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Nos primeiros anos da década de 1960, a reivindicação dos arquitetos era que o
problema nacional da moradia deixasse de ter uma conotação assistencial e quantitativa
e se tornasse uma atribuição do governo. Os problemas habitacionais, então,
necessitavam de uma abordagem muito mais ampla do que a de um espaço encerrado de
uma casa. A “visão” do arquiteto deveria dar conta do “edifício junto aos outros
edifícios, estes em relação às ruas, praças, parques, escolas, campos de esportes, lojas,
mercados, igrejas, ao tráfego, ao abastecimento e aos serviços públicos essenciais”. Esse
olhar deveria abarcar também “os homens que fazem estas coisas terem um sentido” (3).
E isso significaria contemplar em seu trabalho, ou pelo menos em seu discurso, o
espaço em que estava inserida a habitação e o espaço urbano e toda a sua problemática.
Esse novo papel a ser desempenhado pelos arquitetos já estava em discussão desde a
década anterior. O que se pode assinalar é que existiam duas fortes tendências que
referenciavam esses profissionais: as ideias de “reconstrução da sociedade” por meio da
arquitetura, vigente na Europa dos anos de 1920 e 1930, e as ideias do movimento
Economia e Humanismo, que chegou ao Brasil em 1950 com a passagem do Padre
Lebret.
Os problemas urbanos
Em artigos assinados não era diferente. Gildo Guerra e Antônio Baltar também
enunciavam a cidade doente, como está mencionado logo abaixo.
Gildo Guerra (13), ao se referir ao Recife em artigo na revista, apontou que o “inchaço”
(14) da cidade era o efeito das “precárias relações político-econômicas do campo, a
atração e as melhores condições de vida na cidade são motivos de tentação para os
camponeses, que ali vão se instalando sem renda nem emprego efetivo, sequer
qualificação para trabalho especializado” (15). O termo inchaço então significava
crescimento não-natural, ou a perda da ordem, da proporção entre as partes do
organismo-cidade. Ao analisar o termo, Correia e Gunn (16) afirmaram que “a
concentração de pobreza, insatisfação e revolta tem sido desde então o ‘sintoma’ básico
das cidades ditas ‘inchadas’”.
Baltar (17), também em artigo, tentou explicar o fenômeno que teria sido o resultado da
migração rural-urbana como consequência das condições de vida no campo,
consideradas pelo autor como “insuportáveis pelo anacronismo da economia e das
instituições e o atraso da tecnologia nas zonas rurais”. Então, esses “novos habitantes”
ao migrarem, também não encontravam as cidades preparadas para recebê-los em
nenhum dos aspectos: econômico, social e técnico. O autor pontua que, quando não se
respeita a cidade como um organismo, as anomalias aparecem, ou seja, a cidade deveria
ser entendida como um organismo, ou as consequências seriam fatais, como está dito
abaixo:
“essas cidades foram crescendo por adição sucessiva de novas áreas sem que alguém
cuidasse de pensar nelas como um todo orgânico cuja fórmula de evolução não pode ser
o simples crescimento periférico. Desrespeitada a dinâmica própria dos organismos –
embora organismo social – as anomalias se tornam fatais e arrastam às consequências
inevitáveis. O espaço urbano se distribui mal entre as diversas funções a que se
destinam as condições locais mais favoráveis deixam de ser aproveitadas, os
equipamentos fundamentais se tornam insuficientes e não mais atendem
satisfatoriamente à população.” (18)
Outra face do problema, tratada em Arquitetura, era a “febre imobiliária” que retalhava
a área adjacente ao núcleo urbano, criando loteamentos absurdos. E essa “febre” estava
associada ao “desenvolvimento anárquico e incoerente” da cidade, pois provocava uma
valorização artificial dos terrenos, gerados, inclusive, pelo crescimento vertical da
cidade, com a multiplicação residencial em altura, em prédios localizados em ruas
coloniais, ou em ruas abertas sobre um traçado irregular (21).
Eram ainda citados outros fenômenos que comprometiam a “saúde” das cidades, como
as favelas agregadas à estrutura urbana, “enquistando-se em todas as áreas livres”, e o
espraiamento da área suburbana, na qual “morar torna-se, nessas casas, para o que
trabalha fora do subúrbio, o equivalente a local para dormir. Vocábulos apareceram para
significar tal condição de subvida: ‘cidades dormitórios’, ‘usinas de sono’...”. Esses
fatores sobrecarregavam as estruturas das cidades e poderiam “conduzir os organismos
urbanos à morte, por saturação e enfartamento” (22).
Então, a urgência de uma intervenção num meio deteriorado, evidenciada pelo uso de
metáforas, associava o organismo e o seu meio a um determinado comportamento. Da
mesma forma, Cardoso e Ribeiro (23), referindo-se a um outro período, citaram que
“intervir sobre o espaço construído corresponde, então, na visão dos reformadores, a
influir em comportamentos. Reformar a cidade para reformar a vida”.
A visão dos problemas habitacionais e urbanos era compactuada nos artigos da revista, e
mesmo quando se tratava de questões diversas ou específicas, era claro que convergiam
para a mesma proposta que era a Reforma Urbana. Essa deveria atender aos grandes
centros, como o Rio de Janeiro e São Paulo, mas também a outros centros que trilhavam
“o caminho do futuro gigantismo”, como Recife, Salvador, Porto Alegre, Belo
Horizonte, Fortaleza e Belém (24). Assim, esse “remédio” seria usado não só como cura
mas também como profilaxia. Mas o que seria essa “tal” Reforma Urbana?
A reforma de cidades foi, desde o século XIX, um desafio para os que pretendiam
adaptar a cidade europeia medieval e barroca à industrial, ou seja, adequá-la a novas
demandas, modernizando-a.
Aqui no Brasil, no período de 1895 a 1930, em cidades como o Rio de Janeiro, São
Paulo e Porto Alegre, foram propostos e realizados projetos urbanísticos, ou
“melhoramentos”, localizados em partes das cidades, geralmente nos portos e em áreas
centrais, bem como obras de infraestrutura. Entre 1930 e 1950, foram elaborados planos
de maior abrangência que tinham por objeto o conjunto da área urbana, com propostas
de “articulação entre os bairros, o centro e a extensão das cidades por meio de sistemas
de vias e de transportes” (27). E no período compreendido entre 1950 e 1964, os planos
para as cidades passaram a situá-las dentro de uma região. Nesse período, profissionais
de diversas formações, novos termos, dados estatísticos, sociais e econômicos, surgiram
para tratar do “urbano”, palavra que ganhou lugar no meio técnico quando designa a
cidade.
Quando se referiu à RU no Brasil, Wilheim (30) também destacou que ela poderia
assumir diferentes formas, mas mesmo assumindo aspectos diversos, deveria seguir
objetivos comuns, como o planejamento urbano em longo prazo, o estabelecimento de
prioridades, a utilização de terrenos abandonados que aguardam especulativamente sua
valorização e uma melhor distribuição dos recursos financeiros. Então, o autor frisou
que a execução prática da RU dependeria da gravidade dos problemas locais, e citou
como exemplo São Paulo e Recife. Na primeira cidade, a primazia poderia ser dada à
“solução imediata dos problemas de transporte rápido, à criação dos novos centros
urbanos e ao planejamento e execução final da retificação do Tietê”. Já na segunda
cidade, “os alagados e mocambos deveriam dar lugar à construção maciça de habitação
com seus serviços sanitários e comunitários; e isso poderia acarretar a conveniência de
lá instalar-se uma fábrica de elementos pré-fabricados”.
“Cajueiro Seco tinha grande significado social; foi uma tentativa de realmente eliminar
os núcleos de pobreza. (...) O projeto provocou uma revolução e se tornou uma
comunidade padrão, apesar da reação das pessoas que pensavam de maneira
assistencialista. As casas foram construídas dentro de um plano.” (32)
Em outro artigo, Wilheim (33) idealizou a Reforma Urbana como um processo contínuo
e aberto a mudanças, e salientou: “no próprio processo de elaboração e instituição de
uma nova política [é] que encontraremos o caminho de suas soluções definitivas. A cada
lento avanço a roda range. Mas a cada avanço o horizonte muda.”
Então, como o conceito de Reforma Urbana apresentado por Wilheim não era fechado e
deveria corresponder às necessidades de cada lugar, o que poderia unir diferentes
experiências?
No editorial em que tratou do termo, foi dito que esse deveria ter a sua origem ou a sua
raiz determinada na “terra”, que deveria ser utilizada para benefício de toda a
coletividade, como se pode ver abaixo:
“A Reforma deve ser feita na origem. Na terra onde vamos construir a cidade. Para
tanto, é necessário disciplinar o seu uso e a sua posse. A propriedade da unidade
residencial, em si, é o que menos importa, dentro de uma estrutura urbana sadia. Tê-la
como propriedade privada ou tê-la como usufruto permanente, que diferença representa
para aquele que, na casa, busca apenas construir um lar, ou a sua morada? Esta
diferença pode significar muito, para aquele que visa na necessidade humana de morar,
a oportunidade de especular.” (34)
“Tenho a convicção de que a mesma imposição de consciência que nos leva a defender
a reforma agrária deve levar-nos a defender a reforma urbana – não para um futuro
longínquo e indefinido, mas para esta geração, para este período de renovação das
estruturas da sociedade brasileira (...) É preciso agora defini-la e acompanhar essa
definição de um trabalho de esclarecimento que evite, a seu respeito, os mesmos
equívocos e as mesmas perversas inverdades com que se procura obstar a realização da
reforma agrária.” (36)
Essa analogia era explicada pelo fato de que as duas pretendiam, em seus discursos,
buscar instrumentos que possibilitassem o acesso de todos à terra. Na reforma agrária,
tentava-se combater o monopólio da terra nas áreas rurais; já na RU, a terra também
estava no centro de suas questões, e era proposto o estabelecimento de medidas que
possibilitassem o acesso à cidade e o combate à especulação imobiliária.
A solução para a crise gerada pela urbanização e pela falta de infraestrutura nas cidades
era apontada, pela primeira vez, como uma função do planejamento urbano. Mas a
pretendida execução prática da RU diferenciaria-se de região para região, dependendo
da gravidade dos problemas locais e, consequentemente, da prioridade das soluções. O
essencial era que, diante de tantas possibilidades apresentadas para a reforma urbana,
ela significasse o planejamento das cidades para melhorar as condições de vida de seus
habitantes. Esse entendimento teve o apoio não só dos arquitetos presentes na Direção
Nacional do IAB, como também do Governo Federal. Para pensar esse desafio, foi
realizado então um Seminário de Reforma Urbana, em 1963, no qual foram discutidas e
analisadas diretrizes, o que resultou em um documento em que foi proposta a criação de
um órgão responsável pela política urbana.
O Seminário de Habitação e Reforma Urbana: O Homem, sua Casa, sua Cidade (37),
foi realizado pelo IAB juntamente com o Instituto de Previdência e Assistência dos
Servidores do Estado (IPASE), em duas etapas, no Rio de Janeiro e em São Paulo, e os
princípios da política habitacional e da Reforma Urbana reunidos em uma proposta de
criação de um Órgão Central Federal (38), que dentre outras proposições deveria
elaborar um Plano Nacional Territorial e um Plano Nacional de Habitação.
A primeira metade da década de 1960 foi marcada pelas reivindicações dos arquitetos
quanto à institucionalização de uma política nacional de planejamento, e pela mudança
do perfil do arquiteto a partir de suas preocupações sociais, tendo como contexto os
problemas gerados por uma urbanização acelerada. O que, a princípio, era um problema
habitacional, ou seja, de falta de moradias, passou a ser visto como um problema bem
mais amplo: a cidade. Para tanto, exigia-se urgência nas soluções. Essa constante
referencia à urgência no tratamento dessas questões gerava a politização das discussões
em torno do diagnóstico dos males sofridos pelas cidades. Portanto, o processo em que
foi discutida a Reforma Urbana nos primeiros anos da década de 1960 revelou a
convivência de conflitos e convergências e que os seus entendimentos e as referências
foram sendo construídos ao longo das suas discussões.
Esse forte viés político da abordagem dos problemas das cidades, relacionado com o
acesso à cidade, e os debates entusiasmados em torno da Reforma Urbana foram
silenciados após o Golpe Militar de 31 de março de 1964. A partir dessa ruptura, a
revista adotou uma postura mais técnica, com a despolitização das questões do acesso à
terra urbana. Expressões como “desenvolvimento” e “planejamento urbano” foram
usadas como tentativas de eliminar os desníveis existentes entre o patrimônio físico e a
dimensão econômica do país.
O governo federal criou, logo em 21 de agosto de 1964, a Lei nº 4.380, que instituiu o
Serviço Federal de Habitação e Urbanismo (SERFHAU). Marcou assim o início de uma
política nacional de planejamento urbano que durou dez anos. Da urgência de uma
Reforma Urbana passou a ser difundido o planejamento de longo alcance e num prazo
longo. A meta era alcançar o desenvolvimento nacional e regional e promover as
reformas institucionais necessárias, por parte dos governos municipais, para fazer frente
aos novos padrões de crescimento econômico.
NOTAS
1
Este texto consta de algumas alterações do trabalho apresentado e publicado em meio digital no 3°
Encontro Cultura & Memória realizado no Recife-UFPE nos dias 3 a 7 de dezembro de 2007, com o título
de: Reforma urbana em 1960: referências e conceito.
2
O IAB foi fundado no Rio de Janeiro na primeira metade da década de 1930, e teve seus departamentos
estaduais criados a partir dos anos de 1940.
3
ARQUITETURA. Ainda a tal da reforma urbana. Rio de Janeiro, n. 23, 5/1964, p.2.
4
ARQUITETURA. S.HRU. Rio de Janeiro, n. 13, 7/1963, p.2.
5
KOPP, Anatole. Quando o moderno não era um estilo e sim uma causa. São Paulo, Nobel/ Edusp, 1990,
p.23.
6
Ibidem, p. 148.
7
LEME, Maria Cristina da Silva. A formação do pensamento urbanístico no Brasil, 1895-1965. In: LEME,
Maria Cristina da Silva. Urbanismo no Brasil – 1895-1965. São Paulo, Studio Nobel, 1999, p.33.
8
O padre dominicano Louis-Joseph Lebret veio ao Brasil em 1946 para difundir as idéias do Movimento
Economia e Humanismo. Fundou os escritórios regionais da Sociedade Gráfica e Mecanográfica Aplicada
aos Complexos Sociais (SAGMACS) no Recife, São Paulo e Belo horizonte, trazendo, assim, uma nova
perspectiva de inserção profissional, não só para arquitetos como também para engenheiros, sociólogos e
economistas.
9
REIS, José Carlos. As identidades do Brasil. Rio de Janeiro, FGV, 2001, p.172.
10
FURTADO, Celso. Dialética do desenvolvimento. Rio de Janeiro, Fundo de cultura, 1964, p.109-110.
11
Fontes: ARQUITETURA. O sentido da Renovação urbana nos EUA. Rio de Janeiro: n° 11, 5/1963, p.39.
ARQUITETURA. S.HRU. Rio de Janeiro: n° 14, 8/1963, p.2.
12
Sobre o texto, vale ressaltar que foi publicada somente a primeira das quatro partes previstas. Essa está
subdividida em dois volumes: o primeiro, composto de uma exposição geral, e o segundo, de dados
estatísticos referentes a Barcelona. Fonte: CHOAY, Françoise. A regra e o modelo. São Paulo,
Perspectiva, 1985, p. 266-279.
13
Gildo Guerra era arquiteto pernambucano e dirigiu a Liga Social Contra o Mocambo durante o primeiro
governo de Miguel Arraes.
14
Autores como Paul Singer, Gunn e Correia afirmam que o termo “inchaço” ou “inchação” foi cunhado
por Gilberto Freire na década de 1950, quando ele se referiu ao Recife. Infelizmente, não foi possível
identificar esse registro.
15
ARQUITETURA. Seminário da Habitação e Reforma Urbana. Rio de Janeiro, n. 12, 6/1963, p.22.16
CORREIA, Telma, GUNN, Philip. O urbanismo: a medicina e a biologia nas palavras e imagens da
cidade. In: BRESCIANI, Maria Stella. Palavras da cidade. Porto Alegre, Editora da universidade, 2001,
p.228.
17
Antônio Bezerra Baltar trabalhou com o Padre Lebret quando esse veio ao Brasil. Ele teve uma atuação
profissional como engenheiro, político e professor do Mestrado em Desenvolvimento Urbano da UFPE.
18
BALTAR, Antonio Bezerra. Planos diretores para cidades pequenas e médias do Brasil. In:
ARQUITETURA. Rio de Janeiro, n. 22, 4/1964, p.7.
19
Florestan Fernandes, em artigo de 1959 publicado em coletânea em 1974, ao se referir à cidade de São
Paulo, citou a transformação ocorrida na cidade que “em menos de meio século (...) transformou-se muito
mais radicalmente que nos três séculos e meio anteriores”. O autor colocou, então, três questões do
problema a serem tratadas sob o ponto de vista sociológico. Na primeira, dizia que o equilíbrio social não
poderia ser estabelecido com a restauração do passado, que o desequilíbrio do sistema de relações sociais
deveria ser corrigido naturalmente “pela evolução urbana e industrial da própria cidade”. Na segunda,
dizia que era nas grandes cidades que os processos sociais que operam na sociedade brasileira aconteciam
“em maior escala” e eram evidenciadas “a significação e as consequências das mudanças que se
processaram com a desagregação da antiga ordem social escravocrata e senhorial”, bem como nela se
processavam “diversos sistemas de concepção de mundo, de cuja contradição nascem as impulsões e as
tensões sociais que produzem o ‘progresso’”. E na terceira, dizia que a significação subjetiva das novas
condições da existência urbana, para os que vivem na cidade, é “extraordinariamente lábil e variável”.
Fonte: FERNANDES, Florestan. Caracteres rurais e urbanos na formação e desenvolvimento da cidade de
São Paulo. In: FERNANDES. Florestan. Mudanças sociais no Brasil. São Paulo, Difusão européia do
livro, 1974, p. 202-205.
20
Autores citados por: REIS, José Carlos. As identidades do Brasil. Rio de Janeiro, FGV, 2001.
21
ARQUITETURA. Reforma Urbana. Rio de Janeiro, n. 11, 5/1963, p.3.
22
IDEM.
23
CARDOSO, Adauto Lucio, RIBEIRO, Luiz César de Queiroz. Planejamento urbano no Brasil:
paradigmas e experiências. São Paulo, Espaço & Debates, n. 37, 1994, p.79.
24
ARQUITETURA. Reforma Urbana. Rio de Janeiro, n. 11, 5/1963, p.3.
25
BENEVOLO, Leonardo. História da arquitetura moderna. São Paulo, Perspectiva, 1994, p.114-122.
26
Calabi tratou em artigo de como as cidades italianas da recém-criada nação tomaram como modelo ou
referência a intervenção feita em Paris sob a administração de Haussmann para a “construção de uma
nova linguagem urbanística nacional”. Fonte: CALABI, Donatella. O papel de Paris na urbanística
italiana do século XIX. In: Salgueiro, Heliana. Cidades capitais do século XIX. São Paulo, USP, 2001,
p.104.
27
LEME, Maria Cristina da Silva. Op. cit., p. 22-26.
28
ARQUITETURA. O sentido da Renovação Urbana nos EUA. Rio de Janeiro, n. 11, 5/1963, p.38-39.
29
DEL RIO, Vicente. Desenho urbano no processo do planejamento. São Paulo, Pini, 1990, p. 19.
30
WILHEIM, Jorge. A tal da Reforma Urbana. In: ARQUITETURA. Rio de Janeiro, n. 21, 3/1964, p.15.
31
Acácio Gil Borsoi se formou pela Faculdade de Arquitetura da Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de
Janeiro, em 1949. Trabalhou no Patrimônio Histórico, seguindo depois para o Recife onde lecionou
arquitetura por 28 anos na Universidade Federal de Pernambuco e foi consultor do Patrimônio durante 15
anos.
32
BORSOI, Acácio. Entrevista. In: PROJETO. São Paulo, Arco, n.257, 07/2001, p.11-13.
33
WILHEIM, Jorge. Op. cit., p.16.
34. ARQUITETURA. Reforma Urbana. Rio de Janeiro, n. 11, 5/1963, p.3.
35
WILHEIM, Jorge. Op. cit., p.15.
36
ARQUITETURA. S.HRU. Rio de Janeiro, n. 15, 9/1963, p.19.
37
O Seminário teve como presidente de honra João Goulart; como presidentes Clidenor Freitas e Ícaro de
Castro; vice-presidentes Maurício Roberto e Oswaldo Correa Gonçalves; diretores-executivos Ivan Oest
de Carvalho, Joaquim Guedes, Jorge Wilheim, José Quintas Alves e Maurício Nogueira Batista. O
deputado Almino Afonso estava presente como convidado de honra e Gildo Guerra como representante
do Governo de Pernambuco.
38
Esse Órgão Central Federal teria como atribuições fixar as diretrizes da política habitacional e de
planejamento territorial do país, com a elaboração de planos nacionais, territoriais e de habitação, tendo
sua execução, sempre que possível, descentralizada.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ARQUITETURA. Cajueiro Sêco, uma experiência em construção. In: ARQUITETURA. Rio de Janeiro,
n. 16, 10/1963.
ARQUITETURA. Editorial. Rio de Janeiro, n. 6, 12/1962.
ARQUITETURA. Os arquitetos e a política de desenvolvimento territorial. Rio de Janeiro, n. 60, 6/1967.
ARQUITETURA. Política Social do Mocambo. In: ARQUITETURA. Rio de Janeiro, n. 13, 7/1963.
BONDUKI, Nabil; KOURY, Ana Paula. Das reformas de base ao BNH: as propostas do Seminário de
Habitação e Reforma Urbana. In: XII Encontro da ANPUR. Belém: Anais do XII Encontro da ANPUR,
CDROM, 2007.
CINTRA, Antônio Otávio. Planejando as cidades: política ou não política. In: CINTRA, Antônio
Otávio, HODDAD, Paulo Roberto. Dilemas do planejamento urbano e regional no Brasil. Rio de Janeiro,
Zahar, 1978.
RIBEIRO, Cecilia. O Estudo Preliminar de Wit-Olaf Prochnik: Planejamento Urbano e enunciados do
Recife. Recife, dissertação de mestrado, MDU/UFPE, 2005.
SEGAWA. Hugo. Arquiteturas do Brasil. São Paulo, USP, 1999.
SERRAN, João Ricardo. O IAB e a política habitacional. São Paulo, Schema, 1976.
WILHEIM, Jorge. O planejamento e sua importância na formação do arquiteto. In: ARQUITETURA.
Rio de Janeiro, n. 24, 6/1964.
sobre os autores
Cecilia Ribeiro é arquiteta e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da
UFPE.
Virgínia Pontual é professora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da UFPE.