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Prosseguindo com a nossa abordagem sobre Gerenciamento de

Processos de Negócios (BPM), em especial referente a notação BPMN


(https://blog.grancursosonline.com.br/bpmn/), no post de hoje vou
detalhar para você o elemento GATEWAY.

Os chamados BPMN Gateways são os decisores do fluxo do processo.


Isso significa que os gateways criam caminhos alternativos ou paralelos
no mapeamento do processo. Além disso, os gateways podem também
sincronizar (unificar) movimentações, para que as atividades possam ser
continuadas.

Os gateways são os decisores de fluxo do processo, isto significa que


esses gateways criam caminho altenativos ou paralelos no mapeamento
do processo.

Esse gateway são fundamentais nos seu fluxo, pois sem ele a logica dos
processo fica sem continuidade e não gera um entendimento
comprometendo a dinâmica do seu funcionamento.

Os gateways são fundamentais nos fluxos de BPMN, pois sem eles a


lógica dos processos de negócio nesta notação correria o risco de ficar
descontinuada, comprometendo o entendimento e a dinâmica de seu
funcionamento.

É possível usar os recursos a seguir para monitorar seus gateways de


trânsito, analisar padrões de tráfego e solucionar problemas com seus
gateways de trânsito.

Os Tipos
A imagem a seguir enumera os tipos de BPMN Gateways, sendo
detalhados na sequência.
Gateway Exclusivo (Exclusive Gateway) – Esse tipo de gateway
provoca o desvio do fluxo em somente um dos caminhos de saída – pode
ser representado visualmente com o losango vazio ou com um marcador
de “x”.

Gateway Inclusivo (Inclusive Gateway) – Esse tipo de gateway


provoca o desvio do fluxo em um ou mais fluxos de saída, dependendo
de uma decisão ou fórmula. Todos os fluxos devem ser finalizados em
outro gateway, preferencialmente do tipo Inclusivo, para que as
atividades sejam sincronizadas.

Gateway Paralelo (Parallel Gateway) – Esse tipo de gateway provoca


um “split” do processo em vários fluxos em paralelo, independente de
qualquer fórmula ou condição. Todos os fluxos devem ser finalizados
com outro gateway, preferencialmente do tipo Paralelo, para que as
atividades sejam sincronizadas.

Gateway Complexo (Complex Gateway) – Esse tipo de gateway


raramente é utilizado e serve para representar situações complexas de
“split”e sincronização.

Gateway de Eventos (Event-based Gateway) – Neste caso, o gateway


“aguarda” até que pelo menos um dos eventos intermediários dos fluxos
de saída sejam disparados.

Gateway Inicial Exclusivo (Event-based Gateway to Start a


Process) – O gateway Inicial Exclusivo define várias possibilidades de
início e é muito parecido com o iniciador múltiplo, com a vantagem de dar
visão de todas as formas possíveis.

Gateway Inicial Paralelo (Parallel Event-based Gateway to Start a


Process) – Corresponde ao iniciador paralelo, onde todos os eventos
posteriores devem necessariamente acontecer para que o processo
possa ser iniciado.

Os Elementos da Notação
A Figura a seguir apresenta os principais ícones da notação, com as
classificações de raias, objetos de fluxo, objetos de dados, objetos de
conexão e artefatos.
Com base nas experiências de modelagem que temos aplicado em dezenas de
projetos de RPA, listamos neste post um subconjunto dos principais elementos
BPMN que poderão ser úteis na modelagem de processos visando a
robotização:
Evento de Início É sempre indicado que diagramas BPMN sinalizem o início do processo c
evento de início.Pode-se usar o evento de início simples, ou usar o início p
em processos que são agendados com execução recorrente ou início por m
para representar que o processo é acionado por uma chamada de serviço.

Assim como o início, também é indicado utilizar o evento de fim para sina
onde termina a execução do processo. Em geral usa-se apenas o evento de
Evento de Fim simples.

Fluxo de sequência Usado para indicar a ordem de sequência (qual o próximo passo).

As tarefas são utilizadas para representar cada passo da operação. Se uma


repetida múltiplas vezes (para vários itens de uma lista, por exemplo) pode
aplicar o símbolo de repetição por loop.

Tarefas

Subprocesso O subprocesso pode ser usado como uma estrutura de organização do proc
segmentando o escopo. É ideal para representar um conjunto de atividades
repetem (por exemplo, uma sequência de passos executada para cada item
lista).
Neste caso, aplica-se ao subprocesso o símbolo de repetição por loop.Em a
casos pode ser interessante apresentar o subprocesso expandido.

Gateway O único gateway BPMN aplicável em RPA é o gateway exclusivo, que po


utilizado para determinar sequências de passos diferentes de acordo com a
informação processada em uma etapa anterior.

Evento de borda Dentre os eventos de borda, dois podem ter aplicação na modelagem de pr
RPA: o evento de borda de erro, para sinalizar os passos a serem executad
caso de falha (error handling) ou uma previsão de timeout que deve levar t
uma sequência de ações diferentes.

Anotações Podem ser utilizados para complementar o entendimento sobre passos do p

Outros elementos que podem também ser utilizados dependendo das


características do processo, embora menos usuais: objeto de dados, repositório
de dados, piscina (pool).
Veja no diagrama abaixo como pode ser modelado um processo operacional
de cadastrar clientes a partir de uma planilha, que poderia ser implementado
em um robô RPA:

O diagrama pode não trazer todos os detalhes no nível de minúcia muitas


vezes requeridos em uma especificação de um processo a ser robotizado, mas
ajuda a dar boa visibilidade à sequência das ações, dependências e variações.
Em alguns casos, o diagrama é complementado por um documento detalhando
ainda mais cada um destes passos.
A única observação que faço sobre este tipo de diagrama é lembrar que

gateways não precisam ser binários (com apenas duas saídas). As melhores

práticas de uso da notação recomendam inclusive que se evite utilizar

perguntas na definição de gateways porque elas tendem a gerar resultados do

tipo “Sim”/”Não”. Em vez disso, recomendamos usar uma regra avaliativa.

Por exemplo: digamos que uma tarefa de avaliação possa resultar em:

aprovação, aprovação com restrições ou reprovação, e que cada resultado leve

a uma sequência de ações diferentes no fluxo.

Em vez de usar um gateway “Aprovado?” que levaria a resultados “Sim” e

“Não“, e então no caso de “Sim” incluir outro gateway que verifica se “Possui

restrições?” (ou seja, dois gateways encadeados), poderíamos simplificar em

um único gateway, que cuja regra poderia ser testar o “Resultado da

avaliação“, com três saídas: “Aprovado“, “Aprovado com restrições” e

“Reprovado“, cada uma direcionando ao fluxo de ações que devem se seguir.

O exemplo abaixo ilustra os dois casos.


A mesma orientação poderia se aplicar ao exemplo enviado pelo leitor, mas

como essa é uma questão associada à lógica do processo e as sequências que

saem dos gateways não estão nomeadas, seria necessário avaliar o caso com

mais cuidado.
Kelly Sganderla
Consultora Sênior de Inovação em Processos | Atua na descoberta, modelagem, análise, redesenho,
automação e implantação de soluções para gestão de processos (BPM, BPMS, RPA) e como
instrutora em treinamentos nestes temas há mais de 20 anos. É Mestranda em Modelagem de Dados
e Procesoss pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), bacharel em Ciência da
Computação pelo Centro Universitário La Salle (UniLaSalle-Canoas) com especialização Mastering
Design Thinking pelo MIT e certificação CBPP - Certified Business Process Professional pela
ABPMP. Sua vida profissional é dedicada a estudar e consolidar experiência em transformação de
processos. Foi analista responsável por solução premiada com Medalha de Prata no Global
Excellence Awards Am. Latina e participou ativamente das demais conquistas e premiações da
iProcess. Líder de iniciativas de inovação em processos em áreas de finanças, marketing, indústria,
varejo, utilities, entre outras. Autora de dezenas de artigos sobre BPM, BPMN, RPA e
hiperautomação no Blog da iProcess.

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