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PSV↓↓↓ S/ LCL (NSFW)

Faziam xixi. A xixa xonou no boy. O boy xaxou a xixa:


- Vá cheirar cu. Chupa-bola!
Chamou pra xinxa.
A xixa, sem bola pra chupar, ficou bolada.
Boiola chateada.
As flores todas murcharam.
Foi essa a fábula do seu primeiro amor.

O segundo, tragédia anunciada. Mas inda assim que susto, um


supetão. Pegava no batente, lotado Shopping Center, quando forças
místicas, quiçá celestiais, cantaram a bola: já vem, e veio, na forma dos
micro decibéis micro tonais tão característicos da interação pelo e pica,
cueca e saco. Sacou que vinha aí o pinto dos seus sonhos.
Quem tem tara não vê cara nem caráter. O seguiu bem cadelinha ao
banheirão. O safado, ego inflado, só mijou, chacoalhou, mostrou a tora e
foi-se embora. Mas a xixa, ela é ligeira, ela; pôde ao menos afanar-lhe um
souvenir. Aquele único pentelho preto na candura do mictório. Guardou-o
entre os dentes até o fim do expediente, e então o promoveu à talismã.
Depois o terceiro, o quarto, o quinto. Se empapuçou de tanto pinto.
Fazer o que se Deus a fez assim, sedenta. Bezerra é feita é pra mamar. E
amar. Amou um bocado. Abocanhou macho e viado.
Também manjou muito marmanjo. Explico: inexplicavelmente,
nascera assim, manja-rolas, versada nas travessuras de ver piru sem levar
coió.
Olhar de lince, apetite de pantera, audição de morcegona e elegância
de gazela; assim era ela. A certa altura, tinha chupado tanto sapo que
acreditou enfim ter encontrado o príncipe encantado. Quase. Manjou de
longe, por trás do jeans e da sacola da Zara, a gigantesca necaodara.
Pululou seu coração.
Seguiu o boy com o olhar. Foi dar no banheiro do segundo andar.
Coincidiu seu intervalo com os mandos e desmandos da bexiga do rapaz.
Onde tem bixa não tem paz. Se aproxegou bem de fininho. Ele lá, bundinha
arrebitada, despejando mijão. Deu no seu ouvido um divertido soprão.
Conquistada a atenção, ajoelhou e o encarou, o beicinho ansioso, pidão. O
ocó riu de se rachar.
- Tá tirando?
Continuou a urinar. A mona foi lavar a mão, sob o peso da rejeição.
Engoliu em seco. Nessa vida se engole tudo: de sapos a porra. Ficou
olhando-o pelo espelho segurando o pranto. Não é possível que mijasse
tanto. Até que outra baitolinha entra no recinto. Amapô sem tirar nem pôr.
O macho a vê e mostra o mastro. Em questão de segundos, a baitolinha está
no chão, deglutindo glutona a vara do varão. A bixa, a nossa, morde a
bochecha e aperta o cu.
Mas quem acha que a xixa o facho sossegou, redondamente se
enganou. Fogo no rabo só queimou. Chega dói. Voltou lá e insistiu.
Também tinha seus direitos. Onde mama um, mama dois. Pica é que não
faltava: aquele tamanho todo pra nada?
Baba mole em rola dura tanto bate até que fura. O boy, vencido pelo
cansaço, transloucado no tesão, concedeu as bolas roxas. Ela e a baitola
amontoada entre suas coxas. Trabalhavam bem em equipe. Até que o
segurança chegou e a gandaia findou. Essa festa um enterro virou. A xixa
foi xingada, agredida, vilipendiada, demitida... E sequer tomou leitinho.
Depois desse, outros ocós. Alguns mais acessíveis télinguaram seu
edi. Outros, nem aí. Impenetráveis, não quiseram penetrá-la. O jeito era
arriscar. Sem nada a perder, ousava ganhar. Ganhou muito pouco, é
verdade, tudo bem. Nós os viados acostumados a falhar.
Assim foi se fazendo forte, com as pauladas que a vida dá. E se de
pau ela já entendia, agora entende muito mais. Com pencas de estudo e
dedicação, a duras penas, dotada da resiliência dos vestibulandos de
medicina, foi lapidando o divino dom. Manjou à exaustão: rolas roliças,
nequinha, necão. Manjar rolas: arte, ofício e maldição. Maldição porque
aperfeiçoou tanto seus conhecimentos acerca da densidade e da
aerodinâmica dos tecidos e das picas por estes encobertas, que quando viu,
viu-se dotada de visão raio-X. E, venhamos e convenhamos, tem rola que é
melhor não ver.
O segredou a sete chaves, por muito tempo, para uso exclusivo de
seu próprio deleite e entretenimento. Mal sabia esta galinha que trazia nos
olhos seus ovos de ouro.
Por ocasião da eliminação de um gostoso que estava no paredão,
twittou, turva de otim, todos seus palpites em relação à jeba do ex-BBB.
Acontece que pouco tempo depois vazou uma nude, e old que a yag
adivinhou em gênero, número e grau os meandros da rolon4 do dito cujo.
Pois passaram a lhe dar moral. Incentivada por todo o Brasil, seguiu
postando na rede social. Suas previsões acuradas acerca da mala dos
famosos rebuliçou a nação. Era, é claro, talento de difícil autenticação. Mas
não raro surgiam fotos e vídeos que lhe davam razão. Os haters, armados
de teorias mirabolantes, tentavam desmascará-la, acusando-a de dar o
truque (afinal, ninguém mais desacreditada que uma gay bem estudada).
Mas nem eles lograram barrar sua vertiginosa ascensão.
Sucedeu de conhecidos evitarem sua companhia, mas só aqueles com
a piroca estranha. Uma vez uma senhorinha de Curitiba, cara de beata,
bateu na sua porta implorando por consulta. Tímida, com voz de
passarinha, mostrou-lhe um retrato caindo aos pedaços.
- Foi o amor da minha vida – justificou.
A xixa, molenga coração, não se atreveu a dizer não. Analisou,
analisou, e chegou à conclusão. Gostou nadinha do que viu. Tá pra nascer
bilau mais feio. Mas a ética trabalhista a poupava de papas na língua:
- Ai, que uó...
Da senhorinha teve dó. Enquanto inventariava os pormenores do
piruzinho (matizes de coloração da glande, raio da circunferência,
angulação exata da curvatura, o desenho das veias saltadas), a velha se
assanhava, esfregando uma perna na outra.
- Mulher, se recomponha!
Recebeu, pelo parecer, até que bastante aqué. Mas nada pagava a
satisfação quente de fazer bem à alma tão carente. Sentiu-se a verdadeira
Madre Teresa de Calcutá.

E, de pau em pau, encheu o papo. Virou youtuber de clarividência


genital. Um sucesso meteórico. Quem diria. Conhecidíssima como a noite
de Paris. Prestou atendimento personalizado à mariconas e mulheres de
negócios. Tornou-se amiga pessoal da Luiza Helena Trajano, a Magalu.
Fez fama, fortuna, publicou livros, deu entrevistas,tomou café da manhã
com a Ana Maria Braga, viveu feliz para sempre, etc.
GLOSSÁRIO PRA QUEM PEGOU O BONDE ANDANDO

Xixa -bixa
Mona -bixa
Yag– bixa; ‘gay’ de trás pra frente (essa é fácil, vai)
Xaxou – gongou, zoou, humilhou
Coió – surra, homofobia, botar pra correr
Uó– (essa vocês sabem, né? Não é possível) Coisa ruim, feia, enfim, uó.
Mala - pica
Neca – pica
Edi - cu
Odara– bafo, bafônica, grandona, maravilhosa
Ocó -- homem
Amapô- mulher
Otim – cachaça, bons drinks, bebida alcóolica
Aqué– Money, bufunfa, dim-dim

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