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Dimensionamento de Estruturas Metálicas

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EXEMPLOS DE ESTRUTURAS DE AÇO
coberturas; pavilhões industriais e desportivos; estádios; torres de telecomunicações; pontes e viadutos

José Oliveira Pedro Dimensionamento de Estruturas 2021/2022

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EXEMPLOS DE ESTRUTURAS DE AÇO
coberturas; pavilhões industriais e desportivos; estádios; torres de telecomunicações; pontes e viadutos

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EXEMPLOS DE ESTRUTURAS DE AÇO
coberturas; pavilhões industriais e desportivos; estádios; torres de telecomunicações; pontes e viadutos

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

Sistema estrutural e elementos


constituintes:

 sistema porticado principal

 sistema secundário de apoio


dos revestimentos das
fachadas e coberturas

 sistema de contraventamento
da estrutura principal e
secundária

Figura do livro DE - IST Press

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

Elementos classificados os sistemas de


com “secundários”: revestimento, que
incluem os
isolamentos térmicos
e acústicos,
os sistemas de
iluminação e acesso
(janelas e portões),
as madres de apoio
das chapas/painéis de
revestimento,
os acabamentos nos
remates das fachadas
e da cobertura, e
o sistema de
drenagem.
Figura do livro DE - IST Press

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

Funcionamento estrutural
para cargas verticais

Figura do livro DE - IST Press

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

Funcionamento estrutural
para cargas horizontais

Figura do livro DE - IST Press

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

 Módulo de elasticidade 𝐸s = 210 kN/mm2 = 210 GPa


𝐸
 Módulo de distorção 𝐺s = 2(1+𝜈)
s
= 81 GPa

 Coeficiente de Poisson 𝜈 = 0,3

 Coeficiente de dilatação térmica linear 𝛼s = 12 x 10-6 /oC

Figura do livro DE - IST Press  Peso volúmico 𝛾s = 77 a 78,5 kN/m3

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

Elementos constituintes de um pórtico

Figura do livro DE - IST Press

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

Tipos de travessas em função do vão

Figura extraída da Ref. [1]

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

Montantes formados por colunas compostas Montantes com perfis laminados

Montantes constituídos por


chapas soldadas

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

Pórticos em treliça plana Pórticos em “Shed”

Figura do livro DE - IST Press Configuração / forma da estrutura

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

Pórticos em treliça Pórticos em treliça plana em


tridimensional duas direções ortogonais

Figura do livro DE - IST Press Configuração / forma da estrutura

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

Figura do livro DE - IST Press Configuração / forma da estrutura

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

Coberturas com vigas


trianguladas 3D,
atirantadas e com
membranas e cabos

Estádio Fonte Nova – Terminal 2 do aeroporto


Salvador da Baia, Brasil Charles de Gaulle, Paris

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES
Os sistemas de revestimento das fachadas e coberturas protegem o interior do edifício das ações
climáticas exteriores, tais como o vento, a chuva, a neve e as variações de temperatura.

Existem diversos sistemas de revestimento aplicáveis em edifícios de estrutura metálica, tais


como:

(i) placas de fibrocimento (atualmente em desuso),


(ii) chapas de alumínio ou de zinco,

(iii) painéis translúcidos de policarbonato, e

(iv) chapas de aço perfiladas, simples ou com isolamento.

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

Revestimento e
Estrutura secundária
de suporte – madres

Sistemas integrados – Madres + Isolamento + Revestimento


Catálogo CORUS - Structural roof decking and trays,
http://www.cistructures.co.uk/themes/cistruct/moreinfopdf/Corus_Panels_Profiles_Systems.pdf

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SISTEMA ESTRUTURAL, MATERIAIS E ELEMENTOS CONSTITUINTES

O dimensionamento das madres é condicionado, geralmente, pela verificação de condições relativas ao


comportamento de flexão, designadamente:
 de resistência ao momento fletor e ao esforço transverso, e
 de limitação da deformabilidade em condições de serviço.

As condições de resistência referidas são as seguintes:

• ELU de resistência das secções ao momento fletor 𝐌𝐄𝐝 ≤ 𝐌𝐜,𝐑𝐝

• ELU de resistência à encurvadura lateral 𝐌𝐄𝐝 ≤ 𝐌𝐛,𝐑𝐝

• ELU de resistência ao esforço transverso 𝐕𝐄𝐝 ≤ 𝐕𝐑𝐝

em que
𝑀 , é o momento fletor resistente das secções transversais (tendo em conta, se necessário, os efeitos da
interação entre esforços),
𝑀 , é o momento fletor resistente dos elementos à encurvadura lateral, e
𝑉 é o esforço transverso resistente

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MONTANTES – DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS

Figura extraída da Ref. [1]

Comprimentos de encurvadura dos montantes no plano e fora do plano

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MONTANTES – DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS

O dimensionamento dos montantes deve considerar, em geral, a Montante  Caso geral deve ser
flexão composta com compressão, pelo que a verificação da sua
dimensionado como uma coluna-viga
resistência segue os procedimentos definidos para colunas-vigas

No caso simples dum pórtico com montantes biarticulados nas extremidades


sujeitos a compressão simples, a resistência à encurvadura por flexão dum
montante é a menor das resistências correspondentes à encurvadura em torno de
cada um dos eixos principais de inércia da secção, dadas por:

Montante  Caso particular pode ser 𝐴 𝑓 𝐴 𝑓


𝑁 , , = 𝜒 𝑁 , , = 𝜒
dimensionado como uma coluna 𝛾 𝛾

Na determinação dos coeficientes de redução χy e χz deve atender-se a:


• no plano do pórtico, o comprimento de encurvadura é igual à altura do
montante,
• no plano perpendicular ao do pórtico, se existirem madres na fachada ligadas
ao montante e ao sistema geral de contraventamento, o comprimento de
encurvadura pode ser tomado igual à distância entre as madres.

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MONTANTES – DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS
O procedimento de dimensionamento consiste em:
1. São conhecidos o esforço normal instalado 𝑁 , o
comprimento da coluna e as suas condições de apoio
2. Assume-se um valor de 𝜒 (por exemplo = 0.5)
3. Escolhe-se um perfil com área tal que
𝐴 ≥ 𝑁 / (𝜒 𝑓 / 𝛾 )
4. Da tabela de perfis retira-se 𝐴, 𝐼 , 𝐼 , 𝑖 , 𝑖
5. Calcula-se as cargas críticas de encurvadura nas
direções 𝑦 e 𝑧 por:
𝐸𝐼 𝐸𝐼
𝑃 , =𝜋 𝑃 , =𝜋
𝐿 , 𝐿 ,

6. Obtém-se as esbeltezas normalizadas em cada uma


das direções por:

𝜆̅ = 𝜆̅ =
, ,
= =
, ,

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MONTANTES – DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS
7. Em função das curvas de encurvadura de colunas (𝑎, 𝑏, 𝑐 ou 𝑑) obtém-se os coeficientes de redução 𝜒 e 𝜒
8. Finalmente, obtém-se a resistência da coluna como
𝐴 𝑓
𝑁 , = min {𝜒 , 𝜒 }
𝛾
9. A verificação da segurança está assegurada se 𝑁 ≤𝑁 ,
caso contrário retornar a 3. e escolher um novo perfil

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MONTANTES – DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS - EXEMPLO
2º Problema – Exame de 11 de Junho de 2018

Viga
62
M- = 35 x = 157,5 kNm
8
4.52
M+ = 35 x = 88,6 kNm
8
5
VC = x 35 x 6 = 131,25 kN
8

NOTA - Estrutura travada nos nós A a E


5
Colunas AF e GC. Nmax = NCG = 2 x 8 x 4,5x 6 = 262,5 kN
L = 0,7 x 5,0 = 3,50 m
3 2 400
Barras EH e EI. Nmax = NCG = 35 x x 6 x + x 2=2
8 2 2
2 = 282 + 56 =338 kN (barra comprimida)

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MONTANTES – DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS - EXEMPLO
2º Problema – Exame de 11 de Junho de 2018

Procedimento de Dimensionamento
Conhecido
O esforço actuante NEd

Arbitra-se c
NEd
Calcula-se A ³
c fy
I
Dimensiona-se o Perfil A (área) e I (Inércia), i =
A
NOTA - Estrutura travada nos nós A a E
Calcula-se
5 Comprimento de encurvadura - L
Colunas AF e GC. Nmax = NCG = 2 x 8 x 35,0 x 6 = 262,5 kN
p2EI
L0z = 0,7 x 5,0 = 3,50 m Ncr = 2
L
262.5 Npl = A fy Processo
Admitindo c = 0,5 Þ A > = 0.5 x 275 x 103 = 1909 mm2 _ L/i iterativo
Npl
Perfil HEA 100 (A = 2124 mm2; iz = 25,1 mm) Npl.Rd = 2124 x 275 = 584 kN Esbelteza normalizada - l = =
l1 Ncr
_ 3500/25.1 139
l= = = 1,60 Þ (curva c) Þ c = 0,28 ÞNb.Rd = 0,28 x 584 = 163 kN < 262,5 kN _
86.8 86.8
2 Curva de dimensionamento (curva a a d) c = (l)
86.8 86.8 Npl
Perfil HEA 120 (A = 2534 mm2; iz = 30,2 mm) Npl.Rd = 2534 x 275 = 696 kN Nb.Rd = c
gM1
_ 3500/30.2 116 Verificação da segurança Nb.Rd ³ NEd
l= 86.8 = 86.8 = 1,33 Þ (curva c) Þ c = 0,38 ÞNb.Rd = 0,38 x 696 = 264 kN > 262,5 kN OK!

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MONTANTES – DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS - EXEMPLO
2º Problema – Exame de 11 de Junho de 2018

Procedimento de Dimensionamento
Conhecido
O esforço actuante NEd

Arbitra-se c
NEd
Calcula-se A ³
c fy
I
Dimensiona-se o Perfil A (área) e I (Inércia), i =
A
Slide
NOTA - T17-4
Estrutura travada nos nós A a E
3 2 400 Calcula-se
Barras EH e EI. Nmax = NCG = 35 x 8 x 6 x 2 + 2 x 2 = 282 + 56 =338 kN (barra comprimida) Comprimento de encurvadura - L
p2EI
L0 = 4,0 x 2 = 5,66 m Ncr = 2
L
338 Npl = A fy Processo
Admitindo c = 0,5 Þ A > = 0.5 x 275 x 103 = 2458 mm2 iterativo
_ L/i Npl
Perfil CHS 168,3 x 5.0 (A = 2570 mm2; iz = 57,8 mm) Npl.Rd = 2570 x 275 = 707 kN Esbelteza normalizada - l =
l
=
Ncr
1
_ 5660/57.8 97.9
l= = = 1,13 Þ (curva a) Þ c = 0,57 ÞNb.Rd = 0,57 x 707 = 403 kN > 338 kN OK!
86.8 86.8 _
Curva de dimensionamento (curva a a d) c = (l)
Com um perfil mais pequeno
Npl
Perfil CHS 139.7 x 5.0 (A = 2120 mm2; iz = 47,7 mm) Npl.Rd = 2120 x 275 = 583 kN Nb.Rd = c
gM1
_ 5660/47.7 118.7
Verificação da segurança Nb.Rd ³ NEd
l = 86.8 = 86.8 = 1,37 Þ (curva a) Þ c = 0,43 ÞNb.Rd = 0,43 x 583 = 251 kN < 338 kN Não
verifica!

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MONTANTES – DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS - EXEMPLO
2º Problema – Exame de 11 de Junho de 2018

NOTA - Estrutura travada nos nós A a E

A contribuição das barras verticais para a rigidez horizontal é desprezável face à contribuição das
barras diagonais HEA120 (Iy= 6,06 x 10-6 mm4); CHS 168.3 x 5.0 (A = 2570 mm2)
3EI 3 x 210 x 106 x 6.06 x 10-6
3EIy 3 x 210 x 106 x 6.06 x 10-6
Barras verticais KAF.h = KCG.h = L3 = 53 = 30,5 kN/m
EA 210 x 10 x 2570 x 10-6 2 2
6
Barras diagonais KHE.h = KEI.h = L cos2a = 5.66 ( 2 ) = 47677 kN/m

Rigidez horizontal das barras diagonais relativamente ao total


2 KHE.h
= 2 K + 2 K = 0,999 » 1,0 Þ A força horizontal é absorvida pelas barras diagonais!
AF.h HE.h

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