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No que diz respeito à composição desses produtos, dos 504 ingredientes ativos de agrotóxicos
autorizados para uso no país até agosto de 2022, 107 (21,2%) foram derivados de fontes
biológicas, enquanto os outros 397 eram produtos químicos produzidos industrialmente (REF).
Desse total, 146 (36,8%) não possuem permissão de uso na União Europeia (2022). Além disso,
a China também cancelou os registros de alguns ingredientes ativos de agrotóxicos com uso
autorizado no Brasil, incluindo cadusafós, etoprofós, fipronil, metidationa, metomil,
metsulfurom-metílico, paraquat, terbufós e tiazofós 3–5.
Para aprofundar a análise, dentre os 31 ingredientes ativos de agrotóxicos que foram destaque
em 2020, com mais de 3.000 toneladas comercializadas3, 14 (45,2%) não são autorizados na
União Europeia. Essa complexidade na relação entre expansão agrícola e uso de agrotóxicos no
Brasil demanda uma abordagem criteriosa, considerando as implicações tanto em termos de
quantidade quanto de natureza dos produtos comercializados.
De acordo, com o mapa têm sido realizadas diferentes pesquisas que tentam verificar se o uso
de agrotóxicos poderia indicar um aumento do número de casos de câncer nas regiões mais
afetadas. Deste modo, os próximos dois trabalhos apontam no sentido de existir essa
correlação.
O primeiro estudo foi conduzido por
Stoppelli e Crestana em 20056. Este trabalho
aborda fatores de risco correlacionados à
mão-de-obra rural e sua à exposição a
pesticidas em uma área geográfica restrita
(município de Bariri), com o objetivo de
avaliar a saúde dos trabalhadores rurais
neste município agrícola. A investigação foi
realizada com base no banco de dados com
registros do Hospital Amaral Carvalho. O
estudo foi centrado no conjunto de casos de
câncer registrados entre 2000 e 2002. Os
autores concluíram que os cânceres de pele
e sistema digestivo foram preponderantes
em Bariri. Além disso, o estudo indicou uma
probabilidade de quase duas vezes superior
de desenvolvimento de câncer entre os
trabalhadores rurais face ao grupo de
controle.
Com base no foi descrito neste texto, nas aulas e no seu conhecimento adquirido sobre
agrotóxicos responda às seguintes perguntas:
a) Quais agrotóxicos são utilizados nessas regiões e podem estar associados à maior incidência
de câncer nas populações que residem nas proximidades dos campos de cultivo ou que
trabalham no setor agrícola? Explique detalhadamente, apresentando argumentos embasados
em estudos científicos. Pode utilizar pesquisas adicionais sobre esta região ou utilizar exemplos
verificados em outras partes do planeta.
b) Para validar qualquer estudo que demonstre uma tendência na incidência de câncer
relacionada à exposição ocupacional, a média de casos na população exposta a agrotóxicos
deve ser superior à média de casos em uma população de controle, isto é, não exposta
ocupacionalmente a esses agrotóxicos. Reflita sobre esses estudos e procure verificar a
validade dos dois casos apresentados. Pode utilizar casos de regiões estudadas por períodos
mais extensos para fundamentar a sua resposta. Construa um texto argumentativo que valide a
sua reflexão.
e) Suponha que você ocupe o atual cargo de Ministro do Meio Ambiente, enfrentando
pressões de diferentes lobbies ambientalistas e agroindustriais, os primeiros exigindo mais
restrições e os segundos defendendo uma menor regulamentação na atividade agroindustrial.
Como poderia estabelecer uma política ambiental para o Brasil que equilibre o meio ambiente
com a atividade econômica? Não se esqueça de que você lidera um setor do Estado e possui
consideráveis recursos econômicos para orientar uma política pública dessa magnitude, use
isso em seu favor.
Algumas referências que podem ser interessantes para a realização deste trabalho 7–20
Referências
(1) Tabela 1613: Área destinada à colheita, área colhida, quantidade produzida, rendimento
médio e valor da produção das lavouras permanentes.
https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1613 (accessed 2023-11-29).
(2) Tabela 1612: Área plantada, área colhida, quantidade produzida, rendimento médio e
valor da produção das lavouras temporárias. https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1612
(accessed 2023-11-29).
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https://doi.org/10.1016/J.ENVRES.2017.08.045.
(8) Oliveira, N. P.; Moi, G. P.; Atanaka-Santos, M.; Silva, A. M. C.; Pignati, W. A. Congenital
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(9) Gangemi, S.; Miozzi, E.; Teodoro, M.; Briguglio, G.; De Luca, A.; Alibrando, C.; Polito, I.;
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(11) Fenga, C. Occupational Exposure and Risk of Breast Cancer (Review). Biomed Rep 2016,
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