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Aula 02

CBM-PE - Passo Estratégico de Biologia


- 2023 (Pós-Edital)

Autor:
Taísa Francieli Neves Possidonio
Bermal

25 de Novembro de 2023

11248458443 - HIGO MANOEL RAMOS DE SOUZA


Taísa Francieli Neves Possidonio Bermal
Aula 02

ECOLOGIA II
Sumário

Análise Estatística .............................................................................................................................................. 1

Noções de Legislação Ambiental ....................................................................................................................... 2

Problemas Ambientais ....................................................................................................................................... 8

Tratamento de Água e Esgoto.......................................................................................................................... 13

Práticas Agrícolas e Manejo de Solo ................................................................................................................ 14

Biomas do Brasil ............................................................................................................................................... 16

Aposta estratégica ........................................................................................................................................... 23

Questões Estratégicas ..................................................................................................................................... 25

Questionário de revisão e aperfeiçoamento................................................................................................... 38

Perguntas ......................................................................................................................................................... 38

Perguntas com respostas ................................................................................................................................ 39

Lista de Questões Estratégicas ....................................................................................................................... 43

Gabarito ........................................................................................................................................................... 45

Referências Bibliográficas ............................................................................................................................... 46

ANÁLISE ESTATÍSTICA
Inicialmente, convém destacar os percentuais de incidência de todos os assuntos previstos no nosso curso,
quanto maior o percentual de cobrança de um dado assunto, maior sua importância:

Grau de incidência em
concursos similares
Assunto
Instituto AOCP
Genética 13,3%
Fisiologia I (sistema muscular, articular e ósseo) 11,9%

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Ecologia II 10,1%
Ecologia I 9,6%
Saúde e Higiene 9,2%
Fisiologia IIII (sistema nervoso e endócrino) 7,3%
Microbiologia 7,3%
Fisiologia II (sistema cardiovascular, linfático e respiratório) 6,9%
Citologia I 5,5%
Citologia II 5,0%
Evolução 4,1%
Fisiologia III (sistema digestivo, urinário e reprodutor) 4,1%
Botânica 1,8%
Biotecnologia 1,8%
Zoologia 1,4%
Embriologia 0,5%

O que é mais cobrado dentro do assunto?

Considerando os tópicos que compõem o nosso assunto, possuímos a seguinte distribuição percentual:

% de cobrança
Tópico
Instituto AOCP
Noções de Legislação Ambiental 61,1%
Biomas Brasileiros 22,2%
Poluição 16,7%

ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE


MERECEM DESTAQUE

A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do assunto e, ao
mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.

Prezados, agora iremos revisar os principais assuntos sobre ecologia II.

1. Noções de Legislação Ambiental.

1.1 Política Nacional do Meio Ambiente.

A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), instituída pela Lei Federal nº 6.938/1981, é um conjunto de
diretrizes e princípios que buscam conciliar o desenvolvimento econômico e social com a proteção do meio
ambiente, a segurança nacional e a dignidade humana. A PNMA tem como objetivo garantir a preservação
e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida no território nacional, orientando a tomada de
decisões e a implementação de políticas ambientais.

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1.1.1 Princípios da PNMA.

A PNMA deve garantir que o meio ambiente seja preservado para as gerações presentes e futuras. Para isso,
ela deve seguir princípios que promovam a sustentabilidade, o uso racional dos recursos naturais e a
proteção da biodiversidade.

• Ação governamental: o governo deve atuar para manter o equilíbrio ecológico e proteger o meio
ambiente como um patrimônio público a ser usado por todos.
• Racionalização do uso dos recursos naturais: o uso do solo, do subsolo, da água e do ar deve ser
racionalizado para evitar o desperdício e a degradação.
• Planejamento e fiscalização: o uso dos recursos ambientais deve ser planejado e fiscalizado para
garantir que seja feito de forma sustentável.
• Proteção dos ecossistemas: as áreas naturais devem ser protegidas para conservar a biodiversidade.
• Controle da poluição: as atividades poluidoras devem ser controladas para reduzir o impacto
ambiental.
• Incentivos à pesquisa e tecnologia: deve-se incentivar o desenvolvimento de tecnologias que
minimizem o impacto ambiental.
• Acompanhamento da qualidade ambiental: o estado da qualidade ambiental deve ser monitorado
para identificar problemas e tomar medidas corretivas.
• Recuperação de áreas degradadas: as áreas degradadas devem ser recuperadas para restaurar o
meio ambiente.
• Proteção de áreas ameaçadas de degradação: as áreas ameaçadas de degradação devem ser
protegidas para evitar que sejam danificadas.
• Educação ambiental: a educação ambiental deve ser promovida em todos os níveis de ensino para
conscientizar a população sobre a importância da proteção do meio ambiente.

Esses princípios orientam a preservação ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais no Brasil.

1.1.2 Instrumentos da PNMA.

A PNMA estabelece um conjunto de instrumentos que contribuem para a proteção, melhoria e recuperação
da qualidade ambiental propícia à vida. Esses instrumentos são:

• Padrões de qualidade ambiental: estabelecem limites para o uso e manejo dos recursos ambientais,
de forma a evitar a degradação ambiental.
• Zoneamento ambiental: define áreas com diferentes características ambientais, a fim de orientar o
uso e ocupação do solo.
• Avaliação de impactos ambientais: avalia os impactos ambientais potenciais de atividades humanas,
a fim de evitar ou mitigar os impactos negativos.
• Licenciamento ambiental: autoriza a realização de atividades potencialmente poluidoras, após a
verificação do cumprimento de requisitos ambientais.
• Incentivos para a adoção de tecnologias sustentáveis: estimulam o uso de tecnologias que reduzem
o impacto ambiental.
• Criação de áreas protegidas: protegem áreas com importância ambiental, como florestas,
manguezais e unidades de conservação.

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• Sistemas de informações ambientais: reúnem informações sobre o meio ambiente, a fim de subsidiar
a tomada de decisões.
• Cadastro técnico de atividades poluidoras: registra as atividades potencialmente poluidoras, a fim
de monitorar o seu cumprimento das normas ambientais.
• Instrumentos econômicos para a gestão ambiental: utilizam mecanismos econômicos, como
tributos e incentivos, para promover a proteção ambiental.

A PNMA também estabelece que o poluidor é responsável pelos danos causados ao meio ambiente e a
terceiros, mesmo que não tenha culpa. Essa responsabilidade objetiva é um importante instrumento para a
prevenção e a reparação dos danos ambientais.

1.1.3 Sisnama.

A PNMA criou o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), que é uma rede composta por diversos
órgãos e instituições em âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, todos desempenhando
funções importantes na preservação ambiental no Brasil.

A estrutura do Sisnama é composta por diferentes componentes, incluindo:

• Órgão superior - Conselho de Governo

O Conselho de Governo desempenha o papel de orientar o Presidente da República na formulação da


Política Nacional e nas diretrizes governamentais relacionadas ao meio ambiente e aos recursos naturais,
atuando de maneira consultiva.

• Órgão consultivo e deliberativo - CONAMA

O CONAMA, por sua vez, ocupa uma posição central no Sisnama, exercendo um papel consultivo e decisório
fundamental. Ele aconselha o Conselho de Governo, oferecendo diretrizes sobre políticas ambientais e
recursos naturais. Suas responsabilidades incluem o estabelecimento de normas para licenciamento
ambiental, análise de estudos de impacto ambiental, definição de critérios de controle da poluição e
regulamentações para a preservação da qualidade ambiental.

• Órgão central - Ministério do Meio Ambiente

O Ministério do Meio Ambiente (MMA), como órgão central, fornece apoio técnico e administrativo ao
CONAMA. A Secretaria-Executiva do MMA coordena o intercâmbio de informações entre os órgãos do
Sisnama por meio do Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (SINIMA) e promove a
divulgação dos atos do CONAMA.

• Órgãos executores - IBAMA e ICMBio

Os órgãos executores, IBAMA e ICMBio, implementam e supervisionam políticas ambientais no Brasil, cada
um com suas competências específicas. Ambos são autarquias federais com autonomia administrativa e
financeira, vinculadas ao MMA.

• Órgãos seccionais - Estaduais e Locais

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Os órgãos seccionais estaduais e locais desempenham um papel importante na descentralização das ações
ambientais, executando e fiscalizando atividades com potencial de degradação ambiental em nível
estadual e municipal, respectivamente. Estados e municípios têm a capacidade de criar normas adicionais,
e todos os órgãos devem fornecer resultados de análises quando solicitados por partes legitimamente
interessadas.

1.2 Lei dos Crimes Ambientais.

Está previsto na Constituição Federal: Art 225, § 3º: As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independente da obrigação de reparar.

Ou seja, a Constituição Federal assegura que qualquer pessoa, física ou jurídica, está sujeita às três esferas
de responsabilidade ambiental, sendo:

• Responsabilidade civil;
• Responsabilidade administrativa;
• Responsabilidade penal da pessoa física e da pessoa jurídica.

A Lei dos Crimes Ambientais (Lei n.º 9605, de 13 de fevereiro de 1998) tem o objetivo de reparar os danos
ambientais, causados por qualquer tipo de crime ambiental. De acordo com ela, os crimes ambientais são
classificados em 6 tipos:

• Crimes contra a fauna: agressões cometidas contra animais silvestres, nativos ou em rota migratória.
• Crimes contra a flora: destruir ou danificar floresta de preservação permanente mesmo que em
formação, ou utilizá-la em desacordo com as normas de proteção.
• Poluição e outros crimes ambientais: a poluição que provoque ou possa provocar danos à saúde
humana, mortandade de animais e destruição significativa da flora.
• Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural: construção em áreas de preservação
ou no seu entorno, sem autorização ou em desacordo com a autorização concedida.
• Crimes contra a administração ambiental: afirmação falsa ou enganosa, sonegação ou omissão de
informações e dados técnico-científicos em processos de licenciamento ou autorização ambiental.
• Infrações administrativas: ação ou omissão que viole regras jurídicas de uso, gozo, promoção,
proteção e recuperação do meio ambiente.

Já a o Novo Código Florestal (Lei n.º 12.651, de 25 de maio de 2012), trata da proteção da vegetação nativa
brasileira, substituiu o Código Florestal de 1965. Esta lei reduziu as faixas mínimas de preservação previstas
pelas Áreas de Preservação Permanente, APPs.

A Lei de Recursos Hídricos (Lei n.º 9.433, de 8 de janeiro de 1997), define a água como recurso natural
limitado, dotado de valor econômico, que pode ter usos múltiplos.

Outra lei importante é a Lei n.º 9.985, de 18 de julho de 2000, que estabelece o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação (SNUC), com os objetivos de:

• Contribuir para a manutenção da diversidade biológica;


• Proteger áreas ameaçadas;

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• Contribuir para a preservação e restauração da diversidade de ecossistemas naturais;


• Auxiliar no desenvolvimento sustentável com a utilização dos recursos naturais de forma correta,
auxiliando nas práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento;
• Proteger e recuperar ecossistemas degradados, recursos hídricos e características relevantes dos
ecossistemas;
• Proporcionar meios para atividades de pesquisa cientifica e monitoramento ambiental;
• Promover educação e interpretação ambiental.

Essa lei prevê também o estabelecimento das Unidades de Conservação, divididas em:

• Unidades de Proteção Integral: preservam a natureza sendo admitido apenas uso indireto dos
recursos naturais. Sendo:
➢ Estação Ecológica;
➢ Reserva Biológica;
➢ Parque Nacional;
➢ Monumento Natural;
➢ Refúgio da Vida Silvestre;
• Unidades de Uso Sustentável: permitem o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais.
Sendo:
➢ Área de Proteção Ambiental;
➢ Área de Relevante Interesse Ecológico;
➢ Floresta Nacional;
➢ Reserva Extrativista;
➢ Reserva de Fauna;
➢ Reserva de Desenvolvimento Sustentável;
➢ Reserva Particular do Patrimônio Natural.

1.3 Licenças Ambientais.

As licenças ambientais são atos administrativos, conforme definição da Res. Conama n.º 237/97 (art. 1º).

São as licenças ambientais, que estabelecem a viabilidade ambiental de empreendimentos ou atividades.


As licenças podem ser:

• Licença Prévia (LP): é emitida na fase preliminar;


• Licença de Instalação (LI): autoriza o início da implantação do empreendimento, intermediária do
processo de licenciamento;
• Licença de Operação (LO): autoriza o início das operações do estabelecimento desde que esteja em
conformidade com as licenças anteriores.

Os prazos de validade dessas licenças são determinados pelo art. 18 da Res. Conama n.º 237/97, sendo:

Art. 18 - O órgão ambiental competente estabelecerá os prazos de validade de cada tipo de licença,
especificando-os no respectivo documento, levando em consideração os seguintes aspectos:

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I - Licença Prévia (LP): deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos,
programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 anos.

II - Licença de Instalação (LI): deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do
empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 anos.

III - Licença de Operação (LO): deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4
anos e, no máximo, 10 anos.

A Licença de Operação deve ser sempre renovada para que o estabelecimento continue a funcionar.
Durante essa renovação, o órgão ambiental competente poderá aumentar ou diminuir o prazo de validade
da LO, sempre respeitando os limites acima mencionados.

A LC n.º 140/11 determina que o término dos prazos de licenciamento sem a emissão da licença ambiental
não implica a emissão tácita ou autoriza a prática de ato que dela dependa ou dela decorra.

No entanto, no que diz respeito à renovação da LO, é importante saber a antecedência mínima é de 120
dias após a data de vencimento, sendo estendido automaticamente até a atuação final do órgão ambiental
competente. O prazo de 120 dias também se aplica à Licença Prévia e à Licença de Instalação.

Segundo a Res. Conama n.º 237/97, art. 14, o órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de
análise diferenciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO), em função das peculiaridades da
atividade ou empreendimento, bem como para a formulação de exigências complementares, desde que
observado o prazo máximo de 6 meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seu deferimento
ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo
será de até 12 meses.

A Resolução n.º 237/97 do Conama ainda estipula que os empreendedores devem atender esclarecimentos
e complementações formuladas pelo órgão ambiental competente em 4 meses, a partir da data de
recebimento da notificação correspondente (Artigo 15). Ressalta-se que este prazo também pode ser
prorrogado, desde que haja justificativa, bem como a anuência do empreendedor e do Órgão Ambiental
competente.

O incumprimento dos prazos diferenciados de análise de 6 e 12 meses acima referidos ou do prazo de 4


meses para resposta a esclarecimentos sujeita o licenciamento à ação do órgão com competência para atuar
de forma complementar e o empreendedor ao arquivamento de seu pedido de licença (art. 16).

O arquivamento do processo de licenciamento não impede a apresentação de novo requerimento de licença


mediante novo pagamento de custo de análise (art. 17).

O órgão ambiental competente, pode suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:

I. violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais;


II. omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença;
III. superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.

1.4 Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto sobre Meio Ambiente (Eia/Rima).

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Para a análise do pedido de licença ambiental, os órgãos ambientais emitem o Termo de Referência (TR),
que fornece diretrizes para a elaboração de estudos ambientais. Para agilizar o processo, o empreendedor
pode apresentar uma proposta de TR para aprovação do órgão ambiental. Este documento orienta a equipe
técnica, define o conteúdo, a abrangência e os métodos a serem utilizados para cada tipo de
empreendimento a ser avaliado.

Dentre vários estudos exigidos, o mais conhecido é o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo
Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA).

Segundo a Res. Conama n.º 237/97, art. 3º, a licença ambiental para empreendimentos e atividades
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de
prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA),
ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com
a regulamentação.

As atividades que não se enquadram nessa definição Do EIA/RIMA podem ser dispensadas
da exigência e licenciadas por meio de estudos mais simplificados.

2. Problemas Ambientais.

Uma das principais causas de extinção de espécies ocorre com a destruição de habitats provocada pela ação
antrópica. De maneira geral, as principais causas do desmatamento são:

• Expansão urbana;
• Criação de áreas de pastagem;
• Criação de áreas de plantio para agricultura;
• Exploração da madeira.

De acordo com a Lei 9.605 (Lei de Crimes Ambientais), é crime desmatar, explorar economicamente ou
degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do
órgão competente.

Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata pessoal do


agente ou de sua família.

A fragmentação das áreas dos ecossistemas também geram problemas para os habitats, quanto menor for
um fragmento, maiores serão os impactos sofridos pelas comunidades biológicas.

Nas áreas limites dos fragmentos ocorrem os efeitos de borda que são mudanças em parâmetros físicos,
químicos e biológicos, observados em áreas de contato entre fragmentos de vegetação e o substrato
circundante.

Os efeitos de borda podem ser divididos em:

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• Abióticos: os efeitos abióticos envolvem mudanças nos fatores climáticos ambientais, onde a zona de
influência das bordas apresenta maior exposição aos ventos, altas temperaturas, baixa umidade e
alta radiação solar. (LIMA-RIBEIRO,2008).
• Biológicos diretos ou indiretos: inclui mudanças na abundância e distribuição das espécies causadas
por fatores abióticos próximos às bordas.

Observe as imagens abaixo:

Fonte:<http://www.klimanaturali.org/2012/11/efeito-de-borda-em-ecologia.html>. Acesso em: 16. nov. 2022.

Uma solução para esse problema é a criação de corredores ecológicos, pois esses corredores conectam
fragmentos naturais existentes na região.

Temos também as queimadas e o desmatamento que são tipos de poluição do solo. Outro problema
causado pela remoção da cobertura vegetal de uma área é a erosão acelerada do solo.

2.1 Sobre-Exploração.

A sobre-exploração é caracterizada pela retirada do ambiente de número de indivíduos de uma espécie em


taxas maiores do que aquelas que suas populações conseguem repor.

Nesse contexto, entra também a biopirataria, que consiste na apropriação indevida de recursos biológicos
por agentes internacionais para uso comercial.

Assim, existem normas para a exploração sustentável dos recursos naturais que levam em conta a
capacidade de recuperação das populações no estabelecimento de uma quantidade máxima de indivíduos
que podem ser explorados por ano.

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2.2 Introdução de Espécies Exóticas.

Espécies exóticas são aquelas que se encontram fora de sua área de distribuição natural. A introdução de
espécies exóticas podem ser intencionais ou não. A introdução de um grande número de espécies exóticas
nos mais diversos ambientes se deve a três principais fatores:

• Colonização europeia;
• Agricultura e plantas ornamentais;
• Transporte acidental.

A maior parte das espécies exóticas não conseguem se estabelecer em ambientes diferentes dos seus.
Porém, algumas espécies conseguem prosperar no ambiente, se reproduzem gerando as espécies invasoras.
O grande problema das espécies invasoras é que elas não possuem predadores nem parasitas naturais no
local invadido, desta forma elas apresentam grande potencial para reduzir as populações locais, tornando-
se pragas.

2.3 Espécies Ameaçadas no Brasil.

A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), define os critérios
para a elaboração das Listas Vermelhas e para a inclusão nas categorias de conservação das espécies. Essas
categorias são:

• LC - Pouco preocupante;
• NT- Quase ameaçada;
• VU - Vulnerável;
• EN - Em perigo;
• CR - Criticamente em perigo;
• EW - Extinto na natureza;
• EX - Extinto.

No Brasil, das 41.000 espécies vegetais catalogadas, 4.617 estão ameaçadas de extinção. Já dos 12.256
animais catalogados, 1.173 estão nas categorias de ameaça.

2.4 Problemas Ambientais Atuais.

As alterações ambientais, transformam a dinâmica de diversos fenômenos naturais, ocasionando de forma


irregular e intensificada as tempestades de areia, ciclones, frentes frias, ondas de calor, secas e chuvas nas
mais diversas regiões do planeta.

2.5 Consequências da Poluição e Contaminação.

A poluição é a degradação das características físicas ou químicas do ecossistema, por meio da remoção ou
adição de substâncias. A contaminação é a introdução de agentes biológicos ou substâncias indesejáveis
num meio, anteriormente, não contaminado.

Os poluentes atmosféricos podem ser classificados como:

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• Poluentes primários: são emitidos da fonte, direto para a atmosfera;


• Poluentes secundários: são formados por meio de modificações de poluentes primários reativos na
atmosfera.

Para a medição e índice de qualidade do ar, é necessário verificar os níveis dos componentes como: Fumaça;
Dióxido de Enxofre (SO2); Ozônio (O3); Monóxido de Carbono (CO); Dióxido de Nitrogênio (NO2); Partículas
Inaláveis (PI ou PM10); Partículas Totais em Suspensão (PTS).

A combustão de combustíveis fósseis e de biomassa, são uma das principais fontes de poluição atmosférica,
que ocorre por meio de:

• Queimadas;
• Veículos automotores;
• Indústrias - eletroeletrônica, petrolífera, química e têxtil - contribuem por meio dos mais diversos
processos de obtenção e fabricação de matérias primas.

Em relação aos poluentes hídricos, ocorre muitas vezes devido à contaminação por agrotóxicos e
fertilizantes utilizados de forma indevida, pela atividade ilegal de mineradoras, pelos aterros sanitários,
pelos lixões, e pelo despejo irregular de resíduos industriais.

2.6 Chuva Ácida.

A chuva ácida é uma consequência da poluição do ar. Ela ocorre por meio da reação entre a água e diferentes
óxidos de nitrogênio (NOx) e enxofre, esta reação gera chuva com acidez elevada.

Esta chuva ocasiona diversos problemas ambientais, como a degradação do solo e da água e problemas em
estruturas urbanas, como a corrosão.

2.7 Bioacumulação e Biomagnificação.

É gerado pelo acúmulo de substâncias ou compostos químicos em organismos, e o acúmulo progressivo em


níveis tróficos ao longo da teia alimentar, estes compostos não são biodegradáveis. Alguns exemplos de
substâncias e compostos que podem se bioacumular são:

• DDT (diclorodifeniltricloroetano),
• Mercúrio (Hg),
• Microplásticos.

2.8 A camada de ozônio e sua importância: efeito estufa, aquecimento global e as mudanças climáticas.

A camada de ozônio está situada entre a troposfera e a estratosfera, nela que se acumulam moléculas de
ozônio (O3) da atmosfera, esse gás é responsável pela filtragem de raios ultravioletas tipo B, que incidem
sobre o planeta.

Qualquer alteração da camada de ozônio pode causar um desequilíbrio ambiental, como:

• Câncer de pele e doenças relacionadas ao Sol e aos raios UV;

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• Doenças de pele;
• Problemas relacionados à visão;
• Aquecimento global;
• Efeito estufa;
• Alteração do ciclo da água;
• Derretimento das calotas polares;
• Aumento do nível dos oceanos;
• Perda de biodiversidade.

Observe a imagem abaixo:

Fonte:<https://brasilescola.uol.com.br/geografia/camada-de-ozonio.htm>. Acesso em: 11.out. 2022.

2.9 Atividades antrópicas rurais e urbanas e suas consequências.

Atividades antrópicas são aquelas em que o homem causa desequilíbrio no ecossistema. Elas podem ser
divididas em atividades antrópicas rurais e atividades antrópicas urbanas.

Atividades antrópicas rurais e seus impactos ao meio ambiente, podemos citar:

• Agroindústria e pecuária;
• Extrativismo mineral e vegetal.

Atividades antrópicas urbanas e seus impactos ao meio ambiente, podemos citar:

• Expansão da área urbana;


• Ausência do tratamento de esgoto e de lixo.

2.10 Impactos antrópicos nas águas continentais.

As águas continentais estão presentes na superfície terrestre, elas são classificadas em dois grupos:

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• Lênticos: são águas que não apresentam turbulências, como pântanos, lagos, mangues e represas;
• Lóticos: são formados por água corrente, como rios e córregos.

As águas continentais sofrem muito com a poluição, tornando-as inapropriadas ao consumo humano e
ambiental.

Fatores que causam a poluição das águas continentais:

• Indústrias, utilizam essas águas para escoar seus resíduos e rejeitos de produção;
• Agricultura, impacta com o uso exagerado de inseticidas, fertilizantes e demais produtos,
depositando excessiva carga de matéria orgânica, gerando a eutrofização das águas;
• Mineração irregular, despeja elementos químicos nos lagos e rios;
• Urbanização descontrolada, elimina o esgoto nas águas sem qualquer tratamento;
• Acúmulo de lixo nas cidades, o chorume produzido pelo lixo contamina o lençol freático;
• Os pesticidas são o segundo maior responsável pela contaminação de rios;
• O fluoreto utilizado para o tratamento das águas, quando ele se encontra em grande quantidade se
torna tóxico;
• As queimadas também contaminam a água pois geram resíduos.

A mudança de temperatura terrestre afeta diretamente os organismos aquáticos e a biodiversidade


terrestre.

3. Tratamento de Água e Esgoto.

Os processos de tratamento de água é realizado, normalmente, em Estações de Tratamento de Água (ETA).

O tratamento da água bruta é dividido nas seguintes etapas:

1. Floculação: ocorre a adição de sulfato de alumínio, que provoca a aglutinação de partículas sólidas,
formando flocos que são mais facilmente removidos.
2. Decantação: os flocos e as impurezas mais densos do que a água se depositam no fundo, fazendo
com que apenas a água da superfície siga adiante no sistema.
3. Filtração: a água passa por uma série de filtros de diferentes tamanhos, que terminam de retirar as
impurezas.
4. Desinfecção (cloração): a recurso hídrico recebe cloro ou ozônio para matar microrganismos.
5. Fluoretação: a água recebe flúor, que colabora para a redução da incidência de cárie dentária na
população.

Após essas etapas, a qualidade da água é testada e, se tudo estiver dentro dos parâmetros, ela é distribuída
para os reservatórios e para as residências.

Após a utilização da água, ela será tratada pela Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) para que possa
ser devolvida ao ambiente.

Em locais que não existem Estações de Tratamento de Efluentes, existem alternativas como fossas sépticas,
que são utilizadas para a decomposição da matéria orgânica presente no esgoto para passar,
posteriormente, ao sumidouro, onde esse material pode infiltrar no solo.

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3.1 Resíduos Sólidos.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n° 12.305/10) estabelece que todos os lixões do país devem ser
fechados e substituídos por alternativas ambientalmente adequadas, como os aterros sanitários.

Diferenças entre lixão e aterro sanitário:

• Lixão: é o local a céu aberto onde os resíduos são depositados sem nenhum tipo de tratamento,
ocorrendo contaminação do solo, água e do ar;
• Aterro Sanitário: são locais projetados com critérios técnicos, onde o lixo é depositado de maneira
controlada, o solo é impermeabilizado para não ocorrer contaminação.

Já a incineração de Resíduos ocorre quando os resíduos (sólidos ou líquidos) são colocados em câmaras de
combustão, onde são submetidos a temperaturas superiores a 800° C.

A incineração ocorre em cinco etapas:

• Preparação do resíduo;
• Combustão em altas temperaturas;
• Controle de poluentes que possam ir para a atmosfera;
• Controle dos efluentes;
• Manuseio e encaminhamento das cinzas para o aterro classe I, específico para este fim.

O Art. 9º, da Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece a seguinte ordem de


prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos
e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Isso está alinhado com a política dos 5 R's:

• Reduzir;
• Repensar;
• Reutilizar;
• Reciclar;
• Recusar consumir produtos que gerem impactos socioambientais significativos.

Conforme campanha do Ministério do Meio Ambiente, os 5 R's fazem parte de um processo educativo que
tem por objetivo uma mudança de hábitos no cotidiano dos cidadãos.

4. Práticas Agrícolas e Manejo de Solo.

As práticas agrícolas mais comuns para a obtenção de um bom solo são:

• Aração: é a prática de revolver a terra com pás, enxadas ou arados, a fim de aumentar a
disponibilidade de gás oxigênio.
• Adubação: possui objetivo de repor nutrientes ao solo, necessários para o crescimento vegetal.
➢ Adubação verde: É uma prática que realiza a incorporação ao solo de plantas cultivadas para
esse fim ou de outras vegetações cortadas quando ainda verdes para serem enterradas.

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➢ Adubação química: recompõe os nutrientes perdidos pelo solo através de processos erosivos.
O principal adubo químico usado é o NPK, composto por nitrogênio, fósforo e potássio.
➢ Adubação orgânica: é realizada com esterco de animais ou com compostos orgânicos.
• Irrigação: é uma técnica utilizada na agricultura que apresenta como objetivo, o fornecimento
controlado de água para as plantas, assegurando a produtividade e a sobrevivência da plantação;
• Drenagem: a drenagem tem o papel de retirar excesso de água do solo, que pode prejudicar a
respiração dos vegetais e apodrecer as raízes.
• Calagem: é o ato de realizar a correção da acidez do solo (pH) com a aplicação de calcário.

4.1 Biocidas.

São os pesticidas ou agrotóxicos, essas substâncias são utilizadas como defensivos agrícolas para eliminar
parasitas e aumentar a produtividade das lavouras.

Porém, os biocidas atacam não só as espécies parasitas, mas também aquelas espécies que têm papel
importante naquele ambiente, inclusive como polinizadores, ou até como predadores das pragas.

Uma alternativa para o uso de biocidas é o controle biológico, onde predadores naturais
das pragas são introduzidos no ambiente com o objetivo de controlar suas populações sem
causar muitos impactos ao ecossistema.

4.2 Erosão.

A erosão é a degradação dos solos e rochas, causada por fatores naturais como:

• Chuva;
• Água;
• Vento;
• Gelo;
• Clima e etc;
• Intervenção Humana.

As partículas de solo com nutrientes superficiais são arrastadas de um local para outro, causando mudanças
na paisagem.

Existem vários tipos de erosão, que podem ser classificadas conforme o tipo de agente erosivo atuante,
como:

• Erosão Pluvial: é o tipo de erosão causado pela ação da água das chuvas;
• Erosão Fluvial: é causada pelos rios ao longo de seu curso, nas suas margens e em seu leito;
• Erosão Marinha: ocorre quando as rochas ou o solo litorâneo são desagregados pela água das ondas
do mar;
• Erosão Eólica: é causada pela ação dos ventos, que vão lentamente esculpindo as rochas e
removendo as partículas dos solos;
• Erosão glacial: é o tipo de erosão causado pelo movimento das geleiras, que, ao atritar sobre as
rochas, provoca sua desagregação e consequente transporte dos sedimentos;

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• Voçoroca: é a combinação de vários tipos de erosão, formando grandes crateras que costumam
atingir o lençol freático ou estruturas internas dos solos;
• Assoreamento: é o material transportado em decorrência de processos erosivos, pode acumular-se
no leito de rios, diminuindo sua profundidade e facilitando a ocorrência de inundações das áreas
adjacentes.

4.3 Exploração e Conservação do Solo.

4.3.1 Curvas de nível.

O plantio em curvas de nível, também conhecido como plantio em contorno. É uma técnica essencial para
áreas íngremes, esse processo ajuda a conservar o solo contra erosões e contribui com o escoamento da
água da chuva, fazendo com que ela se infiltre mais facilmente na terra e evite os deslizamentos.

4.3.2 Terraceamento.

É uma prática de combate à erosão estabelecida na construção de terraços com o propósito de disciplinar
o volume de escoamento das águas das chuvas.

Os terraços podem ser classificados conforme a capacidade de retenção ou não de água, sendo: de
armazenamento e o de drenagem.

4.3.3 Cortinas de cimento.

Essa é uma técnica de contenção com caráter provisório ou definitivo, que consiste na execução de
paramento de concreto armado ou perfis metálicos cravados com perfurações no solo ou rocha.

Esse tipo de contenção é recomendado para terrenos que apresentam ou venham apresentar grandes
instabilidades.

5. Biomas do Brasil.

Os biomas são extensas áreas onde a flora e a fauna coexistem de forma equilibrada e estável. Eles
apresentam condições climáticas ou ecológicas semelhantes, e são caracterizados por tipos específicos de
vegetação.

No Brasil encontramos 6 biomas:

• Amazônia;
• Caatinga;
• Cerrado;
• Mata Atlântica;
• Pampa;
• Pantanal;

Com exceção do Pampa, o único subtropical, todos os biomas do Brasil são tropicais.

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Já o domínio é um conjunto natural que ocorre interação entre o clima e os elementos do relevo ou da
vegetação. O domínio substitui o termo zona (como por exemplo zonas temperadas, subtropical etc.). No
Brasil podemos encontrar seis domínios morfoclimáticos, os quais sobrepõem geograficamente grande
parte dos biomas existentes no território nacional. São eles:

• Domínio Amazônico;
• Domínio dos Cerrados;
• Domínio dos Mares de Morros;
• Domínio das Caatingas;
• Domínio das Araucárias;
• Domínio das Pradarias.

As faixas de transição são caracterizadas pela mistura dos ecossistemas presentes no


domínio. Os biomas também podem abranger mais de um domínio.

Observe a imagem abaixo:

Fonte:<https://brasilescola.uol.com.br/brasil/dominios-morfoclimaticos.htm>. Acesso em: 12. out.2022.

5.1 Amazônia.

O bioma Amazônia ocupa cerca de 45% do território brasileiro, é o maior bioma do Brasil, inclui os estados
de Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Mato Grosso (norte), Rondônia, Tocantins, oeste do Maranhão e Acre.
Esse bioma se estende para os países vizinhos Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname
e Guiana Francesa.

Apresenta formações de relevo, mais baixas do país, a planície amazônica, que é constantemente inundada
pelos rios, também apresenta o planalto mais alto, o planalto das Guianas, nele se encontra o pico da
neblina, que é o ponto mais alto do Brasil.

Esse bioma contém a maior bacia hidrográfica mundo. O Rio Amazonas nasce na cordilheira dos Andes,
corta o continente Sul-Americano em sua maior extensão até desaguar no Oceano Atlântico,
correspondendo 20% de toda a água doce que chega aos oceanos do planeta.

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Os rios podem apresentar águas barrentas como o Rio Madeira ricas em sedimentos, águas pretas como o
Rio Negro ricas em matéria orgânica, e águas claras que passam por cachoeiras e corredeiras apresentando
poucos sedimentos como Rio Tapajós.

O bioma amazônico é formado por diferentes ecossistemas, como florestas densas de terra firme, florestas
estacionais, florestas de igapó, campos alagados, várzeas, savanas, refúgios montanhosos e formações
pioneiras. Cerca de 16% da sua área já foi degradada.

As chuvas ultrapassam 1800mm anuais e a temperatura é estável, variando entre 25 e 28°C.

O solo da região é arenoso, e apresenta uma fina camada de matéria orgânica. Apresenta pouca vegetação
rasteira ou arbustiva, pois a luz é pouco acessível devido à organização das copas das árvores que podem
atingir até 50m de altura.

A vegetação é caracterizada em três grupos:

• Mata de terra firme: são regiões mais elevadas, não ocorre inundações, e as árvores são de grande
porte.
• Mata de várzea: sofrem inundações em determinados períodos do ano, na parte mais elevada o
tempo de inundação é baixo, já nas regiões planas o tempo de inundação é bem maior.
• Mata de igapó: quase sempre inundadas, apresentam vegetações baixas: arbustos, cipós, musgos e
a vitória régia, símbolo da Amazônia.

A fauna da região é muito rica, pesquisas indicam que existem cerca de trinta milhões de espécies animais.
Cerca de 85% das espécies de peixes da América do Sul estão na região. Na região ocorre a piracema.

A região sofre com as queimadas que servem para abrir acesso para as pastagens. A região é pouco viável
para a agricultura, pois o solo é pobre. A lixiviação é uma consequência do desmatamento da floresta.

O local sofre invasões para prática da grilagem, além de problemas com garimpo, pastoreio e biopirataria.

5.2 Cerrado.

O Cerrado ocupa cerca de 34% do território nacional, é o segundo maior bioma da América do Sul. Inclui os
estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí,
Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além de partes do Amapá, Roraima e Amazonas.

As três maiores bacias hidrográficas da América do Sul se encontram no cerrado, sendo:

• Tocantins Araguaia,
• São Francisco;
• Prata.

Resultando em um elevado potencial aquífero, favorecendo a sua biodiversidade. Considerado um dos


hotspots mundiais de biodiversidade, o Cerrado possui diversas espécies endêmicas. O Cerrado brasileiro é
reconhecido como a savana mais rica do mundo, com diversas espécies de plantas nativas já catalogadas.

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Apresenta uma vegetação arbórea, sendo formada por pequenas árvores e arbustos, muitos deles com
troncos retorcidos, cascas espessas, e folhas geralmente grandes e rígidas. Muitas plantas herbáceas têm
órgãos subterrâneos para armazenar água e nutrientes.

A chuva varia entre 1100 e 2000mm anuais, e na estação chuvosa o solo se torna rico em gramíneas.

A região sofre com queimadas sazonais e grande parte dos ecossistemas deste bioma apresentam
adaptações a essas queimadas (gemas subterrâneas, periderme grossa, indução da germinação de sementes
por calor) quando ocorrem naturalmente.

O Cerrado passou por grandes mudanças, devido à ação do homem, e consequentemente, causou a extinção
de algumas espécies. Algumas espécies correm risco de extinção, são elas: anta, capivara, onça-pintada,
onça-parda, preá, paca, jaguatirica, cachorro-do-mato, calango, preguiça, teiú, cateto, gambá, lontra,
tatu-bola, tatu-canastra, tamanduá-bandeira, cobras (cascavel, coral verdadeira e falsa, jararaca, cipó,
jiboia), queixada, guariba.

5.3 Mata Atlântica.

A Mata Atlântica correspondia a 15% do território nacional, mas devido à ocupação e atividades humanas
hoje restam apenas 12,5% da floresta que existia originalmente. Ela é composta por formações florestais
nativas e ecossistemas associados ao longo da costa litorânea que vai do Rio Grande do Norte ao Rio Grande
do Sul.

A biodiversidade da Mata Atlântica é parecida com a da Amazônia. Os animais mais conhecidos são: Mico-
Leão-Dourado, onça-pintada, bicho-preguiça e capivara.

A Mata Atlântica é considerada hotspot mundial, ou seja, uma área rica em biodiversidade ameaçada de
extinção. Mais de 50% dos animais ameaçados de extinção do Brasil se encontram neste bioma.

Durante a colonização do Brasil a Mata Atlântica foi sendo devastada para a ocupação humana, extrativismo
de madeira, agricultura de cana-de-açúcar e de café. Cerca de 70% da população brasileira vive em regiões
de domínio de mata atlântica.

As espécies encontradas nos ecossistemas de mata atlântica são bastante adaptadas à umidade. O regime
de chuvas de grande parte da mata é influenciado pelo relevo, em função dos planaltos e serras.

São ecossistemas da Mata Atlântica, definidas pelo CONAMA, em 1992:

• Floresta Ombrófila Densa;


• Floresta Ombrófila Aberta;
• Floresta Ombrófila Mista;
• Floresta Estacional Decidual;
• Floresta Estacional Semidecidual;
• Mangues;
• Restingas.

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Mais de 500 unidades de conservação federais, estaduais e municipais já foram criadas


com o objetivo de se preservar os remanescentes de mata atlântica.

5.4 Caatinga

A Caatinga abrange 11% do território nacional. Engloba os estados Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão,
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais.

É um bioma com grande biodiversidade da fauna. Muitos animais realizam migrações nos períodos de
estiagem, devido ao clima tropical semiárido. A vegetação desenvolveu mecanismos de sobrevivência devido
à baixa disponibilidade de água, sendo comuns espécies suculentas e cactáceas. Dentre árvores típicas temos
o juazeiro, sendo uma das poucas árvores que não perdem as folhas na seca.

Os índices pluviométricos variam de 500 a 700mm anuais, esse bioma apresenta ventos secos que pioram a
situação da umidade, contribuindo para a aridez.

A Caatinga tem sido desmatada de forma acelerada, principalmente nos últimos anos devido ao consumo
de lenha nativa, ao pastoreio e à conversão para pastagens e agricultura. Cerca de 46% deste bioma foi
desmatado.

O governo busca concretizar uma agenda de criação de mais unidades de conservação


federais e estaduais no bioma.

5.5 Pampas

O Pampa é o único bioma subtropical do Brasil, presente em 63% do estado do Rio Grande do Sul,
representa 2,07% do território brasileiro.

Apresenta paisagem variadas, de serras a planícies, de morros rupestres a coxilhas. As paisagens se


caracterizam pelo relevo pouco acidentado, e a sua vegetação é composta por plantas herbáceas, arbustos
e árvores de pequeno porte.

Há uma grande diversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. Apresenta em torno de 3000
espécies de plantas. A fauna é expressiva, com quase 500 espécies de aves e mais de 100 espécies de
mamíferos terrestres.

O clima é temperado, quente no verão e o é inverno rigoroso, possui um regime de chuvas entre 500 e 1000
mm ao ano.

O Pampa tem sido muito afetado pela ação humana, principalmente para a utilização das terras para a
agricultura e pecuária.

O Pampa gaúcho da Campanha Meridional se encontra dentro da área de maior proporção de campos
naturais preservados do Brasil, sendo um dos ecossistemas mais importantes do mundo.

5.6 Pantanal

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O Pantanal é o menor bioma do Brasil, ocupando apenas 2% do território nacional sendo considerado uma
das maiores extensões úmidas contínuas do planeta.

Esta região é uma das principais áreas de transição entre os domínios morfoclimáticos do
Brasil.

O Pantanal é uma planície aluvial, influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai. É influenciado
diretamente pelos biomas da Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Também sofre influência do bioma
Chaco, nome dado ao Pantanal localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia.

Possui vegetação típica de savana estépica. A pecuária em expansão é uma grande ameaça para o Pantanal.
Em 2020 esse bioma sofreu queimadas por grande parte de sua extensão, impactando profundamente a
fauna e flora local.

O clima da região é marcado por verões chuvosos e quentes e por invernos secos e frios. Porém, o regime
de chuvas da região está sofrendo mudanças, pois nos anos 80 o pico de cheias duravam em torno de seis
meses de área alagada e no ano de 2018 foi registrado um período de cheia de apenas dois meses.

As mudanças climáticas mundiais causam o reflexo, de secas mais extremas na região.

5.7 Biomas de transição.

Manguezal.

É um bioma distribuído em regiões litorâneas do Amapá até Santa Catarina. Sendo uma transição entre o
mar e a terra. Apresenta uma vegetação característica, devido ao solo ser lodoso e pobre em oxigênio, os
arbustos apresentam raízes acima do solo. Diversas espécies de animais marinhos utilizam o Manguezal
para reprodução.

Marisma ou Pântano Salgado.

É um pântano formado pela água do mar, um ecossistema úmido com plantas herbáceas que crescem na
água. Localizado nas regiões costeiras principalmente ao sul de Santa Catarina e por todo o Rio Grande do
Sul. Apresenta vegetação com poucas gramíneas e plantas terrestres tolerantes ao sal.

Mata dos Cocais.

É distribuída entre os estados do Maranhão e Piauí. Apresenta características da Floresta Amazônica,


Cerrado e da Caatinga, com alto índice de chuvas. A flora inclui palmeiras com folhas grandes e finas, e a
fauna inclui répteis, aves e mamíferos roedores.

Atualmente está sendo muito prejudicada pelo desmatamento desordenado para desenvolvimento da
pecuária e cultura de soja. Além disso, a extração de minerais que ocorre nesse ambiente acaba por
fragilizá-lo ainda mais.

Mata das Araucárias.

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Está localizada principalmente na Região Sul, no estado do Paraná e Santa Catarina, também atingindo
parte de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Apresenta uma formação subtropical. A vegetação
predominantemente é composta pelo pinheiro-do-paraná (ou araucária), além da canela e imbuia.

O desmatamento quase acabou com esta mata restando apenas 2% da área original. Essa formação é
também conhecida como Floresta Ombrófila Mista, que se caracteriza pela mistura entre árvores
angiospermas e gimnospermas.

Nesta região ocorre chuvas o ano inteiro, oscilando entre períodos mais e menos chuvosos. O inverno
normalmente é frio, com geadas frequentes e até neve. O verão é razoavelmente quente. A fauna, é formada
principalmente por aves e roedores, que são muito importantes para a dispersão das sementes.

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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em
prova, considerando o histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as
inovações no conteúdo, na legislação e nos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais 1.

Caros alunos, analisando os últimos concursos do Instituto AOCP, a aposta estratégica será sobre Noções de
Legislação Ambiental

1. Noções de Legislação Ambiental.

A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), estabelecida pela Lei Federal nº 6.938/1981, busca conciliar
o desenvolvimento econômico e social com a proteção ambiental.

Seus princípios incluem a promoção da sustentabilidade, uso racional dos recursos e proteção da
biodiversidade.

A PNMA utiliza instrumentos como padrões de qualidade ambiental, zoneamento, avaliação de impactos,
licenciamento ambiental e incentivos para tecnologias sustentáveis.

A responsabilidade objetiva do poluidor, prevista na PNMA, visa prevenir e reparar danos ambientais.
Além disso, a PNMA criou o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), composto por órgãos como o
Conselho de Governo, CONAMA, Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, ICMBio, órgãos seccionais
estaduais e locais.

O Sisnama desempenha um papel essencial na preservação ambiental no Brasil, descentralizando ações e


garantindo a diversidade de atores e a cooperação entre diferentes níveis de governo.

A Legislação Ambiental enfatiza a responsabilidade de indivíduos e empresas pelos danos ao meio ambiente.

A Lei dos Crimes Ambientais (Lei n.º 9605, de 13 de fevereiro de 1998) tem o objetivo de reparar os danos
ambientais, causados por qualquer tipo de crime ambiental. De acordo com ela, os crimes ambientais são
classificados em 6 tipos:
Crimes contra a fauna;

1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado
assunto, considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados
a partir de critérios objetivos ou minimamente razoáveis.

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Crimes contra a flora;


Poluição e outros crimes ambientais;
Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural;
Crimes contra a administração ambiental;
Infrações administrativas.

1.1 Licenças Ambientais.

As licenças ambientais são atos administrativos, conforme definição da Res. Conama n.º 237/97 (art. 1º).

São as licenças ambientais, que estabelecem a viabilidade ambiental de empreendimentos


ou atividades. As licenças podem ser:

Licença Prévia (LP): é emitida na fase preliminar;

Licença de Instalação (LI): autoriza o início da implantação do empreendimento,


intermediária do processo de licenciamento;

Licença de Operação (LO): autoriza o início das operações do estabelecimento desde que
esteja em conformidade com as licenças anteriores.

Os prazos de validade dessas licenças são determinados pelo art. 18 da Res. Conama n.º 237/97, sendo:

I - Licença Prévia (LP): não pode ser superior a 5 anos;

II - Licença de Instalação (LI): não pode ser superior a 6 anos;

III - Licença de Operação (LO): prazo mínimo, 4 anos e, no máximo, 10 anos.

A Licença de Operação deve ser sempre renovada para que o estabelecimento continue a funcionar. Durante
essa renovação, o órgão ambiental competente poderá aumentar ou diminuir o prazo de validade da LO,
sempre respeitando os limites acima mencionados.

A respeito da renovação da LO, é importante saber a antecedência mínima é de 120 dias após a data de
vencimento, sendo estendido automaticamente até a atuação final do órgão ambiental competente. O
prazo de 120 dias também se aplica à Licença Prévia e à Licença de Instalação.

Art. 14 - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análise


diferenciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO), em função das peculiaridades
da atividade ou empreendimento, bem como para a formulação de exigências
complementares, desde que observado o prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato
de protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos
em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo será de até 12 (doze)
meses.

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Art. 15 - O empreendedor deverá atender à solicitação de esclarecimentos e


complementações, formuladas pelo órgão ambiental competente, dentro do prazo máximo
de 4 (quatro) meses, a contar do recebimento da respectiva notificação.

Art. 16 - O não cumprimento dos prazos estipulados nos artigos 14 e 15, respectivamente,
sujeitará o licenciamento à ação do órgão que detenha competência para atuar
supletivamente e o empreendedor ao arquivamento de seu pedido de licença.

Art. 17 - O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá a apresentação de


novo requerimento de licença, que deverá obedecer aos procedimentos estabelecidos no
artigo 10, mediante novo pagamento de custo de análise.

O órgão ambiental competente, pode suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:

I. violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais;


II. omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença;
III. superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.

O Estudo de Impacto Ambiental EIA é um documento técnico sobre o estado inicial do ambiente em que a
atividade sujeita a licenciamento será desenvolvida. Esse documento descreve detalhadamente os motivos
que motivaram a escolha do local, as mudanças socioambientais que o projeto acarretará, os possíveis
impactos ambientais, as medidas mitigadoras propostas, eventuais compensações necessárias, entre outros
aspectos.

O Relatório de Impacto Ambiental – RIMA é o relatório do estudo de impacto ambiental. Trata-se,


basicamente, de uma apresentação da conclusão do estudo de impacto ambiental, em uma linguagem mais
acessível, justamente para que haja maior facilidade de análise pelo público interessado. As informações
contidas no relatório são simplesmente transcritas em uma linguagem mais coloquial.

QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar para a sua
prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.

A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões, mas que você
faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas questões.

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Poluição

1. Instituto AOCP - 2019 - Universidade Federal da Paraíba.

O gerenciamento de resíduos é o ato de dar soluções para todo e qualquer problema causado pelo impacto
dos resíduos gerados. Em relação ao manejo e destino de resíduos laboratoriais, informe se é verdadeiro (V)
ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) O tratamento dispensado aos rejeitos radioativos é o armazenamento, em condições adequadas, para o


decaimento do elemento radioativo.

( ) Resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em recipientes rígidos, confeccionados em papelão


ondulado e com revestimento interno de produto impermeabilizante.

( ) Os resíduos não-inertes podem ter propriedades de biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade


em água.

( ) Todo material biológico contaminado que ofereça risco à saúde deverá ser autoclavado antes do descarte.

A- F – V – V – V.

B- F – V – V – F.

C- V – V – V – F.

D- V – F – V – F.

E- V – V – V – V.

Comentários:

Letra D- Correta.

Alternativa - Verdadeira: Os rejeitos radioativos são armazenados em condições que permitem o


decaimento do elemento radioativo. O objetivo é manter o radionuclídeo sob controle até que sua atividade
diminua a ponto de poder ser descartado como resíduo não radioativo.

Alternativa - Falsa: Os materiais perfurocortantes devem ser separados dos outros resíduos e descartados
em recipientes rígidos e resistentes, que não permitem vazamentos. Os recipientes devem ser fechados e
identificados com o símbolo de material perfurocortante e, se houver, outros riscos adicionais, como químico
ou radiológico.

Alternativa - Verdadeira: Os resíduos não-inertes são aqueles que apresentam propriedades químicas ou
físicas que podem causar danos ao meio ambiente. Esses resíduos podem ser biodegradáveis, combustíveis
ou solúveis em água.

Alternativa - Falsa: A alternativa é falsa, pois a afirmação todo material contaminado que ofereça risco à
saúde deverá ser autoclavado antes do descarte é uma generalização incorreta. Existem outras formas de

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descarte de resíduos biológicos, e a escolha do método deve ser feita de acordo com as características dos
resíduos e com as normas ambientais vigentes.

2. Instituto AOCP - 2020 - Professor (Pref Betim)/Ciências.

Dentre os mais variados impactos negativos do homem no ambiente, o garimpo é um dos que mais provocam
danos ao meio ambiente, devido à alta produção de dejetos tóxicos. No garimpo de ouro, para separar esse
elemento de impurezas, é utilizado o mercúrio, que é aquecido e evapora ou é liberado na água. Em relação
ao que essa prática provoca, assinale a alternativa correta.

A- Causa diminuição da imunidade e aumento de doenças cardíacas de animais silvestres.

B- O mercúrio, no solo, se ativa nas raízes de plantas, diminuindo a captação de nitrogênio e provoca
enegrecimento de plantas, podendo matar árvores de grande porte.

C- O mercúrio passa pela cadeia alimentar provocando doenças somente em mamíferos de grande porte e
no homem.

D- Em contato com a água, o mercúrio é consumido por bactérias que produzem o metilmercúrio, que é
tóxico e é acumulado nos organismos ao longo da cadeia alimentar.

E- Em contato com o ar, o mercúrio acelera o processo de decomposição de animais.

Comentários:

Letra D- Correta.

Quando o mercúrio entra em corpos d'água, pode ser transformado em metilmercúrio por bactérias. O
metilmercúrio é bioacumulado, ou seja, é acumulado nos organismos ao longo da cadeia alimentar. Isso
significa que os animais que se alimentam de outros animais que já estão contaminados com metilmercúrio
também ficam contaminados. Ele pode causar uma série de problemas de saúde, incluindo danos ao sistema
nervoso central, problemas de desenvolvimento, problemas de visão e audição, e até mesmo morte.

Letra A - Incorreta.

Embora o mercúrio cause diversos problemas de saúde em organismos, não está diretamente associado a
diminuição da imunidade ou aumento de doenças cardíacas em animais silvestres.

Letra B - Incorreta.

Não é comum que o mercúrio cause o enegrecimento das plantas ou a morte de árvores de grande porte
diretamente dessa maneira.

Letra C - Incorreta.

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O mercúrio pode afetar organismos em toda a cadeia alimentar, não se limitando apenas a mamíferos de
grande porte e ao homem. Peixes, por exemplo, são frequentemente afetados.

Letra E - Incorreta.

O mercúrio liberado no ar não acelera diretamente o processo de decomposição de animais. Porém, pode
se depositar no solo ou na água, onde os processos biogeoquímicos podem transformá-lo em formas mais
tóxicas.

3. FCC - Professor (SEC BA) /Padrão P/Ciências da Natureza: Biologia/2018.

Considere o fragmento de reportagem de uma revista de divulgação científica.

Poluição que vem de longe

Regiões isoladas, com características primitivas e sem fontes locais de produção de resíduos tóxicos, também
podem estar sujeitas aos efeitos da poluição gerada a milhares de quilômetros. Os pesquisadores verificaram
que, mesmo isoladas, algumas espécies de crustáceos, peixes e aves apresentavam em seu organismo
concentrações relativamente significativas de compostos químicos altamente tóxicos, como pesticidas
organoclorados (ex. DDTs) e bifenilas policloradas (PCBs), substâncias bastante usadas na fabricação de
borrachas, plásticos e tintas. O pesquisador responsável explica que a dieta desses animais geralmente se
caracteriza como uma das principais formas de exposição às substâncias estudadas e que, apesar de não
terem observado diferenças significativas em relação ao acúmulo de poluentes entre as espécies estudadas,
é natural que as aves estejam mais expostas a esses resíduos. Isso porque elas estão sujeitas à contaminação,
como as outras espécies do arquipélago, de forma mais agravada, uma vez que acabam se alimentando dos
peixes já contaminados.

(Adaptado de: Revista FAPESP, Edição Online. 26 de julho de 2013. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/07/26/ poluicao-que-vem-de-longe/)

O conceito e o significado do fenômeno biológico que expressa o problema ambiental apresentado pelos
pesquisadores são:

A- Eutrofização, que é o processo que ocorre em ambientes aquáticos em função do acúmulo excessivo de
nutrientes na água.

B- Eutrofização, que é o termo geral que descreve um processo pelo qual substâncias (ou compostos
químicos) são absorvidas e acumuladas pelos organismos vivos.

C- Bioacumulação, que é o processo que ocorre em ambientes aquáticos em função do acúmulo excessivo
de nutrientes na água.

D- Resistência ambiental, que é o conjunto de fatores que regulam o crescimento de uma população.

E- Bioacumulação, que é o termo geral que descreve um processo pelo qual substâncias (ou compostos
químicos) são absorvidas e acumuladas pelos organismos vivos.

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Comentários:

Letra E - Correta.

O problema apresentado se deve a bioacumulação, pois ela gera o acúmulo de substâncias ou compostos
químicos por organismos. Causando o acúmulo progressivo em níveis tróficos ao longo da teia alimentar.

Letra A - Incorreta.

A eutrofização é o processo de poluição em ambientes aquáticos, como rios e lagos, que eventualmente
ficam com uma cor turva com níveis muito baixos de oxigênio dissolvido na água. Isso causa a morte de várias
espécies animais e vegetais, e tem um impacto muito significante nos ecossistemas aquáticos.

Letra B - Incorreta.

Essa alternativa se refere a bioacumulação.

Letra C - Incorreta.

Essa alternativa se refere a eutrofização.

Letra D - Incorreta.

A resistência ambiental impede que as populações cresçam conforme o seu potencial biótico.

Biomas do Brasil

4. IBGP - Biólogo (Pref. Santa Luzia) - 2018.

Analise os relatos a seguir:

“Boa parte das gramíneas e outras ervas, por exemplo, são anuais e possuem um ciclo de vida muito rápido,
germinando, produzindo flores e frutos durante as chuvas e morrendo na época seca. Quando a chuva volta,
as sementes estão lá no solo, prontas para uma nova (e rápida) geração”, RESSALTA O PROFESSOR.

Disponível em: https://www.ofitexto.com.br/comunitexto. Acesso: 10 nov. 2018.

É CORRETO afirmar que o professor está se referindo a plantas adaptadas ao ambiente:

A- Manguezal.

B- Pampa.

C- Restinga.

D- Cerrado.

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Comentários:

Letra D - Correta.

Como o fogo, é um fenômeno natural no cerrado, as plantas do cerrado encontraram, soluções diferentes
para a sua sobrevivência, para florescerem, frutificarem e produzirem novas sementes.

Letra A - Incorreta.

A vegetação do Manguezal é característica, pois, devido ao solo ser lodoso e pobre em oxigênio, os arbustos
apresentam raízes acima do solo.

Letra B - Incorreta.

No Bioma Pampa, as gramíneas podem apresentar ciclo de vida curto, de um só ano (espécies anuais) ou de
==14139c==

vários anos as espécies perenes.

Letra C - Incorreta.

A restinga é a região próxima a praia, dunas, lagunas, banhados e depressões, sua vegetação composta por
plantas herbáceas, arbustivas e arbóreas, típica de regiões litorâneas arenosas, salinas e sofrem
interferências marinhas.

5. Instituto AOCP - 2021 - Perito (ITEP RN)/Criminal/Meio Ambiente.

A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato- Grossense e a Zona
Costeira são considerados

A- patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á na forma da lei, dentro de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

B- patrimônio estadual, e sua utilização far-se-á na forma da lei, dentro de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

C- patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á na forma da lei, dentro de condições que garantam o uso do
meio ambiente, inclusive dos recursos naturais.

D- patrimônio estadual, e sua utilização far-se-á na forma da lei, dentro de condições que garantam o uso do
meio ambiente, inclusive dos recursos naturais.

E- patrimônio nacional, e sua utilização não é permitida para assegurar a preservação do meio ambiente,
inclusive os recursos naturais.

Comentários:

Letra A - Correta.

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A Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal e a Zona Costeira são considerados bens
naturais de valor inestimável para o Brasil. Eles são protegidos por lei, que determina que sua utilização seja
feita de forma a preservar o meio ambiente e a biodiversidade.

Letra B - Incorreta.

As áreas mencionadas são consideradas patrimônio nacional, não estadual.

Letra C - Incorreta.

Esta alternativa está incorreta, uma vez que indica que as condições visam apenas o uso do meio ambiente,
sem, contudo, assegurar efetivamente a sua preservação.

Letra D - Incorreta.

Esses biomas são patrimônios nacionais, a sua utilização deve ser feita de forma a preservar o meio ambiente
e a biodiversidade. No entanto, é importante ressaltar que a utilização desses bens não garante sua
preservação. É possível utilizá-los sem tomar medidas para protegê-los, o que pode resultar em danos
ambientais irreversíveis.

Letra E - Incorreta.

A utilização deve ser feita de forma a assegurar a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso
dos recursos naturais.

6. Instituto AOCP - 2019 - Perito Oficial Criminal (PC ES)/Área 3.

A respeito da caracterização ambiental dos biomas brasileiros, é correto afirmar que

A- as vegetações que mais caracterizam o bioma Mata Atlântica são a floresta ombrófila densa e a floresta
ombrófla aberta.

B- o bioma pantanal possui formação vegetacional predominante do tipo savana, sendo um mosaico de
campos (31%), cerradão (22%), cerrado (14%), campos inundáveis (7%), floresta semidecídua (4%), mata de
galeria (2,4%) e tapetes de vegetação flutuante (2,4%).

C- o bioma amazônico é composto por diversidade de formações florestais, como floresta ombrófla (densa,
mista e aberta), mata estacional semidecidual e estacional decidual, manguezais, restingas, entre outros.

D- o pampa é o segundo maior bioma do país e se caracteriza como uma formação do tipo savana tropical,
com destacada sazonalidade, apresentando fisionomias que englobam formações florestais, savânicas e
campestres.

E- o bioma cerrado é um mosaico de arbustos espinhosos e florestas sazonalmente secas e, apesar de ocupar
uma região semiárida, é extremamente heterogêneo.

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Comentários:

Letra B - Correta.

O Pantanal é notável por sua rica biodiversidade e singularidade, apresenta uma formação vegetacional
predominante do tipo savana. O Pantanal é reconhecido como um mosaico de diferentes ambientes,
abrangendo campos, cerradão, cerrado, campos inundáveis, floresta semidecídua, mata de galeria e tapetes
de vegetação flutuante.

Esteja atento às possíveis "pegadinhas" relacionadas aos percentuais. Responder por eliminação pode ser
uma estratégia útil nesse tipo de questão.

Letra A - Incorreta.

A Mata Atlântica, no Paraná, apresenta uma zona de transição com uma vegetação característica, a floresta
ombrófila mista, também conhecida como Mata de Araucária. As florestas ombrófilas abertas são
encontradas na zona de transição do bioma amazônico, onde a estação seca é de 60 dias.

Letra C - Incorreta.

As formações vegetais das florestas, amazônica, mata atlântica e cerrado são distintas. A floresta amazônica
não apresenta manguezais ou restingas, que são típicas de regiões litorâneas. As matas estacionais
semidecidual e estacional decidual são comuns na Mata Atlântica e no Cerrado, mas não na Amazônia. As
florestas ombrófilas mistas do Brasil são compostas principalmente por mata de araucária, que forma uma
zona de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado.

Letra D - Incorreta.

O Pampa é o único bioma subtropical do Brasil, presente em 63% do estado do Rio Grande do Sul, representa
2,07% do território brasileiro. Apresenta paisagem variadas, de serras a planícies, de morros rupestres a
coxilhas. As paisagens se caracterizam pelo relevo pouco acidentado, e a sua vegetação é composta por
plantas herbáceas, arbustos e árvores de pequeno porte.

O segundo maior Bioma é o Cerrado.

Letra E - Incorreta.

O Cerrado ocupa cerca de 34% do território nacional, é o segundo maior bioma da América do Sul.

O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo, com diversas espécies de plantas
nativas já catalogadas.

Apresenta uma vegetação arbórea, sendo formada por pequenas árvores e arbustos, muitos deles com
troncos retorcidos, cascas espessas, e folhas geralmente grandes e rígidas. Muitas plantas herbáceas têm
órgãos subterrâneos para armazenar água e nutrientes. A chuva varia entre 1100 e 2000mm anuais, e na
estação chuvosa o solo se torna rico em gramíneas.

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Noções de Legislação Ambiental

7. IADES - Soldado (PM PA) /Masculino/2021/CFP 2020.

Considere hipoteticamente que determinada pessoa jurídica, ao explorar a sua atividade econômica, causa
um grande desastre ambiental, comprometendo diversas espécies da fauna local, além de acarretar a morte
de vários moradores do município, por falta de manutenção de seus equipamentos de prevenção, situação
que era de pleno conhecimento de todo o seu corpo diretivo.

Com base apenas nas informações apresentadas e na legislação pertinente com relação ao tema infração
penal, assinale a alternativa correta.

A- Segundo o ordenamento jurídico brasileiro, não é possível a responsabilização da pessoa jurídica


criminalmente, mesmo em casos de condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente.

B- A Constituição Federal prevê, expressamente, que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

C- A pessoa jurídica não pode ser considerada, em nenhuma hipótese, sujeito ativo de uma infração penal,
embora possa ser sujeito passivo.

D- O ordenamento jurídico brasileiro expressamente prevê que, realizada a reparação civil dos danos, não
poderia a pessoa jurídica ser responsabilizada penalmente por condutas e atividades consideradas lesivas ao
meio ambiente.

E- O atual ordenamento jurídico impede que entes sem personalidade jurídica sejam sujeitos passivos de
infrações penais.

Comentários:

Alternativa B - Correta.

Está previsto na Constituição Federal, Art 225, § 3º, as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independente da obrigação de reparar.

Ou seja, a Constituição Federal assegura que qualquer pessoa, física ou jurídica, está sujeita as três esferas
de responsabilidade ambiental, sendo:

• Responsabilidade civil;
• Responsabilidade administrativa;
• Responsabilidade penal.

Alternativa A - Incorreta.

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Pelo ordenamento jurídico atual, a pessoa jurídica é responsabilizada penalmente apenas pelos crimes
ambientais.

Alternativa C - Incorreta.

Está previsto na lei 9.605/1998, de crimes ambientais que:

Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente as pessoas jurídicas, de acordo com o
disposto no art. 3, são:

I - multa;

II - restritivas de direitos;

III - prestação de serviços à comunidade.

Alternativa D - Incorreta.

Art 225, § 3º: As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independente da obrigação de reparar.

Alternativa E - Incorreta.

Não há impedimento para que entes sem personalidade jurídica, sejam sujeitos passivos de infrações penais.

8. Instituto AOCP - 2021 - Delegado de Polícia Civil (PC PA).

Assinale a alternativa correta.

A- Dentro do procedimento de licenciamento ambiental, qualquer obra ou atividade necessitará da


realização de Estudo Prévio de Impacto Ambiental, que será exigido pelas entidades e pelos órgãos
ambientais, para que seja autorizada a sua instalação.

B- O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, implica emissão tácita e
autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra.

C- O Estudo Prévio de Impacto Ambiental será exigido pelo Poder Executivo quando a atividade ou o
empreendimento for potencial causador de significativo impacto ambiental, e será custeado pelo
empreendedor.

D- Nos termos da Lei Complementar 140/2011, está entre as ações próprias dos Estados membros
localizados nas fronteiras territoriais brasileiras promover o licenciamento ambiental de empreendimentos
e atividades localizados ou desenvolvidos conjuntamente no território brasileiro e em país limítrofe.

E- Nos termos da Lei Complementar 140/2011, constitui objetivo fundamental da União proteger, defender
e conservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado, promovendo gestão centralizada e eficiente.

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Comentários:

Alternativa C - Correta.

O EIA é um estudo que avalia os impactos ambientais de uma obra ou empreendimento. Ele é obrigatório
para obras ou empreendimentos que possam causar danos significativos ao meio ambiente. As despesas
com o EIA são de responsabilidade do empreendedor.

Alternativa A - Incorreta.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) são necessários apenas
para obras ou empreendimentos que possam causar danos significativos ao meio ambiente. Essa é uma
determinação da Constituição Federal, que garante o direito ao meio ambiente equilibrado para as presentes
e futuras gerações.

A Resolução CONAMA 237/1997, que regulamenta a legislação ambiental brasileira, também estabelece que
o EIA/RIMA é obrigatório para empreendimentos e atividades que possam causar significativa degradação
do meio ambiente.

Alternativa B - Incorreta.

Não é possível obter uma licença ambiental automaticamente por causa do atraso na análise do processo. A
legislação ambiental brasileira expressamente proíbe a emissão tácita de licença ambiental.

O parágrafo 3º do art. 14 da Lei Complementar 140/2011 estabelece que o decurso do prazo para a análise
de um processo de licenciamento ambiental não implica na emissão tácita da licença. Isso significa que o
empreendedor não pode iniciar as atividades sem a licença ambiental, mesmo que o prazo para a análise
tenha expirado.

Alternativa D - Incorreta.

O licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos localizados ou desenvolvidos conjuntamente


no território brasileiro e em país limítrofe é de competência da União. Isso ocorre porque esses
empreendimentos podem causar impactos ambientais em ambos os países, e a União é responsável pela
proteção ambiental do território nacional.

Alternativa E - Incorreta.

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm o objetivo fundamental de proteger, defender e
conservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado. Para isso, devem promover uma gestão
descentralizada, democrática e eficiente.

9. Instituto AOCP - 2019 - Perito Oficial Criminal (PC ES)/Área 3.

Por recuperação de um ecossistema, entende-se:

A- a manutenção da biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e


economicamente viável.

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B- a restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada,
que pode ser diferente de sua condição original.

C- a manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, admitido apenas
o uso indireto dos seus atributos naturais.

D- a restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo possível da sua
condição original.

E- o conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem à proteção, em longo prazo, das espécies,
habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a simplificação dos
sistemas naturais.

Comentários:

Alternativa B - Correta.

A recuperação de ecossistemas é o processo de restaurar um ecossistema ou uma população silvestre que


foi danificado ou destruído. O objetivo é criar um ecossistema funcional e saudável, mesmo que ele seja
diferente do ecossistema original.

Para uma compreensão mais aprofundada desta questão, recomendo a leitura da Lei nº 9.985, de 18 de
julho de 2000. Essa legislação regula o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, além de
instituir o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. Essa leitura permitirá uma melhor
contextualização e entendimento dos temas abordados na questão.

Alternativa A - Incorreta.

A recuperação de um ecossistema pode ser realizada de diferentes maneiras, e nem sempre é possível ou
desejável devolver o ecossistema ao seu estado original. Por exemplo, um ecossistema que foi degradado
por uma atividade mineradora pode ser recuperado por meio de reflorestamento, mas o novo ecossistema
não será idêntico ao ecossistema original.

Alternativa C - Incorreta.

A recuperação também pode incluir o uso indireto dos atributos naturais dos ecossistemas, como o uso da
água para irrigação ou da madeira para construção.

Alternativa D - Incorreta.

A recuperação também pode resultar em uma condição diferente da original, desde que esta condição seja
não degradada.

Alternativa E - Incorreta.

A conservação de ecossistemas visa a proteger os ecossistemas de alterações causadas por interferência


humana. Já a recuperação de ecossistemas visa a restaurar ecossistemas que já foram degradados ou
destruídos.

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10. Instituto AOCP - 2020 - Biólogo (Pref Novo Hamburgo).

Assinale a alternativa que apresenta o órgão central responsável por coordenar o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza.

A- IBAMA.

B- Ministério do Meio Ambiente.

C- Secretaria do Meio Ambiente.

D- CONAMA.

E- Ministério da Agricultura.

Comentários:

Alternativa B - Correta.

O Ministério do Meio Ambiente é o órgão central responsável por coordenar o Sistema Nacional de Unidades
de Conservação da Natureza (SNUC). O SNUC é um sistema de planejamento e gestão das unidades de
conservação da natureza, instituído pela Lei nº 9.985/2000.

Alternativa A - Incorreta.

O IBAMA é um órgão executor do SNUC, responsável pela gestão das unidades de conservação federais.

Alternativa C - Incorreta.

A Secretaria do Meio Ambiente é um órgão de governo estadual ou municipal responsável pela gestão das
unidades de conservação estaduais ou municipais.

Alternativa D - Incorreta.

O CONAMA é um órgão consultivo e deliberativo do SNUC.

Alternativa E - Incorreta.

O Ministério da Agricultura é um órgão federal responsável pela agricultura, pecuária e abastecimento.

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QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO


A ideia do questionário é elevar o nível da sua compreensão no assunto e, ao mesmo tempo, proporcionar
uma outra forma de revisão de pontos importantes do conteúdo, a partir de perguntas que exigem respostas
subjetivas.

São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua resolução,
como ocorre nas clássicas questões objetivas.

O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para consolidar
melhor o que aprendeu ;)

Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. Assim, ao resolver
várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do conteúdo, mas muitas vezes
acaba não entendendo como esses pontos se conectam.

Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar melhor os diversos
pontos do conteúdo, na medida do possível.

É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o exigido na sua
prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a facilitar a resolução de
questões objetivas típicas de concursos, ok?

Nosso compromisso é proporcionar a você uma revisão de alto nível!

Vamos ao nosso questionário:

Perguntas

1. Segundo a Constituição Federal qual pessoa está sujeita a responsabilidade ambiental?


2. De acordo com a Lei dos Crimes Ambientais (Lei n.º 9605/98), os crimes cometidos contra o meio
ambiente podem ser classificados em quantos tipos?
3. Qual a diferença entre o aterro sanitário e o lixão?
4. Quais são as etapas da incineração?
5. Quais são as principais causas do desmatamento?
6. O que são efeitos de borda?
7. Qual a função dos corredores biológicos?
8. Qual o problema gerado pelas espécies invasoras?
9. O tratamento da água bruta é dividido em quais etapas?
10. O que é bioacumulação?
11. O que é adubação verde?
12. Qual a função do terraceamento?
13. Qual a função de plantio em curvas de nível?
14. Qual a diferença entre as águas continentais lênticas e lóticas?
15. Quais são os principais domínios do Brasil?

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16. A vegetação do bioma amazônico é caracterizado por três grupos, quais são eles?
17. Quais são as três maiores bacias hidrográficas da América do Sul, e em qual bioma elas se
encontram?
18. O que são hotspots mundiais de biodiversidade?
19. Quais são os biomas do Brasil considerados hotspots?
20. Quais são os ecossistemas da Mata Atlântica?

Perguntas com respostas

1. Segundo a Constituição Federal qual pessoa está sujeita a responsabilidade ambiental?

Qualquer pessoa, física ou jurídica, está sujeita às três esferas de responsabilidade ambiental, sendo:
Responsabilidade civil; Responsabilidade administrativa; Responsabilidade penal da pessoa física e da pessoa
jurídica.

2. De acordo com a Lei dos Crimes Ambientais (Lei n.º 9605/98), os crimes cometidos contra o meio
ambiente podem ser classificados em quantos tipos?

Crimes contra a fauna, crimes contra a flora, poluição e outros crimes ambientais, crimes contra o
ordenamento urbano e o patrimônio cultural, crimes contra a administração ambiental e infrações
administrativas.

3. Qual a diferença entre o aterro sanitário e o lixão?

Lixão: é o local a céu aberto onde os resíduos são depositados sem nenhum tipo de tratamento, ocorrendo
contaminação do solo, água e do ar;

Aterro Sanitário: são locais projetados com critérios técnicos, onde o lixo é depositado de maneira
controlada, o solo é impermeabilizado para não ocorrer contaminação.

4. Quais são as etapas da incineração?

A incineração ocorre em cinco etapas:

Preparação do resíduo;

Combustão em altas temperaturas;

Controle de poluentes que possam ir a atmosfera;

Controle dos efluentes;

Manuseio e encaminhamento das cinzas para o aterro classe I, específico para este fim.

5. Quais são as principais causas do desmatamento?

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As principais causas do desmatamento são:

Expansão urbana;

Criação de áreas de pastagem;

Criação de áreas de plantio para agricultura;

Exploração da madeira.

6. O que são efeitos de borda?

Os efeitos de borda ocorrem nas áreas limites dos fragmentos, onde ocorrem mudanças em parâmetros
físicos, químicos e biológicos observados nas áreas de contato entre fragmentos de vegetação e o substrato
circundante.

7. Qual a função dos corredores biológicos?

Os corredores ecológicos, conectam fragmentos naturais existentes na região. É uma solução para os efeitos
de borda.

8. Qual o problema gerado pelas espécies invasoras?

O grande problema das espécies invasoras é que elas não possuem predadores nem parasitas naturais no
local invadido, desta forma elas apresentam grande potencial para reduzir as populações locais, tornando-
se pragas.

9. O tratamento da água bruta é dividido em quais etapas?

Floculação, decantação, filtração, desinfecção (cloração) e a fluoretação.

10. O que é bioacumulação?

É o acúmulo de substâncias ou compostos químicos por organismos, e ao acúmulo progressivo em níveis


tróficos ao longo da teia alimentar, estes compostos não são biodegradáveis

11. O que é adubação verde?

É uma prática que realiza a incorporação ao solo de plantas cultivadas para esse fim ou de outras vegetações
cortadas quando ainda verdes para serem enterradas

12. Qual a função do terraceamento?

É uma prática de combate à erosão estabelecida na construção de terraços com o propósito de disciplinar o
volume de escoamento das águas das chuvas.

13. Qual a função de plantio em curvas de nível?

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É uma técnica essencial para áreas íngremes, esse processo ajuda a conservar o solo contra erosões e
contribui com o escoamento da água da chuva, fazendo com que ela se infiltre mais facilmente na terra e
evite os deslizamentos.

14. Qual a diferença entre as águas continentais lênticas e lóticas?

Lênticas: são águas que não apresentam turbulências, como pântanos, lagos, mangues e represas.

Lóticas: são formados por água corrente, como rios e córregos.

15. Quais são os principais domínios do Brasil?

Domínio Amazônico; Domínio dos Cerrados; Domínio dos Mares de Morros; Domínio das Caatingas;
Domínio das Araucárias; Domínio das Pradarias.

16. A vegetação do bioma amazônico é caracterizado por três grupos, quais são eles?

Mata de terra firme: são regiões mais elevadas, não ocorre inundações, e as árvores são de grande porte.

Mata de várzea: sofrem inundações em determinados períodos do ano, na parte mais elevada o tempo de
inundação é baixo, já nas regiões planas o tempo de inundação é bem maior.

Mata de igapó: quase sempre inundadas, apresentam vegetações baixas: arbustos, cipós, musgos e a vitória
régia, símbolo da Amazônia.

17. Quais são as três maiores bacias hidrográficas da América do Sul, e em qual bioma elas se
encontram?

As três maiores bacias hidrográficas da América do Sul se encontram no cerrado, sendo: Tocantins Araguaia,
São Francisco; Prata.

18. O que são hotspots mundiais de biodiversidade?

São áreas naturais do planeta que possuem uma grande diversidade ecológica e que estão em risco de
extinção.

19. Quais são os biomas do Brasil considerados hotspots?

São o Cerrado e a Mata Atlântica.

20. Quais são os ecossistemas da Mata Atlântica?

Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Ombrófila Mista; Floresta Estacional Decidual;
Floresta Estacional Semidecidual; Mangues; Restingas.

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Grande abraço e bons estudos!

“Sucesso é o acúmulo de pequenos esforços repetidos dia a dia."

(Robert Collier)

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LISTA DE QUESTÕES ESTRATÉGICAS


9. Instituto AOCP - 2021 - Professor (Pref Teresópolis)/Geografia.

O domínio morfoclimático é um conjunto espacial de grande extensão, podendo variar entre milhares a
milhões de quilômetros quadrados, e que apresenta feições de relevo, tipos de solos, formas de vegetação
e condições climáticas e hidrológicas que resultam em condições paisagísticas e ecológicas integradas. Sobre
o assunto, assinale a alternativa correta.

A- O domínio das Araucárias ocorre predominantemente em áreas elevadas do Centro-oeste do país.

B- O Chernossolo, maior grupo de solo do domínio do Cerrado, é originado pela decomposição do calcário.

C- O domínio dos mares de Morros localiza-se em boa parte da faixa litorânea do Brasil, abrangendo a floresta
Mata Atlântica, embora essa vegetação tenha sido quase que totalmente dizimada, restando apenas alguns
pontos de conservação ambiental.

D- O domínio do Pantanal é caracterizado como coxilhas subtropicais com pradarias mistas.

E- O domínio das Matas dos Cocais é o mais extenso do Nordeste e apresenta grande concentração de
palmeiras nativas, como o buriti e o coqueiro.

10. Instituto AOCP - 2021 - Perito (ITEP RN)/Criminal/Meio Ambiente.

O Brasil abriga seis biomas continentais: Amazônia, Cerrado, Mata atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal.
Qual deles é o único bioma exclusivamente brasileiro?

A- Caatinga.

B- Amazônia.

C- Cerrado.

D- Pampa.

E- Pantanal.

11. Instituto AOCP - 2021 - Perito (ITEP RN)/Criminal/Meio Ambiente.

A Área de Proteção Ambiental (APA) tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar
o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais, sendo constituída por

A- terras privadas.

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B- terras públicas.

C- terras públicas ou privadas.

D- terras públicas geridas pelo estado.

E- terras privadas geridas pelo município.

4. Instituto AOCP - 2018 - Perito (ITEP RN)/Criminal/Ciências Biólogicas.

As Unidades de Conservação (UC) são espaços territoriais, instituídos legalmente pelo Poder Público, com
objetivos de conservação.

Para a criação, implantação e gestão de uma UC, o que é necessário?

A- Determinações como: categoria de manejo, objetivos e limites, e o órgão responsável pela sua
administração.

B- Consulta popular para a criação de estações ecológicas e reservas biológicas.

C- Retirar a população tradicional local, no caso de Reservas Extrativistas ou de Desenvolvimento


Sustentável.

D- Que o Sistema Nacional de Unidades de Conservação seja o responsável pela elaboração dos estudos
técnicos preliminares.

E- Impedir qualquer tipo de exploração de produtos, subprodutos ou serviços inerentes às UC.

5. Instituto AOCP - 2018 - Perito (ITEP RN)/Criminal/Ciências Biólogicas.

O uso da água para a produção de commodities de exportação para o mercado global contribui
significativamente para mudanças dos recursos hídricos em países exportadores.

Ao comprar produtos agrícolas importados do Brasil, os consumidores mundiais contribuem para:

A- a manutenção dos recursos hídricos dos países exportadores.

B- a mineração de aquíferos e esvaziamento de rios dos países exportadores.

C- a economia de água nos países exportadores.

D- desincentivar a produção de commodities em locais com déficit hídrico.

E- o equilíbrio do ciclo da água nos países exportadores.

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Gabarito

1. Alternativa: C.
2. Alternativa: A.
3. Alternativa: C.
4. Alternativa: A.
5. Alternativa: B.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(“Bioma Amazônia - Portal Embrapa”, [s.d.])
Bioma Amazônia - Portal Embrapa. Disponível em: <https://www.embrapa.br/contando-ciencia/bioma-
amazonia>. Acesso em: 12 out. 2022.

(“Bioma Amazônico”, 2020)


Bioma Amazônico. Disponível em: <https://www.ibflorestas.org.br/bioma-
amazonico?utm_source=google-
ads&utm_medium=cpc&utm_campaign=biomas&keyword=bioma%20amazonia&creative=320397374306
&gclid=Cj0KCQjwy5maBhDdARIsAMxrkw3QrGMKFGO6Uav-
A5hdYkjvth4xHbHvgFg03AdWsLjn0s16Fm_A7cgaAqlEEALw_wcB>. Acesso em: 10 out. 2022.

(“Bioma Caatinga”, 2020)


Bioma Caatinga. Disponível em: <https://www.ibflorestas.org.br/bioma-caatinga>. Acesso em: 10 out.
2022.

(“Camada de ozônio: para que serve e o que prejudica”, 2007)


Camada de ozônio: para que serve e o que prejudica. 20 abr. 2007. Acesso em: 10 out. 2022

(DOS SANTOS, 2020)


DOS SANTOS, H. S. Pampa. Disponível em: <https://www.biologianet.com/ecologia/pampa.htm>. Acesso
em: 10 out. 2022.

(LIMA-RIBEIRO, 2008)
LIMA-RIBEIRO, M. DE S. Efeitos de borda sobre a vegetação e estruturação populacional em fragmentos de
Cerradão no Sudoeste Goiano, Brasil. Acta botanica Brasilica, v. 22, n. 2, p. 535–545, 2008.

(SANTIAGO, [s.d.])
SANTIAGO, E. Biomas, Domínios e Ecossistemas. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/geografia/biomas-dominios-e-ecossistemas/>. Acesso em: 12 out. 2022.

([s.d.])
Disponível em:
<http://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.sema.rs.gov.br/upload/arquivos/201708/251322
57-cores-e-formas-no-bioma-pampa-gramineas-ornamentais-compressed.pdf>. Acesso em: 10 out. 2022a.

([s.d.])
Disponível em:
<http://file:///C:/Users/User/Desktop/Quadro%20comparativo%20biomas%20do%20Brasil.pdf>. Acesso
em: 13 out. 2022b.

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