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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 15515-2
Segunda edição
30.03.2023

Passivo ambiental em solo e água subterrânea


Parte 2: Investigação confirmatória
Environmental passive in soil and groundwater
Part 2: Confirmatory assessment
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ICS 13.020.40; 13.060.45; 13.080.05 ISBN 978-85-07-09582-8

Número de referência
ABNT NBR 15515-2:2023
24 páginas

© ABNT 2023
ABNT NBR 15515-2:2023
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ABNT NBR 15515-2:2023

Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Uso e limitações..................................................................................................................5
5 Etapas da avaliação de passivo ambiental.......................................................................5
6 Investigação confirmatória.................................................................................................6
6.1 Geral.....................................................................................................................................6
6.2 Levantamento de informações adicionais........................................................................8
6.2.1 Geral.....................................................................................................................................8
6.2.2 Ferramentas de resposta rápida (real time)......................................................................8
6.3 Plano de amostragem.......................................................................................................13
6.3.1 Geral...................................................................................................................................13
6.3.2 Meios a serem amostrados..............................................................................................14
6.3.3 Caracterização de propriedades físicas..........................................................................15
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6.3.4 Distribuição dos pontos de amostragem........................................................................15


6.3.5 Profundidade de amostragem..........................................................................................16
6.3.6 Determinação das substâncias químicas de interesse a serem analisadas...............18
6.3.7 Determinação do número de campanhas de amostragem...........................................18
6.3.8 Realização de análises químicas.....................................................................................18
6.4 Interpretações dos resultados.........................................................................................21
6.5 Modelo conceitual da investigação confirmatória.........................................................21
6.6 Relatório técnico...............................................................................................................22
Bibliografia..........................................................................................................................................24

Figuras
Figura 1 – Etapas da avaliação de passivo ambiental......................................................................6
Figura 2 – Fluxograma de investigação confirmatória.....................................................................7

Tabelas
Tabela 1 – Ferramentas de resposta rápida (real time).....................................................................8
Tabela 2 – Métodos geofísicos..........................................................................................................12
Tabela 3 – Orientações para determinação da profundidade de amostragem quanto ao tipo
de fonte..............................................................................................................................17

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


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de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
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A ABNT NBR 15515-2 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Avaliação da Qualidade
do Solo e da Água para Levantamento de Passivo Ambiental e Avaliação de Risco à Saúde Humana
(ABNT/CEE-068). O 1º Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 08,
de 05.08.2022 a 05.09.2022. O 2º Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 12, de 14.12.2022 a 12.01.2023.

A ABNT NBR 15515-2:2023 cancela e substitui a ABNT 15515-2:2011, a qual foi tecnicamente revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 15515-2 é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR 15515 estabilishes the necessary requirements for the development
of confimatory investigation in places where suspected areas or sources of contamination of soil and
groundwater were identified after conducting a preliminary assessment.

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Passivo ambiental em solo e água subterrânea


Parte 2: Investigação confirmatória

1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 15515 estabelece os requisitos necessários para o desenvolvimento
de investigação confirmatória em locais nos quais foram identificadas áreas ou fontes suspeitas
de contaminação de solo e água subterrânea, após a realização de avaliação preliminar.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
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ABNT NBR 15492, Sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental – Procedimento

ABNT NBR 15495-1, Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulados –


Parte 1: Projeto e construção

ABNT NBR 15495-2, Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulados –


Parte 2: Desenvolvimento

ABNT NBR 15515-1, Passivo ambiental em solo e água subterrânea – Parte 1: Avaliação preliminar

ABNT NBR 15847, Amostragem de água subterrânea em poços de monitoramento – Métodos de purga

ABNT NBR 16210, Modelo conceitual no gerenciamento de áreas contaminadas – Procedimento

ABNT NBR 16434, Amostragem de resíduos sólidos, solos e sedimentos – Análise de compostos
orgânicos voláteis (COV) – Procedimento

ABNT NBR 16435, Controle da qualidade na amostragem para fins de investigação de áreas
contaminadas – Procedimento

ABNT NBR ISO/IEC 17025, Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
ações de emergência
ações necessárias para eliminação ou redução de risco imediato (como ventilação de áreas confinadas
e evacuação de prédios)

[FONTE: ABNT NBR 16209:2013, 3.3]

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3.2
água subterrânea
água que preenche os poros e as fraturas das rochas abaixo da superfície terrestre, na zona
de saturação, e que é o manancial hidrogeológico da Terra

[FONTE: Glossário Geológico Dinâmico Ilustrado do SGB/CPRM]

3.3
área contaminada
AC
área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria que contenha quantidades ou concentrações
de matéria em condições que causem ou possam causar danos à saúde humana, ao meio ambiente
ou a outro bem a proteger

[FONTE: ABNT NBR 15515-1:2021, 3.1]

3.4
avaliação preliminar
avaliação inicial, realizada com base nas informações históricas disponíveis e inspeção do local, com
o objetivo principal de encontrar evidências, indícios ou fatos que permitam suspeitar da existência
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de contaminação na área

[FONTE: ABNT NBR 15515-1:2021, 3.4]

3.5
cenário de exposição
situação com chance real de ocorrência em que o receptor pode vir a ser direta ou indiretamente
exposto à(s) substância(s) química(s) de interesse, sem considerar condições extremas ou virtualmente
impossíveis

[FONTE: ABNT NBR 16210:2022, 2.3]

3.6
contaminação
presença de substância(s) química(s) no água, solo ou ar do solo, decorrentes de atividades antrópicas,
em concentrações superiores aos limites estabelecidos pela legislação vigente sobre gerenciamento
de áreas contaminadas

[FONTE: ABNT NBR 15515-1:2021, 3.6]

3.7
contaminante
substâncias químicas ou organismos patogênicos que, introduzidos no meio, podem afetar a saúde
humana e o meio ambiente

[FONTE: ABNT NBR 15515-1:2021, 3.7]

3.8
fase líquida imiscível
ocorrência de substância ou produto imiscível, em fase separada da água

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3.9
ferramentas de resposta rápida
ferramentas aplicadas em campo ou não, que permitem um aumento significativo na densidade
de informações, possibilitando um aprimoramento do modelo conceitual, simultaneamente aos
trabalhos que estão sendo realizados

3.10
fonte de contaminação
local onde os contaminantes entraram ou podem entrar em contato com o meio físico

[FONTE: ABNT NBR 16210:2022, 2.6]

3.11
fonte primária de contaminação
instalação ou material a partir dos quais os contaminantes se originam e foram ou estão sendo
liberados para o meio físico

[FONTE: ABNT NBR 16784-1:2020, 3.13]

3.12
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fonte secundária de contaminação


meio atingido por substâncias químicas de interesse provenientes da fonte primária de contaminação,
capaz de armazenar certa massa dessas substâncias e atuar como fonte de contaminação de outros
compartimentos do meio físico

[FONTE: ABNT NBR 16784-1:2020, 3.14]

3.13
investigação confirmatória
etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas que tem como objetivo principal
confirmar ou não a existência de contaminantes em concentrações acima dos valores de intervenção
estabelecidos pelo órgão ambiental competente

[FONTE: ABNT NBR 15515-1:2021, 3.10]

3.14
meio físico
espaço pertencente aos compartimentos formados pelo solo superficial, solo subsuperficial,
ar do solo, águas subterrâneas, águas superficiais e sedimentos, individualizados por unidades
e diferenciados entre si por suas características geológicas, hidrogeológicas, hidroestratigráficas,
pedológicas, hidrológicas, geomorfológicas ou meteorológicas, a serem caracterizados por processos
de quantificação de suas propriedades físicas

3.15
modelo conceitual
relato escrito, acompanhado de representação gráfica, dos processos associados ao transporte
das substâncias químicas de interesse na área investigada, desde as fontes potenciais, primárias
e secundárias de contaminação até os receptores potenciais ou efetivos

[FONTE: ABNT NBR 15515-1:2021, 3.12]

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3.16
monitoramento
medição ou verificação, que pode ser contínua ou periódica, para acompanhamento da condição
de qualidade de um meio ou das suas características

[FONTE: ABNT NBR 15515-3:2013, 3.11]

3.17
passivo ambiental
presença de quaisquer substâncias em uma propriedade, que representem potenciais danos à saúde
humana e ao meio ambiente, devido a qualquer liberação no ambiente; em condições indicativas
de liberação para o meio ambiente; ou sob condições que representem uma ameaça material de uma
futura liberação para o meio ambiente

[FONTE: ABNT NBR 15515-1:2021, 3.13]

3.18
perigo
situação em que estejam ameaçados a vida humana, o meio ambiente ou o patrimônio público
e privado, em razão da presença de agentes tóxicos, patogênicos, reativos, corrosivos ou inflamáveis
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[FONTE: ABNT NBR 16784-1:2020, 3.29]

3.19
receptor
organismo, comunidade, habitat sensível ou ecossistema que esteja exposto direta ou indiretamente
a um ou mais compostos químicos associados a um evento de contaminação ambiental

NOTA No caso do risco à saúde humana, o receptor é o indivíduo humano ou comunidade/grupo de indivíduos.

[FONTE: ABNT NBR 16209:2013, 3.48]

3.20
risco
probabilidade de ocorrência de efeitos adversos em receptores expostos a substâncias químicas
de interesse presentes em áreas contaminadas

[FONTE: ABNT NBR 16784-1:2020, 3.37]

3.21
solo subsuperficial
horizonte do solo a partir de 1 m de profundidade em relação à superfície do terreno até o nível
de água subterrânea

3.22
solo superficial
horizonte do solo de 0 a 1 m de profundidade em relação à superfície do terreno

3.23
substância emergente
substância contaminante quantificada em amostras de monitoramento ambiental, que podem causar
impactos à saúde humana ou aos bens a proteger

NOTA Normalmente, as substâncias emergentes não são regulamentadas pela legislação ambiental vigente.

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3.24
substâncias químicas de interesse
SQI
substância química quantificada em amostra proveniente do meio físico, que está relacionada à fonte
primária ou secundária de contaminação

[FONTE: ABNT NBR 16784-1:2020, 3.40]

3.25
unidade hidroestratigráfica
corpo de rocha, camada de sedimento ou solo com extensão espacial e características hidrogeológicas
e hidrodinâmicas únicas, distintos das demais unidades que compõem o subsolo do local sob avaliação

3.26
valor de intervenção
valor de investigação
VI
concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea, acima da qual existem riscos
potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana, considerando um cenário de exposição padronizado
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4 Uso e limitações
Esta Parte da ABNT NBR 15515 deve ser utilizada para investigação de áreas no contexto
do gerenciamento de áreas contaminadas, com a finalidade de verificar a existência ou a ausência
de contaminação nos meios de interesse, normalmente solo e água subterrânea em uma determinada
área de estudo, tendo como base o modelo conceitual determinado na etapa de avaliação preliminar,
a qual deve ser realizada conforme a ABNT NBR 15515-1.

Na avaliação da pertinência das informações obtidas durante a condução da investigação, os profissionais


devem pautar-se pela cautela e razoabilidade no julgamento dos dados e incertezas em relação à existência
ou inexistência da contaminação, à identificação de fontes, de vias de exposição e dos receptores.

Um dos princípios da investigação confirmatória é o equilíbrio entre os objetivos, as limitações


de recursos, o tempo inerente a uma avaliação ambiental e a redução da incerteza da avaliação
preliminar ou da acessibilidade limitada do meio investigado.

A investigação confirmatória deve ser executada por profissional habilitado, utilizando os devidos
meios e recursos para atingir o melhor resultado possível. A responsabilidade do profissional está
condicionada à disponibilidade das informações acessíveis de interesse à época e nas circunstâncias
em que tenha sido realizada a pesquisa, bem como à acessibilidade relativa aos meios a serem
avaliados.

O surgimento de fatos novos ou desconhecidos, o desenvolvimento tecnológico e outros fatores


técnicos considerados em um estudo posterior não podem ser utilizados para avaliar a adequação
e a qualidade de uma investigação confirmatória anterior.

5 Etapas da avaliação de passivo ambiental


A etapa inicial de avaliação de passivo ambiental em solo e água subterrânea, descrita na ABNT NBR 15515-1,
consiste em uma avaliação preliminar, a qual identifica a possível existência de contaminação
na área. Havendo indícios na avaliação preliminar ou havendo incerteza sobre a existência ou não
de fonte(s) suspeita(s), deve-se realizar a etapa de investigação confirmatória, para verificar
a existência ou ausência de contaminação.

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Se houver fase livre ou situação de perigo, deve-se, visando sua eliminação, adotar imediatamente
ações de emergência.

A realização de avaliação preliminar e o estabelecimento de modelo conceitual são pré-requisitos para


a realização das etapas subsequentes da avaliação de passivo ambiental, incluindo a investigação
confirmatória.

A Figura 1 apresenta as etapas da avaliação de passivo ambiental.

Determinação da(s) área(s) para


estudo

Há potencial de Encerra
contaminação? Não

Sim
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Avaliação preliminar

Há suspeita de Encerra
contaminação? Não

Sim

Investigação confirmatória

A área está Encerra


contaminada? Não

Sim

Investigação detalhada

Figura 1 – Etapas da avaliação de passivo ambiental

6 Investigação confirmatória
6.1 Geral

A investigação confirmatória é uma etapa do processo de avaliação de passivo ambiental, com


o objetivo de verificar a existência ou a ausência de contaminação na área objeto de estudo.

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A confirmação da contaminação em uma área ocorre basicamente pela coleta e análises químicas
de amostras representativas de solo e/ou água subterrânea, para as substâncias de interesse,
em pontos suspeitos ou com relevante indício de contaminação. Em determinadas situações, outros
meios podem ser amostrados, como gases do solo, sedimentos, água superficial ou biota.

A interpretação dos resultados das análises realizadas nas amostras coletadas é feita por meio
da comparação dos valores de concentração obtidos com os valores orientadores1) estabelecidos
ou outros valores, a critério do órgão ambiental competente. Devem ser adotadas metodologias
analíticas compatíveis com os valores de interesse.

A Figura 2 apresenta o fluxograma de etapas da investigação confirmatória.

Modelo conceitual da
avaliação preliminar

É possível e Busca de informações


necessário Sim
adicionais e/ou ferramentas
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refinar o de resposta rápida


modelo?

Não

Plan o de amostragem

Coleta de amostra

Realização de
análises

Interpretação de
dados

Modelo conceitual da
investigação
confirmatória

Figura 2 – Fluxograma de investigação confirmatória

1) Ver Referência [9] ou a legislação estadual aplicável, se houver.

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6.2 Levantamento de informações adicionais

6.2.1 Geral

Em função da disponibilidade dos dados sobre o histórico de utilização de uma determinada área
de interesse, o modelo conceitual elaborado a partir da avaliação preliminar pode apresentar um nível
de incerteza elevado, não permitindo a elaboração de uma hipótese consistente sobre a distribuição
de uma possível contaminação.

Nestas situações, para a elaboração de um plano de amostragem, podem ser aplicadas ferramentas
de resposta rápida, com o objetivo de obter informações adicionais que reduzam o nível de incerteza
resultante da qualidade dos dados históricos da área.

Estas ferramentas permitem um aumento significativo na densidade de informações sobre a área,


relacionadas à alteração da qualidade dos meios investigados, possibilitando um refinamento
do modelo conceitual, simultaneamente aos trabalhos que estão sendo realizados.

6.2.2 Ferramentas de resposta rápida (real time)

As principais ferramentas de resposta rápida utilizadas são elencadas na Tabela 1. A relação


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de ferramentas apresentada não é exaustiva e tem função orientativa e exemplificativa, podendo outras
ferramentas ser utilizadas conforme o caso concreto, assim como devido à evolução tecnológica.

Para cada aplicação, deve-se verificar a incerteza associada à respectiva ferramenta analítica adotada
e o respectivo método de aplicação, quando houver.

Essas ferramentas devem compor as diversas linhas de evidências de investigação necessárias


para tomadas de decisão no âmbito da investigação confirmatória, recomendando-se que não sejam
utilizadas de forma isolada.

Tabela 1 – Ferramentas de resposta rápida (real time) (continua)


Identificação de contaminantes
Qualitativo/ Método de
Ferramenta Parâmetros Meios avaliados Fatores limitantes
quantitativo referência
PIDa - portátil VOCb Ar/gás, Qualitativo a Interferências: vapor EPA SW-846 –
(mais sensível vapores do solo semiquantitativo d’água, compostos Test Method 3815
aos aromáticos) (concentrações orgânicos naturais
totais) (por exemplo,
metano, terpenos),
fortes campos
elétricos. Falso
negativo em altas
concentrações
de metano. Baixa
sensibilidade de
leituras em solos
argilosos

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Tabela 1 (continua)
Identificação de contaminantes
Qualitativo/ Método de
Ferramenta Parâmetros Meios avaliados Fatores limitantes
quantitativo referência
FIDc VOC Ar/gás, vapores Qualitativo a Fonte de hidrogênio Não possui
(mais sensível do solo semiquantitativo necessária.
aos alifáticos), Água/solo (com (concentrações Interferência:
SVOCd não extração prévia totais) metano. Não utilizar
clorados em líquido ou se existir risco de
gás) explosão. Umidade
ou vento pode
apagar a chama.
Altas concentrações
de metano podem
ser interpretadas
como contaminação
de hidrocarbonetos
Oxidação VOC não Ar/gás, vapores Qualitativo a Eliminação Não possui
catalítica clorados e TPHe do solo semiquantitativo necessária
(detector até C8 Água/solo (com (concentrações de metano.
de gases extração prévia totais) Sensibilidade à
combustíveis/ temperatura.
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em líquido ou
explosímetro) gás) Interferências:
vapores clorados
e sulfeto de
hidrogênio. Água,
silicone, compostos
de enxofre e
chumbo podem
danificar o sensor
Kits de ensaios VOC, PAH, TPH, Água e solo Qualitativo a Conhecimento EPA SW-846 Test
colorimétricos, metais, alguns (algumas semiquantitativo prévio dos analitos. Method 7196A
químicos e inorgânicos aplicações) (identifica Reatividade cruzada.
turbidimétricos compostos Interferências:
específicos) coloração do analito,
carga orgânica do
solo e argila
Cromatografia VOC, SVOC e Ar/gás, vapores Semiquantitativo Operação ASTM D5790
gasosa portátil, PAHf do solo a quantitativo especializada em
com ou sem Água/solo (com (identifica laboratório de
espectometria extração prévia compostos campo, interferência
de massa (GC/ de líquido ou específicos com nos resultados por
MS) gás) padrões externos superposição de
ou duas colunas) picos
Espectroscopia TPH não voláteis Água, solo (com Semiquantitativo Interferências: argila, EPA SW-846 Test
por extração líquida (concentrações matéria orgânica, Method 8440
infravermelho prévia) totais) vapor d'água. Não
portátil aplicável ao VOC

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Tabela 1 (continua)
Identificação de contaminantes
Qualitativo/ Método de
Ferramenta Parâmetros Meios avaliados Fatores limitantes
quantitativo referência
Fluorescência Metais e Solo e água Quantitativo Limite de detecção EPA SW-846 Test
a raio X semimetais (concentrações elevado para alguns Method 6200
totais) analitos. Tempo
de preparação
longo para
amostras líquidas.
Interferência:
propriedades da
matriz, umidade
do solo e altas
temperaturas.
Possibilidade de
interferência nos
resultados por
superposição de
picos de vários
metais
Membrane VOC, PAH (fração Solo Semiquantitativo Limitado a litologias ASTM D7352
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Interface Probe mais leve), TPH (concentrações não consolidadas


(MIP) (fração volátil) totais) em que são
aplicáveis os
métodos de direct
push. Pode ocorrer
saturação do
cromatógrafo em
altas concentrações
ou bolsões de fase
líquida imiscível,
seja ela leve ou
pesada
Fluorescência Mistura com Solo e água Semiquantitativo Necessita da Não possui
induzida por presença de PAH presença de fase
laser (LIF) - (gasolina, óleos, líquida imiscível,
(Uvost, OIP) diesel, solventes não aplicável a
etc.) concentrações
residuais ou
dissolvidas. Em caso
das ferramentas
utilizadas via
cravação de direct
push, esta é limitada
a formações
inconsolidadas

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Tabela 1 (conclusão)
Avaliação de parâmetros físicos
Ferramenta Parâmetros Meios avaliados Qualitativo/ Fatores limitantes Método de
quantitativo referência
Cone Granulometria, Solo - A ferramenta é ASTM D5778
Penetrometer estimativa de limitada a formações ASTM D7352
Testing (CPT) permeabilidade inconsolidadas
e variações
Electrical Indicativo de Solo, água - Pode sofrer Isolado: Não
Conductivity granulometria, interferência a possui
condutividade partir de solos
elétrica do meio intemperizados ASTM D7352
(falsos negativos),
bem como de
compostos iônicos,
como águas salinas
e regiões onde
foram realizadas
oxidações químicas
que tenham sal
como subproduto
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Hydraulic Indicativo de Solo - A ferramenta é ASTM D8037/


Profiling Tool condutividade limitada a formações D8037M
(HPT) hidráulica - Pode inconsolidadas,
ser utilizado pressões máximas
para coleta de do sistema podem
amostras de água causar fraturamento
local da litologia
a PID (Photo Ionisator Detector): equipamento portátil de leitura de gases pela detecção por fotoionização.
b VOC: compostos orgânicos voláteis.
c FID (Flamme Ionisator Detector): equipamento portátil de leitura de gases por detecção por ionização de chama.
d SVOC: compostos orgânicos semivoláteis.
e TPH: hidrocarbonetos totais de petróleo.
f PAH: hidrocarbonetos policíclicos aromáticos.

Os principais métodos geofísicos utilizados estão indicados na Tabela 2. A relação de métodos


apresentada não é exaustiva, podendo outros métodos ser utilizados.
Apesar de não se constituir de técnicas analíticas, a geofísica pode assistir na redução de incertezas
ao identificar áreas ou volumes com contrastes de propriedades físicas correlacionáveis à presença
de substâncias de interesse, além de poder indicar feições geológicas e hidrogeológicas relevantes.

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Tabela 2 – Métodos geofísicos

12
Radar de Sísmica de
penetração Resistividade Polarização Indução Sísmica de reflexão
Método geofísico Magnetometria
elétrica induzida eletromagnética refração de alta
no solo resolução
Contato solo/rocha I I NI NI I I I
Falhas/fraturas I I NI I I I I
Diferenciação de
I I NI NI I I I
camadas

Meio físico
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Nível de água I I NI NI I I I
Materiais, substâncias
I I I NI I NI NI
e plumas orgânicas

Aplicação
Materiais, substâncias
I I I NI I NI NI
e plumas inorgânicas
Materiais e objetos
I NI NI I I NI NI

Ambiental
metálicos enterrados
Localização de
cavidades e aterros I I I NI I NI NI
de resíduos
Material Ausência Incapacidade Fortemente Ausência de Necessidade Ausência de
com alta de contraste de polarização influenciada contraste elétrico, de aumento contraste de
condutividade elétrico, elétrica, por fatores que existência de da velocidade impedância
elétrica e baixo problemas de problemas de gerem campos objetos metálicos com a acústica
Fatores limitantes
contraste contato entre acoplamento eletromagnéticos e redes elétricas profundidade
dielétrico entre os eletrodos e entre os e não detecta
os alvos o solo eletrodos e o camadas finas
solo
Os métodos geofísicos são baseados na identificação de contraste entre as propriedades físicas do subsolo, notadamente, condutividade ou resistividade elétrica e
suscetibilidade magnética. São exemplos de potenciais fontes que podem proporcionar alta condutividade elétrica ou baixa resistividade elétrica: resíduos e objetos
metálicos enterrados, resíduos inorgânicos contendo sais e metais, plumas de substâncias inorgânicas, rejeitos de mineração, contaminação agrícola difusa e lodo
gerado no tratamento de efluentes. Por outro lado, podem ser exemplificadas como potenciais fontes que podem proporcionar baixa condutividade elétrica ou alta
resistividade: resíduos orgânicos e plumas de substâncias orgânicas, fases livres de combustíveis ou substâncias organocloradas e necrochorume. As fontes citadas
são meramente exemplificativas e pode haver exceções à regra, devido à concentração ou proporção das substâncias envolvidas, de forma que a geofísica deve ser
utilizada como um método cujos resultados devem ser interpretados em conjunto com os dados geológicos, hidrogeológicos e hidrogeoquímicos.
NOTA I: indicado; NI: não indicado.

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6.3 Plano de amostragem

6.3.1 Geral

A coleta de amostras para investigação confirmatória deve ser efetuada com base em um plano
de amostragem desenvolvido a partir do modelo conceitual, conforme estabelecido em avaliação
preliminar ou no modelo refinado após a obtenção de informações adicionais ou aplicação de ferramentas
de resposta rápida.

O modelo conceitual deve propiciar um entendimento sobre as condições atuais e passadas da área,
inclusive expressando as incertezas resultantes desta compreensão.

Para a elaboração de um plano de amostragem, a consistência do modelo conceitual, desenvolvido


conforme a ABNT NBR 16210, deve ser verificada quanto a:

a) identificação das atividades suspeitas ou com relevante potencial de contaminação que foram
desenvolvidas na área ao longo do histórico de ocupação;

b) identificação das substâncias contaminantes potenciais contidas em matérias-primas, produtos,


emissões atmosféricas, efluentes ou resíduos;
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c) identificação e caracterização das fontes suspeitas ou reais de contaminação que existam,


ou tenham existido no local durante todo o período de utilização da área;

d) identificação dos possíveis mecanismos de liberação dos contaminantes a partir de cada fonte
primária identificada;

e) identificação dos possíveis mecanismos de migração por meio dos meios afetados (solo, água
subterrânea, água superficial, ar do solo, sedimentos, sedimentos e biota);

f) identificação das possíveis fontes secundárias de contaminação originadas a partir das hipóteses
citadas em 6.3.1-e);

g) identificação dos mecanismos de liberação dos contaminantes a partir de cada uma das fontes
secundárias que poderiam ser formadas;

h) identificação dos receptores existentes e bens existentes a serem protegidos ou que tenham
existido na área ou no seu entorno;

i) plantas ou croquis da evolução da ocupação da área, identificando a localização das fontes


suspeitas ou de relevante potencial sobre as quais já se tenha conhecimento nesta etapa dos
trabalhos.

O plano de amostragem deve ser um documento formal detalhado. No seu estabelecimento, várias
normas podem ser utilizadas, as quais estabelecem os procedimentos mínimos para o manejo
de amostras e outros ensaios para a determinação de propriedades hidrodinâmicas, como as Normas
Brasileiras, da ASTM e da ISO.

A seleção das técnicas de perfuração e de instalação de poços de monitoramento a serem utilizadas


para a coleta de amostra dos solos, do ar do solo e das águas subterrâneas deve ser aquela
estabelecida nas ABNT NBR 15492, ABNT NBR 15495-1, ABNT NBR 15495-2, ABNT NBR 15847,
ABNT NBR 16434 e ABNT NBR 16435 e em outras normas que sejam consideradas pertinentes
pelo profissional.

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ABNT NBR 15515-2:2023

Devem ser adotados procedimentos de coleta, manuseio, preservação, acondicionamento e transporte


de amostras, descritas em normas aceitas nacional e/ou internacionalmente, observando-se
a necessidade de atendimentos dos prazos de validade que são estabelecidos nos métodos analíticos.

Em relação à amostragem de água subterrânea, os procedimentos de coleta, manuseio, preservação,


acondicionamento e transporte de amostras devem ser realizadas por organizações que atendam
aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR ISO/IEC 17025.

As análises devem ser realizadas em laboratórios que atendam aos requisitos estabelecidos
na ABNT NBR ISO/IEC 17025 ou de acordo com os requisitos estabelecidos pelos órgãos ambientais
competentes, utilizando-se metodologias que atendam às especificações descritas em normas aceitas
nacional e/ou internacionalmente. Os limites de quantificação das análises devem ser compatíveis
com os valores-limite vigentes para cada substância química de interesse.

Recomenda-se verificar previamente com o laboratório contratado para a realização das análises
requeridas as informações referentes aos métodos disponíveis e adequados, os limites de quantificação
e as técnicas de preservação de amostras compatíveis com o método analítico a ser adotado.

O plano deve ser elaborado por profissional habilitado e capacitado que estabeleça os procedimentos
a serem seguidos para a obtenção de amostras representativas da área, com base na hipótese
de distribuição da contaminação.
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Em linhas gerais, o plano de amostragem deve considerar o seguinte:

a) qualificação da equipe de profissionais para a execução dos trabalhos;

b) necessidade de obtenção de autorização e/ou permissão de acesso à área;

c) localização e tipos de fontes suspeitas e de relevante potencial de contaminação existentes


ou esperadas;

d) meios a serem amostrados;

e) possibilidade da existência de interferência subterrânea;

f) cautelas necessárias para prevenir a migração de contaminantes durante a perfuração e instalação


de poços e após a conclusão dessas atividades;

g) número, profundidade e localização dos pontos de amostragem;

h) substâncias de interesse a serem determinadas;

i) técnicas e protocolos de amostragem, preparação e preservação de amostras, cadeias de custódia,


amostras de controle de qualidade, métodos analíticos e respectivos limites de quantificação;

j) cronograma de amostragem;

k) procedimentos de descontaminação de materiais e equipamentos retornáveis;

l) orientação referente ao armazenamento e à destinação adequada do solo e/ou da água


subterrânea gerados e dos materiais utilizados na amostragem;

m) normas ou procedimentos de amostragem adotados.

6.3.2 Meios a serem amostrados

Diversos compartimentos ambientais podem ser amostrados na investigação de uma área, podendo
ser citados: solos, sedimentos, rochas, aterros, águas subterrâneas, águas superficiais, águas

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ABNT NBR 15515-2:2023

da zona não saturada (solução do solo), ar do solo e ar ambiente (interno e externo). Na investigação
confirmatória, o mais comum é a coleta de amostras de solo e de água subterrânea.

A investigação dos casos de contaminação associada a compostos orgânicos pode incluir a investigação
de vapores no solo em determinadas situações específicas.

6.3.3 Caracterização de propriedades físicas

Para a elaboração do modelo conceitual da investigação confirmatória, conforme descrito em 6.5,


os dados referentes às propriedades físicas do meio são coletados durante a realização das
investigações, em escala e quantidade apropriada para identificar características pertinentes à fase
da investigação confirmatória.

A descrição litológica pode ser preliminarmente realizada em campo pela descrição táctil-
visual do solo com posterior detalhamento a partir de caracterizações de suas propriedades
físicas. As unidades hidroestratigráficas que controlam o fluxo e o armazenamento
de compostos são determinadas por meio de testes e ferramentas qualitativos e/ou quantitativos
de suas propriedades hidrogeológicas e hidrodinâmicas.

6.3.4 Distribuição dos pontos de amostragem

A distribuição dos pontos de amostragem é função do modelo conceitual elaborado conforme descrito
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em 6.1 e 6.2 e na ABNT NBR 15515-1:2021, 6.5.

Na etapa de investigação confirmatória, a distribuição espacial das substâncias de interesse deve


ser considerada tanto no sentido horizontal quanto no vertical. A coleta de amostras dos meios
deve ser orientada de acordo com o modelo conceitual, em que se espera a ocorrência das maiores
concentrações das substâncias de interesse. A distribuição dos pontos de coleta deve ser condicionada
à localização de cada uma das fontes suspeitas ou de locais relevantes com suspeita de que tenham
sido identificados na avaliação preliminar.

Caso o modelo conceitual da avaliação preliminar ou dos trabalhos pretéritos realizados na área não
tragam informações suficientes para identificação das prováveis zonas com maiores concentrações
esperadas, podem ser utilizadas ferramentas de resposta rápida, para avaliação dos mecanismos
de liberação, hidroestratigrafia, vias de transporte e outras características pertinentes ao objetivo
da investigação confirmatória.

A ocorrência da distribuição de maiores concentrações de substâncias pode ser identificada por


varredura, utilizando-se as ferramentas de resposta rápida apresentadas na Tabela 1.

Em relação às características do solo, devem ser coletadas amostras representativas deste meio
com base no conhecimento de informações consistentes sobre a localização de cada fonte suspeita
ou de locais relevantes com suspeita de contaminação, e dos mecanismos de liberação dos
contaminantes (como vazamentos, emissões atmosféricas, infiltração ou outros). Para serem
representativas, as amostras de solo devem ser coletadas no local mais próximo possível de onde
ocorreu a liberação dos contaminantes, em relação à baixa mobilidade lateral destes neste meio.

Em relação à amostragem de água subterrânea, devem ser coletadas amostras representativas


de cada fonte suspeita ou locais relevantes com suspeita, em pontos próximos e locados imediatamente
a jusante a essas fontes.
NOTA Poços de monitoramento definitivos ou provisórios podem ser utilizados para a coleta de águas
subterrâneas, desde que instalados de acordo com a ABNT NBR 15495 (todas as partes).

Caso os resultados da aplicação das ferramentas de resposta rápida não tenham sido suficientes
para individualização de fontes suspeitas e/ou se a fonte tiver característica difusa, a distribuição dos

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pontos de coleta de solo deve ser realizada de forma sistemática, por meio da aplicação de uma malha
por toda a área. O tipo e o espaçamento selecionados da sistematização devem ser tecnicamente
justificados.

A probabilidade de detecção da contaminação pode ser estimada por procedimentos estatísticos, com
base no tamanho da área suspeita.

A quantidade de pontos de amostragem deve ser suficiente, a critério do profissional qualificado


e/ou de acordo com procedimentos legais vigentes, para avaliar a existência ou não de contaminação
na área, em todas as fontes suspeitas e locais relevantes com suspeita de contaminação.

6.3.5 Profundidade de amostragem

A profundidade de investigação ou de coleta de amostras é determinada com fundamento no modelo


conceitual, considerando as características de cada fonte de contaminação, dos mecanismos
de liberação dos contaminantes, das características físico-químicas do contaminante, que condicionem
a sua mobilidade no meio afetado, e nas características do meio físico. As amostras devem ser coletadas
nas profundidades, onde os contaminantes apresentem a maior probabilidade de ocorrência.

Durante a realização da amostragem, podem ser utilizadas ferramentas de resposta rápida para
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identificar as anomalias, como indicativo das maiores possibilidades de ocorrência dos contaminantes
em profundidade.

Quando não existirem indicações para orientar a determinação da profundidade do ponto


de amostragem, podem-se estabelecer intervalos regulares para a coleta de solo, ou amostrar
de acordo com a variação litológica e suas relações com a ocorrência de água.

Na Tabela 3 são apresentadas orientações gerais para a determinação da profundidade de amostragem


em uma investigação confirmatória, com fundamento na identificação das fontes reais, suspeitas,
e locais relevantes com suspeição para cada meio afetado. Essa orientação, não exaustiva, tem
o objetivo de obter a profundidade de amostragem onde haveria a maior possibilidade de encontrar
a maior concentração da substância de interesse para cada fonte suspeita exemplificada na Tabela 3.
Devem-se também considerar as características físico-químicas das substâncias e o tempo estimado
decorrido desde o evento causador da suspeição de contaminação.

Deve ser salientado que, devido à complexidade do comportamento das substâncias no meio ambiente,
das características do solo e do aquífero, e das quantidades liberadas, a escolha da profundidade
adequada de amostragem deve contar com a experiência do profissional, não se limitando às orientações
fornecidas na Tabela 3.

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Tabela 3 – Orientações para determinação da profundidade de amostragem quanto ao tipo


de fonte (continua)
Mecanismo de Profundidade de
Fonte Meio amostrado
liberação amostragem
Chaminé, pilhas de Emissão Topo do solo 0 cm a 5 cma
resíduos ou similar atmosférica de superficial
particulados
Tubulação e Vazamento, com Solo subsuperficial Com base na profundidade
armazenamento infiltração em dos tanques/linhas de
subterrâneo subsuperfície transporte, profundidade
da água subterrânea e
aplicação de ferramentas
de resposta rápida
Água subterrânea Em função da profundidade
da fonte primária/secundária
e na porção superior do
aquífero superficial, caso
o poço de monitoramento
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esteja instalado junto ou


próximo (jusante) da fonte
primáriab
Armazenamento e Vazamento com Solo superficial 0 m a 1 m (exceto para
tubulação aérea infiltração substâncias voláteis)c

Solo subsuperficial Em função da evidência


visual ou aplicação de
ferramenta de resposta rápida
Água subterrânea Superfície do primeiro
aquífero, caso o poço
de monitoramento esteja
instalado junto ou próximo
(jusante) da fonte primáriab
Unidade produtiva/ Vazamento e Solo superficial Coleta de 0 m a 1m;
manutenção/ derramamento ferramentas de resposta
utilidades/serviços seguidos de rápida podem ser aplicadas
infiltração Solo subsuperficial Em função da aplicação
de ferramentas de resposta
rápida ou evidência visual
Água subterrânea Superfície do primeiro
aquífero, caso o poço
de monitoramento esteja
instalado junto ou próximo
(jusante) da fonte primáriab

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ABNT NBR 15515-2:2023

Tabela 3 (conclusão)
Mecanismo de Profundidade de
Fonte Meio amostrado
liberação amostragem
Tratamento de Vazamentos e Solo superficial Coleta de 0 m a 1 m (exceto
resíduos e efluentes, derramamentos, para substâncias voláteis)
áreas de disposição com infiltração no Solo subsuperficial Em função de aplicação de
de resíduos ou solo e lixiviação ferramentas de resposta rápida
similar
Água subterrânea Superfície do primeiro
aquífero, caso o poço
de monitoramento esteja
instalado junto ou próximo
(jusante) da fonte primáriab
a Abaixo da cobertura vegetal, se houver.
b Em função do modelo conceitual, se houver suspeita de fluxo subterrâneo predominantemente vertical,
considerar este fato na determinação do ponto e da profundidade de amostragem.
c Coletar amostra referente ao maior valor obtido no perfil vertical por ferramenta de resposta rápida.
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6.3.6 Determinação das substâncias químicas de interesse a serem analisadas

As substâncias químicas de interesse a serem analisadas devem ser escolhidas a partir das informações
relativas aos contaminantes que podem ocorrer ou que ocorrem na área, determinados com base
na etapa de avaliação preliminar.

Devem ser selecionadas as substâncias químicas de interesse que possuam valores orientadores1
determinados ou valores de referência internacionalmente reconhecidos, com o objetivo de permitir
a interpretação dos resultados. Entretanto, em caso de substâncias emergentes ou de alta toxicidade,
deve ser avaliada a inclusão dessas substâncias no rol analítico, mesmo que não haja valores
de referências nacionais ou internacionais reconhecidos.

Caso existam incertezas relacionadas às substâncias manuseadas ou dispostas no local, deve-se


optar por um escopo analítico amplo, que inclua substâncias voláteis, semivoláteis, hidrocarbonetos
derivados de petróleo, pesticidas, metais ou outros que forem considerados pertinentes.

6.3.7 Determinação do número de campanhas de amostragem

Na etapa de investigação confirmatória, normalmente uma única campanha de amostragem é realizada.


Excepcionalmente, outras campanhas podem ser necessárias para a confirmação dos resultados
ou para complementar a campanha anterior.

6.3.8 Realização de análises químicas

6.3.8.1 A manutenção de registros de campo, de forma organizada e detalhada, permite rastrear


eventuais problemas que possam ser identificados nos resultados analíticos.

6.3.8.2 A cadeia de custódia é o documento que registra o caminho da amostra desde a coleta
até o momento da análise, indicando os responsáveis neste trâmite de fundamental importância
na rastreabilidade da amostra. Este documento deve ser corretamente preenchido, a partir da coleta
com as datas e assinaturas das pessoas que tiveram a custódia daquelas amostras. Uma via do documento
original deve acompanhar os laudos analíticos. Na cadeia de custódia devem constar no mínimo
as seguintes informações:

a) nome e endereço da área;

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b) organização responsável pela coleta;

c) nome, função e assinatura do técnico responsável pela coleta e custódia da amostra até a entrega
ao laboratório;

d) nome, função e assinatura do técnico responsável pelo recebimento das amostras no laboratório;

e) identificação da amostra, profundidade de amostragem e tipo (simples, composta ou multi-incremento);

f) identificação da matriz a ser analisada;

g) identificação das análises químicas a serem realizadas;

h) quantidade e tipo de frascos utilizados por amostra;

i) especificação dos conservantes eventualmente utilizados;

j) data e horário de amostragem;

k) data e horário de entrega ao laboratório;

l) prazo de processamento (normal ou expresso);


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m) integridade dos frascos e temperatura de chegada ao laboratório.

6.3.8.3 O pré-tratamento de amostras, quando necessário, pode contemplar quarteamento, filtração


e preservação. Este procedimento faz parte do sistema de garantia da qualidade e deve ser previsto
no plano de amostragem, quando se aplicar, e ser conduzido no campo no momento da coleta
de amostra, visando minimizar alterações.

6.3.8.4 A remessa das amostras deve atender aos prazos aceitáveis de estocagem e análise das
amostras, de acordo com o tipo de matriz, substância química de interesse e método analítico escolhido,
de modo a minimizar problemas associados à preservação das características das amostras.

6.3.8.5 Amostras de controle de qualidade devem ser utilizadas para validar os resultados das
amostras. As amostras podem ser tanto preparadas em campo como em laboratório. São exemplos
de amostras de controle de qualidade:

a) branco de equipamento de amostragem:

— amostra coletada da lavagem do equipamento de amostragem (último enxágue com água);

b) branco de campo:

— frasco contendo água destilada, deionizada ou mineral submetida à exposição ao ambiente


durante um período de amostragem. A escolha do tipo de água deve permitir a conclusão
quanto à não interferência do ambiente de amostragem;

c) branco de temperatura:

— frasco contendo água fornecida pelo laboratório para avaliar se as amostras foram
devidamente resfriadas;

d) branco de viagem:

— frasco contendo água destilada, deionizada ou mineral, transportada do laboratório até o local
de amostragem e transportada de volta à origem sem ter sido exposta aos procedimentos
de amostragem para análise de VOC;

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e) replicatas:

— a mesma amostra de água é duplicada e identificada sem que o laboratório saiba. A replicata
tem a função de avaliar a precisão dos resultados do laboratório ou entre laboratórios, e não
se aplica à amostragem de solo.

6.3.8.6 O plano de amostragem deve descrever a frequência de preparação de brancos de campo,


equipamento e viagem para os diferentes tipos de matriz (solo e água), bem como deve indicar que
as análises sejam realizadas em laboratório que atenda às metodologias analíticas das substâncias
químicas de interesse ou que atenda às condições mínimas observadas em 6.3.7.7. A quantidade
de cada tipo de branco de amostragem deve ser determinada em função dos objetivos do trabalho,
do modelo conceitual, do julgamento do profissional habilitado e das normas específicas de qualidade
de amostragem.

6.3.8.7 Nos laudos deve ser observado no mínimo o seguinte:

a) nome (da organização ou do responsável) e endereço da área;

b) data e horário da coleta;


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c) data da entrada no laboratório;

d) data de preparação e extração, quando aplicável;

e) data de análise;

f) identificação e assinatura do responsável técnico pela análise;

g) limites de quantificação – o laboratório deve reportar o limite de quantificação da amostra para


cada uma das substâncias químicas de interesse analisadas;

h) resultados de brancos do método, ensaio de adição, traçadores e os respectivos intervalos


de controle de qualidade;

i) método de preparação e analítico – o laudo deve expressar o método de análise e o método


de preparação aplicado, se for o caso. Em caso de variações na utilização de um método
consagrado, estas devem ser descritas e validadas;

j) diluição e fator utilizado, se houver;

k) no caso de amostra de solo, informação se a análise foi conduzida na base úmida ou seca e,
neste último caso, o teor de umidade da amostra;

l) incertezas de medição para cada parâmetro, cujo resultado esteja próximo (± 20 %) ao valor
de intervenção do Conama ou outro valor estabelecido pelo órgão ambiental competente;

m) cromatogramas;

n) outros documentos, como cartas-controle, resultados obtidos em ensaios de proficiência


e de validação, que podem ser solicitados a qualquer tempo pelo órgão ambiental competente.

6.3.8.8 Recomenda-se que seja adotado o método analítico que propicie um limite de quantificação
menor do que o valor de intervenção do analito.

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6.3.8.9 Nos casos em que os limites de quantificação da amostra forem superiores ao valor
de intervenção em função do fator de diluição ou interferência de matriz, o laboratório deve apresentar
a devida justificativa.

6.4 Interpretações dos resultados

Os resultados analíticos obtidos devem ser comparados aos valores orientadores1 de intervenção
do órgão ambiental competente ou aos valores do Conama. Caso esses resultados analíticos estejam
acima desses valores orientadores de intervenção, considerando-se a incerteza da medição (ver 6.3.7),
a área em questão pode ser classificada conforme os critérios do órgão ambiental competente.

Na ausência de valores orientadores nacionais, subsidiariamente, como referência, podem ser


adotados valores orientadores determinados em outros países, que sejam reconhecidos e aceitos
pelos órgãos ambientais competentes.

Devem ser elaboradas ilustrações em escala compatível, mostrando a localização dos pontos
de amostragem, além da representação dos resultados analíticos, que podem ser apresentados,
por exemplo, em tabelas ou mapas.

Caso a interpretação dos resultados confirme a contaminação da área, deve ser elaborado um plano
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de ações das etapas posteriores, de acordo com a legislação específica vigente. Se não houver
confirmação, devem ser apresentadas recomendações pertinentes ao caso, como o monitoramento
ou encerramento. Quando constatado perigo ou risco iminente, o órgão ambiental competente deve
ser comunicado, bem como devem ser adotadas as ações de emergência necessárias para resguardar
os receptores de risco e demais bens a serem protegidos.

6.5 Modelo conceitual da investigação confirmatória

O modelo conceitual da área em estudo é atualizado e validado com as informações obtidas


na investigação confirmatória, conforme a ABNT NBR 16210, de modo que os resultados dessa etapa
sejam utilizados para atualizar e complementar o modelo conceitual da avaliação preliminar, gerando
uma nova versão, que deve ser a base para o planejamento e realização das etapas seguintes.

As informações obtidas na investigação confirmatória que podem ser utilizadas para atualizar o modelo
conceitual geralmente são:

a) nível de água dos poços de monitoramento;

b) sentido e velocidade de fluxo;

c) distribuição das litologias;

d) concentração e distribuição da contaminação nos meios afetados;

e) mecanismos de liberação identificados;

f) meios de transporte;

g) vias de exposição existentes;

h) receptores potenciais e reais identificados.

O modelo pode ser apresentado em forma escrita, tabulada, gráfica ou uma combinação dessas.

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6.6 Relatório técnico

6.6.1 O relatório técnico da investigação confirmatória deve concluir sobre a existência ou não
de contaminação na área investigada, devendo contemplar no mínimo o seguinte:

a) resumo executivo;

b) introdução;

c) histórico;

d) objetivo e escopo;

e) limitações da metodologia adotada;

f) localização da área;

g) contexto geográfico:

h) uso e ocupação do solo;


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i) contexto geológico e hidrogeológico;

j) plano de amostragem;

k) descrição das atividades realizadas (sondagens, poços, amostragem, ensaios e análises)


e metodologias aplicadas;

l) apresentação e discussão de informações obtidas e resultados de análises e ensaios


(mapa potenciométrico, tabelas e figuras de resultados);

m) modelo conceitual atualizado;

n) discussão de incertezas;

o) conclusões e recomendações;

p) ações necessárias para gerenciamento de risco ou monitoramento;

q) referências técnicas e bibliográficas;

r) qualificação e assinatura do profissional responsável.

NOTA A qualificação compreende o nome, cargo, profissão e número de registro no conselho pertinente.

6.6.2 Devem ser anexados os seguintes documentos:

a) planta da área, indicando no mínimo a localização das atividades realizadas, as fontes investigadas,
as edificações existentes e os bens a serem protegidos;

b) registro fotográfico da investigação;

c) boletins de sondagens de solo e perfis litológicos-construtivos de poços de monitoramento;

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d) levantamento topográfico de pontos de amostragem, sondagens e poços de monitoramento;

e) boletins de amostragem de solo, águas subterrâneas ou demais meios amostrados;

f) laudos analíticos com cadeia de custódia;

g) certificados de calibração dos instrumentos de medição em campo;

h) anotação de responsabilidade técnica (ART) e, quando exigido, declaração de responsabilidade.


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ABNT NBR 15515-2:2023

Bibliografia

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de Diretoria DD 125/2021-E de 09 de dezembro de 2021. [Dispõe sobre a aprovação
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https://cetesb.sp.gov.br/wp-content/uploads/2021/12/DD-125-2021-E-Atualizacao-dos-Valores-
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