Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CDU 547.944.8
ii
iii
RESUMO
Ayahuasca é uma bebida psicoativa preparada pela decocção de caules da
Banisteriopis caapi com folhas da Psycotria viridis. Inicialmente esta bebida
foi utilizado por tribos indígenas sul-americanas, porém atualmente o
consumo está disseminado em todo o mundo devido à expansão de
centros religiosos nos quais a ayahuasca é considerada um sacramento.
Neste contexto, o presente trabalho propõe um método para determinação
dos alcaloides triptamina, N, N-dimetiltriptamina, harmalol, harmina,
harmalina e tetrahidroharmina em amostras de ayahuasca empregando as
técnicas de extração em fase sólida (SPE) e cromatografia líquida de alta
eficiência e detector com arranjo de diodos (HPLC-DAD). Testes realizados
com soluções padrão dos alcaloides permitiram o ajuste das condições
cromatográficas para determinação simultânea dos analitos. A melhor
reposta analítica para o procedimento de extração foi empregando o
cartucho de sílica. A validação do método analítico apresentou linearidade
na faixa de 0,9950 a 0,9998 e sensibilidade no intervalo de concentração
de 1-250 µg mL-1; exatidão e precisão, com valores de recuperação entre
45,0 - 107,4% e coeficientes de variação entre 1,1 - 9,8%; limites de
detecção e quantificação na faixa de 6,8 - 18,8 µg mL-1 e 20,6 - 57,1 µg mL-
1
, respectivamente. Além disso, a capacidade adsortiva de duas novas
fases sólidas [biocarvão e SiMen(M)TSC] foi verificada apresentando
resultados satisfatórios de recuperação na faixa de 40,6 - 116,2% e 45,3 -
115,7%, respectivamente. As concentrações destes alcaloides foram
determinadas na bebida ayahuasca, cedidas sem fins lucrativos por centro
religioso na cidade de Fortaleza, apresentado valores entre 0,3 - 36,7 g L-1.
ABSTRACT
“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência,
poderíamos ganhar pelo simples medo de arriscar”.
William Shakespeare
vii
AGRADECIMENTOS
CE – Capillary Electrophoresis
GC – Gas Chromatography
DMT – N, N-dimetiltriptamina
EM – Efeito Matriz
FL - Fluorescence
HRL – Harmalina
HRM – Harmina
HRO – Harmalol
IT – Ion Trap
MS – Mass Spectrometry
pc – peso corporal
ix
SAM - S-adenosilmetionina
THH – Tetrahidroharmina
TRA - Triptamina
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 Introdução ..................................................................................................... 1
2 OBJETIVOS ................................................................................................. 14
5 CONCLUSÃO .............................................................................................. 67
7 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 69
8 APÊNDICES ................................................................................................ 76
xix
1 Introdução
1.3 Alcaloides
Onde: E1 = Descarboxilase
E2 = Amina N-metiltransferase
SAM = S-adenosilmetionina
Onde: Ad = Adenosina
6
Alcaloide Fórmula Molecular Massa molar (g mol-1) Ponto de Fusão (ºC) pKa1* pKa2*
1.5 Legislação
Tabela 2 Métodos para a determinação de triptaminas e β-carbolinas em ayahuasca. Fonte: adaptado de Gaujac, 2013 [3].
Referência Callaway, 2005 Huhn et Gambelunghe Pires et al., McIlhenny Moura et Gaujac et
[30] al., 2005 [31] , 2008 [32] 2009 [33] et al., 2009 [34] al., 2010 [35] al., 2013 [1]
Analitos DMT, Harmina, DMT, DMT, Harmina DMT, DMT, NMT, DMT DMT
Harmalina e THH. Norharmano, e Harmalina Harmina, Harmalol,
Harmano, Harmalina e Harmina,
Harmina, THH Harmalina e
Harmalina THH
Harmol e THH
Método de LLE/ DMT; β- Amostras Extração com SPE Diluição na LLE SPME
preparo de carbolinas/ diluição do diluídas em éter etílico e fase móvel
amostras extrato na fase móvel. tampão centrifugação
2 OBJETIVOS
Selecionar os alcaloides;
Obter as condições críticas para a análise dos alcaloides por HPLC-
DAD;
Desenvolver metodologia para o preparo analítico de amostras de
ayahuasca por SPE;
Validar a metodologia analítica;
Avaliar a eficiência de fases alternativas frente à fase comercial;
Aplicar a metodologia desenvolvida em amostras de ayahuasca.
15
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Material
3.2 Reagentes
3.4 Equipamentos
Para preparação das soluções padrão estoque dos seis alcaloides, foram
pesados separadamente 10 mg de cada padrão analítico e transferidos para
balões volumétricos de 5 mL. O volume de cada balão foi completado com
metanol dando origem a uma solução de 2 mg mL-1.
Condições Operacionais
Coluna de aço inoxidável (150 x 4,6 mm d.i., 5 µm) Agilent
Coluna de guarda de aço inoxidável (5 µm) Agilent
Volume injetado (µL) 20
Temperatura da coluna (ºC) 30
Pressão no sistema cromatográfico (Kgf cm-2) 80
Modo de detecção DAD
Comprimento de onda (nm):
Triptamina 278
N,N-dimetiltriptamina 278
Harmalol 372
Harmalina 372
Harmina 246
Tetrahidroharmina 320
Fluxo (mL min-1) 1,5
Fase móvel (modo gradiente): Metanol/Água com
adição de solução
aquosa de 0,1% de ácido
fórmico
19
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3 pax 3,01 (1H; ddd; 12,9; 8,9; 5,2) 3,04 (1H, ddd, 13,1; 8,5; 4,9)
3 peq 3,33 (1H; ddd;12,9; 5,3;5,2) 3,36 (1H, dt, 12,8, 4,2)
6 6,74 (1H; dd; 8,6; 2,2) 6,77 (1H, dd, 8,4; 1,6)
Figura 11 Espectros de absorção dos alcaloides utilizando cromatógrafo líquido com detector de arranjo de fotodiodos, onde TRA =
triptamina, DMT= N, N-dimetiltriptamina, HRO= harmalol, HRA= harmina, HRL= harmalina e THH= tetrahidroharmina.
29
Figura 12 Comparação qualitativa dos cromatogramas resultantes da análise dos alcaloides na concentração de 100 µg mL-1 na
coluna Kinetex, sob condições cromatográficas descritas na Tabela 3 e registradas em 320 nm, onde A= eluição em modo
isocrático e B= eluição em modo gradiente, sendo 1-triptamina, 2-N,N-dimetiltriptamina, 3-harmalol, 4-harmina, 5-harmalina e 6-
tetrahidroharmina.
Figura 13 Comparação qualitativa dos cromatogramas resultantes da injeção dos alcaloides na concentração de 100 µg mL-1 na
coluna Luna Hilic, sob condições cromatográficas descritas na Tabela 3 e registradas em 320 nm, onde A= eluição em modo
isocrático e B= eluição em modo gradiente, sendo 1-triptamina, 2-N,N-dimetiltriptamina, 3-harmalol, 4-harmina, 5-harmalina e 6-
tetrahidroharmina.
Figura 14 Comparação qualitativa dos cromatogramas resultantes da análise dos alcaloides na concentração de 100 µg mL-1 na
coluna Zorbax registrado em 320 nm, onde A= eluição em modo isocrático e B= eluição em modo gradiente, sendo 1-triptamina, 2-
N,N-dimetiltriptamina, 3-harmalol, 4-harmina, 5-harmalina e 6-tetrahidroharmina.
Para tal, fez-se uso da técnica de extração em fase sólida (sigla SPE, do
inglês, Solid Phase Extraction) que é baseada na separação líquido-sólido, tal
qual em cromatografia líquida de baixa pressão [47].
44
Sorvente TRA (%) DMT (%) HRO (%) HRA (%) HRL (%) THH (%)
Metanol TRA (%) DMT (%) HRO (%) HRA (%) HRL (%) THH (%)
260,0
240,0
220,0
200,0
Recuperação (%)
180,0
160,0
140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
TRA DMT HRO HRA HRL THH
De acordo com a Figura 27 ficou evidente que não houve ajuste nos
percentuais de recuperação dos alcaloides na faixa de 70 - 120% quando
adicionada uma etapa de limpeza no procedimento de extração.
84 82,5
82
80,3
80 79,4
78,8
78
Recuperação (%)
76
73,7
74
72 71,2
70
68
66
64
TRA DMT HRO HRA HRL THH
Tabela 9 Recuperação média (%) com coeficiente de variação (%) para eficiência (n=3) dos adsorventes alternativos utilizados na
extração dos seis alcaloides avaliados na concentração de 100 µg mL-1.
Biocarvão SiMen(M)TSC
Vol. de Eluição 3 mL 6 mL 3 mL 6 mL 3 mL 6 mL 3 mL 6 mL
Triptamina 56,7 ± 1,6 40,1 ± 2,5 56,9 ± 1,2 73,7 ± 2,6 79,9 ± 2,4 62,3 ± 0,7 50,7 ± 0,9 52,3 ± 2,2
N,N-dimetiltriptamina 62,2 ± 0,8 55,6 ± 1,4 62,1 ± 2,4 74,4 ± 1,3 93,3 ± 2,3 88,4 ± 3,6 71,4 ± 4,2 72,2 ± 1,5
Harmalol 48,2 ± 2,9 20,9 ± 3,3 56,2 ± 1,8 70,1 ± 2,7 69,7 ± 3,2 54,1 ± 1,5 33,3 ± 2,5 40,7 ± 1,1
Harmina 54,3 ± 2,2 43,5 ± 1,7 63,7 ± 2,7 91,9 ± 1,2 78,9 ± 4,4 75,8 ± 2,9 46,3 ± 1,8 53,9 ± 2,6
Harmalina 51,6 ± 3,5 50,9 ± 2,9 60,5 ± 3,5 78,9 ± 2,9 83,6 ± 3,7 79,4 ± 2,4 56,2 ± 2,6 60,8 ± 2,4
Tetrahidroharmina 59,5 ± 1,2 62,2 ± 2,6 51,2 ± 0,8 76,6 ± 1,4 97,5 ± 1,9 93,3 ± 1,3 60,8 ± 1,1 63,1 ± 0,9
52
Tabela 10 Regressão linear (n=3) da curva analítica e o coeficiente de correlação (R) para os três diferentes adsorventes
analisados com os seis alcaloides avaliados no intervalo de concentração de 1 - 300 µg mL-1.
Triptamina y = 15839x + 96013 0,9943 y = 18116x - 13119 0,9996 y = 19024x - 44022 0,9995
N,N-dimetiltriptamina y = 9753,3x – 169,9 0,9919 y = 17943x - 26973 0,9987 y = 19226x - 30233 0,9996
Harmalol y = 19228x + 71563 0,9929 y = 39634x - 262712 0,9985 y = 39480x - 195100 0,9969
Harmina y = 7303,2x + 58996 0,9905 y = 10583x + 32650 0,9993 y = 9542,6x - 18206 0,9992
Harmalina y = 42766x + 298629 0,9904 y = 65436x - 147207 0,9998 y = 65419x + 213058 0,9979
Tetrahidroharmina y = 41180x + 462149 0,9902 y = 63204x - 187277 0,9995 y = 66258x + 128083 0,9988
56
4.7.2 Seletividade
4.7.3 Exatidão
Tabela 11 Recuperação média (n=3) com coeficiente de variação dos seis alcaloides
avaliados com os três adsorventes avaliados em cinco níveis de fortificação.
Alcaloide Nível de fortificação Recuperação Média (%) ± CV (%)
-1
(µg mL ) Sílica Biocarvão SiMen(M)TSC
Triptamina 1 76,6 ± 9,6 86,1 ± 3,6 74,7 ± 2,3
5 92,7 ± 6,1 79,7 ± 2,8 76,1 ± 2,6
10 106,9 ± 6,1 70,2 ± 1,5 78,3 ± 1,5
50 86,9 ± 5,8 90,5 ± 3,5 72,4 ± 3,5
100 82,7 ± 7,9 71,4 ± 4,9 76,7 ± 5,1
250 94,3 ± 6,4 89,2 ± 1,5 76,2 ± 3,6
N,N-dimetiltriptamina 1 69,5 ± 6,1 97,5 ± 5,3 63,9 ± 9,6
5 82,9 ± 7,2 79,5 ± 4,7 78,6 ± 3,9
10 103,6 ± 6,2 79,9 ± 2,4 80,8 ± 0,5
50 82,7 ± 1,8 92,7 ± 4,3 82,4 ± 4,8
100 84,1 ± 6,9 71,7 ± 1,1 84,9 ± 0,8
250 93,3 ± 2,5 112,6 ± 1,8 82,9 ± 2,4
Harmalol 1 45,0 ± 5,5 40,6 ± 3,4 45,3 ± 8,8
5 59,4 ± 2,3 43,4 ± 1,1 58,2 ± 1,9
10 71,7 ± 2,1 69,3 ± 1,0 72,5 ± 2,8
50 79,9 ± 1,9 74,8 ± 10,7 86,5 ± 0,4
100 81,0 ± 3,1 94,9 ± 3,9 79,9 ± 8,7
250 95,7 ± 9,8 116,2 ± 4,3 88,2 ± 1,3
Harmina 1 84,5 ± 2,7 108,9 ± 1,5 77,1 ± 3,4
5 86,0 ± 2,8 85,4 ± 6,3 79,3 ± 2,5
10 101,3 ± 2,4 89,2 ± 9,5 77,0 ± 0,8
50 88,2 ± 3,0 105,4 ± 3,6 78,9 ± 1,1
100 91,6 ± 4,2 85,1 ± 1,7 80,9 ± 0,9
250 103,7 ± 3,2 101,4 ± 0,9 77,9 ± 2,1
Harmalina 1 77,9 ± 7,7 76,5 ± 1,6 115,7 ± 2,1
5 82,5 ± 6,8 74,5 ± 1,3 88,2 ± 2,4
10 95,0 ± 5,5 72,2 ± 3,3 78,9 ± 1,2
50 83,0 ± 5,1 88,1 ± 2,0 90,6 ± 0,5
100 89,7 ± 6,1 75,1 ± 2,1 80,5 ± 2,2
250 98,7 ± 2,6 94,8 ± 0,8 85,2 ± 3,3
Tetrahidroharmina 1 73,5 ± 3,1 76,1 ± 1,4 103,6 ± 6,0
5 79,9 ± 5,8 74,1 ± 0,7 79,6 ± 3,3
10 96,8 ± 1,1 84,8 ± 2,4 79,6 ± 3,1
50 87,7 ± 2,9 85,8 ± 3,7 77,2 ± 7,1
100 94,6 ± 1,8 75,5 ± 0,4 86,3 ± 1,5
250 107,4 ± 2,9 92,7 ± 1,4 83,2 ± 1,2
60
4.7.4 Precisão
( ) ( )
Tabela 12 Precisão para o método desenvolvido (n=5) utilizando os três adsorventes analisados
com os seis alcaloides avaliados na concentração de 100 µg mL -1.
Figura 33 Valores de concentração em g L-1 encontrados para os alcaloides utilizando o adsorvente sílica na bebida ayahuasca,
onde: DMT=N,N-dimetiltriptamina, HRO= harmalol, HRA=harmina, HRL=harmalina e THH=tetrahidroharmina.
40,0
35,0
30,0
Concentração (g L-1)
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Tempo de extração (h)
O perfil observado na Figura 33 pode ser explicado pelo fato de que após
cada extração a resultante em quantidade em matéria para cada alcaloide será
menor.
40,0
36,7
35,0
30,0
Concentração (g L-1)
25,0
19,2 19,3
20,0 17,7
15,0
10,7 11,3
9,2
10,0
6,1
5,2 4,4
5,0 2,6
1,4
0,3 0,5 0,3
0,0
Sílica Biocarvão SiMen(M)TSC
5 CONCLUSÃO
Como não foi possível avaliar a presença dos analitos por análise direta da
amostra de ayahuasca, devido à presença de interferentes, foi empregada a
técnica de extração em fase sólida. Após otimizações nos procedimentos de
extração, observou-se que a utilização da sílica gel como fase estacionária
apresentou os melhores valores de recuperação 69,5 - 107,4%, exceto para o
harmalol em baixos níveis de concentração. O método proposto apresentou
boa exatidão e precisão, bem como os limites de detecção e quantificação
encontrados para os alcaloides variaram de 6,8 - 18,8 e 20,6 - 57,1 µg mL-1,
respectivamente, para o adsorvente comercial sílica.
6 PERSPECTIVAS DO TRABALHO
7 REFERÊNCIAS
[1] Gaujac, A.; Dempster, N.; Navickiene, S.; Brandt, S. D.; de Andrade, J. B.
Determination of N,N-dimethyltryptamine in beverages consumed in religious
practices by headspace solid-phase microextraction followed by gas
chromatography ion trap mass spectrometry. Talanta 2013, 106, 394 - 398.
[2] Labate, B. C.; Feeney, K. Ayahuasca and the process of regulation in Brazil
and internationally: implications and challenges. The International Journal on
Drug Policy 2012, 23 (2), 154 - 161.
[3] Gaujac, A.; Navickiene, S.; Collins, M. I.; Brandt, S. D.; de Andrade, J. B.,
Analytical techniques for the determination of tryptamines and beta-carbolines
in plant matrices and in psychoactive beverages consumed during religious
ceremonies and neo-shamanic urban practices. Drug Testing and Analysis
2012, 4 (7-8), 636-648.
[4] Pires, A. P. S.; De Oliveira, C. D. R.; Moura, S.; Dörr, F. A.; Silva, W. A. E.;
Yonamine, M. Gas Chromatographic Analysis of Dimethyltryptamine and β-
Carboline Alkaloids in Ayahuasca, an Amazonian Psychoactive Plant Beverage.
Phytochemical Analyses 2009, 20, 149-153.
[5] Gaujac, A.; Martinez, S. T.; Gomes, A. A.; de Andrade, S. J.; Pinto, A. d. C.;
David, J. M.; Navickiene, S.; de Andrade, J. B., Application of analytical
methods for the structural characterization and purity assessment of N,N-
dimethyltryptamine, a potent psychedelic agent isolated from Mimosa tenuiflora
inner barks. Microchemical Journal 2013, 109, 78-83.
[6] Riga, M. S.; Soria, G.; Tudela, R.; Artigas, F.; Celada, P., The natural
hallucinogen 5-MeO-DMT, component of Ayahuasca, disrupts cortical function
in rats: reversal by antipsychotic drugs. The International Journal of Neuropsy-
chopharmacol 2014, 17 (8), 1269 -1282.
[8] Santillo, M. F.; Liu, Y.; Ferguson, M.; Vohra, S. N.; Wiesenfeld, P. L.,
Inhibition of monoamine oxidase (MAO) by beta-carbolines and their
interactions in live neuronal (PC12) and liver (HuH-7 and MH1C1) cells.
Toxicology In Vitro 2014, 28 (3), 403 - 410.
[10] Lanaro, R.; Calemi, D. B.; Togni, L. R.; Costa, J. L.; Yonamine, M.;
Cazenave Sde, O.; Linardi, A., Ritualistic Use of Ayahuasca versus Street Use
of Similar Substances Seized by the Police: A Key Factor Involved in the
Potential for Intoxications and Overdose? Journal of Psychoactive Drugs 2015,
47 (2), 132-139.
[13] Simões, C. M. O.; Schenkel, E. P.; Gosmann, G.; Mello, j. C. P.; Mentz, L.
A.; Petrovick, P. R., FARMACOGNOSIA: da planta ao medicamento. Editora da
UFSC 1999.
[15] Patel, K.; Gadewar, M.; Tripathi, R.; Prasad, S. K.; Patel, D. K., A review on
medicinal importance, pharmacological activity and bioanalytical aspects of
beta-carboline alkaloid ''Harmine''. Asian Pacific Journal of Tropical Biomedicine
2012, 2 (8), 660 - 664.
[16] Araujo, A. M.; Carvalho, F.; Bastos, M. L.; Guedes de Pinho, P.; Carvalho,
M., The hallucinogenic world of tryptamines: an updated review. Archives of
Toxicology 2015.
71
[20] Santillo, M. F.; Liu, Y.; Ferguson, M.; Vohra, S. N.; Wiesenfeld, P. L.,
Inhibition of monoamine oxidase (MAO) by β-carbolines and their interactions in
live neuronal (PC12) and liver (HuH-7 and MH1C1) cells. Toxicology in Vitro
2014, 28 (3), 403-410.
[21] Samoylenko, V.; Rahman, M. M.; Tekwani, B. L.; Tripathi, L. M.; Wang, Y.-
H.; Khan, S. I.; Khan, I. A.; Miller, L. S.; Joshi, V. C.; Muhammad, I.,
Banisteriopsis caapi, a unique combination of MAO inhibitory and antioxidative
constituents for the activities relevant to neurodegenerative disorders and
Parkinson's disease. Journal of Ethnopharmacology 2010, 127 (2), 357-367.
[23] Liu, W.; Cheng, X.; Wang, Y.; Li, S.; Zheng, T.; Gao, Y.; Wang, G.; Qi, S.;
Wang, J.; Ni, J.; Wang, Z.; Wang, C., In vivo evaluation of the antitussive,
expectorant and bronchodilating effects of extract and fractions from aerial parts
of Peganum harmala linn. Journal of Ethnopharmacology 2015, 162 (0), 79-86.
[24] Herraiz, T.; González, D.; Ancín-Azpilicueta, C.; Arán, V. J.; Guillén, H., β-
Carboline alkaloids in Peganum harmala and inhibition of human monoamine
oxidase (MAO). Food and Chemical Toxicology 2010, 48 (3), 839-845.
[25] Pic-Taylor, A.; Motta, L. G. d.; Morais, J. A. d.; Junior, W. M.; Santos, A. d.
F. A.; Campos, L. A.; Mortari, M. R.; Zuben, M. V. v.; Caldas, E. D. Behavioural
and neurotoxic effects of ayahuasca infusion (Banisteriopsis caapi and
Psychotria viridis) in female Wistar rat. Behavioural Processes 2015.
72
[26] Riba, J.; McIlhenny, E. H.; Valle, M.; Bouso, J. C.; Barker, S. A.,
Metabolism and disposition of N,N-dimethyltryptamine and harmala alkaloids
after oral administration of ayahuasca. Drug Testing and Analysis 2012, 4 (7-8),
610-616.
[27] Stanković, D.; Mehmeti, E.; Svorc, L.; Kalcher, K. New electrochemical
method for the determination of β-carboline alkaloids, harmalol and harmine, in
human urine samples and in Banisteriopsis caapi. Microchemical Journal 2015,
118, 95-100.
[28] Gaujac, A.; Aquino, A.; Navickiene, S.; de Andrade, J. B., Determination of
N,N-dimethyltryptamine in Mimosa tenuiflora inner barks by matrix solid-phase
dispersion procedure and GC–MS. Journal of Chromatography B 2012, 881–
882 (0), 107-110.
[29] Gaujac, A.; Ford, J. L.; Dempster, N. M.; de Andrade, J. B.; Brandt, S. D.,
Investigations into the polymorphic properties of N,N-dimethyltryptamine by X-
ray diffraction and differential scanning calorimetry. Microchemical Journal
2013, 110 (0), 146-157.
[31] Huhn, C.; Neususs, C.; Pelzing, M.; Pyell, U.; Mannhardt, J.; Putz, M.,
Capillary electrophoresis-laser induced fluorescence-electrospray ionization-
mass spectrometry: a case study. Electrophoresis 2005, 26 (7-8), 1389-1397.
[32] Gambelunghe, C.; Aroni, K.; Rossi, R.; Moretti, L.; Bacci, M., Identification
of N,N-dimethyltryptamine and beta-carbolines in psychotropic ayahuasca
beverage. Biomedical Chromatography: BMC 2008, 22 (10), 1056-1059.
[33] Pires, A. P.; De Oliveira, C. D.; Moura, S.; Dorr, F. A.; Silva, W. A.;
Yonamine, M., Gas chromatographic analysis of dimethyltryptamine and beta-
carboline alkaloids in ayahuasca, an Amazonian psychoactive plant beverage.
Phytochemical Analysis : PCA 2009, 20 (2), 149-153.
[34] McIlhenny, E. H.; Pipkin, K. E.; Standish, L. J.; Wechkin, H. A.; Strassman,
R.; Barker, S. A., Direct analysis of psychoactive tryptamine and harmala
alkaloids in the Amazonian botanical medicine ayahuasca by liquid
73
[35] Moura, S.; Carvalho, F. G.; de Oliveira, C. D. R.; Pinto, E.; Yonamine, M.,
qNMR: An applicable method for the determination of dimethyltryptamine in
ayahuasca, a psychoactive plant preparation. Phytochemistry Letters 2010, 3
(2), 79-83.
[37] Bálon, M.; Hidalgo, J. Guardado, P.; Munoz, M. A.; Carmona, C. Acid–base
and spectral properties of β-carbolines. Part 1. Tetrahydro-β-carbolines. Journal
of the Chemical Society, Perkin Transactions 2, 1993, 91-97.
[38] Bálon, M.; Hidalgo, J. Guardado, P.; Munoz, M. A.; Carmona, C. Acid–base
and spectral properties of β-carbolines. Part 2 Dehydro and Fully Aromatic β-
Carbolines. Tetrahydro-β-carbolines. Journal of the Chemical Society, Perkin
Transactions 2, 1993, 99-104.
[39] Smith, T.T., Schaff, M. B., Rupprecht, L. E., Schassburger, R. L., Buffalar,
D. M., Murphyc, S. E., Sveda, A. F., Donny, E. C. Effects of MAO inhibition and
a combination of minor alkaloids, -carbolines, and acetaldehyde on nicotine
self-administration in adult male rats. Drug and Alcohol Dependence 2015, 155,
243–252.
[40] Wu, J., Talwar, D., Johnston, S., Yan, M., Xiao, J. Acceptorless
Dehydrogenation of Nitrogen Heterocycles with a Versatile Iridium Catalyst.
Angew. Chem., 2013, 52: 6983–6987.
[43] Atamna, I. Z.; Muschik, G. M.; Issaq, H. J., The Effect of Alkyl Chain Length
and Carbon Loading in Silica Based Reversed Phase Columns on the
74
[46] Caldas, S. S.; Gonçalves, F. F.; Primel, E. G.; Prestes, O. D.; Martins, M.
L.; Zanella R. Principais técnicas de preparo de amostra para a determinação
de resíduos de agrotóxicos em água por cromatografia líquida com detecção
por arranjo de diodos e por espectrometria de massas. Química Nova 2011, 34
(9), 1604-1617.
[50] Gosetti, F.; Mazzucco, E.; Zampieri, D.; Gennaro, M. C., Signal
suppression/enhancement in high-performance liquid chromatography tandem
mass spectrometry. Journal of Chromatography A 2010, 1217 (25), 3929-3937.
[51] Dams, R.; Huestis, M. A.; Lambert, W. E.; Murphy, C. M., Matrix effect in
bio-analysis of illicit drugs with LC-MS/MS: influence of ionization type, sample
preparation, and biofluid. Journal of the American Society for Mass
Spectrometry 2003, 14 (11), 1290-1294.
[53] Dias Filho, N. L.; Caetano, L.; Carmo, D. R. d.; Rosa, A. H., Preparation of
a silica gel modified with 2-amino-1,3,4-thiadiazole for adsorption of metal ions
and electroanalytical application. J Brazil Chem Soc 2006, 17, 473-481.
[54] Oliveira, A. B., Beck, J., Daniels, J., Farias, R. L., Netto, A. V. G. Crystal
structure of (E)-2-[(2S,5R)-2-isopropyl-5-methyl-cyclo-hexyl-idene]hydrazine-1-
carbo-thio-amide. Acta Crystallographica E 2014, E70, o903-o904.
[55] Jeong, C. Y.; Dodla, S. K.; Wang, J. J., Fundamental and molecular
composition characteristics of biochars produced from sugarcane and rice crop
residues and by-products. Chemosphere 2016, 142, 4-13.
[56] Ribani, M.; Bottoli, C. B. G.; Collins, C. H.; Jardim, I. C. S. F.; Melo, L. F. C.
Validação em métodos cromatográficos e eletroforéticos. Química Nova 2004,
27 (5), 771-780.
8 APÊNDICES
8.1 Apêndice 1
8.2 Apêndice 2
Tabela S10 Composição da fase móvel utilizando metanol e água com adição
de solução aquosa de 0,1% de ácido fórmico na coluna Zorbax com fluxo 1,5
mL min-1, temperatura da coluna de 30ºC e pressão no sistema cromatográfico
de 80 Kgf cm-2.
Tempo (min) Metanol* (%) Água* (%)
0,01 5,0 95,0
2 6,0 94,0
3 6,5 93,5
4 7,0 93,0
6 7,2 92,8
7 7,4 92,6
8 7,8 92,2
10 8,0 92,0
11 8,5 91,5
15 9,0 91,0
17 10,0 90,0
18 12,0 88,0
19 13,0 87,0
20 14,0 86,0
21 15,0 85,0
22 17,0 83,0
25 20,0 80,0
30 40,0 60,0
35 50,0 50,0
40 5,0 95,0
43 5,0 95,0
86
Tabela S11 Composição da fase móvel utilizando metanol e água com adição
de solução aquosa de 0,1% de ácido fórmico na coluna Zorbax com fluxo 1,5
mL min-1, temperatura da coluna de 30ºC e pressão no sistema cromatográfico
de 80 Kgf cm-2.
Tempo (min) Metanol (%) Água (%)
0,01 5,0 95,0
2 6,0 94,0
3 6,5 93,8
4 6,6 93,6
6 6,7 93,3
7 6,8 93,2
8 6,9 93,1
10 7,0 93,0
11 7,4 92,6
12 7,8 92,2
13 8,0 92,0
14 8,5 91,5
15 9,0 91,0
16 10,0 90,0
18 15,0 85,0
19 17,0 83,0
22 20,0 80,0
27 40,0 60,0
30 50,0 50,0
35 5,0 95,0
40 5,0 95,0
87
8.3 Apêndice 3
TRIPTAMINA
6000000
y = 15839x + 96013
5000000 R = 0,9943
4000000
Área (Au)
3000000
2000000
1000000
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Concentração (µg mL-1)
N,N-DIMETILTRIPTAMINA
3500000 y = 9753,3x - 169,89
3000000 R = 0,9919
2500000
Área (Au)
2000000
1500000
1000000
500000
0
0 50 100 150 200 250 300 350
HARMALOL
7000000 y = 19228x + 71563
6000000 R = 0,9929
5000000
Área (Au)
4000000
3000000
2000000
1000000
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Concentração (µg mL-1)
88
HARMINA
2500000 y = 7303,2x + 58996
R = 0,9905
Área (Au) 2000000
1500000
1000000
500000
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Concentração (µg mL-1)
HARMALINA
14000000 y = 42766x + 298629
12000000 R = 0,9904
10000000
Área (Au)
8000000
6000000
4000000
2000000
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Concentração (µg mL-1)
TETRAHIDROHARMINA
14000000
y = 41180x + 462149
12000000 R = 0,9902
10000000
Área (Au)
8000000
6000000
4000000
2000000
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Concentração (µg mL-1)
89
TRIPTAMINA
5000000,0 y = 18116x - 13119
R = 0,9996
4000000,0
Área (Au)
3000000,0
2000000,0
1000000,0
0,0
0 50 100 150 200 250 300
Concentração (µg mL-1)
N,N-DIMETILTRIPTAMINA
5000000
y = 17943x - 26973
4000000 R = 0,9987
3000000
Área (Au)
2000000
1000000
0
0 50 100 150 200 250 300
-1000000
Concentração (µg mL-1)
HARMALOL
12000000 y = 39634x - 262712
10000000 R = 0,9985
8000000
Área (Au)
6000000
4000000
2000000
0
0 50 100 150 200 250 300
-2000000
Concentração (µg mL-1)
90
HARMINA
3000000 y = 10583x + 32650
R = 0,9993
2500000
2000000
Área (Au)
1500000
1000000
500000
0
0 50 100 150 200 250 300
Concentração (µg mL-1)
HARMALINA
18000000
y = 65436x - 147207
16000000 R = 0,9998
14000000
12000000
Área (Au)
10000000
8000000
6000000
4000000
2000000
0
-2000000 0 50 100 150 200 250 300
Concentração (µg mL-1)
TETRAHIDROHARMINA
18000000
y = 63204x - 187277
16000000
R = 0,9995
14000000
12000000
Área (Au)
10000000
8000000
6000000
4000000
2000000
0
-2000000 0 50 100 150 200 250 300
Concentração (µg mL-1)
91
TRIPTAMINA
5000000
y = 19024x - 44022
4000000 R = 0,9995
3000000
Área (Au)
2000000
1000000
0
0 50 100 150 200 250 300
-1000000
Concentração (µg mL-1)
N,N-DIMETILTRIPTAMINA
6000000
y = 19226x - 30233
5000000 R = 0,9996
4000000
Área (Au)
3000000
2000000
1000000
0
0 50 100 150 200 250 300
-1000000
Concentração (µg mL-1)
HARMALOL
12000000
y = 39480x - 195100
10000000 R = 0,9969
8000000
Área (Au)
6000000
4000000
2000000
0
0 50 100 150 200 250 300
-2000000
Concentração (µg mL-1)
92
HARMINA
3000000
y = 9542,6x - 18206
2500000 R = 0,9992
2000000
Área (Au)
1500000
1000000
500000
0
0 50 100 150 200 250 300
-500000
Concentração (µg mL-1)
HARMALINA
18000000 y = 65419x + 213058
16000000 R = 0,9979
14000000
12000000
Área (Au)
10000000
8000000
6000000
4000000
2000000
0
0 50 100 150 200 250 300
Concentração (µg mL-1)
TETRAHIDROHARMINA
18000000
y = 66258x + 128083
16000000 R = 0,9988
14000000
12000000
Área (Au)
10000000
8000000
6000000
4000000
2000000
0
0 50 100 150 200 250 300
Concentração (µg mL-1)
93
8.4 Apêndice 4
0,7
0,6 y = 5,7552x + 0,0454
R = 0,9996
0,5
Absorção
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12
Concentração (µg mL-1)
3,5
Harmina
Tetrahidroharmina
3,0
2,5
2,0
Abs
1,5
1,0
0,5
0,0
F
H HH
H 5 H H
4 3
6 11 2 NH
12
10 1
H3CO 7 13 9
CH3
8 N H
H
H
13
8.4.4 Espectro de RMN de C (100 MHz, CDCl3 + gotas
MeOD-d4) de tetrahidroharmina.
F
H HH
H 5 H H
4 3
6 11 2 NH
12
10 1
H3CO 7 13 9
CH3
8 N H
H
H