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Quem sou eu?

– a importância do autoconhecimento

Para uma verdadeira transformação, o primeiro passo é o autoconhecimento, ou


conhecimento de ti, encontrando resposta para uma questão complexa: “Quem sou
eu?”

Estarmos conscientes de nós próprios não é apenas saber se somos uma pessoa
noturna ou diurna, se gostamos de praia ou de serra. Não é um processo de análise
dos papéis sociais que desempenhamos, nem a perceção que os outros têm de nós. É
um caminho profundo no descascar de várias camadas até nos encontrarmos com
aquilo que existe no núcleo, a nossa verdadeira essência, os nossos valores, padrões
e crenças mais enraizadas.

A grande maioria das vezes, a imagem que idealizamos de nós, não corresponde
totalmente a quem de facto somos.

Na realidade, a nossa verdadeira essência surge diante de experiências limite,


catalisadoras, que nos colocam perante comportamentos automatizados e emoções
muitas vezes disfuncionais. E nestas situações, quantas vezes acabamos por culpar
os outros ou as circunstâncias, não é verdade?

Assim, o autoconhecimento refere-se à consciência da nossa essência, com as


nossas qualidades, limitações, nossos medos, dificuldades, valores, padrões morais,
crenças.

O que me faz feliz?

O que gostaria de fazer?

Como gostaria de viver?

Como gostaria que me vissem?

São algumas das questões que nos levam ao encontro da nossa essência e, por
vezes, enfrentar a verdade sobre quem realmente somos, e o quão distantes
poderemos estar da nossa vida ideal, pode ser assustador.

Mas à medida que vamos identificando coisas sobre nós próprios (e das quais nem
sempre iremos gostar), estaremos a progredir no sentido da autorealização.

E como entramos nesse processo de autoconhecimento e descoberta?

Questionando é a resposta. Questionando e refletindo sobre os nossos pensamentos


e ações, conseguiremos descobrir padrões comportamentais, traços de personalidade,
reconhecer hábitos prejudiciais que nos impedem de alcançar determinados objetivos.

Deixo-te aqui alguns exercícios e questões que te levarão a refletir genuinamente


sobre “Quem sou eu?”

O que me faz bem?

Onde gosto de estar?

Quais são as atividades ou hobbies que me dão realmente prazer?

Quais são os meus objetivos a curto, médio e longo prazo?


O que gosto de fazer?

O que me assusta e o que temo?

Que tipo de lugares gosto de frequentar?

O que é que faço, mas gostaria de não ter de fazer?

Como reajo em situações de stress?

Como reajo quando a minha opinião é contrária à maioria?

Que hábitos gostaria de eliminar da minha vida?

O que me deixa orgulhosa/o?

O que me revolta?

Quem são as pessoas com quem gosto verdadeiramente de estar?

Uma outra sugestão de exercício que te deixo é a linha do tempo que consiste em
traçares, numa folha lisa, uma linha horizontal que representa a tua vida.

Do lado esquerdo colocas a idade zero (momento em que nasceste), no centro


colocas a tua idade atual e do lado direito colocas a palavra “futuro”.

De seguida pensa em acontecimentos e situações importantes que marcaram e


condicionaram a pessoa que és hoje, que te fizeram chegar onde te encontras hoje
(relacionamentos, decisões ao longo do percurso escolar, escolhas, pessoas que
deixaram marca na tua trajetória, entre outras). Regista essas circunstâncias por
ordem cronológica até chegares à tua idade atual e reflete o quanto essas situações,
pessoas ou circunstâncias, contribuíram (positiva ou negativamente) para te tornares
na pessoa que és hoje.

Agora preenche o lado que fica à direita da tua idade atual com situações ou
circunstâncias que desejas viver no futuro, os teus sonhos, os teus objetivos, o que
pretendes alcançar. Revê o que aqui escreveste e dedica um tempo a traçar as
estratégias necessárias para alcançares esses sonhos e objetivos.

Todos têm vida, mas nem todos a vivem.

E tu, como pretendes viver?

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