Uma tendência da sociedade sempre foi a integração da participação ativa da religião na
política, entretanto, isso não era ininterruptamente harmônico, devido à utilização de um abuso de poder, para realização de interesses pessoais e, que infringem a ética, exigindo a separação dos dois termos em diversos países, como o Brasil. A Revolução Francesa é uma das principais representações da simbologia dessa distinção, tendo como principais fundamentos a liberdade, igualdade e fraternidade, conceitos que influenciaram na criação da constituição Brasileira. A laicidade no Brasil foi regulamentada por lei em 7 de janeiro de 1890, pelo decreto 119-A e, foi posteriormente foi promulgada a Constituição Federal que prezava a liberdade religiosa, porém, a intolerância religiosa é muito presente no Brasil, evidenciado por um levantamento do antigo Ministério dos Direitos Humanos, entre 2015 à 2017, que apontava que havia uma denúncia deste crime a cada 15 horas no Brasil. O artigo 5° da Constituição Brasileira, que prevê a igualdade entre os Brasileiros, é muito utilizado para justificar discursos de ódio, fazendo uma opressão a grupos minoritários, como as menores potências religiosas. No Brasil é notável a influência das grandes potências religiosas, em suma maioria Cristã, o que faz com que diversos partidos políticos usem da religião para poder conquistar eleitores, porém esta não é unânime, não existe um partido político específico de uma religião, então utilizar a mesma para participação ativa direta é incoerente, pois estaria negando as minorias dentro da própria religião. Devemos citar que é inegável a participação da religião no Brasil, pois a política é a regulamentação de valores éticos, e a religião é uma ferramenta na construção da ética do cidadão, então a religião participa de forma indireta na política, mas devemos evidenciar que a construção da ética de cada indivíduo não deve ferir conceitos básicos da Constituição Brasileira, discursos de ódio como o de André Valadão, em posts e publicamente, incitam uma criminalização a grupos minoritários, está distinção entre política e religião é necessária para punir interesses individuais que ferem a ordem da Constituição Brasileira. Podemos notar a necessidade de criação de políticas rigorosas que delimitam a influência da religião na política, porém é evidente a integração da mesma na política de formas indiretas, então a criação de coletividades religiosas com interesses em comum é importante para uma maior integração a política, utilizando destes artifícios os brasileiros poderão conquistar aqueles valores da Revolução Francesa, igualdade, liberdade e fraternidade.