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SUMÁRIO

ORIENTAÇÃO .................................................................................................... 5
01- MENSAGEM ............................................................................................... 7

PRIMEIRO MILAGRE: Transformação da água em vinho (João 2.1-5) .......... 7


03- MENSAGEM ............................................................................................. 11

SEGUNDO MILAGRE: Jesus Curou o filho do oficial romano (João 4.46-54)11


04- MENSAGEM ............................................................................................. 15

TERCEIRO MILAGRE: A cura no tanque de betesda (João 5.1-14) .............. 15


04- MENSAGEM ............................................................................................. 19
QUARTO MILAGRE: A multiplicação dos pães (João 6.1-15)......................... 19
05- MENSAGEM ............................................................................................. 25
QUINTO MILAGRE: Quando Jesus vem ao nosso encontro (João 6.16-21)... 25
06- MENSAGEM ............................................................................................. 30
SEXTO MILAGRE: Jesus a verdadeira luz (João 9.1-7) .................................... 30
07- MENSAGEM ............................................................................................. 35
SÉTIMO MILAGRE Ressurreição de Lázaro (João 11.20-25) ........................... 35

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ORIENTAÇÃO

João apresenta os milagres de Jesus como sinais. Porque os


sinais não têm um fim em si mesmos, eles apontam para algo além.
O que João indica com isso é que, não basta crer em milagres, é
preciso crer em Jesus que realiza todos os milagres.

Jesus contou uma parábola em Lucas 16, do rico e Lázaro


(v.19) e conclui dizendo que, se as pessoas não crerem nas
Escrituras, não irão crer, ainda que alguém opere o milagre de
ressuscitar um morto. Porque a fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra
de Cristo (Romanos 10.17).

Por isso, eu peço a Deus que realize verdadeiros milagres em


nossas vidas. Pois, quando não há transformação de vidas, por
maior que seja o milagre, não foi um milagre completo.

Pr. André Rocha Pinheiro


Pastor Presidente

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01- MENSAGEM
PRIMEIRO MILAGRE:
Transformação da água em vinho
(João 2.1-5)

Vimos na primeira mensagem desta série que o evangelho


de João se propõe a apresentar Jesus como Deus. Pois, Ele é muito
mais que um profeta, muito mais que um monarca, muito mais
que um anjo, Ele é Deus., 1) COMO DEUS, JESUS É ETERNO (no
princípio era o verbo v.1) - O tempo está no pretérito
imperfeito, indicando que quando tudo teve um começo, antes
que houvesse matéria havia Jesus, antes que qualquer coisa fosse
criada ele era. Ele não passou a existir, Ele existe desde de
sempre. Pois, Ele é o Pai da eternidade; 2) COMO DEUS, JESUS É
CRIADOR DE TUDO (" Todas as coisas foram feitas por ele, e
sem ele nada do que foi feito se fez” v.3 ) – Ele está na
primeira e na segunda criação, Ele é o agente da criação. O termo
grego LOGOS, indica “palavra em ação” em analogia a primeira
criação quando Deus falava, pelo poder de sua Palavra, o mundo
veio a existir (Sl 33.6). Ele é o criador e o sustentador da vida, o
Onipotente Deus. 3) COMO DEUS, ELE É UMA PESSOA QUE SE
DISTINGUE DO PAI (" o Verbo estava com Deus” v.1 ) – O
sentido literal “Ele estava face-a-face com Deus”. Embora, Ele
fosse co-igual e co-eterno com o Pai, o Filho não é o Pai e, o Pai
não é o filho. São duas pessoas compartilhando da mesma
natureza divina. Logo, o verbo não é energia, não é algo que está
solto no universo como uma força impessoal. Ele é Deus.
Com o objetivo de provar a divindade de Jesus, que João
registra sete milagres e sete declarações que apontam para Jesus
e sua obra divina.
 Como foi o primeiro milagre de JESUS?
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I- O PRIMEIRO MILAGRE APONTA PARA O
CASAMENTO COMO INSTITUIÇÃO SAGRADA
"1- Três dias depois, houve um casamento em Caná da
Galileia, e estava ali a mãe de Jesus; 2- e foi também
convidado Jesus com seus discípulos para o casamento.”.
(João 2.1-2)
Na agenda de Jesus havia espaço para celebrar as alegrias
da vida. Ele está conosco em todo e qualquer momento, celebra
nossas alegrias e compartilha nossas dores. A vida não é
constituída só de momentos tristes, mas de momentos alegres
também. Por isso, Jesus aceita o convite para o casamento.
Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-
se-á à sua mulher, e serão uma só carne. (Gen 2.24)
Na primeira criação, Deus institui o casamento como algo
sagrado. Paulo declara: Honrado seja entre todos o matrimônio
e o leito sem mácula; pois aos fornicadores e adúlteros,
Deus os julgará (Hebreus 13.4). A exemplo do casamento em
Caná da Galiléia, o casamento deve ser público e deve ser
marcado com a presença de Jesus na vida dos noivos.
II- O PRIMEIRO MILAGRE APONTA PARA A
IMPORTÂNCIA DE UMA VIDA DE ORAÇÃO
"E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm
vinho”. (João 2.3)
A hospitalidade, no Oriente, é um dever sagrado. Portanto,
qualquer falta de provisão numa festa de casamento afetaria a
reputação do anfitrião. E, naquela festa a provisão era
insuficiente. Ao que parece, as mulheres têm uma percepção
mais aguçada para ver o que está faltando na família. Por isso, não
foram os serventes, nem o noivo, mas uma mulher. Quanto mais
cedo forem identificados os problemas da família, mas rápido e
mais fácil será a solução do problema.

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Embora, Maria tenha percebido a falta de vinho, não
espalhou a notícia da falta de vinho aos convidados, evitando um
clima de murmuração. Ela levou o problema a Jesus. Antes de
comentarmos as crises que atingem a família, devemos levar o
assunto aos pés de Jesus. Maria, também, não disse a Jesus o que
fazer, simplesmente lhe contou o problema.
. III- O PRIMEIRO MILAGRE APONTA O TEMPO
DETERMINADO POR DEUS
"Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda
não é chegada a minha hora”. (João 2.4)
No evangelho de João a “hora” de Jesus está estreitamente
relacionado a sua morte (Jo 7.30;8.20;12.23,27;13.1;17.1). A hora
do vinho ser derramado, símbolo do sangue de Jesus, ainda não
era chegada. Jesus utiliza esse casamento como uma parábola
viva.
A água que servia para a purificação exigida pela lei e pelos
costumes judaicos apresenta toda a antiga ordem do cerimonial
judaico. A qual Cristo havia substituído por algo melhor. O vinho
simboliza a nova ordem, assim como a água nas talhas simboliza a
antiga.
. IV- O PRIMEIRO MILAGRE APONTA A
GLÓRIA DE JESUS
"Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia,
e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram
nele”. (João 2.11)
O termo que João utiliza no evangelho não é “dunamis” que
enfatiza o poder. Mas, a palavra “semeion” que significa “um
sinal”. O que é um sinal? É algo que aponta para além de si, para
uma realidade maior. Não bastava o povo crer nas obras de Jesus,
precisavam crer em Jesus e no Pai que o havia enviado (João
5.14-24). Por isso, que em várias ocasiões Jesus fez um sermão
logo após o milagre, para explicar o sinal.

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Depois do milagre da transformação da água em vinho, duas
coisas acontecem: Os discípulos viram a glória de Jesus e creram
nele. Os servos virão o sinal, mas não viram pela fé a glória de
Jesus. Portanto, não é ao “vinho” que deve apegar-se nosso olhar.
E tampouco o milagre. Mas, a “glória de Jesus”. Líamos já em
João 1.14, no que consiste essa “glória”: em “graça e
verdade”. Essa “graça”, porém, é manifesta também em
“milagres”, como uma graça divina que socorre e presenteia.
CONCLUSÃO
O vinho era a principal provisão no casamento e também
simbolizava alegria (Ec 10.19). Tudo isso, acabou na metade da
festa do casamento. Quando Jesus intervém o melhor sempre
vem depois. Pois, aquele que começou a boa obra é fiel para
completa-la (Fp 1.6). Você tem confiadamente apresentado sua
causa a Deus?

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03- MENSAGEM
SEGUNDO MILAGRE:
Jesus Curou o filho do oficial romano
(João 4.46-54)

Vimos na primeira mensagem desta série que o evangelista


João se propõe a apresentar Jesus como Deus: 1) COMO DEUS,
JESUS É ETERNO. Pois, Ele é o Pai da eternidade; 2) COMO DEUS,
JESUS É CRIADOR DE TUDO, porque Ele é a Palavra Viva de Deus.
Pois, Deus pelo poder de sua Palavra, fez o mundo (Sl 33.6). 3)
COMO DEUS, JESUS É UMA PESSOA QUE SE DISTINGUE DO PAI –
O Filho não é o Pai e, o Pai não é o filho. No princípio Ele estava
com Deus, face-a-face com o Pai. Portanto, são duas pessoas
distintas, mas que compartilham da mesma natureza divina.
Para provar a veracidade do seu testemunho João relata
sete milagres e sete declarações que provam que Jesus é Deus. No
primeiro milagre em Caná da Galiléia, Jesus altera a natureza dos
elementos transformando água em vinho. Pois, como criador ele
tem poder sobre as coisas criadas. Depois, vai para festa da Páscoa
dos judeus em Jerusalém da Judéia. Da Judéia, retorna para
Galiléia, mas antes, passa dois dias em Samaria. Pois, os
samaritanos creram em Jesus, sem que ele realizasse nenhum
milagre. Quando Jesus chega em Caná, ele é bem recebido pelos
galileus (v.45). Pois, os galileus haviam estado na festa em
Jerusalém e tinham visto os milagres que tinha operado, e como
derrubou a mesa dos cambistas e enfrentou os fariseus. Dali, sua
fama se espalhou rapidamente por toda Judéia e Galiléia.
Em Caná da Galiléia havia um oficial do rei Herodes, cujo
filho estava doente em Cafarnaum para suplicar socorro a Jesus.
Pois, seu filho estava gravemente enfermo.
 Quais as lições que podemos aprender com o segundo
milagre?
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I- PRIMEIRA LIÇÃO: A posição social não é
segurança contra as tragédias da vida
"Jesus voltou a Caná da Galiléia, onde havia transformado
água em vinho. Estava ali um alto funcionário público que
morava em Cafarnaum. Ele tinha em casa um filho
doente”. (João 4.46 – NTLH)
Estava em Caná um alto oficial do rei Herodes Antipas, não
sabemos se era um oficial militar ou alguém encarregado dos
negócios do rei. Mas, era alguém importante da alta sociedade e
que estava com o filho doente. O rico tem aflições da mesma
forma que o pobre. Esse homem era oficial do rei, vivia no palácio
real, tinha servos ao seu dispor. Contudo, seu dinheiro, sua alta
posição e seu prestígio não afastaram a doença da sua casa, nem
a aflição do seu coração. Pois, o dinheiro pode pagar os melhores
hospitais. Mas, não pode comprar a saúde. O dinheiro pode
comprar um bonito anel de casamento. Mas, não pode comprar
uma noiva. O dinheiro pode comprar uma casa luxuosa, mas não
pode comprar um lar, uma família. O dinheiro pode comprar um
bonito caixão. Mas, não pode trazer de volta à vida.
II- SEGUNDA LIÇÃO: A fé verdadeira não vem
pelo que se vê, mas pelo que se ouve
"Quando ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judéia para
a Galiléia, foi pedir a ele que fosse a Cafarnaum e
curasse o seu filho, que estava morrendo”. (João 4.47 –
NTLH)
Aquele oficial estava se preparando para retornar a sua casa
e ver sua família, quando ouviu falar que Jesus estava na cidade.
Pois, Jesus tinha vindo da Judéia para Galiléia. O mesmo Jesus que
operou milagres em Jerusalém estava ali, ao seu alcance. Crendo
que Jesus podia curar seu filho, suplica que descesse com ele. Pois,
Caná ficava numa região montanhosa, e Cafarnaum ficava 30 km
ladeira a baixo, próxima ao grande lago de Genesaré.

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—Vocês só crêem quando vêem grandes milagres! (v.48-
NTLH)
O “virdes” que aparece na REVISTA E ATUALIZADA - RA está
no plural, o que a NTLH deixa bem claro que Jesus não estava
falando só para o Oficial do rei, mas para os galileus em geral.
Como quem diz: “Se vocês não virem sinais e prodígios, vocês
não irão crer que Eu Sou Filho de Deus, não é?”. Acreditar
nos milagres não era o bastante para Jesus, os galileus precisavam
crer que Ele era o Messias Prometido.
III- TERCEIRA LIÇÃO: A fé exige obediência
"Respondeu-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem
creu na palavra que Jesus lhe dissera, e partiu.”. (João
4.50)
No primeiro momento, o oficial olhava para Jesus como uma
espécie de curandeiro. Pois, esses curandeiros precisavam estar
presentes para fazer os seus encantamentos, derramar óleo ou
fazer porções e conjurações... Mas, Jesus mostra que sua presença
física não era necessária. Por isso, diz: “Vai, o teu filho vive”.
Jesus, não diz “teu filho viverá”. Pois, não se trata de profecia.
Mas, uma palavra de ordem, uma palavra de cura, de poder e
autoridade. Porque imediatamente, a 30 km dali a saúde retorna
ao corpo do filho do oficial.
O filho do Oficial não viu Jesus, mas é curado. O pai não viu
a cura, mas obedece imediatamente. Pois, o texto declara que ele
partiu para Cafarnaum. A fé verdadeira responde com uma
obediência imediata, ela se apoia na Palavra e obedece, mesmo
sem ver. Esta fé não fica sem confirmação. Pois, no dia seguinte,
os servos daquele homem saem ao seu encontro e confirmam o
que Jesus já havia dito “teu filho vive” (v.51).
CONCLUSÃO
Muitas vezes, Deus usa as aflições da vida, como
enfermidade grave, um acidente traumático, uma separação
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amarga, um luto doloroso, para despertar em nosso coração a fé
genuína. A morte estava espreitando um jovem. A força e o vigor
da juventude não são garantia contra os tempos turbulentos. O
desejo profundo daquele pai era que Jesus descesse com ele até
Cafarnaum para curar o seu filho. No entanto, Jesus não precisava
descer. Aquele pai esperava que seu filho fosse curado assim que
eles chegassem em Cafarnaum, no dia seguinte. Jesus curou o seu
filho imediatamente. Portanto, não é da maneira que queremos,
nem quando queremos. É do jeito de Deus, no tempo de Deus. Ele
é Senhor e Soberano.
O segundo milagre nos ensina que, apesar de não termos hoje, Jesus
em pessoa, realizando milagres e prodígios. Podemos crer na sua
Palavra. Nós não precisamos ver para crer. Mas, precisamos obedecer
sem ver. Pois, a fé verdadeira é confirmada por uma obediência
imediata que se apoio Palavra de

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04- MENSAGEM
TERCEIRO MILAGRE:
A cura no tanque de betesda (João 5.1-14)
Estamos estudando os sete milagres (sinais) relatados no
Evangelho de João que provam a divindade de Jesus. Já vimos o
primeiro milagre em Caná da Galiléia, onde Jesus altera a natureza
dos elementos transformando água em vinho. Pois, como criador
ele tem poder sobre as coisas criadas. Quando Jesus chega em
Caná da Galiléia havia um oficial do rei Herodes, cujo filho estava
doente em Cafarnaum e com uma palavra de Jesus, seu filho fica
curado à trinta e dois quilômetros dali. Jesus tem poder para curar
a distância, só com uma palavra. Porque Ele é Deus.
Depois disso havia uma festa dos judeus; e Jesus subiu a
Jerusalém. (João 1.1)

De Caná, Jesus volta para Jerusalém, por causa da festa dos


Judeus. Como judeu, Jesus tinha que participar de três grandes
festas durante o ano: 1) Páscoa; 2) Pentecoste e a Festa dos
Tabernáculos. Jesus provavelmente foi a Festa dos Tabernáculos
(Festa das Cabanas, heb. Sucôt). A festa tinha a duração de sete
dias, durante esse período, os judeus deveriam morar em tendas
em alusão ao período que viveram no deserto, quando eles
tinham da revelação no meio do arraial do povo de Deus. Isso,
João declara:
E o Verbo se fez carne, e habitou (tabernaculou) entre nós,
cheio de graça e de verdade; (João 1.14)

 Quais as lições que podemos aprender com o terceiro


milagre?
I- PRIMEIRA LIÇÃO: Jesus, como Deus, nos
visita na nossa dor e sofrimento
"2- Ora, em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas, há um
tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco

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alpendres. 3- Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos,
mancos e ressicados esperando o movimento da água”. (Jo1.2,3)

Dentro da cidade em Jerusalém, havia próximo da porta das


ovelhas, um tanque chamado em hebraico de Betesda, que quer
dizer “casa da graça ou misericórdia”; Essa entrada que dava
acesso ao templo, havia sido restaurada no tempo de Neemias e
era por onde traziam as ovelhas para serem sacrificadas. O
tanque, era usado para os banhos cerimoniais que os judeus
faziam antes de entrarem no templo para poderem participarem
dos sacrifícios e rituais que eram feitos no templo. A forma de
culto mudou, não precisamos de um chuveiro lá fora, nem trazer
animais para ser morto aqui dentro. Mas, o princípio de
purificação é o mesmo. Como você tem se preparado para
prestar culto a Deus? O que você tem assistido? O que você tem
ouvido? Falado? Ou será que você vem de qualquer jeito adorar a
Deus? Você não sabe que o Deus que adoramos é um Deus santo?
Havia ali uma multidão de enfermos, cegos, coxos,
paralíticos... semelhante aos dias de hoje, onde nossos hospitais
públicos estão cheios de doentes. Jesus caminha para esse local,
onde ninguém mais quer visitar, onde havia gente deformada,
destruídas pela miséria humana.
II- SEGUNDA LIÇÃO: Jesus, como Deus, tem o
conhecimento divino
"5- Achava-se ali um homem que, havia trinta e oito anos,
estava enfermo. 6- Jesus, vendo-o deitado e sabendo que
estava assim havia muito tempo, perguntou-lhe: Queres ficar
são?”. (João 1.5-6)

Jesus viu o seu passado, a sua atual condição. Aquele


homem não só estava preso a sua cama, mas também ao seu
passado. Pois, Jesus viu que a causa da sua tragédia era o seu
pecado da juventude. Viu que ele estava colhendo o que havia
plantado. (v.14)

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Jesus viu a mulher Samaritana e viu que ela estava vivendo
em adultério. Jesus viu o jovem rico e viu seu amor as riquezas.
Viu a hipocrisia no coração dos fariseus. Jesus não faz vista grassa
aos nossos pecados. O pecado não só revelou muito daquele
homem coxo, mas também, das pessoas ao seu redor.
Disse o paralítico: "Senhor, não tenho ninguém que me ajude a
entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou
tentando entrar, outro chega antes de mim". (João 5.7)

Ao tomar a iniciativa, Jesus aborda-o, com a seguinte


pergunta: Queres ser curado? Essa pergunta parece
desnecessária. Mas, o amor exige uma resposta. Mas, o coxo não
responde com amor e nem com fé. Porque só havia
ressentimentos e dor no seu coração amargurado. O paralítico
começa reclamando do seu abandono: “não tenho ninguém”.
Depois, de sua esperança: “Porquanto um anjo descia em certo
tempo ao tanque, e agitava a água; então o primeiro que ali descia,
depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que
tivesse” (v.4). E terceiro, ele se queixa do egoísmo dos outros:
“Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim" .

Aquele paralítico tinha a convicção de três coisas: 1) Da sua


enfermidade: Para ser curado, aquele homem precisava entender
qual era o seu problema. É preciso identificar quais as áreas de sua
vida que precisam de cura. Muitos negam sua realidade, pois têm
medo de demonstrarem fraqueza. Mas, todos nós somos feridos.
Ninguém vem de uma família perfeita. Todos nós sofremos
traumas emocionais que precisam serem tratados; 2) Da sua
incapacidade de sair daquela situação sozinho: ele sofria o drama
do abandono da sua família, ninguém aquenta cuidar de um
enfermo a 38 anos. A terceira convicção: 3) Que a ajuda viria do
alto: Jesus queria que ele entregasse sua causa a ele. Pois, estava
lhe abrindo a porta da esperança.
Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei. (Mateus 11.28)

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III- TERCEIRA LIÇÃO: Jesus, como Deus, pode
todas as coisas
"8- Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda. 9-
Imediatamente o homem ficou são; e, tomando o seu leito,
começou a andar. Ora, aquele dia era sábado”. (João 1.5-6)

Jesus curou a mulher hemorrágica que sofria a 12 anos. Ele


ergueu a mulher que andava a 18 anos encurvada. O coxo do
tanque de Betesda vivia assim a 38 anos. Jesus abriu os olhos de
um cego de nascença. Ele é o Senhor das causas perdidas. Ele
transformou a mulher Samaritana, com cinco casamentos
fracassados, em embaixatriz do evangelho do reino dos céus.
“Levanta-te” – sugere a necessidade de resolução e ação
imediata. “Pega a tua maca” (espécie de esteira de palha, fácil de
enrolar e carregar debaixo do braço) – Para lembrar-lhe quem o
curou e o que poderia acontecer a ele se resolvesse voltar ao
passado e a vida que levava antes de Jesus. Pois, somos chamado
a sanidade, mas também, a santidade. “Anda” – Declara a
necessidade de experimentar a nova vida em Cristo.
CONCLUSÃO
Assim como o coxo, a humanidade perdida sem Deus, está
impotente, incapaz de salvar-se. A salvação é um ato de
misericórdia de Deus. Você pode pensar que não tem ninguém,
como o paralítico. Mas, há alguém que se importa: JESUS.

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04- MENSAGEM
QUARTO MILAGRE:
A multiplicação dos pães
(João 6.1-15)

Estamos estudando os sete milagres (sinais) relatados no


Evangelho de João. Onde os sinais não têm um fim em si mesmos,
porque apontam para a fé em Jesus e sua natureza divina. O
primeiro milagre é o milagre da transformação e ocorre num
casamento em Caná da Galiléia. As seis talhas de pedra
encontradas ali, eram usadas no ritual de purificação, mas
estavam completamente vazias. Assim, também, a antiga ordem
era incapaz de purificar o homem. Enquanto que, o vinho novo
oferecido por Jesus era melhor que o primeiro, símbolo de
restauração, alegria e contentamento.
O SEGUNDO MILAGRE foi a cura do filho do oficial do rei,
ele não viu o filho curado a 32 km de onde estava. Mas, mesmo
assim obedeceu a palavra de Jesus. O filho não viu Jesus. Mas, foi
curado. Indicando, com isso, que a fé não se baseia naquilo que se
vê. Mas, se apoia unicamente nas palavras de Jesus. Pois, Jesus é
aquele que tem a Palavra de vida eterna.
O TERCEIRO MILAGRE foi o coxo à beira do tanque de
Betesda. Esse demonstrou que Jesus nos ama e vem ao nosso
encontro, que é aquele que veio salvar a humanidade da sua
miséria, curando um homem que a 38 anos estava paralítico.
No entanto, o paralítico não agradeceu pela cura. Pois, nem
ao menos sabia quem era Jesus “Mas o que fora curado não sabia
quem era” (João 5.13). Logo, não foi salvo (João 17.3). Mas,
quando ele soube quem era Jesus, em vez de adora-lo, ele o
denuncia aos fariseus porque fazia essas coisas num sábado.
17- Mas Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e
eu trabalho também. 18- Por isso, pois, os judeus ainda mais
procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas
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também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a
Deus. (João 5.17-18)

Por ter curado um homem no sábado, Jesus sofre forte


oposição dos judeus e já não podia estar seguro em Jerusalém. Por
isso, vai para o outro lado do mar da Galiléia, que é conhecido
também, como lago de Tiberíades (João 6.1). Esse nome foi dado
por causa da cidade de Tiberíades, que recebeu esse nome em
homenagem ao Imperador romano Tibério César.
 Quais as lições que podemos aprender com o quarto
milagre?
I- PRIMEIRA LIÇÃO: Jesus, como Deus, espera
uma resposta de fé
"Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande
multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos
pão, para estes comerem?”. (João 6.5)

Jorge Müller (1805-1898, Alemanha), declarou: “Quando


oramos, Deus trabalha por nós”. Em uma oportunidade, o seu
orfanato amanheceu sem nenhum alimento para mais de 1000
órfãos naquela ocasião. E o desespero tomou conta de todos os
funcionários, mas Müller disse: Não peço nada ao homem, minha
aliança é com Deus. Entrou em seu quarto e orou: “Pai dos órfãos,
falta pão. Em nome de Jesus. Amém”.

Passados alguns minutos, várias carroças com pães


passaram na porta do orfanato e o chefe que a conduzia disse: “Sr.
Müller fomos entregar estes pães para a família real, no castelo, e
eles disseram que os pães estavam muito assados, tinham
passado do ponto, e por isto, resolvemos dar para o orfanato”.
Müller disse: “não foram os pães que passaram do ponto, mas Deus
que atendeu nossa oração e teve misericórdia de nós”. (Salmo
127.2)
Respondeu-lhe Felipe: Duzentos denários de pão não lhes
bastam, para que cada um receba um pouco. (João 6.7)

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Jesus perguntou a Filipe. Pois, ele, André e Pedro, eram de
Betsaida, uma aldéia próxima dali, uns 14 km. Quando Jesus
perguntou a Felipe onde comprar uma enorme quantidade de
pães, este começou a calcular o custo provável. 200 denários
representavam 8 meses de salário. Na mente de Filipe, eles
estavam lidando com um problema sem solução. Porque havia
uma multidão faminta, num lugar deserto, numa hora avançada,
sem dinheiro e sem comida. E mesmo se tivesse dinheiro, não
teria um lugar para comprar tanta comida. O que Filipe não sabia
era que ele estava sendo testado, porque Jesus sabia o que fazer
(v.6).
II- SEGUNDA LIÇÃO: Jesus, como Deus, espera
que sejamos sempre gratos pelo que temos
" 8- Ao que lhe disse um dos seus discípulos, André, irmão de
Simão Pedro: 9- Está aqui um rapaz que tem cinco pães de
cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?”. (Jo 6.5)

O pão de trigo era o pão do rico. Mas, “pão de cevada” era


o pão barato dos pobres. Era assado em fatias achatadas de cerca
de 30 cm de diâmetro, e por isso também não era cortado, mas
“partido”. Cinco pães de cevada representavam muito pouco em
quantidade e qualidade. No Novo Testamento existem duas
palavras para “peixe”: ichthys e opsaria, o evangelista João usa o
segundo termo, que ser refere a peixe pequeno. Provavelmente,
peixe salgado, ou conservado no vinagre, essa era a refeição de
uma pessoa apenas. André mencionou essa pequena refeição
para dizer que não havia suficiente para tantas pessoas famintas.
A primeira pergunta foi feita por Jesus, para experimentar
os discípulos. A segunda pergunta surgiu de um dos discípulos:
mas que é isto para tantos? Sua pergunta tem uma conotação de
desprezo, de desdém. Como quem diz “isso não vai dar para
nada”. Quando olhamos para a insignificância dos nossos recursos
diante da grandeza dos desafios ficamos desesperados. Os
discípulos sabiam que o que tinham não era suficiente. Por isso,
não deram nada. O menino entregou o pouco que tinha e isso foi
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o bastante para Jesus. Deus pode tomar o pouco que temos e
convertê-lo em algo grande.
Charles Swindoll declarou: “Deus não nos chama para
prover para sua obra. Pois, essa é responsabilidade dele. Deus nos
chama para colocarmos em suas mãos o que nós temos e ele
cuidará da multiplicação”.
III- TERCEIRA LIÇÃO: Jesus, como Deus, nos
ensina como devemos agir em tempos de
escassez, como também, de fartura
"11- Jesus, então, tomou os pães e, havendo dado graças,
repartiu-os pelos que estavam reclinados; e de igual modo os
peixes, quanto eles queriam. 12- E quando estavam saciados,
disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram,
para que nada se perca”. (Jo 6.11-12)

Em vez de mandar o povo embora com fome de volta para


suas casas, como sugeriu seus discípulos, Jesus manda a multidão
se assentar. “Disse Jesus: Fazei o povo assentar-se.” Isso,
representa preparativos para uma refeição. O evangelista Marcos
narra que, seguindo as instruções de Jesus aos discípulos, a
multidão foi organizada em grupos de cinquenta e cem pessoas.
Jesus trabalha, onde poderia se tornar um caos, na mais perfeita
ordem. Pois, ele bem sabia o que fazer. Assim está tudo pronto
para a formidável refeição no deserto. Falta-nos somente uma
coisa: a comida para saciar cinco mil. Porém Jesus age como se
estivesse tudo disponível para a grande multidão. Profere a
“oração de gratidão” e “distribuiu os pães entre os assentados,
como também dos peixes o quanto queriam”.
Inesgotavelmente os pães e peixes saem das mãos de Jesus
para a enorme multidão. Quantos mais pães ele repartia, mais
aparecia. Igualmente os peixes. Isso nos traz um princípio
importante para nossas vidas. 1) EM TEMPOS DE ESCASSEZ
devemos sempre dar graças a Deus, 2) EM TEMPOS DE FARTURA,
devemos repartir, sem nunca desperdiçar nada. O fato de ter

22
ocorrido o milagre, não foi motivo paras as pessoas se tornarem
despreocupadas e esbanjadoras. Como você tem passado pela
escassez? Se Deus lhe confiasse uma grande quantia, você saberia
agir de acordo com a vontade dEle? Em todo tempo somos
testados, tanto na escassez, quanto na fartura. (Lucas 16.11)
Ora, a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. (Jo 6.4)

Os milagres de Jesus nos evangelhos são pedagógicos.


Porque para João essa alimentação não é apenas um entre muitos
milagres de Jesus, ele associa a Páscoa. Pois, a Páscoa era a
celebração da libertação dos hebreus do Egito e a aliança do povo
com Deus. Moisés havia dito: “O Senhor, teu Deus, te suscitará
um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim” (Dt
18.15). Assim como Deus alimentou seu povo com o maná no
deserto, por intermédio de Moisés. Novamente, Deus estava
saciando a fome do seu povo. Jesus alimentou suas mentes com
palavras de vida e seus corpos com pães e peixes porque, em sua
opinião, eles eram "como ovelhas que não têm pastor" (Mc 6.34).
Mais uma vez o sinal aponta para Jesus, o Messias
Prometido, o verdadeiro Pão que desceu do céu. Este milagre é o
mais público de todos e o mais documentado, pois seu registro se
encontra em todos os evangelhos.

23
CONCLUSÃO
Filipe estava tentando calcular quanto teria que gastar para
que cada um tivesse um pedaço de pão. Mas, todos acabaram
comendo tanto quanto quisessem. Quando o Senhor dá, ele não
é mesquinho. Coloque os seus recursos a disposição de Deus
porque você nunca ficará mais pobre por causa da sua
generosidade (Prov 11.24). Deus sempre tem mais para lhe dar.
Pois, a graça de Deus é abundante para com todos. ”Porque ele faz
nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e
injustos”. (Mateus 5.45)

24
05- MENSAGEM
QUINTO MILAGRE:
Quando Jesus vem ao nosso encontro
(João 6.16-21)

Estamos estudando os sete milagres (sinais) relatados no


Evangelho de João, logicamente que Jesus fez muito mais
milagres. Mas, esses sete foram escolhidos por João com um
propósito. O objetivo dos sinais era apontar para Jesus Cristo,
revelar sua divindade.
1) O PRIMEIRO MILAGRE é o milagre da transformação que
ocorreu em Caná da Galiléia, em um casamento.
2) O SEGUNDO MILAGRE foi a cura do filho do oficial do rei,.
3) O TERCEIRO MILAGRE foi o coxo à beira do tanque de
Betesda, que estava enfermo a 38 anos.
4) O QUARTO MILAGRE foi a multiplicação dos pães. Assim
como Deus alimentou seu povo com o maná no deserto, por
intermédio de Moisés. Novamente, Deus estava saciando a fome
do seu povo.
Apesar do povo ter tido a compreensão que Jesus era o
profeta, anunciado por Moisés. Eles esperavam um líder político
que fosse libertá-los do jugo opressor de Roma. A contagem de
cinco mil homens é proposital. Pois, se tratava de homens na
maior idade civil para fins militares. Ou seja, enquanto Jesus os via
como ovelhas sem pastor. Eles se viam como um exército sem um
general. Por isso, naquele momento, eles queriam ungir Jesus e
proclamá-lo rei. Assim, que Jesus percebeu isso, obrigou os
discípulos a embarcar a fim de passarem para o outro lado (rumo
a Cafarnaum, parando em Betsaida), depois, despediu a multidão.
Quando todos foram embora, subiu ao monte para orar (v.15).

25
Por que Jesus despediu primeiro os discípulos e depois a
multidão? Porque ao despedir os discípulos, Jesus estava
poupando-os de uma grande tentação. Pois, os próprios discípulos
tinham aspirações políticas (Atos 1.6).
8- Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-
lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; 9- e disse-lhe:
Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. (Mateus 4.8,9)

Assim como Jesus recusou a primeira oferta, também


recusou a segunda. Pois, qualquer caminho que nos desvie da cruz
em busca das facilidades que este mundo nos oferece tem sua
origem em Satanás.
 Quais as lições que podemos aprender com o quinto
milagre?
I- PRIMEIRA LIÇÃO: Por mais escura que seja a
noite, nunca devemos perder a esperança em
Jesus
"16- Ao cair da tarde, desceram os seus discípulos ao mar; 17-
e, entrando num barco, atravessavam o mar em direção a
Cafarnaum; enquanto isso, escurecera e Jesus ainda não tinha
vindo ter com eles”. (João 6.16,17)

A encosta do lago de Tiberíades fica numa depressão


cercada por montanhas, de um lado as montanhas de Golã e do
outro as montanhas da Galiléia, como se fosse uma enorme bacia
de água. Em Marcos 6.48, revela que Jesus os observava,
provavelmente fazia isso do alto da montanha que ele subiu para
orar. Eles não viam Jesus. Mas, Jesus por nenhum momento os
perdera de vista.
Você conhece a lenda do rito de passagem da juventude dos
índios Cherokees? _ O pai leva o filho para floresta durante o final
da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho. O filho se senta no
topo de uma montanha durante toda a noite e não pode remover
a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte. Ele não deve

26
gritar por socorro para ninguém. Se ele passar a noite toda lá, será
considerado um homem.
Ele não pode contar a experiência aos outros meninos
porque cada um deve tornar-se homem do seu modo.
Enfrentando o medo do desconhecido. O menino está
naturalmente amedrontado. Ele pode ouvir toda espécie de
barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, está ao
redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo. Os insetos e
cobras podem vir picá-lo. Ele pode está com frio, fome e sede. O
vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele não
remove a venda.
Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar
um homem. Finalmente... Após a noite horrível, o sol aparece e a
venda é removida. Ele, então, descobre seu pai sentado na
montanha bem perto dele. Ele estava à noite inteira protegendo
seu filho do perigo.
Muitas vezes o maior drama que enfrentamos não é a
tempestade. Mas, a demora de Jesus em vir nos socorrer. Deus se
utiliza da figura paterna para se revelar a nós como Pai que está
todo o tempo olhando para nós, sentado ao nosso lado.
II- SEGUNDA LIÇÃO: Por mais forte que seja
a tempestade, Jesus é sempre o nosso porto
seguro
"ademais, o mar se empolava, porque soprava forte vento.”.
(João 6.18)

Logo que os discípulos começaram a navegar rumo a


Cafarnaum, veio um vento forte. Provavelmente este vento veio
do Norte e começou a empurrar o barco para o meio do mar, para
a região mais largar e cujas águas eram mais profundas, onde
ocorria frequentes tempestades de sorte que, o barco não lhes
obedecia ao comando. O tempo muda repentinamente.

27
Vale lembrar que os discípulos não voltam a Cafarnaum por
vontade própria. Mas, Jesus os compeliu, ou seja, os obrigou
(Marcos 6.45). E ao obedecer a vontade de Jesus, os discípulos
foram empurrados para o meio de uma tempestade. Como
entender isso? Por que Jesus permite sermos apanhados de
surpresa?
É mais fácil aceitar que a obediência sempre irá nos conduzir
ao paraíso e não a fornalha de aflições. É sempre mais fácil aceitar
que a obediência nos livra da tempestade e não nos empurra para
o olho do tornado. Isso, acontece para nos provar que a existência
de problemas não significa que estamos fora da vontade de Deus,
nem que Deus está indiferente a nossa dor.
A diferença entre aquele que teme ao Senhor e a aquele que
não teme ao Senhor, não é aquilo que acontece a ambos. Mas,
como eles reagem aos acontecimentos. Pois, às circunstâncias
adversas irá revelar o alicerce de sua vida. O insensato constrói
sua casa sobre a areia. Mas, o sábio a constrói sobre a rocha.
Ambas sobrem a tempestade, mas só uma permanece de pé. Qual
o alicerce de sua vida? Qual o fundamento da sua fé?
III- TERCEIRA LIÇÃO: Por mais impossível
que pareça, Jesus sempre cumpre sua
promessa
"19- Tendo, pois, remado uns vinte e cinco ou trinta
estádios, viram a Jesus andando sobre o mar e
aproximando-se do barco; e ficaram atemorizados. 20- Mas
ele lhes disse: Sou eu; não temais”. (João 6.19-20)

Jesus vai ao encontro dos discípulos quando toda a


esperança humana já havia chegado ao fim, na quarta vigília da
noite Jesus veio ter com eles (Mateus 14.25). Isso, significa que já
passava das três horas da madrugada. Eles passaram a noite toda
remando, seus recursos e forças já haviam esgotados.
Caminha sobre o mar para mostrar a eles que aquilo que os
ameaçava estava literalmente debaixo de seus pés. Ele é o Senhor
28
dos mares. No Velho testamento, quem tem domínio sobre o
mar? Quem abriu o mar vermelho? Quem acalma o mar no livro
de Jonas? No livro de Salmos os marinheiros, na sua angústia,
clamam ao Senhor e Ele acalma o mar (Salmo 107.28,29). No livro
de Jó, ele clama: “Quem é este?”
O que sozinho estende os céus, e anda sobre os altos do
mar. (Jó 9.8)

Ao demonstrar seu domínio sobre o mar, Jesus estava


declarando aos seus discípulos que ele é Deus. A expressão ”Sou
eu” não temais (João 6.20), no texto original a declaração está
invertida: ego eimi lit. EU SOU. Exatamente, o nome que Deus
usou para revelar-se a Moisés no monte Horebe (Êxodo 3.14 "Ehie
Asher Ehier").
Então eles de boa mente o receberam no barco; e logo o
barco chegou à terra para onde iam. (João 6.21)

O evangelista Mateus relata que, quando Jesus subiu no


barco, os discípulos o adoraram dizendo: “Tu És verdadeiramente
o Filho de Deus” (Mateus 14.33). Os discípulos eram judeus, e os
judeus são monoteístas, só adoram um único Deus, o Deus de
Israel. Isso, significa que reconheceram que Jesus é Deus.

CONCLUSÃO
Os nossos problemas podem tirar nossas forças, desafiar
nossos limites, mas estão debaixo dos pés de Jesus. Eles
esperavam por Jesus, mas não daquele jeito, de forma inusitada
Jesus se revela a eles. Não fique desanimado com as tempestades
da sua vida. Elas podem ser inesperadas para você, mas não para
Deus. Elas podem estar fora do seu controle, mas não do controle
do Altíssimo. As tempestades não vêm para nos destruir. Mas,
para nos fortalecer.

29
06- MENSAGEM
SEXTO MILAGRE:
Jesus a verdadeira luz
(João 9.1-7)

Estamos estudando os sete milagres (sinais) relatados no


Evangelho de João, logicamente que Jesus fez muito mais
milagres. Mas, João registrou apenas sete e os denominou de
sinais. Porque um sinal não tem um fim em si mesmo, mas aponta
para algo além. Portanto, esses sinais têm como propósito de
apontar para Jesus Cristo e revelar sua divindade.
1) O PRIMEIRO MILAGRE é o milagre da transformação da água
em vinho em Caná da Galiléia. (João 2.1-5)
2) O SEGUNDO MILAGRE foi a cura do filho do oficial do rei. (João
4.46-54)
3) O TERCEIRO MILAGRE foi o coxo à beira do tanque de Betesda,
que estava enfermo a 38 anos. (João 5.1-14)
4) O QUARTO MILAGRE foi a multiplicação dos pães. (João 6.1-15)
5) O QUINTO MILAGRE Jesus andou sobre às águas. (Jo 6.16-21)
Hoje, estudaremos 6) O SEXTO MILAGRE: A CURA DO CEGO
DE NASCENÇA. O contexto deste milagre está no capítulo 8, Jesus
tinha ido a Jerusalém para a Festa dos Tabernáculos, quando os
fariseus levam até ele uma mulher pecadora, que havia sido
apanhada em adultério. Por isso, os fariseus queriam apedreja-la,
e Jesus disse: Quem de vocês está sem pecado, atire a primeira
pedra e tornou a escrever na areia.
Quando ouviram isto, redarguidos da consciência, saíram um
a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só
Jesus e a mulher que estava no meio. (João 8.9)

Não sabemos o que Jesus escreveu na areia. Mas, seja o que


for, abriu os olhos dos acusadores para seus próprios pecados, de
30
modo que não ficou ninguém. Então, Jesus disse a mulher: Vá e
não peques mais! E logo em seguida Jesus declara: “EU SOU A LUZ
DO MUNDO” (JOÃO 8.12). Tanto a mulher, quanto os seus
acusadores, durante toda a sua existência viveram em uma densa
escuridão moral e JESUS LHES ABRIU OS OLHOS.
 Conhecendo, agora, o contexto do sexto milagre.
Vamos para as lições que podemos aprender com ele:
I- PRIMEIRA LIÇÃO: Embora não estejamos
vendo Jesus, Ele nos vê
"E passando Jesus, viu um homem cego de nascença”. (Jo 9.1)

“Jesus, viu” - Um homem cego é visto antes de ver, do


contrário, permaneceria na escuridão. Nos evangelhos, esse é o
único milagre relatado no qual se diz que alguém sofria desde seu
nascimento. Naquela época, era crença comum que só Deus
poderia dar vista a um cego de nascença. Pois, dar vista a alguém
que nunca havia enxergado antes é uma obra criadora e só Deus
tem poder para criar.
II- SEGUNDA LIÇÃO: O sofrimento é alvo de
misericórdia e não de especulações
"2- Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este
ou seus pais, para que nascesse cego? 3- Respondeu Jesus: Nem
ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem
as obras de Deus”. (Jo 9.2-3)

Os discípulos apresentaram a Jesus um dilema: Quem


pecou: este ou seus pais para que nasce cego? (Êx 20.5). Eles
fizeram semelhante aos amigos de Jó que o acusaram de ter
cometido pecado: “Jó o que você fez para ofender a Deus, o que
fez de errado?”. “Qual a lei que você quebrou para que Deus te
castigue assim?”. Porque os judeus partiam do pressuposto que
qualquer sofrimento estava relacionado a algum pecado.
Portanto, os discípulos ofereceram a Jesus um FALSO DILEMA:
“Ou isso” “Ou aquilo” - “este ou seus pais”. Mas, Jesus dá uma

31
resposta totalmente inesperada, ou seja, “nem isso” “nem aquilo”
- “nem ele pecou nem seus pais”. Jesus, nem sequer aceita entrar
na questão da origem do pecado. Enquanto os homens estão
olhando para trás, numa retrospectiva (causa e efeito), Jesus olha
para frente, numa perspectiva futura.
Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para
que nele se manifestem as obras de Deus”. (Jo 9.3)

Para João os milagres sempre são um sinal da glória e o


poder de Deus. Os outros evangelistas tinham um ponto de vista
diferente. Viam os milagres como uma amostra da compaixão de
Jesus. Quando Jesus viu a multidão faminta teve compaixão dela
pois eram como ovelhas que não tinham pastor (Marcos 6.34).
Quando o leproso se aproximou com seu pedido desesperado
para que o limpasse, Jesus teve misericórdia dele (Marcos 1.41).
Os outros evangelhos acentuam a compaixão dos milagres, o
quarto evangelho insiste em que os milagres são manifestações
de poder e glória. Não há contradição alguma. Pois, não se trata
mais que de duas formas de ver o mesmo acontecimento. E no
fundo está a verdade suprema de que a glória de Deus está em
sua compaixão e que Deus nunca revela sua glória de maneira tão
plena como quando revela sua misericórdia.
III- TERCEIRA LIÇÃO: Deus só nos deu uma
vida para servirmos na sua obra
"4- Importa que façamos as obras daquele que me enviou,
enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar. 5-
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. (Jo 9.4-5)

Importa que façamos as obras daquele que me enviou - Jesus


disse, pensando em primeiro lugar em si mesmo e na obra do seu
ministério. É o que ele deixa claro, por ocasião da segunda cura,
ele disse; "Meu Pai trabalha até agora, e eu também trabalho"
(João 5.17). Além disso, as obras do Pai precisam ser feitas
enquanto é dia - o que significava, pelo menos no tocante a Jesus,
enquanto estou no mundo (v.5). Com o mesmo sentido, Jesus disse,
pouco antes de ressuscitar Lázaro: "Não são doze as horas do dia?
32
Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo"
(João 11.9), Jesus sabia que seu ministério terreno estava
chegando ao fim, duraria mais que alguns poucos meses até a
crucificação. Mas, seu ministério teria continuidade na vida dos
seus discípulos. Por isso, declarou: Vós sois a luz do mundo (Mateus
5.14). Por mais densa que seja a escuridão do mundo, a luz
sempre irá brilhar, não importa o seu tamanho, sempre se destaca
na escuridão. A fim de que glorifique o nosso Pai que está nos céus
(Mateus 5.16).
IV- QUARTA LIÇÃO: Jesus foi enviado para nos
tirar das trevas para sua maravilhosa luz
"6- Dito isto, cuspiu no chão e com a saliva fez lodo, e untou
com lodo os olhos do cego; 7- e disse-lhe: Vai, lava-te no tanque
de Siloé (que significa Enviado). E ele foi, lavou-se, e voltou
vendo”. (Jo 9.4-5)

O emprego da saliva era muito comum no mundo antigo.


Até hoje, se nos queimarmos um dedo nosso primeiro instinto é
levá-lo a boca. O uso de saliva para curar consta também do relato
do Marcos sobre a cura do surdo-mudo em Decápolis (Mc 7.33) e
do cego em Betsaida (Mc 8.23), mas nestes casos não se diz nada
quanto à formação de um lodo ou pasta, como aqui.
Depois que ele cobriu completamente os olhos do cego com
lodo (barro), Jesus mandou que ele fosse lavar-se no tanque de
Siloé. Uma piscina cujas águas vinham por um túnel subterrâneo
que passava por baixo dos muros de Jerusalém direto da fonte de
Giom, localizada no vale de Cedrom.
O evangelista João explica seu significado "heb. Shilôah
enviado. A princípio recebeu esse nome por causa das águas
enviadas para abastecer a cidade através de um túnel de 532
metros escavado na rocha. Produzindo uma provisão de água
inesgotável a cidade caso viesse a ser sitiada por seus inimigos.
Mas, o evangelista João, aponta para um propósito bem
maior: Jesus, o enviado de Deus:
33
 “Importa que façamos as obras daquele que me enviou” (v.4);
 “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou”
(João 4.34);
 “Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou” (5.23).

Sem dúvida, o homem fez o que lhe foi dito: foi e lavou o
barro dos seus olhos no tanque de Siloé, e descobriu que pela
primeira vez em sua vida podia ver. Jesus produziu primeiro um
desconforto e depois o sarou. Jesus o desafiou crer na sua palavra
e depois o milagre ocorreu.
CONCLUSÃO
O ex-cego sabe quem é o seu benfeitor, e o glorifica como
Deus, o adorando. Que lição preciosa, pois, a aflição, a tristeza, a
dor, a frustração, à perda sempre permitem o que Deus pode fazer
a fim de revelar sua glória.

34
07- MENSAGEM
SÉTIMO MILAGRE
Ressurreição de Lázaro
(João 11.20-25)

A ressurreição de Lázaro foi realizada na última semana


antes da crucificação. Este milagre é o sétimo e último registrado
por João, foi o mais admirável e o mais significativo de todos os
“sinais” operados por nosso Senhor, aqueles que o presenciaram,
serviu para lhes despertar e fortalecer a fé.
Os milagres de Jesus sempre tiveram um propósito
pedagógico de revelar verdades espirituais. Quando multiplicou
os pães, queria ensinar que ele é o pão da vida. Quando curou o
cego de nascença, queria ensinar que ele é a luz do mundo. Agora,
ao ressuscitar Lázaro, irá revelar que ele é a ressurreição e a vida.
A morte não tem a última palavra para aqueles que creem em
Jesus.
No meio do deserto de hostilidades enfrentado por Jesus
em Jerusalém, havia um oásis em Betânia: a amizade de Marta,
Maria e Lázaro. Jesus se hospedara na casa deles. Agora, essa
família enfrenta um grave problema, uma enorme aflição. Lázaro,
irmão de Marta e Maria, estava enfermo. O amor de Jesus por ele
não manteve longe de sua vida a doença, nem a amizade de Jesus
o blindou das dificuldades.
 Que lições podemos aprender com esse milagre?
I- AS CRISES SÃO INEVITÁVEIS
"Mandaram, pois, as irmãs dizer a Jesus: Senhor, eis que está
enfermo aquele que tu amas”. (Jo 11.3)

Lázaro piorou da enfermidade e chegou a morrer. As crises,


além de serem inevitáveis, elas podem aumentar. Há momentos

35
que somos bombardeados por problemas que escapam ao nosso
controle: enfermidades, prejuízo, luto, divórcio.
Queremos alívio e a dor só faz aumentar mais ainda. Quando
isso acontece ficamos profundamente angustiados. Nós
esperamos um milagre e ele nunca chega. Como os discípulos no
caminho para Emaús, começamos a conjugar os verbos somente
no passado. “Nós esperávamos que fosse ele quem redimisse a
Israel, mas...” (Lucas 24.21 – ARA)

II- NOSSOS PEDIDOS SÃO SEMPRE URGENTES, MAS


JESUS É O SENHOR DO TEMPO
"5- Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. 6-
Quando, pois, ouviu que estava enfermo, ficou ainda dois dias
no lugar onde se achava... 17- Chegando pois Jesus, encontrou-
o já com quatro dias de sepultura. (Jo 11.5,6,17)

Marta e Maria enviam um mensageiro a Jesus pedindo


ajuda, para apenas lhe informar que aquele a quem Jesus ama
está enfermo. Nada mais era necessário acrescentar. Pois, quem
ama tem pressa em socorrer a pessoa amada. Marta e Maria
fizeram a coisa certa na hora da aflição, buscaram ajuda em Jesus.
Hoje, dizemos: “Jesus, aquele a quem amas está com câncer”;
“Jesus, aquele a quem amas está se divorciando”; “Jesus, aquele
a quem amas está desempregado”.
No entanto, Jesus ainda se demorou atender o pedido, e em
vez de ir pessoalmente, mandou apenas um recado (v.4). Marta
teve que lidar não apenas com a doença do irmão, mas também
com a demora de Jesus. Ele sabia que Lázaro estava doente e
depois que Lázaro já estava morto, tardou a ir porque sabia o que
ia fazer.
17-19. Quatro dias. Ao que parece Lázaro morreu logo
depois que o mensageiro foi enviado. Dando um dia para a sua
viagem, dois dias para a demora de Jesus, e um dia para a sua
volta, chegamos a esse total. Além disso, havia duas Betânias. A
distância entre a Betânia além do Jordão, onde Jesus estava (João

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10:40) e a Betânia perto de Jerusalém era de cerca de 32
quilômetros. Considerando que a casa ficava a apenas pouco mais
de 3 quilômetros da cidade de Jerusalém (v. 18). Por isso que,
muitos judeus acharam possível vir e oferecer condolências a
Marta e Maria (v.19).
Por que Jesus demorou tanto? Porque havia uma crença
entre os rabinos que um morto poderia ressuscitar até o terceiro
dia por intermédio de um agente divino. A partir de quatro dias,
porém, somente Deus, pessoalmente, poderia ressuscitá-lo.
Portanto, ao ressuscitar Lázaro no quarto dia depois do
sepultamento, os judeus precisariam se dobrar diante da
realidade irrefutável da divindade de Jesus.
III- O SOFRIMENTO NÃO CONTRADIZ O AMOR
DE DEUS POR NÓS
21- Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estivesse aqui, meu
irmão não teria morrido. 22- E mesmo agora sei que tudo quanto
pedires a Deus, Deus to concederá. (João 11.21-22)

Quando Marta se encontra com Jesus, foi seu coração que


falou através dos seus lábios. Marta lamenta a demora, mas crer
que Jesus pode reverter qualquer situação. Marta estava entre o
passado e o futuro. No entanto, Jesus precisava se tornar uma
realidade presente na sua vida. Porque Jesus não é o grande “EU
ERA” ou o grande “EU SEREI”. Mas, o grande “EU SOU”.
Jesus chorou. (João 11.35) – Jesus se identifica com a nossa
dor. Aquele que enxuga nossas lágrimas, também chora conosco.
Aquele que cura as nossas chagas é ferido conosco.
IV- O SOFRIMENTO NÃO É MAIOR QUE O PODER
RESTAURADOR DE DEUS
"43- E, tendo dito isso, clamou em alta voz: Lázaro, vem para
fora! 44- Saiu o que estivera morto, ligados os pés e as mãos
com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus:
Desligai-o e deixai-o ir”. (João 11.43,44)

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Jesus primeiro deu uma ordem expressa, dizendo: “tirai a
pedra” (v.39). Jesus não exclui a participação humana em sua
intervenção milagrosa. “Tirar a pedra” significa enfrentar uma
situação que não queremos mais mexer. É tocar em situação que
só nos trará mais dor. É abrir a porta para algo que já cheira mal.
Isso, porque temos medo de enfrentar o nosso passado.
Mas, precisamos entender que, Jesus não tem compaixão
apenas de nosso sofrimento, ele tem também, poder de restaurar
o que foi quebrado, de ressuscitar o que estava morto, de resgatar
o que foi perdido. Jesus chama Lázaro da sepultura, mesmo
morto, pôde ouvir a voz de Jesus. No dia final, na segunda vinda
de Cristo, os mortos também ouvirão a sua voz e sairão do túmulo
(João 5.28,29).
CONCLUSÃO
Por que Jesus não curou Lázaro à distância como curou o
filho do oficial do rei? (Jo 4.46-54). Por que não curou seu amigo
a quem amava? Porque Jesus sempre agiu de acordo com a
vontade do Pai (2.4;7.6,8,30;8.20). Ele age segundo o tempo do
Pai e não segundo a nossa agenda. Lázaro foi ressuscitado, mas
ainda estava com vestes mortuárias, seus pés, suas mãos e seu
rosto estavam enfaixados. Assim como Lázaro, Cristo nos vivificou
(Efésios 2.1). Agora, precisamos nos despir das vestes da velha
vida. Precisamos nos revestir das roupagens do novo homem.

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