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Cena 1
EXT. Rua da funerária
Rodolfo
Compadre! Qual é o roubo de
hoje chefia?
Rodolfo
Ai, ai, tá bom chefe, desculpa...
Rodolfo
Chefe, SE a gente fosse roubar
alguém, O QUE NAO É O QUE A
GENTE VAI FAZER, qual seria o
alvo da vez?
Batista
Cê é burro que dói, home, mas
vamo lá...
Batista
Um dos nosso morreu, que Deus
o tenha, mas tem um problema,
depois que a gente morreu, a
gente descobriu que toda a
grana do estoque sumiu, 300
dólares... E pela nossas fontes, o
dinheiro tá com o
home, e se não pegamos, o
maldito vai ser enterrado com
tudo isso!
Rodolfo
Ô, ô, calma chefia, nós damo
conta do problema, mas onde é
que tá os 300 paus?
Rodolfo
Chefe, pô, não é querendo
entregar, mas SE a gente tivesse
que entrar, eu ficaria meio
abalado senhor, não gosto
dessas coisas de morte
Batista
Deixa de ser fresco home! Cê
não é pistoleiro? Então como
que tu mata se não gosta da
morte?
Rodolfo
Eu mato, mas dou tiro de aviso
antes
Batista
Não me lembro desse tal tiro da
última vez que travamos juntos,
mas tá bem, seja homem rapá!
Nos vamos entrar, cê distrai o
engravatado e eu procuro o
dinheiro!
Rodolfo
Sim senhor... Mas quero um
aumento!
Rodolfo
Miséria! Miséria! Pobre homem!
Não
merecia isso!
Lúcio
Boa tarde, senhor
Rodolfo
NÃO! Não há boa tarde, bom dia
ou boa noite com um homem tão
justo morto...
Lúcio
Calma senhor, é triste, morrer
ninguém quer, mas acontece, eu
só faço os complementar, que é
cavar buraco, enterrar, bem cê
sabe
Rodolfo
Eu sei senhor... Mas não consigo
ficar em paz sabendo que um
amigo de longa data morreu,
ainda mais ele! O grande! O
magnífico! O... cê sabe o nome
dele, nen preciso falar
Lúcio
Bem, o último defunto que
chegou aqui é o de Jaiminho, é
esse infeliz que cê fala?
Rodolfo
Infeliz não! Pensa num home
forte, que não deixa a peteca
cair, que jogava no poker como
ninguém, que roubava de
criança, grávida e idoso, esse
homem não era qualquer um não