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ESTRATÉGICO Feras da
Feras da
COMPLETO PARA
DETONAR NA Matemática do
Matemática do
Enem
MATEMÁTICA DO
ENEM
or Cabral
Profess
APRENDA COM O
ÚNICO PROFESSOR
QUE GABARITOU
MATEMÁTICA NO
ENEM 2022 E 2023
UM TREINAMENTO COMPLETO
DO BÁSICO AO AVANÇADO
+ 4 Bônus
exclusivos!
Sobre o autor
Eaee fera da matemática, caso você não me conheça, muito prazer!
Espero que faça bom proveito desse material, tenho certeza de que
ele fará toda a diferença em sua trajetória. Para ficar por dentro de
tudo que envolve a matemática e o Enem me siga nas redes
sociais abaixo (Professor Cabral). Tamo junto nessa, vamos
juntos rumo à sua aprovação!!
Sumário
Como é a prova de matemática do Enem 5
Capítulo 1 - Estatística 20
Capítulo 3 - Porcentagem 43
Capítulo 5 - Trigonometria 69
Capítulo 7 - Equações 95
Além disso, a prova não tem uma pontuação máxima fixa, pois isso
varia a cada ano. Mas, geralmente, a nota máxima fica próxima de
1000 pontos, sendo a prova de matemática a mais valorizada depois
da redação que é a única que tem a nota máxima equivalente a
1000 pontos todos os anos.
As áreas que caem na matemática do Enem.
Outros
Razões, Proporções e Porcentagem
6.8%
Aritimética básica 25.9%
11.5%
Equações e Funções
11.4%
Estatística
8.5%
Geometria
23.6%
Análise Combinatória e Probabilidade
12.3%
Além do seu estudo diário, você deve fazer simulados com certa
frequência. Para fazer esses simulados você pode pegar provas
anteriores de Enem ou Enem PPL. É importante que você simule ao
máximo a prova do Enem para poder sentir aquele frio na barriga e se
acostumar com isso. Então se esforce bastante em cada simulado
que fizer e depois corrija todas as questões, anote em algum lugar a
quantidade de acertos e o tempo gasto para a realização do
simulado. E claro, veja a solução das questões que errou ou teve
dúvida no YouTube para ver outra pessoa resolvendo as questões.
Média
A média ou média aritmética é determinada pelo resultado da
divisão do somatório dos números dados pela quantidade de
números somados. Por exemplo, vamos determinar a média dos
números 3, 12, 23, 15 e 2. Para isso basta somarmos todos os
números e dividirmos pela quantidade de números, ou seja:
3+12+23+15+2 = 11
5 Pois são 5 números sendo somados
Moda
É a medida de tendência central que consiste no valor observado
com mais frequência em um conjunto de dados. Por exemplo,
digamos que o Palmeiras em determinado torneio de futebol fez, em
dez partidas, a seguinte quantidade de gols:
5, 4, 2, 1, 3, 7, 1, 1, 2 e 1.
Nesse caso, não há moda, pois nenhuma idade se repetiu mais vezes
que a outra.
Mediana
É a medida de tendência central que indica exatamente o valor
central de um conjunto de dados quando organizados em ordem
crescente ou decrescente.
Por exemplo, vamos considerar que um aluno tirou as seguintes
notas em cinco provas de uma determinada matéria:
5, 8, 7, 4 e 8
Colocando as cinco notas em ordem crescente, por exemplo,
obtemos :
4<5<7<8=8
A mediana é o valor que está no centro dessa sequência, ou seja, 7.
E alguém poderia perguntar: Mas e se ao invés de cinco notas
fossem seis? Pois bem, nesse caso, ao ordenarmos os números,
teremos dois termos centrais ao invés de um. Por exemplo, digamos
que as notas agora são
5, 2 , 8, 7, 4 e 8.
2<4<5<7<8=8
Aqui, os dois termos centrais seriam 5 e 7. Portanto, a Mediana
média aritimética
desse conjunto de dados é a Média Aritmética dos dois termos
centrais, ou seja,
5+7 =6
2
Como Estatística cai no Enem:
A maioria das questões de moda, média e mediana são
consideradas fáceis no Enem, tendo como a maior dificuldade a
interpretação de texto. Por isso, é importante fazer muitas questões
desse assunto. Muitas das vezes são dados gráficos e tabelas que
indicam uma determinada sequência númerica e cabe a nós
imaginar esta sequência e determinar o que o exercício pede.
Dica de ouro 1:
No caso da Mediana nunca se esqueça de colocar a sequência de
números em ordem crescente ou decrescente.
Dica de ouro 2:
Imagine que foi pedida a mediana de uma sequência que possui 75
termos. Sabemos que a mediana é o termo central desta sequência.
Logo, não importa quem são os outros termos da sequência, você só
precisa achar o termo central. Para isso, basta dividir 75 por 2,
encontrando o número 37,5. Após isso, arredonde para cima, logo o
38° termo da sequência será o termo central, claro que estamos
falando do 38° termo em ordem crescente ou decrescente. O
mesmo vale para sequências onde a quantidade de termos é par.
Por exemplo, para uma sequência de 100 termos, os termos
centrais serão o 50° e 51° temo, pois 100÷2=50 e o outro termo
central sempre será o próximo.
Dica de ouro 3:
Aprendemos que a média é a soma de todos os termos dividido pelo
número de termos. Porém, muitas das vezes o Enem dá o valor da
média, dá a quantidade de termos e nos pede a soma dos termos.
Logo, multiplicando cruzado, obteremos uma fórmula para a soma
dos termos:
Média = soma dos termos soma dos termos = média × número de termos
número de termos
X
A) 9
B) 12
C) 13
D) 15
E) 21
Como sabemos, moda é aquele termo que aparece mais vezes em
uma certa ocasião. Logo, interpretando o gráfico, temos que:
0 × 52 + 1 × 5 + 2 × 2 + 3 × 1 = 12.
Agora, para encontrar a média de garrafas fora das especificações
por dia, basta dividir o total pelo número de dias, que é igual a 52 +
5 + 2 + 1 = 60. Logo a média pode ser dada por:
12 ÷ 60 = 0,2
Para você resolver:
Nível fácil
A) 1,90.
B) 1,91.
C) 1,96.
D) 1,97.
E) 1,98.
A) 9
B) 12
C) 18
D)19
E) 27
Nível médio
(Enem 2019) O preparador físico de um time de basquete dispõe de
um plantel de 20 jogadores, com média de altura igual a 1,80 m. No
último treino antes da estreia em um campeonato, um dos
jogadores desfalcou o time em razão de uma séria contusão,
forçando o técnico a contratar outro jogador para recompor o
grupo.
A) 1,60
B) 1,78
C) 1,79
D) 1,81
E) 1,82
(Enem 2013) Foi realizado um levantamento nos 200 hotéis de uma
cidade, no qual foram anotados os valores, em reais, das diárias
para um quarto padrão de casal e a quantidade de hotéis para cada
valor da diária. Os valores das diárias foram: A = R$ 200,00; B = R$
300,00; C = R$ 400,00 e D = R$ 600,00. No gráfico, as áreas
representam as quantidades de hotéis pesquisados, em
porcentagem, para cada valor da diária.
O valor mediano da diária, em reais, para o
quarto padrão de casal nessa cidade, é
A) 300,00.
B) 345,00.
C) 350,00.
D) 375,00.
E) 400,00.
Nível difícil
A avaliação de rendimento de alunos de um curso universitário
baseia-se na média ponderada das notas obtidas nas disciplinas
pelos respectivos números de créditos, como mostra o quadro:
Razão
Razão nada mais é do que a relação entre dois valores de uma
mesma grandeza. A razão entre A e B pode ser expressa como "A
A
para B" ou A : B ou sendo esta última forma a mais recorrente.
B
Por exemplo, se em uma sala de aula tem 8 meninos e 24 meninas,
podemos dizer que :
Exemplo:
A figura a seguir mostra um triângulo dividido em vários triângulos
iguais. Qual é a razão entre a área total da região cinza e a área total
da região branca?
Proporção
A proporção consiste na igualdade entre duas ou mais razões. Por
exemplo, as razões a seguir são iguais:
Até porque, imagine que a primeira razão representa
3 = 6
5 10 alguém que comeu 3 pedaços de uma pizza dividida em
5 pedaços, enquanto que outra pessoa comeu 6
pedaços da mesma pizza só que dividida em 10
pedaços. No final das contas, ambas pessoas comeram
a mesma quantidade.
A principal coisa que temos que saber em relação a uma proporção
é que ao multiplicarmos cruzado as frações a igualdade se manterá,
como mostrado a baixo:
3 6
= 6 × 5 = 3 × 10
5 10
Logo, se tiver uma proporção a qual não sabemos um de seus
valores, podemos multiplicar cruzado para o encontrar. Por exemplo:
3 = 15
12 X 3 × X = 12 x 15 3X = 180 X = 60
1 bolo 3 ovos
× 30 × 30
30 bolos 90 ovos
Regra de 3
Aprenderemos um método prático e bastante conhecido de resolver
problemas que envolvam grandezas (diretamente ou inversamente)
proporcionais: a regra de três. Utilizaremos a regra 3 quando
tivermos duas grandezas proporcionais (diretamente ou
inversamente), de modo que esteja faltando um valor que será
descoberto. Vamos ver um exemplo de regra de 3 diretamente
proporcional e outro de inversamente proporcional:
Diretamente proporcional:
Uma barra de ferro com 6m de comprimento pesa 10 kg. Qual é a
massa de uma barra de 9m de comprimento deste mesmo tipo?
Como podemos notar, existem duas grandezas, o comprimento e a
massa da barra de ferro. Como a massa da barra aumenta conforme
o seu comprimento, estamos tratando de uma proporção
diretamente proporcional. Assim, o valor que queremos encontrar
chamaremos de X, logo, dizemos que 6m de comprimento está pra
10 kg de massa assim como 9m de comprimento está para X kg de
massa. Ou seja, montaremos a regra de 3 da seguinte forma:
6m 10 kg
9m X kg
Em seguida, utilizaremos um conceito já visto que é o de multiplicar
cruzado. Dessa Forma, teremos:
6 × X = 9 × 10 6X = 90 X = 90/6 X = 15 kg
Inversamente Proporcional
Um muro foi construído por 8 operários em 30 dias. Quantos dias
seriam necessários se fossem utilizados 12 operários?
Nesse caso, como aumentamos o número de operários, a tendência
é que o número de dias seja reduzido. Ou seja, enquanto uma
grandeza aumenta a outra diminui, Logo, estamos tratando de um
caso de regra de 3 inversamente proporcional. A forma com que
montamos a regra de 3 não muda em nada com relação a regra de 3
diretamente proporcional. No entanto, como é inversamente
proporcional teremos que inverter (trocar de posição) o X com o
número que estiver em cima ou embaixo dele na regra de 3, como é
mostrado abaixo:
8 30
12 X
Não vamos esquecer de inverter
numerador com denominador, já que são
grandezas inversamente proporcionais
8 X
12 30
Dica de ouro 1
Para descobrir a proporcionalidade entre duas grandezas em uma
fórmula você pode supor inicialmente que todas as grandezas da
fórmula tem o valor de 1. Em seguida dobre uma das grandezas que
está comparando e veja o que acontecerá com a outra grandeza
para que a igualdade da fórmula continue verdadeira. Por exemplo,
na fórmula de área do triângulo dada por: Área = Base × Altura,
vamos imaginar que todas as grandezas são iguais a 1:
1=1×1×1 0,25 = 1 × 1 × 1
1
2
22
×2
3 12 ×2
6 X
×4
Escalas
A escala matemática é uma razão entre a medida real de um
determinado objeto e a sua medida representativa. Ela é muito
utilizada em mapas e na geografia ganha o nome de escala
cartográfica, mas pode ser utilizada em diversas ocasiões. Por
exemplo, vamos supor que a bola de futebol abaixo é uma
representação de uma bola de futebol real na escala 1 : 20. Isso
significa que qualquer medida de comprimento da bola é 20 vezes
maior na vida real, ou seja, o comprimento da bola foi reduzido 20
vezes para ser desenhado.
Dizemos nesse caso que esta é uma escala
de redução, já que a escala é uma razão
menor do que 1 e, consequentemente, o
objeto diminuiu de tamanho.
Contudo, também podemos ter escalas de ampliação, onde a
representação é maior do que na realidade. Por exemplo, imagine
que a formiga abaixo é uma representação de uma formiga na vida
real na escala 5 : 2, ou seja, 5 unidades de comprimento na
representação equivalem a 2 unidades na vida real.
Dado que a escala é uma razão, se um exercício der
a medida da formiga na vida real conseguimos
saber a sua medida na representação e vice-versa,
fazendo uma regra de três simples. Vamos ver dois
exemplos:
A) I
B) II
X Para encontrar a atividade física que proporciona
C) III maior consumo, basta encontrar a maior razão entre o
D) IV valor calórico e o tempo:
E) V
A) 0,125.
X
B) 0,200.
C) 4,800.
D) 6,000.
E) 12,000.
Note que a duração do borrifador está em dias, mas o tempo entre
acionamentos está em minutos. Seria mais fácil se esses dois dados
estivessem na mesma grandeza.
Bom, a gente sabe que 1 dia são 24 horas. Então, para saber 60 dias
fazemos:
60 dias = 60 × 24 horas = 1440 horas.
60 dias equivalem a 1440 horas. Agora, temos que converter isso
para minutos. Mas, sabemos que 1 hora são 60 minutos.
Então, 1440 horas = 1440 × 60 minutos = 86400 minutos.
Conclusão: 60 dias equivalem a 86400 minutos.
Assim, como queremos saber quantas borrifadas acontecem em
86400 minutos, podemos montar a seguinte regra de três:
÷48
1 borrifada 48 minutos
Nível fácil
A) I
B) II
C) III
D) IV
E) V
Nível médio
(Enem 2018) Um vaso decorativo quebrou e os donos vão
encomendar outro para ser pintado com as mesmas características.
Eles enviam uma foto do vaso na escala 1 : 5 (em relação ao objeto
original) para um artista. Para ver melhor os detalhes do vaso o
artista solicita uma cópia impressa da foto com dimensões
triplicadas em relação às dimensões da foto original. Na cópia
impressa, o vaso quebrado tem uma altura de 30 centímetros.
A) 6,0
B) 5,7
C) 5,0
D) 4,5
E) 4,4
Nível difícil
(Enem 2022) Com base na Lei Universal da Gravitação, proposta por
Isaac Newton, o peso de um objeto na superfície de um planeta
aproximadamente esférico é diretamente proporcional à massa do
planeta e inversamente proporcional ao quadrado do raio desse
planeta. A massa do planeta Mercúrio é, aproximadamente, 1/20 da
massa da Terra e seu raio é, aproximadamente, 2/5 do raio da
Terra. Considere um objeto que, na superfície da Terra, tenha peso
P.
O peso desse objeto na superfície de Mercúrio será igual a
A) 5P/16
B) 5P/2
C) 25P/4
D) P/8
E) P/20
Capítulo 3 - Porcentagem
Introdução:
Suponha que, durante os anos de 2015 e 2016, as produções (em
unidades de veículos) de duas fábricas de automóveis foram dadas
de acordo com a tabela abaixo:
20 = 10 e 210 7
2000 100 =
3000 100
Vamos
Vamos ver
ver outro
outro exemplo:
exemplo:
Ora, basta fazer 100% + 30% = 130% de 20, que é o mesmo que
1,3 × 20 = 26 questões.
Desconto Percentual
Vamos supor agora que a gasolina teve um desconto de 10% em
seu valor. Isso significa que o valor atual da gasolina é igual ao valor
anterior menos 10% do valor anterior, ou seja, o valor atual da
gasolina é igual a 100% -10% = 90% do valor anterior. Logo, se a
gasolina custava R$5,00 e teve um desconto de 10%, para
encontrarmos o valor final basta fazer 90% de R$5,00 que é o
mesmo que 0,9 × 5 = R$4,50. Imagine agora seguinte questão. Se a
gasolina que custava R$5,00 aumentou 10% e depois de um tempo
diminuiu 10%, qual será o seu valor final?
Grande parte das pessoas podem pensar e responder que o
valor final é de R$5,00, já que ela aumentou e diminuiu a
mesma porcentagem. Porém, tome muito cuidado, isso não
está correto, pois o aumento ou desconto percentual é sempre
calculado de acordo com o valor atual da mercadoria. Vamos
trabalhar melhor com aumentos e descontos sucessivos nesta
próxima dica de ouro.
Dica de ouro 2:
Quando temos aumentos ou descontos percentuais sucessivos, ou
seja, um após o outro, podemos pegar o valor inicial e multiplicá-lo
pelas representações fracionárias ou decimais de cada aumento ou
desconto percentual correspondente. Por exemplo, se a gasolina
custava R$5,00 e aumentou 10% e depois diminuiu 10%, para
calcularmos o valor finaldevemos fazer 5 × 1,1 × 0,9 ou então 5 ×
110/100 × 90/100 que dá como resultado R$4,95. Ou por exemplo,
se uma roupa custava R$100,00 e teve um aumento de 20%, e
depois outro aumento de 10% e um cliente comprou essa peça na
loja e ganhou 30% de desconto, o valor final que ele pagou pode ser
calculado como sendo 100 × 1,2 × 1,1 × 0,7 = R$92,40.
Dica de ouro 3
A) 9
B) 7
C) 5
D) 4
X
E) 3
Para resolver este exercício basta lembrarmos do tópico de
representações de uma porcentagem. Inicialmente vemos que
simplificando a fração encontramos 3/4. Passando esta para a
forma decimal encontramos 0,75 e para a forma de
porcentagem 75%. Assim, só essas 3 cartas formam um par
com a carta da mesa. Portanto, a resposta é a letra E.
(Enem 2013) Uma cerâmica constitui-se em um artefato bastante
presente na história da humanidade. Uma de suas várias
propriedades é a retração (contração), que consiste na evaporação
da água existente em um conjunto ou bloco cerâmico quando
submetido a uma determinada temperatura elevada. Essa elevação
de temperatura, que ocorre durante o processo de cozimento, causa
uma redução de até 20% nas dimensões lineares de uma peça.
Suponha que uma peça, quando moldada em argila, possuía uma
base retangular cujos lados mediam 30 cm e 15 cm. Após o
cozimento, esses lados foram reduzidos em 20%.
A) 270 mil.
B) 720 mil.
C) 810 mil.
D) 1,08 milhão.
E) 1,35 milhão.
Nível médio
(Enem 2015) Um fornecedor vendia caixas de leite a um
supermercado por R$ 1,50 a unidade. O supermercado costumava
comprar 3 000 caixas de leite por mês desse fornecedor. Uma forte
seca, ocorrida na região onde o leite é produzido, forçou o
fornecedor a encarecer o preço de venda em 40%. O supermercado
decidiu então cortar em 20% a compra mensal dessas caixas de
leite. Após essas mudanças, o fornecedor verificou que sua receita
nas vendas ao supermercado tinha aumentado.
A) 270 mil.
B) 720 mil.
C) 810 mil.
D) 1,08 milhão.
E) 1,35 milhão.
Nível difícil
(Enem 2022) Uma equipe de marketing digital foi contratada para
aumentar as vendas de um produto ofertado em um site de
comércio eletrônico. Para isso, elaborou um anúncio que, quando o
cliente clica sobre ele, é direcionado para a página de vendas do
produto. Esse anúncio foi divulgado em duas redes sociais, A e B, e
foram obtidos Os seguintes resultados:
A) não satisfatório
B) regular
C) bom
D) muito bom
E) excelente.
Capítulo 4 - Geometria Plana
A geometria plana é a área da matemática que estuda as formas que
possuem apenas duas dimensões, ou seja, que não possuem
volume. Triângulos, quadriláteros, retângulos, circunferências são
alguns exemplos de figuras de geometria plana.
Ângulos
O Enem cobra apenas o essencial desse assunto, portanto, vamos
aprender apenas o necessário para a prova. Podemos definir os
ângulos a grosso modo como sendo a medida de uma abertura
entre duas semirretas. Por exemplo, nitidamente vemos no exemplo
abaixo que o ângulo B é mais aberto do que o ângulo A, logo,
dizemos que o ângulo B é maior que o ângulo A.
^
 B
180° 180°
180° 180°
180°
180°
Principais polígonos
Triângulo equilátero:
Possui todos os lados iguais e todos ângulos internos iguais a 60°.
Triângulo isóceles:
Pelo menos dois lados iguais e, consequentemente, dois ângulos
internos iguais.
Triângulo escaleno:
Possui todos os lados e ângulos internos distintos.
Quadrado:
Quadrilátero que possui os 4 lados e ângulos internos iguais.
Retângulo
Quadrilátero que possui os 4 ângulos internos iguais.
Losango:
Raio:
É um segmento que liga o centro da figura a
qualquer ponto localizado em sua
extremidade.
Diâmetro
É um segmento de reta que passa pelo centro da figura, dividindo-a
em duas metades. Por isso, o diâmetro equivale a duas vezes o valor
do raio (2r).
Corda:
É um segmento de reta que passa pelo interior da circunferência,
sem passar pelo centro e liga dois de seus pontos.
O número π
Sempre que dividimos o comprimento de uma circunferência
qualquer, ou seja o seu contorno, pelo diâmetro da mesma
encontramos um número chamado de π ( lê-se pi), que tem um
valor igual a aproximadamente 3,14 e muitas vezes o Enem pede
para arrendondarmos este valor para 3 em alguns exercícios.
Áreas
Área é um conceito matemático que pode ser definido como
quantidade de espaço de uma figura plana. É algo bastante pedido
no Enem, portando, vamos entender como calcular a área das
principais figuras planas, conforme mostrado abaixo:
Dica de ouro 1
Veja que tanto na fórmula de área de um quadrado quanto de
um círculo temos um termo elevado ao quadrado. Isso quer
dizer que a área de um quadrado é diretamente proporcional ao
quadrado do seu lado e a área de um círculo é diretamente
proporcional ao quadrado do seu raio. Ou seja, se dobramos o
lado de um quadrado, por exemplo, a sua área será
quadriplicada. Ou então se dividirmos por 3 o raio de uma
circunferência a sua área será dividida por 9.
Perímetro
O perímetro é a medida do contorno de uma figura geométrica e
pode ser obtido pela soma dos lados de um polígono ou, no caso
dos círculos, por meio de uma fórmula dada por:
C=2×π×r onde C é o comprimento e r é o raio
Por exemplo, considerando π = 3 vamos encontrar o perímetro da
figura a seguir, que é é formada por uma metade de um círculo e
uma parte de um quadrado.
C=2×π×r 3 × 5 = 15 cm
2
Somando as medidas de perímetro da semicircunferência com os
três lados do quadrado, teremos:
10 + 10 + 10 + 15 = 45 cm.
Dica de ouro 2
Tenha muito cuidado para não confundir as fórmulas de área de um
círculo com a fórmula do perímetro da circunferência. Não se
esqueça que a área é dada pelo produto entre π e o raio ao
quadrado, enquanto que do perímetro é dado pelo produto de π
pelo dobro do raio. É algo muito comum do Enem tentar te confundir
em relação a essas duas fórmulas, então fique bem atento.
Reflexão e Rotação
Reflexão e rotação são transformações feitas em uma figura. A
reflexão ocorre por meio de uma reta chamada eixo. Esse eixo
funciona como um espelho, a imagem refletida é o resultado da
transformação. A rotação é o “giro” de uma figura ao redor de um
ponto chamado centro de rotação.
Por exemplo, certa vez o Enem cobrou uma questão que trazia
transformações de reflexão e rotação de uma figura no formato de
coração, como mostrado abaixo:
1ª) Reflexão no eixo x;
2ª) Rotação de 90 graus no
sentido anti-horário, com
centro de rotação no ponto
A;
3ª) Reflexão no eixo y;
4ª) Rotação de 45 graus no X
sentido horário, com centro
de rotação no ponto A;
5ª) Reflexão no eixo x.
Qual a posição final da figura?
4ª) 5ª)
Sentido
anti-horário
Diagonal de um quadrado
A diagonal de um quadrado é dada pelo produto de seu lado pelo
número √2
A) 18, 18 e 108.
B) 24, 48 e 108.
C)
X 36, 36 e 108.
D) 54, 54 e 72.
E) 60, 60 e 60.
Um pentágono regular é subdivisível em 3 triângulos; logo, a soma
de seus ângulos é igual a 3 x 180° = 540°. Assim sendo, cada
ângulo de um pentágono regular deve medir 540°/5 = 108°. Como
^ = EÂD
o triângulo ADE é isósceles (DE = EA), então devemos ter ADE
^
= (180° - AÊD)/2. Então ADE = EÂD = (180° - 108°)/2 = 72°/2 = 36°.
Logo, as medidas de x, y e z são, respectivamente, 36°, 36° e 108°.
Portanto, a alternativa correta é a letra C.
(Enem 2020) Considere o guindaste mostrado nas figuras, em duas
posições (1 e 2). Na posição 1, o braço de movimentação forma um
ângulo reto com o cabo de aço CB que sustenta uma esfera metálica
na sua extremidade inferior. Na posição 2, o guindaste elevou seu
braço de movimentação e o novo ângulo formado entre o braço e o
cabo de aço ED, que sustenta a bola metálica, é agora igual a 60°.
A) 0,30 km
B) 0,75 km
C) 1,50 km
D) 2,25 km
E) 4,50 km
(Enem 2011)
A) 45°.
B) 60°.
C) 90°.
D) 120°.
E) 180°.
Nível médio
(Enem 2017) Um fabricante recomenda que, para cada m² do
ambiente a ser climatizado, são necessários 800 BTUh, desde que
haja até duas pessoas no ambiente. A esse número devem ser
acrescentados 600 BTUh para cada pessoa a mais, e também para
cada aparelho eletrônico emissor de calor no ambiente. A seguir,
encontram-se as cinco opções de aparelhos desse fabricante e
suas respectivas capacidades térmicas:
A) I.
B) II.
C) III.
D) IV.
E) V.
(Enem 2013) O proprietário de um terreno retangular medindo 10 m
por 31,5 m deseja instalar lâmpadas nos pontos C e D, conforme
ilustrado na figura:
A) 30
B) 34
C) 50
D) 61
E) 69
Nível difícil
(Enem 2018) Um brinquedo chamado pula-pula, quando visto de
cima, consiste de uma cama elástica com contorno em formato de
um hexágono regular.
A) 9
B) 6√3
C) 9√2
D) 12
E) 12√3
Capítulo 5 - Trigonometria
Os estudos dessa área da Matemática voltam-se para os triângulos,
que, como já vimos, são polígonos que possuem três lados e,
consequentemente, três ângulos. Um triângulo muito estudado na
trigonometria é o chamado triângulo retângulo, o qual possui um
ângulo reto, ou seja, equivalente a 90°. Além disso, podemos dar
nomes aos lados deste triângulo, chamando o maior lado deste
triângulo de hipotenusa (sempre oposto ao ângulo reto) e os outros
lados de catetos, como mostrado abaixo: Hi
Cateto
po
te
nu
.
sa
Cateto
Teorema de Pitágoras
Este antigo e poderoso teorema possibilita que em um determinado
triângulo retângulo seja possível encontrar a medida de um de seus
lados, desde que saibamos as medidas dos outros lados. Para
facilitar nosso entendimento, vamos chamar a hipotenusa do
triângulo de a e os outros catetos de b e c, não importando a ordem.
Assim, o Teorema de Pitágoras nos diz que:
2 2 2
a=b+c
Ou seja, em um triângulo retângulo, sempre a medida da hipotenusa
ao quadrado é igual a soma dos quadrados dos outros dois catetos.
Vamos ver a seguir alguns exemplos para compreender melhor este
Teorema.
Neste triângulo, queremos encontrar o valor de X,
ou seja, a hipotenusa. Aplicando o Teorema de
6m X m Pitágoras, temos que:
m
.
2 2 2
x=6+8
2
x = 36 + 64
2
8m x = 100
x = 100
x = 10 m
Neste triângulo, a medida que queremos encontrar é
m um dos catetos, sendo que temos a medida da
15
. hipotenusa e do outro cateto. Assim, podemos aplicar
o Teorema de Pitágoras para descobrir este valor,
17 m 2
lembrando que neste Teorema o valor da hipotenusa
Xm
ao quadrado fica isolado. Assim, teremos que passar o
X para o outro lado da equação.
2 2 2
17 = 15 + X
2
289 = 225 + X
2
X = 289 - 225
2
X = 64
X = 64
X=8m
Dica de ouro 1
Observe o triângulo retângulo a seguir com as suas respectivas
medidas:
É muito comum nas questões de Teorema de Pitágoras
o triângulo retângulo ser semelhante a este, isto é, ter
as medidas dos seus lados proporcionais a este
5m triângulo, como mostra os exemplos abaixo:
3m
m
× 3 = 12 m = 3 × 5 = 15
X=4 X
4m Assim, se você perceber que
3 × maior 5 × maior um triângulo retângulo tem
15 m X m 25m duas medidas de lado são
9m proporcionais ao triângulo de
lados 3,4 e 5, a terceira medida
Xm 20 m também será proporcional.
Razões Trigonométricas
Enquanto utilizamos o Teorema de Pitágoras para descobrir a
medida de um lado de um triângulo retângulo tendo a medida dos
outros os dois lados, com as razões trigonométricas podemos
encontrar a medida de um lado do triângulo retângulo sabendo
apenas a medida de um outro lado qualquer e de um dos ângulos
internos que não seja o ângulo de 90°, já que este ângulo é óbvio,
pois sabemos que todo triângulo retângulo possui um ângulo de
90°.
Hipotenusa
po
te
nu
sa
Seno 30° = 1 = 3
2 X X=6
3cm
Sabendo que a tangente de 45° é igual a 1, qual é o valor de Y?
45°
Tangente 45° = 1 = 7 Y=7m
Ym
Y
Círculo trigonométrico
O círculo trigonométrico é uma circunferência de raio igual a 1 com
o seu centro no centro de um plano cartesiano, de forma que no
ponto (1,0) é o começo da circunferência, que segue no sentido
anti-horário, formando os ângulos de 90° no ponto (0,1), 180° no
ponto (-1,0) e assim por diante. Vamos entendê-lo melhor a seguir:
Y Y
+1 +1
-1 +1 X -1 +1 X
-1 -1
Até agora a pouco aprendemos que os ângulos notáveis são os
ângulos de 30º, 45º e 60º, que têm o valor do seno, cosseno e
tangente conhecidos. Porém, devido à simetria do ciclo
trigonométrico, é possível encontrar também o valor do seno e do
cosseno para os ângulos simétricos a eles.
Quadrantes
Quando dividimos o círculo trigonométrico em quatro partes iguais,
temos os quatro quadrantes que o constituem. Para compreender
melhor, observe a figura abaixo
a) 1,8 m
b) 1,9 m
c) 2,0 m
d) 2,1 m
e) 2,2 m
(Enem 2019) Construir figuras de diversos tipos, apenas dobrando e
cortando papel, sem cola e sem tesoura, é a arte do origami (ori =
dobrar; kami = papel), que tem um significado altamente simbólico
no Japão. A base do origami é o conhecimento do mundo por base
do tato. Uma jovem resolveu construir um cisne usando a técnica do
origami, utilizando uma folha de papel de 18 cm por 12 cm. Assim,
começou por dobrar a folha conforme a figura.
A) 33%
B) 50%
C) 57%
D) 70%
E) 86%
(Enem 2018) Para decorar um cilindro circular reto será usada uma
faixa retangular de papel transparente, na qual está desenhada em
negrito uma diagonal que forma 30° com a borda inferior. O raio da
base do cilindro mede 6/π cm, e ao enrolar a faixa obtém-se uma
linha em formato de hélice, como na figura
O valor da medida da
altura do cilindro, em
centímetro, é:
A) 36√3
B) 24√3
C) 4√3
D) 36
E) 72
Nível difícil
A) 9.
B) 15.
C) 26.
D) 52.
E) 60.
Capítulo 6 - Geometria Espacial
A Geometria Espacial corresponde a área da matemática que se
encarrega de estudar as figuras no espaço, ou seja, aquelas que
possuem três dimensões. Estudaremos as figuras que possuem um
determinado volume, como o cone, esfera, paralelepípedo, entre
outros.
Poliedros
São aquelas figuras tridimensionais cujas superfícies são formadas
apenas por polígonos planos. A partir desse momento, na
geometria espacial, dividimos as figuras a serem estudas em
poliedros e corpos redondos. Enquanto os poliedros possuem todas
suas faces sendo polígonos, os corpos redondos possuem faces
arredondadas.
Faces são as
superfícies, arestas
são as linhas e
vértices são as quinas.
Volume
O que mais cai na prova do Enem em relação a geometria espacial é
o cálculo de volume das figuras. Isto nada mais é do que o espaço
ocupado por um corpo. Todo poliedro e corpo redondo possui
volume e ocupa um determinado espaço. A unidade usual de volume
é metros cúbicos (m³).
Prisma
É um poliedro que possui duas bases paralelas formadas por
polígonos e as suas faces laterais são sempre paralelogramos. O
prisma recebe um nome de acordo com o formato da sua base. Se a
base for um pentágono, por exemplo, ele será um prisma de base
pentagonal.
3
Volume = 3 × 1,5 × 4 = 18 m
Volume = a × b × c
Onde a, b e c são as dimensões do
paralelepípedo
Cubo
O cubo é um paralelepípedo que possui todas as arestas de mesma
medida. Logo, para calcular seu volume basta elevar a medida da
aresta ao cubo:
3 3
Volume = 10 = 1000 cm
3
Volume = a
Volume = π × r² × h
3
Volume = π × r² × h 3 × r² × 10 = 90 r² = 9 r = 3m
3 3
Esfera
Podemos definir a esfera como o conjunto de pontos no espaço que
estão a uma mesma distância do seu centro. Essa distância é o raio
da esfera.
O volume da esfera depende apenas do
tamanho do seu raio e é dado da seguinte
forma:
Volume = 4 × π × r³
3
Logo, uma esfera de raio 2m tem volume
igual a:
Volume = 4 × 3 × 2³ = 32m³
3
Mas veja que se ela tiver um raio que seja 10 vezes maior, o
volume da esfera será 1000 vezes maior, já que o volume da
esfera é diretamente proporcional ao cubo do raio.
Troncos
Em geometria chama-se tronco a uma "fatia" seccionada de um
sólido geométrico (prisma, pirâmide, cilindro ou cone) por um plano
que não intersecta as bases (ou a única base, no caso da pirâmide e
do cone). Por exemplo, abaixo podemos ver exemplos de troncos de
cone e pirâmide.
Planificações
Conhecemos como planificação de um sólido geométrico a
representação de todas as suas faces em forma bidimensional,
permitindo visualizar o todo do sólido. Utilizamos a planificação
também como molde para a criação desses sólidos. Veja a seguir as
planificações dos principais sólidos:
Paralelepípedo
Dica de ouro 1
A projeção ortogonal, como já vimos, nada mais é do que a vista de
um objeto em relação a um plano. Nesse caso o plano é o chão,
então estamos falando da vista de cima desta escada. No entanto,
em alguns exercícios pode ser complicado fazer esta projeção. Por
isso, tente pensar na projeção de cada ponto da figura e depois
junte esses pontos para formar a projeção. Esse exercício mesmo
a. colocou pontos justamente para facilitar a projeção ortogonal da
figura. Então, tente fazer isso, faça projeções de determinados
pontos e depois junte as projeções de cada ponto para formar a
projeção da figura.
Questões de Enem's anteriores
(Enem 2022) Uma loja comercializa cinco modelos de Caixas-d'água
(I, II, III, IV e V), todos em formato de cilindro reto de base circular.
Os modelos II, III, IV e V têm as especificações de suas dimensões
dadas em relação às dimensões do modelo I, cuja profundidade é P
e área da base é Ab, como segue:
A) 216
Para resolver essa questão uma opção é utilizar a fórmula
B) 408
de tronco de cone, porém ela é bem especifica,
C) 732
complicada e fora que esse tipo de questão nunca tinha
D) 2196
caído antes no Enem. Contudo existe outra forma de
E) 2928
resolver esta questão, você pode pensar analisando as
alternativas, da seguinte forma:
A) 2 quadrados e 4 retângulos.
B) 1 retângulo e 4 triângulos isósceles.
C) 2 quadrados e 4 trapézios isósceles.
D) 1 quadrado, 3 retângulos e 2 trapézios retângulos.
E) 2 retângulos, 2 quadrados e 2 trapézios retângulos.
A) 14
B) 16
C) 18
D) 30
E) 34.
Nível difícil
Dados:
O volume de uma esfera de raio r é 4/3 × π × r³.
O volume do cilindro de altura h e área da base S é S × h.
O volume do cone de altura h e área da base S é 1/3 × S × h
Por simplicidade, aproxime π para 3.
A quantidade de madeira descartada, em centímetros cúbicos, é
A) 45
B) 48
C) 72
D) 90
E) 99
Capítulo 7- Equações e Inequações
Neste capítulo aprenderemos o que é uma equação e uma
inequação, como montar e como resolver. Além desses assuntos
aparecerem de diferentes formas na prova do Enem, serão a base
para aprendermos sobre funções, assunto que veremos no próximo
capítulo.
Equação de 1° grau
Uma equação nada mais é do que uma expressão que além de
conter números possui uma incógnita, geralmente representada por
alguma letra. Icógnita quer dizer um valor que ainda não sabemos
no problema.
Geralmente utilizamos as equações para facilitar na resolução de
problemas matemáticos onde não sabemos um determinado valor,
mas sabemos algo sobre ele. Por exemplo
X + 20 = 3 × 40
2
Chamamos esta equação de 1° grau pelo fato do X estar elevado a
primeira potência. Quando tivermos X², por exemplo, será uma
equação de segundo grau.
X + 20 = 3 × 40 X + 20 = 120 X + 20 = 120 × 2
2 2
Dica de ouro 1
Sabemos que a questões do Enem sempre têm 5 alternativas, onde
apenas uma é a correta. E muitas das vezes, nas questões de
equações ao invés de resolver a equação para encontrar o valor de
X é mais fácil analisar as alternativas e verificar qual delas é o valor
correto substituindo o X pelas respostas das alternativas. É muito
comum no Enem ter questões que são mais fáceis de resolver dessa
forma, por tentativa, do que resolvendo a equação em si.
3 × (4 + X)=3×4+3X (2 + X) × (3 + Y) = 2×3+2Y+3X+XY
Como consequência da propriedade distribuitiva obtemos os
chamados produtos notáveis, como vemos a seguir:
A) 4,0 m e 5,0 m.
B) 5,0 m e 6,0 m.
C) 6,0 m e 7,0 m.
D) 7,0 m e 8,0 m.
E) 8,0 m e 9,0 m
1. No primeiro salto, ele atinge uma distância desconhecida, que
pode ser chamada de x m;
2. No segundo salto, a distância diminui 1,2 m em relação ao
primeiro salto, logo a distância é de (x – 1,2) m;
3. No terceiro salto, a distância reduz ainda 1,5 m em relação ao
anterior, portanto a distância é (x – 1,2 – 1,5) m, que equivale a
(x – 2,7) m.
O valor de x que faz com que a área dessa região seja igual a 21 é:
∆ = b² - 4 × a × c
Esse valor de ∆ é importante, pois permite identificar se a equação
possui solução e se possui uma ou duas soluções, da seguinte
forma:
Se o valor de Δ for maior que zero (Δ > 0), a equação terá duas
raízes reais e distintas.
Se o valor de Δ for igual a zero (Δ = 0), a equação apresentará uma
raiz real.
Se o valor de Δ for menor que zero (Δ<0), a equação não possui
raízes reais.
Lembrando que raiz significa solução da equação
Após achar o valor de ∆ continuamos a busca pela solução da
equação, através da fórmula:
X' = - b + √Δ
X = - b ± √Δ 2×a
2×a X" = - b - √Δ
2×a
Por exemplo, veja a resolução de duas equações a seguir utilizando
a fórmula de Bháskara:
Soma e Produto
Um outro método para resolver equações de 2° grau é o método da
soma e produto. Em uma equação de 2° grau a soma das raízes será
sempre igual a -b/a e o produto das raízes será sempre igual a c/a:
a=1
b= -5
c=6
Temos então que:
I) X² + 3X = 0
Nesse caso, quando c = 0, podemos colocar o X em evidência, que é
como se fôssemos fazer o contrário da propriedade distribuitiva,
transformando
X² + 3X = 0 em X (X + 3) = 0
Veja que escrevendo dessa forma temos que o produto de X por X +
3 é igual a 0. Isso significa que um dos dois termos tem que ser
igual a 0, ou seja, ou X = 0 ou X + 3 = 0 e consequentemente X = -3.
Portanto, as duas raízes da equação são X' = 0 e X" = -3.
II) 2X² - 128 = 0
Nesse caso, quando b = 0, podemos apenas isolar o X² assim como
fazíamos na equação de 1° grau. Logo passamos o 128 somando
para o outro lado e o 2 passamos dividindo:
2X² - 128 = 0 Sempre que tivermos X² igual a
2X² = 128 um certo número Y, temos que
X² = 128/2 X' = 8 X é igual a √Y e X = -√Y.
X² = 64
X" = -8
Inequações
Uma inequação é muito parecida com uma equação. A diferença é
que na inequação é expressa uma desigualdade, ou seja, ao invés
do sinal de igual temos os sinais > (maior que), < (menor que), ≥
(maior ou igual que), ≤ (menor ou igual que). Veja a diferença:
-3X < 6
Quem ainda não estudou inequação vai pensar que basta passar o
-3 dividindo obtendo X < -2. No entanto, esse raciocínio está errado.
Se fosse uma equação, aí tudo bem passar o -3 dividindo, mas em
uma inequação, quando o termo que acompanha a icógnita é
negativo, devemos multiplicar toda a inequação por menos 1, de
modo que quando fazemos isso, o sinal troca de lado, como
podemos ver nos exemplos a seguir:
Dica de ouro 2
Como já mencionado, o principal de logaritmo é saber a sua
definição. Logo, para não se esquecer tente pensar em um exemplo
qualquer e não esquecê-lo. Por exemplo, o logaritmo de 32 na base
2 é igual a 5, pois 2 elevado a 5 é igual a 32:
32
2 5 2⁵ 32
Desse modo, é bom ter um exemplo em mente para lembrarmos que
logaritmo de um número b na base a é na verdade o expoente que
se eleva em a para que ache um resultado b.
A) C = 4Q
X
B) C = 3Q + 1
C) C = 4Q + 1
D) C = Q + 3
E) C = 4Q – 2
a) 1 667.
b) 2 036.
c) 3 846.
d) 4 300.
e) 5 882.
A) 5.
B) 10.
C) 15.
D) 20.
E) 25.
Nível médio
(Enem 2020) Uma empresa de chocolates consultou o gerente de
produção e verificou que existem cinco tipos diferentes de barras de
chocolate que podem ser produzidas, com os seguintes preços no
mercado:
• Barra I: R$ 2,00;
• Barra II: R$ 3,50;
• Barra III: R$ 4,00;
• Barra IV: R$ 7,00;
• Barra V: R$ 8,00.
A) I.
B) II.
C) III.
D) IV.
E) V.
A) 63
B) 96
C) 128
D) 192
E) 255
Nível difícil
A) √5
B) √3
C) √1
D) -1 + √5 / 2
E) 3 + √5 / 2
Esta foi considerada uma das questões mais difíceis do
Enem de 2021. Em questões desse tipo não se preocupe
tanto se não conseguiu fazer, já que na prova ela valeu
pouquíssimos pontos. Porém, mesmo assim sugiro que
pesquise as primeiras palavras desta questão no Youtube
para aprender como resolver questões deste nível.
Capítulo 8- Funções
Uma função nada mais é do que uma regra que relaciona cada
elemento de um conjunto (representado pela variável x) a um único
elemento de outro conjunto (representado pela variável y). Para
cada valor de x, podemos determinar um valor de y, dizemos então
que “y está em função de x”.
Y = 5X
Assim, se X for igual 10, por exemplo, temos que Y será igual a 50,
isto é, se o motoboy fizer 10 entregas receberá 50,00 reais.
Y = ax + b
Onde a e b são números reais e X e Y as variáveis.
Por exemplo, vamos montar a função que traduz os seguintes
problemas:
Um funcionário de uma loja e recebe R$880,00 todo mês mais
R$10,00 por cada produto vendido.
Chamamos de X a quantidade de produtos vendidos e Y o salário do
funcionário. Assim, temos a função:
Y = 10X + 880 Nesse caso a = 10 e b = 880
O salário de um vendedor é composto de uma parte fixa no
valor de R$ 800,00, mais uma parte variável de 12% sobre o
valor de suas vendas no mês.
Chamamos de X o valor de suas vendas e Y o salário do vendedor.
Assim, temos a função:
Y = 0,12X + 800 Nesse caso a = 0,12 e b = 800
As letras a e b da função são chamadas de coeficientes, onde a é o
coeficiente angular e b é o coeficiente linear.
Raiz da função
Chamamos de raiz da função afim o ponto em que y = 0. Isso quer
dizer que, para descobrir a raiz de uma função afim, basta substituir
o y por 0 na fórmula. Ao fazer isso, você tem:
Por exemplo, vamos calcular a raiz da função
f(x) = ax + b Y = 3X - 6 substituindo Y por 0:
0 = ax + b 3X - 6 = 0
ax = -b 3X = 6 Então podemos concluir que a
x = -b/a X = 6/3 raiz dessa função é igual a 2.
X=2
Gráfico da função de 1° grau
O gráfico da função afim é uma reta crescente ou decrescente. A
reta somente não pode ser perpendicular ao eixo x . Para o Enem é
importante saber analisar um gráfico e descobrir qual a função que
ele está representando e também saber analisar uma função e
assim descobrir qual é o gráfico que representa ela. Vamos ver
agora como isso é feito...
f(x) = 2x + 4
Como podemos ver b = 4. Logo a
função corta o eixo Y no ponto (0,4).
Além disso, a raiz da função é o -2, logo
corta o eixo X no ponto (-2,0), como
podemos ver:
Coeficientes da função afim
Y = 2x + 10
Função afim crescente e decrescente
Dica de ouro 1
É extremamente importante notarmos que em uma função afim, as
grandezas X e Y são diretamente proporcionais, ou seja crescem e
decrescem na mesma proporção. Logo, conforme o gráfico, os
valores de Y crescem ou decrescem na mesma proporção que os
valores de X. Isso permite resolver com facilidade algumas questões
de gráficos que estão sempre presente presentes na prova do Enem.
Vamos ver um exemplo:
Ora, como o gráfico é uma reta ele representa uma função afim e
por isso a cada ano a população terá que aumentar sempre a
mesma quantidade. Logo, se em 4 anos aumentou 21 %, a cada 2
anos terá que aumentar 10,5%, ou seja, em 2013 a população será
de 58,5%.
Função do segundo grau
A função de segundo grau é aquela em que o X aparece elevado ao
quadrado. Toda função de segundo grau é do formato:
Y = ax² + bx + c
Sendo os coeficientes "a, b e c" números reais e "a" diferente de 0
(zero)
Y = X × (X + 4) Y = X² + 4X ou f(X) = X² + 4X
Isso quer dizer que se a largura do retângulo for 5, por exemplo,
para saber sua área será igual basta substituir X por 5:
5² + 4 × 5 = 25 + 20 = 45
Ou então se a área do retângulo for igual a 140, por exemplo, para
descobrir o valor da largura do retângulo basta substituir Y por 140:
140 = X² + 4X
Temos então uma equação do segundo grau que pode ser resolvida
através da Fórmula de Bháskara ou através do método de soma e
produto, encontrando como resultado os seguintes valores:
X² + 4X - 140 = 0 X' = -14 e X'' = 10
Como não faz sentido o valor de uma medida de comprimento ser
negativa, descartamos X' = -14 e obtemos X" =10 como resposta.
Portanto, o valor da medida da largura é igual a 10.
Raiz da função
Assim como já vimos na função de 1° grau, a raiz da função é o
ponto em que y = 0. Ou seja, para descobrir a raiz de uma função,
basta substituir o y por 0 na fórmula. O mesmo acontece com a
função de 2° grau, isto é, a função se transforma em uma equação
de 2° grau que poderá ser resolvida como já aprendemos. Por
exemplo, vamos encontrar a raiz da seguinte função:
Y = X² - 3X - 54
Para isso, substituímos Y por 0 e encontramos os valores de X 6
X X
Exemplo de parábola Exemplo de parábola
com concavidade com concavidade
voltada para cima. voltada para baixo.
Possui um ponto Possui um ponto
mínimo, que é o ponto máximo, onde Y é o
onde o valor de Y é o maior valor possível.
menor possível.
Para obter o gráfico de uma função quadrática podemos seguir
alguns passos:
Passo 1: Verifique na função se a > 0 ou a < 0, pois caso a > 0 temos
a concavidade da função voltada para cima e caso a < 0 temos a
concavidade da função voltada para baixo.
Passo 2: Encontre as raízes da função, já que a raiz é o ponto onde Y
= 0, ou seja, o(s) ponto(s) onde o gráfico corta o eixo X
Passo 3: Vamos encontrar o ponto máximo da parábola, caso esta
seja de concavidade voltada para baixo ou o ponto mínimo, caso
esta seja de concavidade voltada para cima. Chamamos as
coordenadas desse ponto de X do vértice e Y do vértice e estas
podem ser encontradas através das seguintes fórmulas:
X do vértice = - b Y do vértice = - Δ
2×a 4×a
Passo 4: Veja qual é o valor do coeficiente C da função, pois este
será o ponto em que o gráfico toca o eixo Y.
Vale apena lembrar que nem toda função possui raízes. Logo, aquela
que possui duas raízes tocará o eixo X em dois pontos, enquanto
que aquela que possui apenas uma raiz tocará o eixo X em apenas 1
ponto e aquela que não possui raízes não tocará o eixo X.
f (X) = X² - 5X + 6
Seguindo os passos, podemos conferir que esta função possui
concavidade voltada para cima. Suas raízes são iguais a 2 e 3, ou
seja, toca o eixo X nesses pontos. Além disso as coordenadas do
ponto mínimo dessa função é igual a Xv = 5/2 e Yv = -1/4. E
também, esta função toca o eixo Y no ponto 6. Logo o gráfico desta
função é descrito da seguinte forma: Y
- 6
5/2
2 3 X
- 1/4
Dica de ouro 2
Um tipo de questão bem típica do Enem é quando o exercício trás
informações sobre uma função, seja na forma escrita ou na forma de
gráfico e, em seguida, pede qual das alternativas representa a lei
que expressa a função dita. Nesse tipo de questão, na maioria das
vezes a forma mais rápida e eficaz de resolvê-la é testando os
pontos da função dados pelo enunciado em cada uma das
alternativas e, assim, eliminando as que estiverem incorretas. Para
facilitar nosso entendimento, vamos ver uma questão que caiu no
Enem de 2021:
t
F (t) = (1/2)
Chamamos essas
0
linhas de senóide
e cossenóide.
0
Repare que o gráfico das duas funções são bem parecidos. Para não
confundir os dois você pode lembrar que o seno de 0° é igual a 0,
enquanto que o cosseno de 0° é igual a 1.
A seguir vamos ver uma questão do Enem que trata deste assunto.
Certa vez o Enem pediu qual a função que representa o gráfico a
seguir:
A) f(t) = 80sen(t) + 88
B) f(t) = 80cos(t) + 88
C) f(t) = 88 cos(t)+168
D) f(t) = 168sen(t) + 88 cos(t)
E) f(t) = 88 sen(t)+ 168cos(t)
Nível fácil
A) 0,55 e 0,65.
B) 0,65 e 0,75.
C) 1,05 e 1,15.
D) 1,25 e 1,35.
E) 1,45 e 1,55.
(Enem 2018) Uma indústria automobilística está testando um novo
modelo de carro. Cinquenta litros de combustível são colocados no
tanque desse carro, que é dirigido em uma pista de testes até que
todo o combustível tenha sido consumido. O segmento de reta no
gráfico mostra o resultado desse teste, no qual a quantidade de
combustível no tanque é indicada no eixo y (vertical), e a distância
percorrida pelo automóvel é indicada no eixo x (horizontal).
Nível médio
-T
A) Cma
max = 2
B) Cma
max = T² - 70T + 600
C) Cma
max = log (T² - 70T + 600)
D) Cma
max = 0,16T + 9,6
E) Cma
max = = - 0,16T + 9,6
A) 4.
B) 6 .
C) 9.
D) 10.
E) 14.
Nível difícil
A) P(t) = 4sen(2t)
B) P(t) = -4sen(2t)
C) P(t) = - 4sen(4t)
D) P(t) = 4sen(2t + π/4)
E) P(t) = 4sen(4t + π/4)
Capítulo 9 - Análise Combinatória
A Análise Combinatória estuda basicamente a contagem de
possibilidades de um determinado evento acontecer. Então, na
maioria dos problemas envolvendo esse assunto veremos perguntas
como "de quantas formas", "de quantas maneiras" ou "quantas
possibilidades" existem para um determinado evento ocorrer.
Vamos começar o nosso estudo vendo como funciona o Princípio
Fundamental da Contagem.
5! × 3! = 5! × 6 = 1
9! 9 × 8 × 7 × 6 × 5! 54
Arranjo vs Combinação
Os problemas de análise combinatória podem ser divididos em dois
grupos: o arranjo e a combinação.
Os arranjos são aqueles problemas de análise combinatória onde a
ordem dos elementos a serem agrupados importa, ou seja, se
mudarmos de lugar as posições dos elementos teremos uma nova
possibilidade. Já as combinações são problemas em que a ordem
dos elementos não tem relevância nenhuma, então se mudarmos as
posições dos elementos não teremos uma nova possibilidade.
Vamos ver um exemplo de cada um a seguir:
Imagine os dois seguintes problemas:
A ordem importa?
Arranjo combinação
7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 7! = 5040 possibilidades.
4 × 3 × 2 × 1 = 4! = 24 possibilidades.
Portanto, sempre que tivermos n elementos distintos para alocar em
n espaços temos uma permutação (P) que pode ser calculada por:
P = n!
É importante falar que estamos tratando até aqui de permutações
simples, isto é, quando os elementos são todos distintos entre si
Permutação com repetição
A Permutação com repetição ou permutação com elementos
repetidos segue a mesma ideia, ou seja, temos que agrupar n
elementos em n posições. No entanto, nesses caso acontece de
alguns desses elementos serem iguais, isto é, se repetem. Vamos
ver alguns exemplos:
Quantos angramas podemos formar com a palavra ovo?
A palavra ovo possui 3 letras e naturalmente tendemos a pensar que
ela possui 3! = 6 angramas. No entanto, devemos tomar cuidado,
pois nesse caso a letra o se repete e, portanto, se trata de uma
permutação com repetição e sempre que tivermos nessa situação
devemos descontar os anagramas repetidos. Como a letra O
aparece duas vezes devemos dividir 3! por 2!, obtendo 3 como
resposta. Logo, a palavra ovo possui apenas 3 anagramas, que são:
ovo, oov e voo
Sempre devemos dividir pelo produto do fatorial da quantidade de
vezes que cada elemento se repete. Veja esse outro exemplo:
Arranjo simples
O arranjo simples acontece quando precisamos alocar n elementos
em p espaços de forma que não podemos repetir tais elementos, ou
seja, se um elemento foi colocado na primeira posição, ele não
poderá ser colocado em mais nenhuma outra posição. Vamos ver
um exemplo para facilitar o entendimento:
Quantas senhas de 4 digitios distintos podem ser formadas
utilizando os algarismos de 0 a 9 ?
Vamos utilizar o método dos tracinhos para resolver este problema.
Temos 4 espaços para colocar cada dígito, logo fazemos 4 tracinhos:
10 × 9 × 8 × 7 = 5040 possibilidades.
A10,4 = 10 × 9 × 8 ×7 = 5040
Arranjo com repetição
O arranjo com repetição acontece quando precisamos alocar n
elementos em p espaços de modo que podemos repetir tais
elementos a vontade. Vejamos um exemplo:
Sabendo que as placas de carro do modelo antigo são formadas
por três letras e quatro dígitos, nesta ordem, quantas placas
distintas podem ser formadas?
Podemos resolver este exercício utilizando novamente o método dos
tracinhos, só que dessa vez é nítido que os elementos podem ser
repetidos. Logo, como o alfabeto é composto por 26 letras e existem
10 dígitos de 0 a 9, temos que o total de combinações pode ser dado
por:
26 × 26 × 26 × 10 × 10 × 10 × 10 = 26³ × 10⁴
Porém, devemos tomar muito cuidado nesse caso. Veja que a ordem
dos elementos nesse problema não importa, ou seja, se o grupo foi
formado por Ana, Beto e Carlos ou Beto, Carlos e Ana, tanto faz a
ordem dos nomes dessas pessoas. Logo, supondo que o grupo
escolhido foi formado por Ana, Beto e Carlos, todas as
possibilidades abaixo representam na verdade o mesmo grupo:
Ana, Beto, Carlos Está é uma permutação simples
Ana, Carlos, Beto de 3 elementos, dada por 3! = 6
Beto, Ana, Carlos
Isso quer dizer que cada grupo
Beto, Carlos, Ana
formado foi contado 6 vezes. Por
Carlos, Ana, Beto
isso a resposta não será 720 e
Carlos, Beto, Ana
sim 720 ÷ 6 = 120 grupos.
7×6×5×4 = 7 × 6 × 5 × 4 = 7 × 5 = 35 possibilidades
4! 4×3×2×1
Não se esqueça que como é uma
combinação devemos dividir pelo fatorial
do número de tracinhos. Como são 4
tracinhos, dividimos por 4!
C 74 = 7! = 7! = 7 × 6 × 5 × 4! = 35.
4! × ( 7 - 4)! 4! × 3! 4! × 3!
Dica de ouro 1
Não é necessário decorar todas as fórmulas de análise
combinatória. Se você entender e aplicar o método dos tracinhos
conseguirá resolver qualquer questão de análise combinatória do
Enem, desde que lembre que no caso dos problemas de combinação
é necessário dividir pelo fatorial do número de tracinhos.
Dica de ouro 2
Em grande parte dos problemas de análise combinatória
presentes no Enem as alternativas não trazem a resposta em
número e sim em uma expressão. Por exemplo, neste último
exercício a resposta foi 35, mas nas alternativas a resposta
também pode estar como: 7! 7!
7 C 4 C7,4
4! × 3! 4! × (7 - 4)!
Questões de Enem's anteriores
(Enem 2021) Uma pessoa produzirá uma fantasia utilizando como
materiais: 2 tipos de tecidos diferentes e 5 tipos distintos de pedras
ornamentais. Essa pessoa tem à sua disposição 6 tecidos diferentes
e 15 pedras ornamentais distintas.
A) 6!/4!2! . 15!/10!5!
B) 6!/4!2! + 15!/10!5!
C) 6!/2! + 15!/5!
D) 6!/2! . 15!/5!
E) 21!/7!14!
A primeira coisa a reparar nesse exercício é que ele é um problema
de combinação, já que a ordem dos tecidos ou pedras não tem
relevância no exercício. Logo, você pode resolvê-lo tanto utilizando
a fórmula de combinação ou pelo método dos tracinhos. Vamos
resolver aqui pelo método dos tracinhos. Logo, para escolher 2 tipos
de tecidos vamos colocar 2 tracinhos, onde para o primeiro temos 6
possibilidades e para o segundo 5 possibilidades, já que eles devem
ser diferentes. Como é uma combinação não podemos nos esquecer
de dividir pelo número de tracinhos fatorial, ou seja 2!:
6×5 6!
=
2! 4! × 2!
Podemos utilizar novamente o método dos tracinhos para escolher 5
pedras entre 15, mas vamos aqui utilizar a fórmula de combinação,
tendo que fazer uma combinação de 15 elementos tomados 5 a 5:
A) 59
B) 60
C) 118
D) 119
E) 120
5! = 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 120
Existem 120 permutações possíveis com as 5 letras descritas acima.
Ou seja existem 120 anagramas possíveis. No entanto não se
esqueça que o Anagrama "eduardo" já foi utilizado. Então temos
que subtrair 1 anagrama. Logo, a quantidade total de maneiras que
Eduardo pode criar o e-mail desejado é igual a 119. Cuidado para
não cair em pegadinhas como esta.
Para você resolver:
Nível fácil
(Enem 2019) Uma pessoa comprou um aparelho sem fio para
transmitir músicas a partir do seu computador para o rádio de seu
quarto. Esse aparelho possui quatro chaves seletoras e cada uma
pode estar na posição 0 ou 1. Cada escolha das posições dessas
chaves corresponde a uma frequência diferente de transmissão. A
quantidade de frequências diferentes que esse aparelho pode
transmitir é determinada por:
A) 6.
B) 8.
C) 12.
D) 16.
E) 24.
A100.
B 90.
C) 80.
D) 25
E) 20.
Nível médio
A) 1 x 2 x 1 x 1 x 2.
B) 3 x 2 x 1 x 1 x 2.
C) 3 x 2 x 1 x 1 x 3.
D) 3 x 2 x 1 x 2 x 2.
E) x 2 x 2 x 2 x 2.
2 = 1 = 0,333... = 33,333... %
6 3
Vejamos uma questão bem tranquila do Enem 2010 para entender
melhor este assunto:
Em uma reserva florestal existem 263 espécies de peixes, 122
espécies de mamíferos, 93 espécies de répteis, 1 132 espécies de
borboletas e 656 espécies de aves. Se uma espécie animal for
capturada ao acaso, qual a probabilidade de ser uma borboleta?
A) 63,31%
B) 60,18%
C) 56,52% Veja que o número de casos favoráveis é igual a 1132,
D) 49,96% enquanto que o número de casos possíveis é a soma de
E) 43,27% todas as espécies que dá 2266. Logo a probabilidade é
igual a 1132/2266 = 0,4996 = 49,96 %.
Dica de ouro 1
Apesar de muitas vezes serem consideradas difíceis, as questões de
probabilidade do Enem seguem um padrão muito específico, onde
são cobradas sempre as mesmas coisas. Por isso, o mais
aconselhável é entender esse assunto com base nas questões das
provas anteriores. Não é necessário decorar nenhuma fórmula,
muito menos ver dezenas de aulas sobre este assunto para resolver
as questões de probabilidade do Enem. Basta que você entenda
cada tópico a seguir e pratique muito resolvendo questões de
provas anteriores.
Probabilidade de probabilidade
Algo muito comum do Enem é trazer questões onde temos que
calcular a probabilidade de dois ou mais eventos independentes
ocorrerem. Dizemos que nesse caso temos uma probabilidade de
outra probabilidade e como já vimos esse "de" na matemática
representa uma multiplicação. Vamos ver um exemplo:
Qual a probabilidade de um casal que possui 10 filhos ter todos
filhos do sexo masculino?
A probabilidade do primeiro filho ser do sexo masculino é de 1/2
obviamente, assim como a probabilidade de cada filho ser do sexo
masculino. Como vimos, a probabilidade de um evento total
acontecer é dada pelo produto das probabilidades de cada sub-
evento acontecer. Logo, a probabilidade é dada por:
10 vezes
Uma pessoa irá pegar uma carta aleatória em um baralho que
contém 52 cartas e jogará um dado para cima. Qual a
probabilidade dela pegar um 7 de espada e o dado sair com a
face 6 voltada para cima?
A probabilidade dessas duas coisas acontecerem é dada pelo
produto da probabilidade de cada uma delas acontecer:
5! = 5 × 4 × 3! = 10.
3! × 2! 3! × 2!
Assim, para cada combinação de 3 vitórias e 2 derrotas temos uma
probabilidade de 9/1024 de acontecer. Logo, a probabilidade dele
ganhar exatamente 3 partidas é igual a:
9/1024 × 10 = 90/1024 = 45/1012
Jogando 4 moedas no chão qual a probabilidade de
exatamente duas caírem cara?
Vamos supor que caíram 2 moedas cara e 2 coroa nesta ordem. A
chance disso acontecer é de: 1/2 × 1/2 × 1/2 × 1/2 = 1/16.
Chamando cara de C e coroa de K vemos que CCKK é apenas um dos
anagramas possíveis. Mas no total podemos formar outros
anagramas com essas letras:
4! = 4 × 3 × 2 × 1 = 6.
2! × 2! 4
Dessa forma, temos 6 possibilidades de obter exatamente duas
caras e cada uma delas tem a probabilidade de 1/16 de acontecer.
Portanto, a probabilidade de sair exatamente 2 caras é dada por:
1/16 × 6 = 6/16 = 3/8.
Divisão de casos
É muito comum nos estudos de probabilidade ter que dividir um
problema em casos. Isso acontece sempre quando existem
diferentes caminhos para se chegar na probabilidade desejada.
Então o que devemos fazer é calcular a probabilidade de cada
caminho, ou seja, de cada caso acontecer e posteriormente somar
as probabilidades encontradas. Vamos ver alguns exemplos:
Erik talvez vai ir jogar bola. Sabe-se que se chover a
probabilidade dele ir é de apenas 10%, já se não chover a
probabilidade dele ir é de 70%. Sabendo que a probabilidade de
chover é de 50% nesse dia, qual a probabilidade de Erik ir jogar
bola?
Veja que nesse caso queremos a probabilidade de Erik ir jogar bola e
para isso acontecer existem duas possibilidades: ou vai chover e ele
vai jogar bola o não vai chover e ele vai jogar bola. O que devemos
fazer é calcular a probabilidade de cada um desses dois casos
acontecerem e posteriormente somar as probabilidades. Essa é a
melhor forma de resolver exercícios desse tipo.
A) 15,6%
X
B) 28,1%
C) 43,7%
D) 56,2%
E) 71,8%
Dica de ouro 2
Questões como essa são frequentes no Enem. Veja que se
soubéssemos a quantidade de peças totais seria mais fácil de
resolver este exercício. Pois bem, podemos supor qualquer valor
para a quantidade de peças, já que como o exercício não diz é
porque este cálculo serve independente do número de peças. E
como estamos tratando de porcentagem, podemos supor que no
total são 100 peças existentes nesta fábrica.
Supondo então que existem 100 peças na fábrica, temos que o
número de casos possíveis é a quantidade total de peças
defeituosas, uma vez que o exercício colocou a condição de que
a peça é defeituosa. E o número de casos favoráveis é dado
pela quantidade de peças que são da máquina 2 e são
defeituosas. Vamos então calcular:
Casos favoráveis (peças da máquina 2 e defeituosas):
30 peças são da máquina 2 e dessas 3% são defeituosas, ou seja, a
quantidade de peças que são da máquina 2 e defeituosas é dada por :
A) 16/120
B) 32/120 Veja que esta questão é muito fácil. Do total de
C) 72/120 veículos (120), temos que 120 - 16 = 104 o deixariam
D) 101/120 contente. Logo, disponibilizando aleatoriamente, a
E)
X 104/120 chance dele ficar contente com a cor do veículo é igual
a 104/120.
Para você resolver:
Nível fácil
A) 2/8
B) 1/90
C) 2/90
D) 1/100
E) 2/100
(Enem 2020) Para um docente estrangeiro trabalhar no Brasil, ele
necessita validar o seu diploma junto ao Ministério da Educação.
Num determinado ano, somente para estrangeiros que trabalharão
em universidades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, foram
validados os diplomas de 402 docentes estrangeiros. Na tabela, está
representada a distribuição desses docentes estrangeiros, por
países de origem, para cada um dos dois estados.
A) 60/402
B) 60/239
C) 60/100
D) 100/239
E) 279/402
Nível médio
A) 1/8
B) 2/5
C) 3/5
D) 3/4
E) 4/5
A) 1/20
B) 1/19
C) 1/16
D) 2/20
E) 5/20
Nível difícil
A) 1/46 + 1/45
B) 1/46 + 2/46 x 45
C) 1/46 + 8/46 x 45
D) 1/46 + 43/46 x 45
E) 1/46 + 49/46 x 45