Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
133/21
SERVIÇO COMUM DE ENGENHARIA – CONTRATAÇÃO DIRETA
Processo Administrativo n. (...)
1. DAS CONDIÇÕES GERAIS DA CONTRATAÇÃO (art. 6º, XXIII, “a” e “i” da Lei n.
14.133/2021).
1.1. Contratação de..........................................................., nos termos da tabela abaixo, conforme
condições e exigências estabelecidas neste instrumento.
Tabela: A tabela acima é meramente ilustrativa, podendo ser livremente alterada conforme o caso
concreto.
Parcelamento: A justificativa para o parcelamento ou não do objeto deve constar do Estudo Técnico
Preliminar (art. 18, §1º, VIII, da Lei nº 14.133/2021). Os serviços, como regra, devem atender ao
parcelamento quando for tecnicamente viável e economicamente vantajoso (art. 47, inciso II, da Lei
nº 14.133/2021).
O Parcelamento usualmente não é ponto verificado em contratações diretas, já que estas não são
feitas em regime competitivo. No entanto, no caso de se tratar de dispensa de pequeno valor feita
pelo sistema de dispensa eletrônica ou qualquer outro caso de dispensa submetida a algum regime
competitivo, a análise sobre o parcelamento deverá ocorrer nos moldes acima.
Building Information Modelling – BIM: O Decreto nº 10.306/2020 trata da utilização do Building
Information Modelling (BIM) na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia
realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal, conforme Estratégia BIM
BR, instituída pelo Decreto nº 9.983, de 22 de agosto de 2019. Building Information
Modelling - BIM ou Modelagem da Informação da Construção corresponde ao “conjunto de
tecnologias e processos integrados que permite a criação, a utilização e a atualização de modelos
digitais de uma construção, de modo colaborativo, que sirva a todos os participantes do
empreendimento, em qualquer etapa do ciclo de vida da construção” (art. 3º, inciso II, do Decreto nº
10.306/2020).
De acordo com o artigo 2º do referido Decreto, alguns Ministérios, Secretarias e Autarquias foram
desde logo vinculados à ação de disseminação do BIM. Desse modo, se for o caso, deverá a
Administração efetuar o planejamento da contratação com base nas diretrizes estabelecidas no
Decreto nº 10.306/2020, em especial por conta da previsão do artigo 19, §3º, da Lei nº 14.133/2021,
que estabelece que, nas licitações de obras e serviços de engenharia e arquitetura, sempre que
adequada ao objeto da licitação, será preferencialmente adotada a Modelagem da Informação da
Construção (Building Information Modelling - BIM) ou tecnologias e processos integrados similares ou
mais avançados que venham a substituí-la.
Nota Explicativa: Indicar o prazo inicial da contratação, que deverá ser de no máximo 5 (cinco)
anos.
1.2.1 O serviço é enquadrado como continuado tendo em vista que [...], sendo a vigência
plurianual mais vantajosa, considerando [...] OU o Estudo Técnico Preliminar OU os
termos da Nota Técnica .../...;
OU
Vigência X Valores para fins de Dispensa de pequeno valor: Atentar para o disposto no art. 75,
§1º, da Lei nº 14.133, de 2021, segundo o qual serão observados para os fins de aferição dos valores
para a dispensa do art. 75, I e II, o “somatório do que for despendido no exercício financeiro pela
respectiva unidade gestora”. Desse modo, o referencial temporal passa a ser o gasto efetivo no
período anual.
Deve-se observar o quanto foi efetivamente dispendido no exercício financeiro com objetos na
mesma natureza (75, §1º, II) pela Unidade Gestora e então somar com o que se espera gastar,
efetivamente, com o contrato. Tal soma, em tese e na prática, não pode ultrapassar o limite de
dispensa para que seja possível o seu uso. Tal cálculo permite, por exemplo, contratos de cinco anos
com valor total muito maior do que o limite para dispensa, desde que o dispêndio anual não o seja.
Nota Explicativa 1: Pesquisa de Preços: A estimativa de preços deve ser precedida de regular
pesquisa, nos moldes do art. 23 da Lei nº 14.133/21, da Instrução Normativa SEGES/ME Nº 72, de
12 de agosto de 2021, e do Decreto nº 7.983, de 8 de abril de 2013. Para serviços comuns de
engenharia, a Instrução Normativa SEGES/ME nº 65/2021 não é aplicável.
Nota Explicativa 2: Serviços de Grande Vulto: No caso de serviço cujo valor estimado supere R$
216.081.640,00 (conforme art. 6º, XXII, da Lei nº 14.133/21, atualizado pelo Decreto nº 10.922/21),
será obrigatória a inclusão de disposição no Termo de Referência indicando os termos da Matriz de
Risco a ser aposta no contrato.
Nota Explicativa 4: Garantia adicional: Deverá ser exigida garantia adicional da Contratada se a
proposta for inferior a 85% (oitenta e cinco por cento) do valor orçado pela Administração, equivalente
à diferença entre este último e o valor da proposta, sem prejuízo das demais garantias exigíveis de
acordo a Lei.
Nota Explicativa: Se o regime não é de empreitada por preço unitário, não cabe desclassificação em
razão de custos unitários superiores aos orçados pela Administração, por força do art. 56, §5º, da Lei
nº 14.133/2021. Por essa razão, essa planilha, neste momento, servirá apenas para aferir a
exequibilidade da proposta e não eventual sobrepreço de preços unitários. Embora isso possa
representar um risco em relação a um futuro jogo de planilhas pelo contratado, os artigos 127 e
principalmente 128 impedem que os preços unitários maiores sejam usados como parâmetro de
futuros aditivos.
1.6. Para o objeto ou parte dele sujeito ao regime de empreitada por preço unitário o critério de
aceitabilidade de preços será: (...)
Nota Explicativa: Se o regime é o de empreitada por preço unitário, cabe desclassificação em razão
de custos unitários superiores aos orçados pela Administração, conforme art. 59, §3º, da Lei nº
14.133/2021, que expressamente se refere ao critério de aceitabilidade de preços unitário e global a
ser fixado no edital, bem como pela definição de sobrepreço do art. 6º, LVI, que expressamente
estabelece que esse pode ocorrer em relação ao preço unitário nesse regime. Assim, em princípio, é
cabível estabelecer um critério próprio, conforme as peculiaridades do caso, que pode envolver os
custos tidos como relevantes, eventual margem em relação ao preço de referência etc..
Nota Explicativa: Alguns requisitos de contratação tratados na lei foram abordados nesta cláusula
do Termo de Referência. Isso não impede que outros requisitos de contratação, de caráter técnico,
sejam inseridos pela área competente. Registre-se, apenas, que a documentação de habilitação
técnica é objeto de cláusula específica (item 8. FORMA E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DO
FORNECEDOR) de modo que sua inclusão neste tópico seria redundante.
4.1 Além dos critérios de sustentabilidade eventualmente inseridos na descrição do objeto, devem
ser atendidos os seguintes requisitos, que se baseiam no Guia Nacional de Contratações
Sustentáveis:
4.1.1 [...]
4.1.2 [...]
Nota explicativa 1: Por meio do Parecer n. 00001/2021/CNS/CGU/AGU, aprovado nos termos do
DESPACHO n. 00525/2021/GAB/CGU/AGU (NUP: 00688.000723/2019-45), foi consolidado pela
Consultoria-Geral da União o entendimento no sentido de que a “administração pública é obrigada a
adotar critérios e práticas de sustentabilidade socioambiental e de acessibilidade nas contratações
públicas, nas fases de planejamento, seleção de fornecedor, execução contratual, fiscalização e na
gestão dos resíduos sólidos.”
Atentamos, em síntese, para que a sustentabilidade seja considerada pelo gestor público: a) na fase
de planejamento da contratação, b) na elaboração das minutas, com consulta ao Guia, c) na fase de
OU
4.2 . É permitida a subcontratação parcial do objeto, até o limite de ......%(..... por cento) do valor total
do contrato, nas seguintes condições:
4.2.1 . É vedada a subcontratação parcela principal da obrigação, a qual consiste em: [...] (indicar
qual é)
Nota Explicativa: A subcontratação parcial é permitida e deverá ser analisada pela Administração
com base nas informações dos estudos preliminares, em cada caso concreto. Caso admitida, o
Termo de Referência deve estabelecer com detalhamento seus limites e condições, inclusive
especificando quais parcelas do objeto poderão ser subcontratadas.
4.3 Não haverá exigência da garantia da contratação dos arts. 96 e seguintes da Lei nº 14.133/21,
pelas razões abaixo justificadas:
OU
4.3 Será exigida a garantia da contratação de que tratam os arts. 96 e seguintes da Lei nº 14.133/21,
no percentual de ...% do valor contratual, conforme regras previstas no contrato.
4.3.1 A garantia nas modalidades caução e fiança bancária deverá ser prestada em até XXXXXXX
dias após XXXXXX (autorização da dispensa OU notificação OU assinatura do contrato etc.).
4.3.2 No caso de seguro-garantia, a garantia deverá ser apresentada no máximo até a data de
assinatura do contrato.
Nota Explicativa: Neste momento, a área técnica competente deverá indicar se a contratação
utilizará a garantia de execução ou não. As regras específicas sobre garantia, pelo seu caráter
jurídico, estarão previstas no contrato e deverão ser nele inseridas caso haja indicação positiva no
Termo de Referência. Caso não haja uso de minuta contratual, recomenda-se copiar e colar aqui as
regras do contrato sobre esse assunto.
Nota Explicativa: Insira abaixo, se for o caso, outros requisitos necessários para o atendimento da
demanda que gerou a contratação em tela.
5. VISTORIA
5.1 . A avaliação prévia do local de execução dos serviços é imprescindível para o conhecimento
pleno das condições e peculiaridades do objeto a ser contratado, sendo assegurado ao
interessado o direito de realização de vistoria prévia, acompanhado por servidor designado
para esse fim, de segunda à sexta-feira, das ..... horas às ...... horas.
5.2 Serão disponibilizados data e horário diferentes aos interessados em realizar a vistoria
prévia.
Nota explicativa: Na linha do entendimento consolidado pelo TCU ainda sob o amparo da Lei nº
8.666, de 1993 (por exemplo, Acórdãos n° 2.150/2008, n° 1.599/2010, n° 2.266/2011, n° 2.776/2011,
n° 110/2012 e nº 170/2018, todos do Plenário), o art. 63, § 2º, da Lei nº 14.133, de 2021, assegura ao
fornecedor o direito de realizar vistoria prévia no local de execução do serviço sempre que o órgão ou
entidade contratante considerar essa avaliação imprescindível para o conhecimento pleno das
condições e peculiaridades do objeto a ser contratado. Ainda assim, segundo o texto legal, o
contratado poderá optar por não realizar a vistoria, caso em que terá de atestar o conhecimento pleno
das condições e peculiaridades da contratação, mediante declaração formal (art. 63, §3º).
Nesse contexto, uma vez facultada a realização da vistoria prévia no Termo de Referência, os
interessados terão três opções para cumprir o requisito de habilitação correspondente, conforme §§2º
e 3º do art. 63, da Lei nº 14.133, de 2021, a saber:
a) realizar a vistoria e atestar que conhece o local e as condições da realização da obra ou serviço;
b) atestar que conhece o local e as condições da realização da obra ou serviço;
c) declarar formalmente, por meio do respectivo responsável técnico, que possui conhecimento pleno
das condições e peculiaridades da contratação.
A hipótese “a” dispensa maiores comentários, a não ser o de que é o próprio fornecedor que atesta
conhecer o local e as condições, e não a Administração que tem o ônus de emitir o atestado de
vistoria, como se passa no âmbito da Lei nº 8.666, de 1993.
Já na hipótese “b”, o fornecedor não necessariamente realiza a vistoria facultada na licitação, mas, da
mesma forma, atesta que conhece o local da obra ou serviço, além das respectivas condições de
execução, pressupondo-se que já tenha comparecido anteriormente ao local para poder emitir a
declaração sem incorrer em falsidade ideológica. Isso pode ocorrer sobretudo quando se trata de
empresa que já prestou serviços no mesmo local ou já realizou vistoria em outra oportunidade.
Por fim, na hipótese “c”, não se declara que conhece o local, e sim as condições e peculiaridades da
contratação em sua plenitude. Por isso que, em contrapartida, a declaração deve ser firmada pelo
responsável técnico, que poderá chegar a esse conhecimento com base nas disposições do edital e
anexos, somada à sua experiência profissional, que lhe permite emitir a declaração sem conhecer o
local e sem incorrer em falsidade.
Contudo, caso não se verifique a exigência legal de que a empresa a ser contratada possua um
responsável técnico - assim considerado o profissional habilitado, na forma da lei, para conduzir,
orientar e se responsabilizar por todas as atividades e serviços a serem exercidos pela empresa -, a
declaração formal de que trata o § 3º do art. 63, da Lei n.º 14.133, de 2021, deverá ser firmada pelo
responsável legal da empresa ou por pessoa por ele indicada, que possua condições técnicas de se
responsabilizar pela execução dos serviços a serem contratados.
Recomenda-se que a previsão de vistoria seja adotada de forma motivada, já que aumenta os custos
transacionais dos interessados, devendo, sempre que possível, ser substituída pela apresentação de
fotografias, plantas, desenhos técnicos e congêneres relativos ao local de execução do serviço.
6. MODELO DE EXECUÇÃO CONTRATUAL (arts. 6º, XXIII, alínea “e” da Lei nº 14.133/2021).
Nota explicativa: Este item deve ser adaptado de acordo com as necessidades específicas do órgão
ou entidade, apresentando-se, este modelo, de forma meramente exemplificativa. Ele deve abranger
a definição de como o contrato deverá produzir os resultados pretendidos desde o seu início até o
seu encerramento.
Nota explicativa: Recomenda-se que seja inserida data de início e data de fim de cada etapa para
que fique clara a ocorrência de eventuais atrasos.
7.1 Para a perfeita execução dos serviços, a Contratada deverá disponibilizar os materiais,
equipamentos, ferramentas e utensílios necessários, nas quantidades estimadas e
qualidades a seguir estabelecidas, promovendo sua substituição quando necessário:
7.1.1 .......;
7.1.2 .......;
7.1.3 ........
Nota explicativa: Este item só deverá constar no Termo de Referência caso os serviços englobem
também a disponibilização de material de consumo e de uso duradouro em favor da Administração,
devendo, nesse caso, ser fixada a previsão da estimativa de consumo e de padrões mínimos de
qualidade. O CATMAT disponibiliza especificações técnicas de materiais com menor impacto
ambiental (CATMAT Sustentável).
Nota explicativa: Vale lembrar que sem o conhecimento preciso das particularidades e das
necessidades do órgão, o contratado terá dificuldade para dimensionar perfeitamente sua proposta, o
que poderá acarretar sérios problemas futuros na execução contratual.
9. MODELO DE GESTÃO DO CONTRATO (art. 6º, XXIII, alínea “f” da Lei nº 14.133/21).
Nota Explicativa: Nos termos do art. 44, §4º da IN 5/2017 (aplicável por força da IN SEGES/ME nº
75, de 2021), a depender da natureza dos serviços, poderá ser exigida a manutenção do preposto da
empresa no local da execução do objeto, bem como pode ser estabelecido sistema de escala
semanal ou mensal.
8.1.8 O contratado será obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, a suas
expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios,
Nota Explicativa: Inserir o subitem acima se for o caso para inclusão de rotinas de fiscalização
específicas para atender às peculiaridades do objeto contratado.
Nota Explicativa 1: Nos contratos de obras e serviços de engenharia, sempre que compatível com o
regime de execução, a medição será mensal (art. 92, §5º, da Lei nº 14.133/21);
Nota Explicativa 2: Segundo a IN SEGES/ME nº 75/2021, pode ser utilizada a IN SEGES/MP nº
5/2017 quanto à gestão e fiscalização do contrato no que couber. O art. 39 da IN 5 inclui na gestão
contratual a “instrução processual e o encaminhamento da documentação pertinente” para
“pagamento”. Com base nesses normativos, entende-se que os critérios de aferição e medição para
indicação do valor adequado para o faturamento e posteriormente pagamento inclui-se no escopo da
IN 75/2021, pois são medidas inerentes à fiscalização do contrato e à instrução processual para
chegar ao valor a ser inserido na nota fiscal e, eventualmente, ser encaminhado para o setor
incumbido dos pagamentos.
Nota Explicativa 1: A execução dos contratos deve ser acompanhada por meio de instrumentos de
controle que permitam a mensuração de resultados e adequação do objeto prestado. Estes
instrumentos de controle, o Instrumento de Medição de Resultado (IMR) ou instrumento equivalente,
foram idealizados, inicialmente, para contratos de prestação de serviços como mecanismo de
monitoramento e mensuração da qualidade e pontualidade na prestação dos serviços e,
consequentemente, como forma de adequar os valores devidos como pagamento aos índices de
qualidade verificados. Contudo, para correta aplicação da regra insculpida acima, é necessário que o
órgão estabeleça quais são os critérios de avaliação e os devidos parâmetros, de forma a se obter
uma fórmula que permita quantificar o grau de satisfação na execução do objeto contratado, e,
consequentemente, o montante devido em pagamento. Sem o devido estabelecimento dos critérios e
parâmetros de avaliação dos itens previstos no artigo, a cláusula torna-se inexequível, absolutamente
destituída de efeitos. Consequentemente, para que seja possível efetuar a glosa, é necessário definir,
objetivamente, quais os parâmetros para mensuração do percentual do pagamento devido em razão
dos níveis esperados de qualidade da prestação do serviço.
Nota Explicativa 2: Caso o órgão não tenha elaborado o IMR, deverá suprimir os trechos em itálico
que fazem referência a ele.
Nota Explicativa 3: Embora o IMR normalmente preveja apenas descontos do pagamento, o art. 144
da Lei nº 14.133/2021 autoriza a remuneração variável vinculada ao desempenho do contratado.
Nesta situação, o órgão deverá avaliar a pertinência de se prever tal remuneração com base no
mencionado art. 144.
9.2.3. A aferição da execução contratual para fins de pagamento considerará os seguintes critérios:
9.2.3.1. ...
9.2.3.2. ....
9.2.3.3. ....
Nota Explicativa: O subitem 2.6, alínea “d” do Anexo V da Instrução Normativa nº 5/2017 trata de
critérios de medição e pagamento a serem considerados na formulação desse item, de modo que se
recomenda a leitura do referido normativo.
Questões a serem vistas são:
a) unidade de medida para faturamento e mensuração do resultado;
b) produtividade de referência ou critérios de qualidade para a execução contratual;
c) indicadores mínimos de desempenho para aceitação do serviço ou eventual glosa.
9.2.4. Nos termos do item 1, do Anexo VIII-A da Instrução Normativa SEGES/MP nº 05, de 2017,
será indicada a retenção ou glosa no pagamento, proporcional à irregularidade verificada,
sem prejuízo das sanções cabíveis, caso se constate que a Contratada:
9.2.4.1. não produziu os resultados acordados;
9.2.4.2. deixou de executar as atividades contratadas, ou não as executou com a qualidade mínima
exigida;
9.2.4.3. deixou de utilizar os materiais e recursos humanos exigidos para a execução do serviço, ou
utilizou-os com qualidade ou quantidade inferior à demandada.
Nota Explicativa: Para que seja possível efetuar a glosa, é necessário definir, objetivamente, no IMR
ou instrumento equivalente, quais os parâmetros para mensuração do percentual do pagamento
devido em razão dos níveis esperados de qualidade da prestação do serviço.
Nota Explicativa 2: Caso haja previsão de pagamento antecipado no contrato, será necessário
adaptar a presente seção, pois, em vez de haver glosa, será necessário que a Contratado devolva o
pagamento antecipado proporcional à parcela não executada, conforme previsão contratual.
9.3. DO RECEBIMENTO
Nota Explicativa 1: Ao contrário da Lei nº 8.666/93, a Lei nº 14.133/21 não trouxe prazo máximo de
recebimento provisório, de modo que possível a previsão de qualquer prazo julgado oportuno. Dito
isso, o prazo de pagamento é disposição de grande importância para o futuro contratado e um
período muito alargado pode tornar a contratação desinteressante por ser muito onerosa
financeiramente. Desse modo, recomenda-se que o prazo seja dimensionado para que corresponda
ao período razoável à checagem necessária, sem que traga um ônus excessivo que venha a afastar
potenciais interessados.
Nota Explicativa 2: Recomenda-se incluir um evento que sirva de termo inicial para os trâmites de
recebimento, faturamento e pagamento. Ele dependerá da natureza do contrato (se continuado ou
por escopo) e da existência ou não de parcelas. Pode ser a mera finalização de um mês, a emissão
de um relatório de ordens de serviço cumpridas no mês, a entrega de uma parcela específica etc.
Com a ocorrência desse evento, inicia a contagem do prazo do recebimento provisório. Se houver a
necessidade de o contratado apresentar documentação para esse fim, é necessário que isso fique
especificado. Neste momento não há que se falar em apresentação da Nota Fiscal, a luz do que
dispõe o art. 50, II, “c” da IN 5/2017, aplicável em razão da IN 75/2021.
9.3.1. Ao final de cada etapa da execução contratual, conforme previsto no Cronograma Físico-
Financeiro, o Contratado apresentará a medição prévia dos serviços executados no período,
por meio de planilha e memória de cálculo detalhada.
9.3.2. Uma etapa será considerada efetivamente concluída quando os serviços previstos para
aquela etapa, no Cronograma Físico-Financeiro, estiverem executados em sua totalidade.
9.3.3. O contratado também apresentará, a cada medição, os documentos comprobatórios da
procedência legal dos produtos e subprodutos florestais utilizados naquela etapa da
execução contratual, quando for o caso.
9.3.4. Os serviços serão recebidos provisoriamente, mediante termo detalhado, no prazo de .....(.....)
dias, contado do [...](inserir evento que faça iniciar prazo de contagem conforme nota
explicativa abaixo), pelo(a) responsável pelo acompanhamento e fiscalização do contrato,
mediante termo detalhado, quando verificado o cumprimento das exigências de caráter
técnico.
9.3.4.1. O contratante realizará inspeção minuciosa de todos os serviços executados, por
meio de profissionais técnicos competentes, acompanhados dos profissionais
encarregados pelo serviço, com a finalidade de verificar a adequação dos serviços e
constatar e relacionar os arremates, retoques e revisões finais que se fizerem
necessários.
9.3.4.1.1. Para efeito de recebimento provisório, ao final de cada etapa e após a
apresentação da medição prévia pelo Contratado, o fiscal técnico do
contrato irá apurar o resultado das avaliações da execução do objeto e,
Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta
Atualização: Junho/2022
se for o caso, a análise do desempenho e qualidade da prestação dos
serviços realizados em consonância com os indicadores previstos, que
poderá resultar no redimensionamento de valores a serem pagos à
contratada, registrando em relatório a ser encaminhado ao gestor do
contrato.
9.3.4.1.2. Em caso de rejeição, o fiscal fixará prazo para que a irregularidade seja
sanada, às custas do contratado, sem prejuízo da aplicação de
penalidades cabíveis.
9.3.4.1.3. Nesse caso, cabe à fiscalização não atestar a última e/ou única medição
de serviços até que sejam sanadas todas as eventuais pendências que
possam vir a ser apontadas no Recebimento Provisório
Nota Explicativa: Nas contratações de serviços, cada vício, defeito ou incorreção verificada
pelo fiscal do contrato reveste-se de peculiar característica. Por isso que, diante da natureza do
objeto contratado, é impróprio determinar prazo único para as correções devidas, devendo o
fiscal do contrato avaliar o caso concreto, para o fim de fixar prazo para as correções.
Nota Explicativa 2: Vide acórdão do TCU aplicável também aos serviços de engenharia: 9.1.4.
abstenham-se de realizar o recebimento provisório de obras com pendências a serem
solucionadas pela construtora, uma vez que o instituto do recebimento provisório, previsto no
art. 73, inc. I, da Lei nº 8.666/93, não legitima a entrega provisória de uma obra inconclusa, mas
visa resguardar a Administração no caso de aparecimento de vícios ocultos, surgidos após o
recebimento provisório; (Acórdão nº 853/2013 – Plenário)
9.3.4.1.4.
O recebimento provisório também ficará sujeito, quando cabível, à
conclusão de todos os testes de campo e à entrega dos Manuais e
Instruções exigíveis.
9.3.4.1.5. A aprovação da medição prévia apresentada pelo contratado não o
exime de qualquer das responsabilidades contratuais, nem implica
aceitação definitiva dos serviços executados.
9.3.4.1.6. O Contratado fica obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou
substituir, às suas expensas, no todo ou em parte, o objeto em que se
verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou
materiais empregados, cabendo à fiscalização não atestar a última e/ou
única medição de serviços até que sejam sanadas todas as eventuais
pendências que possam vir a ser apontadas no Recebimento Provisório.
9.3.4.1.7. O recebimento provisório também ficará sujeito, quando cabível, à
conclusão de todos os testes de campo e à entrega dos Manuais e
Instruções exigíveis.
9.3.4.2. No prazo supracitado para o recebimento provisório, cada fiscal ou a equipe de
fiscalização deverá elaborar Relatório Circunstanciado em consonância com suas
atribuições, e encaminhá-lo ao gestor do contrato.
9.3.4.2.1. Quando a fiscalização for exercida por um único servidor, o relatório
circunstanciado deverá conter o registro, a análise e a conclusão acerca
das ocorrências na execução do contrato, em relação à fiscalização
técnica e administrativa e demais documentos que julgar necessários,
devendo encaminhá-los ao gestor do contrato para recebimento
definitivo.
9.3.5. Os serviços poderão ser rejeitados, no todo ou em parte, quando em desacordo com as
especificações constantes neste Termo de Referência e na proposta, devendo ser
corrigidos/refeitos/substituídos no prazo de .... (...) dias, a contar da notificação da contratada,
às suas custas, sem prejuízo da aplicação das penalidades.
9.3.6. Os serviços serão recebidos definitivamente no prazo de ......(.....) dias, contados do
recebimento provisório, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente,
Nota Explicativa: Assim como ocorre com o prazo de recebimento provisório, a Lei nº 14.133/21 não
trouxe prazo máximo de recebimento definitivo, de modo que possível a previsão de qualquer prazo
julgado oportuno. Nesse ponto, reitere-se: recomenda-se que o prazo seja dimensionado para que
corresponda ao período razoável à checagem necessária, sem que traga um ônus excessivo que
venha a afastar potenciais interessados.
Nota Explicativa: Caso exista algum instrumento para medição dos resultados, deve ser
especificado.
9.3.7. O recebimento provisório ou definitivo não excluirá a responsabilidade civil pela solidez e pela
segurança do serviço nem a responsabilidade ético-profissional pela perfeita execução do
contrato.
Nota Explicativa: Nos termos do art. 140, §4º, da Lei 14.133/21, salvo disposição em contrário
constante do edital ou de ato normativo, os ensaios, os testes e as demais provas para aferição da
boa execução do objeto do contrato exigidos por normas técnicas oficiais correrão por conta do
contratado.
Nota explicativa: Fica a critério da Administração exigir - ou não - a garantia contratual dos serviços,
complementar à garantia legal, mediante a devida fundamentação, a ser exposta neste item do
Termo de Referência. Não a exigindo, deverá suprimir o item. Sugere-se a redação abaixo para os
serviços:
10.1. O prazo de garantia contratual dos serviços, complementar à garantia legal e independente
da garantia de execução contratual, será de, no mínimo, ___ (____) meses, contado a partir do
primeiro dia útil subsequente à data do recebimento definitivo do objeto.
10.1.1. Caso o prazo da garantia oferecida pelo fabricante seja inferior ao estabelecido nesta
cláusula, o Contratado deverá complementar a garantia do bem ofertado pelo período
restante.
Nota Explicativa: É comum que alguns serviços envolvam o fornecimento de bens, insumos e
materiais. Se for o caso, pode ser conveniente exigir garantia desses itens. Para tanto, sugere-se a
redação abaixo. A exigência de garantia, bem como o prazo previsto devem ser justificados nos
autos.
10.2. O prazo de garantia contratual dos bens, complementar à garantia legal, é de, no mínimo, __
(____) meses, ou pelo prazo fornecido pelo fabricante, se superior, contado a partir do primeiro
dia útil subsequente à data do recebimento definitivo do objeto.
Nota Explicativa: Segundo o art. 75, § 3º, da Lei n.º 14.133/2021, as contratações diretas de
pequeno valor, por dispensa de licitação (art. 75, incisos I e II), devem ser “preferencialmente
precedidas de divulgação de aviso em sítio eletrônico oficial, pelo prazo mínimo de 3 (três) dias úteis,
com a especificação do objeto pretendido e com a manifestação de interesse da Administração em
obter propostas adicionais de eventuais interessados, devendo ser selecionada a proposta mais
vantajosa”.
Do cotejo entre as normas, verifica-se que, muito embora a Lei n.º 14.133/2021 estabeleça ser
apenas preferencial a utilização da dispensa eletrônica no caso das contratações diretas de
pequeno valor (art. 75, incisos I e II), a normatização trazida pela IN SEGES/ME n.º 67/2021 tornou
obrigatória, no âmbito da Administração Federal direta, autárquica e fundacional, a utilização do
Sistema de Dispensa Eletrônica para aquelas mesmas hipóteses. Desse modo, pode-se dizer que,
em se tratando de contratações diretas, por dispensa de licitação, de pequeno valor, a regra é a de
que sejam precedidas de procedimento concorrencial realizado no Sistema de Dispensa Eletrônica. A
não utilização desse procedimento, portanto, demanda a apresentação das justificativas cabíveis por
parte do gestor.
De igual sorte, em relação às demais hipóteses de dispensa de licitação estabelecidas no inciso III e
seguintes do art. 75 da Lei n.º 14.133/2021, estabelece a IN SEGES/ME n.º 67/2021 que o
procedimento de dispensa eletrônica será adotado “quando cabível”, de modo que a área competente
deverá avaliar a pertinência do uso de tal ferramenta considerando a sua demanda.
Por fim, dispõe a IN SEGES/ME 67/2021 que também será obrigatória a adoção da dispensa
eletrônica no caso de registro de preços para a contratação de bens e serviços por mais de um órgão
ou entidade, nos termos do § 6º do art. 82 da Lei nº 14.133/2021, devendo ser observada,
oportunamente, a regulamentação sobre o assunto, ainda pendente de edição pelo Poder Executivo
Federal.
11.1. O fornecedor será selecionado por meio da realização de procedimento de dispensa de
licitação, na forma eletrônica, com fundamento na hipótese do art. 75, inciso ......... da Lei n.º
14.133/2021 (indicar um dos incisos do art. 75, da Lei n.º 14.133/2021, conforme o caso
concreto), que culminará com a seleção da proposta de ...............(menor preço por
grupo/item/global OU maior desconto).
11.2. As exigências de habilitação jurídica, fiscal, social e trabalhista são as usuais para a
generalidade dos objetos, conforme disciplinado no Anexo I do Aviso de Contratação Direta.
11.3. Os critérios de habilitação econômico-financeira a serem atendidos pelo fornecedor estão
previstos no Anexo I do Aviso de Contratação Direta.
11.4. Os critérios de habilitação técnica a serem atendidos pelo fornecedor serão:
Nota Explicativa 2: O art. 67 da Lei n.º 14.133/2021 prevê possíveis exigências de qualificação
técnico-profissional (inciso I), técnico-operacional (inciso II) e indicação de pessoal técnico - e
respectiva qualificação -, instalações e aparelhamento (inciso III) para as contratações.
No entanto, conforme §1º do mesmo art. 67, “[a] exigência de atestados será restrita às parcelas de
maior relevância ou valor significativo do objeto da contratação, assim consideradas as que tenham
valor individual igual ou superior a 4% (quatro por cento) do valor total estimado da contratação”.
Nota Explicativa 3: Além disso, o artigo 37, inciso XXI, da Constituição, estabelece que as
exigências de qualificação técnica e econômica devem ser feitas quando indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações. A Lei nº 14.133, de 2021, por sua vez, prevê que as exigências de
habilitação podem ser dispensadas, total ou parcialmente, nas contratações para entrega imediata,
nas contratações em valores inferiores a 1/4 (um quarto) do limite para dispensa de licitação para
compras em geral e nas contratações de produto para pesquisa e desenvolvimento até o valor de R$
324.122,46 (trezentos e vinte e quatro mil cento e vinte dois reais e quarenta e seis centavos),
conforme Decreto nº 10.922, de 30 de dezembro de 2021.
Assim, pode-se entender que o legislador restringiu o exercício da competência discricionária da
Administração às hipóteses acima, em que é preciso justificar as exigências de qualificação técnica e
econômica com base na sua indispensabilidade para a garantia do cumprimento das obrigações, por
força do dispositivo constitucional. Já nas demais hipóteses (licitações que não sejam para entrega
imediata, de valores superiores a ¼ do limite da dispensa e superiores a R$324.122,46, em relação
aos produtos para P&D) as exigências habilitatórias devem ser mantidas.
De qualquer forma, é absolutamente fundamental que a exigência seja totalmente objetiva, indicando
quantitativos precisos, para evitar dúvidas na hora da habilitação, que podem vir a comprometer o
objetivo do processo, de formalizar a contratação.
Conforme §2º do art. 67, “será admitida a exigência de atestados com quantidades mínimas de até
50% (cinquenta por cento) das parcelas de que trata o referido parágrafo, vedadas limitações de
tempo e de locais específicos relativas aos atestados”.
Explicativa: Eventuais requisitos de qualificação técnica previstos em lei específica e que incidam
sobre a atividade, objeto da contratação, deverão ser indicados no item acima, com fundamento no
art. 67, inciso IV, da Lei nº 14.133/2021.
Nota Explicativa: Nesse sentido, o Parecer n. 00005/2021/CNMLC/CGU/AGU fixou que “se a filial
pode até mesmo executar uma contratação formalizada com a matriz, não restam motivos para
entender que os atestados de capacitação técnica emitidos em favor de uma não possam ser
aproveitados pela outra, haja vista serem ambas rigorosamente a mesma empresa.” Vale observar
Nota Explicativa: A previsão do subitem acima decorre do disposto no art. 69, § 8º, da Lei nº
14.133/2021. Trata-se da indicação das obrigações já assumidas pelo fornecedor e ainda pendentes
de cumprimento, as quais, além de contarem com a atuação dos profissionais indicados pelo
fornecedor perante a Administração para fins de sua capacitação técnico-profissional, poderão vir a
ser executadas no mesmo período em que os serviços a serem contratados pelo órgão ou entidade
pública. Essa exigência poderá ser adotada pela Administração mediante a apresentação das
devidas justificativas no processo de contratação, levando em conta o vulto da contratação e as
demais circunstâncias do caso concreto.
Nota explicativa: O art. 67, III, da Lei nº 14.133/2021 prevê a possibilidade de exigência de
indicação do pessoal técnico, das instalações e do aparelhamento adequados e disponíveis para a
realização do objeto da contratação, bem como da qualificação de cada membro da equipe técnica
que se responsabilizará pelos trabalhos.
Desta forma, caso haja algum equipamento ou material específico, importante para a execução, pode
ser feita a exigência de sua indicação prévia pela futura contratada. E para complementar tal
exigência, poderia ser prevista uma sanção específica, no tópico próprio, para a não disponibilização
desse item declarado.
Da mesma forma, caso haja pessoal técnico cuja atuação seja fundamental para a execução do
objeto, pode ser feita a exigência de sua indicação, acompanhada da respectiva qualificação.
Entretanto, nesse caso, pode haver certa redundância se também houver a exigência de
apresentação do profissional detentor de determinados certificados, com a diferença de que, no caso
da mera indicação, não se exige a comprovação mediante esses documentos emitidos pelo conselho
profissional competente. Assim, é uma opção que se coloca para a Administração que reduz os
custos transacionais para o futuro contratado e que também pode ser feita quando o pessoal técnico
específico não estiver submetido a conselho profissional algum, apesar de ser especializado.
De qualquer forma, caso a Administração repute necessária a indicação de determinado pessoal
técnico, aparelhamento ou material deverá especificar exatamente qual seja, inserindo previsão no
TR, conforme sugestão abaixo:
.
10.4.8. indicação do pessoal técnico, das instalações e do aparelhamento adequados e disponíveis
para a realização do objeto da contratação, bem como da qualificação de cada membro da equipe
técnica que se responsabilizará pelos trabalhos, a saber:
10.4.8.1 (...)
Nota Explicativa: Como indicado acima, utilize a redação abaixo para o item “Forma e Critérios de
Seleção do Fornecedor” no caso de Inexigibilidade de Licitação ou nas hipóteses de Dispensa de
Licitação que não venham a ser processadas mediante o uso do sistema de Dispensa Eletrônica, ou
seja, sem a publicação prévia de um aviso de contratação direta. Reitere-se: apenas uma das duas
redações para este tópico pode ser utilizada em cada termo de referência/projeto básico.
Nota Explicativa: Como visto, segundo a IN SEGES/ME n.º 67/2021, em regra, as contratações
diretas de pequeno valor, por dispensa de licitação, previstas nos incisos I e II do art. 75, da Lei n.º
14.133/2021, deverão ser realizadas no âmbito do Sistema de Dispensa Eletrônica. Já as
contratações por dispensa previstas no inciso III e seguintes do art. 75 da Lei n.º 14.133/2021, serão
realizadas por meio do procedimento eletrônico “quando cabível”, de modo que a área competente
deverá avaliar a pertinência do uso de tal ferramenta considerando a sua demanda.
Sendo assim, verifica-se que a dispensa de licitação poderá ser realizada pela Administração tanto
no âmbito do Sistema de Dispensa Eletrônica quanto fora dele, pelos meios convencionais. Também
a inexigibilidade de licitação será realizada nos moldes tradicionais, à margem do referido sistema
eletrônico.
Quando se tratar das contratações diretas realizadas sem a utilização do Sistema de Dispensa
Eletrônica, deverão ser utilizadas as disposições a seguir indicadas, no que se refere à forma e aos
critérios de seleção do fornecedor.
OU
Nota explicativa: A recomendação aos cadastros acima se dá à luz do art. 91, §4º da Lei nº
14.133/21 e se dá sem prejuízo da possibilidade, a juízo do órgão respectivo, de consulta
complementar a outros cadastros governamentais análogos, tais como o do TCU (lista de inidôneos
ou consulta consolidada).
11.3. A consulta aos cadastros será realizada em nome da empresa fornecedora e também de seu
sócio majoritário, por força do artigo 12 da Lei n° 8.429, de 1992, que prevê, dentre as sanções
impostas ao responsável pela prática de ato de improbidade administrativa, a proibição de
contratar com o Poder Público, inclusive por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário.
11.4. Caso conste na Consulta de Situação do Fornecedor a existência de Ocorrências Impeditivas
Indiretas, o gestor diligenciará para verificar se houve fraude por parte das empresas apontadas
no Relatório de Ocorrências Impeditivas Indiretas.
11.5. A tentativa de burla será verificada por meio dos vínculos societários, linhas de fornecimento
similares, dentre outros.
Nota Explicativa: Os requisitos de habilitação jurídica deverão ser exigidos em conformidade com a
natureza da futura contratada (empresário individual, sociedade empresária, cooperativa etc.), razão
pela qual deverá ser adotada, a depender do caso, apenas a redação correspondente, dentre
aquelas constantes a seguir:
11.13.1. Pessoa física: cédula de identidade (RG) ou documento equivalente que, por força
de lei, tenha validade para fins de identificação em todo o território nacional;
Nota Explicativa: O art. 41 da Lei nº 14.195, de 2021, transformou todas as empresas individuais de
responsabilidade limitada (EIRELI) existentes na data da entrada em vigor da Lei em sociedades
limitadas unipessoais (SLU), independentemente de qualquer alteração em seus respectivos atos
constitutivos. Entendeu-se que tal dispositivo operou a revogação tácita do inciso VI do art. 44 e do
art. 980-A e seus parágrafos, todos do Código Civil, que tratavam da EIRELI, conforme Ofício
Circular SEI nº 3510/2021/ME, 9 de setembro de 2021, disponível no endereço eletrônico:
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/drei/legislacao/oficios-circulares-drei. Posteriormente, a
Medida Provisória n.º 1.085, de 2021, revogou expressamente as disposições sobre EIRELI
constantes do Código Civil, porém, no momento da edição deste modelo, referida Medida Provisória
se encontra pendente de conversão em lei.
Diante dessa situação, orientamos os agentes de contratação da seguinte forma: se a empresa for
identificada como EIRELI em seus atos constitutivos, ela deverá ser considerada como convertida em
SLU, automaticamente, durante o processo de contratação. Os atos constitutivos, inclusive, deverão
ser considerados regulares como EIRELI, mas a empresa deverá se comportar na contratação como
uma SLU.
OU
11.13.1. Sociedade empresária estrangeira com atuação permanente no País: decreto de
autorização para funcionamento no Brasil;
OU
11.13.1. Sociedade simples: inscrição do ato constitutivo no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas do local de sua sede, acompanhada de documento comprobatório de seus
administradores;
OU
11.13.1. Filial, sucursal ou agência de sociedade simples ou empresária - inscrição do ato
constitutivo da filial, sucursal ou agência da sociedade simples ou empresária,
respectivamente, no Registro Civil das Pessoas Jurídicas ou no Registro Público de
Empresas Mercantis onde tem sede a matriz;
OU
11.13.1. . Sociedade cooperativa: ata de fundação e estatuto social, com a ata da
assembleia que o aprovou, devidamente arquivado na Junta Comercial ou inscrito no
Registro Civil das Pessoas Jurídicas da respectiva sede, além do registro de que trata o
art. 107 da Lei nº 5.764, de 1971.
Nota explicativa: O último subitem tem como fundamento a parte final do disposto no art. 66 da Lei n
14.133/21. Cabe ao órgão ou entidade analisar se a atividade relativa ao objeto a ser contratado
exige registro ou autorização para funcionamento, em razão de previsão legal ou normativa. Em caso
positivo, deverão ser especificados o documento a ser apresentado, o órgão competente para expedi-
lo e o respectivo fundamento legal. Cite-se, como exemplo, a necessidade de registro de pessoas
físicas ou jurídicas no Exército, com vistas ao exercício de qualquer atividade relativa a Produto
Controlado pelo Exército (PCE), tais como a fabricação, o comércio, a importação, a exportação, a
utilização e a prestação de serviços envolvendo arma de fogo, explosivo, munição, dentre outros.
11.13.3. Os documentos apresentados deverão estar acompanhados de todas as alterações
ou da consolidação respectiva.
11.14. Habilitações fiscal, social e trabalhista:
11.14.1. prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);
OU
11.14.1. prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);
Nota explicativa: O artigo 193 do CTN preceitua que a prova da quitação de todos os tributos
devidos dar-se-á no âmbito da Fazenda Pública interessada, “relativos à atividade em cujo exercício
contrata ou concorre”. Nessa mesma linha, o art. 68, inciso II, da Lei n.º 14.133/20201 estabelece a
exigência de “inscrição no cadastro de contribuintes estadual e/ou municipal, se houver, relativo ao
domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto
contratual”. Dessa forma, a prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal e a
prova de regularidade fiscal correspondente deve levar em conta a natureza da atividade objeto da
contratação e o âmbito da tributação sobre ele incidente: tratando-se de serviços em geral, como no
caso desta minuta, incide o ISS, tributo de competência municipal, ao passo que, para aquisições,
incide o ICMS, tributo de competência estadual.
11.15. Será exigida do fornecedor, ainda, a seguinte documentação complementar:
11.15.1. A relação dos cooperados que atendem aos requisitos técnicos exigidos para a
contratação e que executarão o contrato, com as respectivas atas de inscrição e a
comprovação de que estão domiciliados na localidade da sede da cooperativa, respeitado
o disposto nos arts. 4º, inciso XI, 21, inciso I e 42, §§2º a 6º da Lei n. 5.764 de 1971;
11.15.2. A declaração de regularidade de situação do contribuinte individual – DRSCI, para
cada um dos cooperados indicados;
11.15.3. A comprovação do capital social proporcional ao número de cooperados necessários
à prestação do serviço;
11.15.4. O registro previsto na Lei n. 5.764/71, art. 107;
Termo de Referência – Serviços Comuns de Engenharia – Lei nº 14.133/21 – Contratação Direta
Atualização: Junho/2022
11.15.5. A comprovação de integração das respectivas quotas-partes por parte dos
cooperados que executarão o contrato;
11.15.6. Os seguintes documentos para a comprovação da regularidade jurídica da
cooperativa: a) ata de fundação; b) estatuto social com a ata da assembleia que o
aprovou; c) regimento dos fundos instituídos pelos cooperados, com a ata da assembleia;
d) editais de convocação das três últimas assembleias gerais extraordinárias; e) três
registros de presença dos cooperados que executarão o contrato em assembleias gerais
ou nas reuniões seccionais; e f) ata da sessão que os cooperados autorizaram a
cooperativa a contratar o objeto da licitação;
11.15.7. A última auditoria contábil-financeira da cooperativa, conforme dispõe o art. 112 da
Lei n. 5.764/71 ou uma declaração, sob as penas da lei, de que tal auditoria não foi
exigida pelo órgão fiscalizador.
Nota Explicativa: Remover as previsões acima caso o fornecedor não possua natureza de
sociedade cooperativa.
Nota Explicativa: Foram incluídas neste Termo de Referência as previsões referentes à habilitação
jurídica, fiscal, social e trabalhista, haja vista que serão os requisitos mais usualmente fiscalizados
durante a execução contratual, em geral. Como se trata de contratação por dispensa ou
inexigibilidade de licitação, em que a contratada é escolhida diretamente, à margem do Sistema de
Dispensa Eletrônica, optou-se por não incluir requisitos de qualificação econômica ou habilitação
técnica, por entender-se que a própria escolha já se incumbirá de eliminar contratantes com
capacidade econômico-financeira ou técnica insuficientes.
Gestão/Unidade: [...];
Fonte de Recursos: [...];
Programa de Trabalho: [...];
Elemento de Despesa: [...];
Plano Interno: [...];
12.2. A dotação relativa aos exercícios financeiros subsequentes será indicada após aprovação da Lei
Orçamentária respectiva e liberação dos créditos correspondentes, mediante apostilamento.
Nota Explicativa: O art. 106, II da Lei nº 14.133/21 prevê para contratações de fornecimento
continuado que a “a Administração deverá atestar, no início da contratação e de cada exercício,
a existência de créditos orçamentários vinculados à contratação e a vantagem em sua
manutenção”. Quanto à rescisão contratual por ausência de crédito ou vantajosidade (art. 106,
III), remete-se às regras específicas constantes do contrato, inclusive em relação à aplicação do
art. 106, §1º.
Nota explicativa: O Termo de Referência deverá ser devidamente aprovado pelo ordenador de
despesas ou a autoridade competente respectiva, conforme divisão de atribuições de cada órgão.
Nota explicativa 2: Registre-se que, salvo no caso em que a própria autoridade competente para
aprovar elabore o termo de referência, eventual equipe incumbida de tal confecção deve ser
designada pela autoridade competente nos termos do art. 7º da Lei nº 14.133/21, incumbindo à esta
aferir o cumprimento dos requisitos necessários a esta função.