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DICAS PARA ENCONTRO DE CASAIS

Dicas para realizar encontro de casais

Roteiro para encontro de casais:

Roteiro para encontro de casais


Encontro de Casais:
1- Participantes: casais pertencentes ao corpo de membros da Igreja local, podendo
ser aberto a outros casais.
2- Local do evento: Pode ser realizado na própria Igreja ou em uma Pousada ou Sitio,
poderá ser um final de semana completo, uma noite ou um dia inteiro, dependendo da
disponibilidade.
3-Objetivo: mostrar o poder de Deus no casamento através da aliança com Ele.
Durante a ministração o casal deverá sentar junto, pois a cumplicidade será muito
importante neste momento.
4-Convite: deve ser bem elaborado, como se fosse o convite de um casamento, mesmo
que simples. Sugestão: utilize uma foto de flores, rosas ou alianças e coloque os
dizeres sobre ela. Mande imprimir em papel fotográfico mesmo ou leve para revelar,
sai barato e é lindo!
5- Recepção aos casais
6-Temas:
-A importância dos votos no casamento
- Intimidade do casal
- Finanças pessoais e economia doméstica
- A unidade familiar
- etc.
7-Decoração:
A imaginação pode ser muito usada para decorar um encontro de casais. O local do
evento deverá estar rodeado de romantismo. Flores, bexigas e enfeites dão o ar da
graça. A luz baixa durante o jantar trará mais romantismo ao evento.
O salão pode estar decorado com bexigas em formato de coração, sempre em tons
vermelho e branco.
As mesas devem preferencialmente ser separadas por casais, mas, caso não seja
possível, o casal deverá sentar em frente ou ao lado do outro.
A toalha pode ser branca, com vasos com flores vermelhas, e velas que deverão ser
acesa somente durante o jantar.
Pode ser feito um arco com bexigas ou flores na entrada, com um lindo tapete
vermelho para recepcionar os casais.
Em um canto do salão/restaurante, poderá ser montada uma mesa com um bolo
“falso”, taças e espátula para que os casais tirem fotos para recordação. A decoração
da mesa do bolo deverá ser diferenciada, como se fosse o “Bolo do Casamento”.
8-Jantar a luz de velas: em um encontro de casais não pode faltar, o clima de
romantismo após a ministração da Palavra de Deus, fará com que os laços do
matrimônio sejam renovados.

Mas se não for possível pode fazer um coquetel, use os recursos disponíveis.
9-Lembranças: caixa de bombons em formato de coração, fotos do casal tiradas no
mesmo dia do evento,flores que poderão ser entregues pelo esposo à amada, carta de
amor escrita pelo cônjuge, aliança dourada, sorteio de jantar a dois em um restaurante
fino da cidade, sorteio de pernoite em um hotel.
10- Dinâmicas: As dicas estão em dinâmicas para encontro de casais.

Palavra, estudo, reflexão: Escolher alguém que tenha conhecimento, experiências em


assuntos de casais e famílias.

Roteiro:
Recepção aos casais
Devocional
Grupo de louvor responsável pelos canticos
Palestra
Dinâmicas
Oração
Janta
Deve ser adaptado a cada situação

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Dinâmica para casais

 Organizar um circulo com umas 20 cadeiras( para 10 casais).


 Os casais deverão se assentar nas cadeiras,mas não juntos.Esposo e esposa
ficam longe um do outro.
 O dirigente dá o nome de uma fruta a cada casal. Por exemplo: O casal Souza
serão laranjas, o casal Araújo serãomelancias, o casal Freitas serão uvas,e assim
por diante – cada casal recebendo um nome de fruta.
 O dirigente avisa que, à sua ordem, os casais que tiverem o nome da fruta
mencionada deverão levantar-se, dar um abraço e um beijo em seu cônjuge e
voltar aos seus lugares.
 Deve-se fazer a experiência uma vez. O dirigente diz onome de duas frutas, os
casais se levantarão, os cônjuges darão um abraço e um beijo e voltarão para
seus lugares.
 Inicia-se então a brincadeira. O dirigente diz os nomes de duas frutas,os dois
casais se levantam e, enquanto se beijam e se abraçam, o dirigente ocupa uma
das cadeiras que ficou vazia. Ao voltar para seus lugares,uma das pessoas não
poderá se assentar e então esse casal sai da brincadeira.
 Retiram-se duas cadeiras, e assim continua a brincadeira até que somente um
casal consiga lugar

Dinãmica da cinderela

Esta brincadeira pode ser feita com uns 15 ou 20 casais.

o Pede-se as esposas para tirarem seus sapatos e amontoá-los num canto


da sala.
o Misturam-se todos os sapatos femininos, de modo que os pares não
fiquem juntos.
o Coloca-se uma fileira de cadeiras, uma ao lado da outra, para que todas
as esposas participantes possam se sentar.
o À ordem do dirigente, os esposos deverão encontrar os sapatos de suas
esposas – tem de ser o par – e calça-los nela.
o A esposa não pode dizer ao esposo se o sapato que ele trouxer não for o
dela.
o O promeiro esposo a calçar a esposa com seus próprios pares de sapato
ganha a brincadeira.

 Encerra-se a brincadeira com a esposa vencedora recompensando seu esposo


com um beijo, um abraço ou uma declaração de amor.

Dinâmica união e confiança

Número de Casais indefinido, pode-se fazer tanto com dois ou três , como com 15, por
exemplo.

Material
 Papel pardo – depende do número de casais, o ideal é um, ou no máximo dois
metros por casal;
 Cola tenaz – não precisa ser um por casal. Pode ser a metade do total de casal;
 Fita Durex – pode ser aquela larga(idem cola tenaz);
 Tecido para tampar os olhos – Cada casal vai ter um com o olho fechado;
 Barbante – para amarrar as mãos de um, apenas. O ideal é comprar um rolo
pequeno, assim vc pode usar a vontade;
 Tesoura: – sem ponta. (idem cola tenaz.).
 Canetas, canetões, lápis para escrever.

Brincadeira

Consiste no seguinte:
O casal define quem ficará com os olhos vendados, e quem terá as mãos amarradas na
costas.
Vende e amarre cada um. Distribua o papel pardo, para cada um.
A cola, a tesoura, o durez e as canetas, canetões e lápis ficam na numa caixa no meio
da sala.
Explique a eles, terão que produzir uma caixa com tampa, com este papel pardo. Mas
quem está vendado é quem vai por as “mãos na massa” e quem está com as mãos
para trás, deve apenas dar as instruções e buscar os materiais. Tem que pegar e
devolver na caixa já que não é um pra cada. Se você tiver recursos, faça um Kit pra
acda casal, com os materiais usados.
NOTA: a caixa pode ser de dobradura, ou cortada e colada. Deve ser como a
imaginação e paciência deles permitir… (risos)

Ao final, tire a venda e desamarre todos. Eles devem observar o trabalho em conjunto.
Você pode falar sobre união, sobre confiança de quem estava com olhos vendados, e
sobre a peciência de quem estava dando as instruções.

fonte: http://www.escoladominical.net/forum/

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Vídeos de dinâmicas

http://www.youtube.com/watch?v=qa1zxQKyx1Q&feature=related
engraçada

http://www.youtube.com/watch?v=Pna16ThhS6w&feature=fvwrel
nó humano
http://www.youtube.com/watch?v=oxMBf3lsEfo&feature=related
dinãmica da confiança
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Música para criação de Slides:
Soube que me amava- Aline Barros

http://www.youtube.com/redirect?q=http%3A%2F%2Fletras.terra.com.br%2Faline-
barros
%2F1026610%2F&session_token=vl9sCLuPfVQ62nmjddde1irF7oN8MTM0NTU0ODY4
MkAxMzQ1NDYyMjgy

******************************
Dinamicas para casais
Para frente e para trás.
Quebra-gelo para o Dia dos Namorados, ou encontro de casais

Recursos

Lista de ações relacionadas com o dia dos namorados;

Cadeiras; e

Prêmio para estimular a brincadeira.

Preparação

Organize as cadeiras em fileiras;

Todos os participantes devem se sentar nas fileiras centrais, por exemplo, formando
uma “linha de partida”;

Devem ser dispostas várias fileiras de cadeiras vazias à frente da “linha de partida” e
várias fileiras de cadeiras também vazias à retaguarda da “linha de partida”;

Os participantes devem ocupar as fileiras centrais de cadeiras ;

Deve ser ocupada uma cadeira por pessoa;

Depois que todos os participantes estiverem sentados corretamente nas fileiras


centrais, todos um ao lado do outro, então leia as instruções para os participantes
seguirem;

Quando um participante for se mover, para frente ou para trás, e se alguém estiver
ocupando essa cadeira à frente ou à retaguarda, deverá se sentar ao lado dele ficar em
pé ou ao lado. Várias pessoas podem ficar “empilhadas” numa mesma cadeira
dependendo do número de participantes e do número de fileiras de cadeiras
ocupadas.

Vence a primeira pessoas que chegar na primeira fileira da frente.


Instruções para a prova

Aqui está uma sugestão de lista de perguntas, você poderá reformulá-las. É


aconselhável que você tenha um número bem maior de perguntas sob risco de,
esgotarem-se as perguntas e a dinâmica não estar encerrada.

“Se você estiver usando alguma peça de roupa vermelha, avance uma cadeira”

“Se você estiver com alguma pela de roupa preta, mova-se para três cadeiras atrás”

“Se seu aniversário for no mês de junho, avance uma cadeira.”

“Se você não comprou para seu amado algo para dia dos namorados, mova-se duas
cadeiras atrás.”

“Se você disse “eu o amo” para alguém hoje, avance duas cadeiras.”

” Se seu amado tiver um hábito que o irrita, mova-se uma cadeira atrás.

” Se você já cantou uma serenata a seu amado, avance 1 cadeira.”

“Se você não entregou um cartão dos Dias volte duas cadeiras.”

” Se você alguma vez comprou ou recebeu uma rosa vermelha no Dia dos Namorados,
avance uma cadeira “.

” Se você nunca desfrutou de um jantar à luz de vela no Dia dos Namorado mova-se
uma cadeira para trás “.

” Se você alguma vez esqueceu de celebrar o Dia dos Namorado volte atrás uma
cadeira “.

” Se você tem uma canção especial que lembra o seu namoro ou casamento, avance
adiante 1 cadeira “.

” Se você alguma vez ficou envergonhado (a) no dia de Namorado, mova-se uma
cadeira para trás.

” Se você sempre recebeu rosas ou um presente no dia dos namorados, avance uma
cadeira “.

” Se seu carro quebrou no dia dos namorados, mova-se 1 cadeira atrás.

” Se você alguma vez chamou seu amado (a) pelo nome errado, volte 2 cadeiras “.

” Se Você alguma vez enviou anonimamente flores para seu amado (a), avance 1
cadeira “.
” Se você alguma vez deixou para seu amado (a) uma mensagem de amor na secretária
eletrônica, avance uma cadeira “.

” Se você alguma vez Enviou adiante o amado (a) um SMS (mensagem de texto no
celular), avance uma cadeira “.

” Se você alguma vez comprou para seu amado (a) um artigo de roupa que era muito
pequena ou muito grande, volte uma cadeira “.

” Se você se envergonha de beijar seu amado (a), volte para trás uma cadeira “.

” Se você segura mãos do seu amado (a) em local público, avance uma cadeira “.

” Se você gosta de fazer coisas para alguém para mostrar você os ama, avance uma
cadeira “.

” Se você alguma vez recebeu uma chamada telefônica de um ex-namorado depois


que casou com seu amado, volte atrás duas cadeiras “.

” Se você sempre esquece datas importantes relacionadas ao casal, volte uma cadeira
“.

” Se você alguma vez recusou atender o telefone depois de uma discurssão com seu
amado, mova-se uma cadeira para atrás.

” Se você alguma vez ficou ofendido com o odor do corpo de seu amado (a), avance
uma cadeira “.

” Se você gosta de dar presentes para mostrar para alguém que você os ama avance
uma cadeira “.

” Se você já beijou na boca seu amado (a) sem escovar os dentes, avance uma cadeira.

” Se você já usou uma roupa especial no dia dos Namorado avance uma cadeira “.

Reflexão

Quais aspectos avançaram na sua relação?

Quais aspectos retrocederam?

Reflita sobre o ano anterior, você avançou em seu relacionamento conjugal ou


retrocedeu?

Como você mede o progresso do seu relacionamento?


Alguns relacionamento são como esta dinâmica – ora avança, ora retrocede – o seu
relacionamento é assim?

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Um comentário: Marcadores: DINÂMICAS PARA ENCONTRO CASAIS
Dinamicas para casais
Cinderela

Esta brincadeira pode ser feita com uns 15 ou 20 casais.

Pede-se as esposas para tirarem seus sapatos e amontoá-los num canto da sala.
Misturam-se todos os sapatos femininos, de modo que os pares não fiquem juntos.
Coloca-se uma fileira de cadeiras, uma ao lado da outra, para que todas as esposas
participantes possam se sentar.
À ordem do dirigente, os esposos deverão encontrar os sapatos de suas esposas – tem
de ser o par – e calça-los nela.
A esposa não pode dizer ao esposo se o sapato que ele trouxer não for o dela.
O promeiro esposo a calçar a esposa com seus próprios pares de sapato ganha a
brincadeira.
Encerra-se a brincadeira com a esposa vencedora recompensando seu esposo com um
beijo, um abraço ou uma declaração de amor.

É interessante destacar que os maridos nem sempre valorizam o que elas valorizam,
no caso aqui o sapato, nem ao menos sabem qual era o de sua esposa, e também é
interessante destacar que precisam prestar mais atenção nelas.

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Material para líderes de casais: dinâmicas.


Publicado no site http://www.pastorrico.com.br/trabalhando-com-casais.html

Título: Medo de Desafio

Material: caixa, chocolate,e aparelho de som(CD)

Procedimento:

encha a caixa com jornal para que não se perceba o que tem dentro. Coloqueno fundo
o chocolate e um bilhete:
COMA O CHOCOLATE!

pede-se aos casais que faça um círculo, o coordenador segura a caixa e explica aos
casais:

estão vendo esta caixa?

dentro dela existe uma tarefa a ser cumprida, vamos brincar de batata quente com ela,
e aquele que ficar por ultimo terá que cumprir a tarefa sem reclamar. Independente
do que seja a tarefa e ninguém vai poder ajudar, o desafio deve cumprir apenas por
quem ficar com a caixa na mão por ultimo .( o interesante é que você assuste os
casais , dizendo que a tarefa é dificil, ou não vai poder ter vergonha de cumprir a tarefa
coisas que eles fiquem com medo de ficar por ultimo entende)

então o lider pede para que eles começem a passar a caixa um na mão do outro e
toca-se um hino bem alegre, então para-se a musica e aquele que ficou com a caixa
nas mãos sai da roda e continua a brincadeira até ficarem só dois , dai toca -se
novamente a musica e quando parar a musica com quem ficar a caixa esse terá que
cumprir a tarefa.

Objetivo:( Conclusão lida no final da dinâmica)É mostrar aos casais que como covardes
e temos medo diante de situações que possam representar perigo. Devemos aprender
que em Deus podemos superar todas as lutas, e desafios que são colocados em nosso
casamento, por mais que pareça tudo tão assustador e desesperador, pois quando
colocamos Deus a frente o final pode ser de uma vitoria saborosa e feliz.

Que Deus possa falar com o grupo de casais de sua igreja , fizemos essa dinâmica em
nossa reunião e foi uma benção para os casais , pois muitos tinham medo de enfrentar
situações em seu casamento porque se esqueceram que quando colocamos Deus a
frente nos nos tornamos mais que vencedores. se gostaram me respondam para saber
se pude ajudar vocês amém .

Material para reuniões de casais: Dinâmicas.

Providencie duas caixinhas, uma para ele e outra para ela.

Dentro delas coloque separadamente os temas ou aifrmações ( abaixo) para ele e


para ela.
• Cada pessoa pega um papel com um tema e lê o conteúdo em voz alta.

Naturalmente pode ocorrer um debate sobre os assuntos.

Pode-se abrir espaço para um breve discussão, ou ser de alguma forma escolhido
alguém para fazer um comentário, ou aindam, quem lê faz o comentário.
Afirmações ou temas para serem transcritos nos papeizinhos das caixas dela e dele.
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Ela Precisa - A primeira coisa sem a qual ela não pode ficar - AFETO.

• O afeto é o cimento de um relacionamento.

• Todo homem é capaz de aprender ser afetuoso.

• Sexo começa com afeto.

• Quando se trata de sexo e afeto, não se pode ter um sem o outro.

• O afeto deve ser o ambiente do casamento.

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Ele deseja: A primeira coisa sem a qual ele não pode ficar – BOM SEXO.

• Satisfaça as necessidades do seu cônjuge como você deseja que seu cônjuge satisfaça
as suas.

• A mulher deve entender que para o homem sexo é extremamente importante, mais
do que para ela.
• O homem dá amor quando quer sexo, a mulher oferece sexo quando recebe amor.

• O sexo é o evento especial do casamento. Estatísticas mostram que 70% das


separações tem a ver com problemas na cama.
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Ela precisa da atenção dele – DIÁLOGO.

• A falta de diálogo causa distanciamento. (Perigo!)


Os homens em geral são muito calados e às vezes gera insegurança na mulher.

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Ele deseja a companhia dela – COMPANHEIRISMO.

• O casal precisa de compatibilidade no lazer.

• Participem de atividades em que você e seu cônjuge possam divertir-se juntos.


Façam coisas juntos.
• O casal que se diverte unido permanece unido.

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Ela precisa confiar nele – HONESTIDADE E FRANQUEZA

• A honestidade é a melhor política de segurança no casamento.

• Sua esposa precisa te conhecer melhor e antes que qualquer outra pessoa.

• A honestidade pode resgatar seu casamento.

• As mentiras podem destruir lentamente seu casamento.

• Sua esposa deve ser também sua melhor amiga.

Faça da verdade um estilo de vida. Nada a esconder, nada a temer.


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Ele deseja: Uma esposa de boa aparência – UMA MULHER ATRAENTE.

• Quando ela se apresenta bem, ele se sente bem.

• Ser atraente satisfaz uma necessidade dele.

• Ser atraente é o que você faz com o que você tem.


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Ela precisa: – ESTABILIDADE FINANCEIRA. Dinheiro suficiente para viver com conforto

• Algumas Mulheres casadas se ressentem por ter de trabalhar.

Ela deve ter o seu dinheiro para gastar livremente, especialmente com seus cuidados
pessoais.

• Quando se trata de dinheiro e casamento, menos pode significar mais.

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Ele deseja de paz, tranqüilidade – APOIO DOMÉSTICO.

• Alegria no lar: a fantasia de todos os homens.


Lar , um lugar de paz e repouso.
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Ela precisa que ele seja um bom pai – COMPROMISSO COM A FAMÍLIA.

• A esposa precisa de uma unidade familiar forte.

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Ele deseja que ela se orgulhe dele – ADMIRAÇÃO.

• Admiração é uma necessidade que eles têm.

• Auto-estima geralmente começa em casa.

• Ao lado de todo homem deve haver uma esposa admiradora.

Material para encontro de casais: Dinâmicas e desafios


Para ser usado em encontros com mais de um dia, ou grupos que se reunem
periódicamente, semanal ou quinzenal.
Prepare duas caixinhas, uma para ele e outra para ela– Dentro delas estarão os
DESAFIOS, conforme abaixo.
Elas conterão desafios para serem cumpridos a dois, em casa, e no dia seguinte será
revelado qual foi o desafio cumprido e qual foi a reação de quem recebeu algo de seu
amor.
Faça os desafios de acordo com o nº de pessoas participantes, exemplo, encontro com
20 casais, deverão ter vinte desafios para homens e 20 desafios para mulheres.
Os desafios estabelecidos devem sempre ser no sentido de agradar o outro.
Cada um pegará o seu desafio e deverá guardar segredo sobre o conteúdo do papel.
No próximo encontro, o desafio cumprido deverá ser revelado.
O dirigente dos encontros e das dinâmicas poderá perguntar antes da revelação se o
parceiro percebeu algo de diferente, se opinaria sobre o que o parceiro tirou, de
acordo com as atitudes do cônjuge.
Crie desafios de acordo com a realidade e o nº dos participantes.

Alguns desafios ( você pode criar outros ).

Ele – Faça um café da manhã especial para ela.


Ela – Faça uma massagem relaxante nele depois de um dia de trabalho.
Ele – Escreva uma carta de amor para ela. Mesmo que em poucas linhas.
Ela – Faça a comida predileta dele.
Ele – Ligue para ela durante o dia. Não deixe de dizer que a ama ou que sentiu
saudades.
Ela – Coloque uma lingerie sexy. Coloque uma música especial no ambiente. Insinue-
se, provoque-o para uma ótima noite de amor. Lembre-se: Se ele tem sexo, ele se
torna mais carinhoso, afetuoso.
Ele – Seja carinhoso com ela: Beije-a como no namoro. Olhe nos olhos. Acaricie todo o
seu corpo sem pressa (nos cabelos, no rosto...). Importante: Não vá pensando em sexo
e sim que você só quer proporcionar um momento especial de afeto à sua esposa.
Lembre-se: A mulher que recebe afeto sente desejo de sexo. O resto é com você.
Ela – Procure saber sobre o dia de trabalho dele. Elogie sua capacidade profissional.
Admire-o.
Ele – Abrace-a pelo menos 06 vezes no dia, um abraço demorado e gostoso.
Ela – Acompanhe-o num programa/entretenimento do interesse dele.
Ele - Passeie com ela. Aproveite para conversar. (Que seja numa praça do bairro.
Saboreie um sorvete.) Ela - Tome a iniciativa no ato sexual, mostre que está com sede
dele. Após elogie o desempenho sexual dele.
Ele - Compre um vasinho de flor para ela, ou algo assim, pode ser barato mais que
tenha significado, escreva um cartão de proprio punho e com palavras suas, nada
comprado pronto.
Ela - Faça algo junto com ele, se ele estiver vendo TV, sernte-se com ele, bem
abraçadinhos. Se tiver lavando o carro, ajude-o. Se estiver fazendo uma caminhada, vá
junto. Enfim, o que ele estiver fazendo, faça junto, ou pelo menos fique ali perto dele.
Ele- Faça um elogio à ela na frente de amigos, familiares ou filhos. Faça de modo
solene, formal, chame as pessoas e diga-lhes para darem um minuto de sua atenção
para que você faça algo que está em seu coração, aí faça o elogio caprichado.
Ela- Escreva com baton, no espelho do banheiro, meu amor eu ti amo.
Ele- Crie facilidades para ela neste dia, tipo, tirar ou guardar o carro na garagem,
consertar algo que está quebrado em casa, levar as crianças na escola, enfim, veja algo
que ela teria que fazer e faça você.
Ela- Escreva uma cartinha destacando as três coisas que mais gosta ou admira nele
enquanto protetor, provedor e amante.

Vamos lá, diverta-se, aprenda e compartilhe os demais do grupo. Esta dinâmica foi
criada pela irmã, nossa leitora do blog Elenir de Souza Moraes.
Dnâmicas de Casais
Material para líderes de casais: Dinâmicas

Distribua aos casais uma folha com a lista , uma para o marido e outra para a
esposa. Peça que assinalem as mudanças que esperam de seus cônjuges,
individualmente. Você pode pedir para um casal voluntário ler os seus pedidos
de mudanças, aquilo que desejam que aconteça na vida do outro. Sugira que
eles se comprometam em atender aquele pedido.

Esta lista foi encontrada no livro de Gary Chapmam, “Como mudar o que mais
irrita no casamento”.

Mudanças que eu gostaria de ver em minha esposa.

Não se irritasse tanto com nossos filhos.

Falasse mais sobre seus sonhos e medos.

Passasse trinta minutos por dia conversando comigo.

Mantivesse a escrivaninha organizada.

Não fizesse faxina e limpeza quando eu estivesse em casa.

Fosse mais segura quanto à aparência e estivesse disposta a usar uma roupa
mais "sexy" de vez em quando.

Parasse de falar do passado.

Parasse de tentar controlar meus pensamentos e minhas ati¬vidades, ditando-


me ordens.

Não se preocupasse tanto.

Não agisse como se fosse minha mãe (lembrando-me, por exemplo, de


escovar os dentes).

Visse o que é positivo em vez de olhar apenas o negativo.

Respondesse às minhas perguntas com uma frase afirmati¬va ou negativa, e


não com outra pergunta.

Expressasse com palavras sua admiração por mim.

Expressasse com palavras que se sente atraída por mim.

Lavasse e limpasse o carro toda semana.


Conversasse comigo.

Arrumasse a bagunça que faz.

Começasse a se aprontar mais cedo para chegarmos pon¬tualmente aos


compromissos.

Descansasse e aproveitasse a vida um pouco mais (assistisse à televisão


comigo, por exemplo).

Tomasse a iniciativa de ter sexo quando estivesse a fim, pois estou quase
sempre a fim.

Parasse de me criticar diante de nossos filhos.

Guardasse suas roupas, em vez de deixá-las jogadas no chão.

Não fosse tão crítica.

Mantivesse o carro mais limpo.

Freqüentasse uma academia de ginástica e entrasse em forma.

Aprendesse a dormir com a luz acesa para que eu pudesse ler.

Tivesse mais consciência dos problemas de saúde relaciona¬dos a seu peso.

Acabasse com parte da tralha que acumulamos em casa.

Realizasse as tarefas da casa de maneira mais sistemática.

Tivesse disposição de ajudar-me a ensinar aos filhos o valor do trabalho.

Permitisse que eu cozinhe com mais freqüência.

Não ficasse irritada o tempo todo, mas fosse mais paciente comigo e com as
pessoas.

Tivesse mais desejo sexual.

Controlasse melhor os animais de estimação.

Perseverasse em suas metas, apesar das dificuldades.

Fosse mais gentil ao falar comigo e a respeito das pessoas.

Permitisse expressar minhas opiniões, mesmo não concor¬dando comigo.


Não questionasse minhas decisões em áreas que não são a especialidade
dela, como a compra de pneus para o carro, por exemplo.

Tivesse mais intimidade comigo na cama.

Elogiasse meu trabalho e me dirigisse palavras positivas todos os dias.

Parasse de me rebaixar.

Não tivesse uma atitude tão crítica e superior em relação a mim e me desse
mais apoio.

Não exigisse tanto de si mesma, em casa, no trabalho, na igreja.

Não me interrompesse quando discutimos um assunto.

Desenvolvesse o hábito de me beijar todas as manhãs quan¬do saio para o


trabalho.

Aprendesse a discutir questões difíceis sem se pôr na defensi¬va e sem


interpretar meus comentários como críticas pessoais.

Massageasse minhas costas três vezes por semana.

Fosse a um café comigo.

Não pegasse no sono enquanto estou falando com ela.

Tivesse mais tranqüilidade em deixar alguém tomar conta das crianças para
podermos sair e nos divertir juntos.

Mudanças que eu gostaria de ver em meu marido

Conversasse comigo todas as noites por dez minutos.

Limpasse a garagem e a mantivesse em ordem.

Saísse para caminhar comigo todas as noites.

Assistisse menos ao canal de esportes.

Não acelerasse o carro de 0 a 100 km/h em 8 segundos quando está irritado.

Tivesse disposição de me ajudar com o banho dos filhos.

Conseguisse aceitar algumas de minhas sugestões. Ele é mui¬to sensível a


qualquer comentário de minha parte que não seja totalmente positivo.
Não pegasse no sono enquanto estou falando.

Tivesse a iniciativa de me convidar para sair com ele uma ou duas vezes por
mês.

Parasse de fumar.

Parasse e me desse total atenção (deixasse o jornal, palavras cruzadas, etc.)


quando estou tentando falar com ele.

Não procrastinasse. Seu lema é "amanhã eu faço".

Expressasse quanto gosta de mim e daquilo que faço. Brincasse mais com as
crianças.

Parasse de empilhar papéis na mesa ou os organizasse com freqüência.

Criticasse menos meu trabalho em casa.

Parasse de espalhar coisas por toda casa, deixando uma tri¬lha de bagunça
por onde passa.

Pensasse mais naquilo que é importante para mim.

Gastasse nosso dinheiro com mais moderação e planejasse comigo um modo


de pagar as dívidas.

Ajudasse a arrumar a bagunça na casa, em vez de me mos¬trar a necessidade


de fazê-lo.

Dedicasse dez minutos por dia para lermos a Bíblia e orar¬mos juntos.

Perguntasse como ele pode ajudar no serviço da casa.

Permitisse que eu expresse meus sentimentos sem reagir com raiva.

Fosse mais gentil ao falar comigo.

Desligasse a TV e conversasse comigo por alguns minutos.

Fizesse exercícios comigo e tentasse entrar em forma.

Limpasse o pára-brisa e as janelas do carro.

Parasse de assoar o nariz durante as refeições.

Conversasse comigo antes de tomar decisões. Gostaria de ser sua parceira e


formar uma equipe.

Guardasse os sapatos dele no armário.


Fosse para a cama comigo para que pudéssemos conversar e fazer amor.

Demonstrasse esforço em falar corretamente. Ele costuma usar tempos verbais


incorretos, algo que o faz parecer igno¬rante quando, na verdade, é
extremamente inteligente.

Aprendesse a ter boas maneiras à mesa.

Respeitasse minha necessidade de ter um pouco de tempo para ficar sozinha.


Ele é maravilhoso e prestativo, mas pre¬ciso de um pouco de privacidade.

Elogiasse aquilo que faço e minha aparência; me encorajasse.

Guardasse as coisas quando termina de fazer algo na casa.

Parasse de superproteger as filhas (de 18 e 20 anos). Elas precisam enfrentar


as conseqüências de suas escolhas.

Dedicasse a mim o mesmo tempo, a mesma energia, o mes¬mo amor e a


mesma devoção que dedica ao trabalho e aos exercícios físicos. No fim do dia,
tenho a impressão de que fico apenas com as sobras.

Colocasse o braço em minha cintura e segurasse minha mão quando andamos


juntos.

Tivesse a iniciativa de me convidar para sair com mais fre¬qüência.

Cortasse a grama do jardim antes de parecer uma selva.

Deixasse de dizer palavrões quando fica com raiva.

Dedicasse tempo a Deus, a mim e a nossos filhos.

Viesse a mim, me abraçasse e me tocasse, mesmo que não terminasse em


sexo.

Assumisse a responsabilidade de lidar com as finanças.

Encontrasse bons amigos ou atividades que lhe dessem algum tempo de lazer
longe de mim. Dessa maneira, eu poderia passar tempo com minhas amigas
sem me sentir culpada.

Ganhasse o suficiente para eu não precisar trabalhar tempo integral.

Olhasse em meus olhos atentamente e conversasse comigo por mais de cinco


minutos.

Tomasse meu partido ou me defendesse diante dos pais dele.


Material para líderes de casais: Dinâmica de grupo.
por Adriana Carvalho
Olá irmãos,líderes de grupos de casais, vou deixar aqui uma dinâmica para
vocês trabalharem com os casais.

TÍTULO: COMO ESTÁ SEU CASAMENTO?

material:
-1 banana bem bonita, sem defeitos e não muito madura
-1 agulha
-prepare o material antes da reunião começar para que os casais não vejam;
-pega -se a banana e com ajuda da agulha faça um furo na casca até que você
perceba que transpassou o miolo e encostou no outro lado da casca sem furar
este lado,e nesse furo, faça movimento vai e vem para poder cortar a
banana.Isso você vai fazer em toda a banana.Dê um espaço entre um furo e
outro para que a banana quando aberta saia em rodelas a polpa.Você vai fazer
isto e quando for fazer a dinâmica você irá perguntar para os casais “Como
está seu casamento ? Olhem essa banana que linda ! Parece estar muito boa,
procure algum defeito nela, não parece que tá legal?” Peça para eles
responderem, eles responderam que parece estar muito boa mesmo, então,
você pega e vai descascando a banana devagar para que vá caindo rodelas de
banana , e você fala para eles:
“Queridos olha só agora como está a banana que se aparentava linda por fora,
mas que por dentro está toda em pedaços” , e você pergunta novamente?
E como está o casamento de vocês? Em bom estado como a banana estava
antes ou assim como esta agora? E comente com eles que muitos casais
vivem um casamento assim mostrando aos outros que estão muito bem, quase
perfeito, mas que na verdade estão precisando de ajuda, pois seu casamento
está fragmentando como a banana.

Dinâmicas para grupo de casais.


Neste endereço você encontra várias dinâmcas para casais. Vale a pena, tem
muita coisa boa.

http://www.escoladominical.net/forum/viewtopic.php?f=2&t=2668.Faça o
registro.

Aqui você também encontra dinâmicas para casais

http://www.amorconjugal.com.br/dinamicas/default.htm

Mais dinâmicas para casais


Material: Flanela e Polidor para Aliança.

Dinâmica: Passar para cada um dos integrantes um pequeno pedaço de flanela


e com um pingo de qualquer produto para polir metais ou prata. Pedir aos
participantes que fiquem polindo suas alianças. No final, peça para que Ihes
mostrem as flanelinhas todas sujas, escuras, pretas com a reação do polidor.
Isto serve para mostrar o que o Curso Casados para Sempre pode fazer nos
nossos casamentos, ou seja, remover toda sujeira que muitas vezes esta
emperrando a vida do casal. Se o casal não estiver usando aliança aproveitar
para falar da importância do use da aliança.

UMA SÓ CARNE

a.)Material: Massa de modelagem (cores diferentes para cada cônjuge).


Dinâmica: Dar a cada cônjuge um pedacinho da massa de modelagem de
cores diferentes. Observar o fato de serem da mesma substancia, mas com
suas particularidades especiais. Orientar a mistura dos dois pedaços, pelo
casal. Apos rápidos comentários sobre o resultado da junção (uma só cor;
mescla; uma cor mais em evidencia etc...). Pedir para o casal que,
agora,SEPAREM as massas que receberam. Verificar a impossibilidade,
reafirmando o princípio estudado.

b.)Material: Dois sucos - coloridos diferentemente um do outro.

Dinâmica: 1 vermelho e outro amarelo e mostra-se depois como e impossível


separá-los. Isto e o que acontece com nosso casamento, depois de juntado,
não terem como separar, quando separa um leva parte do outro.

Extraído do site: http://www.vozdotrono.com.br/new/pagina.asp?cod=71&m=8

LIVROS

Dica de Livro: Dinâmicas para casais.


Estamos publicando dinâmicas que sejam realmente interessantes para
casais.Enquanto não temos tantas dinâmicas para sua escolha, indicamos o
livro ...

indicamos o livro dinâmicas para casais através do site

http://www.conexaoevangelica.com.br/site/produto.php?produto=2356,

DINÂMICAS DE GRUPO PARA CASAIS


Preço: R$ 10,90
Editora: EDITORA PROPÓSITO ETERNO
ISBN: 85-98148-01-6
Ano: 2003
Número de Paginas: 39
Dimensões: 15,5 x 22,5 x 0,2 x
Dinâmicas para encontros, retiros e reuniões de casais
Deixo aqui alguns links onde você encontra dinâmicas para encontros de
casais:

http://www.escoladominical.net/forum/viewtopic.php?t=2668&f=2#p9100

http://br.geocities.com/mcalinca/dinamicas_paginas.htm
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Dicas de dinâmicas para casais.


Neste Link do blog você encontra Dinâmicas: Click no link abaixo

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casais.html

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APRESENTAÇÃO

A partir da Assembléia Arquidiocesana da Pastoral Familiar foram definidas


para o Setor Pós-Matrimonial duas grandes linhas de trabalho:
1- Garantir o acompanhamento dos recém casados, oportunizando uma
formação contínua, de modo a prepará-los para a vida em família e
participação nos serviços pastorais da Igreja.
2- Ampliar o contato e a atuação da Pastoral Familiar com as famílias já
constituídas, melhorando o processo de comunicação por meio da integração e
articulação com outras pastorais, bem como com a realização de cursos,
encontros, visitas às famílias, momentos de lazer etc.

Dentro do Planejamento das Ações para atender a prioridade (1), o setor


Pós-Matrimonial buscou experiências em paróquias que já realizam este
trabalho, com o intuito de criar uma metodologia que facilite a
implementação nas demais paróquias e, ao mesmo tempo, possa oferecer
material que contribua para a orientação dos agentes incumbidos de tal
tarefa.

Uma das medotologias definidas é o ENCONTRO DE ORIENTAÇÃO PARA


RECÉM-CASADOS, o qual possibilita às equipes realizar um trabalho
mais rápido, demandando o tempo para preparação e realização do
evento.

Este subsídio não pretende ser uma exigência de ação, ao contrário, é uma
proposta de trabalho que pode servir de base para outras metodologias, com
outros temas. O mais importante é que ele sirva de inspiração e motivação no
qual as equipes de agentes desenvolvam uma prática de atuação junto aos
recém-casados, contribuindo para a formação dessas novas famílias que
crescerão alicerçadas nos valores cristãos.

OBJETIVO GERAL DO ENCONTRO DE ORIENTAÇÃO PARA RECÉM-


CASADOS

Proporcionar aos casais recém-casados orientação para os valores cristãos do


matrimônio, para a importância do amor conjugal na caminhada para sua
realização como casal e como pessoa humana integral, e para a necessidade
de viver esse amor na dimensão infinita de Deus.

O CONVITE E PARTICIPAÇÃO DOS CASAIS RECÉM-CASADOS

Não foi estabelecida o tempo de casados para definir a fase de recém-casados,


porém cabe às equipes que realizarão este trabalho, avaliar, diante de sua
realidade qual o tempo limite para a participação do Encontro.
Uma idéia que estaria de acordo com a vivência paroquial dos cristãos de uma
determinada comunidade, é que se fizessem os convites aos casais que
procurassem a paróquia para o casamento, ou aos que participassem da
preparação pare o casamento daquela paróquia - Encontros de noivos, etc.
ROTEIRO DO ENCONTRO

Conforme já foi citado anteriormente, esse roteiro partiu de experiências vividas


nas paróquias que já possuem atuação neste campo e serve como uma diretriz
para se trabalhar com encontros para casais. É importante enfatizar que ele
tem caráter de sugestão, podendo ser alterado de acordo com a melhor
avaliação da equipe de montagem.

O ENCONTRO DE ORIENTAÇÃO PARA RECÉM-CASADOS está organizado


em duas etapas evitando que fique muito cansativo. Os temas poderão ser
trabalhados de acordo com a criatividade da equipe de montagem,
respeitando-se a realidade dos grupos de participantes.

Sugestão do Roteiro:

1ª Etapa:

Chegada dos Participantes


08h00 Acolhida e entrega dos crachás 15 min.
Cantos
08:15 Momento de Oração 10 min.
Café da manhã (completo)
08:25 30 min.
Cantos ou música de fundo
Tema –
08:55 SACRAMENTO DO MATRIMÕNIO E 65 min.
ESPIRITUALIDADE DO CASAL
10:00 Dinâmica 15 min.
10:15 Cafezinho 15 min.
Tema –
10:30 60 min.
QUEM É ESTE QUE DEUS POS AO MEU LADO?
11:30 Círculo de Debates 30 min.
12:00 Plenário 15 min.
12:15 Almoço 60 min.
13:15 Dinâmica 10 min.
Tema –
13:25 60 min.
DIÁLOGO CONJUGAL
14:25 Cafezinho 20 min.
Tema –
14:45 PAIS E AMIGOS – RELACIONAMENTO E 60 min.
INTERFERÊNCIAS
15:45 Avaliação 10 min.
Conclusão e Encaminhamento dos casais para o próximo
15:55 10 min.
Encontro.
16:05 Celebração Eucarística 60 min.

2ª Etapa:

Chegada dos Participantes


08h00 Acolhida e entrega dos crachás 15 min.
Cantos
08:15 Momento de Oração 10 min.
Café da manhã (completo)
08:25 30 min.
Cantos ou música de fundo
Tema –
08:55 65 min.
SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR
10:00 Dinâmica 15 min.
10:15 Cafezinho 15 min.
Tema –
10:30 60 min.
FECUNDIDADE E PATERNIDADE RESPONSÁVEL
11:30 Círculo de Debates 30 min.
12:00 Plenário 15 min.
12:15 Almoço 60 min.
13:15 Dinâmica 10 min.
Tema –
13:25 60 min.
QUEREMOS SER OU QUEREMOS TER
14:25 Cafezinho 20 min.
Tema –
14:45 60 min.
VIDA EM COMUNIDADE
15:45 Avaliação 10 min.
15:55 Celebração Eucarística 60 min.
16:55 Recepção dos Casais pela Pastoral Familiar 30 min.

As dinâmicas sugeridas podem ser desenvolvidas de acordo com a criatividade


da equipe de montagem do Encontro.
SUBSÍDIOS PARA OS TEMAS

A seguir é apresentado o desenvolvimento dos temas sugeridos, enfatizando


que são sugestões e que podem ser alterados, bastando que se observem as
diretrizes apresentadas pela Igreja em seus documentos, a fim de não se
incorrer em contraditório.

Tema: SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO

“Esse mistério é grande, quero dizer com referência a Cristo e à Igreja” (Ef.
5,32)

Georgette Blaquiere assim define o sacramento (em geral) “É uma realidade


humana que Deus escolheu, da qual se apodera para conservá-la, para torná-
la santa e impregnada de seu Espírito. Esta realidade humana torna-se sinal de
uma realidade espiritual”.

O matrimônio “encaixa-se” perfeitamente dentro dessa definição. De fato:

- É a consagração de um homem e de uma mulher, o ponto central de sua


ternura humana. Seu sim constitui o sinal visível da Eucaristia.

- Deus escolheu o amor humano - realidade carnal - para torná-lo santo e fazer
dele o sinal do seu Amor.

- Na consagração do amor, homem e mulher se comprometem a amar como


Deus ama (dentro da sua capacidade...), isto é, fielmente e sem limites; a
perdoar como Deus perdoa, isto é, perdão oferecido com toda a ternura.

- O amor humano, sendo dom de Deus, e com a ajuda dele, torna-se possível,
apesar de todas as dificuldades. Não somos casados “como os outros”, pois
dedicamos a Deus o nosso casamento. Ele está presente na nossa união. Ele
nos dá sua graça, ajudando-nos a nos amarmos mutuamente, a nos
perdoarmos, a sermos fiéis, a nos renovarmos, a darmos o passo à frente, a
sermos fecundos...

- Nossa união é para o mundo sinal vivo do Amor de Deus, um “amor sem
retorno”.
- Podemos dizer que somos mergulhados numa realidade misteriosa que nos
ultrapassa e na qual somos imersos para sempre.

Texto de Reflexão

A íntima comunhão de vida e de amor conjugal que o Criador fundou e dotou


com suas leis é instaurada pelo pacto conjugal ou seja, o consentimento
pessoal irrevogável. Desta maneira, do ato humano pelo qual os cônjuges se
doam e se recebem mutuamente, se origina também diante da sociedade, uma
instituição firmada por uma ordenação divina. No intuito do bem, seja dos
esposos como da prole e da sociedade, esse vínculo sagrado não depende do
arbítrio humano, mas o próprio Deus é o autor do matrimônio dotando-o de
vários bens e fins, que são todos da máxima importância para a continuação do
gênero humano, para o aperfeiçoamento pessoal e a sorte de cada um dos
membros da família, para a dignidade, estabilidade, paz e prosperidade da
própria família e da sociedade humana inteira.

... “Cristo Senhor abençoou largamente esse amor multiforme, originado da


fonte da caridade divina e constituído a imagem de sua própria união com a
Igreja, pois como outrora Deus tomou a iniciativa do pacto de amor e fidelidade
com seu povo, assim agora o Salvador e o Esposo da Igreja vêm ao encontro
dos cônjuges cristãos pelo Sacramento do Matrimônio. Permanece daí por
diante com eles, a fim de que, dando-se mutuamente, se amem com fidelidade
perpétua, da mesma forma como Ele amou a sua Igreja e por ela se entregou”.

Gaudium et Spes

Características do Sacramento do Matrimônio

- O sim dos esposos, o consentimento mútuo, livre, consciente e responsável, é


o que sela o casamento.

- Os ministros deste sacramento são os próprios nubentes. O sacerdote,


diácono ou leigo mandatado especialmente para assistir à cerimônia, apenas
testemunham a validade do gesto colocado. É o sim, o amor vivido pelos
esposos expresso pelo consentimento, que sela a união no Senhor. Esse “sim”
se perpetua no tempo que passa.

- O sacramento do matrimônio tem como característica, entre outras, de ajudar


os cônjuges:
- a construir a unidade (ser uma só carne = uma só realidade na
diversidade de duas pessoas);
- a serem um para o outro apoio e ajuda mútua; a superarem crises
eventuais;
- a serem fecundos em seu amor conjugal e a gerarem filhos, dos quais
serão os primeiros educadores;
- a se perdoarem mutuamente;
- a serem testemunhas do amor de Jesus pela Igreja e de Deus pelos
homens;
- a terem profundo respeito pelo mistério da vida;
- a fazerem efetivamente de suas casas e de suas famílias, uma Igreja
doméstica;
- a acolherem a graça que cura o amor.

O matrimônio salva as feridas do amor

- O amor é o fundamento da vida conjugal e familiar. É entrega de vida a vida,


de coração a coração, de pessoa a pessoa.

- O homem é feito para o amor, mas conhece também a tragédia do pecado


que se manifesta no egoísmo, no sentido de possessão, na falta de
solidariedade.

- O amor dos cônjuges é veemente e forte, mas esconde também a terrível


fragilidade que lhe vem do pecado e da condição pecadora de todo homem. Os
sacramentos da igreja, em geral, visam sanar essas deficiências e curam as
feridas dos homens.

- O Sacramento do Matrimônio dá a graça da cura aos esposos: ele faz com


que, aos poucos, o amor se dirija para sua plenitude de oblação límpida.
Confere aos esposos a força do perdão e da reconciliação.

Perguntas

- Deus é a rocha sobre a qual queremos construir a nossa comunidade?

- O nosso casamento é coisa de Deus? Qual é o lugar que lhe damos em todas
as coisas da nossa vida em comum?

- Como vivenciamos a consagração da nossa união com Deus no nosso


casamento - como uma pequena Igreja? Já relemos alguma vez os textos e a
homilia da cerimônia do nosso casamento?

- O aniversário de casamento é para nós um dia de festa, de ação de graças?

- Sentimo-nos verdadeiramente responsáveis pela “imagem” do Deus de Amor


em nós?

Dinâmica: Conversa a dois


1. Será que estamos conscientes dessa grandeza do Sacramento do
Matrimônio?
2. Nossa vida cristã até agora, nos preparou para viver esse sacramento?
3. A aliança que nos une nos deixa abertos às necessidades da comunidade
que nos cerca? Ou será que ela está nos limitando ao círculo fechado do
casal?
4. O nosso perdão se assemelha ao perdão do Deus de Amor?

Pequena Teologia do Matrimônio

Gênesis - O homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de


Deus.
Deus, relação de amor trinitário, revela-se na humanidade através do homem e
da mulher, tomados em conjunto. Ele não é homem, nem mulher, mas se
revela através de um e de outro espírito de amor. Seu Amor reflete-se em
nosso amor.
Fomos criados à imagem de Deus a fim de continuar a obra do Criador.
“Crescei e multiplicai-vos”. Nesta obra a sexualidade desempenha papel
importante. Ela aparece como dom de Deus, como dom maravilhoso do
Senhor. Não se pode separar no homem o espírito e a carne, o ágape (o amor
segundo o espírito) do Eros (o amor segundo a carne). Santo Agostinho diz
que o homem pode ser carnal mesmo em seu espírito, ou contrariamente, ser
espiritual no tecido da própria carne. A relação sexual é realidade espiritual e
física.
O fato de “deixar seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher, constituindo
uma só carne”, marca a existência da permanência e da fidelidade do laço
conjugal na edificação da célula familiar.
Aliança - Deus conclui uma aliança com os homens e com comunidades (com
Abraão e com todas as nações). A aliança com Deus exprime sua fidelidade,
sua paciência e sua constância no Amor. Uma relação de aliança deixa
liberdade aos parceiros. A aliança com Deus é de tal ordem que eles podem
ser livres diante dele.
O mesmo vale para a aliança conjugal: ela estabelece e reforça o liame de
amor do casal. Podemos ser livremente nos mesmos diante do cônjuge (o
liame conjugal não é servidão, nem jugo; servidão seria incapacidade de se dar
inteiramente ao ser amado). Se assumimos o compromisso do amor, é porque
o próprio Deus assume também o compromisso realizado diante dele. O
homem entregue a si mesmo não sabe e não pode amar. Em Deus o amor se
torna possível.
A aliança com Abraão é para os outros. O mesmo se dá com a aliança do
Matrimônio. Ela nos liberta não somente para que nos sirvamos mutuamente,
mas igualmente para servir a comunidade. A relação conjugal atinge todo o
campo de relações de cada parceiro. Cada um precisa de relacionamentos
mais amplos na comunidade.

Perdão - Oséias descobriu o perdão de Deus através de sua própria


capacidade de perdoar à esposa infiel. Este é um elemento chave do laço que
se funda na aliança. Assim como Deus nos perdoa sem cessar em virtude de
seu grande amor - e o que é a história dos homens senão uma história de
contínuas rupturas de sua aliança com Deus? - da mesma forma deveremos
cotidianamente perdoar todas as faltas e fraquezas de nosso parceiro.
(Théologie du Mariage, in Fêtes et Saisons, nº. 291, p. 22-23)

Textos para Reflexão

Oséias 2, 21-26 - Deus, esposo de Israel.

Efésios 5, 25-33 - Mistério das núpcias cristãs.

Gaudium et Spes, 48 - Santidade do matrimônio e da família.

Familiaris Consortio, 12 - O matrimônio e a comunhão entre Deus e os


homens;
13-14 - Jesus Cristo, esposo da Igreja, e o Sacramento do Matrimônio.

Bibliografia – para um maior aprofundamento sobre o Matrimônio:

Catecismo da igreja Católica, art. 7, nºs. 1601-1666 (Sacramento do


Matrimônio).

Sacramentos - Jesus Espera - Vozes, Petrópolis. 1992, pg. 125-150

Encontros com Cristo, Os Sete Sacramentos da Igreja - Almir Ribeiro


Guimarães-Vozes

Curso de Preparação ao Casamento - Paul Eugene Charbonneau - Herder, S.


Paulo

O Assunto é Casamento - Manual para Agentes de Preparação ao Casamento


- MFC, 1992

Entre Milhares, Eu Te Escolhi. Introdução ao Sacramento do Matrimônio -


Instituto da Família da Arquidiocese de Florianópolis - Vozes, 1 985

Tema: ESPIRITUALIDADE CONJUGAL

a) O que é espiritualidade?

- Certamente espiritualidade não quer dizer alguma coisa desencarnada ou


uma realidade vivida apenas por sacerdotes, religiosos e místicos. Não é uma
superestrutura distante da realidade.

- Vivemos a vida, simplesmente a vida. Esta é tecida de coisas cotidianas que


vão se repetindo. Temos aspirações, um corpo, preocupações com a saúde,
projetos, posicionamentos diante do que vai acontecendo, fazendo escolhas,
acolhendo esperanças, temendo fracassos.
- Os cristãos vivem toda essa realidade à luz do Espírito.Os que são de Cristo
entram num processo de configuração com Cristo, de adesão ao mundo de
Jesus. Realizam, sobretudo, corno diz São Paulo, uma passagem da vida de
homem velho para a de homem novo. Não vivem o espírito da carne, mas são
seres espirituais. Deixam-se invadir pelo Espírito. Viver espiritualmente é viver
todos os momentos e todas as circunstâncias de nossa caminhada à luz do
amor de Deus, que é derramado em nossos corações.

- Uma vida espiritual se manifesta de várias maneiras: busca de Deus no


exercício e na prática da oração, na vida de todos os dias, na escuta de sua
Palavra, na conformação da vida aos planos e desígnios de Deus e do
Evangelho, sintetizados no Sermão da Montanha (perdão, interioridade, fé na
Providencia, etc).

Necessariamente esta vida deverá irradiar e tornará o cristão um missionário e


transformador de seu ambiente. Uma espiritualidade que não se inserisse na
realidade, seria alienante e falsa.

- Ponto importante da vivência espiritual: a Eucaristia e a recepção regular e


consciente dos sinais dos sacramentos, a caridade, a prática da justiça, a
vivência da partilha e oração.

b) Espiritualidade a dois.

- Com o casamento, com a recepção do Sacramento do Matrimônio, homem e


mulher entram na construção da “conjugalidade”. Trata-se de uma realidade
nova. Cada um conserva sua individualidade, sua personalidade, mas aos
poucos vai surgindo uma vida comum profundamente interligada. Normal será
que em sua vivência de oração, em sua participação nos sacramentos,
principalmente na participação da Eucaristia, marido e mulher estejam juntos, e
juntos cresçam diante de Deus.

- No domínio da oração, aos poucos, deverá surgir uma oração conjugal e,


posteriormente, familiar. Juntos, marido e mulher, procuram a Deus, ouvem a
Palavra do Senhor; juntos dão uma resposta às exigências do Senhor a seu
respeito.

Esta espiritualidade do casal perpassa também a vivência cristã da família:


espaço de encontro e de diálogo, lugar de aprendizado das virtudes
evangélicas.

- Podemos dizer simplesmente: o casal caminha junto diante do Senhor e na


direção de sua plenitude. Muitos Movimentos de Espiritualidade Conjugal
tentam levar seus membros a este tipo de vivência, propondo como pontos de
esforço a oração conjugal e familiar cotidiana, a leitura diária a dois da Palavra,
a realização mensal de um balanço da vida conjugal e familiar, como também
da vida espiritual, à luz do Espírito. Assim vão se santificando juntos.
- Devemos dizer que muitas vezes um dos cônjuges busca a Deus, vive numa
comunidade cristã, entrega-se à oração, enquanto o outro nem mesmo fé tem.
Vemos também bons casais que, mesmo no casamento, conservam sua busca
de Deus individualmente. Não seria este o caminho mais proveitoso.

c) A Igreja do lar

- A família é belamente designada de Igreja doméstica. A igreja de Cristo está


presente nas dioceses e paróquias que são lugares de convocação, escuta da
Palavra, vivência do Evangelho, celebração da fé, espaço de arregimentação
de forças para a missão.

- Estes elementos podem efetivamente estar presentes no seio da família que,


desta forma, é a primeira e mais básica estrutura de Igreja.

- Não se trata de querer transformar a casa num templo. Os pais saberão criar
um espírito de família não piegas e artificial. Nesse clima haverá convivência
desarmada e espaço para a descoberta de Deus. Procurar-se-á dar à família
um ritmo de oração. Serão valorizados os tempos do ano litúrgico. A família
servir-se-á de todos os acontecimentos para colocar dentro deles uma
“espiritualidade” que vem de Jesus: alegrias e sucessos, doença e morte, etc.

- A Igreja doméstica não exclui ninguém: é espaço de acolhida de todos os que


precisam ouvir uma palavra de esperança e serem aquecidos pela
compreensão e pelo amor. Ela não se dobra sobre si mesma, mas busca os de
fora, sobretudo os mais abandonados e os mais carentes da face da terra.

Perguntas para reflexão

1. O que vocês entendem por vida espiritual? Há diferença entre religiosidade e


vida espiritual?

2. O que vocês entenderam por espiritualidade conjugal?

3. O que fazer desde o princípio para fazer de suas casas verdadeiras Igrejas
domésticas?

Texto para Reflexão

Perguntamos a um casal com 36 anos de casados, qual seria a


ESPIRITUALIDADE, a mística que os mantêm juntos por tanto tempo, e eles
responderam: “No nosso dia a dia procuramos cultivar um AMOR
fundamentado em Cristo e baseado na oração e na gratuidade, pois a
experiência nos ensina que tudo no casamento, só tem sentido e valor se for
gratuito (que não se cobra; é dom). Tudo se torna dinâmico e cresce no
casamento, pela gratuidade. Quem não souber relacionar-se com outra pessoa
na gratuidade, não tente casar-se; será um fracasso!

A grande frustração dos casamentos hoje, é a incapacidade de doação, de


gratuidade. Os casamentos de hoje, na maioria, não têm espiritualidade. Para
conseguir isso as pessoas precisam ter a capacidade de renúncia.

A nossa união é constituída e vivida à custa de muitas renúncias, de respeito


ao outro, de diálogo, de compreensão e de fidelidade ao Sim do dia do
casamento. Por último, procuramos educar os nossos filhos para o amor e com
muito amor. Para nós essa é a mística que sustenta o nosso casamento.”

Texto Bíblico: Efésios 5, 25 -33

Dinâmica: Reflexão a Dois

1 - Vocês acham que é possível viver essa mística relatada?

2 - Esse trecho da Carta de São Paulo aos Efésios ajuda a entender essa
espiritualidade?

Bibliografia de Apoio:

Sentido cristão do Casamento. Ensaio a respeito da espiritualidade conjugal -


Paul Eugene Charbonneau - Ed. Loyola.

Preparação para o casamento e para a vida familiar- Comissão Regional Sul 1


da CNBB Ed. Santuário.

Casamento, Ternura e Desafio - Setor Família - CNBB

Farniliaris Consortio:

49 - A família no mistério da Igreja;

55 - O santuário doméstico da Igreja;

56 - Matrimônio, sacramento de santificação e ato de culto.

Catecismo da Igreja Católica - 1655 - 1658 - A Igreja doméstica.

Tema: QUEM É ESTE QUE DEUS PÔS AO MEU LADO?

“Diante de você, reconheço o prodígio, o ser extraordinário que sou”.


Nesta reflexão a proposta é examinar o aspecto psicológico e afetivo da vida a
dois.

Este aspecto, é inseparável de outras dimensões do amor, tais como a


dimensão espiritual e a sexual, pois sabemos bem que psicologia, afetividade e
sexualidade estão intimamente ligadas.

São três os pontos sobre os quais se propõe essa reflexão:

- constatar as diferenças e aceita-las;


- aceitar o outro tal como ele é (e não como gostaríamos que ele fosse)
- olha-lo com um olhar positivo, um olhar amoroso.

Constatar as diferenças

O amor verdadeiro supõe entre outras condições, uma atitude de lucidez; nós
somos diferentes. E um fato. Entre nós - homem e mulher - são muitas as
diferenças.

- O homem, habitualmente é mais razão; a mulher é mais intuição.


- O homem, habitualmente, e mais reservado quanto a expressão de seus
sentimentos. Algumas vezes ele se comporta de tal modo que dá a entender
que demonstrar o seu amor é sinal de fragilidade.
- A mulher, habitualmente, é mais ávida de manifestações de ternura; ela
precisa ouvir “eu amo você”.
- O homem é mais dividido (freqüentemente ele tem uma atitude no
trabalho, outra em casa, outra nas horas de lazer...) A mulher é mais
globalizante porque é ao mesmo tempo esposa, mãe, e freqüentemente
trabalha fora de casa.
- O homem, fisicamente mais forte, é capaz de grandes esforços. A
mulher é mais persistente (principalmente no plano moral).

Nessas bases gerais se inserem as particularidades que fazem com que nossa
personalidade seja única.

Conseqüentemente amar é antes de tudo descobrir com o outro essas


particularidades, aceitá-las e aprová-las.

Ver o outro como ele realmente é

Muitos lares se desintegram porque cada um (ou um dos dois) descobre um dia
que a pessoa com quem se casou não era aquela que ele acreditava ter
encontrado. Amar é aceitar o outro como ele é, e não da maneira que o
idealizamos.
Como corolário: amar e aceitar ser a gente mesmo diante do outro e não
inventar um personagem a fim de seduzir o outro. Amar supõe ser verdadeiro e
humilde (o que não está excluído de esforçar-se para melhorar e agradar o
outro cada vez mais).

Olhar o outro com olhar positivo, com olhar amoroso

Constatando nossas diferenças, aceitando o outro com suas especificidades,


seus dons e seus limites, é preciso então amá-lo tal como ele é. Em primeiro
lugar é preciso tentar mudar o nosso coração em relação ao outro, antes de
querer mudar o seu coração.

O primeiro “instrumento” do amor é esse olhar. Amar é, pois, pousar sobre o


outro - tal como ele é - um olhar de amor, da mesma forma que o Criador
pousou sobre nós.

Texto de referência

“... Imagine um jovem esposo a quem foi ensinado não ser bom deixar ao
improviso suas conversas com a esposa. À noite, quando volta do trabalho,
fortalecido pelos conselhos, pergunta à esposa como foi seu dia, seus
afazeres,
seus compromissos. O comportamento do bebê. Por sua vez ele não deixa de
lhe
falar dos acontecimentos mais importantes de sua vida profissional. Depois ele
propõe, para antes de deitar, a leitura do livro que ele acabou de comprar. Não
obstante todo este esforço, nada pode garantir que a noite não será desastrosa
para ambos. Cada um se sentirá solitário, afastado e continuará seu monólogo
inteiro ou se perderá nos seus devaneios.

No domínio da vida conjugal, não basta somente conhecer a teoria ou ser


experiente no assunto. Duas pessoas não são hoje aquilo que eram ontem. É
preciso que, a cada dia, um parta ao encontro do outro em busca de caminhos
desconhecidos, procurando o que pode suscitar a atenção do outro, seu
interesse, sua ternura, evitando tudo que possa irritá-lo ou aborrecê-lo,
descobrindo o que pode restabelecer a comunhão... E então o milagre se
realiza: uma verdadeira troca em profundidade, onde os corações e as almas
se comunicam. As palavras se acham maravilhosamente adaptadas e aptas a
nutrir esse intercâmbio – a menos que o silêncio seja ainda mais eloqüente
neste momento.

Não é suficiente ser catedrático em psicologia, conhecer de cor o código de


boas relações entre marido e mulher. Trata-se de criar momentos agradáveis
de prosa, de vigília, a fim de que entre eles haja um encontro de verdade. Ora,
criar é difícil, é fatigante, e supõe o amor vivo e jovem, jamais designado à
mediocridade das conversas, ávido de uma comunhão mais estreita,
estimulado pela esperança. É o amor que suscita a criatividade e,
reciprocamente, a criatividade enriquece o amor.
Henry Caffarel

Pistas para reflexão:

Como casal, sejamos conscientes das nossas diferenças psicológicas,


fisiológicas e afetivas, em matéria de gosto, de cultura, de educação e de
hábitos de vida.

- Em que somos complemento do outro?


- Aceitamos, suportamos nossas diferenças?
- Como criamos os nossos (eventuais) conflitos?
- Será que sabemos escutar nosso cônjuge, falar com ele? Temos nós
capacidade de escutar, e o bom senso de escutar em casal, em família?
- Você se sente respeitado (a)? Sei respeitar o “jardim secreto” do outro?
- Qual a margem de autonomia que lhe concedo?
- Como nivelo o meu amor, com egoísmo ou, talvez, com um desejo sutil
de possessão?
- Tenho consciência de que o verdadeiro amor exige renúncia? Sei
renunciar por amor?
- Como vivemos nossas diferenças no domínio espiritual?
- Desde que nos amamos, que progressos fizemos na descoberta e
aceitação recíproca? Temos a bondade e a alegria de conhecer o passado
daquele que amamos, bem como a história da sua família?

Dinâmica sobre o tema

Proposta de uma atividade sobre este tema:

1 – Faça uma lista (cada um a sua) do que mais você gosta na pessoa do
outro.
2 – Depois faça outra com as coisas que lhe desagradam na pessoa do outro.
3 – Conversem sobre isso.
Tema: DIÁLOGO CONJUGAL

Objetivo:

 Mostrar a importância do diálogo na vida conjugal;


 Definição do diálogo, suas dificuldades e condições para o seu êxito.
 Formas de diálogo

Na Bíblia: Ct 1, 15 – 2,7. – A beleza do amor e o diálogo entre cônjuges.


Rt 3, 7-15. – O diálogo franco entre os pretendentes a uma união.

O matrimônio é a continuidade de um relacionamento iniciado no namoro.


Porém nós pretendemos que o nosso casamento seja um eterno e harmonioso
namoro. Sabemos que não o conseguiremos com um passe de mágica, ao
contrário, como tudo na vida é preciso conquistar.

Existem dois mundos no casamento: O do homem


O da mulher

Cada um traz a sua bagagem de vida: cultura, costumes, graduação,


temperamentos... São duas histórias, dois mundos que se encontram e que
precisam se entrosar.
Esses dois mundos precisam se unir através de uma ponte:
diálogo/comunicação

A falta de conhecimento de si e do outro, são dificuldades que muitos casais


têm que os impedem de se comunicar. (deixar-se conhecer, ser verdadeiro).

Se a comunicação é assim tão essencial para uma verdadeira comunhão,


compreende-se a necessidade do diálogo. É preciso conversar. A ausência do
diálogo é uma ameaça mortal para o casal.

Uma psicoterapeuta de nome C. de Moustier comenta que é comum as


pessoas acharem que a maioria dos casais que se separam o fazem por
motivos de ordem sexual. Diz ela que 85% de seus pacientes sofrem de
ausência de diálogo. Partiram do pressuposto falso que, “se nos amamos,
compreendemo-nos sem falar”.
É preciso haver “graça” no casamento: - sentir prazer no sexo
- sentir prazer numa conversa
(Pe. Zezinho em um artigo para a
revista F.C.)

O que é o diálogo

Diálogo é comunicação de vida a vida, de interior a interior. Supõe-se que um


fala e outro escuta. Supõe-se que um esteja disposto a falar e outro que se
disponha a escutar.

O diálogo é uma nova dimensão do amor. Na comunicação de interior a interior


aumenta-se o conhecimento mútuo, revela-se o fundo da pessoa. Pelo diálogo
há possibilidade de aumento da intensidade do amor que une pessoas em suas
diferenças.

No diálogo não há vencedor e vencido. Os esposos, quase sem perceber,


chegam a novas conclusões.
O diálogo gera uma luminosidade que permite novas tomadas de posição e
provoca crescimento.

Lembramos que diálogo não é monólogo. Monólogos são diálogos que não se
concretizam: somente um é que sempre fala. No caso particular da vida
conjugal, monólogos são, certamente, falhas de comunicação.

Não se dialoga somente por meio de palavras. O diálogo não é apenas uma
comunicação verbal. Há uma comunicação que se faz pelo afeto. Manifesta-se
por meio de uma atenção particular, de um serviço prestado ou de uma
providência tomada.

As formas do Diálogo Conjugal


- Diálogo Afetivo
- Diálogo Espiritual
- Diálogo Físico ou sensível
- Diálogo Sobrenatural

Diálogo Afetivo

É o encontro das pessoas para se amarem no plano afetivo. É expressar


afetivamente o amor.
É o carinho. É verdadeiramente destrutivo para a vida matrimonial quando o
carinho, o pegar na mão, o olhar, o sorriso, o dar um beijo... não tem uma
significação profunda. Qual é essa significação mais profunda? É a bondade, a
benevolência, é a ternura: eu te quero, eu quero te fazer feliz. Este é o sentido
do carinho. Deve ser um sinal de proteção e ternura. A carícia diz com um
gesto: eu quero preencher tua solidão, quero te acompanhar, te dar presença e
calor.
A simples presença de alguém junto à outra pessoa pode ser sinal de
comunicação interior, independente do que se diz.
Diálogo Espiritual
(também conhecido como Diálogo Racional ou Diálogo de Sentimentos)

É a comunicação de dois seres racionais comunicando suas impressões e


reações.
É diferente de se conversar sobre o que os outros dizem ou o que viram na rua
ou na TV, sobre a rotina de vida, sobres problemas alheios ou os próprios
problemas domésticos ou de trabalho.
É conversar com o outro sobre o que eu penso, o que eu sinto, o que me
parece, do que eu gostaria...
É um diálogo pessoal e não impessoal como falar das contas a pagar...

É o momento em que o casal partilha a sua intimidade, mostra a sua realidade


para o outro, mostra-se como realmente é, dá de presente para o outro um
pedaço do seu interior.

É através desse diálogo que o casal passa a se conhecer e conhecer o outro


como ele realmente é e se vai chegando a um crescimento progressivo.

O diálogo espiritual se produz, portanto quando eu comunico meu eu.

Esse diálogo precisará ser feito com cuidado. Nesses momentos os cônjuges
devem desarmar-se e manter um diálogo com humildade, clareza, sinceridade
e respeito pelo outro.

Vale a pena destacar um elemento fundamental: o escutar. É preciso escutar


profundamente o outro antes de falar. Escutar é mais que ouvir, é ouvir com o
coração.

Diálogo Sobrenatural

É o esforço em comum para compartilhar a fé, encontrando-se em Deus e seu


mundo.

Como?
- Pela oração compartilhada ou oração conjugal. Quando ambos, pelo
Sacramento do Matrimônio se fizeram um só, se dirigem a Deus para
agradecer e pedir, para louvar e adorar, para oferecer e pedir perdão. A oração
dos cônjuges passa assim a ser a segurança por excelência da unidade
familiar.
- Pela leitura espiritual em comum
- Pela participação juntos aos sacramentos e liturgias,
- Pela busca do ideal que Deus nos confiou como casal e família,
- Pela construção de um ambiente religioso no lar, desde um cantinho de
oração até a elaboração cuidadosa das normas, formas e costumes, que
constituirão o estilo de vida própria do casal e da família.

Quando o casal trabalha seriamente com todos esses caminhos de diálogo


sobrenatural, verá como seu lar vai se transformando num autêntico Santuário,
quer dizer, um lugar onde os homens buscam a Deus e Deus se manifesta.
Diálogo Físico

Esse diálogo tem uma série de dimensões: o cultivo do corpo, o cuidado para
com o outro quando está doente, as diversas prestações de serviço ao outro.

O diálogo físico existe quando através daquelas ações que se realiza no plano
físico, se consegue um “encontro de pessoas”.

O toque, gestos de carinho, o modo como se realiza o encontro sexual, certas


tomadas de posição; podem ser expressão de um diálogo físico.

Todos esses atos podem ficar apenas num plano puramente físico ou podem
vir a ser veículo de aproximação pessoal e gerador de um veículo mais
profundo e rico.

O diálogo físico deverá ser objeto de um cuidado fundamental: tornar-se


sempre expressão viva do amor espiritual ou racional, afetivo e sobrenatural.
Ou seja, as manifestações físicas quando não se alimentam das demais
dimensões conduzem a uma insatisfação. Ex; “Minha tragédia é sentir-me
manipulada por meu esposo. Percebo que só lhe interessa meu corpo e isso
me causa repugnância...”

Qualquer carência numa das formas de diálogo, dificulta as demais formas. É


necessário então ir-se adequando nessas formas de diálogo, pois a carência
em qualquer plano cria uma falta de harmonia.

Qual a forma de diálogo que mais temos que cultivar?

Será diferente para cada casal. Para alguns será ter que aprender a rezar em
comum
porque
se dão conta de que sua oração está sendo pobre ou forçada, e é
necessário então conquistá-la ou enriquecê-la de modo que os dois possam
expressar-se de uma maneira diferente na oração.

Integração dos diálogos

Um momento privilegiado para a prática dos quatro diálogos é à hora das


refeições: todos juntos, ao redor da mesa, iniciar com uma oração de
agradecimento (diálogo sobrenatural); durante a refeição falar de assuntos
agradáveis doa quais todos possam participar (diálogo racional/espiritual);
oferecer-se para passar os pratos aos quais não se alcançam, fazendo-o com
delicadeza e alegria (diálogo físico e afetivo).

Quando dialogar?

A resposta é: Sempre!

Devemos estar sempre prontos, disponíveis e interessados em dialogar.


Desde sempre precisamos destacar momentos especiais de diálogo conjugal e
familiar se possível previamente agendado uma vez por semana com dia e
hora pré-determinados.

Sugestão: Escolham um dia e horário onde dificilmente vocês serão


prejudicados pela interferência de terceiros, ou pelo cansaço... Essa hora deve
ser um momento especial do casal onde ele revê sua vida conjugal e familiar,
analisam a interferência de terceiros em seu relacionamento, tudo o que
aconteceu na semana, sejam agradáveis ou desagradáveis, desentendimentos,
mal entendidos, mágoas.

O casal, nesse momento de diálogo, analisa, avalia e assimila tudo o que


aconteceu. Os dois se perdoam mutuamente, se for o caso, formulam
propósitos comuns, traçam planos, etc.

Pode haver também nessa hora, uma leitura bíblica ou orações em comum.
Tudo isso servirá para o crescimento do casal.

Entre os assuntos que os casais deveriam dialogar existem três temas que
parecem fundamentais aos olhos do casal Olindo e Marilene Toaldo
psicoterapeutas da Arquidiocese de Santa Maria, conforme o seu livro Diálogo
em 4 Dimensões:

1- O Ambiente do Lar

1.1 - A Ordem na Casa


Conversar sobre tudo o que se coloca dentro de casa: pintura, móveis,
ornamentação, jornais e revistas, programas de TV, filmes, amizades, etc.
O ambiente precisa ser ordenado, isto é, arrumado, limpo, agradável e
alegre, onde se possa viver e conviver realmente. É bom que um saiba o que o
outro gosta e quer. É bom que um perceba o outro em casa, mesmo estando
ausente. Isso pode acontecer através da disposição dos objetos no lar. (sentir a
presença do outro)

1.2 - Gestos e Comportamentos


Sem perceber talvez estejamos semeando inquietação, mal estar ou
antipatia com um comportamento inadequado que, entretanto já se tornou tão
familiar entre nós que nem sequer o reparamos.
Um rosto ranzinza, um silêncio agressivo, gritos, a forma de falar, de
sentar-se, um lugar preferido à mesa ou no carro, ou na sala, uma anedota
constrangedora...
Vários exemplos à pág. 62 do livro Diálogo em 4 Dimensões.

2 – A Educação dos Filhos

2.1 – Dialogar sobre os filhos


2.2 – Dialogar com os filhos
(Esse tema deverá ser desenvolvido em outro momento)
3 – Divergências Pessoais

Divergências entre o casal é comum que aconteçam e podem provocar


desentendimentos, mal-entendidos, desencontros...
A causas começam pelo fato de que o casal é constituído por duas pessoas
diferentes (sexo, origem, cultura, características psicológicas...)
Também o cansaço, o estresse da vida diária, a pressa, a falta de tempo,
problemas de saúde, financeiros e outros podem desencadear divergências e
dificultar o entendimento para superá-las.
O que fazer?
* Respeitar a originalidade do outro, buscando ver principalmente suas
qualidades, que são sempre maiores que seus defeitos e suas falhas.
* Lembrar do projeto ou ideal de família que o casal sonhou, idealizou e que
apresentava perspectivas tão felizes.
* Rezar, dialogar com Jesus e a Mãe de Deus sobre a situação e pedir as luzes
do Espírito Santo para readquirir a serenidade, a calma o equilíbrio interior que
nos colocam em condições de melhor entender a realidade e nos dá forças e
coragem para buscarmos um contato afetivo e efetivo com nosso cônjuge. Um
Padre alemão de nome José Kentenich sempre dizia que a oração é a grande
potência no Céu e na terra.
* Tomar a iniciativa do diálogo. O cônjuge que tiver mais facilidade de
comunicação que dê o primeiro passo. O nosso diálogo recomendava o Papa
Paulo VI, “deve recomeçar cada dia e recomeçar do nosso lado, não do outro a
quem se dirige” (ES 44).
* Procurar a solução para as divergências, primeiramente, no âmbito do casal.
Evitar a interferência de terceiros (parentes, amigos...) Se necessário, buscar a
ajuda de um outro casal bem ajustado e harmônico na sua vida matrimonial, ou
até mesmo buscar a ajuda de um diretor espiritual, um profissional ou terapeuta
familiar se o problema não for resolvido.

Exercício para ajudar os casais a descobrirem as causas que dificultam


ou impedem uma boa comunicação.

Para Dialogar

O que impede uma boa comunicação entre nós?


(Individualmente cada um vai enumerar, em folha própria, por ordem de
importância, as questões abaixo):

1- É muito difícil falar de mim mesmo; acho mais fácil falar de outros ou de
coisas.
2- Não me aceito: oculto, reprimo e disfarço meus sentimentos.
3- Tenho a impressão de que estás muito concentrado (a) em ti mesmo (a),
muito preocupado (a) contigo e com tuas coisas e que não te interessas muito
por mim.
4- Não me escutas, não prestas muita atenção, ficas indiferente diante do
que experimento.
5- Mudas de assunto constantemente.
6- Penso que já falamos sobre o assunto, que “já te disse isso antes”.
7- Falo muito, ou tu falas muito.
8- Procuras mudar meus sentimentos em lugar de identificar-te comigo e
ajudar-me a aceita-los.
9- As máscaras, as brincadeiras (minhas e/ou tuas).
10- Temo ferir-te, irritar-te; temo provocar discussões ou brigas.
11- Temo desiludir-te, decepcionar-te; temo perder teu carinho e apreço.
12- Interrompes o que estou dizendo; não me deixas falar.
13- Só sabes perguntar, fazes pressão.
14- Fazes sermões, tu te apressas a dar-me conselho.
15- Falta tempo.
16- O tempo livre prefiro (ou preferes) usá-lo para ir a festas, teatro, ver TV,
esportes ou diversões que nos impedem a comunicação íntima.
17- Temo comprometer-me, não quero perder a minha liberdade.
18- Parece que ainda não confiamos plenamente um no outro.
19- Temo que me julgues ou que te compadeças de mim.
20- Parece que foges da comunicação aberta e sincera, sobretudo em alguns
assuntos.
21- Outro:.......................................................................................

Diálogo entre o casal:


Cada um comenta o resultado do exercício com o seu cônjuge, procurando
salientar os pontos coincidentes e as diferenças que encontraram e porque
enumeraram os enunciados em tal ordem.

Conclusões e compromisso do casal:


Uma vez compartilhado o exercício, o casal dialoga sobre os dois pontos a
seguir:

 Qual é a principal barreira que nos impede de comunicar-nos com mais


frequência, aberta e sinceramente?
 Que podemos fazer para eliminar essa barreira?

O Silêncio

Supõe-se que um casal que tenha longos momentos de diálogo ou conversa a


dois, viverá também longos momentos de silêncio, ricos de comunicação, de
interior para interior.

Quando o silêncio não ajuda?

- O silêncio não ajuda quando os cônjuges estão juntos. O próprio amor


conjugal exige o diálogo.
- O silêncio não ajuda quando um vê que o outro sofre calado.
- O silêncio não ajuda quando não se partilha informações que em algum
momento o outro acabará descobrindo.
- O silêncio não ajuda quando é usado de forma provocativa, pois em
momentos de atrito ele soa como indiferença.
De qualquer forma, no conhecimento profundo do outro, o silêncio não ajuda,
pois o conhecimento somente é alcançado através do diálogo aberto e franco
construído no dia-a-dia progressivamente até o fim da vida.

Conclusão: Nunca é demais repetir: casamento é construção. O projeto


comum traçado vai se desdobrando, se ajustando, na realidade do dia-a-dia. A
construção vai sendo feita na constante atenção ao outro e na persistência do
diálogo de vida a vida. Não é questão apenas de marido e mulher se falarem,
pois como vimos conversar não é dialogar. O que não podemos é permitir a
construção de um “muro” ou de uma barreira entre nós por falta de um não
querer ou não saber se expressar. Caso isso aconteça a outra parte deverá
ajudar com paciência e oração. Dessa forma com certeza haverá um
crescimento não de uma barreira, mas de uma felicidade plena.

Bibliografia:
Casamento Ternura & Desafio – Setor Família CNBB
Diálogo em 4 Dimensões – Olindo e Marilene Toaldo – Movimento Apostólico
de Schoenstatt
Matrimônio, Vocação de Amor – Pe. Jaime Fernandes – Movimento Apostólico
de Schoenstatt
Encarte Família Cristã – Encontro para Novos Casais
Apostila Diocese de Taubaté – Acompanhamento para Recém-Casados.

Tema: PAIS E AMIGOS: RELACIONAMENTO E INTERFERÊNCIAS

O matrimônio é um compromisso, uma aliança indissolúvel, entre um homem e


uma mulher batizados que desejam compartilhar entre si uma comunhão para
a vida toda.

O plano de Deus para o nosso casamento é que caminhemos sempre juntos.

O que fazer quando houver interferências que poderão levar os cônjuges a


caminharem cada um para um lado?

O casamento não é só a união de 02 pessoas, ele inclui também a convivência


com a família, com os amigos, com colegas de trabalho, e isso às vezes pode
não ser fácil de administrar e até gerar conflitos ou conseqüências mais
drásticas.
RELACIONAMENTO COM OS AMIGOS

 Até que ponto os círculos de amizade de um e de outro podem


atrapalhar no relacionamento conjugal?

 Como o casal pode manter um relacionamento de amizade na


sociedade atual, sem enfrentar as diversas situações destrutivas que
costumam decorrer dela (ex: ciúmes, desatenção, esfriamento da
relação, etc.)?

Na Bíblia: Eclo 6,5-17

É importante ter amigos. Ninguém vive só. Como seres sociáveis, homem e
mulher necessitam se relacionar uns com os outros.

O problema das amizades começa quando observamos que nem todas são
verdadeiras e desinteressadas. Na sociedade é fácil encontrar pessoas que se
achegam às outras por interesses pessoais diversos.

Há problemas que podem afetar tanto as amizades quanto os casamentos.

As amizades são importantes em nossa vida. Devemos cultivá-las, porém é


preciso ter uma “Escala de Valores”.

Quem é mais importante na vida de uma pessoa casada?

 Para uns são os pais.


 Para outros são os amigos de longa data.
 Para alguns são os amigos de trabalho.
 Para outros, pode ser o esposo ou a esposa.

Conclui-se que cada pessoa estabelece para si um grau de importância com


aqueles com quem vive. O convívio social tende a desordenar a lista dos
valores, colocando em primeiro lugar pessoas que não deveriam estar ali.

Quem acredita, por exemplo, que os amigos de longa data são mais
importantes que os pais ou que os cônjuges, com certeza acha:

 Que os cônjuges já estão conquistados, amam e podem esperar e


perdoar;
 Que os pais tiveram muita atenção no passado e dessa forma podem ter
atenção depois;
 Que os amigos nunca “pisam na bola” nem exigem demais como os pais
e os cônjuges.
Mas essa pessoa somente “acha”, porque talvez nunca tenha pensado:

 Que os cônjuges se cansam de esperar, guardam o amor e partem com


outro conquistador;
 Que os pais não são eternos;
 Que os amigos não se importam tanto assim com eles.

Poucos tem a coragem de externar ao outro que ele é menos importante. Com
o medo do enfrentamento, vêm automaticamente, a falta de sinceridade e as
mentiras.

O que fazer para ajustar essa escala de valores?

 É preciso trazer para os relacionamentos um pouco de razão. Ainda que


se goste demais da companhia de amigos, é importante lembrar que
eles são secundários se comparados ao esposo ou à esposa. Nada
deve ter importância igual ou maior que o cônjuge. Se não for assim, há
algo de muito errado.

 Avaliar que não é somente o tempo que se passa junto de outras


pessoas que as fazem mais importantes. É o compromisso assumido
que as fazem mais ou menos importantes. O compromisso com o
trabalho, por exemplo, é ganhar o sustento, que é um compromisso
assumido com o cônjuge. Assim, os amigos do trabalho não podem ter
importância igual ou maior que o cônjuge, pois participam de uma
situação de vida secundária. O primordial é o casal e a família. Ainda
que se passe a maior parte do dia trabalhando, o tempo livre em família
é o mais importante.
 Estreitar cada vez mais os laços de amizade com o cônjuge, atribuindo-
lhe mais valor dentro da própria vida.

Mas, e os amigos, o que fazer com eles?

 Exercitar a sinceridade e lembrá-los de que o maior compromisso


sempre estará dentro do casamento. Todo esforço pessoal deve apontar
na direção do sucesso do relacionamento conjugal.
 Diz o texto do Eclesiástico que “quem teme o Senhor tem amigos
verdadeiros, pois tal e qual ele é, assim será o seu amigo”.
Bons amigos geralmente têm uma conduta reta e transparente.
Ter cuidado com os que bajulam demais e que demonstram uma má
conduta de vida.
 Permitir que o cônjuge participe dos círculos de amizade formados fora
do lar.
Apresentar a dinâmica do castelo de cartas em anexo.

Vamos construir um castelo de cartas com três níveis. No primeiro nível,


podemos colocar quantas cartas forem necessárias. No segundo nível,
colocaremos uma quantidade menor de cartas. E, no terceiro, apenas duas
cartas. Simples? Veremos.

Após a construção, vamos refletir um pouco:

 É fácil construir um castelo de cartas? É fácil conseguir amigos


verdadeiros?
 Pensando nos círculos de amizade, quem são as pessoas que
colocamos no primeiro nível e quem são as que colocamos no segundo
nível?
 É possível entender que no topo está o casal? Isso acontece sempre
com os casais?
 Se por acaso uma das cartas faltar, o castelo desmoronará. O que isso
representa na vida real?

É importante ressaltar que assim como uma pessoa não vive só, um casal
também não vive isolado. É difícil construir um castelo de cartas, mas, ao
construí-lo, observamos que:

 Na base encontram-se pessoas importantes, mas que não estão


permanentemente em contato com as duas últimas cartas do topo (o
casal), como os amigos de trabalho e outros com que se convive
usualmente no dia-a-dia.
 Na segunda camada de cartas do castelo, estão as pessoas
imprescindíveis, aquelas que permanecem sempre em contato com o
casal. São os parentes mais próximos, os amigos de longa data, ou seja,
os amigos verdadeiros.
 Se uma só carta faltar, cai o castelo ou parte dele. Se faltar uma pessoa
no lugar específico da vida do casal, tudo pode ruir.

Para refletir:
A nossa sociedade exige muitas coisas dos casais, mas,
ultimamente, tem exigido que os casais participem de uma vida altamente
ativa, na qual a dedicação que um cônjuge deve ao outro acaba sendo
transferida para os círculos de convívio dos quais participamos. O trabalho, a
faculdade e até mesmo outros grupos dos quais fazemos parte nos levam a
deixar de lado o que é mais importante e duradouro para cuidar do que é
passageiro. Em todos esses lugares podemos encontrar bons e maus amigos.
Amigos verdadeiros e amigos falsos. Como conviver com essa realidade?
Como privilegiar as pessoas mais importantes?
A profunda amizade entre marido e mulher é o relacionamento mais importante
da vida pós-matrimônio. Os círculos sociais de relacionamento são
basicamente necessários para o convívio diário, mas cada um deles deve ser
valorizado particularmente, considerando-se o grau de importância na vida
conjugal.
Compartilhar as amizades também é importante. Afinal, por se tratar de um
casal os amigos e as amigas, não são mais somente dele ou dela, mas de
ambos.

Tarefa para o casal:


Dialogar sobre as amizades e estabelecer entre o casal a escala de valores
que cada círculo social tem em relação à vida conjugal. Combinar entre si
formas de compartilhar as amizades para que tanto o marido participe mais das
amizades da esposa, quanto à esposa participe mais das amizades do marido.

Bibliografia:
Encarte Família Cristã – Encontro para novos casais

RELACIONAMENTO COM OS PAIS

Família do marido. Família da esposa. Dois lares diferentes e cheios de


experiências diversas. Então como manter o relacionamento com esses lares?

Perguntas comuns em vários lares de recém-casados:

 A nossa vida é boa enquanto a família dele não se intromete. O que


fazer para manter distância?
 O pessoal vive sempre dando muito palpite. Como fazer com que as
pessoas entendam que temos a nossa própria vida?
 Às vezes nem dá vontade de visitar a família dela. O pessoal fica
perguntando tantas coisas que parece até interrogatório.

Na Bíblia: Gn 2, 21-24

Importante lembrar:

 Pelos eventos citados na Palavra, a mulher é apresentada ao homem


por Deus: é Ele quem cria e une o casal;
 Uma vez que Deus institui essa união, o homem (e também a mulher)
deixa pai e mãe para serem uma só carne.
 Mas o que é “deixar pai e mãe”?

O novo lar do casal passa a ser a sua primeira família. A casa de onde vieram
passa a ser secundária dentro da nova vida. Não se trata de deixar os pais
abandonados ou sem voz na vida do casal, mas de encontrar, no cotidiano,
uma nova forma de relacionamento entre as pessoas, estabelecendo limites. A
partir do momento em que marido e mulher formam verdadeiramente uma só
carne, passam a ser uma nova família, em que a primeira atenção do esposo á
para a esposa e vice-versa. Ao novo casal, é preciso o exercício de algumas
virtudes para bem se relacionar com as famílias de origem:

1. Mansidão: para manter a calma e a paciência ao dizer a uma


pessoa que ela está invadindo os limites do casal;
2. Humildade: para poder saber que existem momentos em que, de
fato, é preciso ajuda e jamais ter vergonha de pedi-la.

O rompimento com os pais deve existir naturalmente para se criar e planejar


uma nova família de acordo com o que for melhor para os dois. Porém, as
interferências familiares podem acontecer.

Há dois lados a serem considerados na questão: o do novo casal e o das


famílias de origem dele e dela.
É preciso avaliar de que forma o processo do relacionamento deve ser
trabalhado e como ele influenciará na vida de cada um dos três lares: os dois
que foram “deixados” e o que está se formando.

De um lado, têm-se duas famílias com ideologias, regras e costumes


diferentes. Há também, em cada uma delas, níveis diferentes de preocupação
com aquele casal que acaba de se constituir. E dentro desses níveis de
preocupação é possível observar ações e reações diferentes de cada um dos
membros dessas famílias. Porém, observa-se que, com raras exceções, haverá
uma intromissão de cada parte dentro da vida do jovem casal. A continuidade,
a intensidade e a forma como isso acontecerá é que determinará o grau de
incômodo e a conseqüente resposta do novo casal.

De outro lado, os novos casais também costumam apresentar uma certa falta
de equilíbrio e maturidade quando a questão é o relacionamento com suas
famílias de origem. Isso é compreensível se se observar que a sociedade
apregoa incansavelmente um isolamento e uma autopreservação dos
indivíduos em seus relacionamentos. Além disso, há a questão de uma cultura
que automaticamente coloca genro e nora em contraposição aos seus sogros.
Alguns casais também apresentam uma certa imaturidade “querendo’ ficar na
dependência dos pais”.

O natural é que pais, irmãos e demais parentes formarão uma caminhada em


torno daquela nova família com quem irão se relacionar e no contexto de amor
fraterno e de solidariedade, aconselhando e apoiando quando solicitados.

O que fazer, então, para que os novos casais possam ter um bom
relacionamento com suas famílias de origem?

Algumas dicas úteis que podem ser dadas aos novos casais:
 Primeiro, é preciso que marido e mulher possam conversar sobre quais
são os limites que eles estabelecerão em torno de sua nova vida: até
onde as famílias poderão interferir. É preciso que sejam analisadas as
dependências de um e de outro em relação às suas famílias de origem.
 Respeitar a preocupação dos pais, sem destratá-los. E, com calma
mostrar a eles até onde poderão ou não interferir;
 Ser transparente com as famílias de origem e tranqüilizá-las em relação
a diversas situações, principalmente a financeira;
 Conversar sempre. Fugir às conversas somente aumenta o grau de
preocupação dos pais. Porém conversas em que a situação do casal é
muito perfeita também costumam suscitar preocupações. Portanto, a
conversa deve ser sincera;
 Evitar discutir diante de seus pais ou parentes, nem que seja por uma
pequena divergência, para não gerar neles uma ansiedade prejudicial;
 Deixar claro a eles que serão solicitados sempre que o casal precisar e
realmente fazê-lo se de fato precisarem;
 O cultivo das duas importantes virtudes: a mansidão e a humildade
 A busca de uma maturidade que os faça mais tolerantes aos
comentários e às interferências de suas famílias.

Conclusão:

Não é fácil o relacionamento entre as famílias dos cônjuges e o novo casal.


Podemos observar que essa “intromissão” é cultural e, geralmente, irresistível.
Existem pais que não conseguem crer que os filhos poderão construir sozinhos
uma vida. Mas é possível explicar a eles que há uma nova realidade de vida e
um novo lar que precisa de apoio, mas que também precisa ter espaço para
crescer através de suas próprias ideologias, desejos e necessidades, pois
ninguém poderá viver a vida do casal, senão ele mesmo. E o casal precisa ter
maturidade e equilíbrio para se manter “uma só carne”, apesar da influência
das famílias, e fazê-los compreender os seus limites.

Historinha

Os primeiros tempos de casado, Reynaldo passou na casa dos pais de


Odete.
Quando se falou em mudança do jovem casal, D. Odete exigiu que o Sr.
Fagundes adquirisse uma residência para a filha, nas redondezas, pretendendo
auxiliar Odete nas tarefas de esposa e mãe.
Essa decisão dos pais, foi tida como uma bênção para Odete, por sinal
bastante apegada aos seus.
Com o nascimento dos filhos, Odete e Reynaldo acostumaram-se a deixá-los
com os avós. Os pequenos se sentiam melhor com eles do que com os pais.
Como bons avós “corujas”, o Sr. Fagundes e D. Odete, eram os grandes
defensores dos netos e faziam-lhes todas as vontades Ai de quem tocasse
neles. Nem os pais podiam fazê-lo.
Reynaldo achava cômodo “esse mãozinha” dada pelos sogros. Dispunha de
mais tempo para suas “peladas” e cervejadas com os amigos, como no tempo
de solteiro.
Odete, também, se sentia liberada para se reunir com s amigas, percorrer as
lojas, freqüentar rodinhas de jogo e de chás.
Mesmo com uma vida sem maiores compromissos, o casal tinha seus atritos.
Mas tudo se resolvia facilmente: Reynaldo afogava suas mágoas com os
amigos de solteiro e Odete procurava os ombros acolhedores dos pais.
E assim o casal levava a vida conjugal, mas não se sabia até quando, até
onde.

Bibliografia:
Revista Família Cristã – Encarte para novos casais
Historinha:
Livro EDIFICANDO – Pe. Mauro Odoríssio – Editora Ave Maria

Tema: SEXUALIDADE

...“Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: Por
isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher; e os dois
formarão uma só carne? Assim já não são dois, mas uma só carne. Portanto,
não separe o homem o que Deus uniu”.
Mt. 19, 4-7
Texto retirado da Carta Mensal das ENS - Março, 1992
Sexualidade
Este encontro tem como objetivo levar os novos casais a examinar e refletir
sobre como está sua vida afetiva e sexual.

Explanações sobre o tema


Esse tema implica uma transparência total do casal entre si. Exige, entretanto,
muito discernimento para a troca de idéias no grupo, pois a reunião não deve
nem tocar, nem violentar a intimidade dos casais e muito menos machucar
aqueles que poderiam estar atravessando momentos difíceis.

O Amor
Ágape (em grego "αγάπη", transliterado para o latim "agape"), é uma das
diversas palavras gregas para o amor.
A palavra foi usada de maneiras diferentes por uma variedade de fontes
contemporâneas e antigas, incluindo os autores da Bíblia. Muitos pensaram
que esta palavra representa o amor divino, incondicional, com auto-sacrifício
ativo, pela vontade e pelo pensamento. Os filósofos gregos nos tempos
de Platão e outros autores antigos usaram o termo para denotar o amor a um
esposo ou a uma família, ou a afeição para uma atividade particular, em
contraste com Philia, uma afeição que poderia ser encontrada entre irmãos ou
a afeição assexuada, e Eros, uma afeição de natureza sexual.

EROS : NÓS NOS AMAMOS CARNALMENTE

“Eu sou para o meu amado objeto de seus desejos”


Cântico dos Cânticos 7,11
Nossa Santidade não é viver numa Castidade Celibatária, mas uma Castidade
Matrimonial : sou inteirinho de você, para você.
“Meu amado é meu e eu sou dele” / “meu amado é para mim e eu para ele”.
Cântico dos Cânticos 2,16

Nesta reflexão, sugerimos ao casal examinar como está vivendo sua


relação afetiva e sexual

- Dando-lhe um lugar certo, mas tendo a plena consciência de que ela é uma
linguagem a serviço do amor (e não um absoluto) e ligando-a aos outros
aspectos (psicológico e, principalmente, espiritual) da nossa união.
- Não esquecendo que a maioria das crises conjugais tem origem numa relação
carnal mal vivida, e que o desabrochar dos esposos é a primeira finalidade do
casamento.
- Nesse campo, procurar dar importância ao nosso papel de testemunhas do
amor verdadeiro num mundo onde a vida sexual, freqüentemente é vista ou
como um fim em si mesma, ou pervertida, ou mesmo banalizada.

Sendo único, cada casal deve responder a essas questões voltando-se


para si mesmo a fim de preparar sua reflexão. Insistimos em quatro
pontos:

1- A união carnal é o modo mais completo e mais perfeito de expressão do


amor. Sob esse prisma, pode-se dizer que ela é o elo do Sacramento do
Matrimônio a tal ponto que este Sacramento é nulo, caso não haja sua
consumação. Essa união atinge o nosso ser profundo. Ela pode e deve
contribuir para nos levar à felicidade mais profunda.

2- É no domínio carnal que as diferenças homem/mulher - maravilhosas em


si mesmas porque fontes de nossa complementaridade e de nosso
desabrochamento - são mais evidentes e, freqüentemente, mais
desconhecidas. Daí podem advir possibilidades de desencontro e
incompreensão entre os esposos.

3- A harmonia carnal é uma construção permanente; ela exige sempre a


compreensão e, às vezes, uma longa paciência.

4- Paradoxalmente parece que, sobre essa harmonia, o diálogo entre o


casal seja relativamente raro e superficial. A reflexão sobre esse assunto será
útil e oportuna.
Algumas Flores

“Se disséssemos que a “erótica” é coisa boa, diríamos muito pouco. A erótica é
coisa santa, uma força criadora, maravilhosa, em nos...

Só assumida e integrada no total do ser humano a erótica revela-se boa, e


bela. Todos sabemos como alguém se torna querido para o coração que ama.
Descobre-se e desperta-se a atração do outro. Algo de infinito transparece no
amado, algo que convida a entregar-se a ele ou a ela, sem reservas. Isso não é
ilusão. Os olhos abrem-se para a beleza que existe realmente.
Em nossa apreciação do mundo, entram em jogo muito mais tendências
eróticas do que geralmente pensamos. A fonte e o vértice disso é o amor entre
homem e mulher.

Dar-se totalmente é dar-se para sempre. Não se trata pois, como no mundo
dos animais, de dar e receber corporalmente para, logo depois, seguir cada um
o seu próprio caminho e nunca mais se encontrar.. .Trata-se de dois seres
humanos, homem e mulher, que querem ser um do outro, totalmente e para
sempre.”

“A palavra erótica é usada para designar a sexualidade total, em todas as suas


facetas: corporais, psíquicas, etc.”
O Novo Catecismo, pg. 443

“Reconhece-se o valor de alguém pela intensidade do seu amor; sua


personalidade tem a dimensão de seu amor e a força de sua generosidade.”
P. Monier

TEXTO DE REFLEXÃO

... “O corpo humano, originalmente masculino e feminino, não é somente fonte


de fecundidade, de procriação, mas desde sua origem, tem um caráter
conjugal: ele possui a capacidade de exprimir o amor através do qual o homem
(como pessoa) torna-se dom, e confirma, deste modo, o sentido profundo do
seu próprio ser e de sua existência. Por esta particularidade, o corpo é a
expressão do espírito e, no mistério da criação, ele é chamado a existir na
comunhão de pessoas à imagem de Deus.”
João Paulo II 23/07/1980

PERGUNTAS

ATENÇÃO - Primeiramente procure o casal responder, juntos, às perguntas;


depois escolham algumas para troca de idéias na reunião.
- Estamos convictos de que nossa união carnal é fonte de alegria, de
crescimento, e também um modo de relação privilegiada, porque foi criada por
Deus?

- Temos consciência de que ela seja uma linguagem, uma manifestação do


amor, e não um fim em si mesma?

- Procuramos, em primeiro lugar, o desabrochar do outro?

- Temos coragem de tratar desse assunto francamente?

- Cuidamos para que nossa relação se dê num clima afetivo e psicológico


propício tentando evitar a rotina?

- Estamos atentos às necessidades, aos apelos (manifestados ou não),


daquele que amamos?

- Se temos a chance de ter vida feliz e harmoniosa, já pensamos como seria


importante mostrar para o mundo a boa nova da sexualidade vivida
cristãmente? Se, ao contrário, temos dificuldades, procuramos os meios para
sanar tais problemas? Quais?

No domínio sexual, deixamo-nos influenciar por certas mensagens veiculadas


pela mídia? (A relação carnal é específica de cada casal, por isso não pode
haver modelos pré-estabelecidos).

A LINGUAGEM DO CORPO - I

Caminhar, gesticular, fazer caretas, sorrir, mostrar os punhos, bater palmas,


levantar os olhos ao céu, olhar direto nos olhos... são gestos cotidianos que
definem comportamentos expressivos através dos quais realizamos, sem
pronunciar palavra alguma, a mais fundamental função de nossa vida: a
comunicação com os outros.

Muitas vezes a nossa comunicação sem palavras é até mais expressiva que
um monte de palavras. Esta constatação simples e banal deve, todavia, abrir-
nos a porta para aprofundar nossa reflexão: - Quanto estamos conscientes da
nossa linguagem “não verbal”? Como usamos este modo especial de
comunicação? De que forma tornamos rico e adulto nosso vocabulário
corpóreo? De que modo, principalmente na nossa vida de casal,
desenvolvemos esta linguagem?

Por muito tempo vimos o corpo ser colocado em oposição ao espírito, crendo
que a única maneira de viver espiritualmente fosse anulando o corpo. Espírito e
matéria, sagrado e profano: realidades quotidianas da nossa existência vistas
como dualismos excludentes, marcando entre elas uma oposição, criando o
objetivo de fazer prevalecer os primeiros sobre os segundos conceitos.
O caminho teológico atual da Igreja nos está conduzindo - aos poucos – ao
reconhecimento de quão longe de Deus estava esta nossa vontade de suprimir
a parte mais material, mais corporal e mais profana dos nossos seres: Como
podíamos pensar que um Deus que se encarnou na nossa realidade de
homens, amou, chorou e sofreu como um homem quisesse para nós o
contrário do que quis para si próprio?

“Deus criou-os homem e mulher e os abençoou... à imagem de Deus os criou”.


...E ambos estavam nus, Adão e sua mulher, e, contudo, não se
envergonhavam.
Estas palavras, do início da narração bíblica, devem se tornar o início de nosso
caminho como casal, pois aí está bem clara a diversidade da sexualidade dos
seres: homem e mulher, na igualdade da humanidade de ambos, postos
sobre o mesmo plano na semelhança com Deus.

A sexualidade expressa do nosso ser homem ou mulher torna-se, assim, ela


própria uma imagem de Deus, e não devemos temer dizer isto. Temer é não
crescer, por medo, no conhecimento desta realidade específica dos casais.

Também aqui, como em todos aspectos do nosso caminho permanente para


nos tornarmos um casal, é necessário que nos coloquemos em posição
humilde, de disponibilidade recíproca, para aprender a linguagem dos nossos
corpos.

Trata-se, de fato, de urna linguagem a qual talvez não estejamos habituados;


uma linguagem única e exclusiva de cada casal e que cada casal deve
aprender a falar. É uma linguagem não verbal e, portanto, mais difícil de
compreender, mas, certamente, mais rica, mais sutil, mais profunda... É feita de
um olhar capaz de penetrar, de uma carícia capaz de tocar o fundo do coração,
de um abraço capaz de “envolver”, de um desabrochar capaz de sustentar e
dar vida.

É difícil aprender esta linguagem. Quantas reservas, quantas dúvidas, quantas


diferenças antes de nos sentirmos verdadeiramente livres, prontos a nos deixar
tomar um pelo outro em toda nossa intimidade de sensações e de emoções!

Mas se a verdadeira comunicação entre duas pessoas só se realiza através


desta relação, devemos nos perguntar qual a comunicação profunda que
somos capazes de viver através da relação: “Eu - Você”, masculina e feminina,
dos nossos corpos.

Deus próprio viveu primeiramente esta relação que nos deu, porque Deus é
Trindade, isto é, uma realidade de amor na relação entre o Pai e o Filho e o
Espírito Santo. E uma relação de alegria! Por que então negar que a nossa
relação deva poder conter esta mesma alegria?

Devemos, portanto, ver a sexualidade como uma possibilidade de realizar a


imagem de Deus no desenvolvimento de um relacionamento profundo, que
atua através da nossa corporeidade. Para nós, pessoalmente, foi este, no
desenvolver-se de nosso matrimônio, um caminho que nos envolveu a ambos,
sempre mais, pois fomos compreendendo cada vez mais que, afinando e
aprofundando a linguagem dos nossos corpos, estávamos afinando e
aprofundando a nossa comunicação, e assim conseguíamos criar uma
realidade amorosa única e específica, só nossa.. .um tipo de alegre
cumplicidade conosco mesmos!

Se é no corpo que pulsam e se manifestam as sensações mais profundas,


tomam forma os sentimentos, ganham vida os ideais, é então com o corpo que
devemos falar, nos comunicar, e nos encontrar.

Da mesma forma que, acolhendo a Eucaristia não nos limitamos a acolher só o


Pão, só o Corpo de Cristo, mas todo Ele que nos penetra com sua Palavra, sua
mensagem, com sua Vida, igualmente quando realizamos o encontro mais
profundo que a experiência conjugal nos permite viver, não é só um corpo que
acolhemos, mas toda sua vida., todos os seus gestos, todos seus sentimentos.

Parece-nos que nesta dimensão, a linguagem corpórea não verbal adquire um


grandioso significado, e que, “projetar a sexualidade” de maneira permanente
para realizar uma profunda e única relação “eu e você”, seja o fundamento
deste projeto de vida conjugal que estamos sendo chamados a fazer nascer a
todo instante.

Ler com atenção o texto acima, A Linguagem do Corpo, e fazer a dinâmica


AFETIVIDADE X SEXUALIDADE, da próxima página.

A LINGUAGEM DO CORPO - II

Na medida em que meu cônjuge sinta na vida cotidiana quanto o respeito e


quanto ele vale para mim, estes sentimentos se refletirão funcionalmente na
vida sexual.

O termômetro do amor conjugal é a qualidade da relação sexual.


Esta deve ser expressão, caminho e garantia da união pessoal e sobrenatural,
da íntima fusão de corações em Cristo Jesus.
“No matrimônio nunca somos tão reflexos de Deus quando realizamos o ato
conjugal de forma correta”

O Criador, que, em sua bondade e sabedoria, desejou conservar a raça


humana por intermédio do homem e da mulher unindo-os no casamento,
igualmente ordenou que, ao cumprir essa função, o marido e a
mulher experimentem o prazer e a alegria em sua carnee em
seu espírito. Buscando e gozando desse prazer, os casais nada fazem de
mal, apenas aceitam aquilo que o Criador lhes deu.

Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos


e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana,
testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se
enriquecem com o coração alegre e agradecido.

A sexualidade é fonte de alegria e prazer.


”Como és bela, quão formosa, que amor delicioso!
Tens o talhe da palmeira, e teus seios são os cachos.
Pensei: “Vou subir à palmeira para colher dos seus frutos!”
Sim, teus seios são cachos de uva,
E o sopro das tuas narinas perfuma como o aroma das maças
Eu sou do meu amado, seu desejo o traz a mim.
Vem, meu amado, vamos ao campo, pernoitemos sob os cedros;
madruguemos pelas vinhas, vejamos se a vinha floresce, se os botões estão se
abrindo, se as romeiras vão florindo: lá te darei meu amor...!”
Cântico dos Cânticos
Para Refletir:

Falamos tanto do homem e da mulher e nessa relação afetiva os corpos devem


ser tratados como um bem de Deus que os criou, não para ser esnobado, mas
para ser apreciado e compartilhado com seu amado.
Assim sendo é fundamental os cuidados com o nosso corpo “tanto do homem
com da mulher”, pois muitas vezes depois do casamento acabam se perdendo
na rotina e até se esquecem o quanto era bom na época de namoro, quando o
rapaz ou a moça chegava todo arrumadinho, cheiroso e as vezes com uma flor
ou um bombom para agradar e conquistar a outra pessoa.
Não podemos esquecer essas coisas, pois daquilo que é bom todo mundo
gosta “sempre”.

Algumas dicas:

Fazer barba, depilar...;


Tirar pelo da orelha, do nariz (espanador);
Cortar o cabelo, unha;
Banho, perfume...; escovar os dentes...;
Pijama, Camisola, Roupa íntima...;
Como e quanto come...;
O que fala como fala...;
Toque, abraço...;
Beijo na boca.

REFERÊNCIAS
Diocese de Taubaté. Comissão Diocesana de Pastoral Familiar.
Acompanhamento de Recém-casados. Abril de 2003.

Palestra proferida pelo casal Edson e Rosangela Pelarice. Movimento


Apostólico de Schoensttat.

AFETIVIDADE - SEXUALIDADE
Para a seguinte dinâmica, trate de escutar realmente com o coração, não tanto
as idéias, como os sentimentos e as razões que preenchem o mundo da
afetividade-sexualidade de seu cônjuge.
Se alguém se sentir incomodado em algum dos pontos, pode simplesmente
não trabalhá-lo e passar ao seguinte, sem necessidade de dar explicações.
Para esta atividade é necessário saber entender o que a outra pessoa quer
dizer.
Não discutam. Lembre-se que é um diálogo de sentimentos.

Deus vos abençoe, e adiante! Têm 30 minutos.


1.Sinto que meu corpo é
__________________________________________________
2. O que meus pais me disseram acerca do sexo foi
_____________________________
3. Meus sentimentos acerca do sexo são
______________________________________
4. É difícil para eu compartilhar idéias sobre o sexo porque
______________________
5. Nossas atitudes sexuais assemelham-se em
__________________________________
6. Nossas atitudes sexuais diferenciam-se em
__________________________________
7. Quando falo de sexo me sinto
__________________________________________
8. Para mim uma relação sexual plena consiste em
______________________________
9. A afetividade em minha relação sexual significa
_____________________________
10. Minha satisfação sexual é
______________________________________________
11. Eu me sinto mais afetuoso quando
_______________________________________
12. Quando você me repele eu sinto
_________________________________________
13. Ás vezes eu não quis viver minha relação sexual porque
______________________
14. Sinto-me muito perto de ti quando
_______________________________________
15. Sinto-me longe de ti quando
____________________________________________
16. São importantes teu carinho e tua ternura porque
____________________________
17. Algo que dificulta minha relação sexual
é__________________________________
18. A partir de hoje creio que meus sentimentos mudarão em
_____________________
19. Esta experiência me serviu porque
_______________________________________
20. Faça um breve resumo (cada um em particular) do que até agora tem sido
na vida matrimonial, sua relação de afetividade-sexual idade.
Jaime Rojas, Eudista.

Observação ao Casal Acompanhador

Devem ser feitas duas cópias dessa dinâmica para cada casal, para facilitar o
diálogo. Eles falarão dessa experiência na próxima reunião, se assim o
quiserem, e se sentirem á vontade para isso.

Tema: PLANEJAMENTO FAMILIAR

“A Família não é criação humana, nem do Estado, nem da Igreja. É


constitutivamente ligada à natureza do homem e da mulher, para o bem e a
felicidade pessoal, da sociedade e da Igreja.” (CNBB, p. 51, 2005).
"O Planejamento Familiar é o direito de cada casal à informação, ao
atendimento especializado e ao acesso aos recursos que Ihes permitam optar
livre e conscientemente para ter ou não ter filhos, o número e o espaçamento
entre eles e a escolha do método mais adequado”. (Silva, p. 91,1995).
"Para sua existência, o mundo depende do ato de geração e, como o mundo
é o pátio de Deus e um reflexo de sua glória, o ato gerador deve ser controlado
para o crescimento ordenado do mundo. Quem compreende isso controlará
seu desejo sexual a qualquer custo, adquirirá o conhecimento necessário para
o bem estar físico, mental e espiritual seu e da sua prole e passará os
benefícios desse conhecimento à posteridade", (Gandhi, p.16, 2003).
“A Paternidade e a Maternidade não é apenas um instinto, é uma
altíssima vocação. Essa vocação tem como pauta a responsabilidade. Em
relação às condições físicas, econômicas, psicológicas e sociais, a Paternidade
e a Maternidade Responsável exercem-se tanto com a deliberação ponderada
e generosa de fazer crescer uma Família numerosa, como com a decisão
tomada por motivos graves e com respeito pela lei moral, de evitar
temporariamente, ou mesmo por tempo indeterminado, um novo nascimento”.
(CNBB, p.65,2004).
“O aspecto unitivo do ato conjugal está inseparavelmente unido ao
aspecto procriativo, que é fundamental para a perpetuação da espécie. Essa
dimensão da fecundidade é sublime: é participação na própria fecundidade de
Deus, autor da vida. Assim, a entrega corporal se toma símbolo de uma
entrega ainda mais profunda e plena: a da própria vida compartilhada para
sempre”. (CNBB, p. 64,2005).
“Se existem motivos para distanciar os nascimentos, a Igreja ensina
que então é lícito ter em conta os Ritmos Naturais imanentes às funções
geradoras para usar do matrimônio nos períodos infecundos e, deste modo,
planejar os seus filhos sem ofender os princípios morais que acabamos de
recordar.” (CNBB, p.66,2005).
“A Igreja que está ao lado da vida, ensina que qualquer ato matrimonial
deve permanecer aberto à transmissão da vida”. (CIC 2366, p.613,1993).
“A geração do ser humano depende da união genital de um homem e de
uma mulher e, isto é uma lei da natureza. Deus, o criador, estabeleceu que o
ato físico da união genital tem por finalidade manifestar e crescer o amor do
casal e transmitir vida. Exige que a faculdade genital se restrinja àqueles fins
para os quais Deus a criou, isso é união e procriação”. “Os Métodos Naturais
de Planejamento Familiar tornam normal a prática do ato genital sem haver
interferência, qualquer que seja, no mecanismo biológico”. (BILLINGS,
p.32,1995).
“O Método da Ovulação Billings é uma técnica de grande potencial, pois o
casal sente-se seguro, e pode usá-Io com presteza, porque está trabalhando
com a própria natureza, o seu corpo, sem correr o risco de que as drogas ou
outros meios interfiram no relógio biológico da mulher, extremamente
complexo, delicado e tão simples como a vida”. (Wilson, p. 41,1986).
“A Igreja aprova e admite, como perfeitamente moral, a continência
periódica, ou seja, o uso do Método Billings baseado na auto-observação. O
Método respeita o corpo dos esposos, anima a ternura entre eles e favorece a
educação de uma liberdade autêntica, baseada na virtude da castidade
conjugal, cultivada com sinceridade”. (CNBB, p. 70, 2005).
“É possível compreender mais detalhadamente a fertilidade feminina se for
comparada com a fertilidade da mãe terra: quando está seca, a semente não
consegue germinar; em conseqüência, uma nova vida não pode ser gerada;
porém, quando a chuva cai e a terra se torna úmida, a semente pode dar
origem a uma nova planta”. (MALAGODI, p.189, 2006).
Observar naturalmente e contemplar a natureza é parte integrante de todo
o ser humano. Ao casal é extremamente necessário “conhecer a própria
fertilidade existente em si mesmo e recuperar a consciência “ecológica” de seu
corpo e o valor da dignidade e respeito mútuo”. (SILVA, p. 92, 1995). Entre
muitas características diferenciadoras do ser homem e do ser mulher, em sua
genitalidade, está à observação feita pela mulher do seu ciclo menstrual
reconhecendo sua fertilidade.
Para melhor entender a fertilidade na mulher, definiu-se que o ciclo
menstrual inicia com a menstruação e finda com o último dia antes da próxima
menstruação.
O homem desde a puberdade até o final da sua vida, é sempre fértil. A
mulher é fértil da puberdade à menopausa. Ela tem em cada ciclo menstrual
uma ovulação, que é a fecundidade, e após a menopausa é sempre infértil.
O Método Billings consiste em a mulher, observar a sensação que está
presente na vulva e que se modifica no decorrer do ciclo menstrual. É através
do sentir que a mulher identifica se está ou não no período fértil.
O aprendizado do Método Billings decorre da natural e simples
observação que a mulher faz desde o levantar até o deitar, constatando se
está: menstruada, seca, úmida, lisa ou com muco. Cada noite, ao deitar, o
marido pergunta e anota a observação. A solteira faz sua própria anotação.
A técnica do Método Billings envolve o casal. A mulher se observa, e o
marido colabora perguntando e anotando a observação feita pela esposa.
“O método Billings exige a decisão por uma abstinência periódica, devido à
intenção do casal de espaçar uma gravidez. Essa exigência conduz os esposos
a descobrir o “porquê”, “para quê”, ”para quem”, dos seus esforços, dessa
consciente decisão. É uma maneira de ter sempre presente, a que vida
estamos servindo, e que projeto em comum, como casal, estamos
desenvolvendo.” (JENSEN, p. 22, 1999).
“Sem continência voluntária não educaremos esposos autênticos”.
( Pe.KENTENICH, p.77, 1933).
“O conhecimento da fertilidade e a realização da abstinência periódica,
constituem os dois pilares do Método Billings. É com eles que se pode chegar a
construir um estilo de vida conjugal baseado na complementação mútua, que é
própria do amor esponsal projetado na fecundidade.” (JENSEN, p. 16, 1999).
Em 18 de março de 1995, após abordagem do Método Billings, na Maternidade
Municipal de Londrina, Elda Maria assim se expressou: “Eu sempre brinquei
que Deus deveria ter feito no ser humano um botão onde fosse ligado ou
desligado o sistema reprodutor. Hoje percebi que esse botão não existe, mas
que os sinais sim, bastando saber interpretá-los e para planejar
adequadamente a família”.
Casais usuários do Método Billings, freqüentemente manifestam como
dificuldade primordial, o acertar com o plano de Deus, a respeito do número de
filhos, pois é uma responsabilidade entregue inteiramente à decisão do casal.
O CENPLAFAN de Londrina, através dos instrutores, acompanha
individualmente, pessoa ou casal interessado em reconhecer a sua fertilidade.
O atendimento é realizado até que a pessoa sinta-se segura no conhecimento
do Método, e também durante cada gestação e amamentação.
O CENPLAFAN aborda o Planejamento Familiar Natural, o Método Billings, aos
casados, noivos, famílias, adultos, jovens e crianças.
A vivência do Método Billings possibilita ao casal:

 encantamento e participação do homem e da mulher na ação criadora


de Deus, no insondável mistério do gerar nova vida;.
 exercer a Paternidade e a Maternidade Responsável, na plenitude do
sentido e significado do matrimônio, preparando-se para desejar, gerar e
educar os filhos;
 fecundar nos filhos, a certeza da presença de Deus, desde antes da
concepção;
 Vivenciar o Método Natural para planejar a concepção do filho ou
espaçar uma gravidez;
 vivenciar a abstinência, um modo positivo de amar, cultivando a virtude
da castidade matrimonial como manifestação do amor, do respeito, que
um cônjuge sente pelo outro;
 doar-se, entregar-se e aceitar totalmente o seu cônjuge, sem exclusão;
 cultivar a fidelidade, a afetividade, o lúdico, o erótico que vai além da
relação genital;
 valorizar e compreender a Família, como o Santuário da Vida;
 produzir na Família, frutos de paz e serenidade, bem como favorecer a
atenção para com o cônjuge, ajudando ambas as partes a sair do
egoísmo e aprofundando o senso de responsabilidade do casal;
 transmitir aos filhos a cultura da vida, a busca pela felicidade nos
verdadeiros valores humanos e cristãos.

BIBLIOGRAFIAS

BÍBLIA , SAGRADA.Ed. São Paulo. Ave Maria, 114ª edição,1997.


BILLlNGS, John e Evelyn. O método da ovulação Billings. São Paulo, Paulinas,
1980.
BILLlNGS, John. O dom da vida e do amor. São Paulo, Loyola, 1995.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Ed.Vozes, 4ª edição, 1993.
CURY, Augusto. Maria, a maior educadora da História. .São Paulo, Planeta,
2007
CLOWES, Brian. Os Fatos da Vida. Brasilia, Human Life International, 1997.
DOCUMENTOS DA CNBB – 79. São Paulo, Paulinas, 2005.
GANDHI, Mahatma. 30 dias com Mahatma Gandhi. São Paulo. Paulus, 2003.
GIBBONS, Guilherme. Generosidade e criatividade no amor. São Paulo,
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JENSEN, Luis. Paternidad Responsable Comunión y Fecundidad. Santiago
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KENTENICH, Pe. José. Pedagogia Mariana do Matrimônio. Santa Maria,
Secretariado da Liga das Famílias Schoenstatt/Vallendar, 2ª edição,1996.
MALAGODI ,Eurico Alonso. Mulher o último elo. São Paulo, Paulinas, 2006.
MONTEIRO, Pe.Jaime Fernández. Paternidad Responsable. Santiago, Chile.
Departamento de Pastoral,Familiar, 1997.
SILVA, Gerson: Sexualidade na contramão. São Paulo, Paulinas, 1995.
ZANINI. Ovidio. Como viver a sexualidade. São Paulo, Loyola, 1987.
WILSON, Mercedes Arzú. Amor e fertilidade. São Paulo, Loyola, 1986.
Equipe: Andréa e Eduardo 3326-9665
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FONTE: Este material foi elaborado à partir do documento “Vida:Planejamento


Familiar Natural – Cenplafan – Centro de Planejamento Familiar Natural”
contido no Compêndio do 2º Congresso da Pastoral Familiar – Julho/2007 da
Arquidiocese de Londrina – Pr.
Tema: FECUNDIDADE E PATERNIDADE RESPONSÁVEL

OBJETIVOS:

 Discutir o sentido da fecundidade;


 Refletir sobre as responsabilidades dos pais para com os filhos e filhas
 Orientar sobre a importância dos ensinamentos cristãos na vida dos
filhos e filhas

A) A FECUNDIDADE DO AMOR ENTRE OS CASAIS

“A dualidade de sexos foi querida por Deus, para que o homem e a mulher
juntos, fossem a imagem de Deus, e, como Ele, nascente da vida” (Papa Paulo
VI)

“Não se pode conceber amor que não seja fecundo. Falamos da fecundidade
num duplo sentido: a alegre aceitação da vinda dos filhos e a promoção da vida
no interior do casal, da família e da sociedade. Estamos deixando um período
em que se considerava como única finalidade do matrimônio a procriação e
educação dos filhos. O casamento tem também a finalidade de exprimir o amor
entre os cônjuges.

A conjugalidade, a vida do casal, é o seu núcleo. Trata-se de uma íntima


“comunidade de vida e de amor”. Trata-se da entrega e partilha da existência.
A conjugalidade em si mesma já comporta a fecundidade. Um casal que não
pode ter filhos não pode ser classificado como um casal que vive um amor
estéril. Toda relação interpessoal autêntica é sinal de criação, sinal de vida.

A fecundidade é o florescimento, o dom da conjugalidade. Não se pode


entender fecundidade isolada de conjugalidade. A procriação é a redundância -
no sentido de fruto conseqüente - da conjugalidade. Este é o sentido que tem a
fecundidade dentro da compreensão antropológica do Concilio Vaticano II”
(M.Vidal - Moral do Matrimônio, Vozes, Petrópolis, 1992, p 129).

O Papa João Paulo II, na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, assim se


exprime, dilatando o horizonte da fecundidade: “Um amor conjugal fecundo
exprime-se num serviço à vida em várias formas, sendo a geração e a
educação as mais imediatas, próprias e insubstituíveis. Na realidade cada ato
de amor verdadeiro para com o homem testemunha e aperfeiçoa a fecundidade
espiritual da família, porque é obediência ao profundo dinamismo interior do
amor como doação de si aos outros” (n.4 1).

No mesmo número o Papa amplia assim o horizonte da paternidade e


maternidade das famílias cristãs: abrindo a própria família à relação fecunda
com outras famílias, sobretudo as mais necessitadas; acolhendo, através da
adoção, crianças que estão privadas de seus pais e foram por eles
abandonadas; indo ao encontro das pessoas que sofrem marginalização social
e cultural: velhos, enfermos, deficientes, dependentes de drogas, ex-
presidiários, etc...

Nesse contexto convém lembrar que vivemos uma cultura de morte. O


documento de Santo Domingo assim se exprime:
“A cultura de morte nos desafia. Com tristeza humana e preocupação cristã
somos testemunhas de campanhas antivida, que se difundem na América
Latina e no Caribe, perturbando a cultura de nosso povo com a cultura de
morte. O egoísmo, o medo do sacrifício e da cruz, unidos às dificuldades da
vida moderna, geram uma rejeição do filho, que mesmo não sendo responsável
por tal situação, não é alegremente acolhido na família, mas considerado um
agressor.
Atemorizam-se as pessoas com um verdadeiro “terrorismo demográfico” que
exagera o perigo que o crescimento da população pode representar para a
‘qualidade de vida’”. (Conclusões de Santo Domingo, 219).

Esta mentalidade antivida, por vezes, chega a lançar mão de todos os métodos
contraceptivos, mesmo apelando para o aborto. Organismos internacionais
promovem campanhas massivas de esterilização. Elimina-se com muita
facilidade a vida não desejada. No final da vida, devido ao ‘peso’ que
representam, chega-se a eliminar os anciãos pela eutanásia. Entre um e outro
ponto da existência humana vemos a morte de meninos de rua, difusão das
drogas, etc. Cabe a todos nós dizer um sim à vida. Por isso mesmo, fazendo-
se um planejamento familiar responsável, lutamos também pela melhoria das
condições de vida do ser humano: saúde, moradia, educação, justiça social,
promoção humana, maior e melhor divisão das rendas, etc. Tudo isso é nosso
sim à vida em plenitude.

B) O FILHO COMO UM BEM

“... os filhos são o dom mais excelente do matrimônio e constituem um


benefício máximo para os próprios pais” (CIC, 2378)

Tagore afirmou: “Uma criança que nasce é sinal de que Deus ainda não se
cansou do homem”. Transmitir a vida é participar da obra do Criador colocando
no mundo sementes de novidade e de esperança. O mundo sem crianças (ou
com poucas crianças), é um mundo sem pretensão para o futuro.

Insistimos: o filho que nasce precisa da fecundidade do amor de seus pais. A


fecundidade amorosa do casal é o clima natural para o nascimento dos filhos.
O filho é e precisa sempre ser, expressão da vitalidade amorosa e vigorosa dos
pais.

Com a aceitação alegre e responsável do filho (e dos filhos) o casal revitaliza o


mundo e a Igreja.
O filho não é apenas resultado de um fato biológico, mas será um “superavit”
de amor.
Esse filho, ao crescer, chega a questionar a vida dos pais, sua plenitude
humana e cristã. O filho permite que os genitores se descubram a si mesmos e
reorientem, a partir dos apelos do mesmo filho, sua própria existência. O filho
dá maturidade aos pais, por mais paradoxal que isso possa parecer.

Costuma-se dizer que o filho é um “sacramento de esperança”. O filho exprime


não somente uma esperança humana, mas é a esperança divina entre nós.
Com sua chegada os pais, e o mundo, sabem que é possível uma mudança, há
possibilidade efetiva de mutações.

C) PATERNIDADE E MATERNIDADE
Faz parte da vocação do casal a paternidade e a maternidade. Ninguém é pai
ou mãe apenas biologicamente. Homem e mulher se preparam para a chegada
do filho (e dos filhos). Experimentam visivelmente uma transformação com sua
chegada. Percebem que sua comunidade de amor e de vida se dilata. Geram
não somente o corpo de uma criança, mas um ser de liberdade, inteligência,
afeto. Esse filho é desdobramento do mistério da criação: é criado à imagem e
semelhança de Deus e membro resgatado pelo sangue e pela ressurreição de
Jesus.

Ser pai ou ser mãe não é “fatalidade”. É vocação. O filho que chega precisará
de um ambiente vital e de forte dose de amor/dedicação para sobreviver e
realizar-se. Será necessário que o casal (os pais) vivam uma estabilidade em
sua união. A criança necessitará de verdadeira família e reclamará cuidados
para poder crescer como homem, cidadão, cristão. A missão dos pais é
fundamentalmente educadora.

Toda geração feita fora da família (e para os cristãos fora do sacramento do


matrimônio) corre o risco de não ser levado a seu termo mais cabal: o
surgimento de um homem realizado e de um cristão acabado.

D) PATERNIDADE E MATERNIDADE RESPONSÁVEL


“Chamados a dar a vida, os esposos participam do poder criador e da
paternidade de Deus” (Ef. 3, 14; Mt. 23, 9).

Os cônjuges sabem que no oficio de transmitir a vida e de educar - que deve


ser considerado como missão própria deles - são cooperadores do amor do
Deus Criador e como que seus intérpretes. Por isso desempenharão seu
múnus com responsabilidade cristã e humana”. (Gaudium et Spes, 50, n.2) e
(Catecismo da igreja Católica, n.2367).

Cada casal tem o dever de gerar com responsabilidade em todos os sentidos:


ter o filho responsavelmente dentro do casamento, preparar-se para educá-lo
humana e cristãmente, avaliar as condições que têm para sustentá-lo, dar-lhe
condições de vida, levar em consideração o estado de saúde eventualmente
precário da mulher. Paternidade responsável significa gerar os filhos que se
tem condição de gerar e que se deseja gerar.

Quais critérios devem subsidiar o casal na definição de quando e quantos filhos


ter?
 O filho deve ser fruto da vontade pessoal (de ambos), livre e consciente;
 O filho deve ser desejado e esperado pelo casal (-dentro do
programado; -inesperado; - não conseguem ter filhos?)
 Ter o número de filhos que podem educar/cuidar: (considerar sempre:
saúde dos pais, - recursos da família, - os filhos já existentes)
 Preparar-se individualmente e como casal (- maturidade; -conhecimento
biológico - exame pré-nupcial; - situação psicológica; -planejamento
familiar)

Desnecessário dizer que a Igreja, sobretudo através da encíclica Humanae


Vitae, considera irresponsabilidade a moda da permissividade da sociedade em
que vivemos no campo da sexualidade, que libera toda genitalidade pelo
controle da fecundidade, pelo uso indiscriminado dos meios anticoncepcionais.

“Particular aspecto desta responsabilidade diz respeito à regulação dos


nascimentos. Por razões justas os esposos podem querer espaçar o
nascimento de seus filhos. Cabe certificar que tal desejo não tenha como
origem o egoísmo, mas seja conforme a justa generosidade de uma
paternidade responsável. Deverão pautar seu comportamento seguindo os
critérios objetivos da moralidade. Por isso a moralidade da maneira de agir,
quando se trata de harmonizar o amor conjugal com a transmissão responsável
da vida, não depende apenas da intenção sincera e da reta apreciação dos
motivos, mas deve ser determinada por critérios objetivos, tirados da natureza
da pessoa e de seus atos, critérios esses que respeitam o sentido integral da
doação mútua e da procriação humana no contexto do verdadeiro amor. Tudo
isso é impossível se a virtude da castidade conjugal não for cultivada com
sinceridade”. (GS 51, § 3 e Catecismo da Igreja Católica 2368).

No exercício da paternidade responsável o planejamento familiar diz respeito


fundamental aos pais: são eles que decidem o número de filhos que terão, o
espaçamento entre eles, e a prole que poderão gerar.

Nenhum Estado tem o direito de tomar esta decisão pelos pais: a família é
realidade anterior ao Estado e os pais não podem sofrer pressões neste
sentido: “O Estado é responsável pelo bem-estar dos cidadãos. Por este
motivo é legítimo que ele intervenha na orientação da demografia da
população. Ele o fará na linha de uma informação objetiva e respeitosa, mas
não por via autoritária e impositiva. Legitimamente ele não pode se substituir à
iniciativa dos esposos, primeiros responsáveis pela procriação e educação dos
filhos” (Humanae Vitae 23, pp 37) Não está ele autorizado a favorecer meios de
regulação demográfica contrários à moral. (Catecismo da Igreja Católica 2372).

Os pais haverão de formar sua consciência, neste particular, a partir dos


princípios cristãos, da Palavra de Deus e do ensinamento do Magistério;
sempre dentro de profundo respeito pela vida.

Na formação de sua consciência, os esposos deverão levar em consideração


vários fatores: não é suficiente o desejo de não ter filhos para “aproveitar a
vida”; ter em conta as condições econômicas para a criação e educação da
prole; problemas ligados à saúde da mãe; questões sérias de fundo
psicológico; estabilidade da união, etc.

Deve ficar claro que o conceito de paternidade responsável é bem mais amplo
do que a limitação e espaçamento dos nascimentos: a característica da
responsabilidade na paternidade engloba todos os empenhos e os deveres de
educação dos filhos

MISSÃO DE SER PAI E MÃE:

 Amar os filhos
 Dar o sustento
 Educar
o social (bons costumes/valores)
o escola –educação formal
o religião
o Responsabilidades
 Deus (fé,oração)
 Igreja
 Próximo (comunidade)
 Mundo
 Respeitar os filhos como seres humanos

“A criação dos filhos é a mais importante das responsabilidades dos


esposos.”

VISANDO A FORMAÇÃO DE PESSOAS DE BEM, COMO DEVE SER O


RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS?

 Os pais devem se amar e demonstrar este amor aos filhos


 Os filhos devem sentir que fazem parte da vida dos pais
 Tratar os filhos com liberdade e dignidade
 Estar atento às necessidades afetivas dos filhos
 Receber em casa os amigos dos filhos para oferecer oportunidades para
o seu desenvolvimento social
 Orientação cristã e religiosa
 Estabelecer os limites (dosar bens materiais, horários, estudo, televisão,
vídeo game, internet, amizades)
 Orientação quanto à sexualidade.

REFERÊNCIAS
Diocese de Taubaté. Comissão Diocesana de Pastoral Familiar.
Acompanhamento de Recém-casados. Abril de 2003.

Palestra proferida pelo casal Nilson e Brígida Gimenez Carvalho. Pastoral


Familiar da Paróquia Nossa Sra de Lourdes. Londrina.
Tema: QUEREMOS SER OU QUEREMOS TER...

QUAIS SÃO OS VALORES QUE NOS INTERESSAM?

SER ou TER?

Este encontro tem como objetivo levar os novos casais a refletir sobre quais
valores são importantes na vida. A intenção não é negar totalmente o TER, que
é bom quando equilibrado e consciente. Mas levar primeiramente a uma
construção do SER indivíduo e SER casal.

Explanações sobre o tema

Existem algumas reflexões importantes a serem feitas com relação ao tema


apresentado. Não é ruim TER, mas, quando esse desejo supera as prioridades
da vida, descobre-se o quanto ele pode ser nocivo.
TER ou SER. Vamos descobrir qual a diferença e como isso interferirá em
nossa vida conjugal

TER: A oferta exaustiva do sistema socioeconômico vigente

Atualmente a mídia, sobretudo televisão, rádio e revistas, despejam uma


grande quantidade de propagandas com a clara intenção de estimular a
compra. O mercado exige que o povo gaste sempre mais. Nesse sentido, é
utilizada toda técnica para despertar nas pessoas o desejo de adquirir um
produto ou serviço, ainda que não precisem dele. Não há uma preocupação
com as conseqüências da superexposição ao estímulo do consumo.

O sistema socioeconômico vigente não pode ser simplesmente "desligado",


como tentamos fazer quando deixamos de assistir à TV, ouvir rádio ou ler
revistas. Convencidas pelo sistema, há pessoas que colaboram na sedução
consumista, provocando e despertando sentimentos como a inveja, até mesmo
nos que se sentem seguros de si e de suas reais necessidades de vida.

TER: A fragilidade do indivíduo

A fragilidade dos indivíduos e, conseqüentemente, dos casais ao consumismo


está diretamente ligada ao seu desenvolvimento.
O desejo de competir e ser melhor, por exemplo, leva ao consumo. E desde
cedo as pessoas são levadas à competição. Ela existe entre irmãos de forma
natural e, se não for bem conduzida pelos pais, pode ser desastrosa. Também
existe na escola e no sistema de avaliação que pontua as pessoas pela
capacidade de absorver e reter conhecimento.

Há falhas na formação dos indivíduos dentro de casa. Pais cada vez mais
ausentes permitem que a superexposição ao estímulo do consumo se inicie
cada vez mais cedo. Hoje, as crianças passam grande parte de seu tempo
diante da TV, sem qualquer possibilidade de uma explicação sobre aquilo a
que assistem.
Há falha também no processo de distribuição de informação de qualidade para
milhares de pessoas, e isso dificulta uma resistência racional aos estímulos da
mídia e da própria sociedade.

SER: A falta de tempo e de incentivo

Do outro lado da questão, percebemos que a busca do TER desmotiva a busca


do próprio SER. O autoconhecimento, que deveria acompanhar o
desenvolvimento das pessoas fase a fase da vida, carece de incentivo por
parte da família e da sociedade. Se a pessoa não se conhece profundamente,
terá grandes chances de errar ao definir o que precisa TER. A falta de tempo
motivada pela velocidade com que as coisas acontecem em nada ajuda.
Essa situação se reflete diretamente na vida conjugal, pois o casal é um
somatório do SER homem e do SER mulher. Se ambos vivem desnorteados
em relação a si próprios, terão grandes chances de se desnortearem quanto ao
TER.

É possível equilibrar as coisas

O que realmente é importante para a vida a dois? Ter um lugar para morar e
poder pagá-Io; ter alimento suficiente; ter o que vestir e poder desfrutar o
mínimo de conforto e lazer. O que vem além disso é acréscimo, muitas vezes
necessário, muitas vezes não.
Para tanto é preciso ser alguém dedicado principalmente à sua profissão, que
gera os recursos para o sustento da vida. Mais que ser dedicado é preciso ser
equilibrado e objetivo para poder alcançar as próprias metas.
Na busca de um sucesso que possa garantir a situação estável na vida de
casado, os casais deixam para trás partes importantes da vida. Adiam a
chegada dos filhos, os projetos ideológicos e também a espiritualidade, pois o
cansaço e as horas extras não permitem uma participação mais ativa na
comunidade. Sem o equilíbrio que vem da formação e da informação
recebidas, o destino do casal é tornar-se uma máquina que até consegue
conquistar e adquirir, mas que, no final, corre o risco de estar vazia.

É possível confiar que, vivendo os valores mais nobres da vida, todos os


objetivos a que se propõe são atingidos. SER alguém dotado desses valores
faz a diferença. SER alguém dotado de uma confiança em Deus também
contribui muito, pois a crença na Providência Divina tranqüiliza e ajuda a
equilibrar a vida.

Crer na Providência Divina não é entregar a Deus toda a responsabilidade


sobre nossa vida, mas é compreender que, além do nosso esforço pessoal,
existe Deus, que se preocupa com nossa vida e que, por misericórdia, nos
ajuda. Há uma aliança entre o casal e Deus, na qual cada cônjuge cumpre sua
parte: homem e mulher com prudência constroem sua casa sobre a rocha.
Enquanto o Pai reforça e sustenta a construção.

Daí conclui-se que é preciso cultivar os valores fundamentais do SER para que
o TER não domine a vida do casal e da família.
A Palavra de Deus

Vamos partilhar a Palavra de Deus que encontramos em Mt 6, 19-34.

· Como ajuntar riquezas no céu, segundo o pedido de Jesus?

· O nosso coração está no que é material ou no que é espiritual?

· Nossa luz está em nossos olhos. Eles são sadios e buscam o que é bom ou
são doentes e buscam o que é escuridão?

· Afirmativa de Jesus: "Vocês não podem servir a Deus e às riquezas".

Qual é a nossa verdadeira preocupação em relação à vida? Comida, roupas,


moradia? Se até mesmo essas, que são imprescindíveis, Cristo nos dizem que
Deus nos dá como graça, por que se preocupar com outras além dessas?

· Lendo a mensagem final dos versículos 33 e 34, o que podemos refletir a


partir delas?

Um pouco da vida

Antônio era um homem trabalhador. Casado e com um filho pequeno,


trabalhava sem parar a fim de conseguir o sustento à família e "algo a mais"
para garantir algum conforto. Renata não trabalhava e cuidava do menino em
tempo integral. Antônio saía cedo, ia para a empresa, cumpria seu horário
normal e depois do expediente atendia alguns clientes que eram indicados por
amigos. Geralmente chegava em casa muito tarde e seu filho já estava
dormindo. A esposa, sonolenta, o esperava entre um cochilo e outro. Em
alguns fins de semana, a coisa se repetia e Antônio acabava atendendo os
clientes o dia inteiro. A vida corria em atropelos. Nunca faltava nada do básico,
mas as coisas pareciam paradas, pois o "algo a mais" nunca chegava.

Um dia, ao terminar de atender um cliente, Antônio teve o carro furtado. Sem


seguro do veículo, havia perdido tudo. Sentou-se para fazer as contas e
percebeu que todo o dinheiro ganho não cobria o valor do automóvel furtado.
Olhou para sua casa e viu que o conforto esperado também não existia, pois
em oito anos de casamento convivia com uma grande simplicidade.

Antônio e Renata então dialogaram e decidiram que ele não mais


trabalharia daquela forma e que se dedicaria mais à família e aos trabalhos na
igreja.
Hoje, continuam vivendo com simplicidade, mas a vida avançou mais que nos
oito primeiros anos do casamento. Antônio, de vez em quando, faz algumas
horas extras, mas essas são sempre por assuntos que realmente interessam:
manter o emprego. Porém a confiança na Providência Divina, vivenciada, na
vida conjugal, tem ajudado o casal a conduzir melhor a própria vida. E nós?
Como podemos abrir espaço para a Providência em nossa vida?

Para refletir em grupo

A sociedade atual geralmente confunde o que é essencial e imprescindível com


aquilo que é supérfluo e dispensável. Pela força do consumismo, os casais e
as famílias são seduzidos a mergulhar de cabeça em uma busca desenfreada
por TER.
TER acima de tudo. Precisamos TER uma casa muito bonita, roupas de marca,
bons momentos nos melhores lugares etc... E assim vamos consumindo boa
parte de nossa vida correndo atrás dessas coisas.

Mas na verdade muitas pessoas nem mesmo sabem quem são. Antes de se
descobrirem, antes mesmo de SEREM alguém definido, saem correndo "atrás
do prejuízo". As exigências sociais são grandes e sobra pouco tempo para
descobrirem quem são. Sem perceberem, as pessoas têm uma vida com
pouca qualidade. E por isso acabam querendo TER mais para compensar o
que não são ou o que não podem ser.

Atualmente, vocês novos casais, vocês querem SER ou apenas desejam TER?
Vamos refletir.

Tarefa do encontro

Tarefa do casal: Fazer uma lista das prioridades materiais da vida. Essa é a
lista do TER. Fazer também uma lista das coisas não materiais (família, igreja,
trabalho, lazer etc.) por ordem de importância. Essa é a lista de valores.
Conversar sobre as duas listas: como atingir os objetivos da primeira lista sem
prejudicar a segunda? É possível ceder em alguns pontos?
Tarefa do grupo: Conversar um pouco sobre como a participação em uma
comunidade, em um grupo como o dos novos casais, pode ajudar a descobrir
os verdadeiros valores da vida.

Conclusão

Hoje é preciso descobrir quais são os valores que mais nos interessam na vida.
O que de verdade é necessário para viver? O que nos ajuda a viver? TER nem
sempre é tão ruim, porém, antes de possuir, é preciso saber quem somos para
saber o que queremos. Há aqueles que nem sabem quem são porque ainda
não formaram o próprio SER. E, no meio do bombardeio da propaganda que
cria novas formas de nos fazer consumir, sem precisar, tem de ser firme para
evitar o erro.

Para saber mais sobre o tema:

Na Bíblia: Quem busca a Deus não passa fome e conserva a vida - Salmo
34,5-13; O mundo passa, mas Deus permanece - 1Jo 2,15-17; A escolha
fundamental- Mt 6,19-34; A casa sobre a rocha - Mt 7,24-27.

Na internet: Os valores fundamentais da família - site da REVISTA FAMILlA


CRISTÃ.
Nas livrarias: Construir o matrimônio na pós-modernidade Christiane E.
Blank - Paulus - Capítulo 2.

Dinâmica
Em alguns jornais e revistas da última semana, vamos procurar todos os
anúncios que eles trazem. Depois de selecioná-I os, vamos recortá-Ios e
separá-Ios em duas pilhas: anúncios que oferecem produtos e serviços úteis,
segundo nosso ponto de vista, e anúncios que oferecem produtos ou serviços
que sejam dispensáveis.
No fim do encontro, vamos reavaliar a separação feita e tirar as nossas
conclusões.

Algumas perguntas comuns em vários lares de recém-casados


· Como é possível dar total atenção dentro de casa se a nossa cabeça está lá
no trabalho? Nas coisas que temos que fazer amanhã?

· Falta ainda muita coisa à nossa casa! Se a gente não correr atrás, quem vai
correr?

· Nada vem de graça. Se a gente não lutar para conquistar o espaço


profissional e fazer a diferença, a gente nunca vai chegar onde quer.

REFERÊNCIA
Texto elaborado por: André Kawarala e Rita de Cássia B.M. Kawarala. Revista
Família Cristã nº 865 / janeiro 2008.
Tema:VIDA EM COMUNIDADE

Dinâmica: Você - Eu - Nós - Somos IGREJA

Distribui-se algumas caixas de fósforos para os participantes, na proporção


de 1/3, ou seja a cada 3 participantes, 1 terá uma caixa
Em uma sala escura, pede-se para os participantes se posicionarem dentro
da sala de acordo com a vontade da cada um, aleatoriamente. Este
posicionamento pode ser feito com as luzes acesas, porém as mesmas devem
ser apagadas quando todos estiverem nos lugares escolhidos.
A escuridão é total, pouco se consegue ver.
O monitor solicita que aqueles que receberam a caixa de fósforo acendam
um palito.
O monitor pede que algumas pessoas, de onde estão dêem sua percepção a
respeito do ambiente. De preferência intercalando entre quem tem o fósforo
aceso e quem não tem.
Percepção 1: Percebe-se alguma claridade na sala, porém com focos
isolados, prevalecendo ainda a escuridão, pois somente alguns são
“beneficiados” pela luz.
O monitor solicita que quem possui a caixa de fósforo entregue um palito
aceso para os participantes ao lado, os quais estão no escuro.
O monitor pende novamente que alguns participantes dêem sua percepção
agora, neste novo ambiente.
Percepção 2: Percebe-se maior claridade na sala, porém ainda em focos de
luz isolados, fazendo com que muitos pontos escuros ainda existam entre as
pessoas.
O monitor solicita que os participantes formem um círculo, de forma que
fiquem o mais próximo possível uns dos outros. Todos devem estar com
fósforos acesos.
O monitor novamente solicita que alguns participantes digam se percebem
alguma diferença deste momento com os anteriores.
Percepção 3: agora a claridade está mais forte pois os focos de luz estão
mais próximos de dispostos de forma mais ordenas. Dessa forma, a luz ilumina
a todos e todos são capazes de ver o outro não só perceber sua presença.
Lição da Dinâmica:
Isto é a Igreja: você, eu, nós... muitas pequenas chamas que o Espírito
continua a acender e que, reunidas no mesmo Espírito de Cristo, ilumina o
mundo!

A Igreja, pelo seu Estilo de Vida em Comunidade, é Sinal de Amor e União

“Não peço somente pelos primeiros discípulos, mas também por todos aqueles
que, por suas palavras, hão de crer em mim. Que todos sejam um! Como Tu
Pai és em mim e eu em ti. Que eles sejam um em nós! E assim o mundo creia
que Tu me enviaste. O amor com que me amaste esteja neles. “(Jo. 17,20-26).
Foi esta a última oração de Jesus ao Pai, lá no Cenáculo. Pode-se dizer que é
o testamento de Jesus para os seus.

“Que todos sejam um! “(v. 21) Como Deus! Como o Pai é unido ao Filho no
Espírito de amor, tão unidos que as três divinas Pessoas são realmente um só
Deus! Eis o que é a Igreja, eis a vocação a qual fomos chamados! (Ef. 4. 1-
7). Somos de fato como muitos membros num só corpo, cada um
diferente, cada um importante, cada um feito para viver unido aos outros,
compartilhando da vida da missão comum, cada um assumindo sua tarefa e
sua responsabilidade, para o bem de todo corpo. É isto ser comum-unidade!.

“O amor com que me amaste esteja neles... “ (v. 26). Apesar de todas as
falhas, apesar de todas as rupturas na unidade, a Igreja vive em comum união,
não por força própria, mas pelo Dom do Espírito: o amor que une o Pai e o
Filho e que “foi derramado em nossos corações”. É o Espírito Santo que une a
Igreja, que a constrói, que a anima, que a vivifica, como a alma vivifica e anima
todo o corpo humano. É no poder do Espírito que a primeira Igreja vivia de fato
a comunidade: “um só coração, uma só alma... viviam todos unidos e tinham
tudo em comum... dividiam seus bens entre os necessitados... perseveravam
unidos na doutrina dos Apóstolos, na oração comum, na fração do pão
(Eucaristia).., cativando assim a simpatia do povo” (ver Atos 2 a 4).

“E eu neles!” (v.26) “Quando duas ou mais pessoas estiverem reunidas em


meu nome, lá estou eu no meio delas!” (Mt. 18, 19). Eis a Igreja: gente unida,
gente que topou com Cristo e quer viver com Ele, com uma certeza grande
como as montanhas. Cristo glorioso está presente onde houver de fato
comunidade, Igreja. E aí podemos realmente dizer como São Paulo: “Todos
somos um em Cristo Jesus”. (Gal. 3. 28), como os membros de um corpo são
unidos à cabeça, como os ramos formam uma só coisa com o tronco (ler João
15, 1 - 15).

“E assim o mundo creia...” (v. 23). Na medida que nós, cristãos, vivemos de
fato a comunidade, seremos para o mundo sinal e sacramento do Cristo
glorioso e de seu grande plano de comum-união entre os homens. Na medida
que nos unimos e nos amamos, o amor e a união crescem no mundo. E como
fermento no meio da massa, disse Jesus. Se o fermento é bom, apesar de ficar
escondido, faz crescer a massa. Assim a Igreja não é feita para aparecer, para
“ser dona do lugar”, para ser “maioria absoluta”, mas se é autêntica, como
fermento bom, o Reino de Deus há de crescer no mundo, por meio dela.

A Igreja, pelo seu Estilo de Agir no Mundo, é um Serviço Ativo de


Libertação

Já vimos como Cristo faz de toda a sua vida um constante serviço libertador
para com todos. Tirando sua presença sensível, Jesus deu à sua Igreja a
missão de continuar seu serviço, para construir no mundo o seu Reino:

“Ide no mundo todo anunciando a boa notícia do Reino, fazendo meus


discípulos todos os povos!” (Mc. 16, 15 e Mt. 27, 19).

A Igreja não foi fundada para ficar na sacristia, ou com a Bíblia debaixo do
braço, longe do mundo, quase com medo de se manchar em contato com ele.

“As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje,


sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as
esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Portanto, a
comunidade cristã se sente verdadeiramente solidária com o gênero humano e
com sua história. Com efeito, guiada pelo Espírito, a Igreja quer continuar a
obra de Cristo, que veio ao mundo para dar testemunho da verdade, para
salvar e não para condenar, para servir e não para ser servido” (Documento do
Concílio: “A Igreja no mundo de Hoje” ns. 1 e 3).
A Igreja quer estar no mundo como uma grande luz para todos os homens,
mostrando o caminho do crescimento integral da pessoa humana, apontando
os contra valores que escravizam o homem, desmascarando todas as
ideologias, arregaçando as mangas para estar ao lado dos oprimidos,
ajudando, conscientizando...

A Igreja (nós), sabe que tem para o mundo o grande segredo da salvação: o
amor vivido no grau em que Deus feito homem o realizou.

A Igreja (nós), sabe também que, “saindo da sacristia” para trilhar os caminhos
dos homens, sobretudo os mais pobres e injustiçados, há de ser mal
interpretada, condenada, como Cristo! Mas só assim, quando a Igreja não está
a serviço dos poderosos e das classes privilegiadas, quando a Igreja é pobre,
humilde, perseguida como Cristo, só assim será a verdadeira Igreja de Cristo.

Em tudo isso temos uma certeza: apesar dos escândalos, de desuniões, das
fraquezas e traições (quantas meu Deus!), de nós Igreja, a força do Espírito
Santo não deixará de unir e de levar à frente a igreja em sua missão
libertadora, até o dia em que “Ele enxugará toda lágrima”. Porque é esta a
certeza que anima toda a Igreja e que vence o mundo:

“Eis que estou convosco, todos os dias, até o fim do mundo” (Mt.20.2O) e as
portas do inferno não prevalecerão contra a minha Igreja”. ( Mt. 16, 18)

A Igreja Doméstica

Igreja e família são chamadas, cada uma à sua maneira, de comunidades de fé


Na grande Igreja, Cristo se faz conhecer, comunica-se através de sua Palavra
e de seus sacramentos. Normalmente é na família que se faz a primeira
experiência de Igreja. E nela que muitos cristãos são iniciados e educados na
fé. Ali germinam também vocações religiosas e sacerdotais. A atmosfera de
uma família cristã é fundamental para a catequese ministrada nas paróquias e
comunidades cristãs. A família pode favorecer ou dificultar esta formação
cristã. Certos adolescentes, muitas vezes desorientados, podem encontrar em
suas famílias motivos de vida e de esperança.

Muitas famílias cristãs, com efeito, são comunidades de oração. Nem sempre é
fácil viver a oração em família. Nem sempre se tem tempo para descobrir suas
riquezas e se perceber a necessidade de sua presença no lar e na vida. As
crianças, mesmo pequenas, com sua espontaneidade e suas reações cheias
de frescor ajudam os pais a descobrir o diálogo com Deus. A família que reza
realiza a palavra de Cristo: “Onde dois ou três estão reunidos em meu nome,
eu estarei no meio deles”.

A família, pequena célula da grande Igreja, tem ainda outras possibilidades. Ela
pode ser lugar de acolhimento e de esperança para os que sofrem, para os que
padecem provação ou experimentam o fracasso. Ela é a primeira escola de
humanidade, escola de serviço prestado às pessoas: os esposos entre si, pais
e filhos, família e parentela mais distante. Ali educa-se para o amor, aprende-
se o respeito pelas pessoas, a liberdade e a responsabilidade.

Como a grande igreja, a família, igreja doméstica, é fermento de comunhão


entre as pessoas. Os diferentes engajamentos de seus membros em grupos e
associações favorecem tal comunhão e possibilitam o serviço à coletividade.

Como em todo organismo vivo, algumas vezes a vida familiar também conhece
conflitos, crises, dramas. Assim como acontece na grande Igreja, esses
momentos são ocasiões para que a pequena célula familiar manifeste sua
capacidade de perdão e reconciliação.

Dinâmica: Reflexão a Dois

1 - Essa noção de Igreja - Povo de Deus Reunido, é nova para nós? O que isso
muda do conceito que fazíamos de SER IGREJA?

2 - Como ficamos diante de nossa responsabilidade de sermos Igreja para nós


mesmos, para nosso cônjuge, para os filhos que Deus nos der?

3 - Qual deve ser nosso testemunho para o mundo?

4 - Será possível uma vida conjugal sem Deus? Por que sim, por que não?

5 - Temos consciência de ser o casal uma “Igreja Doméstica”?

***F I M***

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