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ENGENHARIA ELÉTRICA – BACHARELADO

HAGY RAILENNO ARAÚJO DA SILVA

ENSAIOS DE EQUIPAMENTOS DE UM SISTEMA DE POTÊNCIA


Para-raios, TC e Disjuntores de Alta Tensão

Rio Branco – AC
Mês e ano
HAGY RAILENNO ARAÚJO DA SILVA

ENSAIOS DE EQUIPAMENTOS DE UM SISTEMA DE POTÊNCIA


Para-raios, TC e Disjuntores de Alta Tensão

Trabalho acadêmico com cunho de pesquisa


bibliográfica, do curso de graduação em
Engenharia Elétrica, referente à disciplina
Análise de Sistemas Elétricos de Potência,
ministrada pelo Professor Francisco Rocha
Palácio, apresentada como requisito parcial
de nota.

Rio Branco – AC
Mês e ano
SUMÁRIO
1 ENSAIOS DE PARA-RAIOS ................................................................................ 1
1.1 ENSAIOS DE TIPO............................................................................................... 1
1.2 ENSAIOS DE ROTINA ......................................................................................... 2
1.3 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................................. 2

2 ENSAIOS DE TRANSFORMADORES DE CORRENTE...................................... 4


2.1 ENSAIOS DE ROTINA ......................................................................................... 5
2.2 ENSAIOS DE TIPO............................................................................................... 5
2.3 ENSAIOS ESPECIAIS .......................................................................................... 5

3 ENSAIOS DE DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO ............................................. 6


3.1 ENSAIOS DE ROTINA ......................................................................................... 6
3.2 ENSAIOS DE TIPO............................................................................................... 6
3.3 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................................. 7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 8


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1 ENSAIOS DE PARA-RAIOS

Os para-raios devem ser ensaiados pelo fabricante em suas instalações com


a presença do inspetor do comprador. Os ensaios devem obedecer aos requisitos
contidos na norma NBR 5287 – Para-raios a Resistor Não Linear a Carboneto de
Silício para Sistemas de Potência – Especificação.

Figura – 1: Detalhe de conexão do para-raios com a linha de transmissão.

Fonte: MAMEDE, J. F. (2013)


Os para-raios devem ser submetidos aos ensaios apresentados a seguir.

1.1 ENSAIOS DE TIPO

Também conhecidos como ensaios de protótipo, se destinam a verificar se


determinado tipo ou modelo de para-raios é capaz de funcionar satisfatoriamente
nas seguintes condições especificadas:
 Ensaio de tensão suportável no invólucro a impulso atmosférico.
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 Ensaio de tensão suportável no invólucro à frequência industrial.


 Ensaios de tensão residual a impulso de corrente íngreme.
 Ensaios de tensão residual a impulso atmosférico.
 Ensaios de tensão residual a impulso de corrente de manobra.
 Ensaios de tensão de ciclo de operação para impulso de corrente elevada.
 Ensaio do desligador automático (para-raios de distribuição).
 Ensaio de descargas parciais.
 Ensaio de estanqueidade.
 Ensaio de radiointerferência
 Ensaio de envelhecimento sob tensão de operação simulando condições
ambientais.
 Ensaio especial de qualificação do material polimérico.
 Tensão disruptiva a impulso atmosférico.
 Ciclo de operação.
Esses ensaios podem ser dispensados pelo comprador desde que o
fabricante apresente documento comprobatório de cada um dos ensaios realizados.

1.2 ENSAIOS DE ROTINA

Destinam-se a verificar a qualidade e uniformidade da mão de obra e dos


materiais empregados na fabricação dos para-raios. São os seguintes:
 Ensaios de tensão residual a impulso atmosférico.
 Distribuição de corrente para para-raios de colunas múltiplas
 Medição de corrente de fuga total na tensão de operação contínua.
 Ensaios de descargas parciais.
 Ensaio dielétrico do invólucro.

1.3 ENSAIOS DE RECEBIMENTO

Destinam-se a verificar as condições gerais dos para-raios antes do


embarque. São eles:
 Ensaio de tensão residual a impulso atmosférico.
 Ensaio de medição da tensão de referência.
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 Ensaio de descargas parciais.


 Ensaio de medição de corrente de fuga total na tensão de operação contínua.
 Ensaio de medição da componente resistiva da corrente de fuga medida na
tensão de operação contínua.
 Verificação visual e dimensional.
 Ensaio de estanqueidade.
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2 ENSAIOS DE TRANSFORMADORES DE CORRENTE

São as seguintes as normas técnicas nacionais que se aplicam aos


transformadores de corrente:
 NBR 6856 – Transformadores de Corrente – Especificação.
 NBR 6821 – Transformadores de Corrente – Métodos de ensaio.

Figura – 2: Detalhe de transformador de corrente

Fonte: MAMEDE, J. F. (2013)

Os ensaios dos transformadores de corrente devem ser executados segundo


a NBR 6821 – Transformador de Corrente – Método de Ensaio. São os seguintes os
ensaios que devem ser realizados nos TCs.
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2.1 ENSAIOS DE ROTINA

Estes ensaios se destinam a verificar a qualidade e a uniformidade da mão de


obra e dos materiais empregados na fabricação dos TCs. São os seguintes os
ensaios de rotina exigidos pela NBR 6856:
 Tensão induzida.
 Tensão suportável à frequência industrial.
 Descargas parciais.
 Polaridade.
 Exatidão.
 Fator de potência do isolamento.
 Resistência mecânica à pressão interna.

2.2 ENSAIOS DE TIPO

Os ensaios de tipo são realizados para se comprovar se um determinado


modelo ou tipo de TC é capaz de funcionar satisfatoriamente nas seguintes
condições especificadas:
 Todos os ensaios especificados anteriormente.
 Resistência dos enrolamentos.
 Tensão suportável de impulso atmosférico.
 Tensão suportável de impulso de manobra.
 Elevação de temperatura.
 Corrente térmica nominal.

2.3 ENSAIOS ESPECIAIS

Constituem ensaios especiais os seguintes:


 Radiointerferência ( ≥ 145 ).
 Estanqueidade a quente.
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3 ENSAIOS DE DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO

Todos os ensaios devem ser realizados pelo fabricante na presença do


inspetor ou não, de conformidade com as prescrições contidas no documento de
aquisição do comprador. Os ensaios de recepção devem ser realizados de acordo
com a NBR 7102. Os ensaios sintéticos em disjuntores de alta tensão estão
enumerados a seguir.

3.1 ENSAIOS DE ROTINA

Devem ser executados em todas as unidades produzidas. São os seguintes:


 Ensaios de tensão suportável a seco, à frequência industrial no circuito
principal.
 Ensaios de tensão aplicada nos circuitos de comando e auxiliar.
 Medição da resistência no circuito principal.
 Ensaios de operação mecânica.
 Ensaios nas buchas.
 Ensaios de vazamento (óleo, ar comprimido, gás).
 Ensaios de pressão (gás, ar comprimido).
 Ensaios dos ajustes mecânicos.
 Ensaios de operação mecânica.
 Ensaios dos tempos de operação tanto no fechamento como na abertura.
 Ensaios de suportabilidade dos componentes isolantes principais, à tensão de
frequência industrial.

3.2 ENSAIOS DE TIPO

Em geral, os ensaios de tipo são dispensados pelo comprador quando o


fabricante exibe resultados dos ensaios de tipo anteriormente executados sobre
disjuntores fabricados com base no mesmo projeto. Caso contrário, é sempre
conveniente a presença de um inspetor na fábrica durante a realização dos ensaios,
que são:
 Ensaios de comprovação do desempenho mecânico.
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 Ensaios de comprovação de operação;


 Ensaios de comprovação da elevação máxima de temperatura.
 Ensaios de impulso de manobra.
 Ensaios de impulso atmosférico.
 Ensaios de tensão aplicada à frequência industrial.
 Ensaios de descarga parcial.
 Ensaios de estabelecimento de correntes de curto-circuito.
 Ensaios de corrente crítica.
 Ensaios de interrupção de corrente de curto-circuito monofásico.
 Ensaios de interrupção de falta quilométrica.
 Ensaios de abertura em discordância de fases.
 Ensaios de suportabilidade à corrente de curta duração admissível.
 Ensaios de abertura de linha a vazio.
 Ensaios de manobra de banco de capacitores (abertura e fechamento).
 Ensaios de abertura do transformador a vazio.
 Ensaios de interrupção de falta com a operação de disjuntores em paralelo.

3.3 ENSAIOS DE RECEBIMENTO

Para o recebimento dos disjuntores, são considerados os aspectos citados a


seguir.
 Transporte
O transporte deve ser feito com todos os cuidados necessários a fim de que o
equipamento não sofra nenhum dano, incluindo-se aí o embarque e o desembarque.
 Inspeção visual
Antes do embarque, os disjuntores devem sofrer uma inspeção visual
abrangendo os seguintes aspectos:
 Confrontar as características de placa com o pedido de compra.
 Verificar a inexistência de fissuras ou lascas nas buchas e de danos no
tanque ou nos acessórios.
 Examinar se há indícios de corrosão.
 Observar se há vazamentos de óleo através das buchas, bujões e solda.
 Verificar o estado da embalagem.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MAMEDE, J. F. Manual de Equipamentos Elétricos. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC,


2013.

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