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UM TREINAMENTO

ESTRATÉGICO Feras da
Feras da
COMPLETO PARA
DETONAR NA Matemática do
Matemática do
Enem
MATEMÁTICA DO
ENEM

or Cabral
Profess
APRENDA COM O
ÚNICO PROFESSOR
QUE GABARITOU
MATEMÁTICA NO
ENEM 2022 E 2023

UM TREINAMENTO COMPLETO
DO BÁSICO AO AVANÇADO

+ 4 Bônus
exclusivos!
Sobre o autor
Eaee fera da matemática, caso você não me conheça, muito prazer!

Meu nome é Erik Cabral, sou professor de matemática pela UFJF


(Universidade Federal de Juiz de Fora). Há 6 anos atrás, em 2018,
eu estava na mesma fase que você, estava estudando para o Enem.

Na época eu sonhava em cursar Engenharia Civil, porém não tinha


condições de pagar um cursinho e nem muito tempo para estudar,
já que estava fazendo o terceiro ano do ensino médio pela manhã na
escola da pequena cidade de Senador Firmino em Minas Gerais onde
eu morava e a tarde pegava um ônibus para ir em outra cidade
maior trabalhar como jovem aprendiz no Senai.

Quando eu chegava em casa já era noite e me sentia exausto, mas


esse pouco tempo que eu tinha utilizava para estudar para a prova
do Enem, focando principalmente nas áreas de Redação e
Matemática. Apesar de vários obstáculos durante esse caminho,
frustrações e noites de sono perdidas, consegui a tão sonhada
aprovação no mesmo ano, obtendo uma nota que me deu a
possibilidade de entrar no curso que eu quisesse.
Em 2019 me matriculei no curso de Engenharia Civil na UFJF, mas,
atrelado a isso, comecei a dar aulas particulares de matemática
para o Enem, já que eu sempre fui apaixonado pela disciplina e
havia tirado uma ótima nota, acertando 39 questões. Só que isso
começou a dar muito certo, a estratégia de estudo que eu utilizava
ajudou diversas pessoas a tirarem uma boa nota e a passarem na
faculdade dos seus sonhos.

Assim, eu comecei a aprimorar todas as técnicas que eu utilizava e


a ajudar cada vez mais pessoas, dando aulas em dois cursinhos
populares de Juiz de Fora. Ao longo desse tempo, andava meio
desanimado com a faculdade de engenharia e, por isso, acabei
mudando de curso para matemática. Dessa forma, trabalhando em
cursinhos e dando minhas aulas e mentorias de matemática para o
Enem fui me tornando um expert no assunto.

E um detalhe muito importante é que para testar minha estratégia


de estudo e de prova eu fazia o Enem todos os anos e por duas
vezes consegui acertar 44 das 45 questões de matemática, até que
no ano de 2022 eu finalmente consegui tirar a maior nota do Brasil
em matemática do Enem, acertando 45 das 45 questões da prova e
obtendo uma nota de 985,7 pontos.

No ano de 2023 decidi que queria ajudar ainda mais pessoas


utilizando o meu método de ensino, por isso criei algumas redes
sociais, as quais você pode estar me seguindo e, claro, também
criei com muito carinho e dedicação este treinamento para passar
para estudantes como você todo o conhecimento que obtive nessa
trajetória de estudante e de professor de alunos que foram
aprovados nos cursos mais concorridos do Brasil.

Espero que faça bom proveito desse material, tenho certeza de que
ele fará toda a diferença em sua trajetória. Para ficar por dentro de
tudo que envolve a matemática e o Enem me siga nas redes
sociais abaixo (Professor Cabral). Tamo junto nessa, vamos
juntos rumo à sua aprovação!!
Sumário
Como é a prova de matemática do Enem 5

As áreas que caem no Enem 6

Cronograma Enem 2024. 6

Bônus 1 - Os 17 passos fundamentais para a sua aprovação. 7

Bônus 2 - Elaborando a sua estratégia de estudo. 14

Bônus 3 - 8 passos para vencer a ansiedade nos estudos. 16

Bônus 4 - A nossa avançada estratégia de prova. 18

Capítulo 1 - Estatística 20

Capítulo 2 - Razão e Proporção 28

Capítulo 3 - Porcentagem 43

Capítulo 4 - Geometria Plana 55

Capítulo 5 - Trigonometria 69

Capítulo 6 - Geometria Espacial 81

Capítulo 7 - Equações 95

Capítulo 8 - Funções 110

Capítulo 9 - Análise Combinatória 128

Capítulo 10 - Probabilidade 142


Como é a prova de matemática do Enem
A prova de matemática Enem é composta por 45 questões objetivas
de múltipla escolha, com cinco alternativas cada. As questões
abrangem diferentes áreas da matemática, como álgebra,
geometria, trigonometria, estatística e probabilidade, matemática
básica, entre outras.

As questões geralmente envolvem situações-problema que exigem


a interpretação e análise de dados e informações, além da aplicação
de conceitos matemáticos. Muitas vezes, as questões têm um
contexto realista, relacionado a situações do dia a dia ou a temas de
relevância social.

A prova de matemática faz parte do segundo dia de prova (segundo


Domingo) e é aplicada juntamente com a prova de ciências da
natureza, a qual também contém 45 questões. O tempo máximo de
resolução para as provas neste dia é de 5 horas no total, sendo que
nesse tempo todas as respostas já devem estar marcadas no
gabarito.

A pontuação de todas as provas do Enem em geral é feita pela


Teoria de Resposta ao Ítem (TRI), que é um sistema que prioriza o
acerto de questões consideradas mais fáceis. Por exemplo, se um
determinado aluno acertou 10 questões de matemática
consideradas difíceis, enquanto que outro acertou 10 questões
fáceis, o que acertou as questões fáceis terá com certeza uma nota
maior do que o outro aluno.

Além disso, a prova não tem uma pontuação máxima fixa, pois isso
varia a cada ano. Mas, geralmente, a nota máxima fica próxima de
1000 pontos, sendo a prova de matemática a mais valorizada depois
da redação que é a única que tem a nota máxima equivalente a
1000 pontos todos os anos.
As áreas que caem na matemática do Enem.
Outros
Razões, Proporções e Porcentagem
6.8%
Aritimética básica 25.9%
11.5%

Equações e Funções
11.4%

Estatística
8.5%
Geometria
23.6%
Análise Combinatória e Probabilidade
12.3%

O 6,8% restante correspondente a várias disciplinas que


aparecem raramente na prova do Enem. Por isso, seu estudo deve
ser concentrado no que realmente aparece na prova, que são as
áreas que aparecem neste gráfico.

Cronograma do Enem 2024


Insenção da inscrição: Abril
Inscrição: 06 a 17 de Maio
Realização do exame: 03 e 10 de novembro.
Divulgação do gabarito em 22 de novembro;
Os 17 passos fundamentais para a sua aprovação
1 - Estudar o que realmente cai
Apesar de se chamar Exame Nacional do Ensino Médio, na prática
não são todas as matéria do ensino médio que caem no Enem.
Algumas matérias caem todos anos, algumas aparecem uma vez ou
outra, enquanto que outras não caem praticamente nunca. Então, é
importante estudar só o que realmente aparece na prova e,
principalmente, o que mais aparece. Mas fique tranquilo, neste e-
book você verá tudo sobre o conteúdo que realmente vai estar na
prova do Enem.
2 - 80% prática e 20% teoria
Um erro comum de muitos estudantes é estudar a matemática da
mesma forma que as outras áreas, vendo inúmeras vídeo-aulas,
fazendo resumos bonitinhos e mapas mentais. No entanto, para
aprender matemática, de fato, pelo menos 80% do estudo deve ser
direcionado a resolução de exercícios, enquanto que os outros 20%
devem ser destinados à teoria, além de anotações. Este fato não é
um achismo meu e sim comprovado por vários estudantes que
passaram nos cursos mais concorridos do Brasil. Portanto, quando
você achar que não domina um determinado assunto na
matemática provavelmente é porque você ainda não fez exercícios
suficientes sobre este assunto.

3 - Analisar padrões de provas anteriores


Todo o ano o Enem cobra basicamente os mesmos assuntos na
prova. O que muda geralmente é a abordagem daquele assunto,
mas, muitas vezes, até a forma de se cobrar os assuntos se repete.
Logo, para mandar bem nessa prova é extremamente importante
entender esse padrão da prova, principalmente fazendo questões
de provas anteriores, simulados, além de ver pessoas resolvendo
questões que já caíram na prova. Após entender o padrão que a
prova segue possivelmente ao bater o olho em uma questão você já
vai saber do que ela se trata e qual o melhor caminho para
resolvê-la. Neste e-book você verá diversas questões típicas
do Enem, ou seja, que caem sempre na prova, mudando
apenas a abordagem.
4 - Simulados recorrentes
Fazer simulados durante a preparação tem inúmeras vantagens
quando feitos de maneira correta. Os simulados podem ser feitos
com as próprias provas anteriores de Enem e Enem PPL que são
encontradas no site do INEP e você pode estar baixando e
imprimindo. É importante que você faça esses simulados de forma
que fique o mais parecido possível com a prova do Enem, ou seja,
tente fazer em um local onde não haja nenhum tipo de incômodo,
leve comida, desligue o celular e fique todo o tempo fazendo a
prova sem demais distrações. Isso deve ser feito principalmente
para que você consiga ganhar resistência de prova, para que
quando chegar no dia do Enem você já esteja habituado em fazer
uma grande quantidade de questões em um curto intervalo de
tempo, além de fazer com que sua mente seja acostumada com
esse tipo de pressão, diminuindo assim a ansiedade na hora da
prova. Sem contar que nesse processo você estará revisando os
principais assuntos que precisa saber para a prova. Não se esqueça
que na matemática, os simulados são a melhor forma de revisão.

5 - Correção dos simulados


Esta é uma parte extremamente importante e que muitos alunos
deixam escapar. Após fazer um simulado você deve verificar todas
as questões que acertou e que errou, revendo o porquê de você ter
errado cada questão, anotando o conteúdo presente nela, para
depois revisar a teoria daquele assunto. Uma dica é digitar as
primeiras palavras da questão que você está com dúvida no
YouTube, pois aparecerão vídeos de diversos professores
explicando como resolver a questão. Assim você pode ver como
pessoas extremamente especializadas no assunto resolvem
determinada questão. Após ter feito isso com todas as questões
que sentiu dificuldade você terá revisado boa parte da matéria
estudada até então, além de entender os assunto que está errando
e que precisa estudar mais.
6 - Valorize a matemática básica e as questões fáceis
Como já vimos, as questões do Enem de nível considerado mais fácil
valem mais pontos do que as difíceis, sendo que a maioria das
questões fáceis são de matemática básica. Por isso, nosso estudo
deve priorizar muito a matemática básica. Além do mais, nos
simulados e na prova do Enem não se esqueça de focar
principalmente em acertar questões mais básicas, por isso comece
a prova sempre pelas questões fáceis e pule as difíceis, deixando-as
para o final, pois se for necessário chutar alguma questão, que ela
seja de nível difícil, já que esta valerá poucos pontos.

7 - Um pouquinho todos os dias.


Estudos científicos comprovam que é muito mais efetivo estudar um
pouquinho todos os dias do que estudar muito em um dia e nos
outros nada. Tente estabelecer principalmente metas semanais e
diárias, escrevendo o que você pretende estudar, como fazer isso e
quantas questões resolver. Por exemplo, você pode começar
resolvendo todos os dias 5 questões de provas anteriores,
anotando o tempo gasto para resolvê-las e a quantidade de acertos.
Além disso, veja a resolução das questões que você errou no
YouTube para entender sobre o assunto e como resolver questões
do tipo.

8 - Aprenda maneiras alternativas de resolver questões


Grande parte das questões de matemática do Enem podem ser
resolvidas de mais de uma forma. Muitas vezes, resolver da forma
que é ensinada na escola e em cursinhos acaba sendo um caminho
mais complicado ou que gasta muito tempo. Por isso, é importante
saber alguns macetes para resolver questões de maneira mais
rápida e estratégica. Por exemplo, uma estratégia que eu uso e
ensino para os meus alunos é como resolver questões testando as
alternativas e vendo qual se encaixa nas condições do enunciado da
questão, é o famoso método por tentativa e erro, onde as
alternativas que não se encaixam são eliminadas. Neste e-book voc ê
verá este e outros macetes para resolver questões de maneira
alternativa, ou seja, diferente do que a maioria das pessoas
fazem.
9 - Cuidado com as pegadinhas
O Enem é caracterizado como uma prova repleta de pegadinhas, ou
seja, questões que tentam nos induzir ao erro por meio de uma
simples palavra ou imagem. Para não cair nessas pegadinhas, além
de fazer muitas questões que já caíram na prova, o ideal é grifar
todos os termos importantes do enunciado, como números e
palavras chaves que fazem total diferença, como "mais", "menos",
"maior", "menor", "dobro", "metade", entre outros. Além disso,
sempre pense duas vezes ao se deparar com respostas que
parecem ser óbvias demais, pois elas podem estar incorretas.
Entenda que nesse tipo de prova algo extremamente comum é ter
nas alternativas respostas que de cara parecem ser verdadeiras,
mas quando pensamos mais um pouco vemos que aquilo não passa
de uma pegadinha. Por fim, a principal dica é a seguinte: sempre ao
terminar uma questão volte no comando dela, isto é, em sua
pergunta final, e confira se você está respondendo o que realmente
o enunciado está perguntando. Siga essas dicas, pois é
extremamente comum na correria da prova o Enem perguntar, por
exemplo, qual o maior e respondermos o menor, ou talvez tinha que
dividir por 2 final porque o enunciado queria a metade e assim por
diante.
10 - Estratégias de agilidade
No Enem temos em média 3 minutos para resolver cada questão,
porém, não é nada fácil conseguir resolver todas as questões da
prova no tempo determinado. Por isso, é importante ter agilidade
durante a prova e para isso uma dica é deixar as questões difíceis e
que levam muito tempo para serem resolvidas por último, para
evitar deixar uma questão fácil da prova em branco, já que sabemos
que estas valem mais. Além disso, sempre leia primeiro o comando
da questão e depois vá para o texto do enunciado, uma vez que
assim você já irá ler o enunciado verificando o que o exercício quer e
assim pulando informações irrelevantes. Por fim, leve duas canetas
pretas para a prova, uma de ponta fina para fazer seus cálculos e
outra de ponta mais grossa para marcar as questões no
gabarito. Pode parecer que não, mas isso faz uma boa diferença.
11 - Tenha uma estratégia de prova dinâmica
Muitas pessoas começam fazendo a prova pela ordem do caderno
de questões. No entanto, para que a atenção não se perca da prova
é importante alternar questões de uma matéria para outra, isto é,
fazer algumas de matemática, ir para ciências da natureza e vice-
versa. É importante também começar pelas questões fáceis,
preencher o gabarito na hora certa, entre outras coisas. Mas fique
tranquilo, nesse e-book você aprenderá uma avançada estratégia
de prova que poderá estar utilizando e adaptando ao seu favor.

12 - Concentração, calma e confiança


Tanto nos estudos, mas principalmente na hora dos simulados e da
prova do Enem esses três C's são mega importantes, já que existe
uma galera que estuda o ano inteiro e vai fazer o Enem afobado, o
que acaba atrapalhando muito, pois a matemática principalmente
exige muita concentração. Para você ficar sempre concentrado na
prova uma dica é dar uma leve respirada ao passar de uma questão
para a outra, com o intuito de seu cérebro esquecer a questão
anterior e entender que precisa de um foco máximo para ler a
próxima questão, já que algo que acontece muito ao fazer uma
prova cansativa como a do Enem é ler uma questão sem estar
focado e chegar no final do texto percebendo que não entendeu
nada. E claro, é preciso ter muita calma na hora da prova, entender
que o que perde tempo na realidade é dar atenção para questões
que são muito difíceis, mas na hora de resolver uma questão o
pensamento deve ser feito com calma, para não fazer cálculos
errados e não cair em pegadinhas. E por fim, esteja confiante de que
você estudou, fez o que pode e que você tem condições de mandar
muito bem. Qualquer pensamento negativo que vier a sua cabeça
nessas horas diga para si mesmo que você é o melhor e que vai dar
o seu melhor e esta é a única coisa que importa.
13 - Entenda a importância da matemática
Tirando a redação, a prova de matemática é a que você consegue
tirar mais pontos no Enem. Quem gabarita a prova de Linguagens
costuma ter nota em torno de 800 pontos, enquanto que quem
gabarita a prova de matemática fica com uma nota perto dos 1000
pontos. Além do mais, dominar a matemática ajuda e muito a
resolver as questões de Física e Química presentes na prova. Por
isso, entenda desde já que seu estudo deve priorizar duas áreas
principais, que são a redação e a matemática. A redação acontece
no primeiro dia de prova e é nela que você deve dar mais atenção,
enquanto que no segundo dia o foco deve ser direcionado à prova
de matemática. Então pelo menos 60% dos seus estudos devem ser
direcionados a essas duas áreas.

14 - Seja esforçado e motivado como um atleta


É claro que a vida de um vestibulando não é a das mais fáceis. Muita
pressão, ansiedade, medo, são muitas coisas que nos fazem
desanimar e até mesmo querer desistir no meio do caminho. Acho
que o mais importante nesse processo é sempre lembrar todos os
dias do seu propósito, ou seja, do porque começou a estudar. O
caminho a ser percorrido não é fácil, mas pode ter certeza de que
vale muito a pena se seu sonho está em jogo. É assim que os atletas
pensam e independente do dia, das desculpas que podemos dar,
dar o seu melhor te levará a lugares inimagináveis. Por isso, seja
sempre esforçado, inclusive na hora da prova, jamais pense em sair
antes do término, pois sempre dá pra fazer algo a mais. No mais,
quando se sentir desanimado com os estudos ou frustrado com os
resultados não se esqueça de que esta é apenas uma fase da sua
vida e quando você sair dela verá o quanto isso valeu apena, além
de ver que é uma pessoa forte e determinada. Nesse caminho,
busque inspiração, eu mesmo sempre me inspirei no jogador
Cristiano Ronaldo e mesmo isso não tendo nada a ver com estudos,
ver a dedicação de uma pessoa de sucesso, ver o quão profissional
ela é pra chegar nos teus objetivos faz toda diferença, mas uma
boa também é buscar inspiração com estudantes que já
passaram por isso e obtiveram sucesso, no YouTube mesmo
você pode achar vários. Isso vai te ajudar a ter mais disciplina.
15 - Muito cuidado com a procrastinação
É normal procrastinar. Mas é claro que quanto menos você fizer isso
melhor. Para isso, mantenha seu ambiente de estudos organizado e
sem distrações. Além disso, tenha muito cuidado com o celular,
pois este costuma ser a maior distração entre os estudantes. Tente
usá-lo de maneira positiva seguindo páginas e canais de educação
em suas redes sociais. Outra coisa que pode ajudar muito são
técnicas de estudo, as quais você pode estar pesquisando e
testando no seu dia a dia. A que mais da certo pra mim é o método
pomodoro, onde se estuda 25 minutos dando o máximo de si e
descansa por 5 minutos, repetindo o ciclo novamente. Outra técnica
é a da recompensa, onde se estabelece uma meta e após cumpri-la
você se presenteia com uma recompensa. E claro, no seu tempo de
lazer descanse bem, para que quando estiver nos seus horários de
estudos consiga se esforçar ao máximo.

16 - Entre a Lebre e a Tartaruga seja a Tartaruga


Provavelmente você já escutou a fábula da Lebre e a Tartaruga,
onde em uma corrida a Lebre dispara, mas para no meio do
caminho, enquanto que a Tartaruga, mesmo andando lentamente,
ganha a corrida. Pois bem, quando começamos algo novo, como
estudar para o Enem, é comum uma grande euforia no começo,
queremos fazer tudo de uma vez sem se preocupar com o bem
estar. Quando isso acontece é muito comum que no meio do
caminho dê uma forte desanimada, devido ao cansaço extremo
sentido por esse pico de atividade no começo. Por isso, desde já
tenha na sua cabeça que a consistência é a chave da sua
aprovação. Vá no seu ritmo, sempre dando o seu melhor, mas não
se esqueça de tirar seus momentos de descanso e continue firme
até o final.
17 - Lembre-se de parar para afiar o seu machado.
Uma outra história interessante é de dois lenhadores, um muito
forte e outro fraquinho, que tinham a missão de cortar uma árvore
cada um. Enquanto o lenhador forte dava machadadas sem parar o
lenhador mais fraco sempre dava algumas machadadas e parava
para afiar o seu machado, o que fez com que ele cortasse a sua
árvore primeiro do que o homem forte. Isso resume que em nossa
jornada sempre devemos parar e analisar o que está sendo feito de
certo e errado, pois é impossível não cometer erros nesse processo,
porém o mais importante é enxergá-los e corrigí-los. Por isso, a
cada final do mês ou da semana sempre para para afiar o seu
machado.

Elaborando a sua estratégia de estudo


Já dita a importância da matemática na prova do Enem e o peso que
ela terá na sua aprovação, vemos que ela merece uma atenção a
mais e por isso deve ser trabalhada de uma maneira diferente das
outras disciplinas. Veremos a seguir a estratégia que mais está
dando resultados para meus alunos.

O primeiro passo é estabelecer uma meta de questões de provas


anteriores que você vai resolver todos os dias de acordo com o
tempo que você tiver disponibilidade. 5 questões por dia é um bom
número para começar. Sim, você vai fazer resolver questões de
provas anteriores de matemática todos os dias . É importante que
você faça, nem que seja apenas uma, mas faça. Claro que tirar um
ou dois dias de descanso na semana não vai atrapalhar a estratégia.

Além de resolver as questões você deve anotar a quantidade


que fez, o tempo e o número de acertos. Ao longo do tempo
você verá como seus números irão melhorar e, acredite ou
não, ver a a nossa evolução é uma das melhores motivações
possíveis. Além do mais, claro que você corrigirá as questões,
jogando o enunciado delas no YouTube para ver um vídeo de
alguém resolvendo a questão e assim entender como fazer
questões desse tipo.
Atrelado a isso, é claro que você também estudará a teoria, mas é
óbvio que a melhor forma é estudando por essa apostila, pois ela trás
de forma clara o que realmente vai estar na prova do Enem, além de
dicas fundamentais que você só encontrará aqui. Por isso separe um
tempinho do seu dia para começar a ler a o material o quanto antes.
Além dela, o YouTube também pode ser uma ferramenta excelente
para estudar a teoria de diversos assuntos. No entanto, é mais
vantajoso fazer questões, ver as que você errou, analisar o porquê
que errou e aí sim voltar na teoria para estudar vendo algumas aulas
do que sair vendo aulas disparadamente por aí sem rumo.

Além do seu estudo diário, você deve fazer simulados com certa
frequência. Para fazer esses simulados você pode pegar provas
anteriores de Enem ou Enem PPL. É importante que você simule ao
máximo a prova do Enem para poder sentir aquele frio na barriga e se
acostumar com isso. Então se esforce bastante em cada simulado
que fizer e depois corrija todas as questões, anote em algum lugar a
quantidade de acertos e o tempo gasto para a realização do
simulado. E claro, veja a solução das questões que errou ou teve
dúvida no YouTube para ver outra pessoa resolvendo as questões.

Outra coisa importante na estratégia é que você deve ter


principalmente um planejamento de estudos até o Enem. Se organize
para terminar os estudos dessa apostila pelo menos 30 dias antes da
prova. Além desse planejamento geral faça em todos finais de
semana um planejamento semanal colocando todos os assuntos que
deve estudar naquela determinada semana e, por fim, faça sempre
um planejamento diário de estudo. Então, antes de dormir a sua
missão é escrever detalhadamente em tópicos tudo o que você
pretende fazer no outro dia, com o intuito de fazer com que a sua
produtividade e organização sejam máximas. Nesse planejamento
não se esqueça de colocar momentos de lazer e de descanso, pois
estes momentos também serão essenciais para a sua aprovação.
8 passos para vencer a ansiedade nos estudos
A ansiedade quando em excesso pode ser uma experiência
desagradável, interferindo na sua vida de estudante. Aqui estão
algumas sugestões de especialistas sobre o assunto para ajudar a
lidar com a ansiedade:

Pratique a respiração profunda, pois ela pode ajudar a diminuir a


frequência cardíaca e reduzir a sensação de ansiedade. Tente
inspirar profundamente pelo nariz, segure por alguns segundos e
expire lentamente pela boca, por várias vezes. Faça esse processo
uma vez por dia pela manhã, assim, seu dia ficará mais calmo.

Exercite-se regularmente: A atividade física pode ajudar a reduzir


a ansiedade e o estresse. Tente fazer pelo menos alguns minutos de
exercícios moderados todos os dias.

Se alimente bem: Evite comer besteiras nesse processo e priorize


frutas, legumes e outros alimentos saudáveis para que você tenha
mais energia, além de melhorar o seu desempenho mental.

Durma o suficiente: A privação do sono também pode aumentar a


ansiedade. Tente dormir pelo menos sete a oito horas por noite.

Evite cafeína e álcool: A cafeína e o álcool podem aumentar a


ansiedade e piorar os sintomas. Tente limitar o consumo dessas
substâncias.

Pratique a meditação ou o relaxamento muscular progressivo: A


meditação e o relaxamento muscular progressivo podem ajudar a
reduzir a ansiedade. Tente encontrar um momento calmo e
tranquilo e pratique essas técnicas.
Procure sempre uma motivação: Eu sempre fui uma pessoa
ansiosa e isso tem suas vantagens e desvantagens. Mas lembro-me
bem que na época de vestibulando jamais deixava que a ansiedade
fosse maior do que a minha motivação. Por isso, busque motivação
diariamente, seja se inspirando em um atleta ou uma pessoa de
sucesso ou então lembrando do seu propósito, da sua missão,
imaginando detalhadamente a grandeza do caminho que esta por
vir após entrar na faculdade dos seus sonhos.

Fale com um profissional de saúde mental: Se a ansiedade estiver


afetando sua vida diária, pode ser útil procurar a ajuda de um
profissional da área. Eles podem ajudá-lo a desenvolver estratégias
específicas para lidar com a ansiedade em relação aos estudos.

Lembre-se de que a ansiedade é uma experiência comum,


vivenciada pela maioria dos estudantes e que muitas vezes pode ser
considerada como algo positivo, mas se você sente que ela
atrapalha o seu rendimento é hora de buscar soluções para isso.
Com essas técnicas e o suporte adequado, é possível gerenciar a
ansiedade e levar seus estudos de forma mais saudável e feliz.
A nossa avançada estratégia de prova
Não adianta saber toda a matemática do ensino médio se você não
tiver uma boa estratégia de prova, visto que o Enem é muito mais
uma prova de estratégia e resistência do que de inteligência em si.
Vamos aprender agora uma estratégia utilizada por mim e por
vários alunos meus que trouxeram ótimos resultados na prova.
A primeira coisa é chegar confiante na prova, com a cabeça
levantada e ciente de que a partir do momento que você saiu de
casa para ir fazer a prova não há mais nada a fazer a não ser dar o
seu melhor. Não deixe que pensamentos como "nossa poderia ter
estudado mais" ou "acho que não vou conseguir passar no meu
curso" perpetuem em a sua mente. É extremamente importante
estar confiante e tranquilo, sabendo que a única coisa que você vai
fazer de fato é dar o seu melhor, então pense apenas isso, você é o
melhor e vai dar o seu melhor, o resto não importa nenhum pouco.

Ao começar a prova devemos estar cientes de que a parte da


matemática em geral vale mais pontos do que a prova de ciências
da natureza, por isso, o ideal é começar pelas questões de
matemática, para que se no final seja necessário chutar questões,
que estas sejam de ciências da natureza. Além disso, é importante
começar pelas questões fáceis, pois estas também são mais
valorizadas, além de nós dar confiança para acertar as mais difíceis.

Por isso, comece a prova fazendo aquelas questões em que você


bate o olho e vê que é um assunto de matemática básica ou de
interpretação de imagens e tabelas. Ao ver uma questão de
enunciado muito grande ou de um assunto que não estudou muito,
que você sabe que vai ter dificuldade não pense duas vezes em
pular a questão. E também não fique por muito tempo em uma
questão, mesmo que ela seja de nível fácil. Coloque uma marcação
na questão indicando que você deve voltar nela depois, pois dessa
forma ao voltar na questão verá ela com outros olhos e
possivelmente conseguirá fazê-la rapidamente. Então, por favor
em, não fique agarrado em uma questão, seja ela fácil ou difícil.
Faça pelo menos umas 10 ou 15 questões de nível fácil de
matemática e em seguida vá fazer as questões de nível fácil de
ciências da natureza. Após fazer também de 10 a 15 questões de
ciências da natureza faça uma pequena pausa, vá ao banheiro
rapidinho, jogue uma água no rosto para descansar sua mente por
alguns minutinhos e voltar com força total .

Volte para a sua prova fazendo mais umas 10 questões de


matemática e em seguida umas 10 de ciências da natureza, sempre
deixando as questões difíceis para o final. Quando se sentir cansado
novamente você pode sair da sala outra vez ou outra ideia é passar as
questões que você já fez para o gabarito, mesmo que ainda falte
muito tempo de prova. Isso também o fará descansar o pouco e,
assim, aumentar a concentração novamente.

Após passar as respostas já marcadas para o gabarito analise o


tempo restante de prova e a quantidade de questões que ainda faltam
fazer. Não deixe nesse momento que você cometa o erro de ficar
muito tempo em uma questão e, consequentemente, sair da prova
sem se quer ter lido determinadas questões.

Quando faltar entre 1 hora e 30 minutos para o término da prova


passe as respostas já marcadas para o gabarito. A seguir analise
quantas questões ainda faltam para responder e o tempo restante
que você tem, já que se tiver que chutar questões deixe para chutar
aquelas que você pulou por serem muito difíceis.

Ao chutar algumas questões podemos eliminar algumas alternativas


que provavelmente não fazem tanto sentido com a questão,
aumentando assim a probabilidade de acerto. Agora para chutar as
questões que você não faz a mínima ideia de qual é a alternativa
certa analise em seu gabarito qual foi a letra que você menos
marcou na prova e marque com essa letra todas as questões que
você não faz ideia de qual é a resposta certa. Isso aumentará a
probabilidade de você acertar mais questões que chutou.
Mas sempre tente deixar algumas questões para você tentar
resolver até o final da prova, jamais saia mais cedo, pois em 10
minutos você pode conseguir acertar até 3 questões a mais e isso
pode fazer total diferença. Adapte esta estratégia ao que você
achar mais viável e treine-a já quando for fazer os simulados.
Capítulo 1 - Estatística
Com relação a parte de estatística, as chamadas medidas de
tendências centrais ( média, moda e mediana ) serão o nosso foco.
Essas três palavrinhas serão muito importante para nós, uma vez
que são cobradas frequentemente na prova do Enem. Vamos então
entender cada um desses conceitos.

Média
A média ou média aritmética é determinada pelo resultado da
divisão do somatório dos números dados pela quantidade de
números somados. Por exemplo, vamos determinar a média dos
números 3, 12, 23, 15 e 2. Para isso basta somarmos todos os
números e dividirmos pela quantidade de números, ou seja:

3+12+23+15+2 = 11
5 Pois são 5 números sendo somados

O cálculo da média aritmética é frequentemente usado nas escolas


para efetuar a média final da nota dos alunos, em campeonatos de
futebol para se obter a média de gols de uma determinada rodada
ou mesmo do campeonato; é também utilizado em diversas
pesquisas estatísticas, pois determina o direcionamento das ideias
expressas em determinados estudos.

Média Aritmética Ponderada


É uma média aritmética na qual alguns dos números envolvidos
possuem “ pesos ”. Por exemplo, digamos que a nota final de um
bimestre em uma escola é dada pela média ponderada das notas
das três provas realizadas tomando peso 1 para a primeira prova,
peso 2 para a segunda prova e peso 3 para a terceira prova.
Neste caso, a média aritmética Ponderada é dada por:

(1 × nota 1) + (2 × nota 2) + (3 × nota 3)


1+2+3
Devido aos pesos, é como se a nota da primeira prova
aparecesse uma vez, a segunda prova duas vezes e a terceira
três vezes, ou seja, seis números sendo somados no total.
Em outras palavras, a média aritmética ponderada é uma média
aritmética na qual você repete os números que estão sendo
somados tantas vezes quantos são seus pesos.

Moda
É a medida de tendência central que consiste no valor observado
com mais frequência em um conjunto de dados. Por exemplo,
digamos que o Palmeiras em determinado torneio de futebol fez, em
dez partidas, a seguinte quantidade de gols:
5, 4, 2, 1, 3, 7, 1, 1, 2 e 1.

Para essa sequência de gols marcados, a moda é de 1 gol, pois é o


número que aparece mais vezes. Outra situação comum seria se
dentre 7 pessoas tomássemos suas idades, a saber:

15 anos, 20 anos, 32 anos, 13 anos, 5 anos, 43 anos e 90


anos

Nesse caso, não há moda, pois nenhuma idade se repetiu mais vezes
que a outra.

Quando um conjunto de dados não apresenta moda, dizemos que


esse conjunto é amodal. Caso exista uma moda, denominamos o
conjunto de unimodal. Existindo duas modas, denominamos o
conjunto de bimodal e assim sucessivamente.

Mediana
É a medida de tendência central que indica exatamente o valor
central de um conjunto de dados quando organizados em ordem
crescente ou decrescente.
Por exemplo, vamos considerar que um aluno tirou as seguintes
notas em cinco provas de uma determinada matéria:

5, 8, 7, 4 e 8
Colocando as cinco notas em ordem crescente, por exemplo,
obtemos :
4<5<7<8=8
A mediana é o valor que está no centro dessa sequência, ou seja, 7.
E alguém poderia perguntar: Mas e se ao invés de cinco notas
fossem seis? Pois bem, nesse caso, ao ordenarmos os números,
teremos dois termos centrais ao invés de um. Por exemplo, digamos
que as notas agora são
5, 2 , 8, 7, 4 e 8.

Colocando em ordem crescente, temos:

2<4<5<7<8=8
Aqui, os dois termos centrais seriam 5 e 7. Portanto, a Mediana
média aritimética
desse conjunto de dados é a Média Aritmética dos dois termos
centrais, ou seja,

5+7 =6
2
Como Estatística cai no Enem:
A maioria das questões de moda, média e mediana são
consideradas fáceis no Enem, tendo como a maior dificuldade a
interpretação de texto. Por isso, é importante fazer muitas questões
desse assunto. Muitas das vezes são dados gráficos e tabelas que
indicam uma determinada sequência númerica e cabe a nós
imaginar esta sequência e determinar o que o exercício pede.
Dica de ouro 1:
No caso da Mediana nunca se esqueça de colocar a sequência de
números em ordem crescente ou decrescente.
Dica de ouro 2:
Imagine que foi pedida a mediana de uma sequência que possui 75
termos. Sabemos que a mediana é o termo central desta sequência.
Logo, não importa quem são os outros termos da sequência, você só
precisa achar o termo central. Para isso, basta dividir 75 por 2,
encontrando o número 37,5. Após isso, arredonde para cima, logo o
38° termo da sequência será o termo central, claro que estamos
falando do 38° termo em ordem crescente ou decrescente. O
mesmo vale para sequências onde a quantidade de termos é par.
Por exemplo, para uma sequência de 100 termos, os termos
centrais serão o 50° e 51° temo, pois 100÷2=50 e o outro termo
central sempre será o próximo.

Dica de ouro 3:
Aprendemos que a média é a soma de todos os termos dividido pelo
número de termos. Porém, muitas das vezes o Enem dá o valor da
média, dá a quantidade de termos e nos pede a soma dos termos.
Logo, multiplicando cruzado, obteremos uma fórmula para a soma
dos termos:
Média = soma dos termos soma dos termos = média × número de termos
número de termos

Na matemática, sempre que temos uma igualdade entre duas


frações podemos multiplicar cruzado que a igualdade continuará per-
manecendo verdadeira. Veremos este assunto melhor no próximo
capítulo.
Questões de Enem's anteriores:
(Enem 2015) Uma pessoa, ao fazer uma pesquisa com alguns
alunos de um curso, coletou as idades dos entrevistados e
organizou esses dados em um gráfico
Qual a moda das idades, em anos, dos
entrevistados?

X
A) 9
B) 12
C) 13
D) 15
E) 21
Como sabemos, moda é aquele termo que aparece mais vezes em
uma certa ocasião. Logo, interpretando o gráfico, temos que:

O número 9 aparece 21 vezes. O número 12 aparece 15 vezes. O


número 18 aparece 12 vezes. Logo o que apresenta mais frequência
é o 9.
(Enem 2019) Em uma fábrica de refrigerantes, é necessário que se
faça periodicamente o controle no processo de engarrafamento
para evitar que sejam envasadas garrafas fora da especificação do
volume escrito no rótulo. Diariamente, durante 60 dias, foram
anotadas as quantidades de garrafas fora dessas especificações. O
resultado está apresentado no quadro

A média diária de garrafas fora das especificações no período


considerado é
A) 0,1.
X 0,2.
B)
C) 1,5.
D) 2,0.
E) 3,0.
Este é um exercício de média aritmética ponderada, uma vez que a a
quantidade de garrafas fora das especificações por dia varia entre 0
e 3, mas a quantidade 0 aparece 52 vezes, a quantidade 1 aparece 5
vezes, a quantidade 2 aparece 2 vezes e a quantidade 3 aparece
apenas 1 vez. Ou seja, a soma de total de garrafas fora das
especificações pode ser dada pela expressão:

0 × 52 + 1 × 5 + 2 × 2 + 3 × 1 = 12.
Agora, para encontrar a média de garrafas fora das especificações
por dia, basta dividir o total pelo número de dias, que é igual a 52 +
5 + 2 + 1 = 60. Logo a média pode ser dada por:
12 ÷ 60 = 0,2
Para você resolver:
Nível fácil

(Enem 2019) O quadro apresenta a relação dos jogadores que


fizeram parte da Seleção Brasileira de voleibol masculino nas
Olimpíadas de 2012, em Londres, e suas respectivas alturas, em
metro.

A mediana das alturas, em


metro, desses jogadores é

A) 1,90.
B) 1,91.
C) 1,96.
D) 1,97.
E) 1,98.

Assim como nas próximas questões, para você ver a resolução


basta digitar as primeiras 3 ou 4 primeiras palavras do
enunciado no YouTube. Assim, aparecerá vídeos de
professores muito competentes resolvendo a questão.
(Enem 2021) Uma pessoa realizou uma pesquisa com alguns alunos
de uma escola, coletando suas idades, e organizou esses dados no
gráfico.

Qual é a média das idades, em ano, desses alunos?

A) 9
B) 12
C) 18
D)19
E) 27

Nível médio
(Enem 2019) O preparador físico de um time de basquete dispõe de
um plantel de 20 jogadores, com média de altura igual a 1,80 m. No
último treino antes da estreia em um campeonato, um dos
jogadores desfalcou o time em razão de uma séria contusão,
forçando o técnico a contratar outro jogador para recompor o
grupo.

Se o novo jogador é 0,20 m mais baixo que o anterior, qual é a


média de altura, em metro, do novo grupo?

A) 1,60
B) 1,78
C) 1,79
D) 1,81
E) 1,82
(Enem 2013) Foi realizado um levantamento nos 200 hotéis de uma
cidade, no qual foram anotados os valores, em reais, das diárias
para um quarto padrão de casal e a quantidade de hotéis para cada
valor da diária. Os valores das diárias foram: A = R$ 200,00; B = R$
300,00; C = R$ 400,00 e D = R$ 600,00. No gráfico, as áreas
representam as quantidades de hotéis pesquisados, em
porcentagem, para cada valor da diária.
O valor mediano da diária, em reais, para o
quarto padrão de casal nessa cidade, é

A) 300,00.
B) 345,00.
C) 350,00.
D) 375,00.
E) 400,00.
Nível difícil
A avaliação de rendimento de alunos de um curso universitário
baseia-se na média ponderada das notas obtidas nas disciplinas
pelos respectivos números de créditos, como mostra o quadro:

Quanto melhor a avaliação de um aluno em determinado período


letivo, maior sua prioridade na escolha de disciplinas para o período
seguinte. Determinado aluno sabe que se obtiver avaliação “Bom”
ou “Excelente” conseguirá matrícula nas disciplinas que deseja. Ele
já realizou as provas de 4 das 5 disciplinas em que está matriculado,
mas ainda não realizou a prova da disciplina I, conforme o quadro.
Para que atinja seu objetivo,
a nota mínima que ele deve
conseguir na disciplina I é
A) 7,00.B) 7,38.C) 7,50.D)
8,25. E) 9,00.
Capítulo 2 - Razão e Proporção
Neste capítulo aprenderemos alguns conceitos que são campeões
em aparecer na prova do Enem. A maioria das questões de razão e
proporção que aparecem no Enem são consideradas de nível fácil e
médio, ou seja, valem muitos pontos. Por isso, é um dos assuntos
mais importantes e vamos agora aprender o que realmente cai de
razão e proporção na prova do Enem.

Razão
Razão nada mais é do que a relação entre dois valores de uma
mesma grandeza. A razão entre A e B pode ser expressa como "A
A
para B" ou A : B ou sendo esta última forma a mais recorrente.
B
Por exemplo, se em uma sala de aula tem 8 meninos e 24 meninas,
podemos dizer que :

A razão entre meninos e meninas é igual a 8 = 1


24 3
A razão entre meninas e meninos é igual a 24 = 3
8 1
A razão entre meninas e a quantidade total de pessoas é igual a 24 = 3
32 4

Exemplo:
A figura a seguir mostra um triângulo dividido em vários triângulos
iguais. Qual é a razão entre a área total da região cinza e a área total
da região branca?

Veja que o triângulo maior está dividido em 16 triângulos iguais.


Destes, 5 são cinzas e 11 são brancos. Como todos possuem a
mesma área, a razão pedida é simplesmente 5 ou 5:11.
11
No Enem o conceito de razão é geralmente dado na forma de
fração, mas em muitos casos também é utilizada a
representação utilizando os dois pontos, principalmente em
exercícios do assunto de escala, que veremos mais pra frente.
Comparação entre razões
Algo muito comum nas provas do Enem é pedir para comparar
diferentes razões, afim de saber qual delas representa um menor ou
maior valor. Por exemplo, entre as razões que estão representadas
na forma de frações a seguir, qual delas representa o maior valor?
2 5 3 8 1
5 11 10 22 7
Existem diferentes formas de se encontrar a maior fração entre
essas. Mas, como o Enem exige uma certa rapidez no processo de
resolver as questões, o raciocínio mais eficiente nesse tipo de
questão é o seguinte: Inicialmente verifique entre as razões qual
delas já pode ser eliminada, pois está na cara de que não é o maior
valor. Nesse caso, por exemplo, está claro que 1/7 não é maior do
que 2/5, logo vamos eliminar esta alternativa. Além disso, observe
que a fração 2/5 equivale a fração 4/10, que por sua vez é maior
que a fração 3/10, logo podemos eliminá-la. Além disso, a fração
8/22 pode ser simplificada se tornando a fração 4/11, que é menor
que a fração 5/11. Logo, restaram as frações 2/5 e 5/11. Caso
esteja difícil de comparar estas duas frações basta passá-las para a
forma decimal, para isso basta dividir o numerador (número que fica
em cima da fração) pelo denominador( número que fica embaixo da
fração), encontrando assim 2/5 = 0,4 e 5/11 = 0,45. Logo, 5/11 é a
maior fração.
Claro que se quiser passar todas as frações para a forma decimal
pode ficar mais fácil de compará-las. No entanto, muitas vezes,
eliminar algumas frações antes com um pouco de raciocínio lógico
pode agilizar o processo.

Proporção
A proporção consiste na igualdade entre duas ou mais razões. Por
exemplo, as razões a seguir são iguais:
Até porque, imagine que a primeira razão representa
3 = 6
5 10 alguém que comeu 3 pedaços de uma pizza dividida em
5 pedaços, enquanto que outra pessoa comeu 6
pedaços da mesma pizza só que dividida em 10
pedaços. No final das contas, ambas pessoas comeram
a mesma quantidade.
A principal coisa que temos que saber em relação a uma proporção
é que ao multiplicarmos cruzado as frações a igualdade se manterá,
como mostrado a baixo:

3 6
= 6 × 5 = 3 × 10
5 10
Logo, se tiver uma proporção a qual não sabemos um de seus
valores, podemos multiplicar cruzado para o encontrar. Por exemplo:
3 = 15
12 X 3 × X = 12 x 15 3X = 180 X = 60

Grandezas diretamente Proporcionais


Grandezas diretamente proporcionais são aquelas que crescem ou
decrescem na mesma proporção. Por exemplo, imagine em uma
receita de bolo diz que é necessário 3 ovos para fazer 1 bolo. Não é
difícil ver que para fazer 2 bolos são necessários 6 ovos. Pois bem,
podemos dizer que as grandezas ovo e bolo são diretamente
proporcionais, já que se multiplicarmos por X a grandeza bolo, a
grandeza ovo também será multiplicada por X. Assim teremos o
seguinte:

1 bolo 3 ovos
× 30 × 30
30 bolos 90 ovos

Grandezas inversamente proporcionais


As grandezas são ditas inversamente proporcionais quando uma
delas aumenta e a outra necessariamente diminui, ou o oposto,
sempre na mesma proporção. Por exemplo, imagine um trem indo
de uma estação para outra, quanto maior for a velocidade do trem
(↑), menor será o tempo de viagem (↓), logo, as grandezas
velocidade e tempo são inversamente proporcionais. Se dobramos a
velocidade do trem, o tempo de viajem será dividido por 2. Ou sej a,
enquanto uma grandeza é multiplicada por X a outra é dividida
por X, ou vice-versa, como mostra o esquema:
100 km/h 3 horas
÷4 ×4
25 km/h 12 horas

Regra de 3
Aprenderemos um método prático e bastante conhecido de resolver
problemas que envolvam grandezas (diretamente ou inversamente)
proporcionais: a regra de três. Utilizaremos a regra 3 quando
tivermos duas grandezas proporcionais (diretamente ou
inversamente), de modo que esteja faltando um valor que será
descoberto. Vamos ver um exemplo de regra de 3 diretamente
proporcional e outro de inversamente proporcional:

Diretamente proporcional:
Uma barra de ferro com 6m de comprimento pesa 10 kg. Qual é a
massa de uma barra de 9m de comprimento deste mesmo tipo?
Como podemos notar, existem duas grandezas, o comprimento e a
massa da barra de ferro. Como a massa da barra aumenta conforme
o seu comprimento, estamos tratando de uma proporção
diretamente proporcional. Assim, o valor que queremos encontrar
chamaremos de X, logo, dizemos que 6m de comprimento está pra
10 kg de massa assim como 9m de comprimento está para X kg de
massa. Ou seja, montaremos a regra de 3 da seguinte forma:

6m 10 kg
9m X kg
Em seguida, utilizaremos um conceito já visto que é o de multiplicar
cruzado. Dessa Forma, teremos:

6 × X = 9 × 10 6X = 90 X = 90/6 X = 15 kg
Inversamente Proporcional
Um muro foi construído por 8 operários em 30 dias. Quantos dias
seriam necessários se fossem utilizados 12 operários?
Nesse caso, como aumentamos o número de operários, a tendência
é que o número de dias seja reduzido. Ou seja, enquanto uma
grandeza aumenta a outra diminui, Logo, estamos tratando de um
caso de regra de 3 inversamente proporcional. A forma com que
montamos a regra de 3 não muda em nada com relação a regra de 3
diretamente proporcional. No entanto, como é inversamente
proporcional teremos que inverter (trocar de posição) o X com o
número que estiver em cima ou embaixo dele na regra de 3, como é
mostrado abaixo:
8 30
12 X
Não vamos esquecer de inverter
numerador com denominador, já que são
grandezas inversamente proporcionais

8 X
12 30

Multiplicando cruzado, temos:

8 × 30 = 12 × X 240 = 12X X = 240/12 X = 20


dias
Proporcionalidade em fórmulas
É extremamente comum na prova de matemática do Enem
colocarem em uma determinada questão uma fórmula de
matemática ou de física e perguntar a respeito da
proporcionalidade entre duas grandezas presentes na fórmula. Por
exemplo, existe uma famosa fórmula de física que diz que a
Velocidade (V) de um corpo é dado pela razão entre a distância ( S)
e o tempo T:
V= S
T
Observe que nessa fórmula há três grandezas. Vamos compará-las
duas a duas e verificar se são diretamente ou inversamente
proporcionais.

Por exemplo, para um corpo que se movimenta, se mantermos o


tempo (T) constante e dobramos a distância ( S), a velocidade do
corpo será dobrada, já que ele percorreu o dobro de distância em
um mesmo intervalo de tempo. Como quando a distância aumenta, a
velocidade aumenta na mesma proporção dizemos que essas duas
grandezas são diretamente proporcionais.

Mas se comparamos as grandezas velocidade e tempo veremos que


elas são inversamente proporcionais, visto que para uma distância
fixa, quando dobramos o tempo, por exemplo, a velocidade será
reduzida pela metade, portanto, velocidade e tempo são grandezas
inversamente proporcionais.

Agora ao compararmos as grandezas distância e tempo vemos que


elas são diretamente proporcionais, pois para um corpo de
velocidade constante se o deslocamento for maior o tempo gasto
também será maior na mesma proporção.

Dica de ouro 1
Para descobrir a proporcionalidade entre duas grandezas em uma
fórmula você pode supor inicialmente que todas as grandezas da
fórmula tem o valor de 1. Em seguida dobre uma das grandezas que
está comparando e veja o que acontecerá com a outra grandeza
para que a igualdade da fórmula continue verdadeira. Por exemplo,
na fórmula de área do triângulo dada por: Área = Base × Altura,
vamos imaginar que todas as grandezas são iguais a 1:

Área = Base × Altura Vamos comparar as grandezas Base e a


1 = 1 × 1 Altura. Deixando a Área igual igual 1, se
1 = 0,5 × 2 dobrarmos a Altura ela será igual a 2, logo
a grandeza base terá que ser dividida por
2, para que a base × Altura seja igual a 1,
logo elas são inversamente proporcionais.
Fórmulas com expoente
Em fórmulas que possuem uma grandeza com algum expoente, seja
elevado ao quadrado ou ao cubo por exemplo, acontece algo que
confunde muito os estudantes. Para exemplificar observe a fórmula
de física abaixo, que diz que a força elástica (F) de uma mola é dada
pelo produto do quadrado da contração ou expansão da mola ( X )
por uma constante elástica (K):
2
F=K×X
2
F=K×X
2 2
1=1 × 1 4=1 × 2
Comparando as grandezas F e X veja que ao dobrar a grandeza X, a
grandeza F será na verdade quadruplicada e isso se deve ao
expoente presente na grandeza X. Assim, dizemos que F é
diretamente proporcional ao quadrado de X, pois sempre que
multiplicarmos X por algum valor, o valor de F será multiplicado ao
quadrado

Vamos analisar agora a fórmula da Lei de Gravitação Universal, a


qual possui as grandezas representadas pelas letras a seguir, onde
F significa força e d significa distância:

1=1×1×1 0,25 = 1 × 1 × 1
1
2
22

Podemos dizer que a grandeza força (F) é inversamente


proporcional ao quadrado da distância (d), uma vez que se
dobrarmos o valor de d, o valor de F será na verdade dividido por 4,
como podemos ver acima.
Nesse tipo de situação, tudo que acontece com a grandeza d, vai
acontecer inversamente com a grandeza F só que ao quadrado.
2
Logo se multiplicarmos d por 3, F será dividido por 3 = 9. Do
mesmo modo, se tiver uma grandeza elevada ao cubo, ao
aumentá-la ou diminuí-la, outra grandeza será aumentada ou
diminuída ao cubo.
Dica de ouro 2
Muitas vezes na regra de 3 não é necessário multiplicar cruzado.
Observe a regra de 3 abaixo:
×4

×2
3 12 ×2
6 X
×4

Ao invés de multiplicar cruzado, podemos ver que do 3 para ir para o


12 foi multiplicado por 4, logo do 6 para ir para o X também será
multiplicado por 4, obtendo X = 24. Do mesmo modo, poderíamos
perceber que do 3 para ir para o 6 foi multiplicado por 2. Logo do 12
para ir para o X também será multiplicado por 2, resultando em
X=24.

Isso vale para qualquer regra de 3, ou seja, se em uma linha ou


coluna, para ir de um número para outro perceber que foi
multiplicado ou dividido por um número P, na outra linha ou coluna
acontecerá o mesmo.

Esse simples raciocínio ajuda a resolver regras de 3 em um tempo


muito menor, então não se esqueça dessa dica.

Escalas
A escala matemática é uma razão entre a medida real de um
determinado objeto e a sua medida representativa. Ela é muito
utilizada em mapas e na geografia ganha o nome de escala
cartográfica, mas pode ser utilizada em diversas ocasiões. Por
exemplo, vamos supor que a bola de futebol abaixo é uma
representação de uma bola de futebol real na escala 1 : 20. Isso
significa que qualquer medida de comprimento da bola é 20 vezes
maior na vida real, ou seja, o comprimento da bola foi reduzido 20
vezes para ser desenhado.
Dizemos nesse caso que esta é uma escala
de redução, já que a escala é uma razão
menor do que 1 e, consequentemente, o
objeto diminuiu de tamanho.
Contudo, também podemos ter escalas de ampliação, onde a
representação é maior do que na realidade. Por exemplo, imagine
que a formiga abaixo é uma representação de uma formiga na vida
real na escala 5 : 2, ou seja, 5 unidades de comprimento na
representação equivalem a 2 unidades na vida real.
Dado que a escala é uma razão, se um exercício der
a medida da formiga na vida real conseguimos
saber a sua medida na representação e vice-versa,
fazendo uma regra de três simples. Vamos ver dois
exemplos:

Um mapa de escala 1 : 300.000 apresenta uma distância de 15


cm entre os pontos A e B. Dessa forma, a correta distância entre
esses dois pontos, na realidade, é:
Veja que podemos montar uma simples regra de 3 para resolver
este problema:

1 cm representação 300.000 cm real


15 cm representação X cm real
X = 300.000 × 15 X = 4.500.000 cm.
Caso o problema desse a medida real e pedisse a medida da
representação o raciocínio seria o mesmo, a diferença é que o X
estaria na coluna da medida da representação e não da medida real.
Em um mapa de uma pequena cidade, destaca-se a presença de
uma rodovia, cuja extensão é de 15 quilômetros. No mapa em
questão, sua medida está em 10 centímetros, o que nos permite
concluir que a sua escala cartográfica é de:
Veja que inicialmente temos que passar ambas medidas para a
mesma unidade. Logo, transformamos 15 quilômetros em
1.500.000 centímetros, multiplicando por 100.000. Logo, como
escala é a razão da medida da representação em relação a medida
real, temos que está escala cartográfica é igual a:

10/1.500.000 = 1/ 150.000 = 1 : 150.000


Escala em duas e três dimensões
Frequentemente o Enem trás questões de escala envolvendo a área
ou volume de um objeto e nisso acontece uma pegadinha onde
muitos alunos acabam caindo. Por exemplo, imagine um objeto na
escala 1 : 10, ou seja, que tem suas medidas lineares aumentadas
em 10 vezes da sua representação para a realidade. No entanto, é
importante perceber que sua área não será aumentada em 10 vezes
da representação para a realidade e sim 10² = 100 vezes, ja que
aumentou 10 vezes em cada uma das duas dimensões. Enquanto
que seu volume será aumentado em 10³ = 1000 vezes, já que
aumentou 10 vezes em cada uma das três dimensões.

Ou seja, a proporção que acontece em uma escala linear é elevada


ao quadrado quando falamos de área e elevada ao cubo quando
falamos de volume. Vamos ver uma questão do Enem que aborda
justamente este assunto:
No centro de uma praça será construída uma estátua que
ocupará um terreno quadrado com área de 9 metros quadrados.
O executor da obra percebeu que a escala do desenho na planta
baixa do projeto é de 1 : 25.
Na planta baixa, a área da figura que representa esse terreno,
em centímetro quadrado, é

Veja que como a medida linear da estátua é 25 vezes


X 144
A)
maior na realidade do que na representação. Como
B) 225
vimos isso significa que a sua área é 25² = 625 vezes
C) 3 600
maior na vida real do que na representação. Logo, para
D) 7 500
achar a área da planta temos que dividir 9m² por 625 e
E) 32 400
não por 25:
9 ÷ 625 = 0,0144 m²
Podemos passar esta medida para centímetros quadrados
multiplicando por 10.000, encontrando assim o valor de 144 cm².
Logo, a letra A é a resposta correta.
Questões de Enem's anteriores:

(Enem 2019) Os exercícios físicos são recomendados para o bom


funcionamento do organismo, pois aceleram o metabolismo e, em
consequência, elevam o consumo de calorias. No gráfico, estão
registrados os valores calóricos, em kcal, gastos em cinco
diferentes atividades físicas, em função do tempo dedicado às
atividades, contado em minuto.

Qual dessas atividades físicas proporciona o maior consumo de


quilocalorias por minuto?

A) I
B) II
X Para encontrar a atividade física que proporciona
C) III maior consumo, basta encontrar a maior razão entre o
D) IV valor calórico e o tempo:
E) V

Nesse caso, observe que passamos todas


I) 20/10 = 2kcal/min as razões para a forma decimal. No
entanto, em muitos exercícios fazer esse
II) 100/15 = 6,6 kcal/min processo para todas as alternativas pode
ser um pouco trabalhoso e gastar muito
III) 120/20 = 6 kcal/min tempo. Por isso, não se esqueça da dica
de eliminar as alternativas que
IV) 100/2,5 = 4kcal/min claramente não são as maiores antes de
passar a razão para a forma decimal.
V) 80/30 = 2,66 kcal/min Assim, a maior razão corresponde a
atividade número II (letra B)
(Enem 2022) Um borrifador de atuação automática libera, a cada
acionamento, uma mesma quantidade de inseticida. O recipiente
desse produto, quando cheio, contém 360 mL de inseticida, que
duram 60 dias se o borrifador permanecer ligado interruptamente e
for acionado a cada 48 minutos.

A quantidade de inseticida que é liberada a cada acionamento do


borrifador, em mililitro, é

A) 0,125.
X
B) 0,200.
C) 4,800.
D) 6,000.
E) 12,000.
Note que a duração do borrifador está em dias, mas o tempo entre
acionamentos está em minutos. Seria mais fácil se esses dois dados
estivessem na mesma grandeza.

Bom, a gente sabe que 1 dia são 24 horas. Então, para saber 60 dias
fazemos:
60 dias = 60 × 24 horas = 1440 horas.
60 dias equivalem a 1440 horas. Agora, temos que converter isso
para minutos. Mas, sabemos que 1 hora são 60 minutos.
Então, 1440 horas = 1440 × 60 minutos = 86400 minutos.
Conclusão: 60 dias equivalem a 86400 minutos.
Assim, como queremos saber quantas borrifadas acontecem em
86400 minutos, podemos montar a seguinte regra de três:

÷48
1 borrifada 48 minutos

X borrifadas 86400 minutos


÷48
Podemos multiplicar cruzado ou então perceber que na linha de
cima para ir de 48 para 1 foi dividido por 48, então não linha de
baixo acontecerá o mesmo. Assim X = 86400 ÷ 48 = 1800
borrifadas. Agora resta saber quantos mililitros têm cada borrifada.
Para isso podemos fazer uma nova regra de três, colocando que
1800 borrifadas equivalem a 360 mL e X equivale a 1 borrifada. Ou
então podemos verificar diretamente que basta dividir 360 mL pelo
número total de borrifadas que é igual a 1800, encontrando
360÷1800=0,2 (letra B).

Para você resolver:

Nível fácil

(Enem 2020) Uma empresa de ônibus utiliza um sistema de vendas


de passagens que fornece a imagem de todos os assentos do
ônibus, diferenciando os assentos já vendidos, por uma cor mais
escura, dos assentos ainda disponíveis. A empresa monitora,
permanentemente, o número de assentos já vendidos e compara-o
com o número total de assentos do ônibus para avaliar a
necessidade de alocação de veículos extras. Na imagem tem-se a
informação dos assentos já vendidos e dos ainda disponíveis em um
determinado instante.

A razão entre o número de assentos já vendidos e o total de


assentos desse ônibus, no instante considerado na imagem, é:

A) 16/42 B) 16/26 C) 26/42 D) 42/26 E) 42/16


(Enem 2014) A taxa de urbanização de um município é dada pela
razão entre a população urbana e a população total do município
(isto é, a soma das populações rural e urbana). Os gráficos
apresentam, respectivamente, a população urbana e a população
rural de cinco municípios (I, II, III, IV, V) de uma mesma região
estadual. Em reunião entre o governo do estado e os prefeitos
desses municípios, ficou acordado que o município com maior taxa
de urbanização receberá um investimento extra em infraestrutura.

Segundo o acordo, qual município receberá o investimento extra?

A) I
B) II
C) III
D) IV
E) V
Nível médio
(Enem 2018) Um vaso decorativo quebrou e os donos vão
encomendar outro para ser pintado com as mesmas características.
Eles enviam uma foto do vaso na escala 1 : 5 (em relação ao objeto
original) para um artista. Para ver melhor os detalhes do vaso o
artista solicita uma cópia impressa da foto com dimensões
triplicadas em relação às dimensões da foto original. Na cópia
impressa, o vaso quebrado tem uma altura de 30 centímetros.

Qual é a altura real, em centímetros, do vaso quebrado?


A) 2
B) 18
C) 50
D) 60
E) 90
(Enem 2021) Em uma corrida automobilística, os carros podem
fazer paradas nos boxes para efetuar trocas de pneus. Nessas
trocas, o trabalho é feito por um grupo de três pessoas em cada
pneu. Considere que os grupos iniciam o trabalho no mesmo
instante, trabalham à mesma velocidade e cada grupo trabalha em
um único pneu. Com os quatro grupos completos, são necessários
4 segundos para que a troca seja efetuada. O tempo gasto por um
grupo para trocar um pneu é inversamente proporcional ao
número de pessoas trabalhando nele. Em uma dessas paradas, um
dos trabalhadores passou mal, não pôde participar da troca e nem
foi substituído, de forma que um dos quatro grupos de troca ficou
reduzido.

Nessa parada específica, com um dos grupos reduzido, qual foi o


tempo gasto, em segundo, para trocar os quatro pneus?

A) 6,0
B) 5,7
C) 5,0
D) 4,5
E) 4,4

Nível difícil
(Enem 2022) Com base na Lei Universal da Gravitação, proposta por
Isaac Newton, o peso de um objeto na superfície de um planeta
aproximadamente esférico é diretamente proporcional à massa do
planeta e inversamente proporcional ao quadrado do raio desse
planeta. A massa do planeta Mercúrio é, aproximadamente, 1/20 da
massa da Terra e seu raio é, aproximadamente, 2/5 do raio da
Terra. Considere um objeto que, na superfície da Terra, tenha peso
P.
O peso desse objeto na superfície de Mercúrio será igual a
A) 5P/16
B) 5P/2
C) 25P/4
D) P/8
E) P/20
Capítulo 3 - Porcentagem

Introdução:
Suponha que, durante os anos de 2015 e 2016, as produções (em
unidades de veículos) de duas fábricas de automóveis foram dadas
de acordo com a tabela abaixo:

Observe que a quantidade de veículos produzidos pela fábrica A em


2016 teve um aumento de 200 unidades em relação a 2015,
enquanto que a fábrica B teve um aumento de 210 unidades no
mesmo período. E claro que, em números absolutos, o crescimento
da fábrica B foi maior do que o da fábrica A. Entretanto, se
consideramos a razão entre o aumento da produção em 2016 e o
número de veículos produzidos em 2015, teremos:
Note ainda que:

20 = 10 e 210 7
2000 100 =
3000 100

As frações 10/100 e 7/100, que têm denominador igual a 100, são


chamadas frações centesimais, e representam, em cada caso, o
crescimento percentual porcentual das produções de veículos
percentual ou porcentual
nas fábricas A e B, respectivamente. Alternativamente, podemos
dizer que tais frações representam, em cada caso, a porcentagem
do crescimento das produções nas fábricas. Desse modo, podemos
dizer que, em termos percentuais, o crescimento da produção na
fábrica A foi de 10% (lê-se dez por cento), e na fábrica B foi de 7%
(lê-se sete por cento). Esses números fracionários nos permitem
afirmar que, percentualmente, a produção de veículos cresceu mais
na fábrica A do que na fábrica B.
Esta pegadinha é muito recorrente no Enem, pois o aumento
bruto e o aumento percentual entre dois números são coisas
diferentes.
Representações de uma porcentagem:
Porcentagem nada mais é, então, do que uma forma de
representação de uma quantidade a cada 100 partes. Podemos
representar uma porcentagem de três formas distintas: Na forma
percentual, na forma de razão centesimal e na forma decimal, como
mostra o quadro abaixo. É muito importante que saibamos passar
de uma forma para a outra com agilidade e eficiência, pois o Enem
cobra isso com muita frequência.

Como passar de uma representação para a outra:


Porcentagem para Razão:
Basta trocar o símbolo de porcentagem pelo denominador 100 e
vice-versa
Porcentagem para decimal:
Anda com a vírgula duas casas para a esquerda para passar de
porcentagem para decimal e duas casa para a direita para passar
de decimal para porcentagem
Decimal para Razão:
Faça a divisão do numerador pelo denominador da fração para
passar de razão para decimal. Para fazer o contrário ande duas
casas para a direita com a vírgula e coloque o denominador 100.
Porcentagem de um valor
Frequentemente lidamos com problemas em que há a necessidade
de calcular a porcentagem de determinado valor. Por exemplo, se
20% dos gols do Cristiano Ronaldo são feitos de cabeça e ele está
com 820 gols na carreira, então podemos concluir que o número de
gols de cabeça na carreira dele é dado por 20% de 820. Para
calcular a porcentagem de um número qualquer, basta efetuar a
multiplicação da porcentagem na forma decimal ou fracionária por
esse número. Na matemática esse "de" quando fazemos 20% de
820 tem o significado de multiplicação, logo 20% de 820 = 0,20 ×
820 = 164, ou seja, ele tem 164 gols de cabeça na carreira nesta
suposição.

Vejamos outros dois exemplos:

25% de 84 = 25/100 × 84 = 1/4 × 84 = 21

13% de 14 = 13/100 × 14 = 182/100 = 1,82


Dica de ouro 1:
Algumas porcentagens que aparecem com muita frequência nos
exercícios de matemática são mais fáceis de calcular, não
necessitando que tenha que multiplicar as porcentagens na forma
de fração pelo valor dado no exercício. Observe abaixo, métodos
mais fáceis de calcular a porcentagem de um determinado valor:

100% 100% de um valor é ele próprio, é o total


50% Basta dividir o valor por 2
25% Basta dividir o valor por 4
10% Basta dividir o valor por 10
20% Basta dividir o valor por 5
12,5% Basta dividir o valor por 8
200% Basta multiplicar o valor por 2
.
.
.
Aumento Percentual
O melhor exemplo de aumento percentual pode ser visto nas
mercadorias. Vamos supor que a gasolina aumentou 10% no último
mês, isso quer dizer que o seu valor atual é igual ao valor anterior
somado com 10% do valor anterior, ou seja, o valor atual é igual a
100% mais 10%, que é igual a 110%. Logo, se o preço da gasolina
era R$5,00, então para saber o valor após o aumento basta calcular
110% de R$5,00 que é o mesmo que 1,1 × 5 = R$5,50.

Vamos
Vamos ver
ver outro
outro exemplo:
exemplo:

A média de acertos dos alunos de um cursinho cresceu 30% no


último simulado. Se a média de acertos era de 20 questões, qual é a
nova média de acertos?

Ora, basta fazer 100% + 30% = 130% de 20, que é o mesmo que
1,3 × 20 = 26 questões.

Desconto Percentual
Vamos supor agora que a gasolina teve um desconto de 10% em
seu valor. Isso significa que o valor atual da gasolina é igual ao valor
anterior menos 10% do valor anterior, ou seja, o valor atual da
gasolina é igual a 100% -10% = 90% do valor anterior. Logo, se a
gasolina custava R$5,00 e teve um desconto de 10%, para
encontrarmos o valor final basta fazer 90% de R$5,00 que é o
mesmo que 0,9 × 5 = R$4,50. Imagine agora seguinte questão. Se a
gasolina que custava R$5,00 aumentou 10% e depois de um tempo
diminuiu 10%, qual será o seu valor final?
Grande parte das pessoas podem pensar e responder que o
valor final é de R$5,00, já que ela aumentou e diminuiu a
mesma porcentagem. Porém, tome muito cuidado, isso não
está correto, pois o aumento ou desconto percentual é sempre
calculado de acordo com o valor atual da mercadoria. Vamos
trabalhar melhor com aumentos e descontos sucessivos nesta
próxima dica de ouro.
Dica de ouro 2:
Quando temos aumentos ou descontos percentuais sucessivos, ou
seja, um após o outro, podemos pegar o valor inicial e multiplicá-lo
pelas representações fracionárias ou decimais de cada aumento ou
desconto percentual correspondente. Por exemplo, se a gasolina
custava R$5,00 e aumentou 10% e depois diminuiu 10%, para
calcularmos o valor finaldevemos fazer 5 × 1,1 × 0,9 ou então 5 ×
110/100 × 90/100 que dá como resultado R$4,95. Ou por exemplo,
se uma roupa custava R$100,00 e teve um aumento de 20%, e
depois outro aumento de 10% e um cliente comprou essa peça na
loja e ganhou 30% de desconto, o valor final que ele pagou pode ser
calculado como sendo 100 × 1,2 × 1,1 × 0,7 = R$92,40.

Cálculo da porcentagem de um aumento ou desconto


Vamos agora supor que temos uma mercadoria que foi de seu valor
inicial para o seu valor final e queremos saber qual foi o aumento ou
desconto percentual. Para isso, o método mais simples é fazer a
diferença entre o valor final e inicial e dividir pelo valor inicial. Por
exemplo, se uma boneca custava R$100,00 e aumentou para
R$120,00, qual foi o seu aumento percentual?

Intuitivamente você já pode falar que a boneca aumentou 20% e


nesse caso é fácil ver isso porque o valor inicial era igual a 100,
então é fácil fazer de cabeça. Mas é interessante percebemos que o
que fizemos foi fazer 120 - 100 = 20 e em seguida dividir 20 por
100, que é o mesmo que 20/100 que representa 20%

Vamos ver outro exemplo: em uma sala de aula 20 alunos tiraram


nota máxima na primeira prova de matemática e na segunda prova
13 alunos tiraram nota máxima. A quantidade de alunos que tiraram
nota máxima diminuiu quantos porcentos?
Ora, é muito simples, basta fazer a diferença entre os dois
valores e dividir pelo valor inicial, e isso dá 7/20 que é o
mesmo que 35/100 ou 0,35 ou 35%, logo, a quantidade de
alunos que tiraram nota máxima diminuiu 35%.
Porcentagem de porcentagem
E quando temos um problema em que lidamos com uma
porcentagem em cima de outra porcentagem? Por exemplo, imagine
que uma cidade possui 8000 habitantes. Desses, 50% são homens.
Dos homens desta cidade, 75% praticam algum esporte. Dos
homens que praticam esporte nesta cidade, 25% fazem dieta.
Quantos homens nessa cidade praticam esportes e fazem dieta?
Quando temos uma porcentagem em cima de outra porcentagem
multiplicamos as porcentagens. Logo, nesse caso, o total de
habitantes nessa cidade pode ser dado por 8000 × 0,5 × 0,75 ×
0,25 = 750 homens.
Porcentagem e Regra de três
Os exercícios de porcentagem, também podem ser resolvidos na
maioria das vezes utilizando uma regra de 3. Algumas vezes
necessitamos desse método parar resolver alguns exercícios de
porcentagem. Vejamos abaixo um exemplo:

Imagine o seguinte problema: em um ônibus estão 30 pessoas e


estas ocupam 75% dos acentos do ônibus. Qual é a quantidade total
de acentos que esse ônibus possui?

Para resolver esse exercício é muito simples, vamos ultilizar uma


regra de 3. 75% dos acentos correspondem a 30 pessoas e
queremos saber quanto corresponde 100% dos acentos, então
chamaremos de X o número de acentos do ônibus. Assim, como
mostrado abaixo, basta multiplicar cruzado e achar o valor de X:

75% dos acentos 30 pessoas

100% dos acentos X pessoas


75X = 3000--------> X = 40 pessoas. Logo 40 pessoas ocupariam
100% dos acentos, isso quer dizer que o ônibus possui no total 40
acentos.
Como porcentagem cai no Enem
Todo ano no Enem caem questões de porcentagem em diferentes
contextos. Geralmente algumas questões são combinadas com
outros assuntos da matemática e têm aquelas questões que
envolvem apenas porcentagem. É importante que saibamos calcular
porcentagem de um valor, porcentagens sucessivas e de maneira
que não perca muito tempo fazendo a questão, logo, ultilize os
métodos que você aprendeu neste capítulo e resolva muitos
exercícios até pegar o jeito de como o Enem cobra as questões de
porcentagens, pois assim quando chegar na hora da prova você
conseguirá interpretar corretamente as questões e vai ser show de
bola. No mais, muito cuidado com as pegadinhas.

Dica de ouro 3

Falando em pegadinhas, uma das mais recorrentes na prova do


Enem é quando a questão faz você encontrar uma determinada
porcentagem, mas ela pergunta na verdade a porcentagem
complementar a esta. A grosso modo, imagine, por exemplo, que
você encontrou em uma questão que a porcentagem de chance de
chuva em uma região é de 30%, só que na verdade o enunciado
pergunta a chance de não chover, que no caso seria 100% - 30% =
70%. Assim, nas alternativas terá tanto o valor de 30% quanto
70%, fazendo com que muitos candidatos marquem a alternativa de
30%, pois não prestaram atenção no que o enunciado da questão
realmente perguntava. Apesar de ser uma dica simples,
frequentemente o Enem trás questões com está pegadinha e
diversas pessoas erram questões fáceis por isso, então tenha
sempre muita atenção.
Questões de Enem's anteriores
(Enem 2015) No contexto da matemática recreativa, utilizando
diversos materiais didáticos para motivar seus alunos, uma
professora organizou um jogo com um tipo de baralho modificado.
No início do jogo, vira-se uma carta do baralho na mesa e cada
jogador recebe em mãos nove cartas. Deseja-se formar pares de
cartas, sendo a primeira carta a da mesa e a segunda, uma carta na
mão do jogador, que tenha um valor equivalente àquele descrito na
carta da mesa. O objetivo do jogo é verificar qual jogador consegue
o maior número de pares. Iniciado o jogo, a carta virada na mesa e
as cartas da mão de um jogador são como no esquema:

Segundo as regras do jogo, quantas cartas da mão desse jogador


podem formar um par com a carta da mesa?

A) 9
B) 7
C) 5
D) 4
X
E) 3
Para resolver este exercício basta lembrarmos do tópico de
representações de uma porcentagem. Inicialmente vemos que
simplificando a fração encontramos 3/4. Passando esta para a
forma decimal encontramos 0,75 e para a forma de
porcentagem 75%. Assim, só essas 3 cartas formam um par
com a carta da mesa. Portanto, a resposta é a letra E.
(Enem 2013) Uma cerâmica constitui-se em um artefato bastante
presente na história da humanidade. Uma de suas várias
propriedades é a retração (contração), que consiste na evaporação
da água existente em um conjunto ou bloco cerâmico quando
submetido a uma determinada temperatura elevada. Essa elevação
de temperatura, que ocorre durante o processo de cozimento, causa
uma redução de até 20% nas dimensões lineares de uma peça.
Suponha que uma peça, quando moldada em argila, possuía uma
base retangular cujos lados mediam 30 cm e 15 cm. Após o
cozimento, esses lados foram reduzidos em 20%.

Em relação à área original, a área da base dessa peça, após o


cozimento, ficou reduzida em

Como vimos, reduzir 20% é o mesmo que manter 80%,


A) 4%
ou seja, multiplicar por 0,8. Logo, os dois lados do
B) 20%
X retângulo serão multiplicados por 0,8. Logo, após o
C) 36%
cozimento, a nova área da peça será dada pela
D) 64%
expressão 30 × 15 × 0,8 × 0,8 = 30 × 15 × 0,64. Ou seja,
E) 96%
como a área total da peça após o cozimento é igual a
área inicial vezes 0,64 (64%), podemos concluir que foi
reduzido então 100% - 64% = 36%.

Para você resolver:


Nível fácil
(Enem 2015) Uma pesquisa recente aponta que 8 em cada 10
homens brasileiros dizem cuidar de sua beleza, não apenas de sua
higiene pessoal. Outra maneira de representar esse resultado é
exibindo o valor percentual dos homens brasileiros que dizem
cuidar de sua beleza.
Qual é o valor percentual que faz essa representação?
A) 80%
B) 8%
C) 0,8%
D) 0,08%
E) 0,008%
(Enem 2013) O turismo brasileiro atravessa um período de franca
expansão. Entre 2002 e 2006, o número de pessoas que trabalham
nesse setor aumentou 15% e chegou a 1,8 milhão. Cerca de 60%
desse contingente de trabalhadores está no mercado informal, sem
carteira assinadada. Para regularizar os empregados informais que
estão nas atividades ligadas ao turismo, o número de trabalhadores
que terá que assinar carteira profissional é

A) 270 mil.
B) 720 mil.
C) 810 mil.
D) 1,08 milhão.
E) 1,35 milhão.

Nível médio
(Enem 2015) Um fornecedor vendia caixas de leite a um
supermercado por R$ 1,50 a unidade. O supermercado costumava
comprar 3 000 caixas de leite por mês desse fornecedor. Uma forte
seca, ocorrida na região onde o leite é produzido, forçou o
fornecedor a encarecer o preço de venda em 40%. O supermercado
decidiu então cortar em 20% a compra mensal dessas caixas de
leite. Após essas mudanças, o fornecedor verificou que sua receita
nas vendas ao supermercado tinha aumentado.

O aumento da receita nas vendas do fornecedor, em reais, foi de


A) 540
B) 600
C) 900
D) 1260
E) 1500.

(Enem 2014) A taxa de fecundidade é um indicador que


expressa a condição reprodutiva média das mulheres de uma
região, e é importante para uma análise da dinâmica
demográfica dessa região. A tabela apresenta os dados obtidos
pelos Censos de 2000 e 2010, feitos pelo IBGE, com relação à
taxa de fecundidade no Brasil.
Suponha que a variação percentual relativa na taxa de fecundidade
no período de 2000 a 2010 se repita no período de 2010 a 2020.
Para regularizar os empregados informais que estão nas atividades
ligadas ao turismo, o número de trabalhadores que terá que assinar
carteira profissional é

A) 270 mil.
B) 720 mil.
C) 810 mil.
D) 1,08 milhão.
E) 1,35 milhão.

Nível difícil
(Enem 2022) Uma equipe de marketing digital foi contratada para
aumentar as vendas de um produto ofertado em um site de
comércio eletrônico. Para isso, elaborou um anúncio que, quando o
cliente clica sobre ele, é direcionado para a página de vendas do
produto. Esse anúncio foi divulgado em duas redes sociais, A e B, e
foram obtidos Os seguintes resultados:

• rede social A: o anúncio foi visualizado por 3 000 pessoas; 10%


delas clicaram sobre o anúncio e foram redirecionadas para o site;
3% das que clicaram sobre o anúncio compraram o produto. O
investimento feito para a publicação do anúncio nessa rede foi de
R$ 100,00;
• rede social B: o anúncio foi visualizado por 1.000 pessoas; 30%
delas clicaram sobre o anúncio e foram redirecionadas para o site;
2% das que clicaram sobre o anúncio compraram o produto. O
investimento feito para a publicação do anúncio nessa rede foi de
R$ 200,00.
Por experiência, o pessoal da equipe de marketing considera que a
quantidade de novas pessoas que verão o anúncio é diretamente
proporcional ao investimento realizado, e que a quantidade de
pessoas que comprarão o produto também se manterá proporcional
à quantidade de pessoas que clicarão sobre o anúncio. O
responsável pelo produto decidiu, então, investir mais R$ 300,00
em cada uma das duas redes sociais para a divulgação desse
anúncio e obteve, de fato, o aumento proporcional esperado na
quantidade de clientes que compraram esse produto. Para
classificar o aumento obtido na quantidade (Q) de compradores
desse produto, em consequência dessa segunda divulgação, em
relação aos resultados observados na primeira divulgação, o
responsável pelo produto adotou o seguinte critério:

• Q ≤ 60%: não satisfatório;


• 60% < Q ≤ 100%: regular;
• 100% < Q ≤ 150%: bom;
• 150% < Q ≤ 190%: muito bom;
• 190% < Q ≤ 200%: excelente

O aumento na quantidade de compradores, em consequência dessa


segunda divulgação, em relação ao que foi registrado com a
primeira divulgação, foi classificado como:

A) não satisfatório
B) regular
C) bom
D) muito bom
E) excelente.
Capítulo 4 - Geometria Plana
A geometria plana é a área da matemática que estuda as formas que
possuem apenas duas dimensões, ou seja, que não possuem
volume. Triângulos, quadriláteros, retângulos, circunferências são
alguns exemplos de figuras de geometria plana.

Ângulos
O Enem cobra apenas o essencial desse assunto, portanto, vamos
aprender apenas o necessário para a prova. Podemos definir os
ângulos a grosso modo como sendo a medida de uma abertura
entre duas semirretas. Por exemplo, nitidamente vemos no exemplo
abaixo que o ângulo B é mais aberto do que o ângulo A, logo,
dizemos que o ângulo B é maior que o ângulo A.

^
 B

É importante sabermos que na matemática medimos os ângulos


principalmente em graus e que um ângulo que dá uma volta
completa mede 360°. Logo, um ângulo que dá meia volta mede
180°, um ângulo que dá 1/4 de uma volta mede 90°, como
mostrado abaixo alguns exemplos de ângulos:
Além disso, chamamos de:

Ângulo agudo: Entre 0° e 90°

Ângulo reto: Igual a 90° .

Ângulo obtuso: Entre 90° e 180°

Ângulo raso: Igual a 180°

Ângulos opostos pelo vértice são congruentes (possuem a mesma


medida): Y°

Além disso, vê-se que X + Y = 180°


e 2X + 2Y = 360°
Ângulos em π radianos
Em alguns problemas matemáticos é mais usual trabalhar com os
ângulos utilizando a unidade "π radiano". O importante é saber
fazer a conversão de graus para π radiano e de π radiano para
graus. Para fazer está conversão basta saber que 1 π radiano
equivale a meia volta, ou seja, 180°. Logo, 2 π radianos equivalem a
360° e assim por diante. Então, para fazer esta conversão basta
montar uma regra de três simples. Por exemplo, vamos transformar
45° em π radianos:

180° 1 π rad 180X = 45 X = 45 = 1 π rad


45° X π rad 180 4
Polígonos
Um polígono é uma figura geométrica formada por linhas poligonais
que são segmentos de retas que não se cruzam e que se unem a
partir de seus extremos.
Um polígono pode ser classificado através do seu número de lados.
É evidente que o menor número de lados de um polígono é três. A
tabela a seguir dá os nomes dos polígonos de acordo com a
quantidade de lados que ele possui.
Elementos de um polígono

Soma dos ângulos internos


A soma dos ângulos internos de um polígono depende do seu
número de lados. Se for um triângulo, a soma dos ângulos internos
será sempre igual a 180°. Para saber a soma dos ângulos internos
de outros polígonos, basta dividir este em vários triângulos cuja a
soma dos ângulos internos de cada um é igual a 180°. Por exemplo,
em um quadrilátero, como mostrado abaixo, a soma dos ângulos
internos é igual a 360° e a soma dos ângulos internos de um
hexágono é igual a 720°.

180° 180°
180° 180°
180°
180°

Soma = 360° Soma = 720°


Soma dos ângulos externos
Já a soma dos ângulos externos de um polígono, independe do
número de lados, pois seu valor é invariável, não importa qual
polígono seja. Temos que a soma dos ângulos externos é
sempre igual a 360º. Assim, cada ângulo externo vale 180º
menos o valor do ângulo interno correspondente.
Polígonos Regulares
Um polígono regular é aquele em que os seus lados são
congruentes entre si, ou seja, todos têm a mesma medida. Por
consequência, as medidas dos seus ângulos internos e externos
também são iguais entre si

Principais polígonos

Triângulo equilátero:
Possui todos os lados iguais e todos ângulos internos iguais a 60°.
Triângulo isóceles:
Pelo menos dois lados iguais e, consequentemente, dois ângulos
internos iguais.
Triângulo escaleno:
Possui todos os lados e ângulos internos distintos.
Quadrado:
Quadrilátero que possui os 4 lados e ângulos internos iguais.
Retângulo
Quadrilátero que possui os 4 ângulos internos iguais.
Losango:

Quadrilátero que possui os 4 lados iguais.


Paralelogramo:

Quadrilátero que possui os lados opostos paralelos.


Trapézio:

Quadrilátero que possui um par de lados paralelos.


Trapézio isóceles:

Trapézio que possui os lados transversais de mesma medida.


Círculo e Circunferência
A circunferência é uma região no plano formada por pontos que são
equidistantes de um ponto fixo chamado de centro. Círculo é a
região interna dessa circunferência.

Sobre a circunferência vale destacar alguns


nomes que sempre aparecem nas provas:

Raio:
É um segmento que liga o centro da figura a
qualquer ponto localizado em sua
extremidade.

Diâmetro
É um segmento de reta que passa pelo centro da figura, dividindo-a
em duas metades. Por isso, o diâmetro equivale a duas vezes o valor
do raio (2r).

Corda:
É um segmento de reta que passa pelo interior da circunferência,
sem passar pelo centro e liga dois de seus pontos.

O número π
Sempre que dividimos o comprimento de uma circunferência
qualquer, ou seja o seu contorno, pelo diâmetro da mesma
encontramos um número chamado de π ( lê-se pi), que tem um
valor igual a aproximadamente 3,14 e muitas vezes o Enem pede
para arrendondarmos este valor para 3 em alguns exercícios.
Áreas
Área é um conceito matemático que pode ser definido como
quantidade de espaço de uma figura plana. É algo bastante pedido
no Enem, portando, vamos entender como calcular a área das
principais figuras planas, conforme mostrado abaixo:

Dica de ouro 1
Veja que tanto na fórmula de área de um quadrado quanto de
um círculo temos um termo elevado ao quadrado. Isso quer
dizer que a área de um quadrado é diretamente proporcional ao
quadrado do seu lado e a área de um círculo é diretamente
proporcional ao quadrado do seu raio. Ou seja, se dobramos o
lado de um quadrado, por exemplo, a sua área será
quadriplicada. Ou então se dividirmos por 3 o raio de uma
circunferência a sua área será dividida por 9.
Perímetro
O perímetro é a medida do contorno de uma figura geométrica e
pode ser obtido pela soma dos lados de um polígono ou, no caso
dos círculos, por meio de uma fórmula dada por:
C=2×π×r onde C é o comprimento e r é o raio
Por exemplo, considerando π = 3 vamos encontrar o perímetro da
figura a seguir, que é é formada por uma metade de um círculo e
uma parte de um quadrado.

Para calcular seu perímetro, devemos calcular o perímetro do


círculo e dividir o resultado por 2 (pois a parte circular é metade do
círculo) e depois somar esse resultado às medidas dos três lados do
quadrado. Observe que o diâmetro do círculo é igual à medida de
um dos lados do quadrado, portanto, o raio do círculo é igual a 5 cm.
O comprimento da semicircunferência é então:

C=2×π×r 3 × 5 = 15 cm
2
Somando as medidas de perímetro da semicircunferência com os
três lados do quadrado, teremos:
10 + 10 + 10 + 15 = 45 cm.
Dica de ouro 2
Tenha muito cuidado para não confundir as fórmulas de área de um
círculo com a fórmula do perímetro da circunferência. Não se
esqueça que a área é dada pelo produto entre π e o raio ao
quadrado, enquanto que do perímetro é dado pelo produto de π
pelo dobro do raio. É algo muito comum do Enem tentar te confundir
em relação a essas duas fórmulas, então fique bem atento.
Reflexão e Rotação
Reflexão e rotação são transformações feitas em uma figura. A
reflexão ocorre por meio de uma reta chamada eixo. Esse eixo
funciona como um espelho, a imagem refletida é o resultado da
transformação. A rotação é o “giro” de uma figura ao redor de um
ponto chamado centro de rotação.

Por exemplo, certa vez o Enem cobrou uma questão que trazia
transformações de reflexão e rotação de uma figura no formato de
coração, como mostrado abaixo:
1ª) Reflexão no eixo x;
2ª) Rotação de 90 graus no
sentido anti-horário, com
centro de rotação no ponto
A;
3ª) Reflexão no eixo y;
4ª) Rotação de 45 graus no X
sentido horário, com centro
de rotação no ponto A;
5ª) Reflexão no eixo x.
Qual a posição final da figura?

Assim, vamos seguir os 5 passos que foram pedidos na questão:


1ª) 2ª) 3ª)
Sentido
horário

4ª) 5ª)
Sentido
anti-horário

Logo, após fazermos as 5 transformações vemos que a


resposta é a letra C.
Outras fórmulas de Geometria Plana

Além dos conceitos já vistos aqui, têm algumas fórmulas de


geometria plana que são um pouco mais específicas e não caem
com tanta frequência assim, mas vale apena darmos uma olhada:

Área de um triângulo equilátero:

Sabemos que a área de um triângulo é calculada pelo produto da


base e da altura divido por 2. No entanto, se você tiver o lado de um
triângulo equilátero, a área deste pode ser calculada da seguinte
forma:
Área = l² × √3 Onde l é o lado do triângulo
4
Área de um hexágono regular

Um hexágono regular é sempre formado por 6 triângulos


equiláteros, conforme a figura abaixo. Logo, basta achar a área de
cada triângulo equilátero como acabamos de aprender e depois
multiplicar por 6. Ou então, utilizar direto a fórmula:
Área = 3 × l² × √3 Onde l é o lado do
2 hexágono

Diagonal de um quadrado
A diagonal de um quadrado é dada pelo produto de seu lado pelo
número √2

D = l × √2 Todas essas fórmulas derivam do Teorema de


Pitágoras, um dos assuntos do próximo capítulo.
Questões de Enem's anteriores
(Enem 2016) Um gesseiro que trabalhava na reforma de uma casa
lidava com placas de gesso com formato de pentágono regular
quando percebeu que uma peça estava quebrada, faltando uma
parte triangular, conforme mostra a figura.

Para recompor a peça, ele precisou refazer a parte triangular que


faltava e, para isso, anotou as medidas dos ângulos X = EÂD , y =
EDA e Z = AÊD do triângulo ADE. As medidas x, y e z, em graus,
desses ângulos são, respectivamente,

A) 18, 18 e 108.
B) 24, 48 e 108.
C)
X 36, 36 e 108.
D) 54, 54 e 72.
E) 60, 60 e 60.
Um pentágono regular é subdivisível em 3 triângulos; logo, a soma
de seus ângulos é igual a 3 x 180° = 540°. Assim sendo, cada
ângulo de um pentágono regular deve medir 540°/5 = 108°. Como
^ = EÂD
o triângulo ADE é isósceles (DE = EA), então devemos ter ADE
^
= (180° - AÊD)/2. Então ADE = EÂD = (180° - 108°)/2 = 72°/2 = 36°.
Logo, as medidas de x, y e z são, respectivamente, 36°, 36° e 108°.
Portanto, a alternativa correta é a letra C.
(Enem 2020) Considere o guindaste mostrado nas figuras, em duas
posições (1 e 2). Na posição 1, o braço de movimentação forma um
ângulo reto com o cabo de aço CB que sustenta uma esfera metálica
na sua extremidade inferior. Na posição 2, o guindaste elevou seu
braço de movimentação e o novo ângulo formado entre o braço e o
cabo de aço ED, que sustenta a bola metálica, é agora igual a 60°.

Assuma que os pontos A, B e C, na posição 1, formam o triângulo T1


e que os pontos A, D e E, na posição 2, formam o triângulo T2, os
quais podem ser classificados em obtusângulo, retângulo ou
acutângulo, e também em equilátero, isósceles ou escaleno.
Segundo as classificações citadas, os triângulos T1 e T2 são
identificados, respectivamente, como

A) retângulo escaleno e retângulo isósceles.


B) acutângulo escaleno e retângulo isósceles.
C) retângulo escaleno e acutângulo escaleno.
D) acutângulo escaleno e acutângulo equilátero.
E) retângulo escaleno e acutângulo equilátero.
X
Analisando o triângulo ACB podemos ver que ele possui um ângulo
reto, logo ele é retângulo. Além disso, é visível que todos os seus
lados possuem medidas diferentes, ou seja, é escaleno. Quanto ao
triângulo AED, como AE é ED possuem mesma medida pode-se
concluir que os ângulos ADE e DAE são congruentes. Portanto,
todos ângulos têm medida igual a 60°, o que torna o triângulo
equilátero e acutângulo, uma vez que todos ângulos são agudos.
Para você resolver
Nível fácil

(Enem 2014) Um homem, determinado a melhorar sua saúde,


resolveu andar diariamente numa praça circular que há em frente à
sua casa. Todos os dias ele dá exatamente 15 voltas em torno da
praça, que tem 50 m de raio. Use 3 como aproximação para π.

Qual é a distância percorrida por esse homem em sua caminhada


diária?

A) 0,30 km
B) 0,75 km
C) 1,50 km
D) 2,25 km
E) 4,50 km

(Enem 2011)

O polígono que dá forma a essa calçada é invariante por rotações,


em torno de seu centro, de

A) 45°.
B) 60°.
C) 90°.
D) 120°.
E) 180°.
Nível médio
(Enem 2017) Um fabricante recomenda que, para cada m² do
ambiente a ser climatizado, são necessários 800 BTUh, desde que
haja até duas pessoas no ambiente. A esse número devem ser
acrescentados 600 BTUh para cada pessoa a mais, e também para
cada aparelho eletrônico emissor de calor no ambiente. A seguir,
encontram-se as cinco opções de aparelhos desse fabricante e
suas respectivas capacidades térmicas:

Tipo I: 10 500 BTUh


Tipo II: 11 000 BTUh
Tipo III: 11 500 BTUh
Tipo IV: 12 000 BTUh
Tipo V: 12 500 BTUh

O supervisor de um laboratório precisa comprar um aparelho para


climatizar o ambiente. Nele ficarão duas pessoas mais uma
centrífuga que emite calor. O laboratório tem forma de trapézio
retângulo, com as medidas apresentadas na figura. Para
economizar energia, o supervisor deverá escolher o aparelho de
menor capacidade térmica que atenda às necessidades do
laboratório e às recomendações do fabricante.

A escolha do supervisor recairá sobre o aparelho do tipo

A) I.
B) II.
C) III.
D) IV.
E) V.
(Enem 2013) O proprietário de um terreno retangular medindo 10 m
por 31,5 m deseja instalar lâmpadas nos pontos C e D, conforme
ilustrado na figura:

Cada lâmpada ilumina uma região circular de 5 m de raio. Os


segmentos AC e BD medem 2,5 m. O valor em m2 mais aproximado
da área do terreno iluminada pelas lâmpadas é
(Aproxime √3 para 1,7 e π para 3).

A) 30
B) 34
C) 50
D) 61
E) 69
Nível difícil
(Enem 2018) Um brinquedo chamado pula-pula, quando visto de
cima, consiste de uma cama elástica com contorno em formato de
um hexágono regular.

Se a área do círculo inscrito no hexágono é 3π metros quadrados,


então a área do hexágono, em metro quadrado, é:

A) 9
B) 6√3
C) 9√2
D) 12
E) 12√3
Capítulo 5 - Trigonometria
Os estudos dessa área da Matemática voltam-se para os triângulos,
que, como já vimos, são polígonos que possuem três lados e,
consequentemente, três ângulos. Um triângulo muito estudado na
trigonometria é o chamado triângulo retângulo, o qual possui um
ângulo reto, ou seja, equivalente a 90°. Além disso, podemos dar
nomes aos lados deste triângulo, chamando o maior lado deste
triângulo de hipotenusa (sempre oposto ao ângulo reto) e os outros
lados de catetos, como mostrado abaixo: Hi
Cateto

po
te
nu

.
sa

Cateto

Teorema de Pitágoras
Este antigo e poderoso teorema possibilita que em um determinado
triângulo retângulo seja possível encontrar a medida de um de seus
lados, desde que saibamos as medidas dos outros lados. Para
facilitar nosso entendimento, vamos chamar a hipotenusa do
triângulo de a e os outros catetos de b e c, não importando a ordem.
Assim, o Teorema de Pitágoras nos diz que:
2 2 2
a=b+c
Ou seja, em um triângulo retângulo, sempre a medida da hipotenusa
ao quadrado é igual a soma dos quadrados dos outros dois catetos.
Vamos ver a seguir alguns exemplos para compreender melhor este
Teorema.
Neste triângulo, queremos encontrar o valor de X,
ou seja, a hipotenusa. Aplicando o Teorema de
6m X m Pitágoras, temos que:
m
.
2 2 2
x=6+8
2
x = 36 + 64
2
8m x = 100
x = 100
x = 10 m
Neste triângulo, a medida que queremos encontrar é
m um dos catetos, sendo que temos a medida da
15
. hipotenusa e do outro cateto. Assim, podemos aplicar
o Teorema de Pitágoras para descobrir este valor,
17 m 2
lembrando que neste Teorema o valor da hipotenusa
Xm
ao quadrado fica isolado. Assim, teremos que passar o
X para o outro lado da equação.
2 2 2
17 = 15 + X
2
289 = 225 + X
2
X = 289 - 225
2
X = 64
X = 64
X=8m
Dica de ouro 1
Observe o triângulo retângulo a seguir com as suas respectivas
medidas:
É muito comum nas questões de Teorema de Pitágoras
o triângulo retângulo ser semelhante a este, isto é, ter
as medidas dos seus lados proporcionais a este
5m triângulo, como mostra os exemplos abaixo:
3m
m
× 3 = 12 m = 3 × 5 = 15
X=4 X
4m Assim, se você perceber que
3 × maior 5 × maior um triângulo retângulo tem
15 m X m 25m duas medidas de lado são
9m proporcionais ao triângulo de
lados 3,4 e 5, a terceira medida
Xm 20 m também será proporcional.
Razões Trigonométricas
Enquanto utilizamos o Teorema de Pitágoras para descobrir a
medida de um lado de um triângulo retângulo tendo a medida dos
outros os dois lados, com as razões trigonométricas podemos
encontrar a medida de um lado do triângulo retângulo sabendo
apenas a medida de um outro lado qualquer e de um dos ângulos
internos que não seja o ângulo de 90°, já que este ângulo é óbvio,
pois sabemos que todo triângulo retângulo possui um ângulo de
90°.

São 3 razões trigonométricas que iremos estudar: seno, cosseno e


tangente. Essas palavras são nomes dados para razões entre as
medidas dos lados de um triângulo retângulo, de forma que dado
um ângulo X interno de um triângulo retângulo qualquer, dizemos
que:
Cateto adjacente

Seno X = cateto oposto Cosseno X = cateto adjacente


Hipotenusa
Hi

Hipotenusa
po
te
nu
sa

Tangente X = cateto oposto


cateto adjacente
Cateto oposto
Por exemplo, no triângulo abaixo, temos que:

seno X = c/a seno Y = b/a


X
Cosseno X = b/a Cosseno Y = c/a
b a
tangente X = c/b tangente Y = b/c
Y
c
Isso quer dizer que se um outro triângulo retângulo qualquer tiver
um de seus ângulos igual a X, o valor do seu seno, cosseno e
tangente serão iguais aos deste triângulo. Então se já sabermos o
valor do seno de X, por exemplo, podemos descobrir o seu cateto
oposto desde que tenhamos o valor da hipotenusa ou descobrir o
valor da hipotenusa desde que saibamos o valor de seu cateto
oposto, através de uma regra de 3. Vamos ver alguns exemplos:
Sabendo que o seno de 30° é igual a 1/2, qual é o valor de X?

Sabemos que seno de 30° é igual a 1/2 e


observando o triângulo, vemos que seno de 30° é
igual a X/3. Assim igualamos as razões, obtendo
30°
X uma regra de 3:

Seno 30° = 1 = 3
2 X X=6
3cm
Sabendo que a tangente de 45° é igual a 1, qual é o valor de Y?

Sabemos que tangente de 45° é igual a 1 e que é


7m igual a cateto oposto sobre o adjacente, ou seja:

45°
Tangente 45° = 1 = 7 Y=7m
Ym
Y

Dado o triângulo abaixo, qual é o cosseno de α?

Para saber o valor de cosseno de


precisamos saber o valor da
6m hipotenusa do triângulo. Podemos
fazer isso através do Teorema de
α Pitágoras ou reparar que esse
8m triângulo é do tipo 3, 4, 5 aumentado
em 2 vezes. Logo, o valor da
hipotenusa é igual a 5 × 2 = 10m
Como cosseno é cateto adjacente pela hipotenusa, temos que
cosseno de é igual a 8/10 = 4/5 = 0,8.
Qual o seno de α?
O seno de um ângulo é igual ao cateto oposto dividido pela
hipotenusa, ou seja, é igual a 6/10 = 3/5 = 0,6.
Para o Enem é fundamental saber as razões trigonométricas de 5
ângulos. Seus valores estão dispostos na tabela abaixo:

Veja que a divisão


do seno pelo
cosseno resulta na
tangente. Logo o
mais importante é
decorar os valores
de seno e cosseno.

Observe que na tabela está a medida em graus e a conversão para π


radianos. É importante saber fazer essa conversão nos exercícios de
trigonometria. Portanto, não se esqueça que 180° = π radiano ou
apenas π.

É comum o Enem pedir para aproximar os valores da √2 para 1,4 e


√3 para 1,7 em determinados exercícios para facilitar as contas.

Círculo trigonométrico
O círculo trigonométrico é uma circunferência de raio igual a 1 com
o seu centro no centro de um plano cartesiano, de forma que no
ponto (1,0) é o começo da circunferência, que segue no sentido
anti-horário, formando os ângulos de 90° no ponto (0,1), 180° no
ponto (-1,0) e assim por diante. Vamos entendê-lo melhor a seguir:
Y Y

+1 +1

-1 +1 X -1 +1 X

-1 -1
Até agora a pouco aprendemos que os ângulos notáveis são os
ângulos de 30º, 45º e 60º, que têm o valor do seno, cosseno e
tangente conhecidos. Porém, devido à simetria do ciclo
trigonométrico, é possível encontrar também o valor do seno e do
cosseno para os ângulos simétricos a eles.

No círculo trigonométrico, o seno de um ângulo é dado pela


distância do ponto ao eixo X, enquanto que o cosseno é dado pela
distância do ponto ao eixo Y. Por exemplo, no ciclo trigonométrico
abaixo vemos que a distância do ponto correspondente a 45° até o
eixo X é igual a √2/2, pois o seno de 45° é igual a √2/2. Além disso,
como o ângulo de 135° está a mesma distância do eixo X, temos que
seno de 135° é igual a √2/2 também.

Além disso, podemos verificar,


por exemplo, que o seno de 180°
√2/2 √2/2
é igual a 0, já que a distância
desse ponto até o eixo X é nula e
45° 45° o cosseno de 180° é igual a -1 já
que nesse ponto a distância até
o eixo Y é igual a 1, porém está a
esquerda do eixo, por isso
negativa. Da mesma forma,
vemos que o seno de 270° é
igual a -1 enquanto que o seu
Dica de ouro 2 cosseno é igual a 0.

O círculo trigonométrico nos ajuda a entender que o seno ou


cosseno de um ângulo qualquer sempre será um valor que
varia de -1 até +1 e saber disso é importante para resolver
diversas questões do Enem. Além disso, não se preocupe em
decorar os senos e cosseno de diversos ângulos, apenas
entenda as razões trigonométricas para os ângulos notáveis
(30°, 45° e 60°), além dos ângulos 0°, 90°, 180°, 270°, 360°,
que podem ter os valores de seno e cosseno facilmente vistos
analisando o círculo trigonométrico.
Além disso, o círculo trigonométrico não para nos 360° ou 2π
radianos, pois nesse ponto foi completada uma volta, mas veja que
se somarmos mais 90°, por exemplo teremos o ângulo 450°, que
terá as mesmas propriedades de seno, cosseno e tangente do que o
ângulo de 90°. Ademais, se 2π representa uma volta, o ângulo 10π
representa 5 voltas e tem as mesmas propriedades de seno,
cosseno e tangente do que o ângulo 0°.

A imagem abaixo mostra os ângulos notáveis no círculo


trigonométrico e todos os ângulos simétricos a eles. Dê uma olhada
apenas para entender melhor:

Quadrantes
Quando dividimos o círculo trigonométrico em quatro partes iguais,
temos os quatro quadrantes que o constituem. Para compreender
melhor, observe a figura abaixo

1.° Quadrante: 0º a 90°


2.°Quadrante: 90º a 180°
3.°Quadrante: 180º a 270°
4.°Quadrante: 270º a 360°
Sinais
De acordo com o quadrante em que está inserido, os valores do
seno, cosseno e tangente variam. Ou seja, os ângulos podem
apresentar um valor positivo ou negativo. Para compreender
melhor, veja a figura abaixo:

Questões de Enem's anteriores


(Enem 2014) Diariamente, uma residência consome 20 160 Wh.
Essa residência possui 100 células solares retangulares
(dispositivos capazes de converter a luz solar em energia elétrica)
de dimensões 6 cm x 8 cm. Cada uma das tais células produz, ao
longo do dia, 24 Wh por centímetro de diagonal. O proprietário
dessa residência quer produzir, por dia, exatamente a mesma
quantidade de energia que sua casa consome. Qual deve ser a ação
desse proprietário para que ele atinja o seu objetivo?

Veja que inicialmente temos que saber a


a) Retirar 16 células.
medida diagonal do retângulo. Essa
b) Retirar 40 células.
diagonal é a hipotenusa de um triângulo
c) Acrescentar 5 células.
retângulo de catetos 6 cm e 8 cm. Logo,
d) Acrescentar 20 células.
veja que este triângulo é do tipo 3, 4, 5,
e) Acrescentar 40 células
só que 2 vezes maior. Portanto, a
hipotenusa é igual a 10 cm
Como são 24 Wh produzidos por cm de diagonal, no total são
produzidos 24 × 10 = 240 Wh. Assim, 100 celulas produzem 240
× 100 = 24.000 Wh. Como são gastos 20.160 Wh é necessário
retirar algumas células, já que são 24.000 - 20.160 = 3840 Wh a
mais. Como cada célula produz 240 Wh, temos 3840 ÷ 240 = 16
células a serem retiradas. Logo, a resposta correta é a letra A.
(Enem 2009) Ao morrer, o pai de João, Pedro e José deixou como
herança um terreno retangular de 3 km x 2 km que contém uma área
de extração de ouro delimitada por um quarto de círculo de raio 1
km a partir do canto inferior esquerdo da propriedade. Dado o maior
valor da área de extração de ouro, os irmãos concordaram em
repartir a propriedade de modo que cada um ficasse com a terça
parte da área de extração, conforme mostra a figura.

Em relação à partilha proposta, constata-se que a porcentagem da


área do terreno que coube a João corresponde, aproximadamente, a
(Considere √3/3 = 0,58)
A área total de extração do terreno corresponde a um
a) 50% quarto de círculo de raio de 1 km, cujo ângulo central é
b) 43% de 90°. Se os irmãos pretendem dividir a área de
c) 37% extração de forma igualitária, então o ângulo central do
d) 33% terreno de cada herdeiro deverá ser de 30°, uma vez que
e) 19% 90 dividido por três 3 é igual a 30. Vamos então analisar a
figura que representa o terreno de João:
Podemos achar a medida do outro cateto do triângulo
utilizando a tangente de 30°:

Tangente 30° = √3 = X 3X = 2√3 X = 2√3


3 2 3
Assim, a área desse triângulo pode ser dada por:
A = b × h = 2√3 × 2 = 2√3 = 2 × 0,58 = 1,16 km²
2 3 3
2
Como a área total do terreno é igual a 6 km², a parte de João represta
1,16 ÷ 6 = 0,19 = 19% aproximadamente da área total do terreno.
Para você resolver:
Nível fácil
(Enem 2006) Na figura abaixo, que representa o projeto de uma
escada com 5 degraus de mesma altura, o comprimento total do
corrimão é igual a:

a) 1,8 m
b) 1,9 m
c) 2,0 m
d) 2,1 m
e) 2,2 m
(Enem 2019) Construir figuras de diversos tipos, apenas dobrando e
cortando papel, sem cola e sem tesoura, é a arte do origami (ori =
dobrar; kami = papel), que tem um significado altamente simbólico
no Japão. A base do origami é o conhecimento do mundo por base
do tato. Uma jovem resolveu construir um cisne usando a técnica do
origami, utilizando uma folha de papel de 18 cm por 12 cm. Assim,
começou por dobrar a folha conforme a figura.

Após essa primeira dobradura, a


medida do segmento AE é:
A) 2 √22 cm.
B) 6√3 cm.
C) 12 cm.
D) 6√5 cm.
E) 12√2 cm.
Nível médio

(Enem 2017) Raios de luz solar estão atingindo a superfície de um


lago formando um ângulo X com a sua superfície, conforme indica a
figura.

Em determinadas condições, pode-se supor que a intensidade


luminosa desses raios, na superfície do lago, seja dada
aproximadamente por I(x) = k . sen(x) sendo k uma constante, e
supondo-se que X está entre 0° e 90º
Quando x = 30º, a intensidade luminosa se reduz a qual percentual
de seu valor máximo?

A) 33%
B) 50%
C) 57%
D) 70%
E) 86%

(Enem 2018) Para decorar um cilindro circular reto será usada uma
faixa retangular de papel transparente, na qual está desenhada em
negrito uma diagonal que forma 30° com a borda inferior. O raio da
base do cilindro mede 6/π cm, e ao enrolar a faixa obtém-se uma
linha em formato de hélice, como na figura
O valor da medida da
altura do cilindro, em
centímetro, é:
A) 36√3
B) 24√3
C) 4√3
D) 36
E) 72
Nível difícil

(Enem 2020) Pergolado é o nome que se dá a um tipo de cobertura


projetada por arquitetos, comumente em praças e jardins, para criar
um ambiente para pessoas ou plantas, no qual há uma quebra da
quantidade de luz, dependendo da posição do sol. É feito como um
estrado de vigas iguais, postas paralelas e perfeitamente em fila,
como ilustra a figura.

Um arquiteto projeta um pergolado com vãos de 30 cm de distância


entre suas vigas, de modo que, no solstício de verão, a trajetória do
sol durante o dia seja realizada num plano perpendicular à direção
das vigas, e que o sol da tarde, no momento em que seus raios
fizerem 30° com a posição a pino, gere a metade da luz que passa no
pergolado ao meio-dia
Para atender à proposta do projeto elaborado pelo arquiteto, as
vigas do pergolado devem ser construídas de maneira que a
altura, em centímetro, seja a mais próxima possível de:

A) 9.
B) 15.
C) 26.
D) 52.
E) 60.
Capítulo 6 - Geometria Espacial
A Geometria Espacial corresponde a área da matemática que se
encarrega de estudar as figuras no espaço, ou seja, aquelas que
possuem três dimensões. Estudaremos as figuras que possuem um
determinado volume, como o cone, esfera, paralelepípedo, entre
outros.

Poliedros
São aquelas figuras tridimensionais cujas superfícies são formadas
apenas por polígonos planos. A partir desse momento, na
geometria espacial, dividimos as figuras a serem estudas em
poliedros e corpos redondos. Enquanto os poliedros possuem todas
suas faces sendo polígonos, os corpos redondos possuem faces
arredondadas.

Todo poliedro possui três elementos principais, que são chamados


de faces, vértices e arestas, como mostrado na figura:

Faces são as
superfícies, arestas
são as linhas e
vértices são as quinas.

O número de faces, vértices e arestas de um poliedro qualquer


sempre se relacionam da seguinte forma:
V+F=A+2 Relação de Euler
Onde V é o número de vértices, F o número de faces e A o número
de arestas. Tente fazer testes com alguns poliedros quaisquer.
Nomenclatura dos poliedros
Podemos classificar um poliedro em relação à quantidade de faces
que este possui, da seguinte forma:
Tetraedro -> 4 faces
Pentaedro -> 5 faces
Hexaedro -> 6 faces Não é necessário decorar todos estes
Heptaedro -> 7 faces nomes, apenas entender. Além disso,
Octaedro -> 8 faces existem alguns poliedros importantes
Decaedro -> 10 faces que sempre aparecem na prova do Enem,
Dodecaedro -> 12 faces como veremos mais pra frente.
Icosaedro -> 20 faces

Volume
O que mais cai na prova do Enem em relação a geometria espacial é
o cálculo de volume das figuras. Isto nada mais é do que o espaço
ocupado por um corpo. Todo poliedro e corpo redondo possui
volume e ocupa um determinado espaço. A unidade usual de volume
é metros cúbicos (m³).

Prisma
É um poliedro que possui duas bases paralelas formadas por
polígonos e as suas faces laterais são sempre paralelogramos. O
prisma recebe um nome de acordo com o formato da sua base. Se a
base for um pentágono, por exemplo, ele será um prisma de base
pentagonal.

Volume = Área × altura


base

Prisma Prisma Prisma Prisma


Triangular Retangular Pentagonal Hexagonal

No caso dos prismas, o volume é sempre dado pela área da base


vezes a altura.
Paralelepípedo
Nada mais é do que um prisma de base retangular. Assim, seu
volume também é dado pela área da base vezes a altura. Mas como
a base é um retângulo, para achar o volume de um paralelepípedo
basta multiplicar as suas três dimensões. Por exemplo, no
paralelepípedo abaixo o volume pode ser dado por:

3
Volume = 3 × 1,5 × 4 = 18 m

Volume = a × b × c
Onde a, b e c são as dimensões do
paralelepípedo

Cubo
O cubo é um paralelepípedo que possui todas as arestas de mesma
medida. Logo, para calcular seu volume basta elevar a medida da
aresta ao cubo:

3 3
Volume = 10 = 1000 cm
3
Volume = a

Onde a é a medida de uma das arestas do cubo.


Pirâmide
É um poliedro composto por uma base e um vértice. Sua base é um
polígono e pode ser: triangular, pentagonal, quadrada, retangular,
entre outras.
O volume de uma pirâmide pode ser dado pela área da sua base
vezes a altura dividido por 3, como mostrado abaixo:
Como a base é um quadrado, sua área é igual
a 6 × 6 = 36m². Agora multiplicamos pela
altura e em seguida dividimos por 3,
resultando em 36 × 10 ÷3 = 120 m³.

Volume = Área da base × altura


3
Corpos redondos
Como já mencionado, os corpos redondos são figuras espaciais que
possuem faces curvadas, diferente dos poliedros. O principal nesse
assunto é saber quais são os corpos redondos e saber calcular o
volume de cada um deles.
Cilindro
O cilindro é um sólido geométrico composto por duas faces
paralelas em formato de círculo e por uma área lateral que liga
essas duas faces, como mostra a figura:
É interessante percebemos que a diferença entre um
cilindro e um prisma é que a base do cilindro é um
círculo ao invés de ser um polígono. Por isso, o
cálculo do volume de um cilindro também é dado
pela área da base vezes a altura. Mas, como a base é
um círculo, temos que:
Volume = π × r² × h
Onde π é a constante que equivale a 3,14 ou 3 na maioria dos
problemas do Enem, r representa o raio da base e h a altura do
cilindro. Por exemplo, considerando π = 3, temos que o volume do
cilindro abaixo pode ser dado por:
Volume = 3 × 3² × 8 = 126 cm³
Também é bastante comum no Enem o exercício
dar o volume e a altura e perguntar o valor do
raio da base do cilindro ou então dar o valor do
volume e do raio e perguntar a altura do cilindro.
Cone
O cone é muito parecido com uma pirâmide, a diferença é que ao
invés da base ser um polígono é um círculo. Assim, da mesma
forma, o volume de um cone é dado pela área da sua base vezes a
altura dividido por 3. A diferença é que como a base é um círculo,
podemos dizer que o volume de um cone é dado por:

Volume = π × r² × h
3

Onde π vale 3 ou 3,14, r é o raio da base e h é a altura do cone. Por


exemplo, imagine que um cone tem volume igual a 90m³ e possui
altura igual a 10m. Vamos descobrir o valor do raio da base deste
cone:

Volume = π × r² × h 3 × r² × 10 = 90 r² = 9 r = 3m
3 3
Esfera
Podemos definir a esfera como o conjunto de pontos no espaço que
estão a uma mesma distância do seu centro. Essa distância é o raio
da esfera.
O volume da esfera depende apenas do
tamanho do seu raio e é dado da seguinte
forma:
Volume = 4 × π × r³
3
Logo, uma esfera de raio 2m tem volume
igual a:
Volume = 4 × 3 × 2³ = 32m³
3
Mas veja que se ela tiver um raio que seja 10 vezes maior, o
volume da esfera será 1000 vezes maior, já que o volume da
esfera é diretamente proporcional ao cubo do raio.
Troncos
Em geometria chama-se tronco a uma "fatia" seccionada de um
sólido geométrico (prisma, pirâmide, cilindro ou cone) por um plano
que não intersecta as bases (ou a única base, no caso da pirâmide e
do cone). Por exemplo, abaixo podemos ver exemplos de troncos de
cone e pirâmide.

Tronco de cone Tronco de pirâmide

Planificações
Conhecemos como planificação de um sólido geométrico a
representação de todas as suas faces em forma bidimensional,
permitindo visualizar o todo do sólido. Utilizamos a planificação
também como molde para a criação desses sólidos. Veja a seguir as
planificações dos principais sólidos:

Cubo cilindro pirâmide prisma Cone

Paralelepípedo

Tronco de cone Tronco de pirâmide


Projeção Ortogonal
Algo que o Enem ama cobrar nas provas são as projeções
ortogonais. Podemos dizer que projetar um ponto ortogonalmente
em um plano significa passar esse ponto do espaço para um
determinado plano de modo que a reta que passe pelos dois pontos
forme um ângulo de 90° sobre o plano, como mostra a figura:

Assim, a projeção ortogonal


do ponto p sobre o plano x é
o ponto p'.

A projeção ortogonal de uma figura geométrica qualquer sobre um


plano é o conjunto das projeções ortogonais de seus pontos sobre o
plano. Sendo assim, cada ponto dessa figura representa a
extremidade de um segmento de reta. Em outras palavras, é a vista
da figura como se você tivesse olhando por cima do plano em que
ela será projetada. Por exemplo, observe a seguinte figura que foi
projetada em três planos distintos:

Veja que para uma mesma


figura podemos ter diferentes
projeções, a depender do
plano a qual a figura será
projetada. Vamos ver mais
alguns exemplos:
Certa vez o Enem cobrou uma questão que perguntava qual era a
projeção ortogonal do corrimão do ponto B até o ponto E da
seguinte escada em relação ao chão:

Nesse exercício vemos 5 pontos A, B, C, D e E. O exercício diz que


esses pontos estão igualmente espaçados e que E, P e A estão na
mesma reta, ou seja, a projeção do ponto A é a mesma do ponto E.
Logo, a projeção do corrimão completo será uma circunferência.
Dividida em 4 partes pelos pontos. No caso, este exercício tinha
perguntado a projeção do ponto B até o ponto E apenas. Logo, a
projeção formada equivale a ¼ de uma circunferência, fazendo com
que a alternativa correta seja a letra C.

Dica de ouro 1
A projeção ortogonal, como já vimos, nada mais é do que a vista de
um objeto em relação a um plano. Nesse caso o plano é o chão,
então estamos falando da vista de cima desta escada. No entanto,
em alguns exercícios pode ser complicado fazer esta projeção. Por
isso, tente pensar na projeção de cada ponto da figura e depois
junte esses pontos para formar a projeção. Esse exercício mesmo
a. colocou pontos justamente para facilitar a projeção ortogonal da
figura. Então, tente fazer isso, faça projeções de determinados
pontos e depois junte as projeções de cada ponto para formar a
projeção da figura.
Questões de Enem's anteriores
(Enem 2022) Uma loja comercializa cinco modelos de Caixas-d'água
(I, II, III, IV e V), todos em formato de cilindro reto de base circular.
Os modelos II, III, IV e V têm as especificações de suas dimensões
dadas em relação às dimensões do modelo I, cuja profundidade é P
e área da base é Ab, como segue:

• modelo II: o dobro da profundidade e a metade da área da base do


modelo I;
• modelo III: o dobro da profundidade e a metade do raio da base do
modelo I;
• modelo IV: a metade da profundidade e o dobro da área da base do
modelo I;
• modelo V:a metade da profundidade e o dobro do raio da base do
modelo I.

Uma pessoa pretende comprar nessa loja o modelo de caixa-d'água


que ofereça a maior capacidade volumétrica.

O modelo escolhido deve ser o:

A) I. Não podemos esquecer que o volume do cilindro é dado por:


B) II. V = π × r² × h ou V = Área da base × h
C) III.
Vemos que o volume é diretamente proporcional à altura, e
D) IV.
àrea da base. Além disso, é diretamente proporcional ao
E) V.
quadrado do raio. Logo, o que aumentar ou diminuir na área
da base ou altura acontecerá com o volume. Mas o que
aumentar ou diminuir com o raio acomtecerá ao quadrado
com o volume.
Logo, analisando as alternativas o modelo V é o de maior
capacidade, pois ao dobrar o raio aumentou em quatro vezes
o volume, enquanto que ao dividir a profundidade por 2 faz
com que o volume seja divido por 2 também. No final das
contas o volume do modelo V é o dobro do modelo I e
nenhum outro modelo supera o modelo V.
(Enem 2021) Uma pessoa comprou uma caneca para tomar sopa,
conforme ilustração.

Sabe-se que 1 cm³ = 1 mL e que o topo da caneca é uma


circunferência de diâmetro (D) medindo 10 cm, e a base é um
círculo de diâmetro (d) medindo 8 cm. Além disso, sabe-se que a
altura (h) dessa caneca mede 12 cm (distância entre o centro das
circunferências do topo e da base). Utilize 3 como aproximação para
π. Qual é a capacidade volumétrica, em milimitro, dessa caneca?

A) 216
Para resolver essa questão uma opção é utilizar a fórmula
B) 408
de tronco de cone, porém ela é bem especifica,
C) 732
complicada e fora que esse tipo de questão nunca tinha
D) 2196
caído antes no Enem. Contudo existe outra forma de
E) 2928
resolver esta questão, você pode pensar analisando as
alternativas, da seguinte forma:

Um tronco de cone é um pouco parecido com um cilindro. Você pode


perceber que o volume desse tronco de cone está entre um cilindro
de mesma altura e diâmetro 8 cm e um cilindro de mesma altura e
diâmetro 10 cm. Assim, percebemos que o volume desse tronco de
cone será maior do que 3 × 4² × 12 = 576 cm³ e menor que 3 × 5² ×
12 = 800 cm³. E como podemos ver a única alternativa viável é a ou
letra C.

Muitas das vezes existem formas alternativas de resolver uma


questão do Enem, como é o que acontece nesse caso. Sempre
verifique as alternativas da questão e veja se os valores estão
muito distantes uns dos outros, pois se estiver podemos fazer
aproximações, além de eliminar alternativas que logo de cara
vemos que estão incorretas.
Para você resolver:
Nível fácil

(Enem 2020) Uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno é o


Templo de Kukulkán, localizado na cidade de Chichén Itzá, no
México. Geometricamente, esse templo pode ser representado por
um tronco reto de pirâmide de base quadrada.
As quantidades de cada tipo de figura plana que formam esse tronco
de pirâmide são:

A) 2 quadrados e 4 retângulos.
B) 1 retângulo e 4 triângulos isósceles.
C) 2 quadrados e 4 trapézios isósceles.
D) 1 quadrado, 3 retângulos e 2 trapézios retângulos.
E) 2 retângulos, 2 quadrados e 2 trapézios retângulos.

(Enem 2014) Um sinalizador de trânsito tem o formato de um cone


circular reto. O sinalizador precisa ser revestido externamente com
adesivo fluorescente, desde sua base (base do cone) até a metade
de sua altura, para sinalização noturna. O responsável pela
colocação do adesivo precisa fazer o corte do material de maneira
que a forma do adesivo corresponda exatamente à parte da
superfície lateral a ser revestida. Qual deverá ser a forma do
adesivo?
Nível médio
(Enem 2017) A figura representa o globo terrestre e nela estão
marcados os pontos A, B e C. Os pontos A e B estão localizados sobre
um mesmo paralelo, e os pontos B e C, sobre um mesmo meridiano. É
traçado um caminho do ponto A até C, pela superfície do globo,
passando por B, de forma que o trecho de A até B se dê sobre o paralelo
que passa por A e B e, o trecho de B até C se dê sobre o meridiano que
passa por B e C. Considere que o plano α é paralelo à linha do equador
na figura.
A projeção ortogonal, no plano α, do caminho traçado no globo
pode ser representada por:
(Enem 2020) Um recipiente com a forma de paralelepípedo reto-
retângulo, colocou-se água até a altura de 8 cm e um objeto, que
ficou flutuando na superfície da água. Para retirar o objeto de
dentro do recipiente, a altura da coluna de água deve ser de, pelo
menos, 15 cm. Para a coluna de água chegar até essa altura, é
necessário colocar dentro do recipiente bolinhas de volume igual a
6 cm³ cada, que ficarão totalmente submersas.

O número mínimo de bolinhas necessárias para que se possa retirar


o objeto que flutua na água, seguindo as instruções dadas, é de

A) 14
B) 16
C) 18
D) 30
E) 34.
Nível difícil

(Enem 2014) Para fazer um pião, brinquedo muito apreciado pelas


crianças, um artesão utilizará o torno mecânico para trabalhar num
pedaço de madeira em formato de cilindro reto, cujas medidas do
diâmetro e da altura estão ilustradas na Figura 1. A parte de cima
desse pião será uma semiesfera, e a parte de baixo, um cone com
altura 4 cm, conforme Figura 2. O vértice do cone deverá coincidir
com o centro da base do cilindro.

O artesão deseja fazer um pião com a maior altura que esse


pedaço de madeira possa proporcionar e de modo a minimizar a
quantidade de madeira a ser descartada.

Dados:
O volume de uma esfera de raio r é 4/3 × π × r³.
O volume do cilindro de altura h e área da base S é S × h.
O volume do cone de altura h e área da base S é 1/3 × S × h
Por simplicidade, aproxime π para 3.
A quantidade de madeira descartada, em centímetros cúbicos, é

A) 45
B) 48
C) 72
D) 90
E) 99
Capítulo 7- Equações e Inequações
Neste capítulo aprenderemos o que é uma equação e uma
inequação, como montar e como resolver. Além desses assuntos
aparecerem de diferentes formas na prova do Enem, serão a base
para aprendermos sobre funções, assunto que veremos no próximo
capítulo.

Equação de 1° grau
Uma equação nada mais é do que uma expressão que além de
conter números possui uma incógnita, geralmente representada por
alguma letra. Icógnita quer dizer um valor que ainda não sabemos
no problema.
Geralmente utilizamos as equações para facilitar na resolução de
problemas matemáticos onde não sabemos um determinado valor,
mas sabemos algo sobre ele. Por exemplo

Qual é o número que somado com 20 e divido por 2 resulta no triplo


de 40?

Descobrir esse número instantaneamente pode ser um pouco


complicado para quem não tem tanta facilidade com contas, então
uma ideia é montar uma equação, onde chamaremos o valor que
queremos encontrar de uma letra (geralmente X) e escrevemos
matematicamente o que sabemos sobre ela. Nesse caso teremos:

X + 20 = 3 × 40
2
Chamamos esta equação de 1° grau pelo fato do X estar elevado a
primeira potência. Quando tivermos X², por exemplo, será uma
equação de segundo grau.

Agora que montamos a equação nos resta resolver...


Para resolver a equação de 1° grau devemos isolar o X, de forma
que todos os termos que estão do mesmo lado da igualdade do X
devemos passar para o outro lado, sempre com o sinal contrário.
Por exemplo, nessa equação, devemos passar o 2 e o 20 para o
outro lado, como o 2 está dividindo ele passa multiplicando e como
o 20 está somando ele passa subtraindo:

X + 20 = 3 × 40 X + 20 = 120 X + 20 = 120 × 2
2 2

X + 20 = 240 X = 240 - 20 X = 220

Dica de ouro 1
Sabemos que a questões do Enem sempre têm 5 alternativas, onde
apenas uma é a correta. E muitas das vezes, nas questões de
equações ao invés de resolver a equação para encontrar o valor de
X é mais fácil analisar as alternativas e verificar qual delas é o valor
correto substituindo o X pelas respostas das alternativas. É muito
comum no Enem ter questões que são mais fáceis de resolver dessa
forma, por tentativa, do que resolvendo a equação em si.

Distribuitividade e produtos notáveis


Agora que estamos estudando as equações, vamos ver algumas
propriedades operatórias fundamentais que as vezes precisamos
utilizar para resolver equações.

A propriedade distribuitiva diz que quando temos uma multiplicação


entre somas devemos multiplicar termo por termo, como mostra os
exemplos abaixo:

3 × (4 + X)=3×4+3X (2 + X) × (3 + Y) = 2×3+2Y+3X+XY
Como consequência da propriedade distribuitiva obtemos os
chamados produtos notáveis, como vemos a seguir:

(X + Y)² =(X + Y) × (X + Y) = X² + 2XY + Y²


(X - Y)² = (X - Y) × (X - Y) = X² - 2XY + Y²
(X + Y) × (X - Y) = X² + XY - XY - Y² = X² - Y²
Essas propriedades não precisam ser decoradas, uma vez que são
apenas aplicações da propriedade distribuitiva. Basta que entenda
essas propriedades, já que com frequência utilizamos em problemas
de equações.
Afim de entender melhor o assunto de Equações, vamos resolver a
seguir uma questão de equação de 1° grau que já caiu no Enem:

(Enem 2010) O Salto Triplo é uma modalidade do atletismo em que


o atleta dá um salto em um só pé, uma passada e um salto, nessa
ordem. Sendo que o salto com impulsão em um só pé será feito de
modo que o atleta caia primeiro sobre o mesmo pé que deu a
impulsão; na passada ele cairá com o outro pé, do qual o salto é
realizado. Um atleta da modalidade Salto Triplo, depois de estudar
seus movimentos, percebeu que, do segundo para o primeiro salto,
o alcance diminuía em 1,2 m, e, do terceiro para o segundo salto, o
alcance diminuía 1,5 m. Querendo atingir a meta de 17,4 m nessa
prova e considerando os seus estudos, a distância alcançada no
primeiro salto teria de estar entre

A) 4,0 m e 5,0 m.
B) 5,0 m e 6,0 m.
C) 6,0 m e 7,0 m.
D) 7,0 m e 8,0 m.
E) 8,0 m e 9,0 m
1. No primeiro salto, ele atinge uma distância desconhecida, que
pode ser chamada de x m;
2. No segundo salto, a distância diminui 1,2 m em relação ao
primeiro salto, logo a distância é de (x – 1,2) m;
3. No terceiro salto, a distância reduz ainda 1,5 m em relação ao
anterior, portanto a distância é (x – 1,2 – 1,5) m, que equivale a
(x – 2,7) m.

Se o atleta pretende alcançar a distância total de 17,4 m, somando


as distâncias em cada salto, teremos a seguinte equação do 1° grau:

x + (x – 1,2) + (x – 2,7) = 17,4


x + x – 1,2 + x – 2,7 = 17,4
3x – 3,9 = 17,4
3x = 17,4 + 3,9
3x = 21,3
x = 21,3
3
x = 7,1
Portanto, o valor de alcance do primeiro salto é 7,1 m. Esse valor
está entre 7,0 m e 8,0 m, sendo assim, a alternativa correta é a letra
d.
Equação de 2° grau
A equação de segundo grau é quando temos uma icógnita elevada
ao quadrado. Dessa forma, o método de resolução não se limita
apenas em isolar o X. O método mais conhecido para resolver uma
equação de segundo grau é a famosa "fórmula de Bháskara", mas
também existem métodos mais práticos que iremos conhecer.

Vamos ver um problema envolvendo equação de 2° grau para


entender melhor este assunto:
Uma região retangular teve as suas dimensões descritas em
metros, conforme a imagem a seguir:

O valor de x que faz com que a área dessa região seja igual a 21 é:

A) 1 A área de um retângulo é calculada pelo produto entre as


B) 2 medidas de seus lados, então:
C) 3 (x + 3) ( x – 1) = 21
D) 4 Aplicando a propriedade distributiva, temos que:
E) -6 x² – 1x +3x – 3 = 21
x² +2x – 3 = 21
Agora, para achar a resposta, basta encontrar o valor de X que
resolve a equação. Veja que para esse exercício, a maneira mais
rápida de resolvê-lo seria por tentativa. Se trocarmos o X por 4, veja
que teremos:
4² + 2 × 4 -3 = 21 16 + 8 - 3 = 21 21 = 21
Ou seja, o número 4 é solução da equação e, por isso, a resposta é
a letra D.

No entanto, em alguns exercícios temos que achar a raiz da


equação (valor de X) sem ter opções para fazer as tentativas. Com
isso, podemos recorrer a dois métodos bem conhecidos de
resolução de equações de segundo grau, que são a fórmula de
Bháskara e o método da soma e produto. Vamos a seguir aprender
cada um desses métodos.
Inicialmente temos que entender que toda equação de 2° grau é do
formato
ax² + bx + c = 0
Em que a, b e c são números reais. Por exemplo, na equação I a
seguir temos a = -5, b = 3 e c = 8, enquanto que na equação II
temos a = 3, b = 0, c = 2 e na equação III temos a = 9, b = 0 e c = 0

I) -5x² + 3x + 8 = 0 II) 3x² + 8 = 0 III) 9x² = 0


Fórmula de Bháskara
Para utilizar essa fórmula, é necessário lembrar que toda equação
do segundo grau deve ser escrita na forma que acabamos de ver, ou
seja:
ax² + bx + c = 0
Assim, primeiramente identificamos os valores correspondentes as
letras a, b e c. Após isso, temos que encontrar o chamado
discriminante da equação, mais conhecido como ∆ (delta), que é
encontrado por meio da fórmula:

∆ = b² - 4 × a × c
Esse valor de ∆ é importante, pois permite identificar se a equação
possui solução e se possui uma ou duas soluções, da seguinte
forma:

Se o valor de Δ for maior que zero (Δ > 0), a equação terá duas
raízes reais e distintas.
Se o valor de Δ for igual a zero (Δ = 0), a equação apresentará uma
raiz real.
Se o valor de Δ for menor que zero (Δ<0), a equação não possui
raízes reais.
Lembrando que raiz significa solução da equação
Após achar o valor de ∆ continuamos a busca pela solução da
equação, através da fórmula:
X' = - b + √Δ
X = - b ± √Δ 2×a
2×a X" = - b - √Δ
2×a
Por exemplo, veja a resolução de duas equações a seguir utilizando
a fórmula de Bháskara:

Soma e Produto
Um outro método para resolver equações de 2° grau é o método da
soma e produto. Em uma equação de 2° grau a soma das raízes será
sempre igual a -b/a e o produto das raízes será sempre igual a c/a:

X' + X" = -b/a


X' × X" = c/a
Após isso podemos achar por tentativa os valores de X' e X"

Este método é mais indicado para encontrar raízes quando


estas são números inteiros. Vamos agora resolver a seguinte
equação utilizando este método:
x² - 5x + 6 = 0
Primeiro identificamos os coeficientes da função:

a=1
b= -5
c=6
Temos então que:

X' + X" = -b/a = -(-5)/1 = 5


X' × X" = c/a = 6/1 = 6
Logo, temos que pensar em dois números em que o produto deles
seja igual a 6 e a soma deles seja igual a 5. Não é difícil ver que estes
números são 2 e 3. Portanto X' = 2 e X" = 3.
No caso de equações onde os valores de b ou c são iguais a 0
podemos resolvê-las de formas mais simples, sem precisar recorrer
ao método da fórmula de Bháskara ou soma e produto. Vamos ver
alguns exemplos:

I) X² + 3X = 0
Nesse caso, quando c = 0, podemos colocar o X em evidência, que é
como se fôssemos fazer o contrário da propriedade distribuitiva,
transformando
X² + 3X = 0 em X (X + 3) = 0
Veja que escrevendo dessa forma temos que o produto de X por X +
3 é igual a 0. Isso significa que um dos dois termos tem que ser
igual a 0, ou seja, ou X = 0 ou X + 3 = 0 e consequentemente X = -3.
Portanto, as duas raízes da equação são X' = 0 e X" = -3.
II) 2X² - 128 = 0
Nesse caso, quando b = 0, podemos apenas isolar o X² assim como
fazíamos na equação de 1° grau. Logo passamos o 128 somando
para o outro lado e o 2 passamos dividindo:
2X² - 128 = 0 Sempre que tivermos X² igual a
2X² = 128 um certo número Y, temos que
X² = 128/2 X' = 8 X é igual a √Y e X = -√Y.
X² = 64
X" = -8
Inequações
Uma inequação é muito parecida com uma equação. A diferença é
que na inequação é expressa uma desigualdade, ou seja, ao invés
do sinal de igual temos os sinais > (maior que), < (menor que), ≥
(maior ou igual que), ≤ (menor ou igual que). Veja a diferença:

Vamos agora verificar um detalhe muito importante sobre


inequações. Veja a seguinte inequação:

-3X < 6
Quem ainda não estudou inequação vai pensar que basta passar o
-3 dividindo obtendo X < -2. No entanto, esse raciocínio está errado.
Se fosse uma equação, aí tudo bem passar o -3 dividindo, mas em
uma inequação, quando o termo que acompanha a icógnita é
negativo, devemos multiplicar toda a inequação por menos 1, de
modo que quando fazemos isso, o sinal troca de lado, como
podemos ver nos exemplos a seguir:

-3X < 6 × (-1) 4x + 16 ≤ 8x -5X > 3 × (-1)


3X > - 6 4X - 8x ≤ -16 5X < -3
X > -6/3 -4X ≤ -16 × (-1) X < -3/5
X > -2 4X ≥ 16
X ≥ 16/4
X≥4
Está é basicamente a única diferença entre a resolução de
problemas de inequações e problemas de equações.
Equações exponenciais
Chamamos uma equação de exponencial se sua incógnita aparece
como expoente de alguma potência. Vamos trabalhar com alguns
exemplos bem simples, pois não é algo tão explorado pelo Enem.
Encontre o valor de x nas expressões:
x
10 = 1000
O segredo para resolver equações desse tipo é colocar os dois lados
da igualdade na mesma base. Por exemplo, sabemos que 1000 =
10³. Logo, para que 10 seja igual a 10³, temos que
obrigatoriamente X = 3.
Além disso podemos dizer que o logaritmo de 1000 na base 10 é
igual a 3. Se você não entendeu essa frase fique tranquilo,
vamos entender o que é logaritmo agora.
Logaritmos
As vezes caem no Enem questões de logaritmo muito difícieis de
serem resolvidas, assim, acabam valendo muito pouco ponto devido
ao TRI. Por isso, não vale apena estudar esse assunto tão afundo,
além de que não é algo que cai todo ano. Entretanto, as vezes caem
questões mais fáceis em que é necessário saber apenas a definição
de logaritmo. Logo, aconselho estudar apenas a definição e fazer
alguns exercícios mais básicos, como veremos a seguir:
Dizemos que o logaritmo de um número a na base b é igual a X se, e
somente se, a elevado a X é igual a b:

Dica de ouro 2
Como já mencionado, o principal de logaritmo é saber a sua
definição. Logo, para não se esquecer tente pensar em um exemplo
qualquer e não esquecê-lo. Por exemplo, o logaritmo de 32 na base
2 é igual a 5, pois 2 elevado a 5 é igual a 32:
32
2 5 2⁵ 32
Desse modo, é bom ter um exemplo em mente para lembrarmos que
logaritmo de um número b na base a é na verdade o expoente que
se eleva em a para que ache um resultado b.

É muito comum nos exercícios o logaritmo estar sem nenhuma base.


Isso significa que a base é 10. Por exemplo:
Log 100000 = 5, pois 10⁵ = 100000
Questões de Enem's anteriores
(Enem 2009) Um grupo de 50 pessoas fez um orçamento inicial para
organizar uma festa, que seria dividido entre elas em cotas iguais.
Verificou-se ao final que, para arcar com todas as despesas,
faltavam R$ 510,00, e que 5 novas pessoas haviam ingressado no
grupo. No acerto foi decidido que a despesa total seria dividida em
partes iguais pelas 55 pessoas. Quem não havia ainda contribuído
pagaria a sua parte, e cada uma das 50 pessoas do grupo inicial
deveria contribuir com mais R$ 7,00.
De acordo com essas informações, qual foi o valor da cota calculada
no acerto final para cada uma das 55 pessoas?

A) R$ 14,00. Seja x o valor pago por cada pessoa. A despesa


B) R$ 17,00. pode ser representada por D = 55x. Inicialmente
C) R$ 22,00. 50 pessoas pagariam x – 7 e faltavam 510 reais
X
D) R$ 32,00. para pagar a despesa, ou seja:
E) R$ 57,00. D = 50 ( x – 7 ) + 510
No entanto, esta não é a única
Igualando as duas equações, forma de resolver este problema.
temos que: Você pode perceber que quando
55x = 50 (x – 7) + 510 as 50 pessoas pagaram 7 reais a
55x = 50x – 350 + 510 mais, houve uma diminuição de
55x – 50x = 160 50 × 7 = 350 reais, faltando 510
5x = 160 - 350 = 160 reais para as outras
x = 160 : 5 5 pessoas pagarem. Logo, fica
x = 32 160 ÷ 5 = 32 reais para cada
Logo, cada um pagará 32 reais. pessoa.
(Enem 2011) Uma professora realizou uma atividade com seus
alunos utilizando canudos de refrigerante para montar figuras, onde
cada lado foi representado por um canudo. A quantidade de
canudos (C) de cada figura depende da quantidade de quadrados
(Q) que formam cada figura. A estrutura de formação das figuras
está representada a seguir.

Que expressão fornece a quantidade de quadrados de cada figura?

A) C = 4Q
X
B) C = 3Q + 1
C) C = 4Q + 1
D) C = Q + 3
E) C = 4Q – 2

Podemos resolver esta questão de difentes maneiras. Mas se


quisermos fazer por tentativa é uma opção. Veja que quando temos
um quadrado (Q = 1) temos 4 canudos (C = 4). Logo, quando
substituímos Q por 1 e C por 4 a igualdade deve permanecer
verdadeira. Isso faz com que possamos eliminar as alternativas C e
E. Da mesma forma, quando Q = 2 temos C = 7. Isso nos permite
eliminar as alternativas A e D. Portanto, a resposta correta é a letra
B.
Para você resolver:
Nível fácil
(Enem 2010) Desde 2005, o Banco Central não fabrica mais a nota
de R$1,00 e, desde então, só produz dinheiro nesse valor em
moedas. Apesar de ser mais caro produzir uma moeda, a
durabilidade do metal é 30 vezes maior que a do papel. Fabricar
uma moeda de R$1,00 custa R$0,26, enquanto uma nota custa R$
0,17, mas a cédula dura de oito a onze meses. Com R$ 1 000,00
destinados a fabricar moedas, o Banco Central conseguiria fabricar,
aproximadamente, quantas cédulas a mais?

a) 1 667.
b) 2 036.
c) 3 846.
d) 4 300.
e) 5 882.

(Enem 2017) Em um teleférico turístico, bondinhos saem de


estações ao nível do mar e do topo de uma montanha. A travessia
dura 1,5 minuto e ambos os bondinhos se deslocam à mesma
velocidade. Quarenta segundos após o bondinho A partir da estação
ao nível do mar, ele cruza com o bondinho B, que havia saído do
topo da montanha.
Quantos segundos após a partida do bondinho B partiu o bondinho
A?

A) 5.
B) 10.
C) 15.
D) 20.
E) 25.
Nível médio
(Enem 2020) Uma empresa de chocolates consultou o gerente de
produção e verificou que existem cinco tipos diferentes de barras de
chocolate que podem ser produzidas, com os seguintes preços no
mercado:

• Barra I: R$ 2,00;
• Barra II: R$ 3,50;
• Barra III: R$ 4,00;
• Barra IV: R$ 7,00;
• Barra V: R$ 8,00.

Analisando as tendências do mercado, que incluem a quantidade


vendida e a procura pelos consumidores, o gerente de vendas da
empresa verificou que o lucro L com a venda de barras de chocolate
é expresso pela função L(x) = – x² + 14x – 45, em que x representa o
preço da barra de chocolate. A empresa decide investir na
fabricação da barra de chocolate cujo preço praticado no mercado
renderá o maior lucro. Nessas condições, a empresa deverá investir
na produção da barra:

A) I.
B) II.
C) III.
D) IV.
E) V.

(Enem 2019) Um jardineiro cultiva plantas ornamentais e as


coloca à venda quando estas atingem 30 centímetros de altura.
Esse jardineiro estudou o crescimento de suas plantas, em
função do tempo, e deduziu uma fórmula que calcula a altura em
função do tempo, a partir do momento em que a planta brota do
solo até o momento em que ela atinge sua altura máxima de 40
centímetros. A fórmula é h = 5 × log (t +2 1) , em que t é o tempo
contado em dia e h, a altura da planta em centímetro.
A partir do momento em que uma dessas plantas é colocada à
venda, em quanto tempo, em dia, ela alcançará sua altura máxima?

A) 63
B) 96
C) 128
D) 192
E) 255

Nível difícil

(Enem 2021) Para a comunicação entre dois navios é utilizado um


sistema de codificação com base em valores numéricos. Para isso,
são consideradas as operações triângulo Δ e estrela *, definidas
sobre o conjunto dos números reais por x Δ y = x² + xy – y² e x * y =
xy + x. O navio que deseja enviar uma mensagem deve fornecer um
valor de entrada b, que irá gerar um valor de saída, a ser enviado ao
navio receptor, dado pela soma das duas maiores soluções da
equação (aΔb)*(bΔa) = 0 . Cada valor possível de entrada e saída
representa uma mensagem diferente já conhecida pelos dois navios.
Um navio deseja enviar ao outro a mensagem “ATENÇÃO!”. Para
isso, deve utilizar o valor de entrada b = 1.

Dessa forma, o valor recebido pelo navio receptor será

A) √5
B) √3
C) √1
D) -1 + √5 / 2
E) 3 + √5 / 2
Esta foi considerada uma das questões mais difíceis do
Enem de 2021. Em questões desse tipo não se preocupe
tanto se não conseguiu fazer, já que na prova ela valeu
pouquíssimos pontos. Porém, mesmo assim sugiro que
pesquise as primeiras palavras desta questão no Youtube
para aprender como resolver questões deste nível.
Capítulo 8- Funções
Uma função nada mais é do que uma regra que relaciona cada
elemento de um conjunto (representado pela variável x) a um único
elemento de outro conjunto (representado pela variável y). Para
cada valor de x, podemos determinar um valor de y, dizemos então
que “y está em função de x”.

Por exemplo, imagine que um motoboy ganhe um valor de 5,00


reais por cada entrega realizada. Podemos chamar de X o número
de entregas que ele faz, Y a quantia total que ele ganha e obter a
seguinte função que relaciona essas duas variáveis:

Y = 5X
Assim, se X for igual 10, por exemplo, temos que Y será igual a 50,
isto é, se o motoboy fizer 10 entregas receberá 50,00 reais.

Ao invés de Y, a função pode vir como f(x) (lê-se f de x). Assim


ficaria f(x) = 5X

A função leva um número em um outro número por meio de uma


regra, uma lei. Assim, a variável Y depende da variável X. É
importante desde já verificarmos que para um determinado valor de
X teremos um único valor de Y. Desse modo, se quisermos saber
quanto de dinheiro o motoboy ganhou após 100 entregas basta
substituir X por 100 e se quisermos saber quantas entregas ele
precisa fazer para receber 125 reais basta substituir Y por 125 e
resolver a equação.

A diferença de função pra equação é que nesse caso não estamos


procurando o valor para X, o valor de X pode ser infinito na maioria
dos casos e para cada valor terá um Y correspondente.
Função do 1° grau
Assim como uma equação do 1° grau, a função de 1° grau ou função
afim acontece quando o X está elevado a 1. Além disso, toda função
de primeiro grau tem o seguinte formato:

Y = ax + b
Onde a e b são números reais e X e Y as variáveis.
Por exemplo, vamos montar a função que traduz os seguintes
problemas:
Um funcionário de uma loja e recebe R$880,00 todo mês mais
R$10,00 por cada produto vendido.
Chamamos de X a quantidade de produtos vendidos e Y o salário do
funcionário. Assim, temos a função:
Y = 10X + 880 Nesse caso a = 10 e b = 880
O salário de um vendedor é composto de uma parte fixa no
valor de R$ 800,00, mais uma parte variável de 12% sobre o
valor de suas vendas no mês.
Chamamos de X o valor de suas vendas e Y o salário do vendedor.
Assim, temos a função:
Y = 0,12X + 800 Nesse caso a = 0,12 e b = 800
As letras a e b da função são chamadas de coeficientes, onde a é o
coeficiente angular e b é o coeficiente linear.
Raiz da função
Chamamos de raiz da função afim o ponto em que y = 0. Isso quer
dizer que, para descobrir a raiz de uma função afim, basta substituir
o y por 0 na fórmula. Ao fazer isso, você tem:
Por exemplo, vamos calcular a raiz da função
f(x) = ax + b Y = 3X - 6 substituindo Y por 0:
0 = ax + b 3X - 6 = 0
ax = -b 3X = 6 Então podemos concluir que a
x = -b/a X = 6/3 raiz dessa função é igual a 2.
X=2
Gráfico da função de 1° grau
O gráfico da função afim é uma reta crescente ou decrescente. A
reta somente não pode ser perpendicular ao eixo x . Para o Enem é
importante saber analisar um gráfico e descobrir qual a função que
ele está representando e também saber analisar uma função e
assim descobrir qual é o gráfico que representa ela. Vamos ver
agora como isso é feito...

Dada uma função como descobrir seu gráfico


Como o gráfico da função afim é uma reta, você só precisa de dois
pontos para traçá-lo. O primeiro é o ponto da raiz, que você já viu. O
segundo é o ponto em que a reta atravessa o eixo y, isto é, em que o
x = 0. Nesse ponto, y = b.
f(x) = ax + b
y=a.0+b
y=b
Portanto, os dois pontos que você precisa para traçar a reta do
gráfico são (-b/a, 0) e (0, b).

Por exemplo, vamos traçar o gráfico


da função:

f(x) = 2x + 4
Como podemos ver b = 4. Logo a
função corta o eixo Y no ponto (0,4).
Além disso, a raiz da função é o -2, logo
corta o eixo X no ponto (-2,0), como
podemos ver:
Coeficientes da função afim

Como já vimos, o coeficiente angular corresponde, na função, ao a.


No gráfico, ele é a tangente do ângulo α (alfa), formado pela
intersecção entre a reta da função e o eixo x. Enquanto isso, o
coeficiente linear corresponde, na função, ao b. No gráfico, é o
ponto de interseção entre a reta da função e o eixo y.

Valor do coeficiente linear (b)

O valor do coeficiente angular


Y
(a) é a tangente do ângulo α,
que no caso é igual a Y/X

Dado um gráfico como saber qual é a função

Dado um gráfico qualquer de uma função afim temos que achar os


coeficientes a e b. Então, a forma mais imediata é lembrar que o
coeficiente linear (b) é o ponto onde a função toca o eixo Y e o
coeficiente angular (a) é a tangente do ângulo que a reta faz com o
eixo X.
Por exemplo, a partir do gráfico abaixo podemos identificar que o
coeficiente b é igual a 10 já que este é o ponto onde corta o eixo Y,
enquanto que o coeficiente b é igual a tangente do ângulo que a reta
faz com o eixo X, ou seja, 10/5 = 2. Logo a função pode ser dada por :

Y = 2x + 10
Função afim crescente e decrescente

Você pode determinar a direção da reta do gráfico da função a partir


do coeficiente angular, que também é chamado de taxa de
crescimento. Quando o coeficiente angular (a) é maior do que zero,
temos uma função afim crescente; quando é menor do que zero,
temos uma função afim decrescente.

Dica de ouro 1
É extremamente importante notarmos que em uma função afim, as
grandezas X e Y são diretamente proporcionais, ou seja crescem e
decrescem na mesma proporção. Logo, conforme o gráfico, os
valores de Y crescem ou decrescem na mesma proporção que os
valores de X. Isso permite resolver com facilidade algumas questões
de gráficos que estão sempre presente presentes na prova do Enem.
Vamos ver um exemplo:

Certa vez uma questão do Enem deu o gráfico abaixo e perguntou


qual a população no ano de 2013.

Ora, como o gráfico é uma reta ele representa uma função afim e
por isso a cada ano a população terá que aumentar sempre a
mesma quantidade. Logo, se em 4 anos aumentou 21 %, a cada 2
anos terá que aumentar 10,5%, ou seja, em 2013 a população será
de 58,5%.
Função do segundo grau
A função de segundo grau é aquela em que o X aparece elevado ao
quadrado. Toda função de segundo grau é do formato:
Y = ax² + bx + c
Sendo os coeficientes "a, b e c" números reais e "a" diferente de 0
(zero)

Vamos descobrir a função quadrática que envolve o problema a


seguir:

Qual a área de um retângulo que possui largura igual a X e


comprimento igual a X + 4?

Bom, não tem como saber a área desse retângulo, já que


precisamos da medida da largura e do comprimento. Mas podemos
expressar a área através de uma função, que depende de X. Assim,
seja Y a área desse retângulo e X a sua largura. Temos que;

Y = X × (X + 4) Y = X² + 4X ou f(X) = X² + 4X
Isso quer dizer que se a largura do retângulo for 5, por exemplo,
para saber sua área será igual basta substituir X por 5:

5² + 4 × 5 = 25 + 20 = 45
Ou então se a área do retângulo for igual a 140, por exemplo, para
descobrir o valor da largura do retângulo basta substituir Y por 140:
140 = X² + 4X
Temos então uma equação do segundo grau que pode ser resolvida
através da Fórmula de Bháskara ou através do método de soma e
produto, encontrando como resultado os seguintes valores:
X² + 4X - 140 = 0 X' = -14 e X'' = 10
Como não faz sentido o valor de uma medida de comprimento ser
negativa, descartamos X' = -14 e obtemos X" =10 como resposta.
Portanto, o valor da medida da largura é igual a 10.
Raiz da função
Assim como já vimos na função de 1° grau, a raiz da função é o
ponto em que y = 0. Ou seja, para descobrir a raiz de uma função,
basta substituir o y por 0 na fórmula. O mesmo acontece com a
função de 2° grau, isto é, a função se transforma em uma equação
de 2° grau que poderá ser resolvida como já aprendemos. Por
exemplo, vamos encontrar a raiz da seguinte função:
Y = X² - 3X - 54
Para isso, substituímos Y por 0 e encontramos os valores de X 6

correspondentes. Nesse caso vamos utilizar o método da soma e


produto:
X' + X" = -b/a X' + X" = -3/1 = -3
X' × X" = c/a X' × X" = c/a = -54
Assim, podemos ver que X' = 6 e X" = -9. Essas são as raízes da
função.
Assim, se utilizarmos a fórmula de Bháskara para encontrar as
raízes e o valor de Δ for positivo teremos 2 raízes. Se Δ for igual a 0
teremos apenas uma raiz e se Δ for menor que 0 não teremos raiz
para a função.
Gráfico da função quadrática
O gráfico de uma função quadrática é expresso sempre por uma
parábola, a qual pode ter concavidade voltada para cima ou para
baixo:
Y Y

X X
Exemplo de parábola Exemplo de parábola
com concavidade com concavidade
voltada para cima. voltada para baixo.
Possui um ponto Possui um ponto
mínimo, que é o ponto máximo, onde Y é o
onde o valor de Y é o maior valor possível.
menor possível.
Para obter o gráfico de uma função quadrática podemos seguir
alguns passos:
Passo 1: Verifique na função se a > 0 ou a < 0, pois caso a > 0 temos
a concavidade da função voltada para cima e caso a < 0 temos a
concavidade da função voltada para baixo.
Passo 2: Encontre as raízes da função, já que a raiz é o ponto onde Y
= 0, ou seja, o(s) ponto(s) onde o gráfico corta o eixo X
Passo 3: Vamos encontrar o ponto máximo da parábola, caso esta
seja de concavidade voltada para baixo ou o ponto mínimo, caso
esta seja de concavidade voltada para cima. Chamamos as
coordenadas desse ponto de X do vértice e Y do vértice e estas
podem ser encontradas através das seguintes fórmulas:

X do vértice = - b Y do vértice = - Δ
2×a 4×a
Passo 4: Veja qual é o valor do coeficiente C da função, pois este
será o ponto em que o gráfico toca o eixo Y.

Vale apena lembrar que nem toda função possui raízes. Logo, aquela
que possui duas raízes tocará o eixo X em dois pontos, enquanto
que aquela que possui apenas uma raiz tocará o eixo X em apenas 1
ponto e aquela que não possui raízes não tocará o eixo X.

Por exemplo, vamos ver como é o gráfico da função:

f (X) = X² - 5X + 6
Seguindo os passos, podemos conferir que esta função possui
concavidade voltada para cima. Suas raízes são iguais a 2 e 3, ou
seja, toca o eixo X nesses pontos. Além disso as coordenadas do
ponto mínimo dessa função é igual a Xv = 5/2 e Yv = -1/4. E
também, esta função toca o eixo Y no ponto 6. Logo o gráfico desta
função é descrito da seguinte forma: Y

- 6

5/2
2 3 X
- 1/4
Dica de ouro 2
Um tipo de questão bem típica do Enem é quando o exercício trás
informações sobre uma função, seja na forma escrita ou na forma de
gráfico e, em seguida, pede qual das alternativas representa a lei
que expressa a função dita. Nesse tipo de questão, na maioria das
vezes a forma mais rápida e eficaz de resolvê-la é testando os
pontos da função dados pelo enunciado em cada uma das
alternativas e, assim, eliminando as que estiverem incorretas. Para
facilitar nosso entendimento, vamos ver uma questão que caiu no
Enem de 2021:

Em um ano, uma prefeitura apresentou o relatório de gastos


públicos realizados pelo município. O documento mostra que foram
gastos 72 mil reais no mês de janeiro (mês 1), que o maior gasto
mensal ocorreu no mês de agosto (mês 8) e que a prefeitura gastou
105 mil reais no mês de dezembro (mês 12). A curva que modela
esses gastos é a parábola y = T(x), com x sendo o número
correspondente ao mês e T(x), em milhar de real.
A expressão da função cujo gráfico é o da parábola descrita é

A) T(x) = -x² + 16x + 57


B) T(x) = -11/16 x2 + 11x + 72
C) T(x) = 3/5 x² - 24/5 x + 381/5
D) T(x) = - x² - 16x + 87
E) T(x) = 11/6 x² - 11/2x + 72
Perceba, primeiramente, que esta função possui concavidade
voltada para baixo, já que ela tem um valor máximo para Y, o que
nós permite concluir que a < 0, eliminando as alternativas C e D.
Além disso, de acordo com o enunciado, quando o x = 1 temos T(x)
= 72 e quando x = 12 temos Y = 105. Substituindo X e Y por esses
valores a única função que satisfaz estes valores é a que
corresponde a letra A.
Esta questão também pode ser feita de outra forma, mas
estamos mostrando aqui uma forma mais rápida de resolver
questões desse tipo, já que sempre caem na prova do Enem.
Função exponencial
Função exponencial é a função que possui a variável em um
expoente na sua lei de formação. A lei de formação de uma função
exponencial é sempre f(x) = a X, em que x é a variável e a é a base.
Vamos ver um exemplo:
f (x) = 4x
Veja que:
Quando X = 1, temos f (x) = 4
Quando X = 2, temos f (x) = 16
Quando X = 3, temos f (x) = 64
Assim, os valores de f (x) vão crescendo de uma forma exponencial,
de forma que o gráfico fique da seguinte forma:

Como podemos ver, este é um gráfico crescente. Porém, nem todos


gráficos de funções exponenciais são crescentes.
Uma função exponencial é crescente quando a base é maior que 1,
ou seja: a > 1 e é dita decescente quando a base é um número entre
0 e 1, ou seja, 0 < a < 1.
Vamos ver um exemplo de função exponencial decrescente:
É importante verificarmos que sempre uma função exponencial toca
o eixo Y no ponto 1, já que qualquer número quando elevado a 0
resulta em 1. Além disso, veja que esse tipo de função não possui
raízes, uma vez que não existe uma potência de base diferente de 0
que resulta em 0. Vamos ver a seguir um exercício para facilitar o
nosso entendimento:
Em um determinado experimento um cientista verifica que a
massa de um determinado material se divide por 2 a cada uma
hora. Considerando que inicialmente existia 1kg desse material
construa uma função que mostre a massa f(t) do material em
função do tempo (t)

t
F (t) = (1/2)

Desenhe o gráfico desta função:

Qual é a massa do material após 6 horas?


Basta substituir t por 6, logo (1/2)⁶ = 1/64 kg

Quando a massa do material chegou a 0,25 kg?


t
Basta substituir f(t) por 0,25. Assim, teremos 0,25 = (1/2) . Ou seja,
chegamos em uma equação exponencial, onde t = log 0,25.
1/2
Veja que (1/2)² = 1/4 = 0,25. Portanto, t = 2 horas.
Funções trigonométricas
Para o Enem, as principais funções trigonométricas são a função
seno e a função cosseno, dadas por:

f(X) = sen X e f(X) = cos X


Onde X é a medida de um ângulo, medido em radianos.
É importante entendermos que estas duas funções são periódicas,
ou seja, se repetem ao longo de um período de 2 π radianos. Isso
acontece porque quando estudamos o círculo trigonométrico, os
valores de seno e cosseno dos ângulos começam a se repetir depois
de uma volta completa, ou seja, depois de um ângulo de 2 π. Assim,
os gráficos das funções seno e cosseno são obtidos conforme a
imagem abaixo:

Chamamos essas
0
linhas de senóide
e cossenóide.
0

Repare que o gráfico das duas funções são bem parecidos. Para não
confundir os dois você pode lembrar que o seno de 0° é igual a 0,
enquanto que o cosseno de 0° é igual a 1.

Repare que o valor de Y nessas duas funções fica sempre entre -1 e


1, já que os valores de seno e cosseno de qualquer ângulo sempre
estão entre estes dois valores.

A seguir vamos ver uma questão do Enem que trata deste assunto.
Certa vez o Enem pediu qual a função que representa o gráfico a
seguir:

A) f(t) = 80sen(t) + 88
B) f(t) = 80cos(t) + 88
C) f(t) = 88 cos(t)+168
D) f(t) = 168sen(t) + 88 cos(t)
E) f(t) = 88 sen(t)+ 168cos(t)

Esse tipo de questão é bem comum de aparecer no Enem e a melhor


forma de resolver uma questão que trás um gráfico e pergunta qual a
função correspondente é fazendo testes e eliminando alternativas. Por
exemplo, quanto t = 0, temos f(t) = 88. Veja que a letra B, C e E podem ser
descartadas com esta informação, já que como cosseno de 0 é igual a 1 e
seno de 0 é igual a 0. Temos que apenas a letra A e a letra D estão
coerentes com este ponto no gráfico. Veja também que quando t = π
temos f(t) = 88. Assim, a letra E está incoerente com este ponto da função
já que o seno de π (180°) é igual a 0, enquanto que o cosseno de π é igual
a -1, fazendo com que f(t) seja igual a -168. Portanto a resposta correta é
sem dúvidas a letra A.
Questões de Enem's anteriores
(Enem 2011) No Brasil, costumamos medir temperaturas utilizando
a escala Celsius. Os países de língua inglesa utilizam a escala
Farenheit. A relação entre essas duas escalas é dada pela expressão
F = C x 1,8 + 32, em que F representa a medida da temperatura na
escala Farenheit e C a medida da temperatura na escala Celsius. O
gráfico que representa a relação entre essas duas grandezas é:
Primeiramente, veja que
esta é uma função de 1°
grau, logo o gráfico é uma
reta. Além disso, esta
função é crescente, pois
X temos a > 0. E ainda temos
que ela corta o eixo F no
ponto 32, pois b = 32, além
de possuir raiz igual a -17,8,
já que -17,8 × 1,8 + 32 = 0,
fazendo com que o eixo C
seja cortado no ponto -17,8.
Portanto, a resposta só pode
ser a letra B.
(Enem 2013) Um proprietário de uma casa de espetáculos observou
que, colocando o valor da entrada a R$ 10,00, sempre contava com
1 000 pessoas a cada apresentação, faturando R$ 10 000,00 com a
venda dos ingressos. Entretanto, percebeu também que, a partir de
R$ 10,00, a cada R$ 2,00 que ele aumentava no valor da entrada,
recebia para os espetáculos 40 pessoas a menos. Nessas condições,
considerando P o número de pessoas presentes em um determinado
dia e F o faturamento com a venda dos ingressos, a expressão que
relaciona o faturamento em função do número de pessoas é dada
por: Para resolver esta questão
A) F = -P²/20 + 60 P
X
rapidamente basta lembrar da dica de
B) F = P²/20 - 60 P
ouro 2. Veja que quando P = 1000,
C) F = -P² + 1200 P
temos F = 10000. A única alternativa
D) F = -P²/20 + 60
que condiz com isso é a letra A.
E) F = P² - 1200 P
Para você resolver

Nível fácil

O gráfico apresenta a evolução do crescimento de uma determinada


árvore, plantada a partir de uma muda com 1 metro de altura. Nessa
evolução, a altura da árvore, em metro, é descrita em função do
tempo, medido em ano.

No período de 1 ano, contado a partir do instante em que a árvore


tinha dois anos e meio de plantio, a variação da altura dessa árvore,
em metro, teve valor compreendido entre

A) 0,55 e 0,65.
B) 0,65 e 0,75.
C) 1,05 e 1,15.
D) 1,25 e 1,35.
E) 1,45 e 1,55.
(Enem 2018) Uma indústria automobilística está testando um novo
modelo de carro. Cinquenta litros de combustível são colocados no
tanque desse carro, que é dirigido em uma pista de testes até que
todo o combustível tenha sido consumido. O segmento de reta no
gráfico mostra o resultado desse teste, no qual a quantidade de
combustível no tanque é indicada no eixo y (vertical), e a distância
percorrida pelo automóvel é indicada no eixo x (horizontal).

A expressão algébrica que relaciona a quantidade de combustível


no tanque e a distância percorrida pelo automóvel é:

Nível médio

(Enem 2012) O cristalino, que é uma lente do olho humano, tem


a função de fazer ajuste fino na focalização, ao que se chama
acomodação. À perda da capacidade de acomodação com a
idade chamamos presbiopia. A acomodação pode ser
determinada por meio da convergência do cristalino. Sabe-se
que a convergência de uma lente, para pequena distância focal
em metros, tem como unidade de medida a diopria (di).
A presbiopia, representada por meio da relação entre a
convergência máxima Cmax (em di) e a idade T (em anos), é
mostrada na figura seguinte:

A presbiopia, representada por meio da relação entre a


convergência máxima Cmax (em di) e a idade T (em anos), é
mostrada na figura seguinte. Considerando esse gráfico, as
grandezas
Considerandoconvergência
esse gráfico,máxima Cmax convergência
as grandezas e idade T máxima
estão
relacionadas
Cmax e idadealgebricamente max pela
T estão relacionadas expressão: pela expressão:
algebricamente

-T
A) Cma
max = 2

B) Cma
max = T² - 70T + 600

C) Cma
max = log (T² - 70T + 600)

D) Cma
max = 0,16T + 9,6

E) Cma
max = = - 0,16T + 9,6

(Enem 2013) Uma pequena fábrica vende seus bonés em pacotes


com quantidades de unidades variáveis. O lucro obtido é dado pela
expressão L(x) = -x² + 12x - 20 , onde x representa a quantidade
de bonés contidos no pacote. A empresa pretende fazer um único
tipo de empacotamento, obtendo um lucro máximo.

Para obter o lucro máximo nas vendas, os pacotes devem conter


uma quantidade de bonés igual a:

A) 4.
B) 6 .
C) 9.
D) 10.
E) 14.
Nível difícil

(Enem 2019) Os movimentos ondulatórios (periódicos) são


representados por equações do tipo ± Asen ( wt + θ) , que
apresentam parâmetros com significados físicos importantes, tais
como a frequência w = 2π /t, em que t é o período; A é a amplitude
ou deslocamento máximo; θ é o ângulo de fase 0 < θ < 2π/w , que
mede o deslocamento no eixo horizontal em relação à origem no
instante inicial do movimento. O gráfico representa um movimento
periódico, P = P(t), em centímetro, em que P é a posição da cabeça
do pistão do motor de um carro em um instante t, conforme ilustra a
figura.

A) P(t) = 4sen(2t)
B) P(t) = -4sen(2t)
C) P(t) = - 4sen(4t)
D) P(t) = 4sen(2t + π/4)
E) P(t) = 4sen(4t + π/4)
Capítulo 9 - Análise Combinatória
A Análise Combinatória estuda basicamente a contagem de
possibilidades de um determinado evento acontecer. Então, na
maioria dos problemas envolvendo esse assunto veremos perguntas
como "de quantas formas", "de quantas maneiras" ou "quantas
possibilidades" existem para um determinado evento ocorrer.
Vamos começar o nosso estudo vendo como funciona o Princípio
Fundamental da Contagem.

Princípio Fundamental da Contagem (PFC)


Imagine que uma pessoa foi em uma lanchonete comprar um
sanduíche, um suco e um doce, de modo que nesta lanchonete
existia duas possibilidades de sanduíche, três possibilidades de
suco e duas opções de doce. De quantas formas esta pessoa pode
escolher um sanduíche, um suco e um doce?
A imagem a seguir ilustra bem a resposta desse problema, já que
para cada sanduíche escolhido são 3 possibilidades possíveis de
suco e para cada suco escolhido são 2 opções possíveis de doce:

Pois bem, de acordo com o princípio fundamental da contagem, se


um evento é composto por duas ou mais etapas sucessivas e
independentes, o número de combinações possíveis será
determinado pelo produto entre as possibilidades de cada conjunto.
Portanto, o número de possibilidades da pessoa escolher um
sanduíche, um suco e um doce é igual a 2 × 3 × 2 = 12
possibilidades
Fatorial
Definimos como o fatorial de um número inteiro maior do que 1 o
produto dele pelos números inteiros menores do que ele, até chegar
no 1. Por exemplo, fatorial de 5 é igual a:
5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 120.
Enquanto que o fatorial de 8 é igual a:
8 × 7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 40.320
Para representar fatorial utilizamos ponto de exclamação. Logo:
3! = 3 × 2 × 1 = 6
40! = 40 ×39 × 38 × 37 × ... × 3 × 2 × 1
N! = N × (N-1) × (N-2) × ... × 1
Este recurso será muito utilizado em problemas de análise
combinatória, como veremos adiante. Além disso é importante
desde já aprendermos a fazer simplificações de contas que utilizam
fatorial. Vamos ver alguns exemplos:
8! = 8 × 7 × 6 × 5 × 4! = 1680
4! 4!
Veja que não se pode simplesmente simplificar 8 com o 4 resultando
em 2!, pois este é um erro muito cometido.

5! × 3! = 5! × 6 = 1
9! 9 × 8 × 7 × 6 × 5! 54
Arranjo vs Combinação
Os problemas de análise combinatória podem ser divididos em dois
grupos: o arranjo e a combinação.
Os arranjos são aqueles problemas de análise combinatória onde a
ordem dos elementos a serem agrupados importa, ou seja, se
mudarmos de lugar as posições dos elementos teremos uma nova
possibilidade. Já as combinações são problemas em que a ordem
dos elementos não tem relevância nenhuma, então se mudarmos as
posições dos elementos não teremos uma nova possibilidade.
Vamos ver um exemplo de cada um a seguir:
Imagine os dois seguintes problemas:

Em uma sala de aula com 10 alunos deseja-se formar uma fila


com 4 alunos. De quantas formas isso pode ser feito?
Em uma sala de aula com 10 alunos deseja-se formar um grupo
de 4 alunos para a realização de um trabalho. De quantas formas
isso pode ser feito?
Observe que no problema 1 a ordem dos alunos tem importância,
pois se mudarmos as posições dos alunos da fila teremos uma nova
fila, enquanto que no problema 2 dado um grupo de 4 alunos, tanto
faz a ordem dos alunos, pois um grupo formado por João, Maria,
José e Pedro é o mesmo grupo que José, Maria, Pedro e João.

Logo, o problema 1 é um arranjo e o problema 2 é uma combinação.


Além disso, é intuitivo que a quantidade de possibilidades do
problema 1 será maior do que o problema 2, pois neste último
contamos uma possibilidade para cada agrupamento de alunos
formado, diferente da fila em que temos diferentes possibilidades
para cada agrupamento de alunos. Assim, não se esqueça:

A ordem importa?

Arran (sim) não

Arranjo combinação

Nos tópicos a seguir vamos aprender melhor sobre os cálculos que


envolvem o arranjo e a combinação. Além disso, veremos agora um
tipo de arranjo muito conhecido e que sempre aparece nas provas: A
permutação.
Permutação
A permutação, como já dito, é um tipo de arranjo, logo a ordem dos
elementos também importa. Os problemas de permutação
acontecem quando precisamos alocar n elementos em n espaços.
Vamos ver alguns exemplos para entender melhor a situação:
De quantas formas podemos formar uma fila com 7 pessoas?
Veja que o que temos que fazer é agrupar 7 pessoas em 7 lugares
disponíveis. É óbvio que a ordem das pessoas na fila importa, então
é um arranjo. Porém como o número de elementos que serão
alocados é 7 e o número de espaços para serem alocados também é
7, ou seja, são iguais, podemos dizer que esse problema é uma
permutação.
Para solucionar este problema vamos utilizar o que eu chamo de
método dos tracinhos, onde colocamos tracinhos simbolizando cada
lugar onde colocaremos os elementos e em cima desses tracinhos
colocamos a quantidade de possibilidades possíveis para cada
elemento, afim de no final multiplicarmos tudo pelo princípio
fundamental da contagem.

Como são 7 lugares na fila vamos desenhar os 7 tracinhos abaixo.


Para o primeiro lugar da fila claramente são 7 possibilidades
possíveis. Para o segundo lugar serão apenas 6 possibilidades, visto
que uma pessoa já está ocupando o primeiro lugar. Para o terceiro
lugar da fila são 5 possibilidades, pois 2 pessoas já ocuparam seus
lugares na fila e assim sucessivamente, fazendo com que a
quantidade total de possibilidades seja igual a 7!

7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 7! = 5040 possibilidades.

Quantos anagramas podemos formar com a palavra pera?


Nesse caso temos 4 letras para agrupar em 4 espaços. Logo,
seguindo o mesmo raciocínio, temos:

4 × 3 × 2 × 1 = 4! = 24 possibilidades.
Portanto, sempre que tivermos n elementos distintos para alocar em
n espaços temos uma permutação (P) que pode ser calculada por:

P = n!
É importante falar que estamos tratando até aqui de permutações
simples, isto é, quando os elementos são todos distintos entre si
Permutação com repetição
A Permutação com repetição ou permutação com elementos
repetidos segue a mesma ideia, ou seja, temos que agrupar n
elementos em n posições. No entanto, nesses caso acontece de
alguns desses elementos serem iguais, isto é, se repetem. Vamos
ver alguns exemplos:
Quantos angramas podemos formar com a palavra ovo?
A palavra ovo possui 3 letras e naturalmente tendemos a pensar que
ela possui 3! = 6 angramas. No entanto, devemos tomar cuidado,
pois nesse caso a letra o se repete e, portanto, se trata de uma
permutação com repetição e sempre que tivermos nessa situação
devemos descontar os anagramas repetidos. Como a letra O
aparece duas vezes devemos dividir 3! por 2!, obtendo 3 como
resposta. Logo, a palavra ovo possui apenas 3 anagramas, que são:
ovo, oov e voo
Sempre devemos dividir pelo produto do fatorial da quantidade de
vezes que cada elemento se repete. Veja esse outro exemplo:

Quantos anagramas podemos formar com a palava matematica?


Como a palavra matematica é formada por 10 letras, a tendência é
pensar que o total de anagramas é igual a 10! . Porém, nessa
palavra as letras t e m se repetem duas vezes e a letra a se repete
três vezes. Por isso teremos que dividir por 2! × 2! × 3! . Logo, essa
palavra possui:
10!
Anagramas.
3! × 2! × 2!
Portanto, sempre que tivermos n elementos para alocar em n
espaços, de modo que um desses elementos se repete a vezes e
outro se repete b vezes temos uma permutação com repetição (P)
que pode ser calculada por:
a,b
Pn = n! Dividimos n! pelo fatorial da quantidade
a! × b! de repetições de cada letra.

Arranjo simples
O arranjo simples acontece quando precisamos alocar n elementos
em p espaços de forma que não podemos repetir tais elementos, ou
seja, se um elemento foi colocado na primeira posição, ele não
poderá ser colocado em mais nenhuma outra posição. Vamos ver
um exemplo para facilitar o entendimento:
Quantas senhas de 4 digitios distintos podem ser formadas
utilizando os algarismos de 0 a 9 ?
Vamos utilizar o método dos tracinhos para resolver este problema.
Temos 4 espaços para colocar cada dígito, logo fazemos 4 tracinhos:

10 × 9 × 8 × 7 = 5040 possibilidades.

Para a primeira posição obviamente teremos 10 possibilidades de


escolha, para a segunda temos 9 possibilidades, já que 1 dígito já foi
colocado na primeira posição. Para a terceira restarão 8
possibilidades e, por fim, para a quarta posição restarão 7
possibilidades.
Dizemos que este problema é um arranjo simples de 10 elementos
tomados 4 a 4, ( A 10, 4 ) pois temos 10 elementos para agrupar em 4
espaços. Logo, um arranjo simples de n elementos tomados p a p
pode ser calculado através da seguinte expressão:
A n, p = n! A10,4 = 10! A10,4 = 10!
(p - n)! (10 - 4)! 6!

A10,4 = 10 × 9 × 8 ×7 = 5040
Arranjo com repetição
O arranjo com repetição acontece quando precisamos alocar n
elementos em p espaços de modo que podemos repetir tais
elementos a vontade. Vejamos um exemplo:
Sabendo que as placas de carro do modelo antigo são formadas
por três letras e quatro dígitos, nesta ordem, quantas placas
distintas podem ser formadas?
Podemos resolver este exercício utilizando novamente o método dos
tracinhos, só que dessa vez é nítido que os elementos podem ser
repetidos. Logo, como o alfabeto é composto por 26 letras e existem
10 dígitos de 0 a 9, temos que o total de combinações pode ser dado
por:

26 × 26 × 26 × 10 × 10 × 10 × 10 = 26³ × 10⁴

Dizemos que neste problema há um arranjo com repetição de 26


elementos tomados 3 a 3 (A R26, 3), pois temos 26 elementos para
agrupar em 3 espaços, além de um arranjo com repetição de 10
elementos tomados 4 a 4 (A R10, 4), já que temos 10 elementos para
alocar em 4 espaços. Logo, um arranjo com repetição de n
elementos tomados p a p pode ser calculado através da seguinte
expressão:
p
AR n, p = n
Por exemplo, vejamos o seguinte problema:

A senha de um banco possui cinco dígitos formados


exclusivamente por números, qual é a quantidade de senhas
possíveis?
Este problema é um arranjo com repetição de 10 elementos
tomados 5 a 5. Logo, pela fórmula, temos:

AR10, 5 = 10⁵ = 100.000 possibilidades.


Combinação
Como já vimos, a combinação acontece quando a ordem dos
elementos não tem relevância. E quando a ordem não tem
relevância teremos que descontar alguns caso que se repetem.
Vamos ver um exemplo para entender melhor essa ideia:
Em uma sala de 10 alunos deseja-se formar um grupo
com 3 alunos. De quantas maneiras isso pode ser feito?
Veja que, a princípio, podemos tentar utilizar o método dos
tracinhos para resolver esse problema. Assim, para o primeiro aluno
escolhido teremos 10 possibilidades, para o segundo aluno
escolhido teremos 9 possibilidades e 8 possibilidades de escolha
para o terceiro aluno do grupo. Dessa forma, a resposta seria igual
a:
10 × 9 × 8 = 720.

Porém, devemos tomar muito cuidado nesse caso. Veja que a ordem
dos elementos nesse problema não importa, ou seja, se o grupo foi
formado por Ana, Beto e Carlos ou Beto, Carlos e Ana, tanto faz a
ordem dos nomes dessas pessoas. Logo, supondo que o grupo
escolhido foi formado por Ana, Beto e Carlos, todas as
possibilidades abaixo representam na verdade o mesmo grupo:
Ana, Beto, Carlos Está é uma permutação simples
Ana, Carlos, Beto de 3 elementos, dada por 3! = 6
Beto, Ana, Carlos
Isso quer dizer que cada grupo
Beto, Carlos, Ana
formado foi contado 6 vezes. Por
Carlos, Ana, Beto
isso a resposta não será 720 e
Carlos, Beto, Ana
sim 720 ÷ 6 = 120 grupos.

Dizemos que este é um problema de combinação de 10 elementos


tomados 3 a 3 ( C 10 3
). Então sempre que tivermos uma
combinação, ou seja, quando a ordem dos elementos não
importar, devemos dividir pelo número de vezes que cada grupo
foi contado repetidamente. Em outras palavras, basta dividir pelo
fatorial do números de tracinhos. Veja este exemplo:
A diretoria de uma empresa é formada de 7 diretores. Será
formada uma comissão de 4 diretores. Quantas comissões
distintas podem ser formadas?
Podemos ver que a ordem dos 4 diretores selecionados para a
comissão não importa. Portanto, esse é um problema de
combinação de 7 elementos tomados 4 a 4, já que temos 7
elementos para agrupar em 4 espaços. Assim, a quantidade total de
possibilidades pode ser calculada através da expressão:

7×6×5×4 = 7 × 6 × 5 × 4 = 7 × 5 = 35 possibilidades
4! 4×3×2×1
Não se esqueça que como é uma
combinação devemos dividir pelo fatorial
do número de tracinhos. Como são 4
tracinhos, dividimos por 4!

Logo,podemos dizer que uma combinação de n elementos tomados


p a p pode ser dada pela expressão:

C nP = n! Por exemplo, podemos resolver o exemplo


p! × ( n - p)! anterior utilizando esta fórmula:

C 74 = 7! = 7! = 7 × 6 × 5 × 4! = 35.
4! × ( 7 - 4)! 4! × 3! 4! × 3!
Dica de ouro 1
Não é necessário decorar todas as fórmulas de análise
combinatória. Se você entender e aplicar o método dos tracinhos
conseguirá resolver qualquer questão de análise combinatória do
Enem, desde que lembre que no caso dos problemas de combinação
é necessário dividir pelo fatorial do número de tracinhos.
Dica de ouro 2
Em grande parte dos problemas de análise combinatória
presentes no Enem as alternativas não trazem a resposta em
número e sim em uma expressão. Por exemplo, neste último
exercício a resposta foi 35, mas nas alternativas a resposta
também pode estar como: 7! 7!
7 C 4 C7,4
4! × 3! 4! × (7 - 4)!
Questões de Enem's anteriores
(Enem 2021) Uma pessoa produzirá uma fantasia utilizando como
materiais: 2 tipos de tecidos diferentes e 5 tipos distintos de pedras
ornamentais. Essa pessoa tem à sua disposição 6 tecidos diferentes
e 15 pedras ornamentais distintas.

A quantidade de fantasias com materiais diferentes que podem ser


produzidas é representada pela expressão

A) 6!/4!2! . 15!/10!5!
B) 6!/4!2! + 15!/10!5!
C) 6!/2! + 15!/5!
D) 6!/2! . 15!/5!
E) 21!/7!14!
A primeira coisa a reparar nesse exercício é que ele é um problema
de combinação, já que a ordem dos tecidos ou pedras não tem
relevância no exercício. Logo, você pode resolvê-lo tanto utilizando
a fórmula de combinação ou pelo método dos tracinhos. Vamos
resolver aqui pelo método dos tracinhos. Logo, para escolher 2 tipos
de tecidos vamos colocar 2 tracinhos, onde para o primeiro temos 6
possibilidades e para o segundo 5 possibilidades, já que eles devem
ser diferentes. Como é uma combinação não podemos nos esquecer
de dividir pelo número de tracinhos fatorial, ou seja 2!:

6×5 6!
=
2! 4! × 2!
Podemos utilizar novamente o método dos tracinhos para escolher 5
pedras entre 15, mas vamos aqui utilizar a fórmula de combinação,
tendo que fazer uma combinação de 15 elementos tomados 5 a 5:

C 155 = 15! = 15!


5! × (15 - 5)! 5! × 10!
Como queremos escolher 2 tecidos e 5 pedras utilizamos o
princípio multiplicativo afim de multiplicar as duas
combinações encontradas. Logo, a resposta correta é a letra A
(Enem 2020) Eduardo deseja criar um e-mail utilizando um
anagrama exclusivamente com as sete letras que compõem o seu
nome, antes do símbolo @. O e-mail terá a forma
*******@site.com.br e será de tal modo que as três letras “edu”
apareçam sempre juntas e exatamente nessa ordem. Ele sabe que o
e-mail eduardo@site.com.br já foi criado por outro usuário e que
qualquer outro agrupamento das letras do seu nome forma um e-
mail que ainda não foi cadastrado.

De quantas maneiras Eduardo pode criar um e-mail desejado?

A) 59
B) 60
C) 118
D) 119
E) 120

As letras edu vão aparecer sempre juntas e exatamente nessa


ordem, então a gente pode considerar esse grupo “edu” como se
fosse apenas uma letra individual. Seguindo essa regrinha acima, as
letras da palavra “eduardo” são: “edu”, “a”, “r”, “d”, “o”,
considerando “edu” como se fosse apenas uma letra individual.
Com essas 5 letras distintas fazemos uma permutação simples de 5
elementos para encontrar a quantidade total de anagramas:

5! = 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 120
Existem 120 permutações possíveis com as 5 letras descritas acima.
Ou seja existem 120 anagramas possíveis. No entanto não se
esqueça que o Anagrama "eduardo" já foi utilizado. Então temos
que subtrair 1 anagrama. Logo, a quantidade total de maneiras que
Eduardo pode criar o e-mail desejado é igual a 119. Cuidado para
não cair em pegadinhas como esta.
Para você resolver:

Nível fácil
(Enem 2019) Uma pessoa comprou um aparelho sem fio para
transmitir músicas a partir do seu computador para o rádio de seu
quarto. Esse aparelho possui quatro chaves seletoras e cada uma
pode estar na posição 0 ou 1. Cada escolha das posições dessas
chaves corresponde a uma frequência diferente de transmissão. A
quantidade de frequências diferentes que esse aparelho pode
transmitir é determinada por:

A) 6.
B) 8.
C) 12.
D) 16.
E) 24.

(Enem 2014) Um procedimento padrão para aumentar a capacidade


do número de senhas de banco é acrescentar mais caracteres a
essa senha. Essa prática, além de aumentar as possibilidades de
senha, gera um aumento na segurança. Deseja-se colocar dois
novos caracteres na senha de um banco, um no início e outro no
final. Decidiu-se que esses novos caracteres devem ser vogais e o
sistema conseguirá diferenciar maiúsculas de minúsculas. Com essa
prática, o número de senhas possíveis ficará multiplicado por:

A100.
B 90.
C) 80.
D) 25
E) 20.
Nível médio

(Enem 2015) A bandeira de um estado é formada por cinco faixas,


A, B, C, D e E, dispostas conforme a figura. Deseja-se pintar cada
faixa com uma das cores verde, azul ou amarelo, de tal forma que
faixas adjacentes não sejam pintadas com a mesma cor.

O cálculo do número de possibilidades distintas de se pintar essa


bandeira, com a exigência acima, é:

A) 1 x 2 x 1 x 1 x 2.
B) 3 x 2 x 1 x 1 x 2.
C) 3 x 2 x 1 x 1 x 3.
D) 3 x 2 x 1 x 2 x 2.
E) x 2 x 2 x 2 x 2.

(Enem 2022) Uma montadora de automóveis divulgou que oferta a


seus clientes mais de 1 000 configurações diferentes de carro,
variando o modelo, a motorização, Os opcionais e a cor do veiculo.
Atualmente, ela oferece 7 modelos de carros com 2 tipos de
motores: 1.0 e 1.6. Já em relação aos opcionais, existem 3 escolhas
possíveis: central multimídia, rodas de liga leve e bancos de couro,
podendo o cliente optar por incluir um, dois, três ou nenhum dos
opcionais disponíveis. Para ser fiel à divulgação feita, a quantidade
mínima de cores que a montadora deverá disponibilizar a seus
clientes é:

A) 8. B) 9. C) 11. D) 18. E) 24.


Nível difícil

(Enem 2019) Uma empresa confecciona e comercializa um


brinquedo formado por uma locomotiva, pintada na cor
preta, mais 12 vagões de iguais formato e tamanho,
numerados de 1 a 12. Dos 12 vagões, 4 são pintados na cor
vermelha, 3 na cor azul, 3 na cor verde e 2 na cor amarela.
O trem é montado utilizando-se uma locomotiva e 12
vagões, ordenados crescentemente segundo suas
numerações, conforme ilustrado na figura.

De acordo com as possíveis variações nas colorações dos


vagões, a quantidade de trens que podem ser montados,
expressa por meio de combinações, é dada por:
Capítulo 10 - Probabilidade
Definimos como probabilidade a chance de um determinado evento
acontecer. Fazemos este cálculo da seguinte forma:

Probabilidade = casos favoráveis


casos possiveis
Os casos favoráveis são aqueles em que obtemos sucesso no
evento, enquanto que os casos possíveis indicam as possibilidades
totais, ou seja, tanto de sucesso quanto de fracasso.

Por exemplo, ao lançar uma moeda a probabilidade dela cair com a


face cara voltada para cima é igual a ½ já que existem duas
possibilidades dela cair e apenas uma delas é a que queremos.

Representações de uma probabilidade


Como vimos, a probabilidade nada mais é do que uma razão, logo
pode ser representada na forma de fração, porcentagem ou
decimal. Por exemplo, a probabilidade de um dado com 6 faces cair
com uma face maior que 4 voltada para cima pode ser dada por:

2 = 1 = 0,333... = 33,333... %
6 3
Vejamos uma questão bem tranquila do Enem 2010 para entender
melhor este assunto:
Em uma reserva florestal existem 263 espécies de peixes, 122
espécies de mamíferos, 93 espécies de répteis, 1 132 espécies de
borboletas e 656 espécies de aves. Se uma espécie animal for
capturada ao acaso, qual a probabilidade de ser uma borboleta?
A) 63,31%
B) 60,18%
C) 56,52% Veja que o número de casos favoráveis é igual a 1132,
D) 49,96% enquanto que o número de casos possíveis é a soma de
E) 43,27% todas as espécies que dá 2266. Logo a probabilidade é
igual a 1132/2266 = 0,4996 = 49,96 %.
Dica de ouro 1
Apesar de muitas vezes serem consideradas difíceis, as questões de
probabilidade do Enem seguem um padrão muito específico, onde
são cobradas sempre as mesmas coisas. Por isso, o mais
aconselhável é entender esse assunto com base nas questões das
provas anteriores. Não é necessário decorar nenhuma fórmula,
muito menos ver dezenas de aulas sobre este assunto para resolver
as questões de probabilidade do Enem. Basta que você entenda
cada tópico a seguir e pratique muito resolvendo questões de
provas anteriores.
Probabilidade de probabilidade
Algo muito comum do Enem é trazer questões onde temos que
calcular a probabilidade de dois ou mais eventos independentes
ocorrerem. Dizemos que nesse caso temos uma probabilidade de
outra probabilidade e como já vimos esse "de" na matemática
representa uma multiplicação. Vamos ver um exemplo:
Qual a probabilidade de um casal que possui 10 filhos ter todos
filhos do sexo masculino?
A probabilidade do primeiro filho ser do sexo masculino é de 1/2
obviamente, assim como a probabilidade de cada filho ser do sexo
masculino. Como vimos, a probabilidade de um evento total
acontecer é dada pelo produto das probabilidades de cada sub-
evento acontecer. Logo, a probabilidade é dada por:

1/2 × 1/2 × ... × 1/2 = (1/2)¹⁰ = 1/1024

10 vezes
Uma pessoa irá pegar uma carta aleatória em um baralho que
contém 52 cartas e jogará um dado para cima. Qual a
probabilidade dela pegar um 7 de espada e o dado sair com a
face 6 voltada para cima?
A probabilidade dessas duas coisas acontecerem é dada pelo
produto da probabilidade de cada uma delas acontecer:

1/52 × 1/6 = 1/312


Probabilidade complementar
Dada a probabilidade de um evento acontecer chamamos de
probabilidade complementar a probabilidade desse evento não
acontecer, ou seja, é a probabilidade oposta, a que falta para chegar
nos 100%.
Em diversos problemas do Enem é perguntado a probabilidade de
um evento acontecer, sendo que é muito mais fácil calcular a
probabilidade desse evento não acontecer. Veja dois exemplos
Qual a probabilidade de jogar 4 moedas no chão e pelo menos
uma delas cair cara?
Para sair pelo menos uma moeda com cara, é válido sair uma moeda
cara, duas, três ou até quatro moedas. Para calcular essa
probabilidade é necessário um raciocínio mais complicado que
vamos estudar mais à frente. No entanto, vamos pensar na
probabilidade complementar a este problema, vamos calcular a
probabilidade disso não acontecer, ou seja, de exatamente todas as
moedas saírem com a face coroa voltada para cima. A probabilidade
de todas as faces saírem coroa é dada por:
1/2 × 1/2 × 1/2 × 1/2 = 1/16
Ou seja, 15/16 é a probabilidade disso não acontecer e,
consequentemente, de sair pelo menos uma cara
A probabilidade de chuva em uma cidade é de 20% em cada dia
de uma determinada semana. Qual a probabilidade de chover
nessa cidade em pelo menos um dia da semana?
Novamente, veja que é mais fácil calcular a probabilidade de não
chover em nenhum dia da semana. Assim, temos que a
probabilidade de não chover em cada dia é de 80% ou 0,8. Logo, a
probabilidade de não chover em nenhum dia é igual a:
( 0,8 )⁷ = 0,21 = 21%.
Portanto, se a probabilidade de não chover em nenhum dia é de
21%, então a probabilidade de chover em pelo menos um dia é
de 100% - 21% = 79 %.
Probabilidade com permutação
Já caíram diversas questões no Enem que trazem o assunto de
probabilidade atrelado ao assunto de permutação com repetição.
Veremos a seguir dois exemplos que retratam bem esse tipo de
questão:
João e mais 3 amigos estão jogando um jogo de dominó. Neste
jogo, todos tem a mesma probabilidade de ganhar. Certo dia
eles jogaram 5 partidas, qual a probabilidade de João ter
ganhado exatamente 3 partidas?
Vamos supor que João ganhou as três primeiras partidas e perdeu
as outras duas. A probabilidade disso acontecer é:

1/4 × 1/4 × 1/4 × 3/4 × 3/4 = 9/1024


Está é a probabilidade dele ganhar três partidas e perder duas,
necessariamente nesta ordem. No entanto, veja que ele poderia ter
perdido as duas primeiras e vencido as três restantes, por exemplo.
Então, temos que ver de quantas formas podemos permutar 3
vitórias e duas derrotas. Para facilitar podemos chamar vitória de V e
derrota de D. Assim, o problema agora é saber quantos anagramas
podemos formar com VVVDD. Como já estudamos, este é um caso de
permutação com repetição e seu cálculo é dado por:

5! = 5 × 4 × 3! = 10.
3! × 2! 3! × 2!
Assim, para cada combinação de 3 vitórias e 2 derrotas temos uma
probabilidade de 9/1024 de acontecer. Logo, a probabilidade dele
ganhar exatamente 3 partidas é igual a:
9/1024 × 10 = 90/1024 = 45/1012
Jogando 4 moedas no chão qual a probabilidade de
exatamente duas caírem cara?
Vamos supor que caíram 2 moedas cara e 2 coroa nesta ordem. A
chance disso acontecer é de: 1/2 × 1/2 × 1/2 × 1/2 = 1/16.
Chamando cara de C e coroa de K vemos que CCKK é apenas um dos
anagramas possíveis. Mas no total podemos formar outros
anagramas com essas letras:

4! = 4 × 3 × 2 × 1 = 6.
2! × 2! 4
Dessa forma, temos 6 possibilidades de obter exatamente duas
caras e cada uma delas tem a probabilidade de 1/16 de acontecer.
Portanto, a probabilidade de sair exatamente 2 caras é dada por:
1/16 × 6 = 6/16 = 3/8.

Divisão de casos
É muito comum nos estudos de probabilidade ter que dividir um
problema em casos. Isso acontece sempre quando existem
diferentes caminhos para se chegar na probabilidade desejada.
Então o que devemos fazer é calcular a probabilidade de cada
caminho, ou seja, de cada caso acontecer e posteriormente somar
as probabilidades encontradas. Vamos ver alguns exemplos:
Erik talvez vai ir jogar bola. Sabe-se que se chover a
probabilidade dele ir é de apenas 10%, já se não chover a
probabilidade dele ir é de 70%. Sabendo que a probabilidade de
chover é de 50% nesse dia, qual a probabilidade de Erik ir jogar
bola?
Veja que nesse caso queremos a probabilidade de Erik ir jogar bola e
para isso acontecer existem duas possibilidades: ou vai chover e ele
vai jogar bola o não vai chover e ele vai jogar bola. O que devemos
fazer é calcular a probabilidade de cada um desses dois casos
acontecerem e posteriormente somar as probabilidades. Essa é a
melhor forma de resolver exercícios desse tipo.

1° caso: Chove e ele vai jogar bola P = 1/2 × 1/10 = 1/20


2° caso: Não chove e ele vai jogar bola P = 1/2 × 7/10 = 7/20
Somando as probabilidades dos dois casos temos que a
probabilidade dele ir jogar bola é de 8/20 = 40 %.
Probabilidade condicional
Muitos estudantes se perdem ao estudar este assunto por acharem
que necessitam de decorar fórmulas complicadas, quando na
verdade as questões de probabilidade condicional são como as
outras e a única diferença é que na probabilidade condicional
calculamos a chance de um evento acontecer já sabendo que um
outro evento aconteceu, ou seja, com uma condição especial e isso
faz com que a quantidade de casos possíveis seja reduzida devido a
esta condição dada pelo exercício. Vamos ver dois exemplos
clássicos que já apareceram no Enem.
Certa vez o Enem cobrou uma questão em que perguntava a
probabilidade da funcionária de uma empresa calçar número 38,
já sabendo que ela calçava mais do que 36, conforme o quadro
abaixo:

Veja que se a pergunta fosse a probabilidade dela calçar 38, a


resposta seria 10/15 = 2/3. Porém o exercício colocou uma
condição, por isso o nome probabilidade condicional. E nesse caso a
condição era de que ela calçava mais que 36. Nesse caso o número
de casos possíveis agora só contabiliza as funcionárias que calçam
mais que 36, resultando num total de 14 funcionárias. Logo, a
probabilidade é igual a 10/14 = 5/7.

Perceba que o que a probabilidade condicional faz é reduzir a


quantidade de casos possíveis. Vejamos a seguir um exemplo
de questão de probabilidade condicional que caiu no Enem PPl
de 2021:
Questões de Enem's anteriores
(Enem 2021) Em uma fábrica de circuitos elétricos, há diversas
linhas de produção e montagem. De acordo com o controle de
qualidade da fábrica, as peças produzidas devem seguir um padrão.
Em um processo produtivo, nem todas as peças produzidas são
totalmente aproveitáveis, ou seja, há um percentual de peças
defeituosas que são descartadas. Em uma linha de produção dessa
fábrica, trabalham três máquinas, M1 , M2 e M3 , dia e noite. A
máquina M1 produz 25% das peças, a máquina M2 produz 30% e a
máquina M3 produz 45%. O percentual de peças defeituosas da
máquina M1 é de 2%, da máquina M2 é de 3% e da máquina M3 é
igual a 4%.

A probabilidade de uma peça defeituosa ter sido produzida pela


máquina M2 é mais próxima de

A) 15,6%
X
B) 28,1%
C) 43,7%
D) 56,2%
E) 71,8%

Dica de ouro 2
Questões como essa são frequentes no Enem. Veja que se
soubéssemos a quantidade de peças totais seria mais fácil de
resolver este exercício. Pois bem, podemos supor qualquer valor
para a quantidade de peças, já que como o exercício não diz é
porque este cálculo serve independente do número de peças. E
como estamos tratando de porcentagem, podemos supor que no
total são 100 peças existentes nesta fábrica.
Supondo então que existem 100 peças na fábrica, temos que o
número de casos possíveis é a quantidade total de peças
defeituosas, uma vez que o exercício colocou a condição de que
a peça é defeituosa. E o número de casos favoráveis é dado
pela quantidade de peças que são da máquina 2 e são
defeituosas. Vamos então calcular:
Casos favoráveis (peças da máquina 2 e defeituosas):
30 peças são da máquina 2 e dessas 3% são defeituosas, ou seja, a
quantidade de peças que são da máquina 2 e defeituosas é dada por :

3/100 × 30 = 9/10 = 0,9


Casos possíveis (peças defeituosas):
Sabemos que 0,9 peças da máquina 2 são defeituosas. Da máquina
1 teremos um total de 2% de 25 peças e da máquina 3 teremos um
total de 4% de 45 peças:
2/100 × 25 = 0,5 peças defeituosas da máquina 1
4/100 × 45 = 1,8 peças defeituosas da máquina 3
Portanto, a quantidade total de peças defeituosas é igual a 0,9 + 0,5
+ 1,8 = 3,2. Portanto, a probabilidade final é igual a 0,9/3,2 = 28,1%
aproximadamente.
(Enem PPL 2019) Uma locadora possui disponíveis 120 veículos da
categoria que um cliente pretende locar. Desses, 20% são da cor
branca, 40% são da cor cinza, 16 veículos são da cor vermelha e o
restante, de outras cores. O cliente não gosta da cor vermelha e
ficaria contente com qualquer outra cor, mas o sistema de controle
disponibiliza os veículos sem levar em conta a escolha da cor pelo
cliente.

Disponibilizando aleatoriamente, qual é a probabilidade de o cliente


ficar contente com a cor do veículo?

A) 16/120
B) 32/120 Veja que esta questão é muito fácil. Do total de
C) 72/120 veículos (120), temos que 120 - 16 = 104 o deixariam
D) 101/120 contente. Logo, disponibilizando aleatoriamente, a
E)
X 104/120 chance dele ficar contente com a cor do veículo é igual
a 104/120.
Para você resolver:
Nível fácil

(Enem 2021) A senha de um cofre é uma sequência formada por


oito dígitos, que são algarismos escolhidos de 0 a 9. Ao inseri-la, o
usuário se esqueceu dos dois últimos dígitos que formam essa
senha, lembrando somente que esses dígitos são distintos.
Digitando ao acaso os dois dígitos esquecidos, a probabilidade de
que o usuário acerte a senha na primeira tentativa é:

A) 2/8
B) 1/90
C) 2/90
D) 1/100
E) 2/100
(Enem 2020) Para um docente estrangeiro trabalhar no Brasil, ele
necessita validar o seu diploma junto ao Ministério da Educação.
Num determinado ano, somente para estrangeiros que trabalharão
em universidades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, foram
validados os diplomas de 402 docentes estrangeiros. Na tabela, está
representada a distribuição desses docentes estrangeiros, por
países de origem, para cada um dos dois estados.

A probabilidade de se escolher, aleatoriamente, um docente


espanhol, sabendo-se que ele trabalha em uma universidade
do estado de São Paulo é:

A) 60/402
B) 60/239
C) 60/100
D) 100/239
E) 279/402
Nível médio

(Enem 2020) Um apostador deve escolher uma entre cinco moedas


ao acaso e lançá-la sobre uma mesa, tentando acertar qual:
resultado (cara ou coroa) sairá na face superior da moeda. Suponha
que as cinco moedas que ele pode escolher sejam diferentes:

• duas delas têm “cara” nas duas faces;


• uma delas tem “coroa” nas duas faces;
• duas delas são normais (cara em uma face e coroa na outra).

Nesse jogo, qual é a probabilidade de o apostador obter uma face


"cara" no lado superior da moeda lançada por ele?

A) 1/8
B) 2/5
C) 3/5
D) 3/4
E) 4/5

(Enem 2019) Uma empresa sorteia prêmios entre os funcionários


como reconhecimento pelo tempo trabalhado. A tabela mostra a
distribuição de frequência de 20 empregados dessa empresa que
têm de 25 a 35 anos trabalhados. A empresa sorteou, entre esses
empregados, uma viagem de uma semana, sendo dois deles
escolhidos aleatoriamente.
Qual a probabilidade
de que ambos os
sorteados tenham 34
anos de trabalho?

A) 1/20
B) 1/19
C) 1/16
D) 2/20
E) 5/20
Nível difícil

(Enem 2022) Em um jogo de bingo, as cartelas contêm 16


quadriculas dispostas em linhas e colunas. Cada quadricula tem
impresso um número, dentre os inteiros de 1 a 50, sem repetição de
número. Na primeira rodada, um número é sorteado,
aleatoriamente, dentre os 50 possíveis. Em todas as rodadas, o
número sorteado é descartado e não participa dos sorteios das
rodadas seguintes. Caso o jogador tenha em sua cartela o número
sorteado, ele o assinala na cartela. Ganha o jogador que primeiro
conseguir preencher quatro quadrículas que forma um linha, uma
coluna ou uma diagonal, conforme os tipos de situações ilustradas
na Figura 1.

O jogo inicia e, nas quatro primeiras rodadas, foram sorteados os


seguintes números: 03, 27, 07 e 48, Ao final da quarta rodada,
somente Pedro possuía uma cartela que continha esses quatro
números sorteados, sendo que todos os demais jogadores
conseguiram assinalar, no máximo, um desses números em suas
cartelas. Observe na Figura 2 o cartão de Pedro após as quatro
primeiras rodadas.
A probabilidade de Pedro ganhar o jogo em
uma das duas próximas rodadas é

A) 1/46 + 1/45
B) 1/46 + 2/46 x 45
C) 1/46 + 8/46 x 45
D) 1/46 + 43/46 x 45
E) 1/46 + 49/46 x 45

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