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Nome: Weslei Santana Damiao – TMM3M – Data 13/03/2024

Professor: Ricardo – MIND I


Zonas de transformação térmica dos materiais metálicos e estrutura cristalina
(Perlita, Ferrita, Austenita, Martensita, Estrutura cubica de corpo centrado (CCC),
Estrutura cubica de face centrada (CFC)
PERLITA: Formada por uma mistura eutetóide de duas fases, ferrita e cementita,
produzida a 723 ºC quando a composição é de 0,8 %. Sua estrutura está constituída por
lâminas alternadas de ferrita e cementita, sendo a espessura das lâminas de ferrita
superior ao das de cementita, estas últimas ficam em relevo depois do ataque com ácido
nítrico. A perlita é mais dura e resistente que a ferrita, porém mais branda e maleável
que a cementita. Apresenta-se em forma laminar, reticular e globular.
FERRITA: Este constituinte está formado por uma solução sólida de inserção de carbono
em ferro alfa. É o constituinte mais mole dos aços porém é o mais tenaz, e o mais
maleável, sua resistência a tração é de 28 daN/mm2 e alongamento de 35%. Sua
solubilidade máxima é de 0,008 %. Pode também manter em solução de substituição a
outros elementos tais como Si, P, Ni, Cr, Cu, que aparecem nos aços, bem como
impurezas como elementos de ligação. A ferrita apresenta-se nos aços como
constituinte e misturada com a cementita para formar parte da perlita. Se o aço é muito
pobre em carbono, sua estrutura está formada quase que totalmente por grãos de
ferrita cujos limites podem ser revelados facilmente com o microscópio, depois de um
ataque com ácido nítrico diluído. Os grãos são equiaxiais.
AUSTENITA: É uma solução sólida de carbono em ferro gama. Somente é estável as
temperaturas superiores a 723 ºC, desdobrando-se por reação eutetóide, a
temperaturas inferiores, em ferrita e cementita. Somente pode aparecer austenita a
temperatura ambiente nos aços austeníticos, nesse caso, a austenita é estável a
temperatura ambiente. É deformável como o ferro gama, pouco dura, apresenta grande
resistência ao desgaste, é magnética, e é o constituinte mais denso dos aços e não é
atacada por reagentes. A resistência da austenita retida à temperatura ambiente oscila
entre 80 e 100 daN/mm2 e alongamento entre 20 e 25 %. Pode dissolver até 1,7 – 1,8 %
de carbono. Apresente rede cristalográfica cúbica de face centrada.
MARTENSITA: É uma solução sólida, intersticial, supersaturada de carbono em ferro
alfa. É o constituinte estrutural da têmpera dos aços e sua microestrutura apresenta-se
na forma de agulhas cruzadas. Os átomos de ferro estão como na ferrita, nos vértices.
Os átomos de carbono estão nas faces e nas arestas, apresenta por isso uma rede
distorcida. Esta distorção da rede é a responsável pela dureza da martensita. Apresenta
uma rede tetragonal. Suas características mecânicas são resistência a tração entre 170
– 250 kg/mm2 , dureza HRC entre 50 – 60, alongamento de 0,5 % e é magnética.
ESTRUTURA CRISTALINA : O aço se compõe de um aglomerado compacto de átomos
arranjados ordenadamente, denominado estrutura cristalina. Na siderurgia, com a
oxidação do ferro-gusa, produz-se o aço no estado líquido. Na passagem do estado
líquido para o sólido, os átomos que compõem o aço vão se agrupando, à medida que a
temperatura diminui. Nesse processo de agrupamento, os átomos vão se organizando
de modo a assumir posições definidas e ordenadas, formando figuras geométricas
tridimensionais que se repetem.
A esse conjunto de átomos, que ocupam posições fixas e formam uma estrutura,
denominamos célula unitária.
Durante o processo de solidificação, as células unitárias vão se multiplicando, lado a
lado, e formam uma rede cristalina.
As células unitárias se organizam em três dimensões, apresentando um contorno de
agregado de cristais irregulares. Esses cristais recebem o nome de grãos, que são
formados por milhares de células unitárias.
Os grãos podem ser observados melhor com auxílio de um microscópio metalográfico.
A figura, abaixo, ilustra uma peça de aço de baixo teor de carbono, com a superfície
polida e atacada quimicamente ampliada muitas vezes. As regiões claras e escuras,
todas com contornos bem definidos como se fossem uma colmeia, são os grãos.
Os metais são constituídos por um aglomerado compacto de átomos, arranjados
ordenadamente, denominado estrutura cristalina. Os átomos costumam ser
representados por esferas rígidas como se fossem bolas de bilhar. Embora esta forma
de representação seja bastante simplificada, ela é adequada para explicar as
propriedades físicas e mecânicas dos metais. Os aços são ligas ferro-carbono e para
entender como os átomos de ferro e carbono formam a estrutura cristalina é preciso
antes visualizar os aglomerados de átomos de ferro (raio atômico 140 pm) e as formas
cristalinas que esse elemento pode assumir. Em temperaturas elevadas o aço apresenta
uma estrutura, denominada cúbica de face centrada – CFC, mostrada na parte superior
da figura abaixo. É formada por 8 átomos de ferro, situados nos vértices de uma célula
unitária cúbica e por 6 átomos de ferro, situados nas faces do cubo. Veja que somente
1/8 de cada átomo situado nos vértices do cubo faz efetivamente parte da célula
unitária. Da mesma forma, somente 1/2 de cada átomo situado no centro das faces fica
no interior da célula unitária. Em temperaturas mais baixas os átomos de ferro se
organizam de outra maneira formando uma estrutura cúbica de corpo centrado - CCC,
com 8 átomos nos vértices da célula unitária cúbica e um único átomo no centro do cubo
Sistema cristalino: No estado sólido, os átomos de um metal apresentam posições
diferentes, com a aparência de uma figura geométrica regular. Cada metal tem uma
estrutura específica. Mas pode acontecer de vários metais apresentarem a mesma
estrutura.
• Reticulado cúbico de corpo centrado (CCC). Os átomos assumem uma posição no
espaço, com forma de cubo. Oito átomos estão nos vértices e um, no centro do cubo.
Exemplos: o sódio, o vanádio e o ferro (em baixa temperatura).
• Reticulado cúbico de face centrada (CFC). Os átomos ocupam os vértices e os centros
das faces do cubo. Exemplos: o cálcio, o chumbo, o ouro e o ferro (em temperatura
elevada).

A estrutura CFC – denominada austenita ou fase γ - é estável desde temperaturas muito


altas, logo após a solidificação do aço, passando pelas temperaturas de laminação ou
forjamento (1000 a 1200ºC), até a temperatura de 912º C. A 912 ºC ocorre a
transformação do ferro CFC para a estrutura CCC – denominada ferrita ou fase α- estável
até a temperatura ambiente.
A austenita, nos aços de baixa liga, não é uma fase estável na temperatura
ambiente. Já a ferrita é estável e apresenta propriedades mecânicas de dureza e
resistência muito baixas. Em compensação é uma fase que apresenta alta ductilidade e
alta conformabilidade.
O carbono, por sua vez é um átomo muito pequeno (raio atômico 70 pm),
quando comparado com o átomo de ferro, que ocupa as posições vazias existentes no
reticulado cristalino do ferro, chamadas posições intersticiais
Quando o teor de carbono é mais alto o carbono se combina com o ferro formando uma
fase cerâmica - carboneto de ferro Fe3C, denominada cementita. A estrutura cristalina
da cementita é complexa, com 16 átomos por célula unitária, 12 de ferro e 4 de carbono.
É uma fase muito dura (1050 HV) e frágil e suas propriedades mecânicas são parecidas
com as do vidro.
Existem diagramas que descrevem, para as ligas Fe-C, as faixas de temperaturas em que
as fases ferrita, austenita e cementita são estáveis e as temperaturas em que ocorrem
as transformações. Esses diagramas são chamados diagramas de equilíbrio. Através
desses diagramas é possível prever quais fases se formam quando o aço é resfriado
lentamente (no equilíbrio). O diagrama de equilíbrio Fe-C mostra que a ferrita é uma
aços em que o teor de carbono é maior que 0,02 %C, ocorre precipitação de cementita
(Fe3C). A precipitação de cementita ocorre de forma alternada com a ferrita formando
uma estrutura lamelar denominada perlita. Pode-se dizer que a perlita é um material
compósito natural, pois é constituída de lamelas alternadas de ferrita e cementita.
Quando o teor de carbono é menor que 0,02 %C, o aço contém somente ferrita, sendo
muito mole e dútil. Por outro lado, os aços com 0,8% C apresentam na microestrutura
100 % de perlita. Se aumentarmos o teor de carbono dos aços entre 0,1 e 0,8%, teremos
um aumento da quantidade de perlita e uma diminuição da quantidade de ferrita.
Assim, um aço com 0,4% C tem aproximadamente 50% de ferrita e 50% de perlita.
REFERENCIAS

http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasivan/processoscorte_arquivos/FerroAcoConceitos.pdf

https://docente.ifsc.edu.br/claudio.schaeffer/material/2_Mecatr%C3%B4nica/Materiais_1_M
eca_2/Apostila_%20Tratamento_Termico_Complementar.pdf

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7892493/mod_resource/content/3/Aula%20-
%20Tratamentos%20T%C3%A9rmicos.pdf

http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/EME774/Aula%2009_CM.pdf

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