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PROJETO DE PESQUISA
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2 Objetivo Geral
A pesquisa tem como objetivo geral avaliar os resultados positivos ou negativos da
atividade da carcinicultura no mercado brasileiro, diante do viés econômico, visando a produção
e geração de renda.
2.1 Específicos
- Analisar os pontos negativos e positivos da atividade da carcinicultura;
- Identificar se a produção gerou renda para o mercado;
- Verificar se os resultados econômicos foram benéficos.
3 Método de Pesquisa
A metodologia de pesquisa a ser utilizada é a bibliográfica, através de fontes de pesquisa
primárias e secundárias de teses, autores que dissertam sobre a temática, como também na
coleta de dados estatísticos das associações responsáveis pelo desenvolvimento da atividade no
país.
4 Referencial Teórico
No Brasil a atividade se desenvolveu principalmente no litoral nordestino e catarinense,
porém, com o avanço de outras atividades no litoral como o lazer e a especulação imobiliária,
associados à crescente demandam internacional do produto, a criação do crustáceo teve a
necessidade de se adaptar a outros ambientes, no caso as águas de baixa salinidade. De acordo
com pesquisas da Embrapa (2006), com o avanço de pesquisas norte-americanas, que
investiram na adaptação do camarão da espécie L. vannamei em águas doces, a atividade passou
a se inserir com maior intensidade em águas interiores, logo esta prática chegou ao Brasil, tendo
como principais produtores os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte.
No censo mais recente sobre a carcinicultura brasileira, realizado em 2011, o Ceará
aparece como o estado brasileiro com maior área de cultivo em operação somando um total de
6.580 ha (33,2% do total do país). Em segundo lugar estava o Rio Grande do Norte, com área
de 6.540 ha (33% do total) distribuídos em 385 empreendimentos, sendo que aproximadamente
um terço desta área está localizada no Litoral Norte do estado, nos municípios próximos a Bacia
do Rio Açu (ABCC, 2013).
É possível considerar cinco fases principais na carcinicultura brasileira: uma etapa
experimental inicial (entre 1980 e 1993), seguida por uma etapa de estruturação tecnológica
(entre 1994 e 1998), a seguinte, de incentivos econômicos e crescimento produtivo (de 1999 a
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2003) e, por último, uma fase de consolidação produtiva (de 2004 a 2010), porém com oscilação
na produção por causa da crise comercial e viral nas fazendas (Figura 1). Considera-se o período
de 2010 ao presente como a quinta fase da atividade no país. Essas quatro primeiras fases são
descritas nos itens a seguir, de modo a entender os processos político-institucionais mais
recentes que estimularam a retomada da carcinicultura após o referido período de crise.
O fortalecimento da economia brasileira e a consequente ampliação da demanda
interna foram responsáveis por uma retomada da produção na carcinicultura, atualmente
voltada quase que exclusivamente para o mercado doméstico. Com o ajuste do sistema de
produção a essa nova realidade as empresas voltaram a produzir e a participação do mercado
interno que era de 31% em 2004 passou para 99 % em 2011 (Bezerra, 2010; Tahim & Araújo,
2014), reforçando a importância social e econômica desta atividade principalmente para o
Nordeste Brasileiro onde se concentra 99% da produção nacional (Rodrigues & Borba, 2015).
Entretanto, a produção da carcinicultura continuou oscilando no período de 2010 a
2015: de 80.000 t em 2010, chegou a atingir, em 2013 e 2014, aproximadamente 85.000 t,
porém decaiu para 76.000 t, em 2015 (ABCC, 2019).
A atividade possui grande extensão ao longo do baixo curso da bacia do Rio Jaguaribe,
estando presente em vários municípios que compõem essa região. No entanto, estudos recentes
de caráter diagnóstico e prospectivo, não contemplam o surgimento e o rápido crescimento na
região, da atividade de carcinicultura em águas interiores, de baixa salinidade. Esta nova
atividade é grande demandante de águas e geradora de impactos ambientais (ARAÚJO, 2006,
p.22).
De acordo com Figueirêdo (2004), durante o ano de 2003, equipes da EMPRAPA e da
SEMACE realizaram um levantamento sobre o perfil das fazendas de criação de camarão de
água doce no baixo Jaguaribe. Neste levantamento as equipes identificaram 36 fazendas,
estando neste total, 32 em atividade e 04 desativadas, compreendendo a um total de 420, 34 há
pertencentes aos municípios de Jaguaruana, Quixeré, Russas e Itaiçaba. O município de
Jaguaruana concentra o maior número de fazendas, 22 no total, sendo divididas em pequenas
(13), médias (8) e grandes (1), ocupando um total de 315,35 ha.
5 Resultados esperados
Espera-se que a pesquisa atinja o objetivo geral e específicos, que busca identificar os
pontos positivos e negativos, se houver, do desenvolvimento da atividade da carcinicultura para
o mercado brasileiro, diante do viés econômico e analisar os números de produção, geração de
empregos e negócios no país.
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6 Cronograma de Execução
MESES
Atividades
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
I
II
III
IV
V
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Lúcia de Fátima P.. O processo de gestão da água no Ceará: o contexto da Bacia
Hidrográfica do Jaguaribe. In: MORSYLEIDE DE FREITAS ROSA (Ceará). Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Ed.). Gestão Sustentável no Baixo Jaguaribe, Ceará.
Fortaleza: Embrapa, 2006. Cap. 1. p. 17-22
FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations. The state of world fsheries
and aquaculture 2020: sustainability in action. Rome: FAO, 2020.