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Universidade de Brasília – UnB

Departamento de Engenharia Elétrica – ENE

Curtos-Circuitos em Sistemas
Elétricos de Potência

Prof. Kleber Melo e Silva


Introdução aos Curtos-Circuitos
• São condições anormais de operação do sistema
elétrico de potência, que provocam desligamentos
não programados de seus componentes. Eles são
provocados por problemas de naturezas diversas:
– Natureza Mecânica
• Ação do vento.
• Arborização.

– Natureza Elétrica
• Falhas de isolamento.
• Descargas atmosféricas.
• Surtos de Chaveamento.

– Natureza Térmica
• Sobrecarga do sistema.
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Introdução aos Curtos-Circuitos
• Exemplo de curto-circuito em uma linha de transmissão,
provocado por flash-over entre duas fases.

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Introdução aos Curtos-Circuitos
• Exemplo de Oscilograma

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Introdução aos Curtos-Circuitos
• Consequências dos Curtos-Circuitos
– Riscos as pessoas.
– Integridade dos equipamentos.
– Interrupção do fornecimento de energia.
– Instabilidade do sistema elétrico de potência.
– Blackouts.

CONCLUSÃO:
Os curtos-circuitos devem ser extintos o mais
rápido possível pelo SISTEMA DE PROTEÇÃO

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Estudo de Curtos-Circuitos

Circuitos Circuitos Equivalentes


de Sequência de Sequência

Rede Trifásica Genérica

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Estudo de Curtos-Circuitos
• Premissas:
– O sistema opera em regime permanente antes do curto-
circuito.
– A corrente de carga é desprezada.
– As resistências dos enrolamentos e as admitâncias shunt de
transformadores são desprezadas.
– As resistências série e a admitância shunt de linhas de
transmissão são desprezadas.
– As resistências de armadura, a saliência dos polos e a
saturação do núcleo de máquinas síncronas são desprezadas.
– Todas as cargas não rotativas são desprezadas.
– Motores de indução ou são desprezados (<50 hp ou 40 kW)
ou são representados da mesma forma que um gerador
síncrono.
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Exemplo 1
• Considere um sistema elétrico, cujo diagrama unifilar é
ilustrado abaixo.
• Realizar o estudo dos níveis de curtos-circuitos na barra C.
Considere todos os curtos-circuitos francos.

Base: 30 MVA

Linha de Transmissão
2
Vbase 69 2 15,87 47,61
Z base 158,7 X1 X2 0,10 pu X0 0,30 pu
Sbase 30 158,7 158,7
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Exemplo 1 – Circuitos de Sequência

Sequência
Zero

Sequência
Positiva

Sequência
Negativa
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Exemplo 1 – Equivalentes de Thèvenin dos
Circuitos de Sequência na Barra C

Circuito de
Sequência Zero

Circuito de
Sequência Positiva

Circuito de
Sequência Negativa

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Curto-Circuito Trifásico

Domínio de Fases
Vˆan aVˆbn a 2Vˆcn
Iˆa aIˆb a 2 Iˆc
Vˆan Z F Iˆa
Vˆbn Z F Iˆb Z F a 2 Iˆa

cn Z Iˆ
F c Z aIˆ
F a

Domínio de Sequência
Vˆ0 Vˆ2 0 Iˆ0 Iˆ2 0 Vˆ1 Z F Iˆ1

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Curto-Circuito Trifásico

Em um curto-circuito
trifásico, só há
componentes de
sequência positiva

VˆF Iˆa 1 1 1 0 Iˆ1


Iˆ1
Z1 Z F Iˆ b 1 a2 a Iˆ
1 a 2 Iˆ
1

Iˆ0 Iˆ2 0 Iˆc 1 a a 2


0 aIˆ1

Vˆa 1 1 1 0 Z F Iˆ1
Vˆ0 Vˆ2 0 Vˆ 1 a2 a Z F Iˆ1 a 2 Z Iˆ
b F 1

Vˆ1 Z F Iˆ1 Vˆc 1 a a2 0 aZ F Iˆ1


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Exemplo 1 – Curto-Circuito Trifásico

VˆF 1,0 0 0 Iˆa 2,86 90 0


Iˆ1 j 2,86 pu
Z1 j 0,35 Iˆ
b 2,86 150 0 pu
Iˆc 2,86 30 0
Iˆ0 Iˆ2 0

Vˆ0 0 j 0,40 0 0 0 0 Vˆa 0


Vˆ1 1,0 0 0 0 j 0,35 0 j 2,86 0 Vˆ
b 0
Vˆ2 0 0 0 j 0,40 0 0 Vˆc 0

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Curto-Circuito Monofásico

Domínio de Fases
Iˆb Iˆc 0
Vˆan Z F Iˆa

Domínio de Sequência
Iˆ0 Iˆ1 Iˆ2 Vˆ0 Vˆ1 Vˆ2 3Z F Iˆ1

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Curto-Circuito Monofásico

Em um curto-circuito
Monofásico, há todas
as componentes de
sequência

VˆF 3VˆF
Iˆ1 Iˆa 3Iˆ1
Z0 Z1 Z 2 3Z F Z0 Z1 Z 2 3Z F
Iˆb 0
Iˆ0 Iˆ1 Iˆ2

c 0
Se o curto for
3Z F franco (ZF=0) ,
Vˆa VˆF
Vˆ0 Vˆ1 Vˆ2 3Z F Iˆ1 Z0 Z1 Z 2 3Z F Va=0

Vˆ0 0 Z0 0 0 Iˆ0 a2 1 Z0 a 2 a Z 2 a 2 3Z F
Vˆb VˆF
Vˆ1 Vˆ F 0 Z1 0 Iˆ
1
Z0 Z1 Z 2 3Z F
Vˆ2 0 0 0 Z2 Iˆ2
a 1 Z 0 a a 2 Z 2 a 3Z F
Vˆc VˆF 15
Prof. Kleber Melo e Silva - UnB Z 0 Z1 Z 2 3Z F
Exemplo 1 – Curto-Circuito Monofásico
VˆF
Iˆ1 Iˆ0 Iˆ2
Z0 Z1 Z 2
1,0 0 0
0,8695 90 0 pu
j 0,4 0,35 0,40

Iˆa 3Iˆ1
Iˆa 2,61 90 0
Iˆb 0 pu
Iˆc 0

Vˆ0 0 j 0,40 0 0 j 0,87



1 1,0 0 0 0 j 0,35 0 j 0,87
Vˆ2 0 0 0 j 0,40 j 0,87

0,35 Vˆa 0
0,69 pu Vˆb 1,04 120 0 pu
0,35 Vˆc 1,04 120 0
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Curto-Circuito Bifásico

Domínio de Fases
Iˆc Iˆb

a 0
Vˆbn Vˆcn Z F Iˆb

Domínio de Sequência
Iˆ0 0 Vˆ0 0 Iˆ1 Iˆ2 Vˆ1 Vˆ2 Z F Iˆ1

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Curto-Circuito Bifásico

Em um curto-circuito Bifásico,
só há componentes de
sequência positiva e negativa

VˆF Iˆa
Iˆ1 0 Se o curto for franco (ZF=0) e
Z1 Z2 ZF Z1=Z2:
Iˆ0 0 Iˆb j 3Iˆ1
3 VˆF 3 ˆ
Iˆc Iˆb j 3Iˆ1 Iˆ2 I3
Iˆ1 Iˆ2 2 Z1 2

2Z 2 Z F
Vˆa VˆF
Vˆ0 0 Z1 Z 2 Z F Se o curto for franco (ZF=0) e
a2Z F Z2
Z1=Z2:
Vˆ1 Vˆ2 Z F Iˆ1 Vˆb VˆF
Z1 Z 2 Z F VˆF
Vˆa VˆF Vˆb Vˆc
Vˆ1 VˆF Z1 Iˆ1 2
aZ F Z 2
Vˆb VˆF
Prof. Kleber Melo e Silva - UnB Z1 Z 2 Z F
Exemplo 1 – Curto-Circuito Bifásico
Iˆ0 0
VˆF
Iˆ1 Iˆ2
Z1 Z 2
1,0 0 0
1,33 90 0 pu
j 0,35 0,40

Iˆa 0

b 2,30 180 0 pu
Iˆc 2,30 0 0

Vˆ0 0 j 0,40 0 0 0
3 ˆ
Vˆ1 1,0 0 0 0 j 0,35 0 1,33 90 0 Iˆ2 I3
2
Vˆ2 0 0 0 j 0,40 1,33 90 0

0 Vˆa 1,07 0 0
0,53 0 0 pu Vˆ 0,53 180 0 pu
b
0,53 0 0 Vˆc 0,53 180 0
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Curto-Circuito Bifásico Terra

Domínio de Fases
Iˆa 0
Vˆbn Vˆcn Z F Iˆb Iˆc

Domínio de Sequência
Iˆ0 Iˆ1 Iˆ2 0 Vˆ0 Vˆ1 3Z F Iˆ0 Vˆ1 Vˆ2

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Curto-Circuito Bifásico Terra

Em um curto-circuito
Bifásico para Terra, há
todas as componentes
de sequência
VˆF
Iˆ1
Z 2 Z 0 3Z F Iˆa 0
Z1
Z 2 Z 0 3Z F
a 2 1 Z 2 a 2 a Z 0 3Z F
Z 0 3Z F Iˆb VˆF
Iˆ2 Iˆ1 Z1 Z 0 Z 2 3Z F Z 2 Z 0 3Z F
Z 0 3Z F Z 2
a 1 Z 2 a a 2 Z 0 3Z F
Z2 Iˆc VˆF
Iˆ0 Iˆ1 Z1 Z 0 Z 2 3Z F Z 2 Z 0 3Z F
Z0 3Z F Z2

3Z 2 Z 0
Vˆa VˆF
Z1 Z 0 Z2 3Z F Z 2 Z 0 3Z F Se o curto for
Vˆ0 Vˆ1 3Z F Iˆ0 franco (ZF=0):
Z 2 3Z F
Vˆ1 Vˆ2 Vˆb VˆF Vˆb Vˆc 0
Z1 Z 0 Z2 3Z F Z 2 Z 0 3Z F
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Prof. Kleber Melo e Silva - UnB Vˆc Vˆb
Exemplo 1 – Curto-Circuito Bifásico para Terra

VˆF 1,0 00
Iˆ1 j1,82 pu
Z1 Z 2 // Z 0 j 0,35 0,40 // 0,40

Z0 j 0,40 Iˆa 0
Iˆ2 Iˆ1 j1,82 j 0,91 pu
Z0 Z2 j 0,40 0,40 Iˆ
b 2,73 150 0 pu
Iˆc 2,73 30 0
Z2 j 0,40
Iˆ0 Iˆ1 j1,82 j 0,91 pu
Z0 Z2 j 0,40 0,40

Vˆ0 0 j 0,40 0 0 j 0,91 0,36 Vˆa 1,09


Vˆ 1 1,0 0 0 0 j 0,35 0 j1,82 0,36 pu Vˆ
b 0 pu
Vˆ2 0 0 0 j 0,40 j 0,91 0,36 Vˆc 0
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Curto-Circuito – Contribuições das Barras

• Após a determinação das correntes


de sequência positiva, negativa e
zero, procede-se da seguinte forma:
1. As fontes de tensão do circuito de
sequência positiva são curto-circuitadas.
2. As correntes de sequência positiva,
negativa e zero são representadas como
fontes de corrente nos seus respectivos
circuitos de sequência.
3. Resolvem-se os circuitos de sequência
(divisores de corrente), a fim de
determinar a contribuição de cada barra
do sistema para o curto-circuito.

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Exemplo 2
• Considere um sistema elétrico cujo diagrama unifilar é
ilustrado abaixo. O neutro do gerador e dos transformadores
-Y são solidamente aterrados. O neutro do motor síncrono é
aterrado por uma reatância Xn = 0,005 pu na base do motor.
• Realizar o estudo dos níveis de curtos-circuitos na barra 4 do
sistema. (OBS: Considerar a base de 100 MVA)
Considerando a não existência de corrente de carga no Motor

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Exemplo 2 – Mudança de Base das Reatâncias
Transformadores
2 2
13,8 100 138 100
X T1 0,20 0,10 pu XT 2 0,20 0,10 pu
13,8 200 138 200

Motor Síncrono
2 2
'' 13,8 100 13,8 100
X 0,02 0,20 pu X0 0,01 0,10 pu
13,8 10 13,8 10
2 2
13,8 100 13,8 100
X2 0,021 0,21 pu Xn 0,005 0,05 pu
13,8 10 13,8 10

Linha de Transmissão
2
Vbase 138 2 20
Z base 190,44 X1 X2 0,105 pu
Sbase 100 190,44

60
X0 0,315 pu
190,44 25
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Exemplo 2 – Circuitos de Sequência

Sequência
Zero

Sequência
Positiva
Na falta pura Na falta pura

Sequência
Negativa
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Exemplo 2 – Equivalentes de Thèvenin dos
Circuitos de Sequência na Barra 4

Circuito de
Sequência Zero

Circuito de
Sequência Positiva

Circuito de
Sequência Negativa

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Exemplo 2 – Curto-Circuito Trifásico

VˆF 1,05 0 0 Iˆa 7,558 90 0


Iˆ1 j 7,558 pu
Z1 j 0,13893 Iˆ b 7,558 150 0 pu
Iˆc 7,558 30 0
Iˆ0 Iˆ2 0

Vˆ0 0 j 0,250 0 0 0 0 Vˆa 0


Vˆ1 1,05 0 0 0 j 0,13893 0 j 7,50 0 Vˆ
b 0
Vˆ2 0 0 0 j 0,14562 0 0 Vˆc 0

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Exemplo 2 – Curto-Circuito Monofásico
VˆF
Iˆ0 Iˆ1 Iˆ2
Z0 Z1 Z 2
1,05 0 0
j1,96 pu
j (0,25 0,13893 0,14562

Iˆa 3Iˆ1
Iˆa 5,88 90 0

b 0 pu
Iˆc 0

Vˆ0 0 j 0,250 0 0 j1,96



1 1,05 0 0 0 j 0,13893 0 j1,96
Vˆ2 0 0 0 j 0,14562 j1,96

0,49 Vˆa 0
0,78 pu Vˆ b 1,18 231,30 pu
0,29 Vˆc 1,18 128,7 0
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Exemplo 2 – Curto-Circuito Bifásico
Iˆ0 0
VˆF
Iˆ1 Iˆ2
Z1 Z 2
1,05 0 0
3,69 90 0 pu
j 0,13893 0,14462

Iˆa 0

b 6,39 180 0 pu
Iˆc 6,39 0 0

Vˆ0 0 j 0,250 0 0 0
Vˆ 1,05 0 0 90 0 3 ˆ
1 0 j 0,13893 0 3,69 Iˆ2 I3
2
Vˆ2 0 0 0 j 0,14562 3,69 90 0

0 Vˆa 1,07 0 0
0,54 0 0 pu Vˆ 0,54 180 0 pu
b
0,54 0 0 Vˆc 0,54 180 0
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Exemplo 2 – Curto-Circuito Bifásico para Terra

VˆF 1,05 00
Iˆ1 j 4,55 pu
Z1 Z 2 // Z 0 j 0,13893 0,14562 // 0,25

Z0 j 0,25 Iˆa 0
Iˆ2 Iˆ1 j 4,45 j 2,87 pu
Z0 Z2 j 0,25 0,14562 Iˆ b 6,90 158,7 0 pu
Iˆc 6,90 21,30
Z2 j 0,14562
Iˆ0 Iˆ1 j 4,45 j1,67 pu
Z0 Z2 j 0,25 0,14562

Vˆ0 0 j 0,250 0 0 0 0,42 Vˆa 1,25


Vˆ1 1,05 0 0 0 j 0,13893 0 6,90 158,7 0 0,42 pu Vˆ
b 0 pu
Vˆ2 0 0 0 j 0,14562 6,90 21,30 0,42 Vˆc 0
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Exemplo 2 – Contribuições
(Sem a Defasagem do Transformador -Y)

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Exemplo 2 – Contribuições
(Sem a Defasagem do Transformador -Y)
Linha de Transmissão
IˆLT 0 0
IˆLT a 1 1 1 IˆLT 0
X m''
IˆLT 1 Iˆ1 0,3053Iˆ1 Iˆ
LT b 1 a2 a Iˆ
LT 1
X m'' X g'' X T1 X LT 1 XT 2
IˆLT c IˆLT 2
2
1 a a
X m2
IˆLT 2 Iˆ2 0,3066 Iˆ2
X m2 X g2 X T1 X LT 2 XT 2

Motor Síncrono
Iˆm 0 Iˆ0

Iˆm a 1 1 1 Iˆm 0
X g'' X T1 X LT 1 XT 2
Iˆm1 Iˆ1 0,6947 Iˆ1 Iˆ
mb 1 a2 a Iˆ
m1
X m'' X g'' X T1 X LT 1 XT 2
Iˆm c Iˆm 2
2
1 a a
X g2 X T1 X LT 2 XT 2
Iˆm 2 Iˆ2 0,6934 Iˆ2
X m2 X g2 X T1 X LT 2 XT 2
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Exemplo 2 – Contribuições
(Sem a Defasagem do Transformador -Y)

Contribuição Vinda da Linha de Transmissão (pu)


Bifásica
Trifásica Monofásica Bifásica
para a Terra
IˆLT a 2,31 -900 1,20 -900 0 0,51 -900

IˆLT b 2,31 1500 0,60 89,80 1,95 -179,90 1,98 172,60

IˆLT c
2,31 300 0,60 90,20 1,95 -0,10 1,98 7,40

Contribuição Vinda do Motor Síncrono (pu)


Bifásica
Trifásica Monofásica Bifásica
para a Terra
Iˆm a 5,25 -900 4,69 -900 0 0,50 900

Iˆm b 5,25 1500 0,60 -90,20 4,43 -1800 5,00 153,20


mc
5,25 300 0,60 -89,8,20 4,43 00 5,00 26,80
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Exemplo 2 – Contribuições
(Com a Defasagem do Transformador -Y)

Sequência
Zero

Sequência
Positiva

Sequência
Negativa

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Exemplo 2 – Contribuições
(Com a Defasagem do Transformador -Y)
Linha de Transmissão
IˆLT 0 0
IˆLT a 1 1 1 IˆLT 0
X m'' Iˆ 1 a2 a Iˆ
IˆLT 1 Iˆ1 1 300 0,3053 30 0
Iˆ1 LT b LT 1
X m'' X g'' X T1 X LT 1 XT 2 IˆLT c 1 a a 2
IˆLT 2

X m2
IˆLT 2 Iˆ2 1 30 0 0,3066 30 0 Iˆ2
X m2 X g2 X T1 X LT 2 XT 2

Defasagem do
Transformador -Y
Motor Síncrono
Iˆm 0 Iˆ0
Iˆm a 1 1 1 Iˆm 0
X g'' X T1 X LT 1 XT 2
Iˆm1 Iˆ1 Iˆ mb 1 a2 a Iˆ
m1
X m'' X g'' X T1 X LT 1 XT 2
Iˆm c 1 a a2 Iˆm 2
X g2 X T1 X LT 2 XT 2
Iˆm 2 Iˆ2
X m2 X g2 X T1 X LT 2 XT 2
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Exemplo 2 – Contribuições
(Com a Defasagem do Transformador -Y)

Contribuição Vinda da Linha de Transmissão (pu)


Bifásica
Trifásica Monofásica Bifásica
para a Terra
IˆLT a 2,31 -600 1,04 -90,10 1,13 0,20 1,22 -21,20

IˆLT b 2,31 1800 0 2,26 1800 2,27 1800

IˆLT c
2,31 600 1,04 90,10 1,13 -0,20 1,22 21,20

Contribuição Vinda do Motor Síncrono (pu)


Bifásica
Trifásica Monofásica Bifásica
para a Terra
Iˆm a 5,25 -600 4,69 -900 0 0,50 900

Iˆm b 5,25 1800 0,60 -90,20 4,43 -1800 5,00 153,20


mc
5,25 600 0,60 -89,8,20 4,43 00 5,00 26,80

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Potência de Curto-Circuito Trifásica (S3 )

S3 3VˆnomIˆ3*

Vˆnom - Tensão de linha nominal (V)


Iˆ3* - Conjugado da corrente de curto-circuito trifásica (A)

Em pu, a potência de curto-circuito trifásica é dada por:


S3 3VˆnomIˆ3*
S3 , pu Vˆnom, pu Iˆ3* , pu
Sbase 3VbaseI base

Em estudos de curto-circuito, se considera que Vˆnom 1,0 00 pu , obtendo-se:

S3 , pu Iˆ3* , pu

CONCLUSÃO:
Em pu, a potência de curto-circuito trifásica é igual ao conjugado da corrente
de curto-circuito trifásica.
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Impedância de Sequência Positiva do
Equivalente de Thèvenin (Zth1 ou Z1)

A potência de curto circuito trifásica em pu pode ser escrita em função do


equivalente de Thèvenin como:

* *
Vˆth1, pu VˆF , pu VˆF , pu
S3 , pu Iˆ3* , pu Z1, pu
Z th1, pu Z1, pu S 3* , pu

Em estudos de curto-circuito, se considera que VˆF , pu 1,0 00 pu , obtendo-se:

1 Sbase
Z1
S 3* , pu S 3*

CONCLUSÃO:
Em pu, a impedância de sequência positiva do equivalente de Thèvenin é igual
ao inverso do conjugado da potência de curto-circuito trifásica.
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Potência de Curto-Circuito Monofásica (S1 )

S1 3VˆnomIˆ1*

Vˆnom - Tensão de linha nominal (V)


Iˆ1* - Conjugado da corrente de curto-circuito trifásica (A)

Em pu, a potência de curto-circuito monofásica é dada por:


S1 3VˆnomIˆ1*
S1 , pu Vˆnom, pu Iˆ1* , pu
Sbase 3VbaseI base

Em estudos de curto-circuito, se considera que Vˆnom 1,0 00 pu , obtendo-se:

S1 , pu Iˆ1* , pu

CONCLUSÃO:
Em pu, a potência de curto-circuito monofásica é igual ao conjugado da
corrente de curto-circuito monofásica.
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Impedância de Sequência Zero do Equivalente
de Thèvenin (Zth0 ou Z0)
A potência de curto circuito monofásica em pu pode ser escrita em função do
equivalente de Thèvenin como:
* *
3Vˆth1, pu 3VˆF , pu
S1 , pu Iˆ1* , pu
Z th0, pu Z th1, pu Z th 2, pu Z 0, pu Z1, pu Z 2, pu

Considerando-se a aproximação de Z1=Z2, obtendo-se:


*
3VˆF , pu
S1 , pu Iˆ1* , pu
Z 0, pu 2Z1, pu

Em estudos de curto-circuito, se considera que VˆF , pu 1,0 00 pu , obtendo-se:

3 Sbase Sbase
Z 0, pu 2Z1, pu 3 2
S1* , pu S1* S3*

CONCLUSÃO:
A impedância de sequência zero do equivalente de Thèvenin em pu pode ser
obtida conhecendo as potências de curto-circuito monofásica e trifásica e a
potência base.
41
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Exemplo 3
• A partir do estudo de curto-circuito para a barra K de um
determinado sistema elétrico de 230 kV, verificou-se que
Iˆ3 j1,43 kA e Iˆ1
sssssssssss j 0,46 kA. Determine as impedâncias de
sequência positiva, negativa e zero do equivalente de Thèvenin
do sistema para a barra K.
j1,43 103
6 Iˆ3 , pu j5,69 pu
Sbase 100 10 251,021
I base 3
251,021 A
3Vbase 3 230 10
j 0,46 103
Iˆ1 , pu j1,83 pu
251,021

1 1
Z1, pu Z 2, pu j 0,175 pu
S3 , pu Iˆ3* , pu j5,69 pu S3* , pu j5,69

S1 , pu Iˆ1* , pu j1,83 pu Z 0, pu
3
2Z1
3
2 j 0,175 j1,29 pu
S1* , pu j1,83

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Exemplo 4
• Sejam as potência de curto-circuito monofásica e trifásica para
a barra K de um determinado sistema elétrico de 69 kV iguais a
631 e 594 MVA, respectivamente. Considerando a base de 100
MVA, determine as impedâncias de sequência positiva,
negativa e zero do equivalente de Thèvenin do sistema para a
barra K.

Nesse caso, considera-se que as impedâncias tem simplesmente a parte


imaginária.

1 Sbase 100
X1 X2 0,168 pu
S3* , pu S3* 594

Sbase Sbase 100 100


X0 3 2 3 2 0,139 pu
S1* S3* 631 594

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Cálculo de Curtos-Circuitos Usando a Matriz ZBUS
Z11,0 Z12,0 Z1 N , 0
Z 21,0 Z 22,0 Z 2 N ,0
Z BUS ,0

Z N 1,0 Z N 2, 0 Z NN ,0

Z11,1 Z12,1 Z1N ,1


Z 21,1 Z 22,1 Z 2 N ,1
Z BUS ,1

Z N 1,1 Z N 2,1 Z NN ,1

Z11, 2 Z12, 2 Z1 N , 2
Z 21, 2 Z 22, 2 Z 2 N ,2
Z BUS , 2

Z N 1, 2 Z N 2, 2 Z NN , 2

A matriz ZBUS de cada sequência pode ser construída a partir de regras definidas para
inserção de componente a componente da rede, ou através da inversa da matriz YBUS
de mesma sequência. Z Y 1
BUS BUS
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Cálculo de Curtos-Circuitos Usando a Matriz ZBUS
Curto-Circuito Trifásico
ˆI VˆF Curtos-Circuitos na Barra n:
n ,1 Iˆn ,0 Iˆn , 2 0
Z nn ,1 Z F
Z0 Z nn,0
Curto-Circuito Monofásico AT Z1 Z nn,1
VˆF Z2 Z nn, 2
Iˆn ,0 Iˆn ,1 Iˆn , 2
Z nn ,0 Z nn ,1 Z nn , 2 3Z F

Curto-Circuito Bifásico BC
VˆF
Iˆn ,1 Iˆn , 2 Iˆn ,0 0
Z nn ,1 Z nn , 2 ZF

Curto-Circuito Bifásico-Terra BCT


ˆI VˆF Z nn , 2
n ,1 Iˆn ,0 Iˆn ,1
Z nn , 2 Z nn ,0 3Z F Z nn ,0 3Z F Z nn , 2
Z nn ,1
Z nn , 2 Z nn ,0 3Z F
Z nn ,0 3Z F
Iˆn , 2 Iˆn ,1
Z nn ,0 3Z F Z nn , 2 45
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Cálculo de Curtos-Circuitos Usando a Matriz ZBUS

Cálculo das Tensões em uma Barra k do Sistema

Vˆk ,0 0 Z kn,0 0 0 Iˆn ,0


Vˆ k ,1 Vˆ
F 0 Z kn,1 0 Iˆn ,1
Vˆk , 2 0 0 0 Z kn, 2 Iˆn , 2

OBS:
1. No caso da barra k ser do lado sem falta de um transformador defasador, deve-se
aplicar as defasagens nas sequências positiva e negativa de acordo com o grupo
de defasagem do transformador.
2. As contribuições de curto-circuito em cada trecho do sistema podem ser
calculadas fazendo-se a diferença entre as tensões das barras limites do trecho
dividida pela impedância do trecho.

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Exemplo 5
• Considere um sistema elétrico analisado no Exemplo 2, cujo
diagrama unifilar é ilustrado abaixo. Realize o estudo do nível de
curto-circuito monofásico franco na barra 4 do sistema
utilizando a formulação pelas matrizes ZBUS de sequências 0, 1 e
2. Determine também as contribuições do gerador e do motor.

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Exemplo 5 – Circuitos de Sequência

Sequência
Zero

Y12,0 Y13,0 Y14,0 Y21,0 Y31,0 Y41,0 Y42,0 Y43,0 Y24,0 Y34,0 0

1 1
Y11,0 j 20 pu Y44
11, 0 j 4 pu
j 0,05 j 0,25

1 1 1
Y22,0 Y33,0 j13,1746 pu Y23,0 Y32,0 j 3,1746 pu
j 0,01 j 0,315 j 0,315

j 20 0 0 0
0 j13,1746 j 3,1746 0
YBUS ,0 pu
0 j 3,1746 j13,1746 0
0 0 0 j4
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Exemplo 5 – Circuitos de Sequência

Sequência
Positiva

Y13,1 Y14,1 Y31,1 Y41,1 Y42,1 Y24,1 0


1 1 1
Y11,1 j16,6667 pu Y12,1 Y21,1 j10 pu
j 0,15 j 0,10 j 0,10
1 1
Y23,1 Y32,1 j 9,5238 pu Y34,1 Y43,1 j10 pu
j 0,105 j 0,10
1 1 1 1
Y22,1 Y33,1 j19,5238 pu Y44,1 j15 pu
j 0,10 j 0,105 j 0,10 j 0,20

j16,6667 j10 0 0
j10 j19,5238 j 9,5238 0
YBUS ,1 pu
0 j 9,5238 j19,52388 j10
0 0 j10 j15 49
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Exemplo 5 – Circuitos de Sequência

Sequência
Negativa

Y13, 2 Y14, 2 Y31, 2 Y41, 2 Y42, 2 Y24, 2 0


1 1 1
Y11,1 j15,8823 pu Y12, 2 Y21, 2 j10 pu
j 0,17 j 0,10 j 0,10
1 1
Y23, 2 Y32, 2 j 9,5238 pu Y34, 2 Y43, 2 j10 pu
j 0,105 j 0,10
1 1 1 1
Y22, 2 Y33, 2 j19,5238 pu Y44, 2 j14,7619 pu
j 0,10 j 0,105 j 0,10 j 0,21

j15,8823 j10 0 0
j10 j19,5238 j 9,5238 0
YBUS , 2 pu
0 j 9,5238 j19,52388 j10
0 0 j10 j14,7619 50
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Exemplo 5 – Circuitos de Sequência
j 0,05 0 0 0
1 0 j 0,0806 j 0,0194 0
Z BUS ,0 YBUS ,0 Z BUS ,0 pu
0 j 0,0194 j 0,0806 0
0 0 0 j 0,25

j 0,1156 j 0,0927 j 0,0687 j 0,0458


1 j 0,0927 j 0,1546 j 0,1145 j 0,0763
Z BUS ,1 YBUS ,1 Z BUS ,1 pu
j 0,0687 j 0,1145 j 0,1626 j 0,1084
j 0,0458 j 0,0763 j 0,1084 j 0,1389

j 0,1278 j 0,1030 j 0,0769 j 0,0521


1 j 0,1030 j 0,1636 j 0,1222 j 0,0828
Z BUS , 2 YBUS ,2 Z BUS , 2 pu
j 0,0769 j 0,1222 j 0,1697 j 0,1150
j 0,0521 j 0,0828 j 0,1150 j 0,1456

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Exemplo 5 – Curto-Circuito AT

VˆF 1 0
Iˆ4,0 Iˆ4,1 Iˆ4, 2 j1,8709 pu
Z 44,0 Z 44,1 Z 44, 2 j 0,25 j 0,1389 j 0,1456

Tensões nas Barras 1 e 4

Vˆ1,0 0 Z14,0 0 0 Iˆ4,0 0


Vˆ 1,1 VˆF 0 Z14,1 0 Iˆ4 ,1 0,9143 pu
Vˆ1, 2 0 0 0 Z14, 2 Iˆ4, 2 0,0975

Vˆ4,0 0 Z 44,0 0 0 Iˆ4,0 0,4677


Vˆ 4 ,1 VˆF 0 Z 44,1 0 Iˆ4 ,1 0,7401 pu
Vˆ4, 2 0 0 0 Z 44, 2 Iˆ4, 2 0,2724

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Exemplo 5 – Curto-Circuito

Contribuições do Gerador
IˆG ,00
Vˆ1,1 Vˆ4,1 0 ,9143 0,7401
IˆG ,1 j 0,5711 pu Iˆa 1,20 90 0
jxT 1 jx LT 1 jxT 2 j 0 ,1 j 0 ,105 j 0 ,1

b 0,60 89,80 pu
Vˆ1, 2 Vˆ4, 2 0 ,0975 0,2724 Iˆc 0,60 90,2 0
IˆG , 2 j 0,5734 pu
jxT 1 jx LT 2 jxT 2 j 0 ,1 j 0 ,105 j 0 ,1

Contribuições do Motor

M ,0 Iˆ 0j1,9643 pu

VˆF Vˆ4,1 1,05 0,7771 Iˆa 4,69 90 0


IˆM ,1 j1,3645 pu
jxM 1 j0,2 Iˆ 0,60 90,2 0 pu
b

Vˆ4, 2 Iˆc 0,60 89,80


0,2860
IˆM , 2 1,3621 pu
jxM 2 j 0 ,105

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Referências Bibliográficas
• GLOVER, J. D.; SARMA, M. S.; OVERBYE, T. J., Power System
Analysis & Design. Stamford, USA: Cengage Learning, 5nd ed.,
2012.
• GRAINGER, J. J.; STEVENSON Jr., W. D., Power System Analysis.
New York, USA: McGraw-Hill, Inc., 1st ed., 1994.

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