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Complexo Itaquera
O CENTRO NA PERIFERIA

MONICA SOARES MARAGNO


Junho | 2019

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02 3
CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO
ARQUITETURA E URBANISMO

Complexo Itaquera
O CENTRO NA PERIFERIA

MONICA SOARES MARAGNO


Orientador: Vasco de Mello

Trabalho Final de Graduação


Apresentado ao Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

São Paulo
Junho | 2019
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Agradecimentos
e por ter me ajudado desde a concepção a Vladimir Ávila, por toda a ajuda e apoio durante
elaboração deste trabalho, amiga de trabalho este período tão importante da minha formação
com a qual criei laços que levarei por toda acadêmica.
À Deus acima de tudo , essencial em minha exaustivas que me acompanhou fazendo
vida, autor de meu destino, meu guia, socorro os trabalhos, me alimentando e contando minha vida. À esta universidade, seu corpo docente, direção
presente na hora da angústia. os minutos de revezamento entre dormir e À Thayna Ribeiro pelo incentivo e grande e administração que oportunizaram a janela que
À minha mãe Francisca Soares, minha melhor projetar. Obrigada por independentemente das ajuda com o fortalecimento de material para a hoje vislumbro um horizonte superior.
amiga e companheira, pelo amor, incentivo e situações ter se mantido firme com a certeza e realização deste trabalho. Ao meu orientador Vasco de Mello pelo suporte,
apoio incondicional, pela dedicação de sempre sua incansável e hilária forma de me encorajar a Ao Italo Temoteo por todo apoio em situações apoio e confiança.
dar o seu melhor para me ajudar a alcançar concluir minha graduação. diversas que passamos juntos, a disposição À todos os professores em especial, Ivanir
meus objetivos e me incentivar a ser uma pessoa Á todos que serão citados agradeço imensamente e o carinho que propuseram momentos de de Abreu, Débora Sanches, Cristina Ecker e
melhor e não desistir dos meus sonhos , e por me conhecer e aceitar como pessoa , aprendizado e alegria. Mônaco por me proporcionar o conhecimento
mesmo se a jornada for dura terei seus braços obrigada pelo apoio, atenção e conexão, acredito Aos amigos Veridiana Alves, Elaine Guerreiro, não apenas racional, mas a manifestação do
abertos para me amparar e aconselhar. Ao seu que nada nessa vida é por acaso , e agradeço a Icaro Rodrigues, Fernanda Almeida, Mariane caráter e afetividade da educação no processo
amor imensurável , e ao total orgulho da melhor Deus e a vida por me proporcionar esse encontro
Araújo, Suellen Oliveira, Viviane Mendes, de formação profissional, meus eternos
mãe que eu poderia ter. com todos vocês.
Marcela Simão, Queila Andrade e Francisco, agradecimentos.
Ao meu pai Adauto Maragno, pelos ensinamentos À Ariana Bezerra, minha amiga com quem
pelo apoio e incentivo. À todas as pessoas que direta ou indiretamente
e sabedoria no qual me concedeu e por me passei esses últimos 5 anos, estando sempre ao
À Eneida Heck minha mentora de estágio, pelas contribuíram para a realização da minha
fazer entender que o futuro é feito a partir de meu lado dentro e fora da faculdade, obrigada
constante dedicação no presente. por me compreender, ensinar e apoiar em tantos contribuições valiosas, apoio e carinho, por pesquisa.
À Vilma Tereza, minha companheira de 4 patas, momentos da minha vida. sempre se dispor em ajudar, pelos cuidados e
meu ponto de equilíbrio e amor. À Thaís Bastos pela amizade e apoio em preocupações afetuosas, servindo de exemplo
Ao Felipe Duarte que ao longo desses meses diferentes etapas da minha vida acadêmica e para que eu me tornasse uma profissional
me deu não só força, mas apoio, paciência pessoal, no qual serei eternamente grata, irmã melhor a cada dia.
para vencer essa etapa da vida acadêmica e por “postiça” de alma e coração que a vida me deu. À equipe da SPurbanismo, Priscila Gyenge,
suportar as crises de estresse e as madrugadas À Elisabeth Salazar, pelo apoio, compreensão Luciana Costa, Rafael, Lucy, Lucia Lumi e MUITÍSSIMO OBRIGADA!

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Dedico este trabalho aos meus pais pela educação que me
deram e a base perfeita para construir meu saber.

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3. 3.8 Sistema Viário | p. 58
3.9 Equipamentos | p. 60

Sumário 3.10 Operação Urbana Rio Verde JAcu | p.62


3.11 Polo Institucional Itaquera - OUCRVJ
3.12 Legislação vigente | p.66
1. Considerações Iniciais | p. 13
1.1 Introdução | p. 14 3.13 Levantamento Fotográfico | p. 70
1.2 Justificativa | p. 16
1.3 Objetivos | p. 18 4. Referências | p. 73
4.1 Parque Santo Amaro V | p. 74
1.4 Metodologias | p. 19 4.2 Ágora tech Park | p. 78
4.3 Urban 21 - Um novo olhar para os vazios | p.82

2. Fundamentação Teórica | p. 21
2.1 Expansão Urbana - Cidade fragmentada | p. 22
5. O projeto | p. 88
5.1 Projeto | p. 88
2.2 Segregação espacial | p. 24
5.2 Diretrizes Projetuais | p. 89
2.3 Cidade dormitório - Zona Leste | p. 28
5.3 Quadro de áreas | p. 90
2.4 Movimentos pendulares | p. 32
5.4 Implantação | p. 92
2.5 Gentrificação: exclusão e resistência popular | p. 34
5.5 Ampliações | p.94
2.6 Formação e construção da identidade | p. 38
5.6 Corte Urbano | p. 96
2.7 Cidade Policêntrica | p. 44
5.7 Perspectiva Axonometrica Explodida | p.98
5.8 Diagrama Geral | p. 100

3. Área de Intervenção - Itaquera| p. 47


3.1 Contexto histórico| p. 48
5.9 Planta perspectivada | p. 101
5.10 Masterplan - Renders | p. 102
3.2 Contexto Urbano | p. 51
5.11 Instrumentos urbanísticos | p.104
3.3 Cheios e vazios | p. 52
5.12 Habitação de Interesse Social | p. 108
3.4 Topografia | p. 53
5.13 Renders | p. 110

6.
3.5 Hidrografia e Áreas Verdes | p. 54
3.6 Uso e Ocupação | p. 55 Considerações finais | p. 119
3.7 Favelas e ocupações em áreas de risco | p. 56
7. Referências Bibliográficas | p. 123

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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

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1.1 INTRODUÇÃO 1.1 INTRODUÇÃO

A concentração da pobreza na cidade de São Paulo produziu uma expressão A criação de novas e centralidades nas periferias movimenta a economia, gera
dúbia do espaço: de um lado a cidade formal, que concentra os grandes centros, inves- empregos e principalmente possibilita capacitação profissional e educacional para os
timentos, infraestrutura e do outro a cidade informal que possui grande fragilidade moradores dessas regiões inserindo os na sociedade de forma plena e não segregada,
urbana e social e que cresce de forma desmedida e desordenada, evidenciando as novas centralidades atraem novos investimentos que por sua vez atraem mais pessoas,
grandes problemáticas geradas por um processo urbanístico segregatório e sem pla- requalificação dos espaços e mais oportunidades.
nejamento. Portanto a redução dos problemas ocasionados do processo desenfreado da ex-
Como resultado de um processo de urbanização segregado encontram se opor- pansão urbana , pode ser solucionada através do planejamento urbano, utilizando
tunidades fragmentadas, enquanto as regiões centrais possuem infraestrutura de qua- mecanismos de sustentabilidade urbana e adequando aos parâmetros urbanísticos de
lidade, moradias, acesso a empregos, serviços, lazer e cultura, as regiões periféricas uso e ocupação do solo.
configuram se como cidades dormitórios, despidas de todo investimento público, sen- A proposta de intervenção dessa área é fundamental para o reordenação da ci-
do necessários grandes deslocamentos para se ter acesso a todo tipo de oportunidade, dade, contribuindo com melhorias nas condições urbanas, habitacionais e qualidade
dessa forma trabalhar, estudar e se valer dos benefícios que a cidade propicia se torna de vida da população.
um processo dispendioso.
Cidades Insustentáveis com desigualdades socioterritoriais, e problemáticas
no âmbito urbanístico como moradia digna, falta de direito a cidade, defasagem de
equipamentos públicos e áreas de lazer de qualidade. Assim como a maioria das cida-
des brasileiras, Itaquera necessita de requalificação urbana em seus assentamentos
precários e espaços ociosos.

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1.2 JUSTIFICATIVA
1.2 JUSTIFICATIVA
O extremo leste da cidade hoje mais conhecido como “área dormitório”, se dá Diante à atual realidade enfrentada nos dias de hoje, torna-se cada vez mais ex-
em função da baixa oferta de postos de trabalho e a alta densidade populacional. Por tinto a valorização do espaço público de qualidade e a sua utilização, para que isso
isso, o propósito principal deste estudo é criar polos voltados à atração de atividades aconteça é preciso ter um espaço atrativo para ser frequentado e convidativo aos olhos
econômicas para a geração de empregos e de renda para a região. A fim de diminuir os dos usuários.
deslocamentos entre o Centro e o extremo Leste, que penalizam tanto a cidade como Compreende-se que o Complexo Itaquera como nova centralidade e o parque
seus moradores, e a implantação do parque linear rio verde requalificando o espaço e linear Rio Verde por meio da interação entre instituições de ensino e pesquisa e empre-
a vida urbana. sas, oferecerá à população a oportunidade de capacitação tecnológica, isto é, educação
A extensão da avenida Jacu Pêssego até o Rodoanel Sul coloca essa porção ter- formal, técnica e profissionalizante, para absorver a oferta de empregos que é esperada
ritorial em condições privilegiadas no que diz respeito ao acesso às principais rotas de e de outros serviços urbanos que terão seu uso maximizado em função da sua excelente
conexão entre São Paulo, o Porto de Santos, o Aeroporto de Guarulhos e outras cidades acessibilidade e localização. Originando novas condições, formas de vivenciar e de se
e estados. Servindo como ligação alternativa transitória ao trecho leste do Rodoanel. construir com cidadania.
Com estas iniciativas, o caráter regional de Itaquera é consolidado como centro pola-
rizador dos investimentos públicos na região para reestruturação urbana a ser empre-
endida e amplifica os efeitos destas ações para os bairros do entorno.

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1.3 OBJETIVOS 1.4 METODOLOGIA

O objetivo é proporcionar um novo centro e um parque linear na região de Ita- Os estudos devem ser elaborados de maneira interdependente, caracterizando
quera, zona leste de São Paulo, obtendo como público alvo moradores da região em - se como ótimo o resultado de cada trabalho quando este evidenciar a utilização das
geral, promovendo e fomentando o desenvolvimento da Zona Leste por meio da atra- informações e conclusões das demais áreas técnicas apresentadas e produzidas duran-
ção de investimentos públicos e privados, com vistas à geração de renda e criação te sua confecção. O objetivo é a análise dos seguintes estudos:
de empregos, reestruturar a mobilidade, expandir a competitividade das empresas - Histórico e condições da região: Subprefeitura, Prefeitura de São Paulo, Pesquisas
instaladas na região. Além de solucionar questões ambientais com o parque linear, Bibliografia, Pesquisa de campo;
proporcionando oportunidades de espaços de vivência de permanência nas relações - Elaboração de mapas de estudos: Conexões, Viabilidade, Análise, Diagnóstico;
cotidianas. - Estudos Urbanísticos: Análise urbana do local;
A proposta será alicerçada por ações de incentivo a investidores que decidirem - Estudos de Legislação: PDE, Lei de Parcelamento, Uso e ocupação do Solo 16.402/16,
investir na região com a instalação ou aumento de suas unidades por meio de Incenti- - Estudos econômicos e pesquisas quantitativas: IBGE, Habisp, Spurbanismo, Sehab,
vos Seletivos, com a intenção fundamental de capacitação populacional para o desen- Smul;
volvimento socioeconômico, o programa consiste na implantação de equipamentos - Estudo de Capacidade de Suporte da Infraestrutura de Mobilidade: Metrô, CPTM,
públicos, além de intensificar a economia regional, transformar Itaquera em um Polo CET, SPObras;
de atrações de investimentos, especialmente os destinados à formação e capacitação - Conhecimentos técnicos arquitetônicos e urbanísticos;
profissional, aproximando no tempo e no espaço habitação, trabalho e lazer. - Plano de comunicação: Relatório Fotográfico;

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19
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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21
2.1 EXPANSÃO URBANA - CIDADE FRAGMENTADA Área urbanizada, segundo períodos de expansão Região Metropolitana de São Paulo
1881-2002

O crescimento desordenado no proces- dos espaços urbanos. Os novos bairros que sur-
so da urbanização e expansão da cidade foi giam com centralidades destinados as elites des-
originado de diversos fatores sociais, políticos frutaram de melhores infraestruturas urbanas
e econômicos. A política estatal junto com a e acesso a diversidade de serviços, comércios e
influência de uma organização concêntrica da espaços públicos de qualidade.
elite dirigente modelaram a forma urbana so- Enquanto isso, a população de baixa ren-
bre seus interesses e necessidades. da foi coagida a habitar loteamentos irregulares
Assim, a cidade começa a ser expandi- ou clandestinos, distantes do centro, sem infra-
da e segregada, de modo que o centro tenha estrutura, intensificando o crescimento das regi-
infraestrutura, moradia e trabalho, território ões periféricas e compondo uma geografia social
considerado privilegiado, que poucos teriam da cidade que se transcende até hoje (ROLNIK, Até 1929 1930 a 1949 1950 a 1962 1963 a 1974
oportunidade de desfrutar, enquanto a popu- 2017).
lação de baixa renda consequentemente é de- Diante dessa urbanização acelerada, começam
signada as mais diversas fragilidades urbanas a ser ditadas por grandes companhias os preços
da cidade, configurando uma urbanização territoriais, determinando ocasionalmente qual
dispersa e fragmentada. população seria beneficiada por novas infraes-
Dessa forma, além da segregação so- truturas. Formando tanto novos bairros e no-
1975 a 1985 1986 a 1992 1993 a 2002
cial, forma-se a segregação espacial inter- vas melhorias na malha urbana quanto espaços
pretada como ocupação central para os ricos abandonados e desprovidos de cidade, tal perío-
versus ocupação periférica para os pobres, do caracterizou uma política pública urbana que
iniciando a apropriação de uso e ocupação até hoje afeta a população da cidade.

22
23
2.2 SEGREGAÇÃO ESPACIAL

Segundo Teresa Pires do Rio Caldeira parar as classes sociais, e para mudar o conceito
ções caras e, portanto, expandia-se Com as novas aberturas de avenidas em
lentamente. Porque esse sistema 1930 e o uso do transporte coletivo, possibilitan-
(2000), a cidade de São Paulo sofreu três tipos da intervenção do Estado no planejamento urba- cobria apenas uma pequena área do a compra de terrenos por mais que eram afas-
de segregação urbanística. no , foi elaborado o Plano de Avenidas. da cidade, era difícil desalojar os tados do centro se tornavam acessíveis no pre-
O primeiro tipo de segregação ocorre moradores pobres do centro da ço, mas garantindo a locomoção de casa para o
no fim do século XIX até os anos 1940, forma- [...] propunha mudar o sistema cidade onde trabalhavam. O lan- trabalho e com a oportunidade de casa própria,
da por pequenos grupos segregados por tipos çamento de um sistema de ônibus porém desprovidos de infraestruturas e sanea-
de circulação da cidade abrindo
de moradia; o segundo tipo de segregação, de- associado à progressiva abertura mento básico, o que os tornavam dependentes da
uma série de avenidas partindo
nominada centro-periferia até 1980, destinan-
de novas avenidas, possibilitou a região central , mesmo com a ineficiente rede de
do centro até os subúrbios. Ele expansão da cidade em direção a transporte coletivo no qual a população gasta ho-
do as classes média e alta nas áreas centrais exigiu uma considerável demo- periferia (CALDEIRA, 2003, p. 216- ras para se locomover (CALDEIRA,2000).
com infraestrutura, e as classes mais baixas lição e remodelação da região 217). Região consolidada com a condição de
em áreas periféricas, período em que houve central, cuja zona comercial foi cidade dormitório, sendo um assunto bastante
um alto crescimento da metrópole paulistana, reformada e aumentada, estimu- discutido pelo Governo, mas que ainda carece de
como citado anteriormente; e o terceiro tipo Com a vigência da Lei do inquilinato e o soluções e intervenções urbanísticas.
lando a especulação imobiliária.
ocorre desde 1980, onde diferentes grupos so- Plano de Avenidas, desestimulando a criação de A grande massa encontrou muitas dificul-
Consequentemente, os trabalha- habitações para locação ocasionados pelo con-
ciais ocupam a mesma região, mas, de forma dades na metrópole que surgia, “a sedução fácil
dores que não podiam pagar os gelamento do valor dos aluguéis até 1964. de uma teoria de conveniência harmoniosa e di-
individualista, com muros altos, condomínios elevados aluguéis acabaram sen- Juntamente com o baixo custo de lotes vertida é negada, entretanto, pela geografia socio-
fechados como modelo ideal de moradia e se- do expulsos do centro[...] Uma na periferia , ocasionou a autoconstrução como econômica das origens” (ROLNIK, 2001, p.45), a
gurança, negando a cidade e sua vivência so- das principais causas da concen- forma de moradia própria consolidada, com cidade que crescia absorveu a mão de obra dos
cial. tração da cidade era o transporte cultura popular até os dias de hoje, seguindo o migrantes, mas a periferia, aos olhos do poder
Observa-se que desde o primeiro tipo coletivo baseava-se no sistema tipo de segregação da cidade: centro-periferia. público se configurou no habitar dos menos favo-
de segregação , a tendência sempre foi de se de bondes, que requeria instala (GROSBAUM,2012) recidos (OLIVEIRA, 2015).

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2.2 SEGREGAÇÃO ESPACIAL Número de Lançamentos Residenciais Verticais
Município de São Paulo
1992 a 2015
[...]A expansão horizontal ili- Distribuição das Favelas - Município de São Paulo
Distribuição das Favelas
Município de São Paulo
2017 2017
mitada, concepção coerente
com o modelo radiocêntrico
de sistema viário proposto
pelo plano de Prestes Maia, PERUS

FREGUESIA
JACANA
TREMEMBE

viabilizou o lançamento de
BRASILANDIA

PIRITUBA
JARAGUA

loteamentos em periferias
SANTANA

TUCURUVI
SAO MIGUEL

distantes. A autoconstrução CASA VERDE


CACHOEIRINHA
VILA MARIA
VILA GUILHERME ERMELINO
MATARAZZO
ITAIM PAULISTA

em lotes próprios era, por sua LAPA

MOOCA
PENHA

vez, a resposta, do ponto de


SE GUAIANASES

ARICANDUVA
PINHEIROS FORMOSA ITAQUERA

vista da economia imobiliá- BUTANTA


CARRAO

VILA PRUDENTE
CIDADE

TIRADENTES

ria, à crise da moradia. (ROL- VILA MARIANA SAPOPEMBA

SAO MATEUS

NIK,2017,p.34)
IPIRANGA
CAMPO
LIMPO

SANTO AMARO

CIDADE

M’BOI MIRIM ADEMAR

CAPELA
DO SOCORRO

Favelas
Distrito
Prefeituras Regionais

PARELHEIROS
0 5 10 15

Quilômetros
>

Fonte: Secretaria Municipal de Habitação


Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento - SMUL
Coordenadoria de Produção e Análise de Informação – Geoinfo .

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27
Território e cidadania
Território e Desigualdades Sociais
Território e Desigualdades Sociais

Conjuntos Cohab Conjuntos CD


2.3 CIDADE DORMITÓRIO - ZONA LESTE 2006 e cidadania
Território 2006

Território e cidadania
Conjuntos Cohab Conjuntos CDHU

A Zona leste foi caracterizada com ocu- construção de novas unidades Conjuntos COHAB - 2006
2006 2006

dos lotes, foram se aden- com recursos provenientes do


pações irregulares e ilegais , pois não haviam sando progressivamente, Fundo Municipal de Habitação Território e Desigualdades Sociais
Conjuntos Cohab Con
políticas públicas para produção e subsídio a conformando uma condi- e de convênios com agentes fi- 2006 200

moradia até meados de 1970, contrariando as ção mais extrema do que a nanceiros, como a Caixa Econô-
normas urbanísticas, formando a desarticula- mica Federal, outras entidades Território e cidadania
dos loteamentos irregulares governamentais e iniciativa pri-
ção viária, a insuficiência de áreas de domínio (GROUSBAUM, 2012, p.13) vada. Tem, ainda, como uma de Conjuntos CDHU - 2006
Conjuntos Cohab Conjuntos CDHU

público e a inconclusa implantação dos me- suas atribuições, a aquisição e 2006 2006

lhoramentos urbanos. comercialização de terrenos e Distritos

Número de unidades

glebas com a finalidade de pro- habitacionais

Distritos
Por falta de políticas públicas Ao passar dos anos e depois alguns movi- visão de moradia para a popu-
0
De 1 a 300
De 301 a 750 Número de unidades
abrangentes para controlar e mentos sociais se manifestaram e a população lação de baixa renda (SOUZA, De 751 a 2000 habitacionais
De 2001 a 3000

atender esta demanda, os assen- começa a reivindicar seus direitos e sendo reco- 2009,S.P.). 3001 e mais 0
De 1 a 300
tamentos espontâneos se forma nhecidos perante a cidade, resultando no pla- Mesmo reconhecidos pelas leis, na De 301 a 750 Distritos
como alternativa viável à popu- nejamento de novas moradias e a construção da Constituição e no Estatuto da Cidade, o direi-
Distritos
De 751 aNúmero
2000 de unidades
Número de unidades
Fonte: Cadastro Unificado Sehab/Cohab/CDHU,
habitacionais2006. habitacionais
De 2001 a 3000
0 6 12 18

lação sem condições de viabili- COHAB, como objetivo era produzir habitações to e o acesso pleno aos serviços públicos, as 0
Quilômetro

3001 e mais 0
regiões periféricas nascidas do processo frag-
De 1 a 300
A provisão habitacional por parteDedo
301Estado tem, via de regra, reforçado o padrão de crescimento periférico e a formação de bairros
zar uma habitação pelo mercado populares a preços acessíveis. (CALDEIRA,2000;
a 750
De 1 a 300
residenciais monofuncionais. A dificuldade
De 751 a 2000 em modificar este tipo de ação esbarra na valorização do solo urbano, que dificulta a
mentado de formação da cidade, ainda são in- De 2001 a 3000 De 301 a 750
produção de moradia social. Mais recentemente, e com apoio da legislação decorrente do Estatuto da Cidade, algumas ações têm
formal. As favelas, localizadas OLIVEIRA , 2015; RODRIGUEZ,2013) visíveis, a população continua estagnada em
3001 e mais
mudado este panorama, valendo-se principalmente de instrumentos urbanísticos que garantem De 751 a 2000 de população de baixa
a presença
renda em áreas mais valorizadas pelo mercado. De 2001 a 3000
nos sítios mais precários e sem espaços urbanos, porém distantes do direito e 3001 e mais
[...] desenvolve programas A precariedade habitacional reflete distintas estratégias de sobrevivência das classes populares diante das contingências cotidianas. A

nenhum tipo de traçado prévio acesso à cidade. favela e o cortiço refletem a busca por melhores localizações do ponto de vista0 da acessibilidade e18 das relações comunitárias,
habitacionais e promove a
6 12
Fonte: Cadastro Unificado Sehab/Cohab/CDHU, 2006.
Fonte: Cadastro
importantes Unificado dos
para a sobrevivência Sehab/Cohab/CDHU,
pobres. Já os loteamentos,2006.juntamente com os conjuntos Quilômetro
habitacionais, são os principais
responsáveis pela expansão horizontal da cidade em direção às periferias. Constituem, portanto, soluções mais ligadas à propriedade
A provisão habitacional por parte do Estado tem, via de regra, reforçado o padrão de crescimento periférico e a formação de bairros
territorial, mesmo que informal, agravadas pelos altos custos sociais de mobilidade que são requeridos.
residenciais monofuncionais. A dificuldade em modificar este tipo de ação esbarra na valorização do solo urbano, que dificulta a

A provisão habitacional por parte do Estado tem, via de regra, reforçado o padrão de
produção de moradia social. Mais recentemente, e com apoio da legislação decorrente do Estatuto da Cidade, algumas ações têm
mudado este panorama, valendo-se principalmente de instrumentos urbanísticos que garantem a presença de população de baixa
Fonte: Cadastro Unificado Sehab/Cohab/CDHU, 2006.
residenciais monofuncionais. A dificuldade em modificar este tipo de ação esbarra
renda em áreas mais valorizadas pelo mercado.
56 Olhar São Paulo
produção de moradia social. Mais recentemente, e com apoio da legislação decorre
A precariedade habitacional reflete distintas estratégias de sobrevivência das classes populares diante das contingências cotidianas. A
28 favela e o cortiço refletem a busca por melhores localizações do ponto de vista da acessibilidade e das relações comunitárias,
importantesmudado estedospanorama,
para a sobrevivência A provisão
pobres. valendo-se
habitacional
Já os loteamentos, principalmente
juntamente porosparte
com conjuntos de instrumentos
dohabitacionais,
Estado tem,
são osvia de regra,
principais
responsáveis pela expansão horizontal da cidade em direção às periferias. Constituem, portanto, soluções mais ligadas à propriedade
29 oqp
urbanísticos
reforçado
renda
territorial, mesmo em áreas
que informal, mais
agravadas
residenciais
valorizadas
pelos altos
monofuncionais.
custos sociais depelo mercado.
mobilidade
A dificuldade em modificar este tipo de ação
que são requeridos.
produção de moradia social. Mais recentemente, e com apoio da legislação
Bandeirantes
Quadroespacial
Distribuição Econômico
da atividade econômica
Anhangüera
Empregos Distritosformais, segundo setores de atividade econômica

Distritos
Variação do Município
Distribuição de São
espacial Paulo
daIndústria
atividade econômica Comércio Se
Território e Desigualdades Sociais Empregos formais, segundo setores de atividade econômica
Território e Desigualdades Sociais
2004 13.064 Distritos do Município de São Paulo
Empregos formais, segundo setores de atividade econômica
Pres. Dutra 0,00
2004 Anhangüera A
Ayrton Senna Jacu-Pêssego
Distritos
-13.796
do Município de São Paulo
Anhangüera Bandeirantes Bandeirantes

Território e oportunidades econômicas


2004
Indústria
Número de empregos,
Distribuição espacial da atividade econômica
Comércio Serviços
Marginal por áreas de ponderação
Entende-se a periferia, uma área mes-
Variação dos empregos formais
Território Variação econômicas
Tietê e oportunidades dos empregos formais 1996-2001 IndústriaDistribuição espacial
Empregos formais, da atividade
segundo setores deeconômica Comércio
atividadePres.
econômica
Dutra
Serviços
Pres. Dutra
1996/2001 13.796 Trabalhadores Trabalhadores
Distritos do Município de São PauloAnhangüera Bandeirantes Anhangüera
mo que urbanizada , está territorialmente dis- Variação dos empregos formais
Marginal
1996/2001 Bandeirantes
Indústria
Bandeirantes
Anhangüera
8.253
2004 Comércio
Empregos formais, segundo setores de atividade Serviços - 2004
econômica
Bandeirantes
Anhangüera
Distritos 3.641 Marginal Marginal
Pinheiros 932 Anhangüera Anhangüera
tante das centralidades de extensão , ao con- Anhangüera Bandeirantes Variação Distritos 2
Anhangüera Bandeirantes
Tietê
Bandeirantes
Tietê Bandeirantes

Anhangüera Anhangüera
texto urbano e á condição de cidade.
Anhangüera Bandeirantes Bandeirantes Bandeirantes
13.064
Variação
Indústria
Pres. Dutra
Marginal
Trabalhadores
Pinheiros
Comércio Pres. Dutra
Marginal
Trabalhadores
Pinheiros
Serviços Pres. Dutra Trabalhadores
Pres. Dutra 0,00
Ayrton Senna Jacu-Pêssego 13.064

Áreas inteiras já consolidadas, Av. Brig. Faria Lima Pres. Dutra


Ayrton Senna Jacu-Pêssego
-13.796
0,00 Marginal Anhangüera Bandeirantes
Pres. Dutra Trabalhadores
Marginal Anhangüera Bandeirantes
Pres. Dutra Trabalhadores
Anhangüera Marginal
Bandeirantes
Pres.

Número de empregos, Tietê Pres. Dutra Tietê Pres. Dutra Tietê Pres. Dutra
Marginal -13.796 Trabalhadores Trabalhadores Trabalhadores
com infraestrutura completa, Tietê
por áreas de ponderação
Número de empregos,
Marginal
Tietê
Marginal
Tietê
Marginal
Tietê
Marginal 13.796
Anchieta por áreas de ponderação MarginalMarginal Av. Brig. Faria Lima Marginal
Marginal Av. Brig. Faria Lima Marginal Marginal Av. Brig. Fa
ainda carregam a marca de um Marginal
Pinheiros
Tietê 8.253
Av.
3.641do Estado
932 13.796
PinheirosTietê
Marginal
Pres. Dutra Tietê Pinheiros
Trabalhadores
Marginal
Pres. Dutra Trabalhadores
Tietê Pinheiros
Marginal
Pres. Dutra Trabalhadores

2
Pinheiros Anchieta Pinheiros Anchieta
Pinheiros
8.253
Imigrantes
processo de ocupação ex post,
Marginal Marginal Marginal Marginal
Marginal Marginal Av. do Marginal
Pinheiros
3.641 Tietê TietêEstado Tietê Av. do Estado
Av. Prof. Abraão de Moraes 932 Pinheiros Pinheiros Pinheiros
2 Imigrantes Imigrantes
Av. Ricardo Jafet
ou seja, em que a cidade chegou
Marginal Marginal Marginal
Av. Brig. Faria Lima Pinheiros
Av. Prof. Abraão de Moraes
Pinheiros Pinheiros
Av. Prof. Abraão de Moraes
Av. Dom Pedro I Av. Brig. Faria Lima Av. Brig. Faria Lima Av. Ricardo Jafet Av. Brig. Faria Lima
Av. Ricardo Jafet
Território e Desigualdades Sociais Av. Brig. Faria Lima Av. Dom Pedro Av.
I Brig. Faria Lima
Av. Brig. Faria Lima
Av. Dom Pedro I
muito depois dos moradores e Av. Brig. Faria Lima
Anchieta
Av. Paulista Av. Brig. Faria Lima Anchieta
Av. Brig. Faria Av.
Lima do Estado Anchieta
Av. Brig. Faria Lima
Av. Paulista Av. Brig. Faria Lima
Anchieta
Av. do Estado
Av. Brig. Faria Lima
Anchieta Av. Brig. Faria Lima Av. Paulista
Anchieta
Av. do Estado Anchie
Av. do Estado
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini
suas casas. (ROLNIK,2017, p. 67)
Av. do Estado Av. do Estado Av. do
Imigrantes Anchieta Imigrantes Anchieta Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Anchieta
Imigrantes Av. Eng. Luiz CarlosAnchieta
Berrini
Anchieta Imigrantes
Av. Prof. Abraão de Moraes Av. do Estado Av. Prof. Abraão Av.de
do Moraes
Estado Imigrantes Anchieta Av.Av.
doProf.
Estado Anchieta
Abraão de Moraes Imigrantes Av. do Estado Imigrantes
Av. Prof. Abraão de Moraes
Av. do Estado Av. do Estado Av. do Estado
Av. Ricardo Jafet Av.Imigrantes
Ricardo Jafet Av. Prof. Abraão de Moraes Imigrantes Av. RicardoImigrantes
Jafet Av. Prof. Abraão de Moraes Imigrantes Av. Ricardo Jafet Av. Prof. Abraão de
Imigrantes Imigrantes Imigrantes
Av. Dom Pedro I Av. Prof. Abraão de Moraes Av. Ricardo Jafet Av. Prof. AbraãoAv.
deDom
Moraes Av. Ricardo Jafet Av.
Av. Prof. Abraão de de Moraes Av. Ricardo Jafet
Av. Dom Pedro I Pedro
Av. Prof.I Abraão de Moraes Av. Dom Pedro I
Portanto, a infraestrutura que Território
as torna Av. Prof. Abraão de Moraes Av. Prof. Abraão de Moraes Prof. Abraão Moraes
Av. Ricardo Jafet Av. Dom Av.
Pedro
Ricardo Av. Dom Pedro I
I Jafet Av. Ricardo Jafet Av. Ricardo Jafet Av. Dom Pedro I Av.
Av. Ricardo Jafet
Ricardo Jafet
e oportunidades econômicas Av. Paulista Av. Ricardo Jafet
Av. Paulista Av. Dom Pedro I Av. Dom Pedro I Av. Dom Pedro I Av. Dom Pedro I Av. Dom
Av. Dom Pedro
PedroI I
Av. Paulista
O mapa de variação de empregos indica forte crescimento na oferta de
Av. Dom Pedro I Av. Paulista Av. Paulista
parte da cidade, não integra plenamente e fi-
Av. Paulista Av. Paulista Av. Paulista Av. Paulista
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Paulista
Av. Paulista
Av. Paulista
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Paulista
Variação dos empregos formais empregos no eixo sudoeste, ao longo da faixa da Marginal do Pinheiros.
Av. Paulista Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Eng. Luiz Carlos Ber
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Eng. Luiz Carlos Berrini

sicamente na condição de “ser cidade”.1996/2001


A Zona Outras regiões também se destacam, sobretudo Barra Funda e Vila Mariana.
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Número de Empregos Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Número de Empregos Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Eng. Luiz Carlos Berrini

Leste foi precariamente urbanizada através da O mapa de variação de empregos indica forte crescimento
Anhangüera Bandeirantes
Observam-se
na oferta deainda pequenas variações positivas espalhadas pela cidade,
empregos no eixo sudoeste, ao longo da faixa da Marginal do Pinheiros. 15.951 20.644
principalmente na zona na leste.
ofertaJá
de os círculos em azul indicam áreas que
Distritos
Número de Empregos Número de Empregos Número de Empregos
necessidades de seus residentes , ainda hoje Outras regiões também se destacam,
Observam-se ainda pequenas
O mapa sobretudo
de variação
variaçõesnopositivas
empregos
Barra
de Funda
empregos
perderam
espalhadas
eixo sudoeste,
e Vilaindica
Mariana.
forte crescimento
empregos
pela cidade,
ao longo da formais.
faixa da Marginal A indústria é a responsável por boa parte das
do Pinheiros.
9.132
4.081
Número de Empregos Número de Empregos
10.992
5.122 Número de Empreg Númer
Variação
Número
Número de Empregos Número de Empregos
deEmpregos 1.045
Número de Empregos Número de 1.469
Empregos 63.950

desprovidos da cidade no quesito direito a 1 15.951


principalmente na zona leste. Já os
Outras círculos
regiões em azul
também indicam áreas
se destacam, que Barra Funda e Vila Mariana.
sobretudo 10 20.644

perderam empregos formais.Observam-se


A indústria éainda
a responsável
perdas
pequenas por
no
boa parte
variações
período
das
positivas
citado, tal como
espalhadas pela cidade,
ocorre na Lapa, na Vila Leopoldina, na 13.064
9.132
4.081
1.045
10.992
5.122
38.332
16.098
1.469 4.141 63.950
região central naeem
em áreas próximas
áreas que à Av. do Estado. É importante dizer que o
63.950 1

moradia digna, oportunidades de trabalho,


10
perdas no período citado, talprincipalmente
como ocorre na naLapa,
zonana Vila Leopoldina,
leste. Já os círculos
Pres. Dutra azul indicam 0,00 15.951 15.951 20.644 15.951 20.644 2
9.132 20.644 9.132 38.332 38.332
região central e em áreas próximas
perderamà Av.empregos
do Estado.formais.
É importante
A dizer
indústria que
é a Ayrton Senna
o
responsável Jacu-Pêssego
por boadeparte das 9.132 10.992
mapa expressa o saldo empregos formais. Pode haver, portanto, 4.081
4.081 10.992 5.122 4.081
16.098
10.992
5.122 16.098
quantidade e qualidade de equipamentos pú- mapa expressa o saldo deperdas empregos formais.
no período Pode
citado, tal haver, portanto,
como ocorre na Lapa, na Vila Leopoldina, na -13.796 1.045 5.122 1.469 1.045 1.469
1.045 1.469 4.141
simultaneamente perda emregião um setor e eganho
central simultaneamente
em próximas
em áreas outro. Desse
à Av. domodo, perda em um
Estado. É importante dizer que o setor e ganho em outro. Desse modo,
Número de empregos, 1
1
10
10 1 4.141 10
2
2
blicos.
Marginal
Tietê
eventuais reconversões produtivas
mapa locais podem
expressa eventuais
estar camufladas
o saldo de empregos no reconversões
mapa. produtivas
formais. Pode haver, portanto, locais podem estar camufladas no mapa.
por áreas de ponderação
Os dados indicam que, no município, houve variação
simultaneamente perda em positiva no total
um setor de em outro. Desse modo,
e ganho
Os dados indicam que, no município, houve variação positiva no total de
13.796
Segregação exposta pelo poder público, empregos em 71,05% das áreas
Marginal
de ponderação
eventuais do Censo.
reconversões produtivas locais podem estar camufladas no mapa.
Os dados indicam que, noempregos município, houveem 71,05% das áreas
variação positiva no totaldedeponderação do Censo.
8.253
3.641
Pinheiros
com seus planos para a cidade , contribuindo empregos em 71,05% das áreas de ponderação do Censo. 932

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais − Rais.


2 0 6 12 18

para a ocupação periférica desordenada ao Fonte: Fundação Seade. Cadastro de Unidades Locais. Nota: Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo
Quilômetros

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais − Rais.


0 6 12 18
Nota: Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo.
longo dos anos , omitindo a malha urbana e a Av. Brig. Faria Lima
Fonte: Fundação Seade. Cadastro de Unidades Locais.
Quilômetros

− Rais.
0 6 12 18
Nota: Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo. 0 6 12 18
Fonte: Fundação Seade. Cadastro de Unidades Locais.
qualidade de vida urbana que ali habitam. Nota: Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo. Anchieta
Fonte: MinistérioNota:
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego.
Quilômetros
Realizado
Relação
do Trabalho
Anual
e Emprego.
0 6 com Philcarto
de Informações -Sociais
Relação Anual
12 http://perso.club-internet.fr/philgeo
de Informações Sociais − Rais. O gráfico com as principais atividades
18
Quilômetros (exclusive
0 6 12
Nota: Realizadodo
com Philcartoe -Emprego.
http://perso.club-internet.fr/philgeo − Rais. 0 6 12 18
Av. do Estado
60
Imigrantes
Olhar São Paulo Quilômetros
Fonte: Ministério Trabalho Relação
Valor Adicionado Fiscal,Anual deprincipais
segundo Informações Sociaiseconômica
ramos de atividade
Nota: Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo os serviços financeiros), segundo o valor
Quilômetros
Av. Prof. Abraão de Moraes
Município de São Paulo Quilômetros
60 Av. Ricardo Jafet Olhar São Paulo
Nota: Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo adicionado fiscal, ilustra bem a diversidade
Av. Dom Pedro I 2005

30 econômica de São Paulo. Dos 18 ramos de


Av. Paulista
60 Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Olhar São Paulo
Indústria - minerais não metálicos
Indústria - máquinas, aparelhos e materiais alétricos O gráfico com as principais atividades (exclusive O gráfico31 co(
ValorIndústria
Valor Adicionado Fiscal, segundo principais Adicionado
ramos de Fiscal,
atividade
Indústria - metalurgia básica - ferrosos
segundo
econômica principais ramos de atividade
atividade econômica O
cujo valor gráfico
adicionadocom
fiscalas principais
é superior a atividades
Município de São Valor
Paulo Adicionado Fiscal, segundo principais ramos de atividade econômica os serviços
- vestuário e acessórios
1Obilhão financeiros),
gráfico
de com
reais, três as segundo
principais
estão o valor
atividades
no setor de serviços os serviços
(exclusiv
O mapa de variação de empregos indica forte crescimento na oferta de
empregos no eixo sudoeste, ao longo da faixa da Marginal do Pinheiros.
Indústria - produtos de plástico
Município de São Paulo
Comércio varejista - distribuição de combustíveis os serviços financeiros), segundo
2.4 MOVIMENTOS PENDULARES

A desigualdade nas regiões periféricas ção da população como a zona leste, tornaram-
reflete-se também na oferta da distribuição de -se um importante aspecto a ser considerado na
equipamentos e de infraestrutura de serviços dinâmica urbana metropolitana.
públicos, espaços desiguais e baixa qualidade Constituem-se numa dimensão da orga-
de vida para parcelas da população (MARICA- nização e da alocação das atividades econômi-
TO, 2000; BURGOS, 2008; ROLNIK, 2012). cas, mediatizados pela junção dos processos de
A diversidade de elementos presentes transformação do espaço urbano, derivados da
no espaço urbano, permeiam e diferenciam sua forma de expansão, da ocupação pela popu-
os deslocamentos populacionais, formando lação, e da divisão das
um panorama atual diversificado dos movi- funções urbanas.
mentos. As profundas desigualdades econômicas
Decréscimo nos fluxos migrató- e sociais na região se expressam no espaço, na
rios de longa distância; intensi- ocupação e na distribuição do uso do solo que
ficação da migração de retorno; assumem uma forma altamente discriminató-
consolidação da migração intra- ria, segregando nas áreas mais distantes e caren-
-metropolitana ; aumento dos tes de infraestrutura as camadas mais pobres da
movimentos migratórios intra- população.
-regionais e de curta distância; Essa situação obriga a população a buscar
predomínio das migrações do recursos e atividades, deslocamentos diários de-
tipo urbano-urbano; aumento nominados movimentos pendulares em direção
dos movimentos pendulares da a área central para o lugar de trabalho, estudos,
população (Baeninger, 1998:8). consumo e passeio e devolvê-las a seus bairros
no fim do dia, sobrecarregando o transporte pú-
Os deslocamentos pendulares, caracterizados blico e congestionando as principais vias estru-
como um tipo de mobilidade populacional, turais da cidade.
mais intensos em áreas de maior concentra- Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitura,2019

32
33
2.5 GENTRIFICAÇÃO: EXCLUSÃO E RESISTÊNCIA POPULAR

ABANDONO
De acordo com Fix (2001), gentrificação
consiste na valorização comercial mediante a
tal global, bem como forte repressão e por seu
poder ser maior que o da população que será
ESTIGMATIZAÇÃO
especulação imobiliária, por sua vez em ter- deslocada, acabam intervindo em expulsão e re-
DEGRADAÇÃO DE
SERVIÇOS BÁSICOS E DENUNCIA DA POBREZA E ESPECULAÇÃO TERRENO
renos ociosos ou simultaneamente com a ex- alocação para áreas periféricas e ainda mais dis- EQUIPAMENTOS INSEGURANÇA NA REGIÃO MERCADO IMOBILIÁRIO BAIXO CUSTO
pulsão da população pobre , de uma área de tantes, ou seja, uma substituição dos habitantes PÚBLICOS. ADQUIRI IMÓVEIS E
interesse da cidade. , reprimindo as minorias opositoras à gentrifi- LOTEAMENTOS NA
CIDADE.
O mercado imobiliário adquirem os cação e a precarização da vida das pessoas na ci-
terrenos por um baixo custo para a construção dade, onde não conseguem desfrutar das novas
de empreendimentos pois serão supervalori- melhorias e requalificação das áreas públicas
zados através do mercado. Esses empreendi- que serão ajustadas em todo o contexto.
mentos tem o propósito de armar novas cen- Essas intervenções abordam um discurso
tralidades concentrando parte da economia e da “requalificação” como algo prejudicial e in-
do poder local. O que seria uma restauração desejado precisando ser retirado da região, mu-
de áreas degradadas juntamente a melhorias, dando o uso social dos espaços e a criação de
acaba deteriorando e fortalecendo a segrega- uma nova imagem da cidade.(UCHÔA 2014). ENCARECIMENTO
ção socioespacial. Como podemos observar no Projeto Nova
Essas estratégias fazem parte de um Luz (2005), em uma remodelação do uso e espa- EXPULSÃO
concepção de concentração e desconcentra- ço, parte da proposta revendo a desapropriação AUMENTO DAS TARIFAS E TERRENO
EXPULSÃO DA
ção projetual de áreas de dispersão residencial, e demolição de 13 quadras urbanas, dispersan- CUSTO DE VIDA,
CONSEQUÊNCIA DO
POPULAÇÃO ORIGINÁRIA COMERCIALIZAÇÃO ALTO CUSTO
fugindo da cidade e seus congestionamentos , do a população de baixa renda e as demais par- “ENOBRECIMENTO”.
POR MEIO DE ACORDOS O BAIRRO “ENTRA NA MODA”.
uma maneira de escape para a população que tes ficariam a disposição de lançamentos imobi- OU À FORÇA.
deseja uma centralidade afastada. liários construídos pelo consórcio vencedor.
A chegada de novos empreendimentos
pelo mercado imobiliário, a presença de capi- Fonte: Elaborado pela autora,2019.

34
35
O projeto foi revogado em 2013 por
uma Ação Civil Pública movida pela Defenso-
ria Pública do Estado de São Paulo e o projeto
A requalificação faz parte de um em-
basamento de atividades de melhoramento
em uma determinada região, abrangendo
GENTRIFICAÇÃO
de lei 282/2013, alegando a falta de participa- não somente estética, mas principalmente
ção social e segmentos da sociedade civil, ig- aos cidadãos que as habitam.

REURBANIZAR
norando completamente os usos existentes, Assim é preciso mecanismos de con-
sem nenhuma diretriz e soluções de garantia trole para a administração e distribuição de
para a manutenção e empregabilidade da po- renda e classes, dos aluguéis, mercadoria, A CIDADE
pulação afetada. terrenos entre outros, de forma que sejam
condizentes o acesso de todos , para a per-
Caso os munícipios cumpris-
manência em áreas que mesmo com novos
sem seu papel constitucional
empreendimentos e avanço na infraestru-
de dar prioridade ao transpor-
te coletivo, controlar o uso do
solo seguindo as leis e os pla-
tura existente, não se sintam coagidos a se
realocar, e que não seja destinado/acessível
REQUALIFICAR
apenas para um determinado grupo/clas- OS ESPAÇOS URBANOS
nos diretores e regulamentar a
se econômica, evitando a total segregação,
atividade imobiliária visando o
seja ela social ou espacial.
interesse social, orientado pelo
Estatuto da Cidade, esse impac-
to poderia ser bem menos vio-
lento. Mas não é o que aconte-
RES-SIGNIFICAR
OS ESPAÇOS PÚBLICOS
ce. (MARICATO,2013)

SEGREGAÇÃO SOCIO - ESPACIAL


36
37
2.6 FORMAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE

especial com o mundo adul-


O conjunto de trabalho, estudo e lazer, Essa insatisfação não é muito discutida social é necessário analisar as categorias ida-
to e sua entrada nele. Por
ou valor, conhecimento e alegria denomina- pelo simples fato do regime capitalista categori- de, moratória, geração e crise de geração.
isso, é importante compre-
da e retratada como ócio criativo, de acordo zar como doença e incentivar a mudança e pen- ender as experiências con-
com Domenico De Mais (2000), que demons- samento crítico (SAFATLE,2012). O cidadão sem Portanto a recuperação do espaço ur-
cretas nas quais a juventude
tra como a satisfação pessoal aumenta a pro- tempo para reflexões e influenciadas pelo capi- bano através de políticas públicas como es-
se produz, articulando ex-
dutividade e a imaginação do indivíduo: talismo e consumo, que transmite uma imagem paços de convivência comum da sociedade
, lazer e educação, devem estar dispostos a pectativas, o ambiente cul-
Existe um ócio alienante, que de satisfação, camuflando os questionamentos e
toda e qualquer região como instrumentos de tural, trajetórias, modos de
nos faz sentir vazios e inúteis. manipulando o conformismo, pois a insatisfação
inclusão e acessível a todos. pensar e agir com as condi-
Mas existe também um outro e a manifestação, gera um pensamento crítico,
ções materiais e concretas
ócio, que nos faz sentir livres e sendo confrontante ao sistema.
O Capitalismo depende do indivíduo, en- nas quais estão inseridos.
que é necessário à produção de [...] ao mesmo tempo, pela
tão os manipulam e exploram e em diversas ca- heterogeneidade e pelo (MARCASSA, 2017, p. 14).
idéias, assim como as idéias são
necessárias ao desenvolvimento sos o Estado se ausenta, os tornando incapazes agrupamento, pela diver- Um dos principais desafios é o de
da sociedade (DE MAIS in RUA- de reivindicar diante ao sistema que ignoram a sidade e pela semelhan- romper com estigmas criados sobre os
NO, (2017) baixa qualidade de vida, o direito ao trabalho, à ça, portanto, marcada por jovens, que acabam por transferir uma
saúde, à educação e à propriedade das famílias, determinações de classe, problemática inerente às estruturas de
Através do ócio criativo é possível desenvolver principalmente as mais pobres, atingindo brutal- gênero, etnia e também cli-
uma identidade do indíviduo por sua sabedo- vulnerabilidade, sendo vistos como jo-
mente uma família em todo contexto. vada por diferenças produ- vens vulneráveis.
ria, e não pelos seus bens. As longas jornadas A formação histórica das necessidades e zidas pelas condições edu-
de trabalho e a locomoção deixam o indivíduo Ao mesmo tempo em que a res-
configurações das relações sociais de seu desen- cacionais e culturais, pelo ponsabilidade pelo quadro de vulnera-
com menos tempo para suas atividades e tem- volvimento, se dá a partir da organização e do local de moradia e pela re-
pos livres, que muitas das vezes é nesse tempo bilidade é transferida aos jovens, as po-
modo de ida na sociedade moderna, para consi- lação que estabelece com líticas frequentemente são imbuídas de
que surgem novas idéias e reflexões. derar uma identidade e construção histórica e so- outras gerações, em especi- caráter assistencialista, voltadas a um

38
39
jovem frágil, que terá superado essa condição ocasiona o indivíduo a ser vulneráveis a A partir disso, entende-se a relevância de enten-
somente ao alcançar sua fase adulta. transgressões. São excluídos de situações dig- der as trajetórias vividas pela população em ques-
As ações que estimulam a formação pes- nas de sobrevivência, pois dependem de uma tão e sua luta cotidiana para construir sua iden-
soal e profissional fazem parte dos interesses inserção precoce no mundo do trabalho, que tidade no âmbito do espaço urbano, onde o local
dos jovens, principalmente no campo da qua- lhes propicia salários que custam exaustivas de moradia eventualmente é mesmo determinan-
lificação profissional. Assim, a necessidade de horas de trabalho e que acarretam consequ- te nessa constituição.
uma boa formação profissional torna-se ainda ências negativas, que não priorizam o seu de-
mais iminente, ao assegurar emprego e renda senvolvimento comprometendo as condições
essas como legítimas preocupações juvenis, de uma vida digna, como o acesso e usufruto
ainda que pouco reconhecidas pelas políticas pleno dos bens proporcionados pela vida na
públicas. cidade.
Nesse contexto DAYRELL (1996) sugere
a produção de “novos espaços, novos tempos e
novas formas de sua produção e formação como
atores sociais” a partir da produção sociocultu-
ral especialmente para jovens. Investindo na Cultura, educação, comunidade, la-
importância do processo de socialização e de zer e esporte são esferas constituin-
Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitura,2019 tes na elaboração e vivência dos pro-
constituição do sujeito , identificando que es-
sas práticas constroem referências na vivência Isso implica o descrédito de suas potencialidades cessos de construção de identidade
da condição juvenil, promovendo um sentido a na ocupação de postos de trabalho que oferecem poucas individual e coletiva na formação da
vida cujo contexto é desprovido do mesmo. condições de mobilidade profissional ascendente, mui- sociabilidade. Sendo assim, a neces-
No contexto da globalização, na qual as tas vezes sem garantia trabalhista e com baixa remune- sidade de compreender o uso e o sen-
condições socioeconômicas da população que ração. tido e as relações construídas entre
habitam nos territórios com precariedade so- Sabemos que o direito a cidade é o fator impor- as comunidades e seus espaços de es-
cial, evidenciada pela pobreza e poucas opor- tante no âmbito urbano e na cidadania . Porém, viver porte e lazer é parte de um processo
tunidades de emprego, transmite o sentimen nas periferias, principalmente das grandes cidades, é de reivindicação de direitos, luta por
nto da baixa autoestima para suas perspectivas conviver com vulnerabilidades variadas,equipamentos democracia participativa e constru- Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitu-
profissionais e a falta de perspectiva de um fu- públicos insuficientes, poucas diversidades de trabalho, ção (IDDEHA,2012 p.133) ra,2019
turo promissor. cultura, esporte e lazer, limitadas e

40
41
A partir disso, entende-se a relevância desmistificando sua vulnerabilidade e incapaci-
de entender as trajetórias vividas pela popula- dade de se destacar perante a sociedade.
ção em questão e sua luta cotidiana para cons-
truir sua identidade no âmbito do espaço ur- (...) qualificação dos sistemas
bano, onde o local de moradia eventualmente de espaços livres é, portanto,
é mesmo determinante nessa constituição. contribuir para a educação,
saúde, transportes, habitação
(...) qualificação dos sistemas de (vida cotidiana), saneamento
espaços livres é, portanto, contri- e meio ambiente, é construir
buir para a educação, saúde, trans- uma cidade melhor, é pensar
portes, habitação (vida cotidiana), no homem enquanto cidadão e
saneamento e meio ambiente, é não apenas como consumidor
construir uma cidade melhor, é (QUEIROGA et al.,2011)
pensar no homem enquanto cida-
Sobre essa realidade excludente, define –
dão e não apenas como consumi-
se formação social ,profissional, e cultural com
dor (QUEIROGA et al.,2011) prioridade, como também a viabilização de uma
Diante dessa desestrutura educacio- forma digna para a autodeterminação.
nal, do trabalho predatório e da invisibilidade Ao mesmo tempo em que vivenciam os
, o que mais estimula esses indivíduos à va- problemas, se preocupam em transmitir uma
lorização da formação profissional, educacio- imagem de auto suficiênciwa diante da socieda-
nal e cultural é o fator evidente para a empre- de, como forma de se defenderem da opressão
gabilidade diversificada e a ascensão social, do bairro. Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitura,2019

42
43
Território e Desigualdades Sociais

2.7 CIDADE POLICÊNTRICA Territórios e oportunidades econômicas


Território e oportunidades econômicas

População
População e empregos
e empregos formais formais Transporte
Transportes coletivos Coletivo
No decorrer da expansão urbana a ide- de usuários. Decorrente de acessos viários e a
ologia de um centro urbano com infraestru- rede de transporte coletivo, formam – se espe-
tura de qualidade perdurou por muitos anos. cialidades em seu entorno , capazes de diversi-
Com o espraiamento da mancha urbana o ficar o comércio, a cultura, educação. !

surge novas pequenas centralidades, efeito da A cidade policêntrica deve ser articulada !
!

insuficiência e esgotamento da demanda po- a uma rede de conexões local e regionais, uti-
!
!

%! !

pulacional. lizando como instrumento com finalidade a ci-


! !

%
!
!
!
! !

O centro tradicional passa a dade compacta e dinâmica, permitindo maior !

competir simultaneamente com flexibilidade locacional.


! !

outros centros emergentes de


!

Atuando como polo dinamizadores prin-


!
!

!!

menos dimensão que atraem a %


!

cipalmente em áreas periféricas. A centralida-


! !
! !

Distritos
!

população do seu âmbito de in- de periférica é vista também de maneira geral !


!
!
!
Número de empregos em
fluência, configurando um mé- como uma especialização comercial. 2004, por área de ponderação
!
!

todo de fragmentação e de hie- Sendo assim, entende-se que para a com- 81.662
73.500 Números de habitantes
rarquização de partes da cidade.
!

posição de uma nova centralidade é relevante 65.338 em 2000, por distritos Corredor de Ônibus
(BARRETOS,2010) evidenciar a sua atratividade, e o aumento do 57.176
49.014
Até 130.000
!
! Terminal de Ônibus
De 130.001 a 200.000
A cidade de São Paulo passa a experien- fluxo regional , assim planejando e garantindo a 40.852
200.001 e mais
Linha Ferroviária
32.690
ciar subcentros em um modelo policêntrico autossuficiência do cotidiano e os deslocamen- 24.528
Linha Metroviária

com a disposição de valorizar as potenciali- tos propositalmente derivados da implantação, 16.366 Aeroportos

mediante atração e investimentos, a geração


8.204
%
Terminais Rodoviários
dades de cada região da cidade, evitando uma 42

concentração excessiva da atividade econômi- de renda, a competitividade e intensificação da


ca em um único centro, entretanto com servi- economia, assim, adequando a região ser um 0 6 12 18
Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento - Sempla/Dipro; IBGE.
ços limitados e com menor quantidade de polo indutor no desenvolvimento urbano. Censo Demográfico 2000; Ministério do Trabalho e Emprego.
Quilômetro

Relação Anual de Informações Sociais - Rais 2004.

O mapa de população e empregos foi concebido para mostrar os contrastes na distribuição espacial de ambos. Para isso, foram
sobrepostas as duas camadas, de forma a destacar, principalmente, as maiores concentrações em ambas. Desse modo, as manchas
44 escuras em vermelho e marrom correspondem às zonas de maior concentração de empregos, enquanto os tons mais carregados de
verde indicam as áreas mais populosas da cidade. A imagem ilustra, portanto, um fenômeno conhecido: a distância entre moradia e
45
emprego, que gera a necessidade de grandes deslocamentos diários para a maioria da população.
3. ÁREA DE INTERVENÇÃO
EM ITAQUERA

46
47
3.1 CONTEXTO HISTÓRICO

Itaquera é um dos distritos situados na mento populacional. Em 1995 foi inaugurada a


Zona Leste de São Paulo, seu nome, de origem Avenida Jacu – Pêssego, que atravessa o distrito
tupi significa “pedra dura”. de ponta a ponta.
Sua urbanização ocorreu com a chegada da Em 2000 com a inauguração da linha de
estrada de ferro, consolidando aglomerações trem Itaquera – Guaianazes houve a desativação
urbanas ao redor da estação e um pequeno da antiga estrada de ferro, sobre o seu traçado
centro comercial. foi inaugurado a Nova Radial Leste, em 2004.
A região passou a ser desenvolvida e Após uma grande demanda de comércios
Mapeamento Sara - 1930 Imagens áereas - Gegran 1973
redesenhando novas morfologias urbanas, na região, é inaugurado o Shopping Metrô Ita- Fonte: Geosampa. Fonte: PMSP (2012).
entre 1973 e 1986 com o início das obras da Es- quera, ao lado da estação de metrô Corinthians-
tação Corinthians-Itaquera do Metrô e CPTM Itaquera, ocasionando a implantação de edifí-
e a implantação os novos conjuntos habitacio- cios habitacionais de médio padrão.
nais da COHAB potencializando uma alta den-
sidade demográfica.
A partir de 1994 houve uma forte inten-
sificação das favelas, o viário passa por novos
melhoramentos e a necessidade de conectar o
bairro com os distritos vizinhos, pois os equi-
pamentos de infraestrutura não atendem a
demanda dos seus habitantes e o atual cresci- Fonte: Elaborado pela autora,2019.
Imagens aéreas em 1980 Imagens aéreas em 2003
Fonte: PMSP (2012). Fonte: PMSP (2012).
48
49
3.2 CONTEXTO URBANO
A avenida Radial Leste no sentido destacando – se dos demais bairros da zona
leste - oeste e principalmente a avenida Jacu Leste.
– Pêssego possuem papel de eixo integrador A região encontra-se a 20 km do cen-
metropolitano, ligando o porto de Santos ao tro de São Paulo e a 21km do Aeroporto In-
aeroporto de Guarulhos. Complementando ternacional de Guarulhos, gerando forte
com a linha 3 – vermelha do Metrô e a li- demanda em relação ao transporte coletivo
nha 11 – Coral expresso leste da CPTM, até direcionado ao Centro e aos parques indus-
Estação Estudantes, como importante nó de triais de Guarulhos e Santo Amaro, e ligação
conexão entre modos de transporte da Zona ao extremo Leste de São Paulo.
Leste. Caracterizando como importante O Parque do Carmo, que está situado
centralidade concentradora de equipamen- na região, sendo o equipamento de lazer de
tos indutores de desenvolvimento urbano, alta importância regional.

Fonte: Prefeitura Municipal de São Paulo, 2016. Fonte: Própria autora, 2019. Fonte: Própria autora, 2019.
50
51
3.3 CHEIOS E VAZIOS 3.4 TOPOGRAFIA

A região entre a linha férrea e o afluente Decorrente da construção da Arena Co- A região entre a linha férrea e o afluen- Decorrente da construção da Arena Co-
do Rio Verde persiste como uma grande gleba rinthians e a ampliação do Shopping Itaquera te do Rio Verde persiste como uma grande gleba rinthians e a ampliação do Shopping Itaquera
vazia, composta por uma malha viária fina e a houve uma valorização do terreno na região, vazia, composta por uma malha viária fina e a houve uma valorização do terreno na região,
permanência dos vazios (não construídos). atraindo olhares do mercado imobiliário que permanência dos vazios (não construídos). atraindo olhares do mercado imobiliário que co-
A ausência de espaços vazios no interior começou a investir gradualmente em lotes va- A ausência de espaços vazios no interior meçou a investir gradualmente em lotes vazios e
das quadras são notório, em destaque no centro zios e ociosos do bairro. das quadras são notório, em destaque no centro ociosos do bairro.
das quadras do entorno imediato da estação. das quadras do entorno imediato da estação.
Mapa Cheios e Vazios - Itaquera Mapa Topografico - Altitude Mapa Topografico - Relevo e Hidrografia

Cheio
Vazio

Perímetro

Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitura,2019 Fonte: Elaborado pela autora com base de dados do Geosampa,2019. Fonte: Elaborado pela autora com base de dados topographic-map.com,2019. Fonte: Elaborado pela autora com base de dados do Geosampa,2019.

52
53
3.5 HIDROGRAFIA E ÁREAS VERDES 3.6 USO E OCUPAÇÃO

Analisando o mapa, as áreas verdes são defa- Mapa Hidrografia e verdes / Recursos naturais O mapa de Uso e Ocupação Mapa Uso e Ocupação do solo.
sadas em relação a região, e as poucas existentes pre- do Solo indica que a maior parte
conizam de manutenção, grande parte dessas áreas de Itaquera é formada por uso re-
são pequenas praças e rotatórias. sidencial, com algumas regiões de
A falta de tratamento devidamente correta das centralidades em uso misto, segui-
apps ao longo dos cursos d’ água está bem caracteri- das por comércios e equipamentos
zado no mapa, são áreas que estão com ocupações públicos e institucionais.
irregulares que deveriam ser de espaços de lazer na
Legenda:
envoltória da proteção de mananciais.
A região apresenta 40,8m²/hab. de cobertura
vegetal e 12,9m²/hab em áreas verdes públicas, assim
caracterizado por uma baixíssima presença de co-
bertura vegetal em áreas de ocupação urbana conso-
lidada e boa infraestrutura urbana. Em regiões com Legenda:
remanescentes de vegetação e sob forte pressão da
ocupação urbana desordena, altamente precária.
Os córregos da região têm suas margens quase
que totalmente ocupada por favelas ou construções
irregulares. Essa situação, além de representar riscos
para os moradores, impede que os cursos d’ água se
façam presentes na paisagem urbana, não se utiliza
o potencial paisagístico, tampouco contribui para a
conscientização sobre a importância da recuperação Fonte: Elaborado pela autora com base de dados do Geo- Fonte: Elaborado pela autora com base de dados do Geosampa,2019.
da qualidade desses recursos naturais. sampa,2019.

54
55
3.7 FAVELAS E OCUPAÇÕES EM ÁREA DE RISCO

A região tem a presen- Mapa áreas com favelas e ocupações


ça de algumas favelas com Análisando a tabela ao lado , observa-se que 1345
INTERVENÇÃO FAVELA ATINGIDA FAMÍLIAS
áreas de risco, como enchen- Favela Manuel Ribas famílias serão atingidas e realocadas para a intervenão e im-
tes e desabamentos, pois Paz 300
plantação do Parque Linear Rio Verde, áreas com favelas em
ocupam as áreas de APPs. Miguel Ignácio Curi I 500
Parque Linear Rio
situações de risco ambiental, que estão em Áreas de Prote-
O Parque Linear do Francisco Munhoz Filho 440 ção de Mananciais.
Verde
Rio verde atualmente tem Lavios 90
sua porção lindeira ocupada Manuel Ribas 15
por loteamentos privados e
irregulares.
Favela da paz Mapa ZEIS, áreas de Risco e assentamentos precários
Favela Miguel Ignácio Curi I

Domicílios em favelas

Favela Francisco Munhoz Filho

Favela
Lavios

Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno


da subprefeitura,2019 Fonte: Elaborado pela autora com base de dados do Geosampa,2019. Fonte: Caderno de Subprefeituras - Itaquera.
56
57
3.8 VIÁRIO

As principais vias ry Danhemberg e Avenida Mapa Intervenções Viárias - 2007 - 2014 Mapa Classificação viária
de conexão da área são Aricanduva.
a Avenida Radial Leste As conexões viárias
(Avenida Dr. Luis Aires) e sentido leste- oeste são es-
a Avenida Jacu Pêssego. A truturadas e contínuas,
avenida José Pinheiro Bor- decorrente da urbaniza-
ges (Nova Radial Leste), ção historicamente radial
Avenida Itaquera, Aveni- , enquanto a ligação nor-
da Líder, Avenida Miguel te-sul possui traçados in-
Ignacio Curi no sentido terrompidos.
leste-oeste, Avenida Har-

1. Ligação Av. Águia de Haia – Av. Itaquera


2. Ligação Av. Itaquera - Av. Miguel Inácio Curi
3. Nova via de conexão - Norte-Sul
4. Adequações na Av. Radial - Leste e transposição em
desnível da Av. Adervan Machado.
5. Acessibilidade geral e fluxo viário interno da Rodovi-
ária.
6. Alargamento da Av. Radial Leste
7. Binário da Av. Itaquera
Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitura,2019 Fonte: SPurbanismo, 2004. Fonte: Elaborado pela autora com base de dados do Geosampa,2019.

58
59
3.9 EQUIPAMENTOS

Dentre os equipamentos em destaque na região, temos


o Parque do Carmo, O Parque Raul Seixas, Aquario de Itaquera
e o Sesc Itaquera. Relativamente baixo o número de equipa-
mentos quanto a demanda populacional regional, levando em
conta que Itaquera é uma centralidade representativa para a
Zona Leste , e por ser importante no âmbito municipal.

Mapa Equipamentos Públicos e suas demandas

Fonte: Caderno da Subprefeitura - Itaquera,2016.

60
61
3.10 OPERAÇÃO URBANA RIO VERDE - JACU

A antiga lei geral de zoneamen- incremento das atividades econômicas, Conexões e perímetros de projetos Estratégicos da Operação Urbana Rio Verde Jacu.
to 13.885/2004, classificava a Operação Ur- atraindo investimentos geradores de em-
bana Consorciada Rio Verde – Jacu (Lei nº prego e renda, com incremento das ativi-
13.872/2004) como Instrumento de Intervenção dades industriais, comerciais e de servi-
Urbana Estratégica Regional, visando ao rede- ços e a implantação de Áreas de Projetos
senho da ocupação territorial da porção extre- Estratégicos.
ma leste do município, com objetivo prioritário Em 18 de Julho de 2016 a Lei nº
de definir um conjunto de diretrizes e instru- 13.872 revogou a Lei da Operação Urbana
mentos urbanísticos cuja aplicação serviria Consorciada Rio Verde Jacu nº 13.872 de
para preparar o espaço físico da região para o 12 de julho de 2004.

IMAGEM

Mapa perímetro da OUCRVJ, 2004.


Fonte: SPurbanismo Fonte: SPurbanismo
62
63
3.11 PÓLO INSTITUCIONAL ITAQUERA - OUCRVJ

Vista geral leste-oeste

A proposta de Inter- com um conjunto de esco- 1 - Fórum


venção e o projeto do Polo las técnicas, laboratórios 2 - Rodoviária
3 - FATEC / ETEC
Institucional (2008/2010) , e incubadoras, centro de
4 - Capacitação e Formação
teve como objetivo novos Convenções, pavilhão de
profissional - SENAI
usos dos espaços públi- exposições, hotel, fórum 5 - Incubadora e Laborató- 2
cos, e atividades focadas Regional da Justiça. rios para o Parque Tecnoló- 9
no ensino e na capaci- O projeto também gico da Zona Leste 4 5
8
tação profissional, bem tinha duas unidades de 6 - Centro de Convenções e 7
Eventos 3
como o suporte ao empre- cursos de ensino técnico 1 6
7 - Batalhão da Polícia Mi- 10
endedorismo e à atividade e superior de tecnologia, a
litar
econômica.no entorno da Fatec Itaquera Miguel Rea-
8 - Obra Social Dom Bosco
área prevista da Arena Co- le e Etec Itaquera II únicas Fonte: SPurbanismo
9 - Parque Linear Rio Verde
rinthians, com caráter es- propostas que foram im- 10 - Arena Corinthians
tratégico que tira partido plantadas e inauguradas
de sua acessibilidade por em 2012, mantidas pelo
meio das estações do Me- Centro Paula Souza (CEE- Viário Novo
trô e da CPTM, constituin- TESP) e vinculada a Secre- Fonte: SPurbanismo
Edifícios Propostos
do uma das centralidades taria do Desenvolvimento
propostas da Operação Ur- do Governo do Estado de Praças
bana Rio Verde – Jacu. São Paulo e o terminal ur-
Passarelas
O Polo Institucio- bano de Itaquera que teve
nal Itaquera seria cons- 40% de ampliação. Massa Arbórea
truída em frente a Estação
Fonte: SPurbanismo Áreas Verdes Propostas
Corinthians – Itaquera,
64
65
3.12 LEGISLAÇÃO VIGENTE

Analisando o mapa de zonea- Mapa de Zoneamento


mento Lei 16.402/16 atual legislação
vigente, o perímetro de intervenção
é definido por 6 zonas diferentes com
regras de parcelamento, uso e ocupa-
ção do solo :

ZC – ZONA DE CENTRALIDADE
ZEIS 1 – ZONA ESPECIAL DE ZEU – ZONA EIXO DE ESTRUTURAÇÃO
INTERESSE SOCIAL URBANA
• Destinadas à atividades típicas de • Destinada à moradia digna para a • Promove usos residenciais e não
áreas centrais ou de subcentros população de baixa renda por residenciais com densidades
regionais ou de bairros, intermédio de melhorias
demográfica e construtiva altas e a
promovendo usos não urbanísticas, recuperação
qualificação paisagística e dos
ambiental e regularização
residenciais, com densidade espaços públicos de modo
fundiária de assentamentos
construtiva e demográfica médias articulado à implantação do sistema
precários e irregulares, bem como
e a qualificação paisagística e dos de transporte público coletivo.
à provisão de novas HIS e HMP.
espaços públicos.
• CA MÁXIMO: 2. • CA MÁXIMO: 4
• CA MÁXIMO: 2.
ZEPAM – ZONA ESPECIAL DE
ZM – ZONA MISTA PROTEÇÃO AMBIENTAL ZEUP – ZONA EIXO DE ESTRUTURAÇÃO
URBANA PREVISTO
• Destinada a preservação e
• Promove usos residenciais e não proteção do patrimônio • Igual a ZEU, porém, os parâmetros
residenciais, no mesmo lote ou ambiental, remanescentes de urbanísticos somente serão ativados
edificação, com densidades Mata Atlântica e outras formações após emissão da Ordem de Serviços
construtiva e demográfica baixas de vegetação nativa e arborização das obras infraestruturas do sistema
e médias. de relevância ambiental. de transporte que o eixo define
• CA MÁXIMO 2. • CA MÁXIMO: 0,1. • CA MÁXIMO: 4
Fonte: Elaborado pela Autora com base de dados da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação. 2019. Fonte: Geosampa, 2019.
66
67
3.13 LEGISLAÇÃO VIGENTE

Mapa Macroáreas Mapa Caderno de Propostas do Plano Regional de Itaquera

Fonte: Geosampa, 2019.


Mapa Setores de Macroarea Mapa Perímetro de Qualificação Ambiental

Fonte: Geosampa, 2019. Fonte: Geosampa, 2019. Fonte: Caderno de Propostas dos Planos Regionais das Subprefeituras.
68
69
3.14 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

6
3
4
1 2 3 4
5

2
1
8

5 6 7 8

Fonte: Elaborado pela autora, com base do Google Earth,2019 Fonte: Acervo da Autora,2019.
70
71
4. REFERÊNCIAS4.PROJETUAIS
O PROJETO

72
73
4.1 PARQUE NOVO SANTO AMARO V O Lote da Intervenção fica localizado em uma área dade ao conjunto habitacional e o tratamento paisagístico
densamente urbanizada, na zona sul da cidade de São Pau- das áreas livres, além de adaptar – se a topografia existen-
lo, região de mananciais da represa Guarapiranga e em te além de utilizar um sistema estrutural que favorece a
meio a uma grande favela paulista. racionalização do processo construtivo. Respeitando as
Caracteriza-se por ser uma região de fundo de vale características naturais da área e realocando parte da po-
com curso d’água central, e é densamente ocupado por pulação residente, respeitando a identidade dos moradores
construções irregulares. durante o processo projetual.
Inserida na Zeis 1 , as ruas que o circundam são A implantação de novos espaços públicos permeá-
extremamente compridas, porém muito estreitas, dificul- veis, mobiliário urbano, lazer e serviços, contribuindo com
tando a circulação de pedestres e veículos. toda a comunidade, além da valorização de áreas verdes. A
O entorno, cujo os lotes são estreitos, irregulares e relação entre a forma do prédio e das fachadas com a sua
desprotegidos, não possui espaços públicos com uso volta- funcionalidade envolvendo a circulação e disposição dos
do à população local. O conjunto habitacional deixa clara a ambientes utilizando o dimensionamento mínimo e ques-
importância do resgate da cultura local, ao recuperar usos tões ambientais.
já existentes, tem como partido a apropriação da comuni-

Fonte: Archadaily.

Nome Ano Escritório Local Área Unidades

RESIDENCIAL 2009-2012 VIGLIECCA & RUA ZÂMBIA TOTAL 201


PARQUE ASSOCIADOS PARQUE 21.900m² HABITAÇÕES
NOVO SANTO INDEPENDÊNC
AMARO V CONSTRUÍDA 11
IA TIPOLOGIAS
14.674,3m²
ZONA SUL-SP 52,5 A 76,5m²
Fonte: Archadaily.
74
75
A análise desse conjunto habitacional deixa clara identidade dos moradores durante o processo projetual.
TOPOGRAFIA CIRCULAÇÕES ZONEAMENTO a importância do resgate da cultura local, ao recuperar A implantação de novos espaços públicos perme-
usos já existentes, tem como partido a apropriação da co- áveis, mobiliário urbano, lazer e serviços, contribuindo
• Os blocos residenciais • O formato estreito impede que a •O zoneamento foi
insolação do sol da tarde na munidade ao conjunto habitacional e o tratamento pai- com toda a comunidade, além da valorização de áreas
respeitam a topografia desenvolvido para criar sagístico das áreas livres, além de adaptar – se a topogra- verdes.
do terreno, variando de fachada oeste seja evitada, sendo pontos focais de atração nas
três a sete pavimentos esta uma das maiores fachadas do extremidades do terreno, fia existente além de utilizar um sistema estrutural que A relação entre a forma do prédio e das fachadas
conforme a declividade conjunto, juntamente da fachada promovendo um fluxo favorece a racionalização do processo construtivo. com a sua funcionalidade envolvendo a circulação e dis-
entre a rua e o térreo leste. é vantajoso durante o inverno, constante ao longo da
pois aquece o interior das Respeitando as características naturais da área e posição dos ambientes utilizando o dimensionamento
do parque, realçando o intervenção, favorecendo a realocando parte da população residente, respeitando a mínimo e questões ambientais.
caráter longilíneo do habitações, mas é desfavorável segurança para os usuários.
terreno. durante os dias quentes de verão
por aquecer os ambientes.

Fonte: Archdaily. Fonte: Archdaily.


76
77
4.2 ÁGORA TECH PARK Concurso para desenvolver o Plano de
Ocupação e Primeiro Edifício do Ágora Tech Park
A preservação, manutenção e adequação da gramas e públicos, além de criar um caminho agra- no Condomínio Perini Business Park, localizado
vegetação para o uso, seja para lazer, contemplação dável e em contato com o bosque e os serviços ofere- em Joinville, Santa Catarina, Brasil.
ou até para reuniões ao ar livre, é fundamental para cidos nos térreos dos edifícios. O traçado prioriza os Estudo preliminar de uma área total
de 70.000m² com o potencial construtivo de
que haja coerência com o conceito do parque tecnoló- pedestres, implementando um sistema de bicicletas
50.000m².
gico. compartilhadas.
Seguindo premissas de Smart Cities, o desenho do A combinação entre boa arquitetura, a produção de
masterplan prioriza os pedestres e as áreas verdes, a energia limpa, e a internet das coisas tornam o par-
marquise fortalece a integração dos diferentes pro- que praticamente autossustentável.

Fonte: Archdaily. Fonte: Archdaily.


78
79
O Projeto traz como referência para o TFG, a tráfego de pessoas e veículos. além das faixas de pe-
harmonia na implantação através das linhas retas dos destres serem criadas para facilitar os acessos de pe-
edifícios, das poucas alterações na malha viária, do destres e ciclistas no parque.

Fonte: Archdaily. Fonte: Archdaily.


80
81
4.3 URBAN 21: UM NOVO OLHAR SOBRE OS VAZIOS

A área estudada, com 24 hectares, fica entre duas - Autor: Equipe Epiak
estações do Metrô e é cortada pelo rio Trapicheiros, que - Local: Tijuca , Rio de Janeiro – Brasil
é canalizado em quase toda sua extensão e aberto em - Data: 2016
apenas alguns pequenos trechos. - Tipo de projeto: Projeto urbano de revitalização

Fonte: Arcoweb. Fonte: Arcoweb.


82
83
As diretrizes projetuais foram organizadas fizeram uma série de cálculos levando em considera-
em três etapas: implantação de edifícios de uso mis- ção a articulação entre as esferas pública e privada.
to, gerando mais postos de trabalho e residências; O Projeto traz como referência para o TFG, a
remodelação do traçado viário, visando diminuir forma como atua em uma escala de projeto que aten-
as áreas destinadas ao carro e a aumentar aquelas de todas às exigências do edital do concurso. Apre-
permeáveis e para pedestres; e conexões urbanas, a sentando propostas e soluções de requalificação do
partir da criação de diferentes camadas (residencial, espaço público que priorizam a escala do pedestre,
comercial, viária e natural). respeitam a do bairro, integram o preexistente com
Propõe-se a criação de parques, a partir da o novo e preocupam-se com a questão ambiental.
reintegração do rio existente, com a função de va- Ademais, a partir de uma boa leitura da área
lorizar a natureza e os marcos naturais, educando a marcada por importantes desafios urbanos, o proje-
população e auxiliando no combate contra enchen- to consegue traduzir as necessidades encontradas,
tes. Para verificar a viabilidade financeira dessa solu- com um desenho de qualidade.
ção, e de todas as outras apresentadas, os estudantes
Fonte: Arcoweb.

Fonte: Arcoweb.

84
Fonte: Arcoweb. 85
4.
5. O PROJETO

86
87
5.1 PROJETO 5.2 DIRETRIZES PROJETUAIS

O modelo policêntrico pro- usos em uma região caracterizada por


move uma estrutura urbana relativa- densidades habitacionais elevada. Conferir maior qualidade ambiental.
mente desconcentrada e uma rede de Portanto propõe uma nova
centralidades que valoriza as poten- centralidade de acordo com o porte
cialidades de todas as regiões da cida- de sistema de mobilidade associado,
de. ou seja para o sistema de alta capa-
A proposta parte do reconheci- cidade são apresentados coeficientes Melhorar o desenho e a forma urbana.
mento da centralidade existente e seu urbanísticos capazes de configurar
potencial, assim como a necessidade um espaço urbano de alta densida-
de criação de novas oportunidades de de de usos mistos além de incentivar
geração de trabalho e renda, da qua- maior intensidade de atividades co-
lificação e da inserção da mescla de merciais e de serviços.
Fortalecer a dimensão sociaL.

ITAQUERA, ZONA LESTE - SP


Viabilizar a mobilidade urbana sustentável.

Equilibrar a oferta de emprego e moradia.


Fonte: Mapa Elaborado pela Autora, com base de dados do Geosampa, 2019.
88
89
5.3 QUADRO DE ÁREAS
SETOR
SETOR INSTITUCIONAL
INSTITUCIONAL SETOR SETOR HOTELEIRO
HOTELEIRO SETOR HOSPITALAR
SETOR HOSPITALAR SETOR
SETOR PARQUE PARQUE LINEAR
LINEAR

Administração/
Administração/
Marquise
Marquise 21.435m²
21.435m² Hotel Hotel 35.000m²
35.000m² 21.600m²21.600m²
Uso mistoUso misto Garagem
+ Edifício + Edifício Garagem
7.400m² 7.400m² 7 Quadras Poliesportivas
7 Quadras Poliesportivas 4.200m² 4.200m²
Pronto Atendimento
Pronto Atendimento

Academias,Playground’s
Academias,Playground’s
Administração
Administração 3.900m²Restaurante
3.900m² Restaurante 1.800m²1.800m² Especialidades
Especialidades 48.200m²48.200m² Ama e Crechê
Ama e Crechê 5.000m² 5.000m² 4.690m²
e equipamentos4.690m²
e equipamentos

HabitacionalHabitacional
272.160m² 272.160m²
CentroCentro
de de
85 Edifícios Comércio/Serviços
Edifício Comercial I Convenções
7.608m²Convenções e 152.000m² 85 Edifícios Comércio/Serviços
Edifício Comercial I 7.608m² e 152.000m² Exames Exames 32.500m²32.500m² Uso misto HIS + Comércio
60.200m² 60.200m² Cachorródromo1.300m²
Cachorródromo 1.300m²
Uso misto HIS + Comércio
EventosEventos Total: 350.500m²
Total: 350.500m²

Ateliê,Ateliê,
FabLab,FabLab,
Comércio e Maternidade/Leitos
Incubadora, Coworking
Incubadora, Coworking e e m²
7.608 7.608m²Comércio e 22.126m²Maternidade/Leitos
22.126m² 46.800m²46.800m² Centro Comercial
Centro Comercial 3280m² 3280m² Horta Comunitária
Horta Comunitária 570m² 570m²
Serviços
Serviços
SebraeSebrae

Sesc Sesc 19.275m²


19.275m² Biblioteca
Biblioteca 11.063m²Total
11.063m² Total 159.100m²
159.100m² Posto Policial
Posto Policial 120m² 120m² Quiosques Quiosques 360m² 360m²

Edifício Comercial Espaço para Espaço para


Foodtruck , Foodtruck ,
Edifício Comercial II e III II e III24.000m²
24.000m²
EspaçoEspaço Multiuso
Multiuso 11.063m²
11.063m² Edifício Multiuso
Edifício Multiuso 4.560m² 4.560m²
Quiosque 1.120m²
comercial
1.120m²
Quiosque comercial

SenacSenac 11.700m²
11.700m² Exposições 11.063m²
Exposições 11.063m² SETOR RODOVIÁRIO Escola de Escola
SETOR RODOVIÁRIO de Esportes
Esportes 700m² 700m² Pista de Skate 250m²
Pista de Skate 250m²

9.000m²
Senai 11.700m² Livraria/Café9.000m² Rodoviária 13.467m² Escola de Artes 2.980m² Pista de Aeromodelismo 500m²
Senai 11.700m² Livraria/Café Rodoviária 13.467m² Escola de Artes 2.980m² Pista de Aeromodelismo 500m²
Pesquisa e
Pesquisa e 6.000m² Auditório 6.770m² Crechê 570m²
Desenvolvimento 6.000m² Auditório 6.770m² Crechê 570m²
Desenvolvimento
Edifício Comercial IV e V 9.000m² Ama 255m²
Edifício Comercial IV e V 9.000m² Ama 255m²
Comércio e Serviços
Comércio e Serviços 20.000m²
(Térreo) 20.000m²
(Térreo)
Total 142.226 Total 259.885m² Total 13.467m² Total 388.355m²
Total 142.226 Total 259.885m² Total 13.467m² Total 388.355m²
90
TOTAL 142.887,707m² 91
TOTAL 142.887,707m²
5.4 IMPLANTAÇÃO

Area Total da Intervenção 13,7km.

RODOVIÁRIA

SETOR HOTELEIRO

Ampliação I
SETOR HOSPITALAR

SETOR INSTITUCIONAL

SETOR PARQUE LINEAR

Ampliação II

92
93
5.5 AMPLIAÇÃO I E II

94
95
5.6 CORTE URBANO

Hospital Arena Corinthians Restaurante

Habitação de Interesse social Habitação de Interesse social


Comércios Habitação de Interesse social Escola de Artes

Corte A-A

Pesquisa e Desenvolvimento Marquise Restaurante


Arena Corinthians
Sesc Hotel
Edifício Comercial Senac Edifício Comercial Edifício Comercial
Habitação de Interesse Social Ama e Crechê Administração Centro de Convenções e Eventos

Corte B-B
96
97
5.7 PERSPECTIVA AXONÔMETRICA EXPLODIDA

Rodoviária

Centro Restaurante
de
Convenções

Livraria
Café Blocos
Residenciais
Foyer

PÁTIO Ateliê, Fab Lab , Áreas de


Auditório Hotel Sebrae, Incubadora, Coworking esporte e lazer

Exames Administração
Lojas e Serviço
SESC SENAC
Leitos Administração Comercial
Áreas de
Pesquisa
esporte e lazer
SERVIÇ
OS
e Desenvolvimento
Blocos
Comercial Residenciais
Comercial Blocos
Hospital
CONTEMPLAÇÃO
Residenciais

Comercial SERV

Áreas de
IÇO
SENAI S

SER
VIÇ
OS esporte e lazer
MARQUISE

Posto Policial

Áreas de
esporte e lazer
Blocos
Residenciais

Áreas de
esporte e lazer

Áreas de
esporte e lazer

Blocos
Residenciais

Diagrama Complexo Itaquera Diagrama Parque Linear - Equipamentos


Fonte: Elaborado pela Autora, 2019. Fonte: Elaborado pela Autora, 2019.
98
99
5.8 DIAGRAMA GERAL 5.9 PLANTA PERSPECTIVADA
Hoteleiro
Hospital

Parque Institucional
Linear

Diagrama Geral - Indicativos Planta perspectivada


Fonte: Elaborado pela Autora, 2019. Fonte: Elaborado pela Autora, 2019.
100
101
COMPLEXO INSTITUCIONAL

5.10 MASTERPLAN - RENDER’S


EQUIPAMENTO DE
Equipamentos Parque Linear Rio Verde TRANSPORTE PÚBLICO

Academia, Bicicletário, Quiosque e Fonte de água. Horta Comunitária

EQUIPAMENTO HOTELEIRO
E DE EVENTOS

BLOCOS RESIDENCIAIS

Quiosques. Cachorródromo

ESPAÇOS LIVRES PARA


CONVIVÊNCIA E LAZER
102Quadra Poliesportiva e Playground. Pista de Skate e Pista de Aeromodelismo. 103
Áreas Verdes
5.11 INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS
Nova Frente
Infraestrutura de Desenvolvimento
Aeroviária Urbano
Heliponto Eixo Ambiental
Transporte Para a realização do conjun- altamente positivo, pela sua nature-
Praça Público
to de intervenções estão previstos za social e ambiental.
de Absorção
mecanismos de arrecadação de re- Assim, não se trata simples-
Fruição Comércio e Serviços
cursos, mecanismos de incentivo a mente de aplicação direta de me-
Pública Percurso Comércio e Serviços
Sombreado
implantação de páreas verdes, ins- canismos e instrumentos urbanís-
trumentos para o atendimento dos ticos e tributários de exceção com
Fruição
Pública
moradores e usuários das edifica- o objetivo de arrecadar recursos de
ções que serão atingidas diretamen- imediato, mas sim de implementá-
Uso misto no
edifício garagem
te pela implantação das obras, além -los com o objetivo de criar condi-
dos que buscam assegurar a função cionantes de desenvolvimento que,
social da propriedade urbana. a médio e longo prazo, certamente
O projeto propõe prover de reverterão em contrapartida para
habitação as famílias moradoras o poder público na medida em que
Uso Misto em favelas diretamente atingidas o equilíbrio de usos, as ocupações
Comércio pelas obras propostas, além de, produtivas, racionais e harmonio-
Hab. Interesse Social através da aplicação dos instrumen- sas do território terão reflexos em
tos urbanísticos, estimular a reno- economias significativas na implan-
Equipamento Público vação de tipologias habitacionais e tação, manutenção e otimização
AMA e Creche auferir recursos para a provisão de da utilização de infraestruturas,
Equipamento Público
Hospital moradias da população hoje resi- na preservação e recuperação da
dente em situação de precariedade, qualidade ambiental, e por fim na
Hotel Alto coefiente muitas vezes em áreas de risco, con- melhoria de Índices de Desenvolvi-
Comercial de Aproveitamento figurando este impacto em si como mento Humano.

Pespectiva - Instrumentos e IncentivosUrbanísticos


Fonte: Elaborado pela Autora, 2019.
104
105
Recuperar a qualidade ambiental
dos córregos tributários Quota
ao rio. Ambiental
Uso Misto
Comércio
Recuperar a qualidade ambiental Hab. de Interesse Social
Incrementando as ati- tantes, tendo o Plano Diretor dos córregos tributários
ao rio. Equipamento
vidades econômicas gera- Estratégico como instrumen- Público

doras de emprego e renda, to básico para atingir o cum- Uso Misto


Uso Misto
Comércio Uso Misto
Comércio
garantindo a melhoria da primento da função social da Comércio
Hab. de Interesse Social
Hab. de Interesse Social
Hab. de Interesse Social

qualidade urbanística através propriedade. O Art. 183 trata Recuperar a qualidade ambiental Comércio Comércio Equipamento
Público
do estímulo à verticalização da concessão de uso especial dos córregos tributários
ao rio.
do uso residencial com con- para fins de moradia, instru- Uso Misto

trole da ocupação e aumento mento que garante o direito à Equipamento


Público
Comércio
Hab. de Interesse Social
das taxas de permeabilidade, moradia pela posse de imóvel Fruição
Pública
a facilitação da circulação de ocupado com esta finalidade. Comércio

bens e serviços, o aumento Com relação a regula- Uso Misto


Comércio
das possibilidades de mobili- rização fundiária de interesse Hab. de Interesse Social

dade dos moradores e usuá- social em áreas permanentes, Fruição


Pública
rios e a criação de espaços pú- a Lei nº 11.997/2009 repre-
blicos de vivência e de prática senta um grande avanço na
da sociabilidade. abordagem de áreas urbanas
As propostas desenvol- consolidadas proporcionando Uso Misto
Comércio Uso Misto Recuperar a qualidade ambiental
vidas neste projeto destaca- alternativas de intervenção Hab. de Interesse Social Comércio dos córregos tributários
Hab. de Interesse Social ao rio.
-se a promulgação do Estatu- para melhoria das condições
to da Cidade – Lei Federal nº de habitabilidade. Uso Misto
10.257/2001, que regulamenta Este projeto é benefi- Comércio
Hab. de Interesse Social
os Arts. 182 e 183 do capítulo II ciado por esta abordagem que
da Constituição Federal com prioriza o interesse social em
diretrizes inovadoras relativas intervenções necessárias nas
à politica urbana, atingindo o diversas ocupações irregula-
desenvolvimento das funções res sobre córregos e encostas
sociais da cidade e garantindo para dar soluções aos mora- Perspectiva - Instrumentos e Incentivos Urbanísticos
o bem – estar de seus habi- dores. Fonte: Elaborado pela Autora, 2019.
106
107
5.12 HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Diretrizes da Política Habitacional conforme Plano Diretor Estratégico: 1.345 Famílias com situações de risco que se- (A) 580m²
rão realocadas para novos empreendimentos Aptos 56m² e 76m²
de Habitação de Interesse Social. 8 aptos por andar
- Priorizar a população de baixa renda e o atendimento à população 8 Pavimentos residenciais X 64 aptos = 64 famílias
residente em áreas insalubres, de risco e de preservação permanente;

b.w.

A.S.
DORM.
(B) 300m²

DORM.

COZ.
- Promover a produção de HIS por meio da constituição de um parque
Aptos 56m² e 76m²

Sala
público, do incentivo à produção privada e da ampliação de convênios
4 aptos por andar

DORM.

Sala
e parcerias;
10 pavimentos residenciais X 40aptos = 40 famílias

DORM.

COZ.
- Promover o atendimento habitacional na forma de prestação de ser-

A.S.
b.w.

A.S.
b.w.
viço social às famílias em condições de vulnerabilidade ou risco social; (C) 252m²

COZ.
DORM.
Aptos 52m²

DORM.

Sala
- Promover ações de pós - ocupação e acompanhamento social; 4 aptos por andar

Sala
13 pavimentos residenciais X 52aptos = 52 famílias

COZ.
DORM.
DORM.

A.S.
b.w.

A.S.
b.w.
PATAMAR
Considerando 4 pessoas por família.

COZ.
DORM.
b.w.

A.S.
DORM.

DORM.

Sala
DORM.

COZ.

Sala
O projeto prevê 4.036 Aptos de 52m² , 56m² e 76m².

Sala

COZ.
DORM.
Garantindo moradia a população que será realocada e

DORM.

Sala

DORM.

A.S.
b.w.
para novos moradores na região.

COZ.
DORM.

PATAMAR
A.S.
b.w.

A.S.
b.w.

b.w.

b.w.

b.w.
A.S.

A.S.
DORM.

DORM.

A.S.

DORM.
COZ.
DORM.

DORM.

DORM.

DORM.
COZ.

COZ.

COZ.
DORM.

Sala

Sala
Sala

Sala
Sala

DORM.

DORM.

DORM.
Sala

Sala

Sala
COZ.
DORM.

COZ.

COZ.
DORM.

DORM.

DORM.
COZ.
DORM.
Escala.:1:500

A.S.
b.w.

A.S.

A.S.
b.w.

b.w.

A.S.

b.w.
(A) (B) (C)
108
109
5.13 PERSPECTIVAS

110
111
112
113
114
115
116
117
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

118
119
6. 1 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conviver em bairros periféricos no vel descentralizar e proporcionar uma nova Vale esclarecer desde já, que o estudo serão instaladas na região.
extremo leste da cidade trouxe questiona- cidade acessível a todos. embora enfatize os aspectos predominan- Com isso, espera-se para esta região
mentos importantes para serem levados em A segregação socioespacial na cidade temente locacionais, objetiva antes de mais da cidade, não só a inserção de uma grande
consideração durante minha formação e o impede a diversidade social, a possibilidade nada estabelecer um sistema lógico de ata- parcela da população no processo de forma-
real papel do arquiteto urbanista na cidade, dos encontros e do desenvolvimento inter- car os problemas de um município, com as ção profissional , mas também o estabeleci-
assim, trazendo a oportunidade de análise e pessoal. Contudo, o desenvolvimento e o pa- dimensões de São Paulo e com as diversida- mento de uma política de trabalho e geração
propostas de novas melhorias na periferia de pel formador do cidadão são essenciais, pois de regionais que apresenta, dando priorida- de renda, contribuindo para a melhoria da
São Paulo. é trabalhando cada indivíduo que atingire- de àquela região que mostrar potencial para competitividade e para a redução da desi-
A responsabilidade e as possibilidades mos toda uma sociedade. resolver os problemas identificados. gualdade social.
que são abertas fazem toda a diferença para O objetivo de transformar a realidade e o fu- A arquitetura e o urbanismo têm pa-
transformar a vida de muitas pessoas, prin- turo da população através da inclusão e aces- pel fundamental na colaboração de projetos
cipalmente daquelas desprovidas da cidade sibilidade se torna essencial para o desenvol- que instiguem espaços de melhor qualidade
como um todo, população essa que ainda so- vimento e formação de um cidadão pleno. que não excluem, mas se favoreçam as rela-
fre com o sistema capitalista neoliberal. A convivência com as diferenças so- ções sociais públicos e privados. Estimulan-
Reverter o quadro de desigualdade e ciais é essencial nesse processo, Através de do o desenvolvimento e geração também de
segregação social nas cidades, apresenta difi- um processo humanizado que estimula o empregos, através da qualificação e requali-
cultosos planejamentos, mas que com sensi- compartilhamento cultural e a construção ficação profissional e da formação do desen-
bilidade e boas análises urbanísticas é possí- coletiva de ideias. volvimento de empresas que futuramente

120
121
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

122
123
ANTICO, Cláudia. Onde morar e onde trabalhar: espaço e des- DAYRELL, Juarez. Múltiplos Olhares sobre educa- HIRAO, Silvia Eri. Ser jovem em Cidade Tiradentes: um co: desmanchando consensos. São Paulo: Vozes, 2000.
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Município de São Paulo. 2017.
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2000.

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