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2013 - USP
QUESTÃO 1
Calcule os seguintes limites, caso existam. Justifique!
a)
b)
c)
Resolução
a)
Se você tentar calcular o limite do jeito que ele está escrito ali no enunciado você
não vai conseguir. Você pode até tentar mas vai esbarrar no limite de cos x com x
tendendo ao infinito, que não existe.
Para conseguir resolver, temos que mexer nessa fração. O que eu vou fazer aqui é
colocar x4 em evidência, tanto em cima quanto embaixo.
Toda parcela que está no denominador é bem fácil de entender o limite, veja:
Como isso não pode ser a resposta, temos que fazer algumas alterações na
expressão do limite. Aqui vai uma dica importante: quando aparecer raiz
quadrada em frações, use a r acionalização para resolver o problema. Você
lembra como faz isso? Faça o seguinte: multiplique e divida a fração pelo
numerador da fração original, mudando o sinal do termo que não tem raiz. Difícil
de entender? Pode parecer, mas calma, é mais fácil enxergar olhando a figura
abaixo.
Como o ( x-2)² tá dentro da raiz, ele pode sair da raiz como |x-2|. Não esqueça do
módulo! Como nós vamos analisar o limite com x tendendo a 2 pela esquerda,
teoricamente não nos interessam valores à direita de 2. E quando x < 2, sempre
temos que | x-2| = 2 - x. Como mostrado abaixo:
Agora que nós simplificamos bastante a nossa expressão, vamos analisar o limite!
c)
Mais uma vez, se você simplesmente substituir o menos infinito no lugar dos x
,
vai chegar em uma indeterminação. Então de novo vamos ter que modificar a
expressão. E dessa vez vamos usar um truque bem interessante: o da diferença
de cubos. Você lembra como é a diferença de cubos? De qualquer forma, estou
trazendo ela pra vocês abaixo.
Certo...mas o que que isso tem a ver com o nosso exercício? Perceba que a
expressão que está dentro do nosso limite é do formato (a-b), ou, simplesmente,
alguma coisa menos outra. Veja:
OK! Então o que você viu acima é que estamos chamando um termo de a
eo
outro de b. Agora vamos escrever uma diferença de cubos!
Certo, agora vamos fazer o seguinte: onde tiver raiz, vamos colocar o x³ em
evidência, para que ele possa sair da raiz.
Agora, vamos dividir tanto o numerador quanto o denominador por x²:
Agora que a expressão está o mais simples possível, vamos finalmente calcular o
limite:
QUESTÃO 2
Dada a função:
a) A
função f é derivável em x = 0? JUSTIFIQUE!
b) C alcule f’(x) para x
≠ 0.
Resolução
a)
Para responder essa questão, temos que lembrar que, para uma função f (x) ser
derivável em um ponto x₀, deve existir o seguinte limite:
Vamos manipular essa expressão para que determinar o limite seja possível. O
truque que eu vou usar é multiplicar e dividir isso tudo pelo numerador, só que
invertendo o sinal do 1. Veja o que acontece:
Agora, pra simplificar mais ainda, vamos multiplicar em cima e embaixo por 9x.
Você já vai saber porque escolhi o 9.
Agora vamos calcular o limite da expressão acima com x tendendo a 0:
Você deve entender que a rctg(1/x) é uma função limitada. Isso quer dizer que ela
só assume valores que vão de -𝝅/2 até +𝝅/2. Isso significa que podemos aplicar o
Teorema do Confronto. Se você não lembra o que é isso, sugiro que dê uma
revisada rápida. Por consequência desse teorema, temos a seguinte resposta:
b)
Para resolver essa questão, precisamos lembrar de três regras de derivação: a
regra do produto, a regra do quociente e a regra da cadeia, ok?
Agora, vamos derivar as duas funções que foram chamadas de f (x) e g(x). Vamos
começar pela f (x). Aqui será necessário aplicar a regra da cadeia.
O resultado acima pode ser simplificado:
Ok! Agora, vamos derivar a função que chamamos de g (x). Aqui, além da regra da
cadeia, temos que usar a regra do quociente, afinal temos uma divisão.
Agora que temos as funções f (x), g
(x), f ’(x) e g’(x), podemos aplicar a regra do
produto, como foi mostrado no início da nossa resolução.
QUESTÃO 3
Determine a reta que é tangente ao gráfico e passa pelo ponto (1, 1).
Resolução
Lembre-se que podemos escrever que a reta tangente ao gráfico de uma função
f, em um ponto [ x₀, f(x₀)] pode ser determinada pela equação abaixo:
Então, precisamos calcular f ’(x₀). Perceba que o domínio de f(x) contempla todos
números reais, exceto x = 1, pois, ao substituirmos x = 1 n
a função, teremos uma
divisão por zero. Podemos dizer que a função é derivável para todo x₀
pertencente ao seu domínio. Para calcular essa derivada, precisamos usar a regra
do quociente. Veja:
a) A
que taxa a roda está girando no instante t0? (Ou seja, qual é a taxa de
variação de θ em relação ao tempo no instante t0?)
b) D o ponto P parte um raio de luz que tangencia a circunferência e ilumina um
ponto no solo(veja a figura). Qual é a taxa de variação da distância do ponto P ao
ponto que ele ilumina no solo no instante t0?
Resolução
a)
Essa é uma típica questão de aplicação de derivadas. Vamos redesenhar a figura
da questão, considerando um ângulo θ(t) que é medido da horizontal até a linha
que liga o centro da roda e o ponto P . Além disso, vamos dizer que a altura do
ponto P em função do tempo é y (t).
Logo, y
(t) é dado pela função abaixo.
b)
Agora, vamos analisar um ponto sobre o solo, que chamaremos de ponto A . Esse
ponto é obtido quando traçamos uma reta tangente ao ponto P no instante t0 ,
conforme dito no enunciado. A seguir, temos o desenho dessa situação. No
desenho, você pode enxergar a distância d (t) que irá representar a distância do
ponto P a
té o ponto do solo ao longo do tempo t.
O nosso objetivo é calcular a variação da distância d em relação ao tempo, ou
seja, d’(t). Para fazer isso, precisamos determinar a função d(t). Isso será feito
abaixo, com algumas associações trigonométricas.
Testes
a.
b.
c.
2. Seja
3. (1,5) Determine a reta que é tangente ao gráfico e passa pelo ponto (1, 1).
4. (2,5) Uma roda gigante tem 10 cm de raio e seu centro está a 11m do solo. Ela gira no sentido
anti-horário. Seja P um ponto fixado nessa roda. No instante t0 em que P está a 16m do solo, a
distância de P ao solo varia a uma taxa de 30m/min.
a. A que taxa a roda está girando no instante t0 ? (Ou seja, qual é a taxa de variação de θ em
relação ao tempo no instante t0 ?)
b. Do ponto P parte um raio de luz que tangencia a circunferência e ilumina um ponto no
solo(veja a figura). Qual é a taxa de variação da distância do ponto P ao ponto que ele ilumina
no solo no instante t0 ?