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“INDIVÍDUOS CONFLITANTES

Enquanto te obstinas em remoer as razões que levam alguém a te perseguir e injuriar, desperdiças
o tempo que poderia ser melhor empregado.

Não conseguirás alcançar o motivo. Na verdade, nenhum motivo justifica a perseguição, a queixa,
a calúnia e a inimizade.

Os que te perseguem sequer se dão conta da ação nociva a que se entregam, pois são almas
enfermas, vitimadas pela inveja, ciúme e ressentimentos, que acumulam na alma e que vicejam
através dos pensamentos fixados no suposto inimigo.

São criaturas de mente viciada, sem controle sobre os impulsos negativos que as alimentam e
consomem.

Ao mesmo tempo, encontram-se dominadas pelo desejo, consciente ou não, de destruir aquele a
quem elegeu como antagonista.

Alegram-se em divulgar e difundir o mal do qual se acham vítimas e buscam adeptos e


simpatizantes de sua causa ignóbil.

A estas almas aturdidas faltam maturidade e sentido ético, de maneira que não conseguem
desvincular-se das ocorrências que geraram a mágoa e deixam-se tomar por sentimentos
molestos de revide, vingança e outros.

Normalmente, o desafeto de hoje foi o amigo de ontem em quem confiaste e que hoje usa a
confiança que nele depositaste para melhor alcançar seu desiderato infeliz.

Seja qual for o contexto em que tais casos se apresentem, as criaturas com eles relacionadas são
sempre dignas de compaixão.

Os que se encontram à frente de trabalhos de magna importância, em qualquer âmbito, são


freqüentemente vitimados pelos petardos mentais negativos dos que se acham à sua sombra.

Tuas indagações ecoam em direção ao alto, na prece aflita do teu coração:

“O que fazer?

Como neutralizar tais emissões mentais?”.

Não existem fórmulas que possam dar resultados milagrosos, mas existem técnicas que, aplicadas
corretamente, contribuem para evitar maiores danos.

Evita, o quanto possível, sintonizar com a contenda, principalmente a de ordem mental.

A contenda consume energia, desvitaliza e enfraquece.

Não revides, sequer pelo pensamento, as agressões sutis ou declaradas que te cheguem ao
conhecimento.

Age com nobreza e dignidade, recolhendo-te mentalmente, refletindo sobre os teus atos,
aproveitando a oportunidade difícil para o aprendizado saneador.

Nestas condições, em qualquer instância em que sejas vitimado, quer sejas inocente ou não,
poderás extrair grande proveito da experiência dolorosa.

Se és inocente, perdoa; não te vincules ao agressor.

Se és culpado, aproveita o ensejo da corrigenda, perdoando aquele que expõe a tua falta.

Em nenhum momento temas o mal.

Procura apenas ser mais vigilante e cuidadoso, vibrando na faixa da tolerância e do perdão.

Perdoarás, buscando compreender que aquele que se faz teu inimigo encontra-se envolvido por
paixões soezes, merecendo a tua compaixão.

Perdoarás sem alimentar a animosidade que te inquieta os dias.

Perdoarás conservando a calma, a paciência e o autocontrole.

Contudo, evita o desgaste da convivência com quem te odeia e não esqueças de agradecer a Deus
o fato de não seres tu o adversário.

Imuniza-te pelo silêncio, pela oração e pelo perdão, enquanto te distancias da agressão infeliz.“

Amélia.

(Mensagem recebida em reunião mediúnica do Lar Espírita Chico Xavier, no dia 19/02/001, pelo
médium Vera Cohim.Texto revisado pelo Prof. Humberto Vasconcelos da Fraternidade Espírita
Francisco Peixoto Lins - Peixotinho.)

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