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TRANSFORMAÇÃO PESSOAL
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Agir Julgar Passo 01 -Avaliando o
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que eu sei sobre o assunto
Passo 02 - Estudando a
Agir Julgar Palavra de Deus
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INTRODUÇÃO
Passo O 1 - Avaliando o
que eu sei sobre o assunto
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INTRODUÇÃO
Devemos amar o nosso país. Este é o país que Deus nos deu.
Este é o país para o qual Deus nos chamou para fazer a Sua missão
no mundo. E esta é a cidade que você mora e nela você deve fazer
toda a diferença.
O envolvimento das pessoas da igreja na transformação
social deve ser motivado pela fé e não por qualquer tipo de
ideologia, embora às vezes haja uma linha muito fina entre a fé e
ideologia. Fé é usada às vezes como uma ideologia.
Na verdade, cada um de nós tem sua própria ideologia, seja
boa ou ruim. Cada um de nós tem seus próprios ideais e princípios.
O que é mais importante é que tipo de ideologia que temos: para
o bem do povo ou é usada para oprimir e explorar o povo? Em
qualquer caso, a responsabilidade social é uma das expressões
concretas da fé.
A seguir são apresentadas quatro razões básicas para que
você, como também as pessoas da igreja ativamente se envolvam
na transfarmação social.
A RAZÃO TEOLÓGICA
A primeira razão para se envolver na transformação social
é teológica. Esta é a nossa fé em Deus. Cremos que Deus criou os
céus e a terra (Gn 1: 1) e que Ele é o Senhor de tudo. O primeiro
mandamento que Deus deu a Moisés diz: "Eu sou o Senhor, o teu
Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão. Não terás outros
deuses além de mim'' (Êx 20:2-3). Cremos em Deus, que é o Deus da
liberdade e da salvação. Deus criou os seres humanos em liberdade
a fim de viver em liberdade. Deus criou os seres humanos à sua
própria imagem com honra e dignidade para sermos Seus mordomos
responsáveis da Sua criação (cf. Gn 1:26-27). Assim, quando os
israelitas foram escravizados no Egito, Deus disse a Moisés:
De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito,
e também tenho escutado o seu clamor, por causa dos seus
feitores, e sei quanto eles estão sofrendo. Por isso desci
para livrá-lo das mãos dos egípcios e tirá-los daqui para
uma terra boa e vasta, onde manam leite e mel: a terra
dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dosferezeus, dos
heveus e dos jebuseus (Ex 3:7-8).
Qualquer cristão que leva a sério a sua fé em Deus não
poderia suportar ver as pessoas sendo oprimidas e exploradas.
Este cristão certamente faria alguma coisa para libertá-las em
obediência a Deus. Por isso é que as igrejas e movimentos criam
programas de direitos humanos que lidam com vítimas que têm
seus direitos violados.
A RAZÃO CRISTOLÓGICA
A segunda razão para se envolver na transformação social
é cristológica. A fé que temos não é uma fé na religião ou num
sistema religioso - é fé em uma pessoa - Jesus Cristo, nosso
Salvador e Senhor. Nós cremos que Deus veio até nós em Jesus
de Nazaré. Através de sua vida e ministério, Jesus mostrou para
nós o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6).
Como os profetas do passado, Cristo disse:
O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu
para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para
proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista
aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano
da graça do Senhor (Lc 4:18-19).
Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos
(Me 10:45).
Eu vim para que tenham vida e a vida em toda a sua
plenitude (lo 10: 10).
Estas são declarações da missão de Jesus que ele mesmo
cumpriu em palavras e atos, mostrando amor e compaixão para
com os pobres, curando os enfermos, alimentando os famintos,
perdoando os pecadores e desafiando as hipocrisias dos poderes
estabelecidos, poderes estes que o levaram para a cruz cruel.
Assim, crer em Jesus Cristo e aceitá-lo como nosso Senhor
e Salvador significa viver exatamente o mesmo tipo de vida que
ele viveu - "Desta forma sabemos que estamos nele: aquele que
afirma que permanece nele, deve andar como ele andou" (1 Jo 2:5-
6). Nosso amor a Cristo nos leva a criar hospitais, escolas, creches,
asilos para idosos, casas de recuperação para viciados e coisas afim.
É Cristo nossa motivação para a transformação social.
A RAZÃO ECLESIOLÓGICA
A terceira razão para se envolver na transformação social é
eclesiológica. Aqui confessamos como no credo apostólico - cremos
na igreja. Esta é a nossa fé na igreja. A igreja é o corpo do Cristo
ressuscitado, a comunidade dos crentes chamados a continuar a
missão de Deus no mundo pelo poder do Espírito Santo. A igreja
é o instrumento de Deus para estabelecer o Seu reino na terra.
Como instrumento de Deus, a igreja deve manifestar em si mesma
tudo o que o reino de Deus é. O reino de Deus é, basicamente, um
reino de paz fundamentado na justiça e na retidão.
Quando o Espírito Santo veio sobre os primeiros cristãos, eles
foram autorizados a viver em comunhão amorosa com os outros.
Eles dividiram os recursos com os outros. (At 4:32-35). Este é o
modelo de uma comunidade que vive para compartilhar com o
mundo como expressão de sua responsabilidade social. Trata-se de
uma comunidade em que ninguém tinha necessidade. Esta é uma
comunidade que tenta se aproximar daquilo que o reino de Deus é.
A RAZÃO ESCATOLÓGICA
A quarta razão para se envolver na transformação social é
escatológica. Esta é a fé que a história chegará ao fim, e que Deus
criará um novo céu e uma nova terra (Ap 21). Esta é a fé que Deus
finalmente sentará no seu trono de julgamento na plenitude do
tempo, e que todos nós vamos dar conta do que fizemos diante dEle,
seja bom ou ruim. O modo como vivemos aqui revela que tipo de
futuro cremos e ensinamos.
Por que no Dia do Julgamento o juiz (rei) nos dirá, "o Rei
responderá: Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos
meus menores irmãos, a mim o fizeram" (Mt 25:40). Ao buscarmos
a transformação social demonstra que vivemos uma vida de
preocupação amorosa para com o menor dos nossos irmãos e
irmãs em nossas comunidades. Isso é o que Deus espera de nós
em relação a vida que Ele nos deu.
Quando Deus confrontou Caim ao matar seu irmão Abel,
ele respondeu com uma pergunta retórica, "Eu sou o guardião do
meu irmão?" (Gn 4:9). No julgamento final teremos que contar a
Deus se de fato cuidamos das pessoas.
SALVOS PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ
4. Nova leitura
Neste passo chegamos à Palavra de Deus. Nos três passos
anteriores nós acercamos, escutamos e observamos a realidade
da cidade. Com estes dados em mente, nós agora vamos à Palavra
de Deus a partir e com as realidades das pessoas e da cidade para
que, iluminados pelo Espírito Santo, tenhamos a capacidade e
habilidade de fazer novas leituras da realidade com a Bíblia nas
mãos. Situamos assim nossa leitura da Palavra dentro do contexto
real de vida das pessoas. Assim, em nossa leitura da Palavra
de Deus temos novos e atuais elementos da realidade, os quais
reclamam uma ação e uma nova direção como fruto do nosso
compromisso com Palavra de Deus.
5. Nova perspectiva
A nova leitura da Palavra de Deus nos impulsiona para as
novas perspectivas da ação missiona!. A Palavra de Deus não muda.
O que muda é a realidade. Mas a Palavra de Deus, por ser a Palavra
de Deus ao ser humano, ela muda a realidade e para esta realidade
apresenta novas perspectivas de vida. Por meio da Palavra de Deus
o mundo veio a existir (Jo 1) e é por meio da Palavra de Deus que
podemos sonhar com as novas perspectivas para a cidade e nos
inserimos na realidade visando à transformação por meio destas
novas ações.
6. Nova ação
Ninguém se aproxima (acerca), escuta e examina a realidade
para deixar tudo como está (ou pelo menos não deveria ser assim).
Acercamo-nos da realidade porque cremos que a partir das novas
leituras que o contexto nos desafia a fazer, somos convocados
para ver as novas perspectivas que a Palavra de Deus evoca, e
como respostas de engajamento, surgem as novas ações. Um dos
valores centrais do Evangelho do reino é a encarnação, ou seja,
nosso compromisso e engajamento na realidade concreta. Assim
fez Jesus, pois "o Verbo estava no mundo" (Jo 1:10). Ao estar no
mundo, Jesus agiu em nome do Pai, realizando, no mundo, sua
missão. Por isso mesmo Jesus comissionou seus discípulos assim,
"assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os envio ao
mundo" (Jo 17:18; 20:21). Por meio destas novas ações temos
condições de contar novas histórias.
7. Contar novas histórias (nova realidade)
Este é o momento da transformação daquilo que era para
aquilo que passou a ser por meio da presença do Evangelho que
transforma a realidade. Daí a importância de acercar, ouvir e
examinar a realidade. Ao fazer isto, temos um raio-X da cidade e
de como era a realidade dela e das pessoas. Fomos cuidadosos o
suficiente para compreendê-la e a partir daí fazer novas leituras
para surgir novas perspectivas e novas ações. Agora, este passo nos
arremete novamente para a realidade, não a velha, mas a nova, a
transformada, a renovada, como fruto da nossa ação que vem por
intermédio da análise da cidade e da nova leitura da Palavra de
Deus. Assim, sempre teremos novas histórias da nova realidade
para contar, como expressão do poder de Deus e de sua Palavra.
Mais ou menos assim: este bairro era conhecido como um vale da
sombra da morte. Mas depois que sua igreja acercou esta realidade
e teve a capacidade de ouvir as pessoas e suas lutas, examinando
como a vida se traduzia neste contexto, vocês foram a Palavra
de Deus e ela possibilitou a fazer novas leituras. Antes, a igreja
pensava que não era sua missão se envolver com estas situações,
mas hoje tem uma nova perspectiva e crê que este bairro é palco
da tarefa missionária. Esta nova perspectiva conduziu a igreja
a inúmeras ações, e como fruto deste esforço, hoje ela tem uma
creche que alimenta mais de cem crianças. Uma nova realidade
já pode ser vista em seu bairro, que já não mais existem crianças
com barriga d' agua, e faz um ano que nenhuma criança morreu
de fome. São estas novas histórias que precisamos contar. São estas
novas histórias que a cidade precisa ouvir de uma igreja que diz
que Deus é amor.
Veja esta metodologia no gráfico que segue:
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3. As instalações da igreja podem ser utilizadas como uma
excelente oportunidade para que muitas ações transformadoras
aconteçam no bairro em que está inserida. Isso tem sido
aproveitado?
Se sim, o que tem sido feito?
/Ver\
Agir Julgar Passo 01 - Avaliando o
que eu sei sobre o assunto
Passo 02 - Estudando a
Palavra de Deus
INTRODUÇÃO
Ver
\ Passo 03 - Agindo para
Julgar a glória de Deus
ea
1. Foram apresentados aqui dois documentos oficiais sobr
teólogos e
criação de Deus que envolveram mentes brilhantes, de
dade e
teólogas para nos ajudar a pensar este tema com mais serie
compromisso. Você se convenceu do que?
2. No CCC foram apresentadas algumas práticas visando o
bom uso da natureza. Uma delas foi: Adotar estilos de vida que
renunciem hábitos de consumo destrutivos ou poluentes. Pense:
existem hábitos em sua própria vida que são destrutivos ou
poluentes? (Ex.: escovar os dentes com a torneira de água aberta,
jogar papéis ou latas no chão, carro com escapamento com fumaça
branca, queimando óleo etc.).
3. Que tal sua igreja promover um tour pelo bairro para ver
o estado da natureza nele. Certamente encontrarão situações de
desrespeito para com o meio ambiente. Anotem o que veem e
pensem em possibilidade práticas para mudar estas realidades.
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Palavra de Deus
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00 INTRODUÇÃO
Com gratidão,
Jorge Henrique Barro