejados, legislações pertinentes e
sustentabilidade.

Alagoinhas-BA
2022
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SUMÁRIO

IMPACTOS DE PROJETOS DA INFRAESTRUTURA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃ


........................................................................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO E CONCEITO .............................................................................................................. 5.1
ELEMENTOS PRINCIPAIS .................................................................................................................... 6

CARACTERÍSTICAS E REGRAS DE PROJETOS DE INFRAESTRUTURA NAS UC’S ......... .7


PLANO DE MANEJO ............................................................................................................................. 8
Forma de Ocorrência ...................................................................................................................... 9
Legislações Garantidoras ..........................................................................................................................9.1

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PERTINENTE Á AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBRIENTAIS......10


Julgados Relevantes pela Equipe ................................................................................................................12
CONCLUSÃO............................................................................................................................................14.

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RESUMO

A importância das unidades de conservação (UCs) para o meio ambiente está intrinsecamente ligada ao seu
papel relativo como instrumentos de aplicação de políticas públicas ambientais que permitam a gestão de
áreas protegidas priorizando a conservação de seus recursos naturais, biodiversidade e beleza cênica. O uso
público da UC está relacionado à ocorrência de atividades de lazer, entretenimento, esportes, turismo,
educação, ciência, interpretação ambiental e é característico da visitação pública da unidade, representando
a interação da sociedade urbana com a natureza e os princípios do conservacionismo. No entanto, o uso
público mal planejado e mal regulamentado da UC pode ser uma fonte de impactos negativos que afetam os
ecossistemas em áreas destinadas a serem protegidas.

Palavras-chaves: Unidades de conservação. Infraestrutura. Gestão ambiental. Conservação da


biodiversidade.

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IMPACTOS DE PROJETOS DA INFRAESTRUTURA
EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

A criação de Unidades de Conservação (UC) tem por objetivo a sua constituição em uma
estratégia que vise a proteção e conservação da fauna e da flora que constituem o Brasil, além de ser
um meio garantidor de populações que vivem nessas regiões de se beneficiarem de forma consciente
daquele território, visando seu pleno desenvolvimento em sociedade. Dessarte, vale ressaltar que a
falta ou insuficiência de determinadas implementações acaba facilitando para que pessoas com
intenções ruins, consigam explorar essas UCs de forma desordenada, criminosa com a finalidade da
obtenção de lucros, prejudicando assim as espécies daquela região, ou seja, o meio ambiente.

As estradas e ferrovias têm a responsabilidade de ampliar o acesso às novas regiões e incentivar


o escoamento de produtos por essas vias. Estas formas do sistema de transporte permitem o
deslocamento rápido de grande número de pessoas e, ao mesmo tempo, a condução de grandes
quantidades de mercadorias na ligação de polos produtores até os polos consumidores, ou até outro
sistema de transporte, como as áreas portuárias (MIGLIORINI, 2013).

Logo, pode-se ressaltar que com o desenvolvimento das sociedades, maior se constitui as
formas que tais procuram para se beneficiar de determinado territorio e ali desfrutarem dos seus
benefícios, desmatando se preciso, através de projetos de infraestrutura que facilitem a locomoção de
por exemplo matéria prima que possa ser visada por tais pessoas.

2. CONCEITOS/DEFINIÇÕES

A infraestrutura em uma boa proporção e de boa qualidade ameniza os custos relacionados


a produção de serviços básicos e necessários para o pleno desenvolvimento de uma sociedade,
facilitando assim a vida das pessoas. Simultaneamente, torna-se necessário frisar que tais projetos
causam uma grande devastação ambiental, devastação essa que acaba se espalhando em todo
território que os projetos de infraestrutura atuam. Sabe-se que o desmatamento arrasta consigo a
elevação dos gases do efeito estufa na atmosfera, contribuindo para a elevação da temperatura do
planeta, além de desastres ambientais e mudanças climáticas. Portanto, é necessário que os projetos
de infraestrutura sejam eficazes, sustentáveis e garantam que seus possíveis efeitos socioambientais

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sejam devidamente tratados e, assim, tragam segurança não só para a sociedade, mas para o meio
ambiente consequentemente.

Dessa forma, os projetos de infraestruturas que deveram ser implementados no país em prol
da população, deverão ter por princípio o estudo detalhado sobre os possíveis impactos
socioambientais como sua prioridade. Se construindo com um planejamento que tenha por finalidade
a preservação não só do presente, mas do futuro respeitando as normas ambientais vigentes e
amenizando os impactos ambientais em prol de todos.

A proposta hegemônica do desenvolvimento sustentável apresenta que pode ser possível a


continuidade do crescimento econômico aliada a certas margens de conservação e cuidado
ambiental. Existem diferenças entre desenvolvimento e crescimento econômico, e que o crescimento
econômico por si só não proporciona desenvolvimento (FURTADO, 1974).

[...] desenvolvimento não é apenas um processo de acumulação e de aumento de


produtividade macroeconômica, mas principalmente o caminho de acesso a formas
sociais mais aptas a estimular a criatividade humana e responder às aspirações da
coletividade (FURTADO, 2004, p. 485).

3. ELEMENTOS PRINCIPAIS

Muitos são os problemas que caracterizam o planejamento de infraestrutura, como por


exemplo: projetar ou propor estruturas de tráfego sem considerar suficientemente as áreas protegidas
existentes e as áreas protegidas pode se caracterizar em um erro fatal, em virtude que como resultado,
as questões ambientais, principalmente a conservação da natureza e, às vezes, também o respeito
aos direitos dos povos tradicionais, geralmente vêm em último lugar. Em outras palavras, esses
aspectos, direitos, capital e oportunidades muitas vezes não são suficientemente considerados nos
planos e projetos, o que pode acarretar no futuro em perdas irreparáveis não só para a biodiversidade
de determinado local, como também para os habitantes daquelas região.

Então, em primeiro lugar, há problemas com a percepção do desenvolvimento sustentável


e principalmente com a qualidade de vida. Isso significa que as soluções para os problemas são
frequentemente resolvidas à custa da natureza (e às vezes à custa dos direitos dos povos
tradicionais), ao invés de adaptação ou, melhor dizendo, melhoria de modelos e práticas relacionadas
ao planejamento da infraestrutura de determinada localidade.

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A importância de uma avaliação estratégica de impacto ambiental deverá ter um estudo e
uma discursão aprofundada tanto na fase de planejamento, como na fase de programação das
atividades a serem desenvolvidas pelos resposáveis em prol de todos habitantes daquele território,
visando planos e programas de forma mais integrados, abrangentes e com considerações mais
amplas dos benefícios do desenvolvimento sustentáveis, sociais, econômicos e ecológicos.

Logo, pode-se destacar a importancia das Unidades de Conservação (UC), já que ao avaliar
uma Unidade de Conservação (UC) deve-se levar em consideração não apenas o impacto da
construção, mas também a promoção de migração, ocupação, grilagem e alteração do ecossistema,
desmatamento que pode ser produzido naquele ambiente.

4. CARACTERÍSTICAS E REGRAS DE PROJETOS DE INFRAESTRUTURA NAS


UC’S

a) Planejamento:

As obras efetuadas em unidades de conservação devem ser baseadas em planejamentos


detalhados, a serem constados em um plano de manejo onde devem constar como a área será
utilizada, os objetivos daquela obra. (art.28 da SNUC)

b) Adoção de plano de manejo e estudo de viabilidade.

O plano de manejo é um documento elaborado para orientar os projetos em UC’s.

E um documento técnico que se fundamenta nos objetivos gerais de uma Unidade de


Conservação, onde se estabelece as regras que devem se seguir para o uso da área e o manejo dos
recursos naturais, tendo como obrigação respeitar as singularidades de cada Unidade de
Conservação.

Além disso, é muito importante a efetuação de estudos dirigidos para a proteção da área
durante o projeto de infraestrutura, para que se determine quão viável é a implementação do projeto
e o quanto ele afetara a unidade de conservação.

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c) Empreendimento de interesse público e inevitabilidade.

Os trabalhos de infraestrura realizados nas áreas de conservação devem visar o interesse


publico, buscando que através da implementação daquele projeto o interesse comum seja alcançado.
Além disso, a interferência na unidade de conservação deve ser estritamente necessária para a
viabilização daquele projeto, e que nenhum outro roteiro seja possível. Como por exemplo, a
instalação de rodovias que dão acesso a áreas remotas, mas que precisão passar por áreas de
conservação ambiental, nesses casos deve ser analisado se não teriam outras rotas para a
implementação do projeto.

d) Mínima intervenção e compensação.

Os projetos de infraestrutura não podem descaracterizar a unidade de conservação, devendo


atingir o mínimo possível a integridade o ambiente utilizado.

Ademais, ao ser elaborado um projeto que tenha a necessidade de interferir em UC’s,


devem ser estudadas também formas de compensar os danos que serão causados.

5. PLANO DE MANEJO

O sistema nacional de unidades de conservação visando o uso compatível dos recursos e


áreas de conservação com a gestão territorial e a exploração de recursos naturais, bem como
sustentabilidade dos projetos e avanço econômico, estabeleceu através da lei 9.985/2000, que cada
unidade de conservação apresentar um plano de manejo, no qual deve constar seu zoneamento,
normas para o uso do território objetivos gerais, programas de gestão, etc.

Sendo assim, pensando na celeridade, eficiência e efetividade dos planos de manejo,


costuma-se ser constituído um comitê com o intuito de assegurar a articulação institucional para os
estudos, implementação e acompanhamento dos planos de manejo, fixando formatos, diretrizes e
prazos.

6. FORMA DE OCORRÊNCIA

Muitos grandes projetos de infraestrutura, incluindo rodovias, reservatórios e minas, foram


aprovados na Amazônia nos últimos anos, e centenas mais estão em andamento, maior floresta

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tropical do mundo e provedora de serviços ecossistêmicos essenciais, o que acarreta altos custos
sociais e ambientais, como o risco de desmatamento.

As unidades de conservação são impactadas por projetos de infraestrutura, por isso, a


construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de
recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, de qualquer forma, a
degradação ambiental dependerá da obtenção de prévia autorização ambiental.

Os impactos nas unidades de conservação dependem do tipo de projeto de infraestrutura, o


efeito de um impacto ambiental pode ter amplitude variável, atingindo uma ou mais regiões,
conforme o seu potencial destrutivo e força, e assim adquirem vários graus de importância. Entender
os aspectos de geração de impacto, em uma atividade, pode prevê-lo e tomar medidas preventivas,
ainda na fase de planejamento das atividades que serão implantadas na propriedade

7. LEGISLAÇÕES GARATIDORAS

A Lei Federal 9.985 de 18 de julho de 2000 alterou os dispositivos constitucionais, que


instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, Desenvolveu
padrões e regulamento para a organizar, implantação e gestão de unidades de conservação. O
Sistema Nacional de Unidades de Conservação propõe diversas opções de gestão do território,
proporcionando usos compatíveis com a conservação e conservação da natureza, de forma que,
dependendo do tipo de unidade, a conservação da natureza seja combinada com atividades como
pesquisa científica, educação ambiental, etc.

Segundo a lei Federal nº 9.985/2000 atende pelo Decreto Federal nº 4.340/2002, que
determina a ordem de condição para aplicação dos seguintes recursos:

I – regularização fundiária e demarcação das terras;


II – elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo;
III – aquisição de bens e serviços necessários à implantação, gestão, monitoramento e
proteção da unidade, compreendendo sua área de amortecimento;
IV – desenvolvimento de estudos necessários à criação de nova unidade de conservação;
V – desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo da unidade de conservação e
área de amortecimento.

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O Decreto Federal nº 4.340/2002 estabelece ao comitê de Compensação Ambiental é
instituído no âmbito do Ministério do Meio Ambiente para determinar as prioridades e diretrizes
para a aplicação da compensação ambiental, avaliar e auditar os métodos e procedimentos de cálculo
da compensação ambiental, etc.
O diz respeito a lei ambiental acima, as coias que envolvem a conservação do meio
ambiental estão em primeiro plano, e o Estado têm a responsabilidade de proteger a sociedade das
ameaças. e violações de sua dignidade e direitos fundamentais. O licenciamento ambiental é um dos
instrumentos mais importantes da política ambiental nacional, pertencendo à atribuição de
competência administrativa e aos procedimentos administrativos para proteger o meio ambiente da
degradação causada pelas atividades antrópicas. Como a produção econômica depende do uso
excessivo dos recursos naturais, o esgotamento das condições ambientais é crescente na busca por
novas tecnologias e produtos inovadores, pois coincide com as preocupações econômicas e a
proteção ambiental.

8. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PERTINENTE À AVALIAÇÃO DE IMPACTOS


AMBIENTAIS

Legislações ambientais Brasileira:

1 - Administração de recursos naturais; – 1934 - Código de Águas (Política Nacional de


Recursos Hídricos). – 2000 – Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

Trata-se da gestão de recursos hídricos no setor elétrico. Diante do fundamento dos


atributos dos usos múltiplos e como preferência ao abastecimento humano e saciar os animais em
casos de escassez, a Lei das Águas tornou importante a gestão dos recursos hídricos comum.

O acréscimo e a evolução do planejamento de recursos hídricos em escala


nacional realizado diante da publicação do Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos, que a
cada quatro anos faz um balanço para suprir instrumentos de gestão e de avanços institucionais do
Sistema e da conjuntura dos recursos hídricos na nação.

O propósito geral é "estabelecer um pacto nacional para a definição de diretrizes e políticas


públicas voltadas para a melhoria da oferta de água, em quantidade e qualidade, gerenciando as
demandas e considerando ser a água um elemento estruturante para a implementação das políticas
setoriais, sob a ótica do desenvolvimento sustentável e da inclusão social". Cujo interesses são
específicos para assegurar: “a melhoria das disponibilidades hídricas, superficiais e subterrâneas,

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em qualidade e quantidade; a redução dos conflitos reais e potenciais de uso da água, bem como dos
eventos hidrológicos críticos e a percepção da conservação da água como valor socioambiental
relevante”.

2 - Controle da poluição industrial; 2.2 - Controle da poluição industrial; – 1973 – Decreto


73.030 (Criação da Sema).

Decreto este, que se aplica a poluição industrial consistindo em qualquer forma de poluição
que tenha sua base imediata de meios realizadas por indústrias. Diante desse contexto, institui todos
os resíduos poluentes presentes no ar que se tornam nocivos à saúde humana, à fauna e à flora.

No total, o agente circunspecto pela poluição industrial é a queima de combustíveis que


libera gases tóxicos na atmosfera. Por exemplo, existe o metano e cádmio, dois gases extremamente
tóxicos que, se não forem devidamente tratados, acumulam-se em organismos vivos. Além de
podemos citar a contaminação dos corpos hídricos com o lançamento de compostos químicos
orgânicos e inorgânicos nos seus canais. A degradação do solo com uso de pesticidas também é um
dos efeitos prejudiciais.

As consequências gerais da poluição industrial são o efeito estufa, elevação da temperatura


do planeta, secas, enchentes, furacões e outros desastres ambientais. Cujo decreto
supracitado, implica principalmente na conservação do meio ambiente, da estratégia de
desenvolvimento nacional e do progresso tecnológico.

3 - Política Nacional do Meio Ambiente. – 1981 – Lei 6.938 – Política Nacional do Meio
Ambiente.

De modo geral, a Legislação brasileira é complexa, o qual requer ramo especializado do Direito,
Direito Ambiental. A análise de 60 ramo especializado do Direito. A avaliação de impacto ambiental
compatibilizou desenvolvimento econômico e social com proteção e melhor qualidade ambiental, tendo como
ideal o desenvolvimento sustentável.

Cujo objetivo é a preservação, desenvolvimento e recuperação da qualidade ambiental propícia à


vida, pretendendo assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da
segurança da nação e à proteção da dignidade da vida humana.

Atendendo aos princípios mais relevantes para o bom desenvolvimento da manutenção do


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equilíbrio ecológico, examinando o meio ambiente como um patrimônio público a ser assegurado e
protegido, tendo em vista o uso coletividade; defendendo do uso do solo, do subsolo, da água e do
ar com planejamento e fiscalização para o uso dos recursos ambientais; proteção dos ecossistemas,
com a preservação de áreas representativas; organizando as atividades de potenciais ou efetivamente
poluidores; políticas voltadas ao incentivos ao estudo e à pesquisa de mecanismos orientadas para o
uso racional e a proteção dos recursos ambientais; fiscalização do estado na qualidade ambiental;
regeneração de áreas degradadas, proteção de áreas ameaçadas de degradação e educação ambiental
a todos os níveis do ensino.

9. JULGADOS RELEVANTES PELA EQUIPE

Nessa pesquisa, a equipe percebeu diante de pesquisas realizadas várias falhas de


infraestrutura que não levaram em consideração, desde a sua concepção, a existência de parques e
outras unidades de conservação. O desígnio padrão é promover a redução das unidades de
conservação com o objetivo que não atrapalhem os projetos. No entanto, existem alternativas como
a Avaliação Ambiental Estratégica e o Plano de Redução de Impactos que, se utilizadas no
planejamento das infraestruturas, diminuiria em muito os problemas enfrentados na fase de
licenciamento ambiental e os paradigmas na implantação dos projetos.

Por Claudio Carrera Maretti, “há, sim, problemas reais, concretos: uma série de estruturas
de transporte estão em conflito com unidades de conservação”.

Ademais, muitos problemas de planejamento da infraestrutura se perpetuam: planejar ou


propor estruturas de transporte sem considerar de maneira adequada as unidades de conservação
existentes e as áreas prioritárias para conservação. Nesse contexto, deixam as questões ambientais,
sobretudo de conservação da natureza, e às vezes as questões de respeito aos direitos das populações
tradicionais, em último lugar. Aspectos, direitos, capitais e oportunidades muitas vezes não são
considerados adequados nos planos e projetos. E acabam terminando, por reclamar de demoras no
licenciamento ambiental e exigir mudanças nas unidades de conservação.

Assim, há problemas de concepção sobre desenvolvimento sustentável e especialmente


sobre qualidade de vida. Nos levando não há soluções mas, aos problemas, que muitas vezes sejam
resolvidos em detrimento da natureza e às vezes em detrimento dos direitos das populações
tradicionais, e não com adaptações ou, idealmente, melhorias nos modelos e nas propostas de
transporte.

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Outrossim, várias vezes não se consideram os impactos indiretos. Ou seja, a avaliação de
uma estrada (ou de uma hidroelétrica etc.) não deve somente considerar o impacto da própria
construção, mas sim da promoção da migração, ocupação, grilagem de terras e conversão de
ecossistemas.

Sendo que, deve haver melhor planejamento dos setores econômicos e sociais e de
considerações das questões ambientais ao menos em igualdade com esses setores, as soluções para
os problemas concretos não podem sempre querer que a natureza fique prejudicada.

Diante do contexto, os ativistas do desenvolvimento sustentável, buscam soluções. Além


da avaliação ambiental estratégica, há a proposta dos planos de redução de impactos na
biodiversidade. Cujo a intenção é justamente prevenir eventuais interferências mútuas entre
propostas de ocupação, construção ou exploração e necessidades de conservação da natureza. A
integração entre esses potenciais intenções e essas necessidades nas fases de planejamento. Esses
panoramas de que as áreas naturais dificultam, ao contrário, buscam o confronto, dos benefícios
específicos ou individuais geralmente com prejuízo coletivo, ou seja, interesse público.

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CONCLUSÃO

Os projetos de infraestrutura podem ter efeitos bons e ruins no meio ambiente - eles não
podem ser avaliados sem considerar como eles impactarão as leis de preservação da natureza. Se
implementados de forma errada, esses projetos podem impactar negativamente as unidades de
conservação que garantem a legislação ou prejudicar reservas vitais de vida selvagem sem perceber.
Essencialmente, os projetos de infraestrutura podem prejudicar seriamente nosso meio ambiente se
implementados incorretamente – permitir que algo errado aconteça seria extremamente prejudicial
à própria natureza.

A tarefa das Unidade de Conservação (UC) é assegurar a representação das partes


importantes e ecologicamente viáveis das várias populações, habitats e ecossistemas do território
nacional e das massas de água da jurisdição, preservando o património biológico existente. Além
disso, garantem o uso sustentável dos recursos naturais de forma racional para grupos populacionais
tradicionais e também oferecem desenvolvimento econômico sustentável para as comunidades do
entorno.

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REFERÊNCIAS :

Bragança, Arthur, Luiza Antonaccio, Brenda Prallon, Rafael Araújo, Ana Cristina Barros e Joana
Chiavari. Governança, Área de Influência e Riscos Ambientais de Investimentos de Infraestrutura
de Transportes: Estudos de Caso no Estado do Pará. Rio de Janeiro: Climate Policy Initiative, 2021.

Cozendey, Gabriel e Joana Chiavari. Viabilidade Ambiental de Infraestruturas de Transportes


Terrestres na Amazônia. Rio de Janeiro: Climate Policy Initiative, 2021.

Gestão de Unidades de Conservação: compartilhando uma experiência de capacitação. Realização:


WWF-Brasil/IPÊ– Instituto de Pesquisas Ecológicas. Organizadora: Maria Olatz Cases. WWF-
Brasil, Brasília, 2012.

Roteiro metodológico para planos de manejo da Unidades De Conservação do estado de São Paulo:
Comitê de integração dos Planos de Manejo. Coordenação- Eduardo Trani.

Compatibilidade entre Obras de Infraestrutura e Unidades de Conservação:


https://youtu.be/n7z3g6iZyAo

POLÍTICA Nacional de Recursos Hídricos. Gov.br, 2022. Disponível em:


https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/gestao-das-aguas/politica-nacional-de-recursos-hidricos.
Acesso em: 01/12/2022.

INFRAESTRUTURA de transporte e unidades de conservação: problemas, soluções e equívocos.


Climainfo, 2019.Disponível em: https://climainfo.org.br/2019/06/13/infraestrutura-versus-unidades-de-
conservacao. Acesso em: 07/12/2022.

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