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A P R E N D A S O B R E A

A T U A Ç Ã O D A B I O L O G I A
BIOLOGIA SINTÉTICA NA S I N T É T I C A N A
P R O D U Ç Ã O D E

PRODUÇÃO DE FÁRMACO S M O L É C U L A S V O L T A D A S
P A R A I N D Ú S T R I A
F A R M A C O L Ó G I C A !
MINISTRANTES

LARISSA BRUSSA REIS


(brussareis@gmail.com)
Redes sociais @laribrussa (twitter e instagram)

TÉCNICA EM BIOTECNOLOGIA IFRS


BIOTECNOLOGISTA UFPEL
MESTRE EM CIÊNCIAS MÉDICAS UFRGS
DOUTORANDA EM GENÉTICA E
BIOLOGIA MOLECULAR UFRGS
VOLUNTÁRIA BIOBANCO COVID-19 HCPA
COLABORADORA REDE ANÁLISE COVID-19
MÓDULO 1
O QUE É A BIOLOGIA
SINTÉTICA
O primeiro uso do termo "biologia sintética" foi com
a publicação do artigo Théorie physico-chimique de
la vie et générations spontanées (1910)em 1912 na
revista La Biologie Synthétique

Um notável avanço na área ocorreu nos anos 2000


com a publicação de dois artigos
na Nature por Elowitz e Leibler discutindo a
criação circuitos biológicos sintéticos
em Escherichia coli.

A investigação em biologia sintética tem apenas dez anos. O


primeiro departamento de Biologia sintética foi criado em
2003 numa grande instituição de investigação dos Estados
Unidos da América – o Laboratório Nacional Lawrence
Berkeley

HAIMOVICH et al., 2015


BIOLOGIA SINTÉTICA PERMITIRÁ A
CONCEPÇÃO DE SISTEMAS BIOLÓGICOS DE
FORMA RACIONAL E SISTÊMICA

• A Biologia Sintética tem por objetivos desenhar e construir novas rotas


metabólicas e organismos artificiais, redesenhar sistemas naturais existentes
para maximizar e direcionar o seu funcionamento, considerando objetivos
bem definidos e a sua aplicação nas mais diferentes áreas ;
• Dessa maneira, o organismo redesenhado poderá produzir moléculas
completamente novas, não encontradas na natureza, visando interesses
específicos. Ainda mais promissoras são as tentativas de produção de seres
vivos completamente novos ou máquinas biológicas sintéticas contendo
apenas as informações indispensáveis para o seu funcionamento;
• Esta perspectiva de engenharia pode ser aplicada em todos os níveis
hierárquicos das estruturas biológicas (moléculas individuais, células inteiras,
tecidos e organismos).

CARR, 2015; ROQUET; LU, 2014


• Com o advento da biotecnologia moderna e suas técnicas, os cientistas aprenderam a
decifrar e manipular o código genético. Atualmente é possível adicionar informação
genética associada com características úteis de um organismo em outro;
• Isso constitui a base da engenharia genética, permitindo aos pesquisadores acelerar o
processo de desenvolvimento de novas gerações de plantas, animais e
microrganismos;
• Alguns cientistas vêem a biologia sintética como a melhor aposta para enfrentar alguns
dos maiores problemas do mundo – como a crescente demanda por alimentos e
energia. Mas a perspectiva de possíveis contratempos, para não mencionar as
preocupações de começar a mexer com a vida, certamente também está presente.

D E S E N H A R S E R E S V I V O S Q U E R E S P O N D A M A
N E C E S S I D A D E S E S P E C Í F I C A S E D E S E J O S D O H O M E M
ESSA É A ESSÊNCIA DA BIOLOGIA
SINTÉTICA
https://universoracionalista.org/como-os-cientistas-estao-criando-vida-sintetica-a-partir-do-zero/
Engenharia
genética

Engenharia
Bioinformática
metabólica

Biofísica
Biologia Genômica
Sintética

Biologia de Biologia
sistemas evolutiva

Biologia
estrutural

SARPESHKAR, 2015; SERRANO; VANCOMPERNOLLE, 2005


A BIOLOGIA
SINTÉTICA
PROCURA
ENTENDER A
CÉLULA
COMO UM
CIRCUITO
ELETRÔNICO
• Em princípio, as aplicações da Biologia Sintética têm se mostrado mais eficiente em
três áreas:

a construção de
a síntese dos produtos
a construção de sistemas biológicos
de química fina e
biomoléculas artificiais inteligentes que
granel, incluindo os
e biomateriais respondem ao
biocombustíveis
ambiente circundante
ABORDAGENS
EM BIOLOGIA
SINTÉTICA
GENOMA MÍNIMO

• Aqui a intenção é definir o número mínimo de informação genética necessária para a


sobrevivência de um organismo. A maioria da investigação tem sido desenvolvida em
bactérias em que os genes são progressivamente eliminados, revelando assim os que
são essenciais à vida e os que não são;
• Os primeiros resultados apontam para a necessidade de um mínimo de 500–800
genes, mas um trabalho mais recente sugere que este número mínimo possa ser da
ordem de 300–400. Usando este conhecimento, torna-se possível desenhar e construir
fábricas celulares cujo resultado dependerá dos genes que forem adicionados ao
conjunto mínimo exclusivamente necessário para garantir a vida do organismo.
BIO-SISTEMAS ORTOGONAIS
• A informação genética necessária ao funcionamento de todos os organismos vivos é
armazenada de forma codificada na sequência de DNA. Os investigadores estão
investigando diferentes possibilidades de modificar o sistema de molde para esse
DNA, para que ele tenha instruções para produzir tipos de proteínas não conhecidas
na natureza. Ainda mais radical é a ideia de sintetizar e utilizar alternativas ao DNA
para produzir um novo tipo de material genético;
• Tal molécula alternativa deverá apresentar propriedades comparáveis às do DNA –
armazenamento de informação, capacidade de auto-replicação. etc - e deverá ser
capaz de funcionar de maneira semelhante. Os seres vivos, baseados numa alternativa
deste tipo, devem ser incapazes de interagir com formas de vida convencionais
(baseadas no DNA). Assim sendo, poderão ter potenciais benefícios de segurança.
E N G E N H A R I A M E TA B Ó L I C A
• Criação de novas vias metabólicas de síntese para produzir compostos de interesse
que os organismos vivos não produzem naturalmente. Um exemplo frequentemente
relatado é o da utilização de leveduras modificadas ou da bactéria Escherichia coli
para produzir ácido artemisinico;
• A artemisinina produzida pelas leveduras pode ter, de acordo com as estimativas, uma
redução no preço de cerca de 90%. Outros exemplos de engenharia metabólica
incluem: a produção, pela levedura Saccharomyces cerevisiae, do composto
antitumoral taxol, a criação de um precursor da seda usando a bactéria Salmonella
typhimurium; e a produção de bio-combustíveis por leveduras de segunda–geração.
CIRCUITOS REGULADORES

• A atividade natural das células é controlada por circuitos de genes análogos aos
circuitos eletrônicos. Assim, uma outra abordagem para fazer com que as células
produzam novos produtos, reside na criação de novos circuitos internos capazes
de alterar o seu padrão de atividade;
• Utilizando os bem conhecidos componentes genéticos que atuam como relógios
moleculares, será possível inventar redes artificiais de genes. Estas redes, quando
reunidas e introduzidas em sistemas naturais, podem ser usadas no controle de
como e quão frequentemente funcionam tais sistemas. Introduzida em células
apropriadas, uma rede artificial pode ser utilizada para detectar e corrigir
perturbações metabólicas como as que ocorrem na diabetes, por exemplo.
PROTOCÉLULAS
• Os mais dramáticos esforços dos cientistas trabalhando com Biologia Sintética concentram-se na
produção de células capazes de se auto-agregarem, autorregenerarem e se reproduzirem;
• Muitos obstáculos terão de ser ultrapassados antes que este objetivo seja atingido (CHEN et al., 2007).
Estudos recentes em Drosophila têm mostrado que circuitos sintéticos podem alterar o desenvolvimento
e o ciclo de vida de organismos multicelulares de maneira controlada;
• Chen et al. (2007) sintetizaram um elemento genético chamado “Medea” (Maternal-effect dominant
embryonic arrest), capaz de se multiplicar através de uma população de células (CHEN et al., 2007). Esse
elemento expressa um microRNA (miRNA) materno que bloqueia a expressão de uma proteína essencial
para o desenvolvimento embrionário. Esse elemento também expressa um “antídoto” para este miRNA
tóxico, que consiste de uma segunda cópia do gene que possui uma deleção do sítio de ligação do
miRNA;
• Fêmeas Medea positivas sempre expressam os miRNA maternos tóxicos. Dessa forma, Medea seleciona
para a sua própria sobrevivência induzindo um efeito materno letal para todos os indivíduos da
progênie que não herdarem o cromossomo, materno ou paterno, portador do elemento letal.
ALGUMAS APLICAÇÕES
Microrganismos A produção de A detecção de

AGRICULTURA
MEDICINA
ENERGIA

AMBIENTE

INDÚSTRIA QUÍMICA
A produção de Novos
desenhados medicamentos, poluentes e a compostos a aditivos
especificamente vacinas e sua degradação granel de química
para produzir agentes de ou remoção do alimentares
fina, incluindo
hidrogénio e diagnóstico e a ambiente proteínas, capazes
outros produção de de constituir uma
combustíveis ou novos tecidos alternativa às fibras
capazes de fazer
naturais ou às
fotossíntese
fibras sintéticas
artificial
existentes

Quais das aplicações provocarão primeiro um impacto no mercado é uma questão especulativa,
embora muitos comentadores prevejam que os biocombustíveis estejam na linha da frente.
A biologia sintética pode acelerar o desenvolvimento da “segunda geração” de biocombustíveis,
obtidos a partir de lixos da agricultura e de resíduos vegetais, evitando a competição com as plantas
cultivadas para fins alimentares.

https://easac.eu/fileadmin/Reports/Easac_11_SB-Lay-Portuguese_web.pdf
CRIAÇÃO BACTÉRIA ARTIFICIAL
• Em 2010, pesquisadores do Instituto J. Craig Venter, após 15 anos de investigações,
anunciaram que pegaram unidades básicas de DNA de bactéria (Mycoplasma
mycoides), modificou algumas estruturas e o introduziu em uma espécie diferente
(Mycoplasma capricolum) – a bactéria conseguiu sobreviver e se reproduzir por conta
própria;
• O genoma modificado incluiu alguns genes deletados e novas sequências que agiram
como marcadores para garantir que o genoma obtido que estava sendo expresso não
era natural. Os marcadores incluíam os nomes dos autores principais do projeto, um
endereço de website que permite contatar o Instituto, e três citações;
• Essa é a primeira forma de vida que consegue viver e executar funções com um DNA
sintético;
• Esse trabalho não criou bactérias úteis para algum propósito, mas foi uma importante
prova de principio de que uma célula pode sobreviver com DNA produzido em
laboratório.
ALGUMAS APLICAÇÕES
• Outro feito importante realizado por um grupo de pesquisadores do Instituto de
Sistemas Genéticos do Centro Médico Langone, da Universidade de Nova York, foi o de
produzir um cromossomo artificial de levedura.;
• Desta vez, foram necessários sete anos de trabalho de uma equipe internacional de
cientistas para construir esse genoma e reunir 273.871 pares de bases de DNA de
levedura (ANNALURU et al., 2014).
• O cromossomo da levedura sofreu milhares de modificações em sua sequência de DNA
antes de ser integrado às células de Sacharomices cerevisae. Esta levedura
“engenheirada”, apesar de se comportar de maneira normal, possui novas propriedades
que a levedura natural não tinha.;
• Após o sucesso desta pesquisa será possível desenvolver variedades sintéticas da
levedura capazes de fabricar medicamentos raros, ou certas vacinas ou biocombustíveis
mais eficientes;
• Esses estudos realizados em leveduras representaram os maiores avanços científicos
para possibilitar a construção de genomas sintéticos completos de organismos
eucariotos.
MÓDULO 2
MÓDULO 4

L A B O R AT Ó R I O S
VIRTUAIS:
1) SIMULAÇÃO DE TERAPIA GÊNICA
2) FAR MACOLOGI A DO CÂNCER : FOR NECER
RECOMENDAÇÕES EM UM PROJETO
M U LT I M I L I O N Á R I O
▪ https://universoracionalista.org/como-os-cientistas-estao-criando-vida-sintetica-a-partir-do-zero/
▪ https://easac.eu/fileadmin/Reports/Easac_11_SB-Lay-Portuguese_web.pdf
▪ https://www.youtube.com/watch?v=99zBbrHYraE
▪ https://revistapesquisa.fapesp.br/a-biologia-sint%C3%A9tica-e-a-bioenergia/
▪ https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/149705/1/doc-196.pdf
▪ https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_sint%C3%A9tica
▪ https://planetabiologia.com/o-que-e-biologia-sintetica-resumo/
▪ https://www.infoescola.com/biologia/biologia-sintetica-uma-possivel-revolucao-da-biotecnologia/
▪ https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-753X2020000100324&script=sci_arttext&tlng=pt
▪ https://super.abril.com.br/ciencia/os-riscos-da-biologia-sintetica/
▪ http://rbp.fmrp.usp.br/graduacao/disciplinas/biologia-sintetica-e-biotecnologia-2/
▪ https://archive.bio.org/articles/synthetic-biology-explained
▪ https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fbioe.2019.00175/full
▪ https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fbioe.2019.00175/full
▪ https://academic.oup.com/synbio
▪ https://ebrc.org/what-is-synbio/

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