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República de Angola

Governo Provincial de Luanda


Ministério da Educação
Instituto Politécnico Médio de Administração e gestão do Kilamba nº 2012

TRABALHO DE TEORIA E PRÁTICA DE JORNALISMO

A CENTRAL DE PRODUÇÃO OU UNIDADES


DE PRODUÇÃO

Curso: Comunicação Social


Grupo nº: 1
Classe: 12ª
Sala: 18
Turno: Tarde

Docente

José Dos Santos

Luanda, 2024

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República de Angola
Governo Provincial de Luanda
Ministério da Educação
Instituto Politécnico Médio de Administração e gestão do Kilamba nº 2012

TRABALHO DE TEORIA E PRÁTICA DE JORNALISMO

A CENTRAL DE PRODUÇÃO OU UNIDADES


DE PRODUÇÃO

Luanda, 2024

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FICHA TÉCNICA DO GRUPO Nº: 1

Nº Nome Valor
1 Adriana André Songua
2 Adriano Bunga Jacinto
3 Albertina Quibula Mbengui
4 Ariel Márcia Pinheiro Victor
5 Bráulio José
6 Cebeth Da Cruz Eleutério
7 Celeste Zua
8 Cirilo Gunza

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...............................................................................................................5
CONCEITO DE CENTRAL DE PRODUÇÃO................................................................6
2. ESTRUTURA DE UMA CENTRAL DE PRODUÇÃO DE TELEVISÃO.................6
3. CENTRAL DE PRODUÇÃO: sistema analógica.................................................8
4. CENTRAL DE PRODUÇÃO: sistema digital.......................................................9
4.1. A introdução da televisão digital em Angola...........................................................10
5. CENTRAIS DE PRODUÇÃO DE TELEVISÃO DE ANGOLA...........................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................13
ANEXOS........................................................................................................................14

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INTRODUÇÃO

Para que a televisão ou outros órgãos de comunicação funcionem como tal e aja
produção de conteúdos e sua transmissão e necessário que exista uma central ou
unidade de produção para a veiculação de notícias ou informações para o público. Uma
unidade de produção é composta de componentes necessários para transmissão digital
ou analógica numa emissora. Actualmente o sistema de comunicação televisiva passa
por uma nova revolução onde a transmissão analógica torna-se digital.

O presente trabalho tem como tema central de produção ou unidades de


produção e esta estruturado por subtemas que irão levar a conhecer conceito de central
de produção, sua estrutura, sobre o processo de produção em uma televisão, sobre as
centrais de produção em Angola e muito mais.

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CONCEITO DE CENTRAL DE PRODUÇÃO

A central de produção é considerada o coração da emissora, é através deste


sector que os programas de TV são gerados, editados, finalizados e transmitidos até o
sector de radiodifusão, o qual permite a veiculação do produto final a ser
disponibilizado em todas as residências que possuem receptores de TV.

A central de produção de televisão é uma estrutura ou uma instalação na qual


ocorrem produções de vídeo, seja para a produção de televisão ao vivo e sua gravação
em fita de vídeo ou outra média, como SSDs, seja para a aquisição de material bruto
para pós-produção. O design de uma central de produção de televisão é semelhante e
derivado dos estúdios de cinema, com algumas alterações para os requisitos especiais da
produção de televisão.

2. ESTRUTURA DE UMA CENTRAL DE PRODUÇÃO DE TELEVISÃO


Uma central de produção de televisão profissional geralmente tem várias salas,
que são mantidas separadas por razões de ruído e praticidade. Essas salas são
conectadas via 'talkback' ou um intercomunicador e o pessoal será dividido entre esses
locais de trabalho.

2.1 Uma central de produção de televisão: salas


Andar do estúdio

O piso do estúdio é o verdadeiro palco onde acontecem as acções que serão


gravadas e visualizadas. Um andar de estúdio típico tem as seguintes características e
instalações:

a) Decoração e/ou sets;


b) Câmara de vídeo profissional (às vezes uma, geralmente várias), normalmente
montada em pedestais;
c) Microfones e alto-falantes dobráveis;
d) Equipamentos de iluminação de palco e o console de controle de iluminação
associado, embora muitas vezes esteja localizado na sala de controle de
produção (PCR);
e) Vários monitores de vídeo para feedback visual do PCR;
f) um pequeno sistema de endereçamento público para comunicação;
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g) Uma janela de vidro entre o PCR e o piso do estúdio para contacto visual directo
é muitas vezes desejada, mas nem sempre possível.

Enquanto uma produção está em andamento, as pessoas que compõem uma equipe
de televisão trabalham no estúdio.

a) Os próprios apresentadores na tela e quaisquer convidados - os temas do


programa de televisão.
b) Um gerente geral, que tem a responsabilidade geral do gerenciamento do palco
da área do estúdio e que transmite o tempo e outras informações do director de
televisão.
c) Um ou mais operadores de câmara que operam as câmaras, embora, em alguns
casos, eles também possam ser operados a partir do PCR usando cabeças de
câmara com zoom de inclinação e rotação (PTZ) robóticas controladas
remotamente.
d) Possivelmente um operador de teleprompter, especialmente se for um noticiário
de televisão ao vivo

Sala de controlo de produção

A sala de controlo de produção é o local de um estúdio de televisão onde ocorre


a composição do programa de saída. A sala de controlo de produção é ocasionalmente
também chamada de sala de controlo de estúdio (SCR) ou "galeria" - o último nome
vem da localização original do director em uma ponte esculpida que atravessa o
primeiro estúdio da BBC na Alexandra Palace, que já foi referido como uma galeria de
menestréis.

A grande maioria dos dispositivos em uma sala de controlo de produção são


interfaces para equipamentos montados em rack que estão localizados na Sala de
Aparelhos Central (CAR).

Sala de aparelhos central

A sala de aparelhos central (CAR) abriga equipamentos que são muito barulhentos
ou muito quentes para serem localizados na sala de controlo de produção (PCR). Ele
também garante que o cabo coaxial, cabo SDI, cabo de fibra óptica ou outros
comprimentos de fio e requisitos de instalação se mantenham dentro de comprimentos
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gerenciáveis, uma vez que a maior parte da fiação de alta qualidade passa apenas entre
os dispositivos nesta sala. Isso pode incluir o circuito real e as conexões entre:

1) Gerador de caracteres (CG);


2) Unidades de controlo da câmara (CCU);
3) Efeitos de vídeo digital (DVE);
4) Roteadores de vídeo;
5) Servidores de vídeo;
6) Mesa de corte (switcher de vídeo);
7) Gravadores de fita de vídeo;
8) Painéis de conexão.

Outras instalações

Um estúdio de televisão geralmente possui outras salas sem requisitos técnicos além
de monitores de vídeo e monitores de estúdio para áudio. Entre eles estão:

1) Uma ou mais salas de maquiagem e vestiários;


2) Uma área de recepção para a equipe, talentos e visitantes, comummente
chamada de coxia;
3) Uma área de manuseio de público.
3. CENTRAL DE PRODUÇÃO: sistema analógica

Televisão analógica

O sistema de televisão analógico, é uma combinação de elementos da física clássica e


moderna, como óptica, ondulatória, electrostática e termodinâmica, em busca da
construção contínua e análoga de uma transmissão e ressecção de imagem e som por
meio da electricidade. Ou seja, na “(…) televisão analógica a informação é transmitida
sobre a forma de um sinal contínuo que varia em amplitude e/ou frequência dependendo
da informação a ser transmitida” (Albornoz & Leiva, 2014). Ou seja, na televisão
analógica, existe uma transmissão e ressecção de imagem e som por meio da
electricidade, criando uma relação biunívoca entre o real e a sua imagem. Segundo
Couchot, (1993) “A imagem estabelece a junção entre dois momentos do tempo, aquele

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em que foi captada «feita à mão ou registada automaticamente pela câmara fotográfica»
e aquele em que é contemplada” (pp. 39-40).

Uns dos maiores problemas dos sinais analógicos, é que podem ser distorcidos por
interferências, provocando uma deterioração da imagem recebida em relação à imagem
emitida. Algumas das situações responsáveis por gerar interferências, relacionam-se
com as condições atmosféricas, os edifícios altos e as fontes de energia
electromagnética.

4. CENTRAL DE PRODUÇÃO: sistema digital

Televisão digital

TV Digital é uma evolução da tecnologia da TV actual, mas trata-se de algo muito mais
complexo do que apenas isso. É uma plataforma de comunicação que baseia-se em
tecnologia digital para transmitir sinais, com ganhos de qualidade de áudio e vídeo,
aumento da quantidade de programas de TV e novas oportunidades de serviços,
substituição da formação de imagens através de pontos por imagens a partir da leitura de
computação (bits) em 0 e 1 e por onde poderá se ter acesso, além do que já é
disponibilizado pelo sistema convencional de TV analógica, também, ao que é de
exclusividade da internet, só que com menos custos. Ela oferece ainda um leque imenso
de canais a disposição, direccionamento, com oportunidade de interactividade directa
entre receptor e emissor, comercio electrónico, mobilidade, etc..

Neste contexto, a TDT é o processo de transmissão de vídeo, áudio e dados através de


sinais digitais, ao contrário do analógico, proporcionando uma melhor qualidade de
transmissão, e uma maior optimização do aspecto radioeléctrico, o que permite a
inclusão de mais serviços de programas de televisão e novos serviços. Esta
característica da TDT, permite uma rápida interacção entre o emissor e o receptor. A
televisão digital teve o seu início no Japão nos anos 70 do século passado, mas ganhou
abrangência na sua forma de implementação e difusão nos EUA. Mas em ambos os
casos, o seu principal objectivo era a melhoria da qualidade da transmissão e recepção
do sinal televisivo, permitindo assim, um serviço com maior qualidade e com maior
cobertura territorial.

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4.1. A introdução da televisão digital em Angola

O advento da TDT é uma realidade que quase todos os países do mundo enfrentam e, a
Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), onde Angola está
inserida, não é excepção. Segundo dados do relatório da União Internacional das
Telecomunicações (UIT) 2016, 66 países no mundo concluíram a migração digital,
enquanto em 66 o processo encontra-se em andamento, em 61 países desconhece-se a
evolução, e em 14 países o processo nem sequer tinha iniciado.

Com o objectivo de assegurar que Angola seja parte dos países que desenvolvem com
êxito o processo de migração para a televisão digital terrestre, a UIT, em parceria com
Korea Communications Commission (KCC), e o Ministério das Telecomunicações e
Tecnologia da Informação (MTTI), elaboraram o Roadmap for Transition from
Analogue to Digital Television in Angola (RTADTA). Os documentos foram
elaborados no período de Junho a Setembro de 2011.

De acordo com o RTADTA, apresentado em Abril de 2012 pelos especialistas


da ITU, Jan Doeven e Peter Walop, e a National Roadmap Team (NRT), concluíram
que a transição da televisão analógica para a televisão digital em Angola, abrangia o
switchover digital (DSO) até 2015. Os objectivos do DSO estão divididos em curto
prazo (2012 a 2015), e longo prazo (após 2015) como se pode observar no quadro que
se segue.

5. CENTRAIS DE PRODUÇÃO DE TELEVISÃO DE ANGOLA


Televisão em Angola

Histórico

A primeira transmissão de TV em Angola aconteceu em 1962, nas instalações da


Rádio Clube do Huambo (na época, Nova Lisboa). Houve novas tentativas em 1964, em
Benguela, e em 1970, em Luanda. Tais emissões, porém, não tinham autorização do
governo colonial. Na época, a legislação portuguesa dava à RTP o monopólio da
exploração do serviço nas colónias.

Em 1969, o Ministério do Ultramar começou a estudar a implantação da


televisão nas colónias. A comissão viria a autorizar a criação de companhias mistas em

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1973. Surgiu assim a RPA/TPA - Radiotelevisão Portuguesa de Angola, fundada em 1
de Fevereiro de 1974, com sede em Luanda.

A Televisão em Angola, depois de algumas transmissões experimentais na


década de 1960, só começou a existir oficialmente em 1975. As transmissões regulares,
porém, começaram em 18 de Outubro 1975, já durante a transição política e com a
emissora renomeada: em vez de "Portuguesa", passou a ser "Popular". A emissora foi
nacionalizada em 1976, passando a se chamar TPA - Televisão Popular de Angola.
Mais tarde, seria novamente renomeada, passando a se chamar Televisão Pública de
Angola. A primeira transmissão em cores aconteceu em 1983.

Durante 33 anos, houve monopólio estatal do sector. A primeira emissora


comercial autorizada a funcionar no país, a TV Zimbo, entrou no ar às 17:30 de 14 de
Dezembro de 2008.

Em 2011, o governo angolano iniciou a transição para a TV digital, adoptando o


padrão SBTVD/ISDB-T. A meta é concluir a migração até 2015.

O canal AngoTV surgiu em 11 de Novembro de 2010, sendo transmitido por


meio do sistema de TV por assinatura via satélite UAU!TV. Pertencente à empresa
Semba Comunicações, o canal tem programação inteiramente produzida no país.

Actualmente existem vários canais de televisão angolana: os canais da Televisão


pública de Angola (a TPA1 e a TPA 2 e a TPA noticias), a TV Zimbo, a Banda TV, a
Palanca TV, a Rede Girassol etc. Cada televisão citada aqui tem a sua central de
produção bem composta e estruturada conforme consta nos anexos.

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CONCLUSÃO

Depois de feitas as pesquisas e profundas análises sobre o tema em questão,


conclui-se que a central de produção ou unidade de produção é considerada o coração
da emissora, é através deste sector que os programas de TV são gerados, editados,
finalizados e transmitidos até o sector de radiodifusão, o qual permite a veiculação do
produto final a ser disponibilizado em todas as residências que possuem receptores de
TV.

Ela é composta por um estúdio de produção de televisão, que é uma sala de


instalação na qual ocorrem produções de vídeo, seja para a produção de televisão ao
vivo e sua gravação em fita de vídeo ou outra média, uma sala de controle de produção
que é o local de um estúdio de televisão onde ocorre a composição do programa de
saída. Uma Sala de aparelhos central que abriga equipamentos que são muito
barulhentos ou muito quentes para serem localizados na sala de controle de produção e
outras instalações.

Actualmente a maior parte das unidades de produção existentes tendem a


utilizar a produção digital mais transmitidos de modo analógico.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALEIXO, José F. M. Jr.; SANTOS, Luciana F. TV digital: introdução. Padrões e


suas Estruturas. Teleco, 2006. Disponível em:

http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialtvdigital/default.asp Acesso em 08 Jan. 2024.

Agência Nacional de Telecomunicações. Televisão digital no Brasil. Brasília,


2000. 21p.

Agência Nacional de Telecomunicações. Resolução nº 284, de 07 de Dezembro


de 2001. Diário Oficial da União. Brasília, 20 dez. 2001.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15601: Televisão digital


terrestre - Sistema de transmissão. Rio de Janeiro, 2007.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15602-3: Televisão digital


terrestre - Codificação de vídeo, áudio e multiplexação. Parte 3: Sistemas de
multiplexação de sinais. Rio de Janeiro, 2007

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15606-1: Televisão digital


terrestre - Codificação de dados e especificações de transmissão para radiodifusão
digital Parte 1: Codificação de dados. Rio de Janeiro, 2007.

Televisão em Angola. Apontamentos para a história da Radiodifusão de Angola


Primeira televisão privada angolana vai para o ar. O País, 13 de dezembro de 200

Inauguração da TV Digital vai revolucionar média angolana. AngolaPress, 7 de


março de 2012

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ANEXOS

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