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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE PROJETO

Título
ESPECIFICAÇÃO E CONTROLE DA OBRA CIVIS
Código/Unidade Revisão Emissão Página
0001-ET- 001 / Segurança 0 19.12.2002 1/8
Emitente Responsável Assinatura
DEPTO SEGURANÇA Jorge Schwarzbach Jorge

Sumário

1. ESPECIFICAÇÃO E CONTROLE DE OBRAS CIVIS

Estas especificações complementam os projetos civis para a construção das


obras.

1.0- DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

1.1. A execução de todos os serviços obedecerá rigorosamente às indicações


constantes no projeto conforme descrições.

1.2. Em caso de divergência entre desenhos de escalas diferentes,


prevalecerão sempre as cotas.

1.3. Nenhuma alteração nos desenhos fornecidos, bem como, dessas


especificações, poderá ser feita sem consulta prévia e autorização, por escrito,
da fiscalização e departamento técnico da empresa.

1.4. O material, ferramental assim como a mão-de-obra a empregar, serão de


primeira qualidade, objetivando um acabamento esmerado nos serviços que só
serão aceitos nestas condições.

1.5. Em todos os casos de caracterização de materiais ou equipamentos,


através de determinada marca, tipo, denominação ou fabricação, fica
submetida a alternativa ou rigorosamente similar, a critério da fiscalização.

2.0- INSTALAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E LOCAÇÃO DA OBRA

2.1. Em local previamente estudado, escolhido com lay-out submetido aos


autores do projeto, serão construídos os barracões necessários ao
atendimento geral da obra, com previsão para depósitos de materiais,
escritório para fiscalização, sanitários, abrigo para guardas, refeitório, oficinas,
dormitórios, etc…
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2.2. Com exceção dos casos previamente previstos em contrato, a empreiteira


deverá implementar as instalações provisórias de água, luz e sanitários,
cabendo a ela despesas e providências correspondentes.

2.3. Periodicamente a obra deverá ser limpa.

2.4. A empreiteira deverá manter, no escritório da obra em lugar de fácil


acesso a fiscalização e supervisão, cópia do cronograma de obras
apresentado por ocasião da licitação. Deverá manter também durante todas as
horas de serviço, um encarregado pela obra presente na mesma.

2.5. A locação da obra obedecerá as cotas de projeto e deverá ser feita por
profissional habilitado.

2.6. A empreiteira deverá comunicar à fiscalização a conclusão dos trabalhos


de locação. O fiscal da obra procederá imediatamente, as verificações e
aferições que julgar oportunas. Após o que dará por aprovada a locação, e, o
que fará no livro de ocorrências, que deverá ser mantido sempre atualizado
pela empreiteira.

2.7. A empreiteira será responsável pela afixação das placas exigidas de


legislação do local e demais órgãos.

2.8. Demolições

2.8.1. Sempre que os serviços executados estiverem em desacordo com os


projetos e/ou especificações, a fiscalização exigirá a demolição dos mesmos.

3.0- FUNDAÇÕES

Deverão ser executadas de acordo com o projeto estrutural. O qual somente


poderá ser alterado, por escrito, pelo engenheiro responsável pelo projeto e
em consenso com o departamento técnico da BUNGE Gaspar.

4.0- MOVIMENTO DA TERRA

4.1. Será executado todo o movimento da terra necessário para o nivelamento


do terreno nas cotas fixadas no projeto, tanto para as áreas internas como
para as externas.

4.2. As cavas para fundações serão executadas em obediência rigorosa ao


projeto de fundações e demais projetos da obra e de acordo com a natureza
do terreno encontrado e o volume do trabalho a ser analisado. Deverá ser
observado o máximo rendimento e economia, obrigando-se a empreiteira a
adotar o processo que mais se adapte a natureza do terreno.
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4.3. As escavações, quando houver necessidade, serão convenientemente


isoladas, tomando o cuidado necessário para a segurança dos operários da
própria obra.

4.4. Os trabalhos de aterro e reaterro de cavas e fundações e outras partes da


obra, como enchimento escolhido, de preferência areia, sem detritos vegetais,
em camadas sucessivas de 0,20 m de espessura, no máximo; copiosamente
molhadas e energicamente apiloadas para serem evitadas futuras fendas,
trincas e desníveis.
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4.5. Ficam ao encargo da empreiteira as despesas com os transportes de


materiais – quer sejam de fora para a obra ou vice - versa.

5.0- CONCRETO ARMADO

5.1. Toda a estrutura de concreto armado, inclusive fundações, serão


executadas de acordo com o respectivo projeto.

5.2. A execução da estrutura deverá satisfazer as normas e especificações da


ABNT, aplicáveis no caso.

5.3. A execução de qualquer elemento ou do conjunto da estrutura implica na


responsabilidade do construtor quando a estabilidade da obra.

5.4. O grau de controle da qualidade dos concretos será optativo, dentro do


estipulado pelos artigos 89 e 92 da NB 1/78.
- A fixação do traço e dos testes de resistências acompanhados de
controle estatísticos, deverão ser feitos em laboratório nacional idôneo ou
em laboratório calibrado por laboratório oficial de ensaios.
- A qualidade de corpos de prova será conforme estipulado pelo artigo 93
da NB 1/78.

5.5. O adensamento se fará através de vibradores de imersão, a altura de


lançamento se fará conforme a NB-1.

5.6. Durante os trabalhos de execução das peças estruturais, deverá a


empreiteira observar o máximo cuidado na confecção das formas nos
escoramentos, na granulometria dos agregados, na plasticidade e vibração do
concreto e também na desforma de modo que o produto final se apresente
com superfície, faces, arestas uniformes, garantindo assim, resistência e
aparência desejáveis da estrutura.

5.7. A fiscalização e supervisão das obras rejeitarão os serviços cuja aparência


não seja satisfatória, correndo por conta da construtora, demolições e
reconstruções que foram determinadas pelos responsáveis para o bom
andamento dos trabalhos.

5.8. Materiais e elementos construtivos.


Deverão obedecer as normas brasileiras e as especificações EB-1, EB-3 e EB-
4.

6.0- ALVENARIA

Especificações gerais.
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6.1. Na execução das alvenarias deverão ser seguidas as seguintes


dimensões, previstas nos projetos, EB-20 e a estas especificações:

6.1.1. As dimensões das alvenarias são consideradas acabadas e devem


seguir as especificações do projeto arquitetônico.

6.1.2. Todas as superfícies de concreto que ficarem em contato com a


alvenaria de tijolos deverá ser previamente chapiscadas com argamassa 1:1
de cimento e areia grossa.

6.1.3. Os compartimentos para ar condicionado, para transformadores, para


caixas de passagens e de inspeção, etc…, que fazem parte do projeto
arquitetônico terão as paredes de alvenaria executadas de modo que não
aconteçam demolições desnecessárias e o acabamento fique com aparência
adequada.

6.2. Alvenaria de tijolos comuns revestidos

6.2.1. Serão executadas com tijolos de barro cozido, furados do tipo leve. As
dimensões indicadas referem-se as paredes depois de revestidas. Para
assentamento de tijolos furados use argamassa 1:2:9 - cimento, cal e areia.

6.2.2. As fiadas serão perfeitamente horizontais, alinhadas e aprumadas. As


juntas, de espessura máxima de 15 mm, serão rebaixadas a ponta de colher
para que a argamassa adira fortemente.

6.2.3. Os vãos de portas e janelas e qualquer outra abertura deverão possuir


verga de concreto.

7.0- IMPERMEABILIZAÇÃO

Impermeabilizar baldrames, alicerce, bases de concreto e paredes em contato


com o solo. Deverão, estes, receber impermeabilização com uma camada de
argamassa de cimento e areia a traço 1:3, com adição de hidrofugante. Essa
camada deverá cobrir o topo e descer 20 cm pelas laterais, exceto onde o
concreto deverá ficar aparente, os cantos deverão ser arredondados.

8.0- PISOS
8.1. Camada impermeabilizadora

8.1.1. As covas para fundações, baldrames e tubulações deverão ser alteradas


em camadas de 0,20 m de altura máxima, molhadas e apiloadas isentas de
detritos orgânicos.

8.1.2. Para a execução da camada impermeabilizadora, será usado concreto


no traço 1:3:5, adicionado de aditivo vedacit ou similar, nas especificações do
fabricante.
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8.1.3. A espessura da camada será 0,10 m com a superfície, nivelamento com


a face superior do baldrame.

8.2. Pisos Externos

8.2.1. As áreas, faixas, pátios e superfícies externas dos edifícios destinados a


receber a pavimentação dos cimentados ou outros materiais análogos terão
com base uma camada de concreto simples, que só será lançada depois de
colocada toda a tubulação que deverá passar por baixo dela.

8.2.2. A superfície que suportará a base será drenada e bem apiloada, de


modo a constituir um todo firme e uniforme.

8.2.3. As formas serão ripas de madeira de 0.01m de espessura e altura igual


a base de concreto. Estas serão fixadas ao solo por ponta de vergalhões de
ferro ou piquetes de madeira que serão retirados a medida em que o concreto
for sendo lançado. A espessura mínima é de 6 cm.

8.2.4. A superfície será desempenada com aspersão de pó de cimento, com


acabamento meio áspero de cimento e areia no traço 1:3 para completar o
desempeno.

8.2.5. O concreto será submetido à cura conveniente durante o período de 8


dias, conservado constantemente umedecido e protegido da insolação direta.

8.2.6. As superfícies terão um caimento mínimo de 0,5%.

8.2.7. As sarjetas, passeios, etc…, em toda área externa dos prédios, serão
executados de acordo com os projetos.

8.3. Pisos Internos

8.3.1. A superfície que receberá a base deverá ter um contra-piso de brita de


15 cm de espessura.

8.3.2. Sobre a camada impermeabilizada deverá ser executada uma camada


de regularização e nivelamento com argamassa de cimento e areia no traço
1:3 com adição de hidrofugantes “VEDACIT” ou similar.

8.3.3. A camada impermeabilizadora deverá ser bem molhada para a perfeita


aderência desta camada, que deverá preencher todos os vazios e falhas.

8.3.4. Todos os caimentos deverão ser deixados nesta camada, mantendo-se


uma espessura média de 25 mm.

9.0- ACABAMENTO EM PAREDES


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9.1. Paredes em concreto liso

9.1.1. Condições básicas:

9.1.1.1. Na execução de concreto aparente, será levado em conta que o


mesmo deverá satisfazer não somente os requisitos normalmente exigidos
para os elementos de concreto armado, como também, as condições inerentes
a um material de acabamento. Essas condições tornam essencial um rigoroso
controle para assegurar uniformidade de colocação, homogeneidade de
textura, regularidade das superfícies e resistência ao pó e às intempéries em
geral.

9.1.2. Formas de escoramento:

9.1.2.1. As formas de escoramento deverão apresentar resistência suficiente


para não se deformarem sensivelmente sob a ação das cargas e das
variações de temperatura e umidade.

9.1.2.2. A retirada do escoramento de tetos deverá ser feita de maneira


progressiva, particularmente para peças em balanço, o que impedirá o
aparecimento de fissuras em decorrência de cargas diferenciais.

9.1.3. Concreto

9.1.3.1. A fim de evitar qualquer variação de coloração ou textura, serão


empregados materiais de qualidade rigorosamente uniforme. Todo o cimento
deverá ser de uma só marca e quando o tempo da obra permitir de uma só
partida de fornecimento.

9.1.3.2. As interrupções de lançamento deverão ser judiciosamente previstos,


de modo que sejam indivisíveis as linhas ou emendas decorrentes dessas
interrupções.

9.1.4. Retificação e limpeza

9.1.4.1. As pequenas cavidades, acabamento de concretagem,


falhas ou trincas que porventura, resultarem nas superfícies serão tomadas
com argamassa de cimento e areia, no traço que lhe confira estanqueidade e
resistência, bem como, coloração semelhante a do concreto circundante.

9.1.4.2. A execução dos serviços de repasse e correção ficará


na dependência de prévia inspeção e orientação do proprietário.

9.1.5. Proteção
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Todas as superfícies do concreto aparente externas serão submetidas a um


tratamento final de proteção contra a ação intempéries com o uso de
repelentes a água.

9.2. Paredes revestidas com azulejos. Devem ser colocados com nível e
prumo alinhados ate o teto.

9.3. Paredes alvenaria internas pintadas e externas. Emboço, reboco, pintado


com uma demão de selador e duas demão de PVA látex, cor branco gelo.

9.4. Argamassa

9.4.1. O revestimento com argamassa terá traço medido por meio de padiolas,
com inscrição em ambas as faces, contendo o nome do material e o número
de vezes que entra no traço.

9.4.2. As superfícies a serem revestidas serão limpas a vassouras e


fartamente molhadas, a seguir serão chapiscadas com argamassa de cimento
e areia grossa 1:3.

9.4.3. A espessura máxima das camadas de esboço e reboco não deverão


exceder, juntas, à espessura de 15 mm.

9.4.4. As superfícies revestidas deverão apresentar parâmetros perfeitamente


planos, aprumados, alinhados e nivelados, com todos os cantos horizontais e
verticais, acabados em a meia-cana.

9.4.5. As paredes internas levarão emboço de cimento, cal e areia a 1:2:8. Nas
residências, escritórios, alojamento e refeitório em massa corrida fina.
As paredes externas, onde houver, será executado com argamassa no traço
2:4:6 de cimento, cal e areia.

10.0- ESQUADRIAS

Toda a madeira empregada nas esquadrias será de boa qualidade e


perfeitamente seca, se ocorrer empenamento, a fiscalização exigirá reposição
das peças. Todo o trabalho será executado por profissionais qualificados,
especialmente treinados e experimentados neste tipo de trabalho.

11.0- LIMPEZA E ENTREGA DA OBRA

11.1. Serão considerados como limpeza os serviços de raspar, calafetar e


encerar os pisos, lavar e retirar os detritos que ficarem aderentes as louças,
aos materiais cerâmicos, aos aparelhos de iluminação, aos vidros e aos
metais; polir metais e ferragens, etc…, e finalmente, retirar os entulhos.

11.2. Limpeza de pisos ou paredes de material de cimento com ácido muriático


em solução 1:5 de água, na limpeza dos pisos, deve-se ter cuidado inicial de
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tampar os ralos, a fim de que os detritos provenientes da limpeza não venham


obstruí-los.

11.3. Limpeza dos metais dos aparelhos sanitários e das ferragens, os metais
com acabamento cromado serão limpos com removedor de tintas e resinas,
quando se acharem sujos estes materiais. Em caso contrário serão
unicamente esfregados com flanela seca até recuperarem seu brilho natural.

11.4. Limpeza de aparelhos sanitários: serão lavados somente com água e


sabão; deve-se ter cuidado de retirar o excesso de massa que foi utilizado na
colocação das peças de metal. Em nenhum caso será permitido o emprego de
soluções ácidas das louças sanitárias e não será permitido o uso de palha de
aço. O resto da limpeza dos aparelhos, de modo algum deverão ser lançados
no esgoto do próprio aparelho.

11.5. Limpeza de vidros: cuidado especial deverá ser observado na limpeza


dos vidros junto as peças das esquadrias. A limpeza deverá ser feita com
removedor de tintas, bem como palha de aço fina, sempre seca.

11.6. A empreiteira, antes da comunicação do término da obra, deverá efetuar


uma vistoria fina do prédio, acompanhado do autor do projeto e da
fiscalização. Serão verificados todas as partes aparentes que constituem o
acabamento final da obra.

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