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BRASILEIRA 15515-1
Segunda edição
08.10.2021
Número de referência
ABNT NBR 15515-1:2021
29 páginas
© ABNT 2021
ABNT NBR 15515-1:2021
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reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Uso e limitações..................................................................................................................3
5 Etapas da avaliação de passivo ambiental em solo e água subterrânea......................3
6 Avaliação preliminar...........................................................................................................4
6.1 Geral.....................................................................................................................................4
6.2 Levantamento de dados.....................................................................................................5
6.2.1 Geral.....................................................................................................................................5
6.2.2 Levantamento histórico......................................................................................................5
6.2.3 Estudo do meio físico.........................................................................................................6
6.3 Inspeção de reconhecimento da área...............................................................................6
6.3.1 Geral.....................................................................................................................................6
6.3.2 Identificação da área...........................................................................................................7
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Figuras
Figura 1 – Fluxograma das etapas da avaliação de passivo ambiental..........................................4
Figura 2 – Fluxograma para avaliação preliminar.............................................................................5
Tabelas
Tabela A.1 – Fontes, tipos de informações e documentos............................................................20
Tabela B.1 – Fontes potenciais de contaminação...........................................................................22
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
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Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 15515-1 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de de Avaliação da Qualidade
do Solo e da Água para Levantamento de Passivo Ambiental e Avaliação de Risco à Saúde Humana
(ABNT/CEE-068). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 07,
de 29.07.2021 a 30.08.2021.
A ABNT NBR 15515-1:2021 cancela e substitui a ABNT NBR 15515-1:2007, a qual foi tecnicamente
revisada.
A ABNT NBR 15515, sob o título geral “Passivo ambiental em solo e água subterrânea”, tem previsão
de conter as seguintes partes:
Scope
This Part of ABNT NBR 15515 establishes the minimum procedures for preliminary assessment of
environmental passive in order to identify signs of soil and groundwater contamination.
NOTE For the purposes of applying this Standard, the preliminary assessment report is an initial step in
assessing environmental passive.
This Part of ABNT NBR 15515 does not apply to preliminary assessment in areas containing radioactive
substances.
1 Escopo
1.1 Esta Parte da ABNT NBR 15515 estabelece os procedimentos para avaliação preliminar de
passivo ambiental, visando a identificação de indícios de contaminação de solo e água subterrânea.
NOTA Para os efeitos de aplicação desta Parte da ABNT NBR 15515, o relatório de avaliação preliminar
é uma etapa inicial na avaliação de passivo ambiental.
1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15515 pode ser aplicada em relações de interesse privado ou público.
1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15515 não se aplica à avaliação preliminar em áreas que contenham
substâncias radioativas.
2 Referência normativa
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O documento a seguir é citado no texto de tal forma que seus conteúdo, total ou parcial, constitui requisitos
para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências
não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
área contaminada
AC
área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria que contenha quantidades ou concentrações
de matéria em condições que causem ou possam causar danos à saúde humana, ao meio ambiente
ou a outro bem a proteger
3.2
área com potencial de contaminação
AP
área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria onde são ou foram desenvolvidas atividades
que, por suas características, podem acumular quantidades ou concentrações de matéria em condições
que a tornem contaminada
3.3
área suspeita de contaminação
AS
área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria com indícios de ser uma área contaminada,
conforme resultado da avaliação preliminar
3.4
avaliação preliminar
avaliação inicial, realizada com base nas informações históricas disponíveis e inspeção do local, com
o objetivo principal de encontrar evidências, indícios ou fatos que permitam suspeitar da existência de
contaminação na área
3.5
bens a proteger
bens que precisam ser protegidos, como a saúde e o bem-estar da população; a fauna e a flora;
a qualidade do solo, das águas e do ar; os interesses de proteção à natureza e paisagem; a infraestrutura
da ordenação territorial e planejamento regional e urbano; a segurança e a ordem pública
3.6
contaminação
presença de substância(s) química(s) no água, solo ou ar do solo, decorrentes de atividades antrópicas,
em concentrações superiores aos limites estabelecidos pela legislação vigente sobre gerenciamento
de áreas contaminadas
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3.7
contaminante
substâncias químicas ou organismos patogênicos que, introduzidos no meio, podem afetar a saúde
humana e o meio ambiente
3.8
fonte potencial de contaminação
instalação ou material a partir dos quais os contaminantes podem ser liberados para o ambiente, mas
cuja liberação ainda pode não ser associada a um meio físico
3.9
fonte primária de contaminação
instalação ou material a partir dos quais os contaminantes se originam e foram ou estão sendo liberados
para o meio físico
3.10
investigação confirmatória
etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas que tem como objetivo principal confirmar
ou não a existência de contaminantes em concentrações acima dos valores de intervenção estabelecidos
pelo órgão ambiental competente
3.11
investigação detalhada
etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas que consiste na avaliação detalhada
das características da fonte de contaminação e dos meios afetados, determinando os tipos de
contaminantes presentes e as suas concentrações, bem como a área e o volume das plumas de
contaminação, e a sua dinâmica de propagação
3.12
modelo conceitual
relato escrito, acompanhado de representação gráfica, dos processos associados ao transporte das
substâncias químicas de interesse na área investigada, desde as fontes potenciais, primárias e secundárias
de contaminação até os potenciais ou efetivos receptores
3.13
passivo ambiental
presença de quaisquer substâncias em uma propriedade, que representem potenciais danos à saúde
humana e ao meio ambiente: devido a qualquer liberação no ambiente; em condições indicativas de
liberação para o meio ambiente; ou sob condições que representem uma ameaça material de uma
futura liberação para o meio ambiente
3.14
remediação de áreas contaminadas
uma das ações de intervenção para reabilitação de área contaminada, que consiste na aplicação de
técnicas, visando a remoção, contenção ou redução de massa de contaminantes, com o objetivo de
atingir um risco tolerável, para o uso declarado ou futuro da área
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4 Uso e limitações
Na avaliação da pertinência das informações obtidas durante a condução de avaliação preliminar, o
profissional deve se pautar pela cautela e razoabilidade no julgamento da potencialidade de contaminação.
A avaliação preliminar pode não esgotar as possibilidades de encontrar todas as fontes potenciais de
contaminação, mas aumenta as possibilidades de identificá-las.
A avaliação preliminar deve ser executada por profissional habilitado, cuja responsabilidade seja limitada
pela disponibilidade das informações de interesse à época e nas circunstâncias em que tenha sido
realizada e pela acessibilidade relativa no meio físico a ser avaliado, no caso, o subsolo. Assim sendo,
o profissional deve sempre adotar os devidos meios e recursos disponíveis para atingir o melhor resultado
possível.
A avaliação preliminar é baseada em meios e técnicas utilizados à época de sua realização. O surgimento
de fatos novos ou anteriormente desconhecidos, o desenvolvimento tecnológico e outros fatores não
podem ser utilizados para a sua desqualificação.
Há potencial de Encerra
contaminação? Não
Sim
Avaliação preliminar
Há suspeita de Encerra
contaminação? Não
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Sim
Investigação confirmatória
A área está
Encerra
contaminada? Não
Sim
Investigação detalhada
6 Avaliação preliminar
6.1 Geral
A avaliação de passivo ambiental tem como etapa inicial uma avaliação preliminar que identifique
a possível existência de contaminação na área.
a) levantamento de dados:
c) modelo conceitual;
Levantamento de Inspeção de
dados reconhecimento
da área
Modelo conceitual
Relatório de avaliação
preliminar
6.2.1 Geral
O levantamento histórico requer o registro dos dados disponíveis sobre as atividades ocorridas na
área em estudo e arredores, sendo considerado uma tarefa interdisciplinar, exigindo conhecimento
histórico-social, urbanístico, administrativo, além de conhecimentos sobre processos industriais, substâncias
químicas e meio ambiente em geral.
Várias fontes de informação podem ser consultadas para a execução do levantamento histórico.
O Anexo A relaciona as informações que podem ser utilizadas para a realização da avaliação e elenca
os órgãos ou entidades que podem dispor dessas informações. Recomenda-se a busca e consulta
às fontes de informações adicionais.
Algumas das fontes de informações (ver Anexo A) podem, inclusive, dispor de laudos de análises que
possibilitem a tomada de decisão quanto à existência de contaminação na área.
Quando disponível, devem ser interpretadas uma foto ou imagem aérea por década a partir da data de
início do uso e ocupação na área avaliada, e uma foto anterior ao início das atividades. Na hipótese
de o acervo aerofotogramétrico não estar disponível para parte do período em avaliação, essa
indisponibilidade precisa ser registrada no relatório.
A interpretação de fotos e imagens aéreas possibilita a reconstrução, ainda que parcial, do histórico
de uso e ocupação na área avaliada. Deve ser demonstrado o período provável em que ocorreram
alterações de uso e ocupação, edificações, retificação de terreno, construções, escavações, movimentações
a céu aberto e outros, por meio das feições observáveis em fotos e imagens aéreas. No entorno da
área avaliada, devem ser observados o uso e a ocupação dos terrenos, bens a proteger, sistemas
de drenagem, atividades que possam ser fontes potenciais de contaminação e outras informações
consideradas relevantes.
O estudo do meio físico objetiva principalmente determinar as vias potenciais de transporte dos
contaminantes e a localização e caracterização de bens a proteger que possam ser atingidos. Desta
forma, podem ser coletados dados geológicos, hidrogeológicos, hidrológicos, geomorfológicos e
meteorológicos, que podem ser obtidos junto aos órgãos de controle e planejamento ambiental,
universidades, institutos de pesquisa (geológico e agronômico, entre outros), empresas de abastecimento
de água, empresas perfuradoras de poços etc., conforme indicado no Anexo A.
6.3.1 Geral
Durante a inspeção de reconhecimento, a área deve ser vistoriada detalhadamente. Atenção especial
deve ser dada à realização de entrevistas com pessoas detentoras de conhecimento sobre o local,
principalmente sobre o passado.
Os profissionais designados para a execução desta inspeção devem possuir formação adequada para
estarem aptos a buscar e interpretar tais informações.
Na entrevista realizada com pessoas que estejam ou que estiveram ligadas à área em questão, como
proprietários, funcionários atuais ou antigos, e moradores do entorno, as seguintes informações podem
ser obtidas:
b) acidentes ocorridos;
c) paralisação do funcionamento;
e) reclamações da população;
Durante a inspeção deve-se atentar para a possibilidade da existência de risco de incêndio e explosão,
ou de riscos iminentes aos bens a proteger, que impliquem a adoção de medidas emergenciais.
6.3.2.1 Geral
Deve ser informado no relatório a qualificação dos proprietários da área em avaliação ou do responsável
legal pela área.
A área deve ser localizada em função de aspectos geográficos e indicada em representações gráficas.
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Deve ser informado o sistema de coordenadas da projeção Universal Transversa de Mercator (UTM),
tomadas a partir do centro aproximado da área. Para tanto, devem ser utilizados mapas-base e/ou
Sistema de Posicionamento Global (GPS). Recomenda-se utilizar o SIRGAS 2000 como referência
de geolocalização.
As situações relacionadas a seguir podem ser utilizadas como orientação para o reconhecimento da área:
— se a área permanecer sem outro uso, deve ser indicada a razão social da antiga empresa;
6.3.3.2 Informar no relatório os nomes dos técnicos e da entidade responsável pela realização da
inspeção de reconhecimento, assim como os respectivos registros técnicos, telefone de contato e endereço
eletrônico.
6.3.3.3 Citar no relatório o nome da pessoa responsável e da entidade responsável pelo acompanhamento
da inspeção e sua função.
6.3.3.4 Indicar no relatório o número de pessoas que trabalham no local sob avaliação.
6.3.3.5 Informar no relatório se a área avaliada está em atividade ou não. No caso de estar em atividade,
indicar a data de início de seu funcionamento.
6.3.3.8 A área inspecionada total corresponde aos limites da propriedade. Durante a inspeção é
realizado o reconhecimento do entorno em um raio de 250 m dos limites da área avaliada.
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6.3.3.9 A área inspecionada total, no caso das áreas desativadas, corresponde aos limites da
propriedade onde esta área foi desenvolvida. Esses limites podem ser obtidos por meio do estudo
histórico realizado na etapa inicial da avaliação preliminar.
6.3.3.10 As áreas consideradas suspeitas são indicadas conforme a sua denominação operacional
ou funcional.
f) estresse de vegetação.
6.3.3.12 Deve ser registrado no relatório o período em que se desencadeou o aspecto ambiental
relevante, considerando a frequência e a intensidade de ocorrência desse aspecto.
6.4.1 Geral
Na identificação de fonte suspeita de contaminação, devem ser observadas as condições atuais e históricas
das fontes potenciais de contaminação que possam ser caracterizadas como suspeitas.
b) produção, operação e manutenção: áreas onde são operados equipamentos e SQI com potencial
de causar contaminação;
d) tratamento de efluentes: locais onde há registro de processo de tratamento dos efluentes gerados
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na área;
f) rede de tubulação subterrânea: todas as tubulações e caixas subterrâneas, ativas ou não, situadas
na propriedade, que conduzam insumos, produtos e efluentes que contenham SQI com potencial
e em condições de causar contaminação;
g) rede de tubulação aérea: todas as tubulações aéreas, ativas ou não, que tenham evidências de
vazamentos, situadas na propriedade, que conduzam insumos, produtos e efluentes que contenham
SQI com potencial e em condições de causar contaminação;
i) subestação de energia elétrica: áreas onde as fontes de contaminação estão associadas aos
transformadores de energia elétrica e capacitores;
Entre as fontes potenciais de contaminação de uma área avaliada, serão determinadas as áreas
suspeitas indicadas para investigação confirmatória.
Listar os tipos de resíduos sólidos gerados atualmente na área avaliada, a quantidade gerada mensal
e anualmente, a unidade de massa ou volume, sua forma, local e condição de armazenamento,
tratamento e descrição da destinação final.
Listar os tipos de efluentes líquidos gerados atualmente na área avaliada, a quantidade gerada mensal
e anualmente, sua forma, local e condição de armazenamento, tratamento e descrição do lançamento.
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Indicar o destino dos efluentes líquidos provenientes da área avaliada entre as seguintes opções:
a) água superficial: quando os efluentes líquidos são ou foram lançados diretamente nos corpos
d’água superficiais;
b) infiltração no solo: quando os efluentes gerados são ou foram infiltrados diretamente no solo por
meio de diferentes procedimentos, como irrigação, sumidouros, fossas sépticas, landfarming etc.;
c) infiltração em poços: quando os efluentes líquidos são ou foram coletados e infiltrados em poços
de absorção;
e) rede de efluentes líquidos: quando os efluentes líquidos são ou foram lançados em rede coletora
do concessionário de serviço público;
Apesar de água pluvial não ser efluente líquido, a observação de rede pluvial é relevante devido
à possibilidade de efluente sanitário ou industrial ser ou ter sido lançado na rede pluvial.
Deve ser identificado o sistema de tratamento dos efluentes líquidos ou a sua inexistência. As opções
de tratamento são exemplificadas no Anexo B.
Devem ser indicadas as condições da superfície do piso na área avaliada. Estas condições devem
ser consideradas adequadas, quando a respectiva superfície estiver impermeabilizada e quando não
forem observadas irregularidades que favoreçam a infiltração de quaisquer líquidos derramados ou
vazados na superfície.
b) solo e cimento: quando o acabamento do local de disposição é feito por meio de pavimentação,
utilizando-se a mistura de solo e cimento;
c) pavimentação com asfalto ou concreto: quando o acabamento do local de disposição é feito por
pavimentação, utilizando-se asfalto ou concreto;
e) outros: especificar o tipo de revestimento, como, por exemplo, epóxi, cerâmica, entre outros;
A frequência de manutenção e reforma do piso deve ser avaliada visando identificar os períodos de
exposição do solo, integridade deficiente ou ausência de revestimento.
Na inspeção da área deve ser observada a condição de conservação do piso, sendo recomendada
a constatação de presença de rachaduras, fissuras, manchas, desgastes, erosão e corrosão.
As juntas de piso podem ser caminhos preferenciais de infiltração e também devem ser observadas.
Verificar a existência de vazamentos e/ou infiltrações de produtos, insumos ou resíduos sólidos, indicando
os locais onde estes foram observados, conforme a seguir:
e) estação de tratamento de efluentes (ETE): deve ser observado se há vazamentos e/ou infiltrações
nas áreas de tratamento de efluentes, especialmente em virtude da ausência de impermeabilização
ou da existência de rachaduras nos componentes do sistema;
f) áreas de tratamento e/ou armazenamento de resíduos sólidos: deve ser observado se há vazamentos
e/ou infiltrações nas áreas de armazenamento ou tratamento de resíduos sólidos;
g) área de combate a incêndio: devem ser verificadas as áreas onde há ou houve combate ou rotina
de treinamento a incêndio;
h) existência desconhecida: quando a identificação de vazamentos e/ou de infiltrações não for possível,
como nos casos de áreas industriais e/ou comerciais desativadas;
i) outros: deve ser observada se há a ocorrência de vazamentos e/ou de infiltrações em áreas e/ou
em equipamentos diferentes daqueles relacionados nas alíneas anteriores. Neste caso, deve-se
especificar o local onde foi constatada a ocorrência.
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Quando não houver identificação de vazamentos ou infiltrações nas áreas avaliadas, tal condição deve
ser expressa no relatório.
6.4.7.1 Geral
Devem ser identificados dados que caracterizem a área em estudo e as suas adjacências.
h) metais;
j) fenóis;
k) pesticidas;
l) ftalatos;
m) dioxinas e furanos;
n) outros.
Especificar a ocupação do solo e os bens a proteger no entorno, considerando um raio de 250 m dos
limites da área avaliada, como as seguintes opções:
— zona ferroviária;
— zona viária;
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— estacionamento;
— aeroporto;
— porto;
— área militar;
— área comercial;
— área industrial;
— mineração;
— cemitério;
— hortas;
— área de pecuária;
— área agrícola;
— mata natural;
— poço para abastecimento público, abastecimento domiciliar ou abastecimento industrial e/ou comercial;
— outros.
Registrar o tipo de uso da área avaliada, reportando a atividade como atual ou pretérita:
a) área industrial;
b) área comercial;
c) área de serviços;
e) área residencial;
i) sem atividade;
j) outros.
Registrar aspectos topográficos que possam ser associados à maior relevância de potencial de
contaminação, como voçorocas, corte e aterro, cava ou outro tipo de modificação do relevo original.
Condições naturais, como presença de manguezais, várzeas, áreas de solos permeáveis, áreas de
recargas, feições cársticas e outras, devem ser consideradas de relevância potencial na inspeção realizada.
Informar o tipo de solo ou litologia na(s) área(s) potencial(is), com base em observações realizadas
durante a avaliação preliminar ou por meio de registros existentes contendo resultados de sondagens,
perfuração de poços ou análises granulométricas.
Indicar o contexto hidrogeológico regional presente na área em questão e adjacências, sua vulnerabilidade
relativa e uma descrição sucinta da geologia da área, com base em mapas geológicos e hidrogelógicos
regionais e observações de campo.
Com fundamento nas informações obtidas, devem ser indicados os tipos de aquíferos que ocorrem
no local, como granular, fissurado ou cárstico, quando em relação à forma de armazenamento e como
livre, confinado ou semiconfinado, quando em relação ao diferencial de pressão.
Com fundamento no gradiente topográfico regional, deve ser indicado o sentido esperado de fluxo
subterrâneo na área avaliada. Áreas de recarga e descarga podem ser registradas quando houver
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informação suficiente.
Registrar a existência de processos erosivos na área avaliada, como laminar, sulcos e voçorocas.
Quando houver histórico de avaliações ambientais anteriores que contemplem coleta e análise de
amostra de solo e água subterrânea, cujos resultados de concentrações de substâncias químicas de
interesse sejam superiores a um valor de referência vigente na região, no país ou, na ausência desse,
seja um valor internacionalmente aceito, indicando a existência de um risco potencial à segurança,
à saúde humana ou ao meio ambiente, esses resultados devem ser reportados na avaliação da área,
justificando a necessidade ou não da tomada de ações complementares, visando a investigação ou
remediação de áreas contaminadas.
Na hipótese de a água subterrânea na área avaliada ou no entorno ser utilizada e estar potencialmente
ou de fato contaminada, deve ser indicado qual é o seu uso previsto.
Caso haja uso de água subterrânea de aquíferos distintos, deve ser informado o uso predominante de
cada aquífero.
Deve ser verificada a existência de contaminação potencial das águas superficiais provenientes da
área avaliada e identificado o uso dado a estas. Essa constatação pode ser realizada pela consulta de
histórico de avaliações ambientais anteriores que contemplem coleta e análise de amostras de água
superficial.
6.4.7.6.1 Geral
Devem ser indicados eventos importantes e/ou riscos comprovados que tenham sido observados
na área em questão e adjacências. Estes indicam principalmente a suspeição de propagação de
contaminantes a partir da área.
Registrar a ocorrência de acidentes e/ou eventos importantes que tenham ocorrido na área ou
adjacências, indicando a localização do evento, data ou período de ocorrência, substâncias de interesse
envolvidas, volume ou massa, área visualmente afetada, registro fotográfico e medidas emergenciais
adotadas.
Registrar a existência de informações sobre a presença de gases e/ou vapores na área avaliada e no
entorno.
A verificação dessa presença deve ser realizada por meio de consulta de informações públicas, notícias
veiculadas pelos meios de comunicação ou relatórios técnicos anteriores.
6.4.7.7.1 Geral
Devem ser informadas quais etapas relacionadas à identificação e reabilitação de passivo ambiental de
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solo e água subterrânea foram anteriormente executadas na área e suas adjacências, como avaliação
preliminar, investigação confirmatória, investigação detalhada, avaliação de risco e remediação de áreas
contaminadas.
Quando existirem estudos ambientais anteriores, deve ser elaborado cronologicamente um resumo dos
serviços executados, resultados obtidos e ações implementadas de gerenciamento do passivo ambiental.
Na hipótese de a área avaliada ser um aterro de resíduos sólidos, devem ser verificados o registro de
entrada de resíduos, a tipologia, os volumes e massas mensais, as condições de armazenamento,
as impermeabilizações inferior e superior, o tipo de drenagem, a presença, destino e tratamento de
percolado, o recobrimento operacional, entre outros aspectos.
Após serem concluídas as etapas anteriores, deve ser elaborado um modelo conceitual da área conforme
indicado na ABNT NBR 16210.
O modelo deve ser elaborado em forma de representação escrita ou gráfica, identificando os seguintes
pontos:
b) mecanismos de liberação;
— mapa em escala regional, mostrando a localização da área de estudo e o entorno, e seus acessos,
bem como a indicação dos principais bens a proteger;
— mapa em escala local, demonstrando a localização das fontes suspeitas na área avaliada, sua
denominação e receptores locais.
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a) resumo executivo;
b) introdução:
— objetivo e escopo;
c) localização da área;
e) contexto físico:
— relevo ou topografia;
— odores químicos;
— corpos de água;
g) modelo conceitual;
h) conclusões e recomendações;
i) referências;
d) registro documental (imagens e fotos aéreas, plantas baixas e de utilidades da área etc.);
Anexo A
(informativo)
A Tabela A.1 relaciona as fontes, tipos de informações e documentos que podem ser utilizados para
a realização da avaliação preliminar.
Anexo B
(informativo)
A Tabela B.1 apresenta uma relação de fontes potenciais de contaminação que podem ser encontradas
nas áreas avaliadas.
utilizados na atividade.
Atividades agropecuária Incluem as atividades Verificar o local de armazenamento e
e de silvicultura associadas à agropecuária manuseio dos defensivos agrícolas e verificar
e silvicultura com potencial o descarte das embalagens utilizadas.
de contaminação, como Investigar a existência de áreas onde possam
disposição de vinhaça, áreas ter ocorrido a aplicação de produtos, lavagem
de armazenamento e lavagem e disposição de embalagens diretamente no solo.
de embalagens utilizadas, Verificar as possíveis contaminações
manipulação e destinação decorrentes do armazenamento de combustíveis
de defensivos agrícolas; para atendimento dos equipamentos e veículos
áreas de manutenção, utilizados na atividade.
lavagem e abastecimento dos
Informar o local onde são feitas a manutenção
equipamentos e veículos.
e lavagem de peças e de equipamentos
e/ou veículos, acarretando na liberação
de substâncias químicas no ambiente.
Informar sobre a existência de sistemas
de tratamento e seu estado de conservação.
Caldeiras Identificar o tipo de caldeira, Resíduos e efluentes, como cinzas, filtros,
a presença de diques de produtos usados na retrolavagem (ácidos,
contenção, o combustível bases), produtos químicos e aditivos e condições
utilizado e seu de armazenamento destes produtos.
armazenamento, o estado
de conservação do
equipamento e tubulações,
o sistema de tratamento de
água e dispersão
de particulados no solo.
Bibliografia
[1] BRASIL. Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 04 de maio
de 2021.
[2] SÃO PAULO. Lei Estadual nº 13.577, de 08 de julho de 2009. Dispõe sobre diretrizes e
procedimentos para a proteção da qualidade do solo e gerenciamento de áreas contaminadas, e dá
outras providências correlatas. Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/
lei/2009/lei-13577-08.07.2009.html. Acesso em: 04 de maio de 2021.
[3] SÃO PAULO. Decreto Estadual nº 59.263, de 5 de junho de 2013. Regulamenta a Lei nº 13.577,
de 8 de julho de 2009, que dispõe sobre diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade
do solo e gerenciamento de áreas contaminadas, e dá providências correlatas. Disponível em:
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2013/decreto-59263-05.06.2013.html#:~:
text=Artigo%201%C2%BA%20%2D%20Este%20decreto%20regulamenta,forma%20a%20
tornar%20seguros%20seus. Acesso em: 04 de maio de 2021.
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[4] BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução Conama nº 420, de 28 de dezembro
de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de
substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas
por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Disponível em: http://www2.mma.
gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=620. Acesso em: 04 de maio de 2021.
[5] COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Guia para avaliação do potencial de
contaminação em imóveis. São Paulo: CETESB,2003. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.
br/camaras-ambientais/wp-content/uploads/sites/21/2013/12/guia_aval_pot_con_imoveis.pdf.
Acesso em: 04 de maio de 2021.