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17-34
TEMA: A CEIA DO SENHOR, O SACRIFÍCIO SUPREMO
INTRODUÇÃO
Quem tinha mais ajudava quem tinha menos. Assim, os crentes mais
pobres podiam usufruir as benesses de uma mesa mais farta.
Esta prática, porém, perdeu seu propósito original, uma vez que os
crentes de Corinto perderam de vista a solidariedade e conseqüentemente a
comunhão fraternal. O resultado Paulo denuncia:
Eles saíam da igreja mais culpados, mais longe de Deus e uns dos
outros. Eles pecaram contra os irmãos (11.22) e contra Cristo (11.27).
Sua morte nos trouxe vida. Seu tormento nos trouxe alívio. Seu
sangue nos trouxe redenção.
O amor de Jesus não se arrefeceu por saber que estava sendo traído.
Ele não recuou no propósito de dar sua vida porque estava sendo
alvo da mais clamorosa injustiça e ingratidão.
Sua morte não foi uma trama de homens maus, mas um gesto de
amor incomparável do Pai e uma entrega voluntária do Filho.
Cristo não foi para a cruz porque Judas o traiu por ganância, porque
os sacerdotes o entregaram por inveja, porque Pilatos o condenou por
covardia.
Ele foi para a cruz porque o Pai o deu por amor. Ele foi para a cruz
porque a si mesmo se entregou por nós.
A cruz não foi sua derrota, mas a derrota do diabo e suas hostes.
A cruz não foi seu fracasso, mas o lugar onde resgatou com o seu
sangue a sua noiva.
2. Cristo vai para a cruz não com murmuração em seus lábios, mas com
ação de graças
Cristo não foi para a cruz por constrangimento. Ele não foi forçado
nem constrangido a assumir o nosso lugar.
Ele faz isso não com tristeza, mas com ação de graças.
3. Cristo vai para a cruz como uma entrega e também como um ato
voluntário
A Bíblia diz que Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito (Jo 3.16). A Bíblia diz que Deus não poupou a seu próprio
Filho, antes por todos nós o entregou (Rm 8.32).
1. Não é a informação do que Cristo fez por nós que nos salva
Cristo ergue um monumento não para falar de sua vida, dos seus
gloriosos ensinos, nem mesmo de seus extraordinários milagres, mas para
falar de sua morte. Foi na cruz que ele esmagou a cabeça da serpente. Foi
na cruz que ele desbaratou o inferno. Foi na cruz que ele expôs os
principados e potestades ao desprezo e triunfou sobre eles. Foi na cruz que
ele nos remiu. Foi na cruz que ele fez a paz com o seu sangue. Foi na cruz
que ele nos justificou. A cruz é o trono onde conquistou e comprou a sua
noiva amada.
Toda vez que a igreja se reúne ao redor da Mesa do Senhor ela está
proclamando a mensagem da cruz. Toda as vezes que tomamos a Ceia do
Senhor estamos anunciando de forma dramatizada a morte do Senhor. A
cruz de Cristo é o tema central do Cristianismo. Paulo diz para a igreja de
Corinto: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este
crucificado” (1Co 2.2). Abandonar a mensagem da cruz é abandonar o
evangelho. Uma igreja não pode ser considerada evangélica a menos que
tenha no centro da sua agenda a pregação da cruz de Cristo.
Como eles lhe arrancaram a barba. Como eles arrancaram sua carne
com açoites crudelíssimos. Como ele espancado sem piedade.
Como ele carregou o peso lenho, a maldita cruz pelas ruas apinhadas
de gente. Como ele sofreu a zombaria da multidão e açoite dos soldados.
Como suas mãos foram rasgadas. Como seus pés foram cravados na cruz.
Como ele passou a vergonha da cruz. A tortura da sede. As câimbras
dolorosas a atormentar-lhe.
Nossa história não está sem rumo. Nossa história não está esmagada
debaixo do rolo compressor do determinismo.
Ele virá para nos levar para a Casa do Pai. Ele virá para nos fazer
assentar em tronos.
Ele virá para nos dar um corpo de glória e para estarmos com ele
eternamente e reinarmos com ele para sempre. O melhor está pela frente. O
que Deus preparou para nós é uma herança gloriosa, imarcescível, e eterna.