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MODELO DE TERMO DE REFERÊNCIA – LEI 14.

133/21
SERVIÇO COMUM DE ENGENHARIA – CONTRATAÇÃO DIRETA
Processo Administrativo n. (...)

ORIENTAÇÕES PARA USO DO MODELO – LEITURA OBRIGATÓRIA


1. O presente modelo de Termo de Referência procura fornecer um ponto de partida para a
definição do objeto e condições da contratação. Este é o documento que mais terá
variação de conteúdo, de acordo com as peculiaridades da demanda da
Administração e do objeto a ser contratado. Assim, não se deve prender ao texto
apresentado, mas sim trabalhá-lo à luz dos pontos fundamentais da contratação, sempre de
forma clara e objetiva.
2. Este modelo se aplica exclusivamente às contratações de serviços de engenharia
classificáveis como comuns, nos termos da definição constante da alínea “a” do
inciso XXI do art. 6º da lei 14.133/2021.
3. Utilizaremos a locução “termo de referência” para designar o documento jurídico-
administrativo previsto no art. 6º, XXIII, da Lei nº 14.133/2021, que contém as informações
necessárias, fornecidas pela Administração Pública, para delimitar o objeto contratado, sem,
entretanto, trazer especificações técnicas cuja preparação é privativa de determinados
profissionais, como engenheiros, arquitetos e técnicos industriais. Quanto a esses aspectos,
o documento a ser apresentado, se for o caso, será um projeto básico, previsto no art. 6º,
XXV, da Lei, que, quando necessário, deverá ser anexo a este Termo de Referência.
4. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), Registro de Responsabilidade Técnica ou
Termo de Responsabilidade Técnica: A elaboração do Projeto Básico relativo a serviço de
engenharia, arquitetura ou de técnica industrial exige a emissão de ART, RRT ou TRT,
conforme Resolução CONFEA nº 361/1991, Resolução CAU nº 91/2014 e Resolução CFT nº
101/2020, respectivamente, independentemente de o profissional pertencer aos quadros da
Administração Pública ou ser contratado por esta. Por outro lado, a elaboração do Termo de
Referência não exige a emissão de tal documento, conforme exposto no tópico precedente.
Já a elaboração das planilhas orçamentárias também exige a emissão da ART, conforme art.
10 do Decreto nº 7.983, de 2013, aplicável às dispensas da Lei nº 14.133/2021 consoante
Instrução Normativa Seges/ME nº 72/2021. Embora o Decreto mencione apenas a ART,
entendemos que a interpretação extensiva é cabível nesse contexto, para abarcar também o
RRT e o TRT, conforme as planilhas forem elaboradas por arquiteto ou por técnico industrial.
5. A redação em preto consiste no que se espera ser invariável. Ela até pode sofrer
modificações a depender do caso concreto, mas não são disposições feitas para variar. Por
essa razão, quaisquer modificações nas partes em preto, sem marcação de itálico,
devem necessariamente ser justificadas nos autos, sem prejuízo de eventual consulta ao
órgão de assessoramento jurídico respectivo, a depender da matéria.
6. Os itens deste modelo destacados em vermelho itálico devem ser preenchidos ou
adotados pelo órgão ou entidade pública contratante segundo critérios de
oportunidade e conveniência, de acordo com as peculiaridades do objeto e cuidando-se
para que sejam reproduzidas as mesmas definições nos demais instrumentos da
contratação (minuta de Termo de Contrato), para que não conflitem. São previsões feitas
para variarem. Eventuais justificativas podem ser exigidas a depender do caso.
7. Alguns itens receberam notas explicativas, destacadas para compreensão do agente
ou setor responsável pela elaboração do Termo de Referência, que deverão ser
devidamente suprimidas ao se finalizar o documento na versão original.

Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta


Atualização: Junho/2022
8. Quaisquer sugestões de alteração poderão ser encaminhadas ao e-mail:
cgu.modeloscontratacao@agu.gov.br
9. Recomenda-se indicar no processo a versão (mês e ano) utilizada para elaboração da
minuta, em especial ao encaminhar o feito para análise jurídica. Tal informação consta no
rodapé do documento. Essa indicação pode ocorrer expressamente no despacho de
encaminhamento ou mantendo-se o rodapé na minuta encaminhada, conforme o caso. É um
dado importante já que indica qual o parâmetro a ser utilizado em eventual checagem.

1. DAS CONDIÇÕES GERAIS DA CONTRATAÇÃO (art. 6º, XXIII, “a” e “i” da Lei n.
14.133/2021).
1.1. Contratação de..........................................................., nos termos da tabela abaixo, conforme
condições e exigências estabelecidas neste instrumento.

ITEM ESPECIFICAÇÃO CATSER UNIDADE QUANTIDADE VALOR


DE UNITÁRIO
MEDIDA
1
2
3
...

Tabela: A tabela acima é meramente ilustrativa, podendo ser livremente alterada conforme o caso
concreto.
Parcelamento: A justificativa para o parcelamento ou não do objeto deve constar do Estudo Técnico
Preliminar (art. 18, §1º, VIII, da Lei nº 14.133/2021). Os serviços, como regra, devem atender ao
parcelamento quando for tecnicamente viável e economicamente vantajoso (art. 47, inciso II, da Lei
nº 14.133/2021).
O Parcelamento usualmente não é ponto verificado em contratações diretas, já que estas não são
feitas em regime competitivo. No entanto, no caso de se tratar de dispensa de pequeno valor feita
pelo sistema de dispensa eletrônica ou qualquer outro caso de dispensa submetida a algum regime
competitivo, a análise sobre o parcelamento deverá ocorrer nos moldes acima.
Building Information Modelling – BIM: O Decreto nº 10.306/2020 trata da utilização do Building
Information Modelling (BIM) na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia
realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal, conforme Estratégia BIM
BR, instituída pelo Decreto nº 9.983, de 22 de agosto de 2019. Building Information
Modelling - BIM ou Modelagem da Informação da Construção corresponde ao “conjunto de
tecnologias e processos integrados que permite a criação, a utilização e a atualização de modelos
digitais de uma construção, de modo colaborativo, que sirva a todos os participantes do
empreendimento, em qualquer etapa do ciclo de vida da construção” (art. 3º, inciso II, do Decreto nº
10.306/2020).
De acordo com o artigo 2º do referido Decreto, alguns Ministérios, Secretarias e Autarquias foram
desde logo vinculados à ação de disseminação do BIM. Desse modo, se for o caso, deverá a
Administração efetuar o planejamento da contratação com base nas diretrizes estabelecidas no
Decreto nº 10.306/2020, em especial por conta da previsão do artigo 19, §3º, da Lei nº 14.133/2021,
que estabelece que, nas licitações de obras e serviços de engenharia e arquitetura, sempre que
adequada ao objeto da licitação, será preferencialmente adotada a Modelagem da Informação da
Construção (Building Information Modelling - BIM) ou tecnologias e processos integrados similares ou
mais avançados que venham a substituí-la.

Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta


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1.2. O prazo de vigência da contratação é de .............................. contados do(a) .............................,
na forma do artigo 105 da Lei n° 14.133/2021.
OU

O prazo de vigência da contratação é de .............................. (máximo de 5 anos) contados


do(a) ............................., prorrogável por até 10 anos, na forma dos artigos 106 e 107 da Lei n°
14.133/2021.

Nota Explicativa: Indicar o prazo inicial da contratação, que deverá ser de no máximo 5 (cinco)
anos.

1.2.1 O serviço é enquadrado como continuado tendo em vista que [...], sendo a vigência
plurianual mais vantajosa, considerando [...] OU o Estudo Técnico Preliminar OU os
termos da Nota Técnica .../...;

OU

O prazo de vigência da contratação é de ..............................(máximo de um ano da ocorrência


da emergência ou calamidade) contados do(a) ............................., improrrogável, na forma do
art. 75, VIII da Lei n° 14.133/2021.

Enquadramento da Contratação para fins de vigência: Há três tipos de contratação para


fornecimento de serviços, no que tange à vigência:
a) Há prestação não-contínua quando se trata de um serviço sem que haja uma demanda de
caráter permanente. Uma vez finalizado, resolve-se a necessidade que deu azo ao contrato. Estes se
fundamentam no art. 105 da Lei nº 14.133, de 2021, e, no momento da contratação e a cada
exercício financeiro, estabelecem a necessidade de disponibilidade de créditos orçamentários, bem
como a previsão no plano plurianual, quando ultrapassar 1 (um) exercício financeiro.
b) Há prestação contínua quando o serviço é uma necessidade permanente. É o caso, por exemplo,
de serviços limpeza e segurança essenciais para o funcionamento do órgão público. Nessas
situações, findo o contrato, haverá sua substituição por um novo e assim, sucessivamente, pois a
necessidade em si é permanente. Contratações dessa natureza são atendidas pelo art. 106 da Lei nº
14.133, de 2021.
c) Por fim, caso se trate de contratação emergencial, a vigência é regida pelo art. 75, VIII, da Lei nº
14.133, de 2021, estando limitada a um ano da emergência e não sendo passível de prorrogação.
Incumbe à área que elabora o Termo de Referência enquadrar a contratação como não-contínua ou
contínua (ou emergencial, se for o caso). Reputando-a contínua, deve apor a justificativa para tal
enquadramento, conforme orientações no item específico abaixo.
Prazo de Vigência e Empenho - art. 105 da Lei nº 14.133, de 2021 – Serviço Não-Contínuo: Em
caso de serviço não contínuo, o prazo de vigência deve ser o suficiente para a finalização do objeto e
adoção das providências previstas no contrato, sendo a contratação limitada pelos respectivos
créditos orçamentários.
Uma contratação que não tenha previsão no Plano Plurianual deve ter a sua integralidade
empenhada antes ou de modo concomitante à celebração, conforme Lei nº 4.320/64 e Decreto nº
93.872/86 e a partir de tal empenho ter a vigência necessária prevista, utilizando-se de restos a
pagar, se for o caso (art. 30, §2º, do Decreto nº 93.872/86).
Já a contratação prevista no Plano Plurianual pode ter empenhos em anos distintos, considerando a
despesa de cada exercício, apenas quanto ao período abrangido pelo PPA.
Prazo de Vigência – arts. 106 e 107 da Lei nº 14.133, de 2021 – Serviço Contínuo: A definição de
serviço contínuo consta no art. 6º, XV, da lei, sendo os serviços contratados para a manutenção da
atividade administrativa, decorrentes de necessidades permanentes ou prolongadas. A utilização do
Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta
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prazo de vigência plurianual no caso de serviço contínuo é condicionada ao ateste de maior
vantagem econômica, a ser feita pela autoridade competente no processo respectivo, conforme art.
106, I, da Lei nº 14.133/21.
De acordo com o artigo 107 da Lei nº 14.133/2021, é possível que contratos de serviço contínuo
sejam prorrogados por até 10 anos, desde que haja previsão no aviso de dispensa (ou, na ausência
deste, no próprio contrato) e que a autoridade competente ateste que as condições e os preços
permanecem vantajosos para a Administração, permitida a negociação com o contratado ou a
extinção contratual sem ônus para qualquer das partes.
Prazo de Vigência – art. 75, VIII, da Lei nº 14.133, de 2021 – Dispensa Emergencial:
Independentemente de ser fornecimento de natureza contínua ou não, a dispensa emergencial ou por
calamidade baseada no art. 75, VIII, é limitada a um ano, sem a possibilidade de prorrogação.
Inobstante possa-se arguir seja possível contratar em prazo menor e prorrogar até o limite de um
ano, recomenda-se, por cautela, face a redação literal, já firmar o contrato por um prazo estimado,
considerando a inviabilidade de prorrogação.
Atentar, por fim, para a vedação de recontratação de empresa já contratada com base no disposto
neste inciso e para a necessidade de se adotarem as providências necessárias para a conclusão do
processo licitatório, sem prejuízo de apuração de responsabilidade dos agentes públicos que deram
causa à situação emergencial, conforme previsão legal.

Vigência X Valores para fins de Dispensa de pequeno valor: Atentar para o disposto no art. 75,
§1º, da Lei nº 14.133, de 2021, segundo o qual serão observados para os fins de aferição dos valores
para a dispensa do art. 75, I e II, o “somatório do que for despendido no exercício financeiro pela
respectiva unidade gestora”. Desse modo, o referencial temporal passa a ser o gasto efetivo no
período anual.
Deve-se observar o quanto foi efetivamente dispendido no exercício financeiro com objetos na
mesma natureza (75, §1º, II) pela Unidade Gestora e então somar com o que se espera gastar,
efetivamente, com o contrato. Tal soma, em tese e na prática, não pode ultrapassar o limite de
dispensa para que seja possível o seu uso. Tal cálculo permite, por exemplo, contratos de cinco anos
com valor total muito maior do que o limite para dispensa, desde que o dispêndio anual não o seja.

1.3. O custo estimado total da contratação é de R$... (por extenso).

Nota Explicativa 1: Pesquisa de Preços: A estimativa de preços deve ser precedida de regular
pesquisa, nos moldes do art. 23 da Lei nº 14.133/21, da Instrução Normativa SEGES/ME Nº 72, de
12 de agosto de 2021, e do Decreto nº 7.983, de 8 de abril de 2013. Para serviços comuns de
engenharia, a Instrução Normativa SEGES/ME nº 65/2021 não é aplicável.
Nota Explicativa 2: Serviços de Grande Vulto: No caso de serviço cujo valor estimado supere R$
216.081.640,00 (conforme art. 6º, XXII, da Lei nº 14.133/21, atualizado pelo Decreto nº 10.922/21),
será obrigatória a inclusão de disposição no Termo de Referência indicando os termos da Matriz de
Risco a ser aposta no contrato.

Nota Explicativa 3: Inexequibilidade: Se houver procedimento de disputa na Dispensa Eletrônica,


lembrar que, segundo §4º do art. 59 da Lei nº 14.133/21, serão consideradas inexequíveis as
propostas cujos valores forem inferiores a 75% (setenta e cinco por cento) do valor orçado pela
Administração.

Nota Explicativa 4: Garantia adicional: Deverá ser exigida garantia adicional da Contratada se a
proposta for inferior a 85% (oitenta e cinco por cento) do valor orçado pela Administração, equivalente
à diferença entre este último e o valor da proposta, sem prejuízo das demais garantias exigíveis de
acordo a Lei.

Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta


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1.4. Ressalvado o objeto ou parte dele sujeito ao regime de empreitada por preço unitário, o critério
de aceitabilidade de preços será o valor global estimado para a contratação.
1.5. O proponente, ou, havendo dispensa eletrônica, aquele que estiver mais bem colocado na
disputa, deverá apresentar à Administração, por meio eletrônico, planilha que contenha o preço
global, os quantitativos e os preços unitários tidos como relevantes, conforme modelo de planilha
elaborada pela Administração, para efeito de avaliação de exequibilidade (art. 59, §3º, da Lei nº
14.133/2021);

Nota Explicativa: Se o regime não é de empreitada por preço unitário, não cabe desclassificação em
razão de custos unitários superiores aos orçados pela Administração, por força do art. 56, §5º, da Lei
nº 14.133/2021. Por essa razão, essa planilha, neste momento, servirá apenas para aferir a
exequibilidade da proposta e não eventual sobrepreço de preços unitários. Embora isso possa
representar um risco em relação a um futuro jogo de planilhas pelo contratado, os artigos 127 e
principalmente 128 impedem que os preços unitários maiores sejam usados como parâmetro de
futuros aditivos.

1.6. Para o objeto ou parte dele sujeito ao regime de empreitada por preço unitário o critério de
aceitabilidade de preços será: (...)

Nota Explicativa: Se o regime é o de empreitada por preço unitário, cabe desclassificação em razão
de custos unitários superiores aos orçados pela Administração, conforme art. 59, §3º, da Lei nº
14.133/2021, que expressamente se refere ao critério de aceitabilidade de preços unitário e global a
ser fixado no edital, bem como pela definição de sobrepreço do art. 6º, LVI, que expressamente
estabelece que esse pode ocorrer em relação ao preço unitário nesse regime. Assim, em princípio, é
cabível estabelecer um critério próprio, conforme as peculiaridades do caso, que pode envolver os
custos tidos como relevantes, eventual margem em relação ao preço de referência etc..

2. FUNDAMENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DA NECESSIDADE DA CONTRATAÇÃO (art. 6º, inciso


XXIII, alínea ‘b’ da Lei n. 14.133/2021).
2.1. A fundamentação da contratação e seus quantitativos encontra-se pormenorizada em tópico
específico dos Estudos Técnicos Preliminares, apêndice deste Termo de Referência.
Nota Explicativa: De acordo com o artigo 6º, inciso XXIII, alínea ‘c’, da Lei nº 14.133/2021, a
fundamentação da contratação é realizada mediante “referência aos estudos técnicos preliminares
correspondentes ou, quando não for possível divulgar esses estudos, no extrato das partes que não
contiverem informações sigilosas”.

3. DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO COMO UM TODO CONSIDERADO O CICLO DE VIDA DO


OBJETO (art. 6º, inciso XXIII, alínea ‘c’, da Lei n. 14.133/2021).
3.1 A descrição da solução como um todo encontra-se pormenorizada em tópico específico dos
Estudos Técnicos Preliminares, apêndice deste Termo de Referência.
Nota Explicativa 1: O artigo 18, §1º, da Lei n. 14.133/2021: § 1º O estudo técnico preliminar a que se
refere o inciso I do caput deste artigo deverá evidenciar o problema a ser resolvido e a sua melhor
solução, de modo a permitir a avaliação da viabilidade técnica e econômica da contratação, e conterá
os seguintes elementos: (...)VII - descrição da solução como um todo, inclusive das exigências
relacionadas à manutenção e à assistência técnica, quando for o caso;
Caso haja a necessidade de modificação da descrição em relação à originalmente feita nos estudos
técnicos preliminares, recomenda-se ajustar a redação acima.
Nota Explicativa 2: O objeto deve ser descrito de forma detalhada, com todas as especificações
necessárias e suficientes para garantir a qualidade da contratação, cuidando-se para que não sejam
admitidas, previstas ou incluídas condições impertinentes ou irrelevantes para o específico objeto do
contrato. Deve-se levar em consideração as normas técnicas eventualmente existentes, elaboradas
Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta
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pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, quanto a requisitos mínimos de qualidade,
utilidade, resistência e segurança, nos termos da Lei n° 4.150, de 1962.
Nota Explicativa 3: O art. 6º, XXIII, “c”, da Lei nº 14.133/21 dispõe que a descrição da solução como
um todo deve considerar todo o ciclo de vida do objeto. “Ciclo de Vida” é definido no art. 3º da Lei nº
12.305/10 como sendo “série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de
matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final”. Desse modo, a
descrição da solução deve considerar não só suas características intrínsecas ao uso em si, mas
também eventual sustentabilidade de sua produção, duração de seu consumo (se é menos ou mais
durável) até a destinação final. Reitere-se: se a descrição contida no ETP não contiver esse ponto,
deve ser complementada neste documento. A preocupação com o ciclo de vida é mais comum para
bens, porém, não se afasta, em princípio, analisar eventual cabimento desse aspecto no
planejamento do serviço, principalmente em serviços de engenharia que envolvam fornecimento de
bens e materiais.
Nota Explicativa 4: O art. 47, I, da Lei nº 14.133/2021 estabelece que deve ser feita “a padronização,
considerada a compatibilidade de especificações estéticas, técnicas ou de desempenho”. A Portaria
SEGES/ME nº 938/2022 instituiu o catálogo eletrônico de padronização, o qual deverá ser consultado
para verificar se a contratação almejada está contemplada em seus termos. Em existindo
padronização aprovada, ela deve ser considerada e eventual não-uso justificado nos autos.
Nota Explicativa 5: Em havendo elementos de sustentabilidade (fornecimento em material reciclável
ou com madeira de reflorestamento, cuidados com resíduos sólidos – Lei nº 14.133/2021, art. 45, I -,
ou condicionantes e compensação ambiental etc.) inerentes ao objeto contratual, estes devem estar
na solução como um todo de modo específico e concreto, evitando-se descrições genéricas, de difícil
aferição e controle. Recomenda-se destacar em tópicos específicos da descrição do objeto seus
elementos atinentes a aspectos de sustentabilidade. Sugere-se consultar o Guia Nacional de
Contratações Sustentáveis da AGU para tal fim. Caso o Estudo Técnico Preliminar seja silente ou
insuficiente a esse respeito, recomenda-se abrir tópico específico nesta seção sobre a matéria.
Vale registrar que a sustentabilidade pode incidir a partir de características do próprio objeto a ser
contratado como também de outros modos, compilados no tópico “requisitos da contratação”, abaixo.

4. REQUISITOS DA CONTRATAÇÃO (art. 6º, XXIII, alínea ‘d’ da Lei nº 14.133/21)

Nota Explicativa: Alguns requisitos de contratação tratados na lei foram abordados nesta cláusula
do Termo de Referência. Isso não impede que outros requisitos de contratação, de caráter técnico,
sejam inseridos pela área competente. Registre-se, apenas, que a documentação de habilitação
técnica é objeto de cláusula específica (item 8. FORMA E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DO
FORNECEDOR) de modo que sua inclusão neste tópico seria redundante.

4.1 Além dos critérios de sustentabilidade eventualmente inseridos na descrição do objeto, devem
ser atendidos os seguintes requisitos, que se baseiam no Guia Nacional de Contratações
Sustentáveis:
4.1.1 [...]
4.1.2 [...]
Nota explicativa 1: Por meio do Parecer n. 00001/2021/CNS/CGU/AGU, aprovado nos termos do
DESPACHO n. 00525/2021/GAB/CGU/AGU (NUP: 00688.000723/2019-45), foi consolidado pela
Consultoria-Geral da União o entendimento no sentido de que a “administração pública é obrigada a
adotar critérios e práticas de sustentabilidade socioambiental e de acessibilidade nas contratações
públicas, nas fases de planejamento, seleção de fornecedor, execução contratual, fiscalização e na
gestão dos resíduos sólidos.”
Atentamos, em síntese, para que a sustentabilidade seja considerada pelo gestor público: a) na fase
de planejamento da contratação, b) na elaboração das minutas, com consulta ao Guia, c) na fase de

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execução contratual e d) na adequada destinação ambiental dos resíduos decorrentes dos serviços
prestados, levando em conta as diretrizes estabelecidas pela Lei 12.305/2010 - Política Nacional de
Resíduos Sólidos. Ainda que não constante do termo de referência, destaque-se que as contratações
mediante pregão eletrônico deverão estar alinhadas com o Plano de Gestão e Logística Sustentável
do órgão.
Nota Explicativa 2: A impossibilidade de adoção de critérios e práticas de sustentabilidade nas
contratações públicas deverá ser justificada pelo gestor competente nos autos do processo
administrativo, com a indicação das pertinentes razões de fato e/ou direito, conforme o Parecer n.
00001/2021/CNS/CGU/AGU. Se houver justificativa nos autos para a não-adoção de critérios de
sustentabilidade (e apenas nesse caso), deverá haver a supressão dos dispositivos específicos
acima.
Nota explicativa 3: Aos agentes da Administração Pública federal encarregados de realizar
contratações públicas, recomenda-se que, no exercício de suas atribuições funcionais, consultem o
Guia Nacional de Contratações Sustentáveis da Advocacia-Geral da União, disponibilizado pela
Consultoria-Geral da União e no site da AGU.
Nota Explicativa 4: De acordo com o Guia Nacional de Contratações Sustentáveis da AGU, a
inclusão de critérios de sustentabilidade deve ser feita de modo claro e objetivo. Deve-se evitar a
transcrição literal e automática das previsões legais ou normativas, sem efetuar o exame da
incidência real e efetiva delas na contratação em apreço.
Assim, uma vez exigido qualquer requisito ambiental na especificação do objeto e/ou edital, e/ou
contrato, deve ser prevista a forma objetiva de comprovação. É preciso saber quais critérios de
sustentabilidade devem ser incluídos nas peças editalícias, como fazer essas exigências e de que
forma as pretendidas contratadas devem comprovar o cumprimento desses critérios de
sustentabilidade exigidos pela Administração. A depender da complexidade das exigências
pertinentes à sustentabilidade da contratação, pode ser interessante adaptar as rotinas de
fiscalização, inclusive com a contratação de consultoria específica para o trato da matéria.
Nota explicativa 5: Nas contratações, deve ser dada prioridade para produtos reciclados e
recicláveis e para bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de
consumo sustentáveis (artigo 7º, XI, da Lei n. 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos).
Deve-se observar, também, a regulamentação a ser editada à luz da nova legislação.
Nota explicativa 6: Recomenda-se, igualmente, consulta ao CATSER – Catálogo de Serviços
disponibilizado pela Secretaria de Gestão do Ministério da Economia, selecionando-se os serviços
inclusive sob o critério da sustentabilidade.

4.2 Não será admitida a subcontratação do objeto contratual.


Nota Explicativa: É vedada a subcontratação completa ou da parcela principal da obrigação.
Ademais, é vedada qualquer subcontratação ou a atuação de profissionais distintos daqueles que
tenham justificado a inexigibilidade de licitação para contratação direta dos serviços técnicos
especializados de natureza predominantemente intelectual, nos casos previstos no art. 74, III, da Lei
nº 14.133/21.

OU

4.2 . É permitida a subcontratação parcial do objeto, até o limite de ......%(..... por cento) do valor total
do contrato, nas seguintes condições:
4.2.1 . É vedada a subcontratação parcela principal da obrigação, a qual consiste em: [...] (indicar
qual é)
Nota Explicativa: A subcontratação parcial é permitida e deverá ser analisada pela Administração
com base nas informações dos estudos preliminares, em cada caso concreto. Caso admitida, o
Termo de Referência deve estabelecer com detalhamento seus limites e condições, inclusive
especificando quais parcelas do objeto poderão ser subcontratadas.

Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta


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4.2.2 . A subcontratação depende de autorização prévia da Contratante, a quem incumbe avaliar
se a subcontratada cumpre os requisitos de qualificação técnica necessários para a
execução do objeto.
4.2.3 . Em qualquer hipótese de subcontratação, permanece a responsabilidade integral da
Contratada pela perfeita execução contratual, cabendo-lhe realizar a supervisão e
coordenação das atividades da subcontratada, bem como responder perante a Contratante
pelo rigoroso cumprimento das obrigações contratuais correspondentes ao objeto da
subcontratação.
Nota Explicativa: Em havendo a necessidade de inclusão de outras especificações técnicas quanto
à subcontratação, deverão ser inseridas no tópico acima.

4.3 Não haverá exigência da garantia da contratação dos arts. 96 e seguintes da Lei nº 14.133/21,
pelas razões abaixo justificadas:
OU

4.3 Será exigida a garantia da contratação de que tratam os arts. 96 e seguintes da Lei nº 14.133/21,
no percentual de ...% do valor contratual, conforme regras previstas no contrato.
4.3.1 A garantia nas modalidades caução e fiança bancária deverá ser prestada em até XXXXXXX
dias após XXXXXX (autorização da dispensa OU notificação OU assinatura do contrato etc.).
4.3.2 No caso de seguro-garantia, a garantia deverá ser apresentada no máximo até a data de
assinatura do contrato.

Nota Explicativa: Neste momento, a área técnica competente deverá indicar se a contratação
utilizará a garantia de execução ou não. As regras específicas sobre garantia, pelo seu caráter
jurídico, estarão previstas no contrato e deverão ser nele inseridas caso haja indicação positiva no
Termo de Referência. Caso não haja uso de minuta contratual, recomenda-se copiar e colar aqui as
regras do contrato sobre esse assunto.

Nota explicativa: O percentual da garantia será de:


a) até 5% (cinco por cento) do valor inicial do contrato, para contratações em geral;
b) até 10% (dez por cento) do valor inicial do contrato, nos casos de alta complexidade técnica e
riscos envolvidos, caso em que deverá haver justificativa específica nos autos;
c) até 30% (trinta por cento) do valor inicial do contrato, na modalidade seguro-garantia, com cláusula
de retomada, nas contratações de obras e serviços de engenharia de grande vulto (acima de R$
216.081.640,00, cf. art. 6º, XXII, e 182, ambos da Lei nº 14.133 c/c Decreto nº 10.922, de 2021
[Nesse caso, o edital deverá observar os requisitos do art. 102 da Lei nº 14.133];
d) ser acrescido de garantia adicional aos percentuais citados anteriormente, em casos de previsão
de antecipação de pagamento, nos termos do art. 145, § 2º, da Lei nº 14.133.
e) ser acrescido do valor equivalente à diferença entre 85% do valor orçado pela Administração e o
valor da proposta vencedora, no caso de contratações de obras e serviços de engenharia, nos termos
do art. 59, § 5º, da lei nº 14.133, de 2021.

4.4 O Contratado deverá realizar a transição contratual com transferência de conhecimento,


tecnologia e técnicas empregadas, sem perda de informações, podendo exigir, inclusive, a
capacitação dos técnicos do contratante ou da nova empresa que continuará a execução dos
serviços.
.

Nota Explicativa: Insira abaixo, se for o caso, outros requisitos necessários para o atendimento da
demanda que gerou a contratação em tela.

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4.5 [...]

5. VISTORIA
5.1 . A avaliação prévia do local de execução dos serviços é imprescindível para o conhecimento
pleno das condições e peculiaridades do objeto a ser contratado, sendo assegurado ao
interessado o direito de realização de vistoria prévia, acompanhado por servidor designado
para esse fim, de segunda à sexta-feira, das ..... horas às ...... horas.
5.2 Serão disponibilizados data e horário diferentes aos interessados em realizar a vistoria
prévia.

Nota explicativa: Na linha do entendimento consolidado pelo TCU ainda sob o amparo da Lei nº
8.666, de 1993 (por exemplo, Acórdãos n° 2.150/2008, n° 1.599/2010, n° 2.266/2011, n° 2.776/2011,
n° 110/2012 e nº 170/2018, todos do Plenário), o art. 63, § 2º, da Lei nº 14.133, de 2021, assegura ao
fornecedor o direito de realizar vistoria prévia no local de execução do serviço sempre que o órgão ou
entidade contratante considerar essa avaliação imprescindível para o conhecimento pleno das
condições e peculiaridades do objeto a ser contratado. Ainda assim, segundo o texto legal, o
contratado poderá optar por não realizar a vistoria, caso em que terá de atestar o conhecimento pleno
das condições e peculiaridades da contratação, mediante declaração formal (art. 63, §3º).
Nesse contexto, uma vez facultada a realização da vistoria prévia no Termo de Referência, os
interessados terão três opções para cumprir o requisito de habilitação correspondente, conforme §§2º
e 3º do art. 63, da Lei nº 14.133, de 2021, a saber:
a) realizar a vistoria e atestar que conhece o local e as condições da realização da obra ou serviço;
b) atestar que conhece o local e as condições da realização da obra ou serviço;
c) declarar formalmente, por meio do respectivo responsável técnico, que possui conhecimento pleno
das condições e peculiaridades da contratação.
A hipótese “a” dispensa maiores comentários, a não ser o de que é o próprio fornecedor que atesta
conhecer o local e as condições, e não a Administração que tem o ônus de emitir o atestado de
vistoria, como se passa no âmbito da Lei nº 8.666, de 1993.
Já na hipótese “b”, o fornecedor não necessariamente realiza a vistoria facultada na licitação, mas, da
mesma forma, atesta que conhece o local da obra ou serviço, além das respectivas condições de
execução, pressupondo-se que já tenha comparecido anteriormente ao local para poder emitir a
declaração sem incorrer em falsidade ideológica. Isso pode ocorrer sobretudo quando se trata de
empresa que já prestou serviços no mesmo local ou já realizou vistoria em outra oportunidade.
Por fim, na hipótese “c”, não se declara que conhece o local, e sim as condições e peculiaridades da
contratação em sua plenitude. Por isso que, em contrapartida, a declaração deve ser firmada pelo
responsável técnico, que poderá chegar a esse conhecimento com base nas disposições do edital e
anexos, somada à sua experiência profissional, que lhe permite emitir a declaração sem conhecer o
local e sem incorrer em falsidade.
Contudo, caso não se verifique a exigência legal de que a empresa a ser contratada possua um
responsável técnico - assim considerado o profissional habilitado, na forma da lei, para conduzir,
orientar e se responsabilizar por todas as atividades e serviços a serem exercidos pela empresa -, a
declaração formal de que trata o § 3º do art. 63, da Lei n.º 14.133, de 2021, deverá ser firmada pelo
responsável legal da empresa ou por pessoa por ele indicada, que possua condições técnicas de se
responsabilizar pela execução dos serviços a serem contratados.
Recomenda-se que a previsão de vistoria seja adotada de forma motivada, já que aumenta os custos
transacionais dos interessados, devendo, sempre que possível, ser substituída pela apresentação de
fotografias, plantas, desenhos técnicos e congêneres relativos ao local de execução do serviço.

5.2.1 Para a vistoria, o representante legal da empresa ou responsável técnico deverá


estar devidamente identificado, apresentando documento de identidade civil e
documento expedido pela empresa comprovando sua habilitação para a realização
da vistoria.

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5.2.1.1 ... [incluir outras instruções sobre vistoria]
5.2.1.2 ... [incluir outras instruções sobre vistoria]

5.2.2 A não realização da vistoria não poderá embasar posteriores alegações de


desconhecimento das instalações, dúvidas ou esquecimentos de quaisquer detalhes
dos locais da prestação dos serviços, devendo o contratado assumir os ônus dos
serviços decorrentes.

6. MODELO DE EXECUÇÃO CONTRATUAL (arts. 6º, XXIII, alínea “e” da Lei nº 14.133/2021).

Nota explicativa: Este item deve ser adaptado de acordo com as necessidades específicas do órgão
ou entidade, apresentando-se, este modelo, de forma meramente exemplificativa. Ele deve abranger
a definição de como o contrato deverá produzir os resultados pretendidos desde o seu início até o
seu encerramento.

6.1 A execução do objeto seguirá a seguinte dinâmica:


6.1.1 Data para início da execução do objeto: ____/_____/____;
6.1.2 Descrição detalhada dos métodos, rotinas, etapas, tecnologias procedimentos,
frequência e periodicidade de execução do trabalho:
6.1.3 Local e horário da prestação de serviço: .................
6.1.4 Cronograma de realização dos serviços:
6.1.5 Etapa ... Período (sempre definir o começo e o término de cada etapa de modo a
ficar fácil a verificação do cumprimento do cronograma)
6.1.6 Etapa ... Período / a partir de / após concluído ...

Nota explicativa: Recomenda-se que seja inserida data de início e data de fim de cada etapa para
que fique clara a ocorrência de eventuais atrasos.

6.2 Especificações peculiares:


6.2.1 (...)
6.2.2 (...)

7. MATERIAIS A SEREM DISPONIBILIZADOS

7.1 Para a perfeita execução dos serviços, a Contratada deverá disponibilizar os materiais,
equipamentos, ferramentas e utensílios necessários, nas quantidades estimadas e
qualidades a seguir estabelecidas, promovendo sua substituição quando necessário:
7.1.1 .......;
7.1.2 .......;
7.1.3 ........

Nota explicativa: Este item só deverá constar no Termo de Referência caso os serviços englobem
também a disponibilização de material de consumo e de uso duradouro em favor da Administração,
devendo, nesse caso, ser fixada a previsão da estimativa de consumo e de padrões mínimos de
qualidade. O CATMAT disponibiliza especificações técnicas de materiais com menor impacto
ambiental (CATMAT Sustentável).

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8. INFORMAÇÕES RELEVANTES PARA O DIMENSIONAMENTO DA PROPOSTA
8.1 A demanda do órgão tem como base as seguintes características:
8.1.1 (...)
8.1.2 (...)
8.1.3 Etc

Nota explicativa: Vale lembrar que sem o conhecimento preciso das particularidades e das
necessidades do órgão, o contratado terá dificuldade para dimensionar perfeitamente sua proposta, o
que poderá acarretar sérios problemas futuros na execução contratual.

9. MODELO DE GESTÃO DO CONTRATO (art. 6º, XXIII, alínea “f” da Lei nº 14.133/21).

9.1. ROTINAS DE FISCALIZAÇÃO CONTRATUAL


8.1.4 O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas
avençadas e as normas da Lei nº 14.133, de 2021, e cada parte responderá pelas
consequências de sua inexecução total ou parcial (Lei nº 14.133/2021, art. 115, caput).
8.1.5 Em caso de impedimento, ordem de paralisação ou suspensão do contrato, o
cronograma de execução será prorrogado automaticamente pelo tempo correspondente,
anotadas tais circunstâncias mediante simples apostila (Lei nº 14.133/2021, art. 115,
§5º).
8.1.6 A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada pelo(s) fiscal(is) do
contrato, ou pelos respectivos substitutos (Lei nº 14.133/2021, art. 117, caput).

Nota explicativa: Os fiscais do contrato serão designados autoridade máxima do órgão ou da


entidade, ou a quem as normas de organização administrativa indicarem, na forma do art. 7º da Lei nº
14.133, de 2021, devendo a Administração instruir os autos com as publicações dos atos de
designação dos agentes públicos para o exercício dessas funções.
8.1.6.1 O fiscal do contrato anotará em registro próprio todas as ocorrências
relacionadas à execução do contrato, determinando o que for necessário para
a regularização das faltas ou dos defeitos observados (Lei nº 14.133/2021,
art. 117, §1º).
8.1.6.2 O fiscal do contrato informará a seus superiores, em tempo hábil para a
adoção das medidas convenientes, a situação que demandar decisão ou
providência que ultrapasse sua competência (Lei nº 14.133/2021, art. 117,
§2º).
8.1.7 O contratado deverá manter preposto aceito pela Administração no local da obra ou do
serviço para representá-lo na execução do contrato. (Lei nº 14.133/2021, art. 118).
8.1.7.1 A indicação ou a manutenção do preposto da empresa poderá ser recusada
pelo órgão ou entidade, desde que devidamente justificada, devendo a
empresa designar outro para o exercício da atividade (IN 5, art. 44, §1º), no
prazo indicado pelo fiscal.

Nota Explicativa: Nos termos do art. 44, §4º da IN 5/2017 (aplicável por força da IN SEGES/ME nº
75, de 2021), a depender da natureza dos serviços, poderá ser exigida a manutenção do preposto da
empresa no local da execução do objeto, bem como pode ser estabelecido sistema de escala
semanal ou mensal.

8.1.8 O contratado será obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, a suas
expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios,

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defeitos ou incorreções resultantes de sua execução ou de materiais nela empregados
(Lei nº 14.133/2021, art. 119).
8.1.9 O contratado será responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a
terceiros em razão da execução do contrato, e não excluirá nem reduzirá essa
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo contratante (Lei nº
14.133/2021, art. 120).
8.1.10 Somente o contratado será responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários,
fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato (Lei nº 14.133/2021, art. 121,
caput).
8.1.10.1 A inadimplência do contratado em relação aos encargos trabalhistas,
fiscais e comerciais não transferirá à Administração a responsabilidade pelo
seu pagamento e não poderá onerar o objeto do contrato (Lei nº 14.133/2021,
art. 121, §1º).
8.1.11 As comunicações entre o órgão ou entidade e a contratada devem ser realizadas por
escrito sempre que o ato exigir tal formalidade, admitindo-se, excepcionalmente, o uso
de mensagem eletrônica para esse fim (IN 5/2017, art. 44, §2º).
8.1.12 O órgão ou entidade poderá convocar representante da empresa para adoção de
providências que devam ser cumpridas de imediato (IN 5/2017, art. 44, §3º).
8.1.13 Após a assinatura do contrato ou instrumento equivalente, o órgão ou entidade
convocará o representante da empresa contratada para reunião inicial para
apresentação do plano de fiscalização, que conterá informações acerca das obrigações
contratuais, dos mecanismos de fiscalização, das estratégias para execução do objeto,
do plano complementar de execução da contratada, quando houver, do método de
aferição dos resultados e das sanções aplicáveis, dentre outros (IN 5/2017, art. 44, 31º).
8.1.14 Antes do pagamento da nota fiscal ou da fatura, deverá ser consultada a situação da
empresa junto ao SICAF.
8.1.15 Serão exigidos a Certidão Negativa de Débito (CND) relativa a Créditos Tributários
Federais e à Dívida Ativa da União, o Certificado de Regularidade do FGTS (CRF) e a
Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), caso esses documentos não estejam
regularizados no SICAF.
8.1.16 Além do disposto acima, a fiscalização contratual obedecerá às seguintes rotinas:
8.1.16.1 [...]

Nota Explicativa: Inserir o subitem acima se for o caso para inclusão de rotinas de fiscalização
específicas para atender às peculiaridades do objeto contratado.

9.2. DOS CRITÉRIOS DE AFERIÇÃO E MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO

Nota Explicativa 1: Nos contratos de obras e serviços de engenharia, sempre que compatível com o
regime de execução, a medição será mensal (art. 92, §5º, da Lei nº 14.133/21);
Nota Explicativa 2: Segundo a IN SEGES/ME nº 75/2021, pode ser utilizada a IN SEGES/MP nº
5/2017 quanto à gestão e fiscalização do contrato no que couber. O art. 39 da IN 5 inclui na gestão
contratual a “instrução processual e o encaminhamento da documentação pertinente” para
“pagamento”. Com base nesses normativos, entende-se que os critérios de aferição e medição para
indicação do valor adequado para o faturamento e posteriormente pagamento inclui-se no escopo da
IN 75/2021, pois são medidas inerentes à fiscalização do contrato e à instrução processual para
chegar ao valor a ser inserido na nota fiscal e, eventualmente, ser encaminhado para o setor
incumbido dos pagamentos.

9.2.1. A avaliação da execução do objeto utilizará o Instrumento de Medição de Resultado (IMR),


conforme previsto no Anexo XXX, OU outro instrumento substituto para aferição da qualidade
da prestação dos serviços OU o disposto neste item, devendo haver o redimensionamento no
pagamento com base nos indicadores estabelecidos, sempre que a CONTRATADA:

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a) não produzir os resultados, deixar de executar, ou não executar com a qualidade
mínima exigida as atividades contratadas; ou
b) deixar de utilizar materiais e recursos humanos exigidos para a execução do
serviço, ou utilizá-los com qualidade ou quantidade inferior à demandada.
9.2.2. A utilização do IMR não impede a aplicação concomitante de outros mecanismos para a
avaliação da prestação dos serviços.

Nota Explicativa 1: A execução dos contratos deve ser acompanhada por meio de instrumentos de
controle que permitam a mensuração de resultados e adequação do objeto prestado. Estes
instrumentos de controle, o Instrumento de Medição de Resultado (IMR) ou instrumento equivalente,
foram idealizados, inicialmente, para contratos de prestação de serviços como mecanismo de
monitoramento e mensuração da qualidade e pontualidade na prestação dos serviços e,
consequentemente, como forma de adequar os valores devidos como pagamento aos índices de
qualidade verificados. Contudo, para correta aplicação da regra insculpida acima, é necessário que o
órgão estabeleça quais são os critérios de avaliação e os devidos parâmetros, de forma a se obter
uma fórmula que permita quantificar o grau de satisfação na execução do objeto contratado, e,
consequentemente, o montante devido em pagamento. Sem o devido estabelecimento dos critérios e
parâmetros de avaliação dos itens previstos no artigo, a cláusula torna-se inexequível, absolutamente
destituída de efeitos. Consequentemente, para que seja possível efetuar a glosa, é necessário definir,
objetivamente, quais os parâmetros para mensuração do percentual do pagamento devido em razão
dos níveis esperados de qualidade da prestação do serviço.
Nota Explicativa 2: Caso o órgão não tenha elaborado o IMR, deverá suprimir os trechos em itálico
que fazem referência a ele.
Nota Explicativa 3: Embora o IMR normalmente preveja apenas descontos do pagamento, o art. 144
da Lei nº 14.133/2021 autoriza a remuneração variável vinculada ao desempenho do contratado.
Nesta situação, o órgão deverá avaliar a pertinência de se prever tal remuneração com base no
mencionado art. 144.
9.2.3. A aferição da execução contratual para fins de pagamento considerará os seguintes critérios:
9.2.3.1. ...
9.2.3.2. ....
9.2.3.3. ....

Nota Explicativa: O subitem 2.6, alínea “d” do Anexo V da Instrução Normativa nº 5/2017 trata de
critérios de medição e pagamento a serem considerados na formulação desse item, de modo que se
recomenda a leitura do referido normativo.
Questões a serem vistas são:
a) unidade de medida para faturamento e mensuração do resultado;
b) produtividade de referência ou critérios de qualidade para a execução contratual;
c) indicadores mínimos de desempenho para aceitação do serviço ou eventual glosa.
9.2.4. Nos termos do item 1, do Anexo VIII-A da Instrução Normativa SEGES/MP nº 05, de 2017,
será indicada a retenção ou glosa no pagamento, proporcional à irregularidade verificada,
sem prejuízo das sanções cabíveis, caso se constate que a Contratada:
9.2.4.1. não produziu os resultados acordados;
9.2.4.2. deixou de executar as atividades contratadas, ou não as executou com a qualidade mínima
exigida;
9.2.4.3. deixou de utilizar os materiais e recursos humanos exigidos para a execução do serviço, ou
utilizou-os com qualidade ou quantidade inferior à demandada.

Nota Explicativa: Para que seja possível efetuar a glosa, é necessário definir, objetivamente, no IMR
ou instrumento equivalente, quais os parâmetros para mensuração do percentual do pagamento
devido em razão dos níveis esperados de qualidade da prestação do serviço.
Nota Explicativa 2: Caso haja previsão de pagamento antecipado no contrato, será necessário
adaptar a presente seção, pois, em vez de haver glosa, será necessário que a Contratado devolva o
pagamento antecipado proporcional à parcela não executada, conforme previsão contratual.

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Nota Explicativa: Se o serviço envolver fornecimento de bens, incluir aqui as cláusulas pertinentes
do modelo de compras, lembrando que, para compras, deve haver recebimento provisório, de forma
sumária, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, com verificação posterior da
conformidade do material com as exigências contratuais; e recebimento definitivo, por servidor ou
comissão designada pela autoridade competente, mediante termo detalhado que comprove o
atendimento das exigências contratuais, conforme art. 140, II, da Lei nº 14.133/2021.

9.3. DO RECEBIMENTO

Nota Explicativa 1: Ao contrário da Lei nº 8.666/93, a Lei nº 14.133/21 não trouxe prazo máximo de
recebimento provisório, de modo que possível a previsão de qualquer prazo julgado oportuno. Dito
isso, o prazo de pagamento é disposição de grande importância para o futuro contratado e um
período muito alargado pode tornar a contratação desinteressante por ser muito onerosa
financeiramente. Desse modo, recomenda-se que o prazo seja dimensionado para que corresponda
ao período razoável à checagem necessária, sem que traga um ônus excessivo que venha a afastar
potenciais interessados.

Nota Explicativa 2: Recomenda-se incluir um evento que sirva de termo inicial para os trâmites de
recebimento, faturamento e pagamento. Ele dependerá da natureza do contrato (se continuado ou
por escopo) e da existência ou não de parcelas. Pode ser a mera finalização de um mês, a emissão
de um relatório de ordens de serviço cumpridas no mês, a entrega de uma parcela específica etc.
Com a ocorrência desse evento, inicia a contagem do prazo do recebimento provisório. Se houver a
necessidade de o contratado apresentar documentação para esse fim, é necessário que isso fique
especificado. Neste momento não há que se falar em apresentação da Nota Fiscal, a luz do que
dispõe o art. 50, II, “c” da IN 5/2017, aplicável em razão da IN 75/2021.

9.3.1. Ao final de cada etapa da execução contratual, conforme previsto no Cronograma Físico-
Financeiro, o Contratado apresentará a medição prévia dos serviços executados no período,
por meio de planilha e memória de cálculo detalhada.
9.3.2. Uma etapa será considerada efetivamente concluída quando os serviços previstos para
aquela etapa, no Cronograma Físico-Financeiro, estiverem executados em sua totalidade.
9.3.3. O contratado também apresentará, a cada medição, os documentos comprobatórios da
procedência legal dos produtos e subprodutos florestais utilizados naquela etapa da
execução contratual, quando for o caso.

Nota explicativa: O art. 40 da Instrução Normativa SEGES/MP nº 5/2017 estabelece os tipos


de fiscalização possíveis de serem utilizadas nas contratações públicas. Cabe à área
demandante estabelecer, de acordo com as características e a complexidade do objeto a ser
contratado, quais tipos de fiscais e quais procedimentos de fiscalização e gestão contratual
serão utilizados em cada caso.

9.3.4. Os serviços serão recebidos provisoriamente, mediante termo detalhado, no prazo de .....(.....)
dias, contado do [...](inserir evento que faça iniciar prazo de contagem conforme nota
explicativa abaixo), pelo(a) responsável pelo acompanhamento e fiscalização do contrato,
mediante termo detalhado, quando verificado o cumprimento das exigências de caráter
técnico.
9.3.4.1. O contratante realizará inspeção minuciosa de todos os serviços executados, por
meio de profissionais técnicos competentes, acompanhados dos profissionais
encarregados pelo serviço, com a finalidade de verificar a adequação dos serviços e
constatar e relacionar os arremates, retoques e revisões finais que se fizerem
necessários.
9.3.4.1.1. Para efeito de recebimento provisório, ao final de cada etapa e após a
apresentação da medição prévia pelo Contratado, o fiscal técnico do
contrato irá apurar o resultado das avaliações da execução do objeto e,
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se for o caso, a análise do desempenho e qualidade da prestação dos
serviços realizados em consonância com os indicadores previstos, que
poderá resultar no redimensionamento de valores a serem pagos à
contratada, registrando em relatório a ser encaminhado ao gestor do
contrato.
9.3.4.1.2. Em caso de rejeição, o fiscal fixará prazo para que a irregularidade seja
sanada, às custas do contratado, sem prejuízo da aplicação de
penalidades cabíveis.
9.3.4.1.3. Nesse caso, cabe à fiscalização não atestar a última e/ou única medição
de serviços até que sejam sanadas todas as eventuais pendências que
possam vir a ser apontadas no Recebimento Provisório

Nota Explicativa: Nas contratações de serviços, cada vício, defeito ou incorreção verificada
pelo fiscal do contrato reveste-se de peculiar característica. Por isso que, diante da natureza do
objeto contratado, é impróprio determinar prazo único para as correções devidas, devendo o
fiscal do contrato avaliar o caso concreto, para o fim de fixar prazo para as correções.
Nota Explicativa 2: Vide acórdão do TCU aplicável também aos serviços de engenharia: 9.1.4.
abstenham-se de realizar o recebimento provisório de obras com pendências a serem
solucionadas pela construtora, uma vez que o instituto do recebimento provisório, previsto no
art. 73, inc. I, da Lei nº 8.666/93, não legitima a entrega provisória de uma obra inconclusa, mas
visa resguardar a Administração no caso de aparecimento de vícios ocultos, surgidos após o
recebimento provisório; (Acórdão nº 853/2013 – Plenário)

9.3.4.1.4.
O recebimento provisório também ficará sujeito, quando cabível, à
conclusão de todos os testes de campo e à entrega dos Manuais e
Instruções exigíveis.
9.3.4.1.5. A aprovação da medição prévia apresentada pelo contratado não o
exime de qualquer das responsabilidades contratuais, nem implica
aceitação definitiva dos serviços executados.
9.3.4.1.6. O Contratado fica obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou
substituir, às suas expensas, no todo ou em parte, o objeto em que se
verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou
materiais empregados, cabendo à fiscalização não atestar a última e/ou
única medição de serviços até que sejam sanadas todas as eventuais
pendências que possam vir a ser apontadas no Recebimento Provisório.
9.3.4.1.7. O recebimento provisório também ficará sujeito, quando cabível, à
conclusão de todos os testes de campo e à entrega dos Manuais e
Instruções exigíveis.
9.3.4.2. No prazo supracitado para o recebimento provisório, cada fiscal ou a equipe de
fiscalização deverá elaborar Relatório Circunstanciado em consonância com suas
atribuições, e encaminhá-lo ao gestor do contrato.
9.3.4.2.1. Quando a fiscalização for exercida por um único servidor, o relatório
circunstanciado deverá conter o registro, a análise e a conclusão acerca
das ocorrências na execução do contrato, em relação à fiscalização
técnica e administrativa e demais documentos que julgar necessários,
devendo encaminhá-los ao gestor do contrato para recebimento
definitivo.
9.3.5. Os serviços poderão ser rejeitados, no todo ou em parte, quando em desacordo com as
especificações constantes neste Termo de Referência e na proposta, devendo ser
corrigidos/refeitos/substituídos no prazo de .... (...) dias, a contar da notificação da contratada,
às suas custas, sem prejuízo da aplicação das penalidades.
9.3.6. Os serviços serão recebidos definitivamente no prazo de ......(.....) dias, contados do
recebimento provisório, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente,

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após a verificação da qualidade e quantidade do serviço e consequente aceitação mediante
termo detalhado, obedecendo as seguintes diretrizes:

Nota Explicativa: Assim como ocorre com o prazo de recebimento provisório, a Lei nº 14.133/21 não
trouxe prazo máximo de recebimento definitivo, de modo que possível a previsão de qualquer prazo
julgado oportuno. Nesse ponto, reitere-se: recomenda-se que o prazo seja dimensionado para que
corresponda ao período razoável à checagem necessária, sem que traga um ônus excessivo que
venha a afastar potenciais interessados.

9.3.6.1. Realizar a análise dos relatórios e de toda a documentação apresentada pela


fiscalização e, caso haja irregularidades que impeçam a liquidação e o pagamento da
despesa, indicar as cláusulas contratuais pertinentes, solicitando à CONTRATADA,
por escrito, as respectivas correções;
9.3.6.2. Emitir Termo Circunstanciado para efeito de recebimento definitivo dos serviços
prestados, com base nos relatórios e documentações apresentadas; e
9.3.6.3. Comunicar a empresa para que emita a Nota Fiscal ou Fatura, com o valor exato
dimensionado pela fiscalização, com base no Instrumento de Medição de Resultado
(IMR), ou instrumento substituto.

Nota Explicativa: Caso exista algum instrumento para medição dos resultados, deve ser
especificado.
9.3.7. O recebimento provisório ou definitivo não excluirá a responsabilidade civil pela solidez e pela
segurança do serviço nem a responsabilidade ético-profissional pela perfeita execução do
contrato.

Nota Explicativa: Nos termos do art. 140, §4º, da Lei 14.133/21, salvo disposição em contrário
constante do edital ou de ato normativo, os ensaios, os testes e as demais provas para aferição da
boa execução do objeto do contrato exigidos por normas técnicas oficiais correrão por conta do
contratado.

10. ESPECIFICAÇÃO DA GARANTIA CONTRATUAL EXIGIDA E DAS CONDIÇÕES DE


MANUTENÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA (art. 18, III, da Lei n. 14.133/2021)

Nota explicativa: Fica a critério da Administração exigir - ou não - a garantia contratual dos serviços,
complementar à garantia legal, mediante a devida fundamentação, a ser exposta neste item do
Termo de Referência. Não a exigindo, deverá suprimir o item. Sugere-se a redação abaixo para os
serviços:

10.1. O prazo de garantia contratual dos serviços, complementar à garantia legal e independente
da garantia de execução contratual, será de, no mínimo, ___ (____) meses, contado a partir do
primeiro dia útil subsequente à data do recebimento definitivo do objeto.
10.1.1. Caso o prazo da garantia oferecida pelo fabricante seja inferior ao estabelecido nesta
cláusula, o Contratado deverá complementar a garantia do bem ofertado pelo período
restante.

Nota Explicativa: É comum que alguns serviços envolvam o fornecimento de bens, insumos e
materiais. Se for o caso, pode ser conveniente exigir garantia desses itens. Para tanto, sugere-se a
redação abaixo. A exigência de garantia, bem como o prazo previsto devem ser justificados nos
autos.

10.2. O prazo de garantia contratual dos bens, complementar à garantia legal, é de, no mínimo, __
(____) meses, ou pelo prazo fornecido pelo fabricante, se superior, contado a partir do primeiro
dia útil subsequente à data do recebimento definitivo do objeto.

Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta


Atualização: Junho/2022
Nota Explicativa: A exigência de garantia, bem como o prazo previsto devem ser justificados nos
autos.

10.2.1. A garantia será prestada com vistas a manter os equipamentos fornecidos em


perfeitas condições de uso, sem qualquer ônus ou custo adicional para o Contratante.
10.2.2. A garantia abrange a realização da manutenção corretiva dos bens pela própria
Contratada, ou, se for o caso, por meio de assistência técnica autorizada, de acordo com
as normas técnicas específicas.
10.2.3. Entende-se por manutenção corretiva aquela destinada a corrigir os defeitos
apresentados pelos bens, compreendendo a substituição de peças, a realização de
ajustes, reparos e correções necessárias.
10.2.4. As peças que apresentarem vício ou defeito no período de vigência da garantia
deverão ser substituídas por outras novas, de primeiro uso, e originais, que apresentem
padrões de qualidade e desempenho iguais ou superiores aos das peças utilizadas na
fabricação do equipamento.
10.2.5. Uma vez notificada, o Contratado realizará a reparação ou substituição dos bens que
apresentarem vício ou defeito no prazo de até ___ (_____) dias úteis, contados a partir
da data de retirada do equipamento das dependências da Administração pelo Contratado
ou pela assistência técnica autorizada.
10.2.6. O prazo indicado no subitem anterior, durante seu transcurso, poderá ser prorrogado
uma única vez, por igual período, mediante solicitação escrita e justificada do Contratado,
aceita pelo Contratante.
10.2.7. Na hipótese do subitem acima, o Contratado deverá disponibilizar equipamento
equivalente, de especificação igual ou superior ao anteriormente fornecido, para
utilização em caráter provisório pelo Contratante, de modo a garantir a continuidade dos
trabalhos administrativos durante a execução dos reparos.
10.2.8. Decorrido o prazo para reparos e substituições sem o atendimento da solicitação do
Contratante ou a apresentação de justificativas pelo Contratado, fica o Contratante
autorizado a contratar empresa diversa para executar os reparos, ajustes ou a
substituição do bem ou de seus componentes, bem como a exigir do Contratado o
reembolso pelos custos respectivos, sem que tal fato acarrete a perda da garantia dos
equipamentos.
10.2.9. O custo referente ao transporte dos equipamentos cobertos pela garantia será de
responsabilidade do Contratado.
10.2.10. A garantia legal ou contratual do objeto tem prazo de vigência próprio e desvinculado
daquele fixado no contrato, permitindo eventual aplicação de penalidades em caso de
descumprimento de alguma de suas condições, mesmo depois de expirada a vigência
contratual.
Nota Explicativa: Desde que fundamentado em estudo técnico preliminar, a Administração poderá
exigir que os serviços de manutenção e assistência técnica sejam prestados mediante deslocamento
de técnico ou disponibilizados em unidade de prestação de serviços localizada em distância
compatível com suas necessidades. (Art. 40, §4º, Lei nº 14.133/2021).
Nota Explicativa: A Administração deverá optar por apenas uma das sugestões de redação
descritas neste item do Termo de Referência, relativas à forma e aos critérios de seleção do
fornecedor, quais sejam: 1) a primeira opção, adiante, caso se trate de contratação direta, por
dispensa de licitação, realizada no âmbito do Sistema de Dispensa Eletrônica estabelecido na
Instrução Normativa SEGES/ME nº 67, de 8 de julho de 2021; OU, ALTERNATIVAMENTE, 2) a
segunda opção, caso se trate de contratação direta, por dispensa ou inexigibilidade de licitação,
realizadas sem a utilização do mencionado Sistema de Dispensa Eletrônica.

Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta


Atualização: Junho/2022
11. FORMA E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DO FORNECEDOR MEDIANTE O USO DO SISTEMA DE
DISPENSA ELETRÔNICA (art. 6º, inciso XXIII, alínea ‘h’, da Lei n. 14.133/2021).

Nota Explicativa: Segundo o art. 75, § 3º, da Lei n.º 14.133/2021, as contratações diretas de
pequeno valor, por dispensa de licitação (art. 75, incisos I e II), devem ser “preferencialmente
precedidas de divulgação de aviso em sítio eletrônico oficial, pelo prazo mínimo de 3 (três) dias úteis,
com a especificação do objeto pretendido e com a manifestação de interesse da Administração em
obter propostas adicionais de eventuais interessados, devendo ser selecionada a proposta mais
vantajosa”.

Regulamentando a matéria, a Instrução Normativa SEGES/ME nº 67, de 8 de julho de 2021, instituiu


o Sistema de Dispensa Eletrônica, no âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e
fundacional. Em seu art. 4º, a referida Instrução Normativa prevê que os órgãos e entidades
adotarão a dispensa de licitação, na forma eletrônica, nas seguintes hipóteses:

i) contratação de obras e serviços de engenharia ou de serviços de manutenção de veículos


automotores, no limite do disposto no inciso I do caput do art. 75 da Lei nº 14.133, de 2021;
ii) contratação de bens e serviços, no limite do disposto no inciso II do caput do art. 75 da Lei nº
14.133, de 2021;
iii) contratação de obras, bens e serviços, incluídos os serviços de engenharia, nos termos do
disposto no inciso III e seguintes do caput do art. 75 da Lei nº 14.133, de 2021, quando cabível; e
iv) registro de preços para a contratação de bens e serviços por mais de um órgão ou entidade, nos
termos do § 6º do art. 82 da Lei nº 14.133, de 2021.

Do cotejo entre as normas, verifica-se que, muito embora a Lei n.º 14.133/2021 estabeleça ser
apenas preferencial a utilização da dispensa eletrônica no caso das contratações diretas de
pequeno valor (art. 75, incisos I e II), a normatização trazida pela IN SEGES/ME n.º 67/2021 tornou
obrigatória, no âmbito da Administração Federal direta, autárquica e fundacional, a utilização do
Sistema de Dispensa Eletrônica para aquelas mesmas hipóteses. Desse modo, pode-se dizer que,
em se tratando de contratações diretas, por dispensa de licitação, de pequeno valor, a regra é a de
que sejam precedidas de procedimento concorrencial realizado no Sistema de Dispensa Eletrônica. A
não utilização desse procedimento, portanto, demanda a apresentação das justificativas cabíveis por
parte do gestor.

De igual sorte, em relação às demais hipóteses de dispensa de licitação estabelecidas no inciso III e
seguintes do art. 75 da Lei n.º 14.133/2021, estabelece a IN SEGES/ME n.º 67/2021 que o
procedimento de dispensa eletrônica será adotado “quando cabível”, de modo que a área competente
deverá avaliar a pertinência do uso de tal ferramenta considerando a sua demanda.

Por fim, dispõe a IN SEGES/ME 67/2021 que também será obrigatória a adoção da dispensa
eletrônica no caso de registro de preços para a contratação de bens e serviços por mais de um órgão
ou entidade, nos termos do § 6º do art. 82 da Lei nº 14.133/2021, devendo ser observada,
oportunamente, a regulamentação sobre o assunto, ainda pendente de edição pelo Poder Executivo
Federal.
11.1. O fornecedor será selecionado por meio da realização de procedimento de dispensa de
licitação, na forma eletrônica, com fundamento na hipótese do art. 75, inciso ......... da Lei n.º
14.133/2021 (indicar um dos incisos do art. 75, da Lei n.º 14.133/2021, conforme o caso
concreto), que culminará com a seleção da proposta de ...............(menor preço por
grupo/item/global OU maior desconto).
11.2. As exigências de habilitação jurídica, fiscal, social e trabalhista são as usuais para a
generalidade dos objetos, conforme disciplinado no Anexo I do Aviso de Contratação Direta.
11.3. Os critérios de habilitação econômico-financeira a serem atendidos pelo fornecedor estão
previstos no Anexo I do Aviso de Contratação Direta.
11.4. Os critérios de habilitação técnica a serem atendidos pelo fornecedor serão:

Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta


Atualização: Junho/2022
Nota Explicativa 1: Em se tratando de Contratação Direta em que a contratada é escolhida
diretamente, a inclusão de requisitos de habilitação técnica no Termo de Referência é facultativa, por
entender-se que a própria escolha já se incumbirá de eliminar contratantes com capacidade técnica
insuficiente, de forma motivada no processo.

Entretanto, se a Administração for contratar por dispensa precedida de disputa ou se houver


requisitos legais a serem cumpridos, haverá a necessidade de previsão de requisitos de habilitação
técnica, razão pela qual mantêm-se as disposições pertinentes ao assunto abaixo.

Nota Explicativa 2: O art. 67 da Lei n.º 14.133/2021 prevê possíveis exigências de qualificação
técnico-profissional (inciso I), técnico-operacional (inciso II) e indicação de pessoal técnico - e
respectiva qualificação -, instalações e aparelhamento (inciso III) para as contratações.
No entanto, conforme §1º do mesmo art. 67, “[a] exigência de atestados será restrita às parcelas de
maior relevância ou valor significativo do objeto da contratação, assim consideradas as que tenham
valor individual igual ou superior a 4% (quatro por cento) do valor total estimado da contratação”.

Nota Explicativa 3: Além disso, o artigo 37, inciso XXI, da Constituição, estabelece que as
exigências de qualificação técnica e econômica devem ser feitas quando indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações. A Lei nº 14.133, de 2021, por sua vez, prevê que as exigências de
habilitação podem ser dispensadas, total ou parcialmente, nas contratações para entrega imediata,
nas contratações em valores inferiores a 1/4 (um quarto) do limite para dispensa de licitação para
compras em geral e nas contratações de produto para pesquisa e desenvolvimento até o valor de R$
324.122,46 (trezentos e vinte e quatro mil cento e vinte dois reais e quarenta e seis centavos),
conforme Decreto nº 10.922, de 30 de dezembro de 2021.
Assim, pode-se entender que o legislador restringiu o exercício da competência discricionária da
Administração às hipóteses acima, em que é preciso justificar as exigências de qualificação técnica e
econômica com base na sua indispensabilidade para a garantia do cumprimento das obrigações, por
força do dispositivo constitucional. Já nas demais hipóteses (licitações que não sejam para entrega
imediata, de valores superiores a ¼ do limite da dispensa e superiores a R$324.122,46, em relação
aos produtos para P&D) as exigências habilitatórias devem ser mantidas.

11.4.1. Apresentação do(s) profissional(is) abaixo indicado(s), devidamente registrado(s) no


conselho profissional competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por
execução de obra ou serviço de características semelhantes, também abaixo indicado(s):
11.4.1.1. Para o (Engenheiro Civil, Elétrico, Mecânico...): serviços de: (...)
11.4.1.2. Para o (Arquiteto e Urbanista...): serviços de (...)
11.4.1.3. Para o (Técnico Industrial...): serviços de (...)
11.4.1.4. etc (...)

11.4.2. O(s) profissional(is) indicado(s) na forma supra deverá(ão) participar da obra ou


serviço objeto do contrato, e será admitida a sua substituição por profissionais de
experiência equivalente ou superior, desde que aprovada pela Administração.
Nota Explicativa: Vale destacar que o §2º do art. 67 da Lei n.º 14.133/2021, ao fazer remissão
expressa ao caput e ao § 1º desse mesmo dispositivo, terminou por admitir a exigência de
quantitativos mínimos tanto em relação aos atestados de capacidade técnico-operacional quanto aos
atestados de capacidade técnico-profissional, ao contrário do que prevê o art. 30, § 1º, inciso I, da Lei
n.º 8.666/1993. Dessa forma, havendo a previsão de quantitativos mínimos como característica a
compor os atestados de capacidade técnico-profissional, tal exigência deverá observar o limite de até
50% da quantidade que se pretende efetivamente contratar, conforme art. 67, §2º, da Lei n.º
14.133/2021.

11.4.3. Comprovação de aptidão para a execução de obras ou serviços similares de


complexidade tecnológica e operacional equivalente ou superior, por meio da
apresentação de certidões ou atestados, regularmente emitidos pelo conselho
profissional competente.

Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta


Atualização: Junho/2022
11.4.3.1. Para fins da comprovação de que trata este subitem, os atestados
deverão dizer respeito a contratos executados com as seguintes
características mínimas:
i)...
ii)...
iii)...

Nota Explicativa: A essência da capacidade operacional é procurar identificar se a futura contratada


tem a infraestrutura empresarial e a capacidade de gestão de executar o serviço e, justamente por
esse contexto, podem ser feitas exigências de comprovação de anterior execução de quantitativos
mínimos (compatíveis com os serviços a serem contratados). Nesse contexto, é possível que essa
comprovação se dê pela somatória de atestados de serviços realizados concomitantemente, pois da
mesma forma revelam a capacidade operacional da empresa.

De qualquer forma, é absolutamente fundamental que a exigência seja totalmente objetiva, indicando
quantitativos precisos, para evitar dúvidas na hora da habilitação, que podem vir a comprometer o
objetivo do processo, de formalizar a contratação.

Conforme §2º do art. 67, “será admitida a exigência de atestados com quantidades mínimas de até
50% (cinquenta por cento) das parcelas de que trata o referido parágrafo, vedadas limitações de
tempo e de locais específicos relativas aos atestados”.

11.4.3.2. Será admitida, para fins de comprovação de quantitativo mínimo do


serviço, a apresentação de diferentes atestados de serviços executados
de forma concomitante

11.4.4. Prova de atendimento aos requisitos ........, previstos na lei ............:

Explicativa: Eventuais requisitos de qualificação técnica previstos em lei específica e que incidam
sobre a atividade, objeto da contratação, deverão ser indicados no item acima, com fundamento no
art. 67, inciso IV, da Lei nº 14.133/2021.

11.4.5. Registro ou inscrição da empresa contratada no conselho profissional competente.

Nota Explicativa 1: A Administração deverá definir os profissionais que serão necessários à


execução do objeto para, então, delimitar a necessidade de inscrição da contratada no conselho
profissional competente (ex., CREA, CAU ou CRT), podendo envolver mais de um em caso de
objeto que exija atuação de equipe multidisciplinar.
Nota Explicativa 2: Nesse ponto, destaca-se que a Lei n° 13.639, de 26 de março de 2018, criou o
Conselho Federal dos Técnicos Industriais – CFT e a Resolução CFT n° 101, de 4 de junho de 2020,
prescreve as atribuições desses profissionais. Assim, compete ao órgão ou entidade avaliar qual
profissional é o necessário e adequado ao objeto contratado e estabelecer a exigência pertinente. O
mais importante nessa avaliação é cuidar para não excluir profissionais que possuam competência
para executar o objeto, segundo as normas da respectiva categoria, porque isso representaria
restrição indevida à competitividade.

11.4.6. Os atestados de capacidade técnica poderão ser apresentados em nome da matriz


ou da filial do Contratado.

Nota Explicativa: Nesse sentido, o Parecer n. 00005/2021/CNMLC/CGU/AGU fixou que “se a filial
pode até mesmo executar uma contratação formalizada com a matriz, não restam motivos para
entender que os atestados de capacitação técnica emitidos em favor de uma não possam ser
aproveitados pela outra, haja vista serem ambas rigorosamente a mesma empresa.” Vale observar

Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta


Atualização: Junho/2022
que referido entendimento se inspirou na ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 66, DE 29 DE MAIO DE
2020.

11.4.7. O Contratado disponibilizará todas as informações necessárias à comprovação da


legitimidade dos atestados, apresentando, quando solicitado pelo Contratante, cópia do
contrato que deu suporte à contratação, endereço atual da empresa que a contratou e
local em que foi executado o objeto contratado, dentre outros documentos.
11.4.8. O fornecedor deverá apresentar, ainda, a relação de compromissos por ele
assumidos, conforme modelo constante do Anexo ....., que importem em diminuição da
disponibilidade do pessoal técnico apresentado para fins de qualificação técnico-
profissional.

Nota Explicativa: A previsão do subitem acima decorre do disposto no art. 69, § 8º, da Lei nº
14.133/2021. Trata-se da indicação das obrigações já assumidas pelo fornecedor e ainda pendentes
de cumprimento, as quais, além de contarem com a atuação dos profissionais indicados pelo
fornecedor perante a Administração para fins de sua capacitação técnico-profissional, poderão vir a
ser executadas no mesmo período em que os serviços a serem contratados pelo órgão ou entidade
pública. Essa exigência poderá ser adotada pela Administração mediante a apresentação das
devidas justificativas no processo de contratação, levando em conta o vulto da contratação e as
demais circunstâncias do caso concreto.
Nota explicativa: O art. 67, III, da Lei nº 14.133/2021 prevê a possibilidade de exigência de
indicação do pessoal técnico, das instalações e do aparelhamento adequados e disponíveis para a
realização do objeto da contratação, bem como da qualificação de cada membro da equipe técnica
que se responsabilizará pelos trabalhos.
Desta forma, caso haja algum equipamento ou material específico, importante para a execução, pode
ser feita a exigência de sua indicação prévia pela futura contratada. E para complementar tal
exigência, poderia ser prevista uma sanção específica, no tópico próprio, para a não disponibilização
desse item declarado.
Da mesma forma, caso haja pessoal técnico cuja atuação seja fundamental para a execução do
objeto, pode ser feita a exigência de sua indicação, acompanhada da respectiva qualificação.
Entretanto, nesse caso, pode haver certa redundância se também houver a exigência de
apresentação do profissional detentor de determinados certificados, com a diferença de que, no caso
da mera indicação, não se exige a comprovação mediante esses documentos emitidos pelo conselho
profissional competente. Assim, é uma opção que se coloca para a Administração que reduz os
custos transacionais para o futuro contratado e que também pode ser feita quando o pessoal técnico
específico não estiver submetido a conselho profissional algum, apesar de ser especializado.
De qualquer forma, caso a Administração repute necessária a indicação de determinado pessoal
técnico, aparelhamento ou material deverá especificar exatamente qual seja, inserindo previsão no
TR, conforme sugestão abaixo:
.
10.4.8. indicação do pessoal técnico, das instalações e do aparelhamento adequados e disponíveis
para a realização do objeto da contratação, bem como da qualificação de cada membro da equipe
técnica que se responsabilizará pelos trabalhos, a saber:
10.4.8.1 (...)
Nota Explicativa: Como indicado acima, utilize a redação abaixo para o item “Forma e Critérios de
Seleção do Fornecedor” no caso de Inexigibilidade de Licitação ou nas hipóteses de Dispensa de
Licitação que não venham a ser processadas mediante o uso do sistema de Dispensa Eletrônica, ou
seja, sem a publicação prévia de um aviso de contratação direta. Reitere-se: apenas uma das duas
redações para este tópico pode ser utilizada em cada termo de referência/projeto básico.

Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta


Atualização: Junho/2022
11. FORMA E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DO FORNECEDOR (art. 6º, inciso XXIII, alínea ‘h’, da
Lei nº 14.133/2021)

Nota Explicativa: Como visto, segundo a IN SEGES/ME n.º 67/2021, em regra, as contratações
diretas de pequeno valor, por dispensa de licitação, previstas nos incisos I e II do art. 75, da Lei n.º
14.133/2021, deverão ser realizadas no âmbito do Sistema de Dispensa Eletrônica. Já as
contratações por dispensa previstas no inciso III e seguintes do art. 75 da Lei n.º 14.133/2021, serão
realizadas por meio do procedimento eletrônico “quando cabível”, de modo que a área competente
deverá avaliar a pertinência do uso de tal ferramenta considerando a sua demanda.

Sendo assim, verifica-se que a dispensa de licitação poderá ser realizada pela Administração tanto
no âmbito do Sistema de Dispensa Eletrônica quanto fora dele, pelos meios convencionais. Também
a inexigibilidade de licitação será realizada nos moldes tradicionais, à margem do referido sistema
eletrônico.

Quando se tratar das contratações diretas realizadas sem a utilização do Sistema de Dispensa
Eletrônica, deverão ser utilizadas as disposições a seguir indicadas, no que se refere à forma e aos
critérios de seleção do fornecedor.

11.1. O fornecedor será selecionado por meio da realização de procedimento de dispensa de


licitação, com fundamento na hipótese do art. 75, inciso ........., da Lei n.º 14.133/2021 (indicar
um dos incisos do art. 75, da Lei n.º 14.133/2021, conforme o caso concreto).

OU

11.1. O fornecedor será selecionado por meio da realização de procedimento de inexigibilidade de


licitação, com fundamento na hipótese do art. 74, ........., da Lei n.º 14.133/2021 (indicar o caput
ou um dos incisos do art. 74, da Lei n.º 14.133/2021, conforme o caso concreto).

11.2. Previamente à celebração do contrato, a Administração verificará o eventual descumprimento


das condições para contratação, especialmente quanto à existência de sanção que a impeça,
mediante a consulta a cadastros informativos oficiais, tais como:
a) SICAF;
b) Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS, mantido pela
Controladoria-Geral da União (www.portaldatransparencia.gov.br/ceis); e
c) Cadastro Nacional de Empresas Punidas – CNEP, mantido pela Controladoria-Geral
da União (https://www.portaltransparencia.gov.br/sancoes/cnep)

Nota explicativa: A recomendação aos cadastros acima se dá à luz do art. 91, §4º da Lei nº
14.133/21 e se dá sem prejuízo da possibilidade, a juízo do órgão respectivo, de consulta
complementar a outros cadastros governamentais análogos, tais como o do TCU (lista de inidôneos
ou consulta consolidada).
11.3. A consulta aos cadastros será realizada em nome da empresa fornecedora e também de seu
sócio majoritário, por força do artigo 12 da Lei n° 8.429, de 1992, que prevê, dentre as sanções
impostas ao responsável pela prática de ato de improbidade administrativa, a proibição de
contratar com o Poder Público, inclusive por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário.
11.4. Caso conste na Consulta de Situação do Fornecedor a existência de Ocorrências Impeditivas
Indiretas, o gestor diligenciará para verificar se houve fraude por parte das empresas apontadas
no Relatório de Ocorrências Impeditivas Indiretas.
11.5. A tentativa de burla será verificada por meio dos vínculos societários, linhas de fornecimento
similares, dentre outros.

Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta


Atualização: Junho/2022
11.6. O fornecedor será convocado para manifestação previamente a uma eventual negativa de
contratação.
11.7. Caso atendidas as condições para contratação, a habilitação do fornecedor será verificada
por meio do SICAF, nos documentos por ele abrangidos.
11.8. É dever do fornecedor manter atualizada a respectiva documentação constante do SICAF, ou
encaminhar, quando solicitado pela Administração, a respectiva documentação atualizada.
11.9. Não serão aceitos documentos de habilitação com indicação de CNPJ/CPF diferentes, salvo
aqueles legalmente permitidos.
11.10. Se o fornecedor for a matriz, todos os documentos deverão estar em nome da matriz, e se o
fornecedor for a filial, todos os documentos deverão estar em nome da filial, exceto para
atestados de capacidade técnica, caso exigidos, e no caso daqueles documentos que, pela
própria natureza, comprovadamente, forem emitidos somente em nome da matriz.
11.11. Serão aceitos registros de CNPJ de fornecedor matriz e filial com diferenças de números de
documentos pertinentes ao CND e ao CRF/FGTS, quando for comprovada a centralização do
recolhimento dessas contribuições.
11.12. Para fins de contratação, deverá o fornecedor comprovar os seguintes requisitos de
habilitação:
11.13. Habilitação Jurídica:

Nota Explicativa: Os requisitos de habilitação jurídica deverão ser exigidos em conformidade com a
natureza da futura contratada (empresário individual, sociedade empresária, cooperativa etc.), razão
pela qual deverá ser adotada, a depender do caso, apenas a redação correspondente, dentre
aquelas constantes a seguir:
11.13.1. Pessoa física: cédula de identidade (RG) ou documento equivalente que, por força
de lei, tenha validade para fins de identificação em todo o território nacional;

Nota Explicativa: A Instrução Normativa SEGES/ME nº 116, de 21 de dezembro de 2021,


estabelece procedimentos para a participação de pessoa física nas contratações públicas regidas
pela Lei nº 14.133/2021, no âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional.
Em seu art. 2º, a norma considera pessoa física “ todo o trabalhador autônomo, sem qualquer vínculo
de subordinação para fins de execução do objeto da contratação pública, incluindo os profissionais
liberais não enquadrados como sociedade empresária ou empresário individual, nos termos das
legislações específicas, que participa ou manifesta a intenção de participar de processo de
contratação pública, sendo equiparado a fornecedor ou ao prestador de serviço que, em atendimento
à solicitação da Administração, oferece proposta”.
A IN SEGES/ME nº 116/2021 determina, em seu art. 4º, caput, que os editais ou os avisos de
contratação direta possibilitem a contratação das pessoas físicas, em observância aos objetivos da
isonomia e da justa competição. Ainda de acordo com o parágrafo único desse mesmo dispositivo,
será ressalvada a participação de pessoas físicas nas licitações ou contratações diretas, “quando a
contratação exigir capital social mínimo e estrutura mínima, com equipamentos, instalações e
equipe de profissionais ou corpo técnico para a execução do objeto incompatíveis com a natureza
profissional da pessoa física, conforme demonstrado em estudo técnico preliminar”. Portanto, a
possibilidade, ou não, de contratação de pessoas físicas deverá ser objeto de prévia análise e
manifestação técnica por parte do órgão contratante, na fase de planejamento da contratação.
OU

11.13.1. Empresário individual: inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis, a


cargo da Junta Comercial da respectiva sede;
OU
11.13.1. Microempreendedor Individual - MEI: Certificado da Condição de
Microempreendedor Individual - CCMEI, cuja aceitação ficará condicionada à verificação
da autenticidade no sítio www.portaldoempreendedor.gov.br;
OU
11.13.1. Sociedade empresária, sociedade limitada unipessoal – SLU ou sociedade
identificada como empresa individual de responsabilidade limitada - EIRELI:
Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta
Atualização: Junho/2022
inscrição do ato constitutivo, estatuto ou contrato social no Registro Público de Empresas
Mercantis, a cargo da Junta Comercial da respectiva sede, acompanhada de documento
comprobatório de seus administradores;

Nota Explicativa: O art. 41 da Lei nº 14.195, de 2021, transformou todas as empresas individuais de
responsabilidade limitada (EIRELI) existentes na data da entrada em vigor da Lei em sociedades
limitadas unipessoais (SLU), independentemente de qualquer alteração em seus respectivos atos
constitutivos. Entendeu-se que tal dispositivo operou a revogação tácita do inciso VI do art. 44 e do
art. 980-A e seus parágrafos, todos do Código Civil, que tratavam da EIRELI, conforme Ofício
Circular SEI nº 3510/2021/ME, 9 de setembro de 2021, disponível no endereço eletrônico:
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/drei/legislacao/oficios-circulares-drei. Posteriormente, a
Medida Provisória n.º 1.085, de 2021, revogou expressamente as disposições sobre EIRELI
constantes do Código Civil, porém, no momento da edição deste modelo, referida Medida Provisória
se encontra pendente de conversão em lei.
Diante dessa situação, orientamos os agentes de contratação da seguinte forma: se a empresa for
identificada como EIRELI em seus atos constitutivos, ela deverá ser considerada como convertida em
SLU, automaticamente, durante o processo de contratação. Os atos constitutivos, inclusive, deverão
ser considerados regulares como EIRELI, mas a empresa deverá se comportar na contratação como
uma SLU.
OU
11.13.1. Sociedade empresária estrangeira com atuação permanente no País: decreto de
autorização para funcionamento no Brasil;
OU
11.13.1. Sociedade simples: inscrição do ato constitutivo no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas do local de sua sede, acompanhada de documento comprobatório de seus
administradores;
OU
11.13.1. Filial, sucursal ou agência de sociedade simples ou empresária - inscrição do ato
constitutivo da filial, sucursal ou agência da sociedade simples ou empresária,
respectivamente, no Registro Civil das Pessoas Jurídicas ou no Registro Público de
Empresas Mercantis onde tem sede a matriz;
OU
11.13.1. . Sociedade cooperativa: ata de fundação e estatuto social, com a ata da
assembleia que o aprovou, devidamente arquivado na Junta Comercial ou inscrito no
Registro Civil das Pessoas Jurídicas da respectiva sede, além do registro de que trata o
art. 107 da Lei nº 5.764, de 1971.

11.13.2. Ato de autorização para o exercício da atividade de ............ (especificar a atividade


contratada sujeita à autorização), expedido por ....... (especificar o órgão competente) nos
termos do art. ..... da (Lei/Decreto) n° ........

Nota explicativa: O último subitem tem como fundamento a parte final do disposto no art. 66 da Lei n
14.133/21. Cabe ao órgão ou entidade analisar se a atividade relativa ao objeto a ser contratado
exige registro ou autorização para funcionamento, em razão de previsão legal ou normativa. Em caso
positivo, deverão ser especificados o documento a ser apresentado, o órgão competente para expedi-
lo e o respectivo fundamento legal. Cite-se, como exemplo, a necessidade de registro de pessoas
físicas ou jurídicas no Exército, com vistas ao exercício de qualquer atividade relativa a Produto
Controlado pelo Exército (PCE), tais como a fabricação, o comércio, a importação, a exportação, a
utilização e a prestação de serviços envolvendo arma de fogo, explosivo, munição, dentre outros.
11.13.3. Os documentos apresentados deverão estar acompanhados de todas as alterações
ou da consolidação respectiva.
11.14. Habilitações fiscal, social e trabalhista:
11.14.1. prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);
OU
11.14.1. prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);

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Atualização: Junho/2022
11.14.2. prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional, mediante apresentação de
certidão expedida conjuntamente pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e
pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), referente a todos os créditos
tributários federais e à Dívida Ativa da União (DAU) por elas administrados, inclusive
aqueles relativos à Seguridade Social, nos termos da Portaria Conjunta nº 1.751, de
02/10/2014, do Secretário da Receita Federal do Brasil e da Procuradora-Geral da
Fazenda Nacional.
11.14.3. prova de regularidade com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
11.14.4. declaração de que não emprega menor de 18 anos em trabalho noturno, perigoso ou
insalubre e não emprega menor de 16 anos, salvo menor, a partir de 14 anos, na
condição de aprendiz, nos termos do artigo 7°, XXXIII, da Constituição;
11.14.5. prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho,
mediante a apresentação de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa, nos
termos do Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei
nº 5.452, de 1º de maio de 1943.
11.14.6. prova de inscrição no cadastro de contribuintes municipal ou distrital, se houver,
relativo ao domicílio ou sede do fornecedor, pertinente ao seu ramo de atividade e
compatível com o objeto contratual;
11.14.6.1. O fornecedor enquadrado como microempreendedor individual que
pretenda auferir os benefícios do tratamento diferenciado previstos na Lei
Complementar n. 123, de 2006, estará dispensado da prova de inscrição
nos cadastros de contribuintes estadual e municipal.

Nota Explicativa: A apresentação do Certificado de Condição de Microempreendedor Individual –


CCMEI supre as exigências de inscrição nos cadastros fiscais, na medida em que essas informações
constam no próprio Certificado.
11.14.7. prova de regularidade com a Fazenda Municipal ou Distrital do domicílio ou sede do
fornecedor, relativa à atividade em cujo exercício contrata ou concorre;
11.14.6.2. caso o fornecedor seja considerado isento dos tributos municipais ou
distritais relacionados ao objeto, deverá comprovar tal condição mediante
a apresentação de certidão ou declaração da Fazenda respectiva do seu
domicílio ou sede, ou por meio de outro documento equivalente, na forma
da respectiva legislação de regência.

Nota explicativa: O artigo 193 do CTN preceitua que a prova da quitação de todos os tributos
devidos dar-se-á no âmbito da Fazenda Pública interessada, “relativos à atividade em cujo exercício
contrata ou concorre”. Nessa mesma linha, o art. 68, inciso II, da Lei n.º 14.133/20201 estabelece a
exigência de “inscrição no cadastro de contribuintes estadual e/ou municipal, se houver, relativo ao
domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto
contratual”. Dessa forma, a prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal e a
prova de regularidade fiscal correspondente deve levar em conta a natureza da atividade objeto da
contratação e o âmbito da tributação sobre ele incidente: tratando-se de serviços em geral, como no
caso desta minuta, incide o ISS, tributo de competência municipal, ao passo que, para aquisições,
incide o ICMS, tributo de competência estadual.
11.15. Será exigida do fornecedor, ainda, a seguinte documentação complementar:
11.15.1. A relação dos cooperados que atendem aos requisitos técnicos exigidos para a
contratação e que executarão o contrato, com as respectivas atas de inscrição e a
comprovação de que estão domiciliados na localidade da sede da cooperativa, respeitado
o disposto nos arts. 4º, inciso XI, 21, inciso I e 42, §§2º a 6º da Lei n. 5.764 de 1971;
11.15.2. A declaração de regularidade de situação do contribuinte individual – DRSCI, para
cada um dos cooperados indicados;
11.15.3. A comprovação do capital social proporcional ao número de cooperados necessários
à prestação do serviço;
11.15.4. O registro previsto na Lei n. 5.764/71, art. 107;
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Atualização: Junho/2022
11.15.5. A comprovação de integração das respectivas quotas-partes por parte dos
cooperados que executarão o contrato;
11.15.6. Os seguintes documentos para a comprovação da regularidade jurídica da
cooperativa: a) ata de fundação; b) estatuto social com a ata da assembleia que o
aprovou; c) regimento dos fundos instituídos pelos cooperados, com a ata da assembleia;
d) editais de convocação das três últimas assembleias gerais extraordinárias; e) três
registros de presença dos cooperados que executarão o contrato em assembleias gerais
ou nas reuniões seccionais; e f) ata da sessão que os cooperados autorizaram a
cooperativa a contratar o objeto da licitação;
11.15.7. A última auditoria contábil-financeira da cooperativa, conforme dispõe o art. 112 da
Lei n. 5.764/71 ou uma declaração, sob as penas da lei, de que tal auditoria não foi
exigida pelo órgão fiscalizador.

Nota Explicativa: Remover as previsões acima caso o fornecedor não possua natureza de
sociedade cooperativa.
Nota Explicativa: Foram incluídas neste Termo de Referência as previsões referentes à habilitação
jurídica, fiscal, social e trabalhista, haja vista que serão os requisitos mais usualmente fiscalizados
durante a execução contratual, em geral. Como se trata de contratação por dispensa ou
inexigibilidade de licitação, em que a contratada é escolhida diretamente, à margem do Sistema de
Dispensa Eletrônica, optou-se por não incluir requisitos de qualificação econômica ou habilitação
técnica, por entender-se que a própria escolha já se incumbirá de eliminar contratantes com
capacidade econômico-financeira ou técnica insuficientes.

Entretanto, se a Administração desejar incluir requisitos de habilitação econômico-financeira ou


técnica, a serem fiscalizados no decorrer da execução contratual (em especial se houver requisitos
de ordem legal, como registro em órgãos governamentais competentes), recomenda-se extrair os
dispositivos respectivos deste modelo de Termo de Referência (habilitação técnica) e/ou do modelo
de Aviso de Dispensa Eletrônica (habilitação econômico-financeira) constante do sítio eletrônico da
AGU.

12. ADEQUAÇÃO ORÇAMENTÁRIA


12.1. As despesas decorrentes da presente contratação correrão à conta de recursos específicos
consignados no Orçamento Geral da União.
12.1.1. A contratação será atendida pela seguinte dotação:

Gestão/Unidade: [...];
Fonte de Recursos: [...];
Programa de Trabalho: [...];
Elemento de Despesa: [...];
Plano Interno: [...];

12.2. A dotação relativa aos exercícios financeiros subsequentes será indicada após aprovação da Lei
Orçamentária respectiva e liberação dos créditos correspondentes, mediante apostilamento.

Nota Explicativa: O art. 106, II da Lei nº 14.133/21 prevê para contratações de fornecimento
continuado que a “a Administração deverá atestar, no início da contratação e de cada exercício,
a existência de créditos orçamentários vinculados à contratação e a vantagem em sua
manutenção”. Quanto à rescisão contratual por ausência de crédito ou vantajosidade (art. 106,
III), remete-se às regras específicas constantes do contrato, inclusive em relação à aplicação do
art. 106, §1º.

Município de ..............., .......... de ................de .............

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__________________________________

Identificação e assinatura do servidor (ou equipe) responsável

Nota explicativa: O Termo de Referência deverá ser devidamente aprovado pelo ordenador de
despesas ou a autoridade competente respectiva, conforme divisão de atribuições de cada órgão.
Nota explicativa 2: Registre-se que, salvo no caso em que a própria autoridade competente para
aprovar elabore o termo de referência, eventual equipe incumbida de tal confecção deve ser
designada pela autoridade competente nos termos do art. 7º da Lei nº 14.133/21, incumbindo à esta
aferir o cumprimento dos requisitos necessários a esta função.

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