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O sentido da páscoa – Pr.

Mateus Gregório

Versículo base:
“No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! É o Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo!”
(João 1:29)

A palavra “páscoa”, no original grego é pesah que significa salto, movimento,


travessia, se remetendo a atitude que anjo da morte deveria ter ao olhar o sangue
do cordeiro aspergido sobre os umbrais das portas durante o último período de
subordinação aos egípcios.
A páscoa é instituída na bíblia em Êxodo 12 logo na mesma noite em que a
décima praga agiria em meio aos egípcios. A história já sabemos, um cordeiro
deveria ser morto e o sangue aspergido nos umbrais das portas de todas as
famílias da congregação de Israel para que o anjo da morte passasse adiante e não
matasse os primogênitos do povo de Deus.
Após a morte do cordeiro e aspersão do sangue, o cordeiro deveria ser assado e
comido por todos os membros da família. A páscoa era comemorada em virtude
dos planos de livramento que o Senhor deu aos israelitas quando eram escravos no
Egito e na revelação da soberania de Deus em relação a faraó que impedia o povo
escolhido de Deus de serem livres.
Assim surge a páscoa, que tem ligação direta com o cuidado de Deus com seu
povo. Precisamos nos atentar para o cordeiro pascal que foi morto justamente para
simbolizar esse divino cuidado com aqueles que são do Senhor.
Hoje, existe um mesmo sangue sobre nós, o sangue do genuíno do verdadeiro
cordeiro que traz a segurança e a certeza da vida eterna, a saber, Jesus Cristo.
Temos hoje a consciência de que o Senhor Jesus é aquele que nos salvou e
derramou seu sangue sobre nós.
Podemos ainda ter consciência de que o anjo da morte não tem poder nobre
aqueles a quem o Senhor ama, de forma, que a morte não é fim da história dos
filhos de Deus, a morte é somente a porta que nos levará a eternidade ao lado do
nosso Senhor.
Nós somos curados pelo castigo que Ele sofreu.

Isaías 53:1-6 relata o castigo sofrido pelo cordeiro. Devemos observar a


importância do cordeiro para a transferência de pecados. No Antigo Testamento,
as pessoas deveriam sacrificar animais como forma de quitação de pecados.
Para que um pecado seja perdoado é necessário o derramamento de sangue, pois o
salário do pecado é a morte (Rm 6:23).
Os cordeiros eram levados pela pessoa com pecado até os sacerdotes que
preparavam o animal e o sacrificavam como forma de pagamento dos pecados que
eram repassados aos cordeiros no lugar do ofertante, porém haviam uma condição,
o cordeiro não poderia ter defeitos físicos e nem manchas, era necessário pureza
completa.
Somente assim o ofertante teria o devido pagamento de pecados. Já no Novo
Testamento o cordeiro perfeito se entregou e morreu por nós de uma vez para
sempre, pagando todo o histórico de dívidas que constava contra nós e hoje
podemos declarar que pelo castigo que estava sobre Jesus nós somos sarados e
temos a paz com Deus.

Cristo é o verdadeiro cordeiro.

Quando Jesus veio e se entregou na cruz, um novo e vivo caminho se abriu para
todos nós. Não precisamos hoje sacrificar cordeiros porque o legítimo cordeiro já
morreu em nosso lugar.
Nele não havia espaço para a morte e sua ressurreição provou que o cordeiro
imaculado que morreu por nos amar é muito maior do que a o anjo da morte. O
sangue que estava nos umbrais hoje está sobre nós e este mesmo sangue é que nos
limpa de todo pecado e de toda corrupção, este sangue é aquele que retira de nós
toda enfermidade e toda maldição.
Ao vencer a morte, o Senhor Jesus resgata a humidade das mão do diabo e nós dá
uma nova esperança, a expectativa de vida muda e podemos enfim ter acesso livre
com o Senhor.
Obviamente este sacrifício não nos custou nada, mas para o Senhor, custou tudo.
Ao enviar Jesus para morrer houve um enorme preço, a morte de cruz. O Império
Romano não costumava matar as pessoas com morte de cruz, todavia, para que
toda maldição estivesse sobre Jesus, era necessário passar pela cruz (Dt 21:23).
A maior revelação do Novo testamento é justamente o período após a cruz, que é
a ressurreição, somente após este momentos, a igreja começou a se difundir com
os ideais propostos por Jesus, como fim da lei e o início da Nova Aliança com
todas as promessas e total acesso ao Senhor.
Posteriormente, em Atos 2, o Espírito Santo ainda nos é enviado como
consolador. Realmente são muitos presentes para aqueles que reconhecem que
estavam presos. É muito interessante nos atentarmos que nossa posição em
relação a Deus não era das melhores, estávamos cegos, presos e amarrados por
tantos pecados, mas Deus provou sua bondade e todo o seu amor ao nos amar
mesmo nessas condições péssimas.

A ressurreição de Jesus simboliza a graça de Deus sendo revelada aos filhos.


Somos privilegiados por viver este tempo. É tempo de fartura espiritual, é tempo
de buscar ao Senhor e encontra-lo, pois ele mesmo se revela a nós.
Podemos hoje acreditar que nossa história possui um final feliz graças ao nosso
bom Pai, graças a Jesus que se entregou por nós e sofreu em nosso lugar. Ele deu
sua vida para que nós vivêssemos.
Sinta-se privilegiado pelo amor de Deus, existe graça abundante para você.
Estamos inseridos no sacrifício de Jesus e com ele temos acesso a vida eterna,
devemos ansiar pela volta de Jesus e declarar dia após dia: MARANATA, ORA
VEM SENHOR JESUS!

Para meditar:
Qual o real significado da páscoa para você?
O Senhor é o cordeiro perfeito, hoje a graça é abundante sobre sua vida, pense
sobre isso!

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